A importância da fisioterapia nos pacientes portadores de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) The importance of physiotherapy in patients with COPD (chronic obstructive pulmonary disease) _________________________________________________________________ Elaine Coelho Buarque1, Ricardo Jorge da Silva Pereira2 RESUMO A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) se caracteriza pela presença de obstrução ou limitação crônica do fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível que gera modificações pulmonares e prejudica gradativamente a mecânica pulmonar. O mecanismo fisiológico da intolerância ao exercício na DPOC envolve os seguintes achados: perda alveolar e do recolhimento elástico, que contribui para o aumento da complacência pulmonar e para o prejuízo da perfusão pulmonar. A reabilitação pulmonar (RP) tem recebido grande atenção no tratamento dos portadores de DPOC, visando a minimização dos sintomas, o aumento da tolerância física e a melhora da qualidade de vida. Com a finalidade de aliviar os sintomas e otimizar a função desses pacientes, a reabilitação pulmonar está bem estabelecida e é universalmente aceita como método adicional à terapia tradicional. É baseada no treinamento de membros superiores e inferiores, treinamento dos músculos respiratórios e programa educacional. A fisioterapia auxilia o paciente, diminuindo as deficiências e as disfunções sistêmicas conseqüentes aos processos secundários da doença pulmonar. Portanto, este estudo baseado em revisão de literatura tem o objetivo de apresentar a importância da fisioterapia nos pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Reabilitação Pulmonar, Fisioterapia. ABSTRACT The chronic obstructive pulmonary disease (DPOC) if characterizes for the presence of blockage or chronic limitation of the aerial flow, presenting slow and irreversible progression that generates pulmonary modifications and harms the pulmonary mechanics gradual. The physiological mechanism of the intolerance to the exercise in the DPOC involves the following findings: alveolar loss and of the elastic collect, that contributes for the increase of the pulmonary compliance and for the damage of the pulmonary infusion. The pulmonary whitewashing (RP) has received great attention in the treatment from the DPOC carriers, aiming at the minimization of the symptoms, the increase of the physical tolerance and the improvement of the quality of life. With the purpose to alleviate the symptoms and to optimize the function of these patients, the pulmonary whitewashing well is established and is accepted universally as additional method to the traditional therapy. It is based on the training of superior and inferior members, training of the respiratory muscles and educational program. The physiotherapy assists the patient, diminishing the consequent deficiencies and systemic disorders to the secondary processes of the pulmonary illness. Therefore, this study based on literature revision it has the objective to present the importance of the physiotherapy in the carrying patients of pulmonary illness obstructive chronicle. Keywords: Chronic Obstructive Pulmonary Disease, Pulmonary Rehabilitation, Physiotherapy. __________________________________________________________________________________________________ 1. Fisioterapeuta, pós-graduada em Fisioterapia Cardiorrespiratória pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. 2. Mestre em cirurgia pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor em Traumatologia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva. INTRODUÇÃO: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma patologia caracterizada pela presença de obstrução do fluxo aéreo resultante da bronquite crônica ou do enfisema. A obstrução geralmente é progressiva, podendo ser acompanhada por uma hiper-reatividade das vias aéreas e ser parcialmente reversível. Os principais componentes da DPOC são: a bronquite crônica e o enfisema.1 O enfisema é definido, em termos anatômicos, como uma condição caracterizada por aumento anormal e permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, acompanhado pela destruição das paredes alveolares sem fibrose. A bronquite crônica é definida, em termos clínicos, como uma condição na qual a tosse produtiva crônica com expectoração mucosa ou mucopurulenta está presente no mínimo três meses por ano durante pelo menos dois anos consecutivos e outras causas de tosse crônica como tuberculose, bronquiectasia, refluxo gastroesofágico, asma e gotejamento pós-nasal são excluídas.1,2 A DPOC é uma importante causa de morbimortalidade por doenças crônicas em todo o mundo, sendo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quarta principal causa de morte no mundo. A prevalência tem aumentado progressivamente nas últimas décadas e estima-se que no Brasil haja cerca de sete milhões e meio de portadores de DPOC. Contudo, o número de pacientes portadores dessa doença pode ser significativamente maior, por se tratar de uma doença silenciosa ou com sintomas no início, de pouca relevância para o paciente.3 A reabilitação pulmonar é definida como um programa dirigido a pacientes com doença pulmonar crônica e seus familiares, promovendo um tratamento individualizado, prescrito e designado a otimizar a performance física, tendo como objetivo promover a autonomia funcional e social do paciente com limitação respiratória.4 