CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ
FACULDADE CEARENSE – FaC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
REUBER DAMASCENO PESSOA
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE SOBRE O MARKETING NA
EMBALAGEM DE PÃO: CASO DA EMPRESA DO RAMO DE
PANIFICAÇÃO EM FORTALEZA
FORTALEZA
2013
REUBER DAMASCENO PESSOA
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE SOBRE O MARKETING NA
EMBALAGEM DE PÃO: CASO DA EMPRESA DO RAMO DE
PANIFICAÇÃO EM FORTALEZA
Monografia submetida à aprovação da
Coordenação do Curso de Administração
do Centro de Ensino Superior do Ceará,
como requisito parcial para obtenção do
grau de Graduação.
Orientador: Prof. Ms. Felipe Queiroz.
FORTALEZA
2013
REUBER DAMASCENO PESSOA
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE SOBRE O MARKETING NA
EMBALAGEM DE PÃO: CASO DA EMPRESA DO RAMO DE
PANIFICAÇÃO EM FORTALEZA
Monografia como pré-requisito para
obtenção do título de Bacharelado em
Administração, outorgado pela Faculdade
Cearense – FaC, tendo sido aprovada
pela banca examinadora composta pelos
professores.
Data da aprovação: ____/____/_______
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof. Ms. Felipe Lima Queiroz (Orientador)
_________________________________________________
Prof.Ms. Phryne Azulay Benayon, (Membro)
_________________________________________________
Prof. Ms. Michael Viana Peixoto (Membro)
_____________________________________________
Prof.Ms. Ricardo Cesar de Oliveira Borges (Membro)
Dedico este trabalho aos meus pais que
sempre estão ao meu lado, e que
pretendo amá-los em toda minha vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada, e que
sempre foi meu socorro nas horas que estava atribulado, triste e sempre foi a razão
da minha alegria.
Aos meus pais, Aldenor e Rita, que me incentivaram a seguir esta etapa
em minha vida. Sei que palavras para descrever o meu sentimento a vocês é pouco,
mas saibam que sou muito grato a vocês.
Aos meus irmãos, Reno e Renata, por estarmos juntos nas dificuldades
que encontramos no crescimento e desenvolvimento, mas hoje estamos colhendo
tudo que plantamos na nossa infância.
Aos meus familiares de modo em geral, tias, primos, mesmo os mais
distantes que de maneira geral foram exemplos de pessoa e de dignidade.
À minha sobrinha Lara, que nos momentos ruins me ajudou com sua
alegria.
À minha namorada, companheira e futura esposa, Samile Costa, por me
ajudar nesse momento tão importante de minha vida.
Aos colegas de sala, que sempre ajudaram nos trabalhos de equipe, atrás
de nossos objetivos.
Aos meus amigos Junior Bezerra, Dyclarck Alves, Marycleide Ribeiro,
Fabricio Chaves, por estarem comigo nessa batalha.
À tia Marlene, pois nos momentos ruins sempre se fez presente,
colaborando de uma forma para que chegasse a realização deste desafio.
Ao meu orientador, Professor Felipe Queiroz, mostrando os caminhos
orientadores para a realização deste trabalho, iluminando os meus pensamentos
levando-me a buscar mais conhecimentos.
Aos professores de um modo geral, que procuraram passar seus
conhecimentos de uma forma simples a nos ajudar no desenvolvimento profissional,
e, em especial, à professora Eloísa, que não está fisicamente conosco.
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de
amanhã, pois trará seus cuidados.”
Mt. 6:34
RESUMO
O presente trabalho consiste em uma análise das estratégias de marketing em
embalagens de uma panificadora de Fortaleza-Ce. Analisar os pontos positivos e
negativos que envolvem a questão do uso das embalagens como ferramentas de
marketing é um desafio, sobretudo, para aqueles que trabalham direto ou indireto
com este tipo de divulgação. O objetivo geral deste estudo é, portanto, analisar a
eficiência das novas estratégias de marketing utilizadas nas tradicionais embalagens
de pães. Trata-se de uma pesquisa científica, exploratória e descritiva, alicerçada
em revisão bibliográfica e em uma pesquisa de campo, cujos resultados serão
submetidos a uma abordagem qualitativa, pela qual será ressaltada a importância da
análise das estratégias de marketing em embalagens, como ferramenta de venda
dos produtos, no caso, empresas do ramo de panificação, no bairro de Fátima.
Constatou-se que as panificadoras, ao invés de usarem panfletos, cartazes e outros
veículos de comunicação e propaganda, que geram resíduos, sujando o espaço
público, devem utilizar o saco de pão para promover seu produto, além de divulgar
ofertas de descontos e dar ideias ou sugestões saudáveis para o cliente.
Palavras-chave: Estratégias. Marketing. Embalagens. Venda. Propaganda.
ABSTRACT
This study is an analysis of the marketing strategies of a bakery in packs of
Fortaleza-Ce. Analyze the strengths and weaknesses involving the question of the
use of packaging as a marketing tool is a challenge, especially for those who work
directly or indirectly with this type of disclosure. The aim of this study is therefore to
analyze the efficiency of the new marketing strategies used in traditional packaging
breads. This is therefore a scientific, exploratory and descriptive, based on literature
review and field research, the results of which will undergo a qualitative approach,
which is highlighted by the importance of the analysis of marketing strategies in
packaging such as tool products are sold, in this case, companies in the bakery in
the neighborhood de Fátima. It was found that the companies, instead of using flyers,
posters and other media and advertising that generate waste, littering the city, public
space, should use the paper bag to promote your product, and promotion offers
discounts and offer ideas or suggestions for healthy customer.
Keywords: Strategies. Marketing Packaging. Selling. Advertizing.
