7 ARAÚJO, E. da S., et al. QUANTIFICAÇÃO DO N DO SOLO DERIVADO DAS RAÍZES DA SOJA UTILIZANDO O ISÓTOPO 15N EDNALDO DA SILVA ARAÚJO1,2 ANDRÉ FERNANDO ALVES MEDEIROS2 FABIANA DE CARVALHO DIAS1 SEGUNDO URQUIAGA2 ROBERT MICHAEL BODDEY2 BRUNO JOSÉ RODRIGUES ALVES2 1- Mestrando em Ciência do Solo, CPGA-CS, Inst. Agronomia, UFRRJ, BR 465, Km 7 - 23890-000, Seropédica, RJ 2- Embrapa Agrobiologia, Cx.Postal 74.505, 23851-970, Seropédica, RJ. Projeto Financiado pela CAPES e IAEA/FAO RESUMO: ARAÚJO, E. da S.; MEDEIROS, A.F.A.; DIAS, F. de C.; URQUIAGA, S.; BODDEY, R. M.; ALVES, B.J.R. Quantificação do N do Solo derivado das raízes da soja utilizando o isótopo 15N. Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Seropédica, RJ: EDUR, v.24, n.1, p. 7-12, jan.- jun., 2004. O sistema radicular da soja pode ser um grande reservatório de N, que tem sido subestimado pelas técnicas convencionais de amostragem. O objetivo deste trabalho foi quantificar o N das raízes não recuperáveis (NRnr) da soja mediante a marcação da planta com o isótopo 15N. As raízes das plantas foram marcadas com uréia-15N fornecida através das folhas. O NRnr representou 81% do N do sistema radicular e 16% do N da planta inteira, sendo a maior parte, cerca de 83%, concentrada na camada de 0-20 cm de profundidade. Palavra chave: nitrogênio, raiz, isótopo 15N ABSTRACT: ARAÚJO, E. da S.; MEDEIROS, A.F.A.; DIAS, F. de C.; URQUIAGA, S.; BODDEY, R. M.; ALVES, B.J.R. Quantication of the soil N derived if the soyabean roots with 15N leaf labelling thechnique. Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Seropédica, RJ: EDUR, v.24, n.1, p. 7-12, jan.jun., 2004. The soybean root system can be an important reservoir of N that has been underestimated by the traditional techniques of root sampling. The objective of this work was to quantify the non-recoverable root N of soybean through 15N-labeling of plant N. Plant roots were labeled with 15N-urea fed through the leaves. The non-recoverable root N represented 81% of below ground plant N and 16% of total plant N, being principally, about 83%, concentrated in the 0-20 cm depth interval. Key words: nitrogen, root, 15N-labeling. INTRODUÇÃO Tem sido observado que as culturas plantadas em sucessão a soja apresentam um ganho em produtividade (DERPSCH et al., 1993; ALVES et al., 2002), freqüentemente explicado pelo incremento de N do solo, deixado pela cultura. Contudo, um estudo feito com a cultura da soja, mostrou que, com a colheita dos grãos, o balanço de N para o solo é nulo ou, mesmo negativo, mostrando que a soja exporta mais N do que é capaz de obter via fixação biológica de nitrogênio (ZOTARELLI et al., 2002). O balanço de N é considerado positivo quando o índice de colheita de N (N nos grãos/N na planta inteira) é inferior a proporção de N na planta derivada da FBN. Para o cálculo do balanço de N, além do N na parte aérea das plantas, têm sido considerado apenas as raízes visíveis, recuperadas através de escavação e peneiramento. No entanto, esta técnica de recuperação de raízes pode não permitir a recuperação total das raízes finas, além de não incluir o N no solo, proveniente de exsudados radiculares, raízes e nódulos mineralizados durante o desenvolvimento da cultura. O uso do isótopo 15N para marcação das raízes constitui uma técnica que permite Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 24, n. 1, jan.- jun., 2004. p. 7-12. 