Reflexão do filme Filadélfia

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2010
Reflexão do filme Filadélfia
Denise Garcia
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Reflexão sobre o filme Filadelfia
O filme decorre nos finais da década de 80, em Filadélfia, Estados
Unidos da América. Retrata a vida de um excelente advogado
(representado pelo actor Tom Hanks), que trabalhava para uma das
grandes empresas de advocacia da cidade.
O actor principal faz o papel de um homossexual que contraiu o
vírus da SIDA.
Isto numa empresa e numa sociedade Homofóbica teve
repercussões profissionais. Os seus superiores, consideravam-no
uma mais-valia para os seus melhores casos, entregando-lhe o
maior caso daquela atura e “ nomeando-o” um dos seus sócios.
Durante essa fase do processo, a sua doença começou a a ser
notada fisicamente e os seus superiores decidiram despedi-lo,
mesmo ele tendo ganho o caso que lhe foi entregue e ter
desempenhado as suas funções com sucesso.
0 actor principal ( Tom Hanks) , procura um advogado que o
represente, nenhum quis pegar no seu caso , até chegar ao
gabinete de um advogado bem sucedido televisivamente ( Denzel
Washington). Este advogado, também ele homofóbico, no inicio, tal
como todos os outros nega ficar com o caso.
Começa por dramatizar a questão da doença (SIDA) e a realidade
da homossexualidade. Com o tempo o advogado, começou a ver as
coisas de uma forma que nem ele conseguia explicar, Tom Hanks ,
despertou em si o seu lado humano, que fez com que acabasse
por aceitar lutar por ele contra toda a injustiça , falta de humanidade
e informação que levaram ao seu despedimento.
Durante o processo de Tom Hanks , uma das afirmações
levantadas foi o não conhecimento da empresa do facto de ele ser
homossexual, e de que era portador de HIV. Afirmaram que não o
tinham despedido por esse factor, mas sim por ele ter tido um mau
desempenho das funções, quando na realidade lhe tinham entregue
o melhor caso da empresa por ele ser tão bom advogado.
Recordo um dos comentários do Júri, “ Quando estamos em guerra,
e temos um avião que vale milhões para ser pilotado, quem
enviamos para o pilotar? Uma piloto que é inexperiente e que tem
sido mau nos testes ou o nosso melhor piloto? É uma coisa que
ninguém nos consegue explicar. “
Nem eu conseguiria explicar, nem aceitar como desculpa para uma
atitude de tamanha ignorância.
SIDA, qualquer um de nós pode ser infectado, não precisamos de
ser homossexuais ou toxicodependentes para a contrair, SIDA é
uma realidade . Há pouco tempo os estudos mostraram que há
mais heterossexuais portadores deste vírus do que homossexuais.
Deve-se ao facto de as pessoas ainda acharem que só aqueles
grupos são de risco, quando hoje em dia todos nós somos um
grupo de risco independentemente da raça, religião, sexualidade ou
seja lá que fobia queiram adicionar á extensa ignorância da maioria
do ser Humano.
A SIDA, não se pega através de abraços, nem de dar as mãos, um
beijo, um ombro amigo ou mesmo partilhar um prato de comida.
As formas de contágio são reduzidas, se tivermos cuidados, sendo
parceiros sexuais de um indivíduo portador do vírus não faz de nós
um portador.
Tem que se desmistificar a doença!
É um vírus transmissível por via intravenosa aquando da partilha do
material usado, através de relações sexuais independentemente da
sexualidade de cada um, devemos usar o preservativo sempre
como precaução, não tocar directamente nas feridas ou sangue do
portador, deve-se usar luvas cirúrgicas para o tratamento das
mesmas e evitar o contacto directo, da área infectada com alguma
área a descoberto ou com alguma mazela da parte de quem não é
portador.
Infelizmente eu tenho e tive amigos portadores da doença, que não
é nada mais do que o sistema imunitário destruir-se com mais
rapidez do que uma pessoa não infectada.
Um dos meus amigos, morreu no bloco operatório, numa operação
aos intestinos, era um toxicodependente em recuperação, outro
contraiu, numa relação sexual com uma mulher lindíssima, e outro
que é homossexual. Os dois últimos têm continuado o tratamento
com o AZT e tem conseguido “sobreviver” a doença.
Ninguém morre de SIDA, o sistema é que estando mais fraco faz
com que os portadores tenham propensão a ter varias doenças que
não conseguem combate-la.
Nenhum deles tem escrito na testa: sou seropositivo. Até hoje
apenas a família e amigos chegados sabem dessa realidade. Têm
fases em que estão aparentemente bem e outras, que se
encontram mais débeis. São seres humanos bonitos por dentro e
tenho as certezas que se mais pessoas soubessem que eles eram
portadores da doença, mais discriminações iriam sofrer. As
escolhas de vida de cada um, cabe a si próprio decidir, ninguém
tem o direito de julgar, porque todos temos os chamados telhados
de vidro. As pessoas não mudam aos meus olhos por serem
diferentes, mudam sim, se não aceitarem diferenças.
Denise Garcia
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