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – A embalagem como agregação de valor ao produto.......................... 24
GRÁFICO 2 – Renda do consumidor ........................................................................ 25
GRÁFICO 3 – Influência da embalagem na decisão de compra ............................... 25
GRÁFICO 4 – Informações úteis sobre o produto nas embalagens .......................... 26
GRÁFICO 5 – Influência da embalagem na escolha de outros produtos .................. 27
GRÁFICO 6 – Informações úteis nas embalagens .................................................... 27
GRÁFICO 7 – Percentual de consumidor com filho(s) e/ou filha(s) .......................... 28
GRÁFICO 8 – Frequência com que o consumidor lê as embalagens de pão ........... 28
GRÁFICO 9 – Influência da embalagem no fortalecimento da marca da empresa ... 29
GRÁFICO 10 – Importância da embalagem .............................................................. 30
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 12
2.1 Aspectos evolutivos do marketing ....................................................................... 12
2.2 Conceitos de marketing ....................................................................................... 15
2.3 Planejamento de marketing ................................................................................. 18
2.4 Marketing de embalagens ................................................................................... 19
3 METODOLOGIA..................................................................................................... 22
4 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA PESQUISA ............................................. 24
5 CONCLUSÃO......................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32
APÊNDICE ................................................................................................................ 34
10
1 INTRODUÇÃO
É relevante avaliar a importância da embalagem como meio de
divulgação e marketing de um produto, passando informações ou textos
impressos em embalagens aos clientes. Nessa perspectiva, serão utilizados os
serviços existentes em uma padaria, referentes às informações apresentadas nas
embalagens dos seus produtos. Para tanto, as empresas, ao invés de usarem
panfletos, cartazes e outros veículos de comunicação e propaganda, que geram
resíduos, sujando a cidade, o espaço público, utilizam o saco de pão para promover
seu produto, além de divulgar ofertas de descontos e dar ideias ou sugestões
saudáveis para o cliente.
Com essas considerações iniciais, espera-se que esse tema possa
contribuir com uma maior consciência, por parte de quem deseja compreender e
cultivar meios de utilização de embalagens que não prejudiquem o meio ambiente,
estimulando os estudantes de Administração a desenvolverem uma consciência
ecológica, influenciando, assim, a forma de gerenciar ou expandir atividades
laborais.
Diante da preocupação com a forma de divulgar o produto e a
necessidade de escolher um modo mais econômico, o administrador moderno tem
buscado muitas alternativas, entre elas, as que recorrem ao uso das embalagens.
No entanto, tem-se discutido acerca dos benefícios e desvantagens desse
procedimento, o que motivou a opção por esta pesquisa, com o intuito de contribuir
para elucidar a questão, ou, pelo menos, minimizar a dúvida de todos quantos se
interessam por essa temática que se pretende pesquisar.
Analisar os pontos positivos e negativos que envolvem a questão do uso
das embalagens é um desafio, sobretudo, para aqueles que trabalham direta, ou
indiretamente, com este tipo de divulgação. A divulgação feita em layout, televisão
e/ou rádio envolve altos custos para uma empresa de pequeno porte, o que torna
inacessível esse tipo de serviço, pois o proprietário precisa de um retorno imediato.
Com essas considerações iniciais, este trabalho busca respostas para a
seguinte indagação: Qual a importância das embalagens como ferramenta de
vendas no ramo de panificação sob a percepção dos clientes?
Nessa perspectiva, parte-se da hipótese de que o uso de embalagens
como instrumento de marketing pode ser uma forma, simples e barata, de agregar
11
valor ao produto, fortalecendo a marca da empresa e estreitando o relacionamento
com o consumidor.
O presente estudo tem como objetivo geral analisar a percepção dos
clientes em relação ao marketing em embalagens, utilizada em micro e pequenas
padarias no bairro de Fátima nas tradicionais embalagens de pães. E como objetivos
específicos: verificar a percepção do cliente sobre a agregação de valor propiciada
pela embalagem de pão; investigar sobre os aspectos evolutivos do marketing; e
conceituar planejamento de marketing.
Em relação aos aspectos metodológicos, esta pesquisa se caracteriza
como exploratória e descritiva, alicerçada em revisão bibliográfica e em uma
pesquisa de campo, cujos resultados serão submetidos a uma abordagem
qualitativa.
A presente monografia divide-se em cinco capítulos, onde no primeiro
capítulo, apresenta-se os objetivos, a problemática, a justificativa, a metodologia e a
estrutura do trabalho. No segundo capítulo, realiza-se uma abordagem através de
revisão de literatura sobre as atuais estratégias de marketing que podem ser
utilizadas por empresas de pequeno e médio porte. No terceiro capítulo, faz-se uma
descrição do locus da pesquisa e das suas possibilidades como divulgadora de sua
marca, pela via das embalagens. No quarto capítulo, têm-se os resultados da
pesquisa, coletados por meio de entrevistas aos consumidores, clientes de uma
panificadora do bairro de Fátima. Esses resultados serão submetidos a uma
análise quantitativa e interpretados à luz das ideias dos autores consultados na
revisão bibliográfica. No quinto e último capítulo, aborda-se as conclusões e as
considerações finais do presente estudo, bem como algumas sugestões de outras
pesquisas capazes de motivar a utilização das embalagens como instrumento de
marketing, em favor dos consumidores.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com as pesquisas realizadas, define-se que marketing é a
função que liga o produto ao consumidor. Este breve conceito indica que o
marketing é um conjunto de operações que envolvem estratégias desde o início do
produto até o consumidor final.
2.1 Aspectos evolutivos do marketing
O marketing vem crescendo de forma a ser uma das principais
ferramentas utilizadas no atual mundo dos negócios, e que possui grande
relevância, pois leva vantagem quando considera-se a globalização como uma de
suas principais características.
Para Kotler e Armstrong (1999), a linha de produção, as vendas, os
produtos, a publicidade, dentre outros, são elementos essenciais para se entender
sobre a história da origem do marketing, que surgiu na era da produção no ano de
1925. Ainda segundo os autores, os consumidores preferiam os produtos
disponíveis e de menor preço. Naquela época essa prática era muito comum no
meio da produção, levando-se em conta que a produção exercia mais importância
do que a venda.
Cobra (1992, p. 30) aborda que essa fase de “produção em massa teve
início no ano de 1950”. O autor acrescenta que à época se produzia sem se
preocupar com o cliente, pois a demanda era maior que a oferta e não existia a
necessidade de preocupar-se com a venda.
