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POSTADO POR: SITE Portal Dia de Campo
A busca pela melhor qualidade do leite é cada vez maior, já que ela propicia maior rendimento
industrial para a usina que beneficia o leite, que muitas vezes remunera o produtor que tem esse
diferencial de qualidade. Para o produtor, a maior qualidade significa também melhor manejo
sanitário e adequada nutrição para o rebanho.
Quando se fala em nutrição, os minerais têm um papel fundamental na qualidade do leite,
principalmente os microminerais que, como se sabe, estão ligados em inúmeras reações
enzimáticas e antioxidantes, como por exemplo, o selênio que age no sistema antioxidante,
protegendo as células contra danos oxidativos, aumentando a imunidade dos animais e diminuindo
a CCS (Contagem de Células Somáticas).
Os minerais estão em quantidades variáveis nos alimentos, e geralmente não atendem às exigências
nutricionais dos animais para um determinado propósito produtivo. Nesses casos, é necessário
suplementar a dieta com fontes de minerais.
Os minerais estão classificados em dois grandes grupos, de acordo com a necessidade do
organismo.
Macrominerais: necessidades maiores que 0,2% a 1% da matéria seca (S, Ca, P, Mg, K, Na e Cl);
Microminerais: necessidades de 0,001% a 0,005% na matéria seca (Cu, Co, Zn, Fe, Se, Cr, I e Mn).
Esta classificação se deve tão somente à quantidade de minerais que deve ser incluída na dieta. Os
microminerais, apesar da menor inclusão, têm tanta importância quanto os macrominerais, sendo
que todos são imprescindíveis para a qualidade de uma boa dieta.
Dentre as formas de suplementação de minerais, há o uso de minerais na forma inorgânica ou
iônica (cloretos, sulfatos, óxidos, hidróxidos, carbonatos, etc.). Entretanto, essas fontes,
principalmente em se tratando de microminerais, apresentam baixa disponibilidade para os
animais. Dessa forma, a suplementação com essas fontes podem não atender às necessidades dos
animais, principalmente em relação à produção e reprodução, além da qualidade do leite
O uso de minerais orgânicos se justifica na nutrição de ruminantes, pois eles têm maior
biodisponibilidade (Tabela 1), em relação aos minerais na forma inorgânica, principalmente quando
se trata de microminerais.
Observando essas diferenças de biodisponibilidade, foram feitos vários trabalhos que comprovam
uma melhor resposta na qualidade do leite quando se compara a utilização de minerais orgânicos
com minerais na forma iônica.
Em 2009, foi realizado na USP - Universidade de São Paulo – Pirassununga, trabalho relacionando
efeito das fontes de zinco, cobre e selênio na resistência contra novos casos de mastite, casos
clínicos de mastite e na contagem de células somáticas. Antes desse trabalho foi realizado um
experimento (Gráfico 1) na Fazenda Escola da UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa, pelo
professor Dr. João Ricardo Alves Pereira, no qual os animais foram suplementados com uma fonte
orgânica de zinco - o Carboquelato de zinco, sendo avaliada a contagem de células somáticas (CSS).
Além da diferenciação no pagamento por CCS pelas usinas de leite, buscase também uma produção
com maior quantidade de sólidos no leite, principalmente a proteína que confere maior rendimento
na produção dos derivados lácteos, o que justifica e estimula o uso da melhor tecnologia em
suplementação mineral - os minerais orgânicos.
Em 2003, foi realizado um trabalho de pesquisa, na Universidade Federal de Uberlândia, sob a
coordenação do professor Edmundo Benedetti, relacionando a inclusão de minerais orgânicos na
dieta e o aumento no conteúdo de proteína no leite (Tabela3).
Outro trabalho foi realizado na ESALQ-USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, no
segundo semestre de 2010, em que se avaliou a inclusão de minerais orgânicos na dieta, cujos
resultados estão no Gráfico 2.
A suplementação com minerais orgânicos com a sua maior biodisponibilidade, além de melhorar os
parâmetros reprodutivos do rebanho, produção e resposta imunológica, o mostra como uma
grande ferramenta para a propriedade, auxiliando no controle da CCS, mastite e no aumento da
produção de sólidos do leite, contribuindo para a maior rentabilidade do sistema de produção, o
que viabiliza a utilização desta tecnologia.
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