CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE – FaC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO REUBER DAMASCENO PESSOA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE SOBRE O MARKETING NA EMBALAGEM DE PÃO: CASO DA EMPRESA DO RAMO DE PANIFICAÇÃO EM FORTALEZA FORTALEZA 2013 REUBER DAMASCENO PESSOA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE SOBRE O MARKETING NA EMBALAGEM DE PÃO: CASO DA EMPRESA DO RAMO DE PANIFICAÇÃO EM FORTALEZA Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Graduação. Orientador: Prof. Ms. Felipe Queiroz. FORTALEZA 2013 REUBER DAMASCENO PESSOA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE SOBRE O MARKETING NA EMBALAGEM DE PÃO: CASO DA EMPRESA DO RAMO DE PANIFICAÇÃO EM FORTALEZA Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense – FaC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data da aprovação: ____/____/_______ BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Ms. Felipe Lima Queiroz (Orientador) _________________________________________________ Prof.Ms. Phryne Azulay Benayon, (Membro) _________________________________________________ Prof. Ms. Michael Viana Peixoto (Membro) _____________________________________________ Prof.Ms. Ricardo Cesar de Oliveira Borges (Membro) Dedico este trabalho aos meus pais que sempre estão ao meu lado, e que pretendo amá-los em toda minha vida. AGRADECIMENTOS A Deus, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada, e que sempre foi meu socorro nas horas que estava atribulado, triste e sempre foi a razão da minha alegria. Aos meus pais, Aldenor e Rita, que me incentivaram a seguir esta etapa em minha vida. Sei que palavras para descrever o meu sentimento a vocês é pouco, mas saibam que sou muito grato a vocês. Aos meus irmãos, Reno e Renata, por estarmos juntos nas dificuldades que encontramos no crescimento e desenvolvimento, mas hoje estamos colhendo tudo que plantamos na nossa infância. Aos meus familiares de modo em geral, tias, primos, mesmo os mais distantes que de maneira geral foram exemplos de pessoa e de dignidade. À minha sobrinha Lara, que nos momentos ruins me ajudou com sua alegria. À minha namorada, companheira e futura esposa, Samile Costa, por me ajudar nesse momento tão importante de minha vida. Aos colegas de sala, que sempre ajudaram nos trabalhos de equipe, atrás de nossos objetivos. Aos meus amigos Junior Bezerra, Dyclarck Alves, Marycleide Ribeiro, Fabricio Chaves, por estarem comigo nessa batalha. À tia Marlene, pois nos momentos ruins sempre se fez presente, colaborando de uma forma para que chegasse a realização deste desafio. Ao meu orientador, Professor Felipe Queiroz, mostrando os caminhos orientadores para a realização deste trabalho, iluminando os meus pensamentos levando-me a buscar mais conhecimentos. Aos professores de um modo geral, que procuraram passar seus conhecimentos de uma forma simples a nos ajudar no desenvolvimento profissional, e, em especial, à professora Eloísa, que não está fisicamente conosco. “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois trará seus cuidados.” Mt. 6:34 RESUMO O presente trabalho consiste em uma análise das estratégias de marketing em embalagens de uma panificadora de Fortaleza-Ce. Analisar os pontos positivos e negativos que envolvem a questão do uso das embalagens como ferramentas de marketing é um desafio, sobretudo, para aqueles que trabalham direto ou indireto com este tipo de divulgação. O objetivo geral deste estudo é, portanto, analisar a eficiência das novas estratégias de marketing utilizadas nas tradicionais embalagens de pães. Trata-se de uma pesquisa científica, exploratória e descritiva, alicerçada em revisão bibliográfica e em uma pesquisa de campo, cujos resultados serão submetidos a uma abordagem qualitativa, pela qual será ressaltada a importância da análise das estratégias de marketing em embalagens, como ferramenta de venda dos produtos, no caso, empresas do ramo de panificação, no bairro de Fátima. Constatou-se que as panificadoras, ao invés de usarem panfletos, cartazes e outros veículos de comunicação e propaganda, que geram resíduos, sujando o espaço público, devem utilizar o saco de pão para promover seu produto, além de divulgar ofertas de descontos e dar ideias ou sugestões saudáveis para o cliente. Palavras-chave: Estratégias. Marketing. Embalagens. Venda. Propaganda. ABSTRACT This study is an analysis of the marketing strategies of a bakery in packs of Fortaleza-Ce. Analyze the strengths and weaknesses involving the question of the use of packaging as a marketing tool is a challenge, especially for those who work directly or indirectly with this type of disclosure. The aim of this study is therefore to analyze the efficiency of the new marketing strategies