8 Quantificação do N do solo... a quantificação de todo o N existente no solo derivado das raízes, partindo da premissa de que, após a marcação, o enriquecimento de 15N é uniforme em todo o N derivado ou existente nas raízes das plantas (RUSSEL e FILLERY, 1996). O uso da técnica tem demonstrado que o N das raízes não recuperadas pelo peneiramento (NRnr) pode representar até 80% do N total do sistema radicular (MAYER et. al., 2003). Algumas estratégias para marcação do sistema radicular das plantas têm sido propostas (MCNEILL et al., 1997; PEOPLES e HERRIDGE, 2000), e dentre estas, a marcação foliar com 15N é de fácil utilização e permite uma marcação uniforme do N das raízes (RAMOS et al., 2001). A técnica foi empregada para diversas leguminosas, no entanto somente um estudo foi feito para a cultura da soja em sistemas irrigados (ROCHESTER et al., 1998). O objetivo deste estudo foi quantificar o N das raízes não recuperadas da soja cultivada em condições de campo. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado na área experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, sobre um Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico. Cultivou-se a soja [Glycine max (L.) Merrill], variedade Celeste, em uma área de 36 m2. Nesta área, antes do plantio, introduziram-se ao solo 4 cilindros de PVC com 25 cm de diâmetro e 60 cm de profundidade. A instalação dos cilindros foi feita por escavação manual, separando-se o solo cav ado por profundidades (0-20, 20-40 e 40-60 cm). Os cilindros foram posicionados e preenchidos com o solo de cada camada, respeitandose a ordem original. Efetuou-se o plantio de soja em toda área, fazendo-se coincidir as linhas, espaçadas 50 cm entre si, com o centro dos cilindros. Foram cultivadas duas plantas por cilindro. As plantas ao atingirem o estádio V3 receberam uma marcação foliar com o isótopo 15N. Esta operação foi realizada introduzindo-se a nervura principal do primeiro trifólio totalmente expandido em frasco do tipo ependorff contendo 1 ml de solução de uréia 0,5%, enriquecida com 71,3 % átomos de 15N (MCNEILL et al., 1997). As folhas ficaram em contato com a solução por 3 dias, repetindo-se este procedimento em outra folha do mesmo trifólio. A solução de uréia enriquecida restante em cada frasco foi analisada quanto ao total de N para quantificação exata do 15 N absorvido pelas plantas. Os cilindros foram cobertos com plástico, na base das plantas, evitando-se, assim, uma possível contaminação do solo com exsudados contendo 15N provenientes da parte aérea. Também foram coletadas amostras do solo contido nos cilindros nas profundidades de 0-20, 20-40 e 40-60 cm para determinação da abundância natural de 15N do solo. A amostragem das plantas foi realizada na época da maturidade fisiológica dos grãos. Nesta ocasião, coletaram-se a parte aérea, as raízes e o solo de cada cilindro. As raízes foram separadas do solo por peneiramento. O material de solo e planta, após a secagem ao ar e em estufa a 65 °C, respectivamente, foram pesados e enviados ao laboratório para determinação do N total e o enriquecimento de 15N. Para a estimativa do N das raízes não recuperadas (NRnr) utilizou-se a seguinte equação: NRnr (mg) = 15N exc. solo (mg) x 100/ % 15N exc. médio nas raízes recuperadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com os resultados apresentados na Tabela 1, em média, 84% do N fornecido na solução de uréia foi absorvido pela planta. Na primeira aplicação a ef iciência f oi de apenas de 71%, aumentando para 97%, na segunda. Na última marcação, as condições de temperatura e umidade favoreceram maior evapotranspiração, possibilitando maior absorção do líquido contido no tubo de ependorff. Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 24, n. 1, jan.- jun., 2004. p. 7-12. 