Quando a oferta superou a demanda os produtores começaram a ver a
importância de promover investimentos para venda de uma forma mais organizada,
de maneira que gerasse interesses pela produção. Boone e Kurtz (1998, p. 8)
relatam que houve
[...] a preocupação das empresas que passaram a enfatizar as forças
eficazes de venda para encontrar comprador para seus produtos. Assim, as
firmas buscavam produzir o total de produtos que correspondiam ao
mercado potencial de compradores.
A referida citação fornece a ideia que foi aí que surgiu a oportunidade de
se produzir conforme a necessidade dos compradores, visto que interesse e
13
focalização na venda tornou-se de extrema importância para se conquistar novos
clientes, apostando, com isso, na qualidade do produto. Foi nessa época que a
principal preocupação passou a ser o produto, e não mais a produção e os seus
métodos e processo de produção (BOONE; KURTZ, 1998).
Foi pautada nessa preocupação que apareceu a necessidade de se
entender o que e quanto produzir, assim como trabalhar uma produção com
qualidade. Com esse entendimento, Levitt (apud ROCHA; CHRISTENSEN, 1999, p.
21), em seu manifesto clássico “Miopia do Marketing”, alega que “o marketing devia
centrar-se nas necessidades do cliente, e não nas características do produto”.
Embora os autores coloquem seus pontos de vistas com base em pesquisas, é de
suma importância que as necessidades de consumo não são geradas pelo
marketing, visto que este é algo inevitável e vital à vida, pois fazem parte dos
anseios básicos do homem.
Minicucci (1995, p. 216) argumenta que a “necessidade é uma força (que
ainda não é ou não está) a busca de um objetivo ou de alguma coisa que seja
satisfatória”. Ainda segundo o autor, “as necessidades são interdependentes e, às
vezes, é difícil distinguir o objetivo a ser alcançado” (MINICUCCI, 1995, p. 217).
Para facilitar o trabalho de marketing no tocante às necessidades,
Minicucci (1995) criou três designações: necessidade fisiológica, necessidade de
segurança, necessidade de participação, necessidade de autoestima e necessidade
de auto realização.
Ainda sobre a evolução das necessidades humana, Chiavenato (1999, p.
157) laçou a ideia de que “à medida que o homem vai crescendo e amadurecendo,
vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis
gradativamente mais elevados”.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, Churchill e Peter (2005, p. 10)
descrevem que “as necessidades de consumidores ou compradores organizacionais
são as coisas necessárias para sua sobrevivência”.
Entende-se que os conceitos de necessidade tendem a levar o indivíduo a
concretizá-las, favorecendo a satisfação de seus desejos. Sabedores dessa
necessidade de satisfazer desejos, Boone e Kurtz (1998, p. 11) colocam uma boa
explicação para este fato quando assevera que
[...] ao concentrar-se nos benefícios resultantes desses bens e serviços, o
marketing efetivo converte necessidades em desejos. A necessidade de
14
usar vestimentas pode ser traduzida pelo desejo de vestir-se com um
determinado estilo de roupas. A necessidade de transporte pode
transformar-se no desejo de ter um carro novo.
De acordo com o autor supracitado, entende-se que dentro dessa
perspectiva de consumo, na qual vivem os clientes surgiu o marketing, sabendo que
as pessoas sempre estão a procura de bens e serviços que lhes favoreçam maior
satisfação, numa relação envolvendo, principalmente, o binômio custo e benefício.
Segundo a concepção de McCarthy, Brandão e Perreault (1997, p. 117),
“desejos” consistem nas “necessidades aprendidas durante a vida de uma pessoa”.
Em seus estudos, os autores mostram um exemplo que define a sintonia do termo:
“todos necessitam de água ou de algum tipo de líquido, mas algumas pessoas
também aprendem a desejar água Perrier” (MCCARTHY; BRANDÃO; PERREAULT,
1997, p. 117).
Frente ao exposto e para confirmar a relação entre necessidade e desejo,
Sandhusen (1998, p. 2) defende o princípio uma “importante função do marketing,
que é converter necessidades em desejos, ao destacar os benefícios resultantes dos
bens de consumo”.
Kotler e Armstrong (1999, p. 11), por sua vez, salienta o termo como
sendo “carências por satisfações específicas para atender as necessidades”.
Enquanto Kumar (1996 apud LARÁN; ALMEIDA; HOFFMANN, 2004, p. 43) registra
que “[...] os consumidores usualmente compram um produto/serviço que vá ao
encontro de certos objetivos ou necessidades e, se isso não é possível, compram
produtos que estejam mais perto de satisfazer suas necessidades”..
O marketing é movimentado pela necessidade e pelo desejo de consumo
tão difundido nos dias atuais e, para que estes possam se concretizar, precisa-se
acrescentar os clientes como um valor agregado à empresa e que gera a demanda.
Por necessidade, percebe-se que seja o estado de privação que leva o indivíduo a
satisfazer alguma necessidade básica, seja em nível biológico, físico ou social.
Como desejo, entende-se a satisfação de uma necessidade de um
determinado modo específico, considerando o histórico e a cultura do indivíduo.
Para satisfazer as necessidades e os desejos dos indivíduos, o marketing trabalha
para atingir a demanda de pessoas que precisam adquirir produtos e serviços.
Para Troster e Mochón (1999, p. 49), o termo demanda engloba a
questão “do preço de um bem ou serviço, onde quanto maior o preço, menor será a
15
quantidade que cada indivíduo estará disposto a comprar”. Aqui, os autores fazem
entender que o preço trata-se de uma variável que se apresenta como mais
importante na geração da demanda pelo produto.
Arnold e Rimole (1999) asseveram que existem dois tipos de demanda:
a demanda independente, e a demanda dependente. Por outro lado, Kotler e
Armstrong (1999, p. 4) acrescentam que “os consumidores veem os produtos como
benefícios para si, e escolhem os que lhe proporcionam maior satisfação pelo
dinheiro gasto”. Toda essa teia, que forma o marketing, pode ser entendida e
encerrada em um aglomerado de situações que define o processo de compra e
venda.
Rossetti (1999) separa o mercado em duas categorias de referência: o de
produtos e o de fatores. Nos dois casos, o mercado tem sua definição pautada na
existência de forças aparentemente antagônicas: as da procura e as da oferta.