used in traditional packaging breads. This is therefore a scientific, exploratory and descriptive, based on literature review and field research, the results of which will undergo a qualitative approach, which is highlighted by the importance of the analysis of marketing strategies in packaging such as tool products are sold, in this case, companies in the bakery in the neighborhood de Fátima. It was found that the companies, instead of using flyers, posters and other media and advertising that generate waste, littering the city, public space, should use the paper bag to promote your product, and promotion offers discounts and offer ideas or suggestions for healthy customer. Keywords: Strategies. Marketing Packaging. Selling. Advertizing. LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – A embalagem como agregação de valor ao produto.......................... 24 GRÁFICO 2 – Renda do consumidor ........................................................................ 25 GRÁFICO 3 – Influência da embalagem na decisão de compra ............................... 25 GRÁFICO 4 – Informações úteis sobre o produto nas embalagens .......................... 26 GRÁFICO 5 – Influência da embalagem na escolha de outros produtos .................. 27 GRÁFICO 6 – Informações úteis nas embalagens .................................................... 27 GRÁFICO 7 – Percentual de consumidor com filho(s) e/ou filha(s) .......................... 28 GRÁFICO 8 – Frequência com que o consumidor lê as embalagens de pão ........... 28 GRÁFICO 9 – Influência da embalagem no fortalecimento da marca da empresa ... 29 GRÁFICO 10 – Importância da embalagem .............................................................. 30 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 12 2.1 Aspectos evolutivos do marketing ....................................................................... 12 2.2 Conceitos de marketing ....................................................................................... 15 2.3 Planejamento de marketing ................................................................................. 18 2.4 Marketing de embalagens ................................................................................... 19 3 METODOLOGIA..................................................................................................... 22 4 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA PESQUISA ............................................. 24 5 CONCLUSÃO......................................................................................................... 31 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 APÊNDICE ................................................................................................................ 34 10 1 INTRODUÇÃO É relevante avaliar a importância da embalagem como meio de divulgação e marketing de um produto, passando informações ou textos impressos em embalagens aos clientes. Nessa perspectiva, serão utilizados os serviços existentes em uma padaria, referentes às informações apresentadas nas embalagens dos seus produtos. Para tanto, as empresas, ao invés de usarem panfletos, cartazes e outros veículos de comunicação e propaganda, que geram resíduos, sujando a cidade, o espaço público, utilizam o saco de pão para promover seu produto, além de divulgar ofertas de descontos e dar ideias ou sugestões saudáveis para o cliente. Com essas considerações iniciais, espera-se que esse tema possa contribuir com uma maior consciência, por parte de quem deseja compreender e cultivar meios de utilização de embalagens que não prejudiquem o meio ambiente, estimulando os estudantes de Administração a desenvolverem uma consciência ecológica, influenciando, assim, a forma de gerenciar ou expandir atividades laborais. Diante da preocupação com a forma de divulgar o produto e a necessidade de escolher um modo mais econômico, o administrador moderno tem buscado muitas alternativas, entre elas, as que recorrem ao uso das embalagens. No entanto, tem-se discutido acerca dos benefícios e desvantagens desse procedimento, o que motivou a opção por esta pesquisa, com o intuito de contribuir para elucidar a questão, ou, pelo menos, minimizar a dúvida de todos quantos se interessam por essa temática que se pretende pesquisar. Analisar os pontos positivos e negativos que envolvem a questão do uso das embalagens é um desafio, sobretudo, para aqueles que trabalham direta, ou indiretamente, com este tipo de divulgação. A divulgação feita em layout, televisão e/ou rádio envolve altos custos para uma empresa de pequeno porte, o que torna inacessível esse tipo de serviço, pois o proprietário precisa de um retorno imediato. Com essas considerações iniciais, este trabalho busca respostas para a seguinte