Atividade física no tratamento do portador do HIV A atividade física já está presente em muitas recomendações para tratamento de doenças, principalmente as com efeitos metabólicos (obesidade, diabetes, dislipidemia...) ou cardiovascular (aterosclerose, doenças cardíacas...), e atualmente com tímido ingresso no tratamento de algumas doenças pulmonares (PCM, DPOC). Normalmente as doenças que apresentam complicações ou cuidados crônicos contam com a atividade física, e o mesmo passa a acontecer com o portador do HIV. A infecção tem quase 30 anos de estudos, e muito se descobriu sobre a interação vírus e organismo humano, com especial atenção ao sistema imunológico. Atualmente o paciente soropositivo para o HIV conta com um tratamento farmacológico eficiente, e o monitoramento constante das informações laboratoriais e clínicas ofereceram maior tempo de sobrevida para o paciente. Agora a intenção é melhorar seu bem-estar. A atividade física conta com orientações internacionais sobre sua prática, com o respaldo de órgãos competentes, como o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) e a Associação Americana do Coração (AHA). As recomendações tentam minimizar os impactos do sedentarismo atual e melhorar as condições físicas para uma vida com qualidade, tendo ênfase nas atividades da vida diária. O portador do vírus que atenda as recomendações semanais de atividade física acaba por promover melhora do seu organismo e também de sua auto-satisfação, aumentando sua liberdade. É preciso manter atividades aeróbias moderadas pelo mínimo de 30 minutos de cinco a sete dias, duas sessões de exercícios de força para os principais grupos musculares, e exercícios de flexibilidade de três a cinco dias, tudo em uma semana. As recomendações são mínimas, e com o auxílio de um educador físico, o portador pode incrementar seu nível de atividade física com qualidade e também tratar especificamente das complicações que podem surgir com o tratamento antiretroviral. A área médica já aceita a atividade física como promotora do bem-estar, e mais uma população pode contar com os benefícios desse comportamento, cabendo aos educadores físicos se prepararem para atender essa demanda. Sucesso a todos!