Curiosidades Histórias de Maringá

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A Força do
Comércio Atacadista
CURIOSIDADE
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Em meio ao nascimento da economia urbana
maringaense nas décadas de 1940 e 1950, registra-se o
surgimento de uma atividade mercantil que notabilizou a
cidade por muitas décadas a nível nacional. Referimo-nos ao
comércio atacadista, que tem na empresa “Dias Martins”,
estabelecida no início dos anos 1950, na avenida Paraná, o seu
ponto de partida.
A partir desse marco fundador, outras firmas entraram
na cidade, transformando Maringá numa espécie de centro
distribuidor de secos e molhados para boa parte do Brasil. Os
estabelecimentos principais do segmento foram os seguintes:
Dias Martins, Casas Alô Brasil, J. Veríssimo, F. Monteiro, Casa
Vila Real, Importadora São Marcos, Casa Moreira, Parizotto e
Atacadão.
A princípio, duas características chamam atenção nas
instituições anteriormente mencionadas. Primeiro, a maioria situava-se nas
zonas 1 e 7. Segundo, praticamente todas são de propriedade de portugueses ou
descendentes, demonstrando a hegemonia da nacionalidade lusitana no setor em
questão.
A modalidade comercial em tela empregava expressiva quantidade de mão de obra, indo
desde pessoal administrativo e operacional, até os vendedores internos e externos, motoristas e
entregadores dos produtos negociados e estocados em gigantescos armazéns de depósito.
Em larga medida, durante 50 anos (décadas de 1950, 1960, 1970, 1980 e 1990), os
atacadistas foram responsáveis por maciça divulgação de Maringá pelo Brasil afora, pois, somadas
todas as empresas, mais de 600 caminhões com placas da cidade saíam todas as semanas para
entregar as mercadorias em cinco estados do país (Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Santa Catarina).
O impacto social, econômico, político e cultural das companhias citadas, ainda não foi
avaliado por nenhum trabalho analítico ou mesmo descritivo. Para se ter a ideia do poder do tema,
basta apontar que Maringá na década de 1980, foi considerada o segundo pólo atacadista do Brasil,
estando atrás somente da cidade de São Paulo.
Esses nomes empresariais deixaram marcas indeléveis na memória do maringaense. Há
cerca de vinte e poucos anos eles desapareceram enquanto empresas, entretanto, seu valor histórico
permanece e sua importância econômica permanece também. E se hoje em dia Maringá é conhecida
bem além dos seus limites territoriais, deve em larga medida a eles.
Historiador (texto): João Laércio Lopes Leal
Gerente de Patrimônio Histórico: Leila Domenici
Secretário de Cultura: Rael Toffolo
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