indagação: Qual a importância das embalagens como ferramenta de vendas no ramo de panificação sob a percepção dos clientes? Nessa perspectiva, parte-se da hipótese de que o uso de embalagens como instrumento de marketing pode ser uma forma, simples e barata, de agregar 11 valor ao produto, fortalecendo a marca da empresa e estreitando o relacionamento com o consumidor. O presente estudo tem como objetivo geral analisar a percepção dos clientes em relação ao marketing em embalagens, utilizada em micro e pequenas padarias no bairro de Fátima nas tradicionais embalagens de pães. E como objetivos específicos: verificar a percepção do cliente sobre a agregação de valor propiciada pela embalagem de pão; investigar sobre os aspectos evolutivos do marketing; e conceituar planejamento de marketing. Em relação aos aspectos metodológicos, esta pesquisa se caracteriza como exploratória e descritiva, alicerçada em revisão bibliográfica e em uma pesquisa de campo, cujos resultados serão submetidos a uma abordagem qualitativa. A presente monografia divide-se em cinco capítulos, onde no primeiro capítulo, apresenta-se os objetivos, a problemática, a justificativa, a metodologia e a estrutura do trabalho. No segundo capítulo, realiza-se uma abordagem através de revisão de literatura sobre as atuais estratégias de marketing que podem ser utilizadas por empresas de pequeno e médio porte. No terceiro capítulo, faz-se uma descrição do locus da pesquisa e das suas possibilidades como divulgadora de sua marca, pela via das embalagens. No quarto capítulo, têm-se os resultados da pesquisa, coletados por meio de entrevistas aos consumidores, clientes de uma panificadora do bairro de Fátima. Esses resultados serão submetidos a uma análise quantitativa e interpretados à luz das ideias dos autores consultados na revisão bibliográfica. No quinto e último capítulo, aborda-se as conclusões e as considerações finais do presente estudo, bem como algumas sugestões de outras pesquisas capazes de motivar a utilização das embalagens como instrumento de marketing, em favor dos consumidores. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO De acordo com as pesquisas realizadas, define-se que marketing é a função que liga o produto ao consumidor. Este breve conceito indica que o marketing é um conjunto de operações que envolvem estratégias desde o início do produto até o consumidor final. 2.1 Aspectos evolutivos do marketing O marketing vem crescendo de forma a ser uma das principais ferramentas utilizadas no atual mundo dos negócios, e que possui grande relevância, pois leva vantagem quando considera-se a globalização como uma de suas principais características. Para Kotler e Armstrong (1999), a linha de produção, as vendas, os produtos, a publicidade, dentre outros, são elementos essenciais para se entender sobre a história da origem do marketing, que surgiu na era da produção no ano de 1925. Ainda segundo os autores, os consumidores preferiam os produtos disponíveis e de menor preço. Naquela época essa prática era muito comum no meio da produção, levando-se em conta que a produção exercia mais importância do que a venda. Cobra (1992, p. 30) aborda que essa fase de “produção em massa teve início no ano de 1950”. O autor acrescenta que à época se produzia sem se preocupar com o cliente, pois a demanda era maior que a oferta e não existia a necessidade de preocupar-se com a venda. Quando a oferta superou a demanda os produtores começaram a ver a importância de promover investimentos para venda de uma forma mais organizada, de maneira que gerasse interesses pela produção. Boone e Kurtz (1998, p. 8) relatam que houve [...] a preocupação das empresas que passaram a enfatizar as forças eficazes de venda para encontrar comprador para seus produtos. Assim, as firmas buscavam produzir o total de produtos que correspondiam ao mercado potencial de compradores. A referida citação fornece a ideia que foi aí que surgiu a oportunidade de se produzir conforme a necessidade dos compradores, visto que interesse e 13 focalização na venda tornou-se de extrema importância para se conquistar novos clientes, apostando, com isso, na qualidade do produto. Foi nessa época que a principal preocupação passou a ser o produto, e não mais a produção e os seus métodos e processo de produção (BOONE; KURTZ, 1998). Foi pautada nessa preocupação que apareceu a necessidade de se entender o que e quanto produzir, assim como trabalhar uma produção com qualidade. Com esse entendimento, Levitt (apud ROCHA; CHRISTENSEN, 1999, p. 21), em seu manifesto clássico “Miopia do Marketing”, alega que “o marketing devia centrar-se nas necessidades do cliente, e não nas características do produto”. Embora os autores coloquem seus pontos de vistas com base em pesquisas, é