Quando ambas ocorrem simultaneamente, acontece a troca de produtos nas
transações de mercado. Com esses estudos, os preceitos relacionados à evolução
do marketing estão interligados, sendo que um depende do outro para movimentar
os negócios.
De qualquer forma, percebe-se que os profissionais do marketing
precisam alcançar seus objetivos organizacionais, criar valor de mercado e suprir
as necessidades dos clientes. Alguns conceitos devem ser considerados como
ferramentas que podem ser utilizadas para se chegar aos objetivos finais da venda e
da conquista do consumidor por determinada marca.
2.2 Conceitos de marketing
Para Ferreira (2009), o Marketing compreende um processo utilizado para
convencer os usuários sobre que produtos ou serviços poderão adotar para suprir
suas necessidades. Para tanto, ao detentor do produto cabe criar as estratégias
para atrair o público-alvo. Entende-se que o marketing tem por finalidade a criação
de valores para atingir o nível de satisfação no cliente, possibilitando assim um bom
nível de relacionamentos lucrativos para as partes interessadas em determinado
produto e/ou serviço.
As atribuições de um dirigente de marketing envolvem uma imensa
planilha de atividades, desde os estudos iniciais para inserção do produto no
16
mercado, as definições de estratégias de ações, os marcos publicitários a atingir, as
vendas propriamente ditas do produto, alargando-se à assistência ao consumidor
final com a pós-venda (FERREIRA, 2009).
Na concepção da América Marketing Association (AMA, 20013), o
Marketing carrega uma função organizacional e trata-se de um conjunto de
processos que envolvem a criação, a comunicação e a apresentação final
publicitária com um valor convincente para o cliente, como também abrange a
administração e trata do relacionamento com os consumidores, de forma a
beneficiar a organização e zelar pelo público interessado em determinado produto.
Esta mesma instituição coloca ainda que o marketing constitui uma atividade
composta por um conjunto de procedimentos que institui os processos para criação,
comunicação, distribuição e efetuação das trocas de ofertas que favoreçam valor
para consumidores, clientes, parceiros e a sociedade como um todo.
Kotler e Keller
(2006) conceituam marketing como um processo que
ocorre na sociedade, no qual as pessoas e grupos procuram e obtêm um produto de
que necessitam e o que encontram afinidade com a criação, por meio da oferta e
livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.
De acordo com Kotler e Armstrong (1999), a palavra “Marketing” consiste
na oferta de um determinado produto ao cliente cujo resultado esperado e a
satisfação como forma de benefício. Aqui, entende-se que o maior benefício que o
anunciante pode querer como feedback é a satisfação do consumidor.
No entendimento de Iasnogrodski (1999), o marketing é pautado no
estudo, de forma sistemática, das forças para ativar a procura com a motivação do
consumidor, com ênfase nas considerações temporais e especiais que influenciam
as transações econômicas, acrescentando a isso os esforços integrados e reações
dos consumidores em um mercado. Numa visão menos ampla, pode-se conceituá-lo
como sendo a técnica de criar e manter clientes dentro do contexto geral existente
no mercado.
Richers (1986, p. 38) constata que o conceito de marketing defendido diz
respeito às “atividades sistemáticas de uma organização humanas voltadas à busca
e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios
específicos”. Na visão do autor, fica evidente que o marketing está centrado na
necessidade do ser humano realizar trocas para satisfazer suas necessidades e
17
estas se realizam influenciadas pelas campanhas publicitárias sobre os produtos de
que necessitam para suprir suas necessidades.
Na visão de Fraga (2006), se observada de forma pragmática, a palavra
Marketing assume sua função literal de “mercado”. Pelo enunciado do autor pode
conceituar que marketing refere-se ao estudo do mercado. É, portanto, uma
ferramenta administrativa que oportuniza a observação para a criação das
tendências e de novas possibilidades de consumo, com vista à satisfação dos
usuários em resposta para os objetivos financeiros e mercadológicos das empresas
de produção ou prestação de serviços.
Pelos enunciados dos estudiosos citados, salienta-se que o marketing
gira em torno da comercialização e, para que isso ocorra, é necessário haver
a realização de algumas atividades importantes, como o planejamento, a
concepção e a concretização da venda, e essas atividades tendem a continuar após
a venda para que haja a satisfação dos usuários com a satisfação de suas
necessidades, considerando ainda tanto às presentes como as futuras aquisições
dos produtos/serviços que já existem para negociação como para a importância dos
novos produtos que venham a surgir. Os trabalhos de marketing atuam dentro da
necessidade do cliente com a criação de oportunidade de usos.
É um tipo de negócio que envolve a vida do produto, englobando desde
os planos para sua produção final até o momento em vai para as prateleiras até
chegar ao consumidor final. Para trilhar todo esse caminho, passa por um conjunto
de estratégias e ações que ondeiam o seu desenvolvimento, até chegar o
lançamento do produto ou serviço no mercado e sua sustentação com intuito de
gerar lucros. Esta última etapa envolvem operações de publicidade para aquecer a
venda com o despertar do desejo de consumo dos usuários (FRAGA, 2006).
Com esse pensamento, verifica-se que o marketing corresponde à
capacidade de identificar as necessidades do mercado através de estudos empíricos
e alimentar as necessidades e oportunidades dos consumidores adquirirem produtos
e serviços, favorecendo com isso benefícios financeiros bilaterais, tanto para quem
vende como para quem compra serviços e produtos.
De acordo com Ferreira (2010), marketing é uma estratégia de mercado
que aliando processos sociais e gerenciais, busca planejar, criar e executar
metas capazes de despertar e satisfazer necessidades e desejos individuais e
organizacionais. Trata-se, portanto, de um processo de troca bilateral aonde as
18
necessidades e perspectivas do cliente se sobrepõem a rentabilidade, gerando elos
capazes de suprir os anseios individuais e do mercado.
2.3 Planejamento de marketing
Segundo Cobra (1992), o planejamento de marketing para ser bem
elaborado se transforma em uma maneira muito eficiente para identificar
oportunidades para se alcançar os resultados esperados e a empresa se manter
forte no mercado.
Las Casas (2001) reforça as palavras de Costa quando afirma que o
planejamento de marketing é uma forma de obter resultados satisfatórios dentro do
esperado pela organização.