9 ARAÚJO, E. da S., et al. Tabela 1. Eficiência da marcação foliar da soja com 15 N-uréia (duas aplicações com 4,5 mg de 15N-ureia por aplicação). Aplicação N Absorvido (mg) Eficiência (%) Valores médios de 4 repetições (± erro padrão). A recuperação na planta e no solo do N aplicado foi de 95%, sendo a maior parte encontrada nos grãos, cerca de 50% do 15N recuperado. O 15N recuperado na parte aérea representou 71% e o da parte subterrânea (raízes visíveis + solo), 29% do total recuperado (Tabela 2). 15 Tabela 2. Enriquecimento com 15N, recuperação de 15 N, e distribuição de 15N no solo e na planta, na época de colheita da soja. Parte aérea 15 15 Grão Caule Folhas % 0,28 ± 0,02 0,41± 0,01 0,54 ± 0,08 N recuperado (%) 48,72 ± 2,2 9,31 ± 0,4 10,61 ± 2,0 Raízes (cm) 0-20 20-40 40-60 0,59 ± 0,07 0,59± 0,08 0,61± 0,10 3,96 ± 0,5 1,20 ± 0,3 0,47 ± 0,1 Solo (cm) 0-20 20-40 40-60 Total N excesso 0,009 ± 0,001 17,47 ± 3,1 0,003 ± 0,001 3,06 ± 0,9 0,002 ± 0,001 0,83 ± 0,2 95,63 ± 4,8 15 Dist. N recuperado (%) 50,1± 0,4 10,0 ± 0,7 11,1 ± 2,1 4,3 ± 0,7 1,3 ± 0,4 1,0 ± 0,2 18,0 ± 2,4 3,2 ± 0,1 1,0 ± 0,2 100 Valores médios de 4 repetições; (± erro padrão). Mayer et al. (2003), utilizando a técnica de marcação através do caule das plantas, conseguiram uma recuperação de cerca de 84% do 15N aplicado em Vicia faba, Pisum sativum e em Lupinus albus. Já McNeill et al. (1997), utilizando a mesma técnica empregada neste estudo, obtiveram uma recuperação entre 87 e 100% do 15 N aplicado em Trifolium subterraneum e Ornithopus compressus. Resultados semelhantes foram encontrados também por Khan et al. (2003), onde a percentagem de recuperação variou entre 86 e 92% de acordo com a cultura. O 15N não recuperado no sistema solo-planta (5% do 15N aplicado) se deve, provavelmente, à movimentação do N para profundidades superiores a 60 cm ou perdas por volatilização de NH3. Quanto a distribuição do 15N no sistema radicular, observou-se uniformidade, não havendo diferença significativas nas diferentes profundidades estudadas (Tabela 2), confirmando uma das premissas da técnica. O N total recuperado nas plantas foi de 1,4 g cilindro-1 (duas plantas de soja) sendo a maior parte, 64%, encontrada nos grãos (Tabela 3). A contribuição do sistema radicular foi de 0,27g cilindro-1, 20% do N total na cultura. O N total do solo na época da colheita f oi de 926 Mgg solo -1 (Tomicrograma) . Tabela 3. N-total da parte aérea da planta, de raiz visível (recuperada por peneira) e NRnr (N de raiz não recuperada). -1 N-total planta N-grão N-palha N-raiz visível NRnr mg cilindro 1423,45 ±169,41 926,87 ± 98,94 224,91 ± 14,18 50,98 ± 1,73 220,69 ± 72,58 Valores médios de 4 repetições; (+ erro padrão). O NRnr representou cerca de 81% do N do sistema radicular (Tabela 3). Esses resultados demonstram que o método de escavação e peneiramento subestima a contribuição do sistema radicular no fornecimento de N ao solo. Este resultado é similar aos encontrados por Mayer et al. (2003), que estimaram, para 3 leguminosas arbustivas, uma contribuição das raízes não recuperadas em torno de 80% do N do sistema radicular. Khan et al. (2003), estudando Cicer arietinum, encontraram que a participação das raízes não recuperadas representava cerca de 97,8 % do N do sistema radicular da cultura. Resultados similares foram encontrados por outros autores para leguminosas como Vicia faba, Lupinus angustifolius, Trifolium subterraneum e Ornithopus compressus Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 24, n. 1, jan.- jun., 2004. p. 7-12. 