de suma importância que as necessidades de consumo não são geradas pelo marketing, visto que este é algo inevitável e vital à vida, pois fazem parte dos anseios básicos do homem. Minicucci (1995, p. 216) argumenta que a “necessidade é uma força (que ainda não é ou não está) a busca de um objetivo ou de alguma coisa que seja satisfatória”. Ainda segundo o autor, “as necessidades são interdependentes e, às vezes, é difícil distinguir o objetivo a ser alcançado” (MINICUCCI, 1995, p. 217). Para facilitar o trabalho de marketing no tocante às necessidades, Minicucci (1995) criou três designações: necessidade fisiológica, necessidade de segurança, necessidade de participação, necessidade de autoestima e necessidade de auto realização. Ainda sobre a evolução das necessidades humana, Chiavenato (1999, p. 157) laçou a ideia de que “à medida que o homem vai crescendo e amadurecendo, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis gradativamente mais elevados”. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, Churchill e Peter (2005, p. 10) descrevem que “as necessidades de consumidores ou compradores organizacionais são as coisas necessárias para sua sobrevivência”. Entende-se que os conceitos de necessidade tendem a levar o indivíduo a concretizá-las, favorecendo a satisfação de seus desejos. Sabedores dessa necessidade de satisfazer desejos, Boone e Kurtz (1998, p. 11) colocam uma boa explicação para este fato quando assevera que [...] ao concentrar-se nos benefícios resultantes desses bens e serviços, o marketing efetivo converte necessidades em desejos. A necessidade de 14 usar vestimentas pode ser traduzida pelo desejo de vestir-se com um determinado estilo de roupas. A necessidade de transporte pode transformar-se no desejo de ter um carro novo. De acordo com o autor supracitado, entende-se que dentro dessa perspectiva de consumo, na qual vivem os clientes surgiu o marketing, sabendo que as pessoas sempre estão a procura de bens e serviços que lhes favoreçam maior satisfação, numa relação envolvendo, principalmente, o binômio custo e benefício. Segundo a concepção de McCarthy, Brandão e Perreault (1997, p. 117), “desejos” consistem nas “necessidades aprendidas durante a vida de uma pessoa”. Em seus estudos, os autores mostram um exemplo que define a sintonia do termo: “todos necessitam de água ou de algum tipo de líquido, mas algumas pessoas também aprendem a desejar água Perrier” (MCCARTHY; BRANDÃO; PERREAULT, 1997, p. 117). Frente ao exposto e para confirmar a relação entre necessidade e desejo, Sandhusen (1998, p. 2) defende o princípio uma “importante função do marketing, que é converter necessidades em desejos, ao destacar os benefícios resultantes dos bens de consumo”. Kotler e Armstrong (1999, p. 11), por sua vez, salienta o termo como sendo “carências por satisfações específicas para atender as necessidades”. Enquanto Kumar (1996 apud LARÁN; ALMEIDA; HOFFMANN, 2004, p. 43) registra que “[...] os consumidores usualmente compram um produto/serviço que vá ao encontro de certos objetivos ou necessidades e, se isso não é possível, compram produtos que estejam mais perto de satisfazer suas necessidades”.. O marketing é movimentado pela necessidade e pelo desejo de consumo tão difundido nos dias atuais e, para que estes possam se concretizar, precisa-se acrescentar os clientes como um valor agregado à empresa e que gera a demanda. Por necessidade, percebe-se que seja o estado de privação que leva o indivíduo a satisfazer alguma necessidade básica, seja em nível biológico, físico ou social. Como desejo, entende-se a satisfação de uma necessidade de um determinado modo específico, considerando o histórico e a cultura do indivíduo. Para satisfazer as necessidades e os desejos dos indivíduos, o marketing trabalha para atingir a demanda de pessoas que precisam adquirir produtos e serviços. Para Troster e Mochón (1999, p. 49), o termo demanda engloba a questão “do preço de um bem ou serviço, onde quanto maior o preço, menor será a 15 quantidade que cada indivíduo estará disposto a comprar”. Aqui, os autores fazem entender que o preço trata-se de uma variável que se apresenta como mais importante na geração da demanda pelo produto. Arnold e Rimole (1999) asseveram que existem dois tipos de demanda: a demanda independente, e a demanda dependente. Por outro lado, Kotler e Armstrong (1999, p. 4) acrescentam que “os consumidores veem os produtos como benefícios para si, e escolhem os que lhe proporcionam maior satisfação pelo dinheiro gasto”. Toda essa teia, que forma o marketing, pode ser entendida e encerrada em um aglomerado de situações que define o processo de compra e venda. Rossetti (1999) separa o mercado em duas categorias de referência: o de produtos e o de fatores. Nos