Com base nos estudiosos acima, registra-se que o planejamento de
marketing precisa ser construído com base em boas estratégias por parte da
organização, com vistas a vender seus produtos e/ou serviços.
O presente estudo aponta para o fato de que um bom planejamento
depende de estudos prévios do mercado, do público consumidor, pois é através
deste que se pode decidir no presente o que vai acontecer no futuro, esperando,
com isso, alcançar o sucesso esperado pela empresa.
Las Casas (2001) salienta que é por meio de uma boa pesquisa de
campo efetuada pela empresa de marketing que se pode conseguir suporte para a
construção do plano de marketing, como identificar seu mercado alvo, identificar
seus concorrentes e descobrir as tendências do mercado. Com esses dados, a
empresa passa a conhecer melhor os consumidores do seu produto e seus
principais concorrentes. Portanto, observa-se que é basicamente necessário para
uma organização efetuar um planejamento de marketing para que, assim, possa
melhorar sua atuação e conquistar o mercado.
Com fundamentação em Mattar (1996), pode-se afirmar que o
planejamento de marketing é o processo duradouro quando se aprende a tomar
decisões pautadas em pesquisas, e no momento certo, com atenção redobrada no
conhecimento adquirido em campo, tendo um sistema que possa ajudar nos
esforços dos organizadores a atingir as metas da empresa.
Considerando os registros de Nickels e Wood (1999), constata-se que o
planejamento de marketing precisa apurar quem são seu público-alvo, que através
19
dessa pesquisa possa ganhar mais mercado no fornecimento de seus produtos e/ou
serviços, satisfazendo as necessidades dos clientes. É através do planejamento que
a organização terá como saber para quem precisa trabalhar e para que público
esteja direcionando seus esforços.
Para Cobra (2007), a implantação das atividades planejadas deve estar
em consonância com os objetivos de marketing a serem realizados – essa é a base
para toda a estratégia de marketing. Linha de produtos, decisões de preços, seleção
dos canais de distribuição e decisões relacionadas com a campanha promocional,
tudo isso depende do planejamento formulado dentro da organização de marketing.
2.4 Marketing de embalagens
Segundo Kotler (2000), embalagem são formas originais produzidas para
proteger e conservar o produto. O autor atesta que a embalagem possui inúmeras
utilidades, funções ou definições, e que estão são utilizadas para chamar a atenção
de seus consumidores, fazer o marketing do produto e da empresa, anexar às
informações necessárias do resultado natural da produção.
É comum os consumidores observar as embalagens antes de adquirir um
produto, em especial, nos setores de vestuários e alimentação. Por isso, muitas
empresas investem muito no planejamento de marketing visual apostando na
propaganda das embalagens, sempre buscando inovação e utilizando essa
poderosa ferramenta para atrair mais a atenção dos consumidores com o propósito
de aumentar suas vendas (KOTLER, 2000).
Para agilizar essa prática, conforme Gracioso (1996), as empresas que
não tem condições de investir em marketing, procura fazer uma embalagens
baratas, mas criativas e bem elaboradas que procurem atrair a atenção de seus
clientes, pois sabem que a propaganda visual constitui uma ferramenta fundamental
para mobilizar o poder de compra do consumidor final.
Com fundamento no autor supracitado, observa-se que devem ser
colocadas em prática muitas estratégias quando da elaboração de marketing para
atrair o público infantil. Nesse caso, verifica-se que as embalagens precisam atingir
as crianças com motivos coloridos, com recipiente que chame a atenção, como
desenhos animados que estão no mercado, com a certeza de que irão atingir esse
20
público-alvo e garantir boas vendas ao mesmo tempo em que fortalece a marca da
organização.
Em todos os níveis e faixas etárias a embalagem precisa ter a cara da
marca, ostentando de forma rápida e de maneira concentrada seus valores, histórias
e atributos, bem como suas forças e fraquezas. É muito importante também conter o
fator diferenciador e determinante para influenciar na hora da decisão de compra
pelo consumidor (SERAGINI, 2004). O autor alerta que a embalagem, no momento
da aquisição do produto pelo consumidor, pode ser considerada um dos maiores
promotores e vendedores da marca, já que alcança toda extensão do mercado e age
no momento crítico da decisão.
Seragini (2004) adverte ainda para o fato de que a missão da embalagem
precisa ser o cartão de visita de exposição do produto no mercado, e precisa se
firmar como instrumento relevante na participação da venda. Em supermercados a
embalagem é o principal engodo para as vendas. Já que o consumidor passa por
prateleiras cheias de produtos, ele vai parar e analisar a embalagem que mais
chamar sua atenção.
Ainda com base no autor supracitado, é importante ponderar que, no
momento do desenvolvimento de uma embalagem, a empresa interessada (usuária
da embalagem) também leva em conta a interação que a embalagem do produto
pode fazer com o cliente. Essa preocupação ocorre, principalmente, em grandes
marcas que dominam o mercado e não quer perder seu espaço. Nesse caso, as
decisões relativas à embalagem se referem a decisões estratégicas das empresas e
se dão em níveis gerenciais. Nessas situações, a empresa usuária da embalagem
pode chegar a desenvolver um protótipo do projeto, apresentá-lo às empresas de
design para discussão e verificar da sua viabilidade técnica. Há, pois, uma grande
preocupação em torno da decisão do tipo de embalagem que vai para o mercado.
Para Seragini (2004), a embalagem tornou-se parte fundamental de um
produto, pois pode torná-lo mais versátil, seguro e além de proteger o produto deve
colaborar para o fortalecimento da imagem assim. Portanto, exerce seu papel
importante de influenciar o consumidor, interferindo assim na decisão na hora de
consumar a compra.
As leituras mostram que para se desenvolver uma embalagem deve-se
levar em consideração alguns aspectos importantes: a embalagem deve induzir o
consumidor à compra; a embalagem deve ser desenvolvida para ser usada depois
21
de vazia, quando possível; ser de fácil reconhecimento pelo consumidor; considerar
as embalagens de produtos similares, além de ter formas e cores adequadas (LAS
CASAS, 2001).