Os pacientes que completam os programas de reabilitação pulmonar têm mudanças psicológicas positivas, melhoram as habilidades funcionais, aumentam a motivação para os exercícios e conseqüentemente melhoram sua qualidade de vida.4 Sendo assim, esta revisão de literatura tem o objetivo de apresentar a importância da fisioterapia nos pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). OBJETIVO: Apresentar a importância da fisioterapia nos pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). MATERIAIS E MÉTODO: Revisão de Literatura do tipo analítica, descritiva e de caráter qualitativo, realizada através de pesquisas em livros e artigos indexados nas bases de dados eletrônicas da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), da Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e da Biblioteca Eletrônica Científica (SCIELO), consultados através do site da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e publicados no período entre 2000 e 2010. Durante o levantamento bibliográfico, a coleta de dados foi realizada entre os meses de junho de 2010 a janeiro de 2011. DESCRIÇÃO 1. Definição A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma patologia caracterizada pela presença de obstrução do fluxo aéreo resultante da bronquite crônica ou do enfisema. A obstrução geralmente é progressiva, podendo ser acompanhada ou não por uma hiper-reatividade das vias aéreas e ter reversibilidade parcial ou ausente nos testes de broncodilatação. Os principais componentes da DPOC são: a bronquite crônica e o enfisema.1,5 A definição mais recente de DPOC, endossada pela American Thoracic Society, define DPOC como uma “doença caracterizada por limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação ao fluxo aéreo é usualmente progressiva e está associada com uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos”.6 A bronquite crônica é definida, em termos clínicos, como uma condição na qual a tosse produtiva crônica com expectoração mucosa ou mucopurulenta está presente no mínimo três meses por ano durante pelo menos dois anos consecutivos.1,2 O enfisema pulmonar é definido, em termos anatômicos, como uma condição caracterizada pelo aumento anormal e permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, acompanhado pela destruição das paredes alveolares sem fibrose.1,2 2. Etiologia Existem muitas causas para a DPOC, como o tabagismo, a deficiência de alfa1antitripsina, vasculite urticariforme por hipocomplementemia, uso abusivo de Ritalina intravenosa, Síndrome de Ehlers – Danlos, Síndrome de Marfan, doença de Salla, deficiência de alfa1-antiquimiotripsina, HIV (doença similar ao enfisema). As duas causas mais comuns são o tabagismo e a deficiência de alfa1-antitripsina e não existem fortes evidências para a Doença de Salla e a deficiência de alfa1-antiquimiotripsina sendo essas últimas consideradas causas supostas.1 3. Sinais e Sintomas Os sintomas da DPOC incluem tosse, produção de escarro, sibilos, dificuldade respiratória ao esforço, dispnéia lenta e progressiva. O exame de sangue pode revelar a deficiência de alfa1-antitripsina. O exame físico pode revelar diminuição dos ruídos respiratórios precocemente, hiperinsuflação, aumento do diâmetro ânteroposterior do tórax (tórax em tonel), achatamento do diafragma e indentação da parede torácica ao nível do diafragma na inspiração (Sinal de Hoover). Outros sinais tardios como o uso da musculatura acessória da respiração, edema decorrente de cor pulmonale, alterações do estado mental causados pela hipóxia ou pela hipercapnia podem ocorrer, especialmente nos casos de agudização da DPOC.1 4. Complicações da DPOC A obstrução do fluxo aéreo gera modificações pulmonares que prejudicam gradativamente a mecânica pulmonar. Frequentemente ocorre uma fraqueza e diminuição da resistência dos músculos respiratórios que alteram o movimento do complexo tóraco-pulmonar, ocorrendo também um aumento do trabalho respiratório, diminuindo a capacidade de exercício do paciente.7,8 A mecânica pulmonar do DPOC é prejudicada devido à presença da hiperinsuflação pulmonar, que altera a forma e a geometria da parede torácica e leva a uma redução crônica da zona da aposição do diafragma, que tende a se retificar, prejudicando sua ação.9 O paciente passa a ter aumento na contribuição dos músculos acessórios da respiração mesmo em repouso. Nesta situação, a reserva ventilatória é presumivelmente baixa e a capacidade de aumentar a ventilação pode estar reduzida. Conseqüentemente, a ventilação inadequada pode comprometer o fornecimento de oxigênio aos músculos periféricos, prejudicando a realização do exercício.10 Os pacientes com DPOC relatam cansaço desproporcional ao realizarem as atividades de vida diária (AVD). Nas atividades “amarrar os sapatos" e “pentear os cabelos" já está demonstrado que os pacientes desenvolvem um padrão respiratório irregular, superficial e rápido durante sua realização e, após as mesmas, respiram rápida e profundamente. Este padrão pós-exercício ocorre pela rápida e inefetiva respiração superficial durante a flexão do tronco e o esforço com os braços durante as atividades, o que leva à hiperventilação compensatória após o término das tarefas. 