dois casos, o mercado tem sua definição pautada na existência de forças aparentemente antagônicas: as da procura e as da oferta. Quando ambas ocorrem simultaneamente, acontece a troca de produtos nas transações de mercado. Com esses estudos, os preceitos relacionados à evolução do marketing estão interligados, sendo que um depende do outro para movimentar os negócios. De qualquer forma, percebe-se que os profissionais do marketing precisam alcançar seus objetivos organizacionais, criar valor de mercado e suprir as necessidades dos clientes. Alguns conceitos devem ser considerados como ferramentas que podem ser utilizadas para se chegar aos objetivos finais da venda e da conquista do consumidor por determinada marca. 2.2 Conceitos de marketing Para Ferreira (2009), o Marketing compreende um processo utilizado para convencer os usuários sobre que produtos ou serviços poderão adotar para suprir suas necessidades. Para tanto, ao detentor do produto cabe criar as estratégias para atrair o público-alvo. Entende-se que o marketing tem por finalidade a criação de valores para atingir o nível de satisfação no cliente, possibilitando assim um bom nível de relacionamentos lucrativos para as partes interessadas em determinado produto e/ou serviço. As atribuições de um dirigente de marketing envolvem uma imensa planilha de atividades, desde os estudos iniciais para inserção do produto no 16 mercado, as definições de estratégias de ações, os marcos publicitários a atingir, as vendas propriamente ditas do produto, alargando-se à assistência ao consumidor final com a pós-venda (FERREIRA, 2009). Na concepção da América Marketing Association (AMA, 20013), o Marketing carrega uma função organizacional e trata-se de um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a apresentação final publicitária com um valor convincente para o cliente, como também abrange a administração e trata do relacionamento com os consumidores, de forma a beneficiar a organização e zelar pelo público interessado em determinado produto. Esta mesma instituição coloca ainda que o marketing constitui uma atividade composta por um conjunto de procedimentos que institui os processos para criação, comunicação, distribuição e efetuação das trocas de ofertas que favoreçam valor para consumidores, clientes, parceiros e a sociedade como um todo. Kotler e Keller (2006) conceituam marketing como um processo que ocorre na sociedade, no qual as pessoas e grupos procuram e obtêm um produto de que necessitam e o que encontram afinidade com a criação, por meio da oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. De acordo com Kotler e Armstrong (1999), a palavra “Marketing” consiste na oferta de um determinado produto ao cliente cujo resultado esperado e a satisfação como forma de benefício. Aqui, entende-se que o maior benefício que o anunciante pode querer como feedback é a satisfação do consumidor. No entendimento de Iasnogrodski (1999), o marketing é pautado no estudo, de forma sistemática, das forças para ativar a procura com a motivação do consumidor, com ênfase nas considerações temporais e especiais que influenciam as transações econômicas, acrescentando a isso os esforços integrados e reações dos consumidores em um mercado. Numa visão menos ampla, pode-se conceituá-lo como sendo a técnica de criar e manter clientes dentro do contexto geral existente no mercado. Richers (1986, p. 38) constata que o conceito de marketing defendido diz respeito às “atividades sistemáticas de uma organização humanas voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos”. Na visão do autor, fica evidente que o marketing está centrado na necessidade do ser humano realizar trocas para satisfazer suas necessidades e 17 estas se realizam influenciadas pelas campanhas publicitárias sobre os produtos de que necessitam para suprir suas necessidades. Na visão de Fraga (2006), se observada de forma pragmática, a palavra Marketing assume sua função literal de “mercado”. Pelo enunciado do autor pode conceituar que marketing refere-se ao estudo do mercado. É, portanto, uma ferramenta administrativa que oportuniza a observação para a criação das tendências e de novas possibilidades de consumo, com vista à satisfação dos usuários em resposta para os objetivos financeiros e mercadológicos das empresas de produção ou prestação de serviços. Pelos enunciados dos estudiosos citados, salienta-se que o marketing gira em torno da comercialização e, para que isso ocorra, é necessário haver a realização de algumas atividades importantes, como o planejamento, a concepção e a concretização da venda, e essas atividades tendem a continuar após a venda para que haja a satisfação dos usuários com a satisfação de suas necessidades, considerando ainda tanto às presentes como as