Las Casas (2001) assevera que as embalagens atuam como vendedores
mudos, por isso devem conter em seu design mensagens visuais diretas, transmitir
significados e imagens que despertam no consumidor a predisposição para
aceitação, compra e utilização do produto. Em síntese, a percepção das informações
dependerá de fatores cognitivos e motivacionais do consumidor, dos tipos de
códigos utilizados e da forma como são apresentadas as embalagens para atrair a
atenção do público consumidor.
22
3 METODOLOGIA
O método de pesquisa trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória
descritiva, com fundamentação teórica em autores que tratam do tema, tais como:
Bowersox e Closs (2004), Cobra (2007), Kotler (2000), Kotler e Armstrong (1999),
Mattar (1996), entre outros.
O trabalho de pesquisa empírica foi realizado na cidade de Fortaleza-Ce.,
no bairro de Fátima, abordando o tema “Marketing e Planejamento”, com o objetivo
geral de relatar a importância que tem o planejamento de marketing para uma
empresa.
Para Lakatos e Marconi (1992), a pesquisa é um procedimento formal
com pensamento reflexivo que requer tratamento científico e se constitui para
conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais, significando mais do que
apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas,
utilizando métodos científicos.
A metodologia, segundo Gil (2002), aponta os procedimentos a serem
seguidos na realização da pesquisa. Portanto, o método adotado para realização
desta pesquisa foi, inicialmente, a pesquisa bibliográfica, pois foi desenvolvida com
base em material já elaborado, tais como livros e artigos científicos, a fim de ampliar
o conhecimento acerca da temática em pesquisa.
Esta pesquisa, quanto à abordagem, classifica-se como quantitativa, pois
considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isso é, um
vínculo indissociável entre o mundo e a subjetividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números (SILVA; MENEZES, 2001).
Em seguida, foi realizada a pesquisa de campo. Esses procedimentos
são, geralmente, conjugados a outros, pelos quais o pesquisador realiza a maior
parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada importância do pesquisador ter
tido, ele mesmo, uma experiência direta com a situação em estudo. Assim, o
pesquisador coletará os dados in locus, através de questionários com clientes, a fim
de obter suas considerações e perspectivas em relação às mudanças das
embalagens que poderão ocorrer com a implantação de novos produtos no ramo de
panificação,
Quanto aos objetivos, a pesquisa é classificada, segundo Gil (2002),
como exploratória, pois proporciona uma maior familiaridade com o problema, com
23
vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Tendo como objetivo
principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições e seu
planejamento bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais
variados aspectos relativos ao fato estudado.
Os resultados da pesquisa foram analisados de forma quantitativa, visto
que o objetivo foi analisar as opiniões e as atitudes tomadas pelos clientes quando
encaram o problema em questão. Ao mesmo tempo, realizou-se uma pesquisa de
campo, do tipo estudo de caso, pela qual foi feita uma classificação das empresas
que têm o seu nome em maior destaque no mercado de trabalho.
Quanto à forma de coleta de dados, foi aplicada uma breve entrevista
com os clientes e representantes do estabelecimento que comercializam o produto.
A pesquisa foi realizada em uma Panificadora situada na cidade de Fortaleza-Ce.,
com o propósito de tomar conhecimento de como esta desenvolve seu trabalho de
marketing de embalagem. A Panificadora analisada, é uma empresa que fornece
produtos de boa qualidade e, ainda, disponibiliza informações necessárias para
pequenos empreendedores.
Para a amostra das informações, foram escolhidos, aleatoriamente, 30
(trinta) clientes de um dos estabelecimentos que comercializam o produto em
Fortaleza. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com 10 (dez)
perguntas fechadas, com respostas de múltipla escolha. Realizou-se um pré-teste
com as perguntas para consolidar o fechamento do questionário. O instrumento de
coleta de dados e informações, utilizado neste estudo, foi o questionário, aplicado na
empresa, pelo qual se pôde observar que o marketing de embalagem é essencial
para um bom desenvolvimento da empresa, pois assim a empresa terá como
organizar uma boa propaganda que venha chamar a atenção dos seus
consumidores.
De acordo com o pré-teste realizado em Fortaleza, com consumidores de
diferentes profissões, o questionário foi considerado satisfatório, não necessitando
de alterações para a aplicação, pois foi possível medir e identificar que muitas
pessoas sentem dificuldades em encontrar informações nos produtos. Tal
questionário teve como objetivo nortear outro para aplicação na pesquisa
de campo.
24
4 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA PESQUISA
As respostas aos questionários foram obtidas aleatoriamente com os
clientes que frequentam um estabelecimento comercial no bairro de Fátima, cidade
de Fortaleza, estado do Ceará. Foram feitas 10 perguntas aos primeiros trinta
clientes que chegaram ao estabelecimento que teve uma clientela média de 750
pessoas diariamente, no dia 18 de maio de 2013. São perguntas cujas respostas
são de múltipla escolha, as quais passaram por análise conforme os estudos
realizados sobre o tema marketing, especialmente o marketing de embalagem.
Em primeiro lugar, foi perguntado aos clientes se a embalagem agrega
valor ao produto. As respostas apontam mais uma vez que os clientes estão sempre
observando as embalagens dos produtos, como constatado nas respostas da
maioria dos entrevistados. Nessa pergunta, dos 30 entrevistados, 22 reconhecem
que a embalagem agrega valor ao produto, quando somados os itens “Bastante” e
“Total”, perfazendo uma porcentagem de 73%, com tendência a aumentar para 90%
quando adicionado o item “Razoável”, pois este sugere que, de forma inconsciente,
o consumidor reconheça que a embalagem agrega valor ao produto, conforme
observa-se no Gráfico 1:
80%
70%
63%
60%
50%
40%
30%
17%
20%
10%
10%
10%
0%
0%
Nenhum
Pouco
Razoável
Bastante
Total
GRÁFICO 1 – A embalagem como agregação de valor ao produto
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Em relação à renda do consumidor, constatou-se a renda do consumidor
final é uma informação imprescindível para que se criem estratégias de marketing.