10 Quantificação do N do solo... (KHAN et al., 2002; MCNEILL et al., 1997; RUSSELL e FILLERY, 1996). O sistema radicular (NRnr + raízes visíveis) contribuiu com 20% do N acumulado na planta inteira (Figura 1). Valores com ordem de grandeza ainda superior aos obtidos neste trabalho foram encontrados por Rochester et al. (1998) que estimaram que o N do sistema radicular da cultura da soja representaria entre 39 e 41% do total de N acumulado pela planta inteira. Considerando o N total deixado no solo pela soja, após a colheita dos grãos, este valor representaria 36% do N total acumulado pela cultura, sendo que a participação do NRnr foi igual à contribuição dos resíduos (caule + folhas) (Figura 1). NRnr (16%) Raiz Visivel (4%) Grão (64%) Caule + Folhas (16%) Além da imobilização pela biomassa microbiana o N liberado pelo sistema radicular pode sof rer processos de transformação no solo. Estes processos (mineralização, imobilização, desnitrificação, nitrificação) resultam num fracionamento isotópico do 15N (BERGERSEN et al., 1988). Esse efeito gera um pequeno incremento na abundância natural do isótopo 15 N no solo (0,368 a 0,373 átomos % de 15 N) comparado ao ar atmosférico (0,366%) (SHEARER et al., 1978; MARIOTTI et al., 1982). Assim, é possível que o N liberado pelas raízes marcadas tenham sofrido tais processos, o que poderia contribuir para um aumento relativ o de 15 N no solo, contribuindo, desta forma, para que a estimativa do NRnr seja superestimada. Porém, é necessário maiores investigações a fim de se detectar a magnitude desse efeito. Tabela 4. Distribuição do N de raízes não recuperadas (NRnr) nas três camadas estudadas (subdivisões do cilindro). Profundidade (cm) 0-20 20-40 40-60 Total NRnr (mg) 182,6 ± 63,31 30,5 ± 10,47 7,5 ± 1,15 220,69 ± 72,58 % 83 14 3 100 Valores médios de 4 repetições; (± erro padrão). Figura 1. Distribuição relativa do nitrogênio na planta inteira Mayer et al. (2003) encontraram em Pisum sativum v alores para NRnr ligeiramente superior ao deixado pela parte aérea (caule + folhas). Na camada de 0-20 cm de profundidade concentraram-se 83% do NRnr (Tabela 4). A redução do NRnr em profundidade foi proporcional a diminuição da massa do sistema radicular. Apenas 3% do NRnr foi encontrado em profundidade superior a 40 cm, que provavelmente é derivado das raízes recuperadas nesta profundidade, indicando, portanto, que não houve lixiviação do N liberado por exsudados e raízes mineralizadas. Mayer et al. (2003), verificaram que 7%, em Lupinus album, e 31% em Pisum sativum, do NRnr foi encontrado em microraízes recuperadas por peneiras de 200 ìm. O NRnr imobilizado na biomassa microbiana representou apenas 14-18% do NRnr. Somente uma pequena parte, 3 - 7% estava associado ao N da fração mineral. Os autores não conseguiram recuperar 48 e 72% do NRnr em Pisum sativum e Lupinus albus, respectivamente. Estes dados sugerem que uma grande parte do NRnr estão na forma de exsudados. Em estudos com trigo, observou-se que a maioria dos aminoácidos presente na rizosfera foi absorvido diretamente pela população microbiana (OWEN e JONES, 2001, citados Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 24, n. 1, jan.- jun., 2004. p. 7-12. 11 ARAÚJO, E. da S., et al. por MAYER et al., 2003), significando um importante dreno de exsudados radiculares. Neste estudo, a contribuição do sistema radicular na camada de 0-20 cm, foi de aproximadamente 58 kg N ha-1, mostrando, assim, que o sistema radicular da soja pode ser responsável por um incremento significativo de N no solo. Isso pode justificar o ganho em produtividade das culturas sucessoras à soja. CONCLUSÃO O N das raízes não recuperáveis pelo método mecânico representou 81% do N do sistema radicular e 16% do N da planta inteira, sendo a maior parte, cerca de 83%, concentrado na camada de 0-20cm de profundidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, B.J.R.; ZOTARELLI, L.; BODDEY, R.M.; URQUIAGA, S. Soybean benefit to a subsequent wheat crop in a cropping system under zero tillage. 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