futuras aquisições dos produtos/serviços que já existem para negociação como para a importância dos novos produtos que venham a surgir. Os trabalhos de marketing atuam dentro da necessidade do cliente com a criação de oportunidade de usos. É um tipo de negócio que envolve a vida do produto, englobando desde os planos para sua produção final até o momento em vai para as prateleiras até chegar ao consumidor final. Para trilhar todo esse caminho, passa por um conjunto de estratégias e ações que ondeiam o seu desenvolvimento, até chegar o lançamento do produto ou serviço no mercado e sua sustentação com intuito de gerar lucros. Esta última etapa envolvem operações de publicidade para aquecer a venda com o despertar do desejo de consumo dos usuários (FRAGA, 2006). Com esse pensamento, verifica-se que o marketing corresponde à capacidade de identificar as necessidades do mercado através de estudos empíricos e alimentar as necessidades e oportunidades dos consumidores adquirirem produtos e serviços, favorecendo com isso benefícios financeiros bilaterais, tanto para quem vende como para quem compra serviços e produtos. De acordo com Ferreira (2010), marketing é uma estratégia de mercado que aliando processos sociais e gerenciais, busca planejar, criar e executar metas capazes de despertar e satisfazer necessidades e desejos individuais e organizacionais. Trata-se, portanto, de um processo de troca bilateral aonde as 18 necessidades e perspectivas do cliente se sobrepõem a rentabilidade, gerando elos capazes de suprir os anseios individuais e do mercado. 2.3 Planejamento de marketing Segundo Cobra (1992), o planejamento de marketing para ser bem elaborado se transforma em uma maneira muito eficiente para identificar oportunidades para se alcançar os resultados esperados e a empresa se manter forte no mercado. Las Casas (2001) reforça as palavras de Costa quando afirma que o planejamento de marketing é uma forma de obter resultados satisfatórios dentro do esperado pela organização. Com base nos estudiosos acima, registra-se que o planejamento de marketing precisa ser construído com base em boas estratégias por parte da organização, com vistas a vender seus produtos e/ou serviços. O presente estudo aponta para o fato de que um bom planejamento depende de estudos prévios do mercado, do público consumidor, pois é através deste que se pode decidir no presente o que vai acontecer no futuro, esperando, com isso, alcançar o sucesso esperado pela empresa. Las Casas (2001) salienta que é por meio de uma boa pesquisa de campo efetuada pela empresa de marketing que se pode conseguir suporte para a construção do plano de marketing, como identificar seu mercado alvo, identificar seus concorrentes e descobrir as tendências do mercado. Com esses dados, a empresa passa a conhecer melhor os consumidores do seu produto e seus principais concorrentes. Portanto, observa-se que é basicamente necessário para uma organização efetuar um planejamento de marketing para que, assim, possa melhorar sua atuação e conquistar o mercado. Com fundamentação em Mattar (1996), pode-se afirmar que o planejamento de marketing é o processo duradouro quando se aprende a tomar decisões pautadas em pesquisas, e no momento certo, com atenção redobrada no conhecimento adquirido em campo, tendo um sistema que possa ajudar nos esforços dos organizadores a atingir as metas da empresa. Considerando os registros de Nickels e Wood (1999), constata-se que o planejamento de marketing precisa apurar quem são seu público-alvo, que através 19 dessa pesquisa possa ganhar mais mercado no fornecimento de seus produtos e/ou serviços, satisfazendo as necessidades dos clientes. É através do planejamento que a organização terá como saber para quem precisa trabalhar e para que público esteja direcionando seus esforços. Para Cobra (2007), a implantação das atividades planejadas deve estar em consonância com os objetivos de marketing a serem realizados – essa é a base para toda a estratégia de marketing. Linha de produtos, decisões de preços, seleção dos canais de distribuição e decisões relacionadas com a campanha promocional, tudo isso depende do planejamento formulado dentro da organização de marketing. 