Portanto, o fabricante precisa saber qual o público e de qual faixa financeira o
produto será destinado, pois só assim terá cumprida sua estratégia de marketing. No
Gráfico 2 visualiza-se os resultados desta pergunta:
25
30%
25%
23%
23%
23%
20%
20%
15%
10%
10%
5%
0%
Até 1 salário
Entre 1 e 2
salários
Entre 2 e 4
salários
Entre 4 e 8
salários
Mais de 8 salários
GRÁFICO 2 – Renda do consumidor
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Depois disso, foi perguntado aos clientes se a embalagem ajuda na
decisão de compra. Nas respostas a esta pergunta, percebe-se que os dois últimos
itens obtiveram 63%, faz entender que a maioria dos entrevistados acredita que a
embalagem tem influência na hora de decidir pela compra. Quando em uma
prateleira existe um mesmo produto, mas com marcas e embalagens diferentes,
pelas respostas percebe-se que a embalagens com suas formas, na decisão final na
hora de comprar. Das oito pessoas que correspondem 27%, responderam o item
“Razoável” tem a tendência de se decidir também pela compra com a ajuda da
embalagem. Na hora da indecisão a embalagem exerce seu papel de
convencimento, pois, conforme o designer ou formato da embalagem esta pode
atrair a atenção do consumidor. No Gráfico 3 dá para ter uma melhor visão das
respostas dos respondentes.
60%
53%
50%
40%
27%
30%
20%
10%
3%
10%
7%
0%
Nenhum
Pouco
Razoável
GRÁFICO 3 – Influência da embalagem na decisão de compra
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Bastante
Total
26
Além disso, foi perguntado aos clientes se a embalagem traz informações
úteis sobre os produtos. Conforme o Gráfico 4, dos 30 clientes que responderam as
perguntas 25 confirmaram que as informações que vem nas embalagens dos
produtos são úteis, equivalente a 83%. Os outros 17%, 5 dos entrevistados, se
mostraram indiferentes quanto à embalagem influenciar ou não na compra de um
produto. Tais respostas propiciam a convicção de que mais e mais os trabalhadores
do marketing precisam investir nessa interação entre empresa, cliente e produto,
pois as pessoas têm necessidades de perceber que estão adquirindo algo seguro.
Apenas 5 pessoas responderam que poucos leem os rótulos.
50%
40%
37%
33%
30%
20%
10%
7%
13%
10%
0%
Nunca
Raramente
Frequentemente
Quase sempre
Sempre
GRÁFICO 4 – Informações úteis sobre o produto nas embalagens
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Foi perguntado aos clientes se a embalagem influencia nas escolhas de
outros produtos da mesma marca. Nessa pergunta, os itens “razoável” e “bastante”
atingem o percentual de 74%, e este resultado faz compreender que a embalagem,
além de influenciar nas escolhas dos produtos que irá vender, tem a funcionalidade
adequada ao produto, conquistando o consumidor final na hora de decidir pela
compra de outro produtor que o consumidor não foi comprar, mas acabou levando
para casa motivado pela embalagem. O Gráfico 5 mostra o percentual das
respostas:
27
50%
37%
40%
30%
37%
23%
20%
10%
3%
0%
0%
Nenhum
Pouco
Razoável
Bastante
Total
GRÁFICO 5 – Influência da embalagem na escolha de outros produtos
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Depois, foi perguntado aos clientes quais informações seriam úteis nas
embalagens. Percebe-se nas respostas a essa pergunta uma tendência cada vez
maior do cliente buscar informações nutricionais e sobre saúde nos rótulos das
embalagens dos produtos. Isso é percebido nas respostas “informações nutricionais”
e “informações sobre saúde” que somam 26 indicações dos respondentes. Ou seja,
86% dos usuários estão em sintonia com as informações que se encontram nas
embalagens dos produtos e os profissionais do marketing precisam ficar atentos a
esse fato. O Gráfico 6 mostra os percentuais em questão:
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
63%
23%
7%
Informações
nutricionais
Informações
sobre saúde
0%
Informações
Informações
sobre a empresa sobre as receitas
7%
Outros
GRÁFICO 6 – Informações úteis nas embalagens
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Além disso, foi perguntado aos clientes se eles têm filho(s) e/ou filha(s).
O mercado tem a tendência cada vez maior de detectar o público consumidor por
faixa etária, e o infantil tem sido um público muito visado pelos profissionais do
marketing. Verificou-se, no Gráfico 7, que das 30 pessoas que responderam 63%
28
não tem filhos em casa. Essa informação é muito importante para que sejam
montadas estratégias para o público infanto-juvenil.
63%
Sim
37%
Não
GRÁFICO 7 – Percentual de consumidor com filho(s) e/ou filha(s)
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Foi perguntado aos clientes se a embalagem fortalece a marca da
empresa. Pelas respostas visualiza-se que a marca de fato exerce uma grande
influência sobre os clientes. As três opções juntas (sempre, quase sempre e
frequentemente) somam 94%, o que equivale a quase 100%, conforme Gráfico 8.
Sabiamente, as empresas investem na marca como forma de atrair e fazer o
consumidor lembrar-se da mesma quando surge a necessidade de compra. Por isso,
que é de extrema importância trabalhar de forma massificada a marca de um
produto.
60%
50%
50%
40%
30%
30%
20%
10%
13%
3%
3%
Nunca
Raramente
0%
Frequentemente
Quase sempre
Sempre
GRÁFICO 8 – Frequência com que o consumidor lê as embalagens de pão
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Depois disso, foi perguntado com que frequência os clientes liam as
embalagens de pão. Percebe-se pelas respostas a esta pergunta que os clientes
29
estão mais atentos às informações constantes nas embalagens dos produtos.
Somando as respostas de itens, tem-se um total de 20 pessoas que gostam de ler
os rótulos, o que corresponde a mais de 59% dos clientes. A média de pessoas que
pouco leem as embalagens ainda é muito alta, equivalente a 34% precisando, pois,
que haja mais atenção na hora de adquirir um produto, tendo o cuidado redobrado,
principalmente, no prazo de validade. 7% dos clientes não leem as embalagens, isso
significa que falta conscientização, por exemplo, de observar o prazo de validade
dos produtos, fato que é muito importante para a saúde. Na sequência, conforme o
Gráfico 9, tem-se os percentuais:
50%
40%
33%
30%
23%
23%
20%
10%
13%
7%
0%
Nunca
Raramente
Frequentemente
Quase sempre
Sempre
GRÁFICO 9 – Influência da embalagem no fortalecimento da marca da empresa
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Foi perguntada, aos clientes, a ordem de importância da embalagem.