11 A atividade física global é diminuída devido à piora progressiva da função pulmonar, que é traduzida por dispnéia e percepção de cansaço ao realizar qualquer forma de esforço físico. O progressivo descondicionamento físico associado à inatividade dá início a um círculo vicioso, em que a piora da dispnéia se associa a esforços físicos cada vez menores, com grave comprometimento da qualidade de vida.12 O mecanismo fisiológico da intolerância ao exercício na DPOC envolve os seguintes achados: perda alveolar e do recolhimento elástico, que contribui para o aumento da complacência pulmonar e para o prejuízo da perfusão pulmonar. Tipicamente, essas alterações resultam de prolongada inalação de fumaça de cigarro que irrita as vias aéreas, aumentando, assim, a produção de muco e a resistência das vias aéreas. Com o tempo, essas alterações fisiopatológicas contribuem para o aumento do espaço morto anatômico e da capacidade pulmonar total; a hiperinsuflação pulmonar e da parede torácica causam rebaixamento das hemicúpulas diafragmáticas, o que contribui para maior ineficiência respiratória e aumento do custo metabólico.13 5. Principais exames para diagnóstico e monitoramento Provas de função pulmonar; Gasometria arterial; Radiografia de Tórax; Tomografia computadorizada.5 Figura 1- Alvéolos destruídos transformam-se em grandes bolhas. 7. Fisioterapia A fisioterapia consiste em várias modalidades de tratamento primordiais no programa de reabilitação, tais como treinamento de endurance e intervalado, treinamento de força e treinamento muscular respiratório.14 O programa de treinamento físico pode ser dividido em várias etapas: 1º etapa: exercícios de aquecimento para membros superiores e membros inferiores, sem carga e com duração de 15 minutos ininterruptos, de acordo com a capacidade de cada paciente, consistindo de atividades calistênicas associadas ao ciclo respiratório. 2º etapa: exercícios não sustentados de membros superiores, utilizando dois movimentos em diagonal com peso (halteres) durante dois minutos, com intervalo de tempo idêntico para repouso. O aumento semanal da carga está condicionado à capacidade individual de cada 6. Tratamento Abandono do tabagismo; Controle do ambiente; Profilaxia vacinal; Terapia broncodilatadora; Corticóides; Melhorar a reologia do muco; Controle de infecção; Oxigenoterapia; Redução da hipertensão pulmonar e compensação de cor pulmonale; Reabilitação respiratória; Controle das agudizações e da Insuficência respiratória; Tratamento cirúrgico da DPOC.5 Terapia de aumento intravenoso (deficiência de alfa1-antitripsina); VMI (hipercapnia e acidemia respiratória aguda); VMNI.1 paciente. O peso inicial a ser utilizado é determinado prévia e individualmente pelo teste incremental, com intuito de trabalhar inicialmente com 50% de carga máxima sustentada pelo paciente. 3º etapa: treinamento de membros inferiores desenvolvido na bicicleta ergométrica com tempo predeterminado e evolução semanal. A potência a ser desenvolvida é determinada individual e previamente ao início do programa, objetivando um trabalho de 50% da capacidade física máxima do indivíduo. 4º etapa: posturas de alongamento da musculatura utilizadas durante a sessão.12 A seleção de modalidades de tratamento é baseada nas causas individuais de limitação ao exercício e, portanto, nos objetivos individuais de tratamento. A utilização de componentes adicionais durante o treinamento de exercício, tais como oxigênio suplementar, exercícios respiratórios e aconselhamento podem também ser considerados, baseados na avaliação das limitações ao exercício.14 A fisioterapia respiratória voltada para uma melhor performance muscular e por conseqüência para um menor consumo de oxigênio, é de extrema valia na DPOC. (PESSOA, 2001) Após as sessões de fisioterapia respiratória os pacientes apresentam um aumento na mobilidade da caixa torácica e na qualidade de vida, mantendo a capacidade de exercício. (PAULIN E, 2006) 10. Considerações finais Apesar de todo suporte medicamentoso o paciente portador de DPOC, muitas vezes, não consegue manter suas atividades cotidianas com normalidade devido incapacidade física e dispnéia, com isso, o suporte fisioterápico tem demonstrado seu papel eficaz na reabilitação do paciente portador de DPOC melhorando sua qualidade de vida e visando a sua inserção na sociedade, lembrando que na reabilitação do paciente com DPOC é necessária a participação de uma equipe multidisciplinar para um melhor acompanhamento e tratamento da doença e suas complicações. Portanto, a fisioterapia beneficia funcionalmente o paciente portador de DPOC. (PAULIN E, 2006) 11. Referências 1. 8. Importância da fisioterapia A reabilitação pulmonar auxilia o paciente com DPOC, diminuindo as deficiências e disfunções sistêmicas conseqüentes aos processos secundários da doença pulmonar, como, por exemplo, as disfunções musculares periféricas e respiratórias, anormalidades nutricionais, deficiências cardiovasculares, distúrbios esqueléticos, sensoriais e psicossociais. (RODRIGUES, 2002) O condicionamento físico tem papel fundamental com a finalidade de reduzir a demanda respiratória e a sensação de dispnéia. (NEDER, 2001) 9. Resultados 2. 3. 4. 5. Scanlan CL, Wilkins RL, Stoller JK. Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan. 7º Ed. Barueri, SP: Manole; 2000. p.458. Pessoa FP. Pneumologia Clínica e Cirúrgica. SP, RJ, BH: Atheneu; 2001. p. 309-318. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. I Consenso brasileiro de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). J. Pneumol. 2000; 26(supl. 1): p. 1-51. Paulin E. 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