Diante das respostas a essa pergunta fica claro que o design da embalagem exerce
uma grande influência no consumidor na hora de adquirir um produto, pois, 37% das
pessoas confirmaram essa importância como sendo a mais importante. Houve um
tempo em que essa prática não era muito importante. Acredita-se que isso se dá ao
fato de que a oferta era menor que a procura e, quando começou aparecer as
concorrências, os fabricantes começaram a despertar o desejo de atrair a atenção
do consumidor pelo olhar.
A segunda opção apontada diz respeito à proteção da embalagem
quando acondicionado na embalagem – 33% das pessoas colocaram esse item
como o segundo na ordem de importância. A proteção do produto, principalmente
alimentos, é um detalhe que chama sempre a atenção do consumidor. E como
terceira opção, na ordem de importância, 30% dos clientes apontaram a informação
da embalagem. Pela ordem dá para entender a preferência dos clientes em colocar
30
esse item como terceira opção. A primeira reação é visualizar o design, a segunda
se o produto está bem acondicionado e a terceira é ler as informações do produto.
50%
40%
37%
30%
33%
30%
20%
10%
0%
0%
Design da embalagem
Informação da
embalagem
Proteção da
embalagem
Outra
GRÁFICO 10 – Importância da embalagem
Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Ao longo dos estudos e nas perguntas anteriores percebe-se o interesse
que o público consumidor coloca sobre essas três opções: design, proteção e
informações – motivo pelo qual as empresas de marketing vêm redobrando suas
forças para apostar neles como forma de atrair o consumidor final de um
determinado produto e optar por uma marca. Os entrevistados confirmaram esses
três fatores como o mais importante, apesar de não existir muita diferença entre as
proporções, salientando que é pequena, o que limita as conclusões.
31
5 CONCLUSÃO
O objetivo do presente estudo foi analisar a percepção dos clientes em
relação ao marketing em embalagens, utilizado em micro e pequenas padarias no
bairro de Fátima, na cidade de Fortaleza-Ce., nas tradicionais embalagens de pães.
Ao longo do estudo buscou-se responder a pergunta de pesquisa formulada na
introdução deste trabalho.
Em primeiro lugar, conclui-se que 94% das pessoas leem a embalagem e
que 86% dos pesquisados acredita que a embalagem ajuda na decisão de compra.
Portanto, a empresa deve se preocupar com a agregação de valor propiciada pela
embalagem. Percebeu-se também que as informações nutricionais e as informações
sobre saúde estão no centro dessa discussão.
As leituras ao longo do estudo revelaram que trabalhar com a promoção
da marca é a peça-chave para sucesso através do serviço de divulgação para que
a empresa possa consolidar diante do mercado consumidor a preferência por
seu produto. Fica evidente que a promoção, juntamente com todas as demais
estratégias de divulgação da marca deve ser sempre interligada com a “cadeia de
valor” da empresa, somando-se a isso os cuidados com o design, proteção (forma
de acondicionamento) e informações no produto para atrair o público consumidor.
Diante do exposto, verificou-se que o objetivo da presente pesquisa foi
atingido de forma satisfatória, não se mostrando, porém, como algo acabado, visto
que deixa margens para que novas pesquisas sejam realizadas, aumentando o
acervo educacional sobre esse tema de extrema importância para a sociedade.
32
REFERÊNCIAS
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33
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TROSTER, R.; MOCHÓN, F. Introdução à economia. São Paulo: Makron Books,
1999.
34
APÊNDICE
35
APÊNDICE A – Pré-teste
01. Qual frequência com que você lê as embalagens de pão?
( ) Nenhum
( ) Pouco
( ) Razoável
( ) Bastante
( ) Total
02. Você acredita que a embalagem fortalece a marca da empresa?
( ) Nunca
( ) Raramente
( ) Frequentemente
( ) Quase sempre
( ) Sempre
03. A embalagem ajuda na decisão de compra?
( ) Nenhum
( ) Pouco
( ) Razoável
( ) Bastante
( ) Total
04. A embalagem traz informações úteis sobre o produto que você comprou?
( ) Nunca
( ) Raramente
( ) Frequentemente
( ) Quase sempre
( ) Sempre
05. A embalagem influencia nas escolhas de outros produtos?
( ) Nenhum
( ) Pouco
( ) Razoável
( ) Bastante
( ) Total
36
APÊNDICE B – Questionário para ser aplicado com clientes/consumidores
01. A embalagem agrega valor ao produto?
( ) Nenhum
( ) Pouco
( ) Razoável
02. Qual a sua renda?
( ) Até 1 salário
( ) Entre 1 e 2 salários
( ) Entre 2 e 4 salários
( ) Bastante
( ) Total
( ) Entre 4 e 8 salários
( ) Mais de 8 salários
03. A embalagem ajuda na decisão de compra?
( ) Nenhum
( ) Pouco
( ) Razoável
( ) Bastante
( ) Total
04. A embalagem traz informações úteis sobre o produto que você comprou?
( ) Nunca
( ) Quase sempre
( ) Raramente
( ) Sempre
( ) Frequentemente
05. A embalagem influencia nas escolhas de outros produtos?
( ) Nenhum
( ) Pouco
( ) Razoável
( ) Bastante
( ) Total
06. Que informações seriam úteis nas embalagens?
( ) Informações nutricionais
( ) Informações sobre as receitas
( ) Informações sobre saúde
( ) Outros: ___________________
( ) Informações sobre a empresa
07. Você tem filho(s) e/ou filha(s)?
( ) Sim
( ) Não
08. Qual frequência com que você lê as embalagens de pão?
( ) Nunca
( ) Quase sempre
( ) Raramente
( ) Sempre
( ) Frequentemente
09. Você acredita que a embalagem fortalece a marca da empresa?
( ) Nunca
( ) Quase sempre
( ) Raramente
( ) Sempre
( ) Frequentemente
10. Coloque em ordem a importância da embalagem?
( ) Design da embalagem
( ) Informação da embalagem
( ) Proteção da embalagem
( ) Outros:__________________________________
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