2.4 Marketing de embalagens Segundo Kotler (2000), embalagem são formas originais produzidas para proteger e conservar o produto. O autor atesta que a embalagem possui inúmeras utilidades, funções ou definições, e que estão são utilizadas para chamar a atenção de seus consumidores, fazer o marketing do produto e da empresa, anexar às informações necessárias do resultado natural da produção. É comum os consumidores observar as embalagens antes de adquirir um produto, em especial, nos setores de vestuários e alimentação. Por isso, muitas empresas investem muito no planejamento de marketing visual apostando na propaganda das embalagens, sempre buscando inovação e utilizando essa poderosa ferramenta para atrair mais a atenção dos consumidores com o propósito de aumentar suas vendas (KOTLER, 2000). Para agilizar essa prática, conforme Gracioso (1996), as empresas que não tem condições de investir em marketing, procura fazer uma embalagens baratas, mas criativas e bem elaboradas que procurem atrair a atenção de seus clientes, pois sabem que a propaganda visual constitui uma ferramenta fundamental para mobilizar o poder de compra do consumidor final. Com fundamento no autor supracitado, observa-se que devem ser colocadas em prática muitas estratégias quando da elaboração de marketing para atrair o público infantil. Nesse caso, verifica-se que as embalagens precisam atingir as crianças com motivos coloridos, com recipiente que chame a atenção, como desenhos animados que estão no mercado, com a certeza de que irão atingir esse 20 público-alvo e garantir boas vendas ao mesmo tempo em que fortalece a marca da organização. Em todos os níveis e faixas etárias a embalagem precisa ter a cara da marca, ostentando de forma rápida e de maneira concentrada seus valores, histórias e atributos, bem como suas forças e fraquezas. É muito importante também conter o fator diferenciador e determinante para influenciar na hora da decisão de compra pelo consumidor (SERAGINI, 2004). O autor alerta que a embalagem, no momento da aquisição do produto pelo consumidor, pode ser considerada um dos maiores promotores e vendedores da marca, já que alcança toda extensão do mercado e age no momento crítico da decisão. Seragini (2004) adverte ainda para o fato de que a missão da embalagem precisa ser o cartão de visita de exposição do produto no mercado, e precisa se firmar como instrumento relevante na participação da venda. Em supermercados a embalagem é o principal engodo para as vendas. Já que o consumidor passa por prateleiras cheias de produtos, ele vai parar e analisar a embalagem que mais chamar sua atenção. Ainda com base no autor supracitado, é importante ponderar que, no momento do desenvolvimento de uma embalagem, a empresa interessada (usuária da embalagem) também leva em conta a interação que a embalagem do produto pode fazer com o cliente. Essa preocupação ocorre, principalmente, em grandes marcas que dominam o mercado e não quer perder seu espaço. Nesse caso, as decisões relativas à embalagem se referem a decisões estratégicas das empresas e se dão em níveis gerenciais. Nessas situações, a empresa usuária da embalagem pode chegar a desenvolver um protótipo do projeto, apresentá-lo às empresas de design para discussão e verificar da sua viabilidade técnica. Há, pois, uma grande preocupação em torno da decisão do tipo de embalagem que vai para o mercado. Para Seragini (2004), a embalagem tornou-se parte fundamental de um produto, pois pode torná-lo mais versátil, seguro e além de proteger o produto deve colaborar para o fortalecimento da imagem assim. Portanto, exerce seu papel importante de influenciar o consumidor, interferindo assim na decisão na hora de consumar a compra. As leituras mostram que para se desenvolver uma embalagem deve-se levar em consideração alguns aspectos importantes: a embalagem deve induzir o consumidor à compra; a embalagem deve ser desenvolvida para ser usada depois 21 de vazia, quando possível; ser de fácil reconhecimento pelo consumidor; considerar as embalagens de produtos similares, além de ter formas e cores adequadas (LAS CASAS, 2001). Las Casas (2001) assevera que as embalagens atuam como vendedores mudos, por isso devem conter em seu design mensagens visuais diretas, transmitir significados e imagens que despertam no consumidor a predisposição para aceitação, compra e utilização do produto. Em síntese, a percepção das informações dependerá de fatores cognitivos e motivacionais do consumidor, dos tipos de códigos utilizados e da forma como são apresentadas as embalagens para atrair a atenção do público consumidor. 22 3 METODOLOGIA O método de pesquisa trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória descritiva, com fundamentação teórica em autores que tratam do tema, tais como: Bowersox e Closs (2004), Cobra (2007), Kotler (2000), Kotler e Armstrong (1999), Mattar (1996), entre outros. O trabalho de pesquisa empírica foi realizado na cidade de Fortaleza-Ce., no bairro de Fátima, abordando o tema “Marketing e Planejamento”, com o objetivo geral de relatar a importância que tem o planejamento de marketing para uma empresa. Para Lakatos e Marconi (1992), a pesquisa é um procedimento formal com pensamento reflexivo que requer tratamento científico e se constitui para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais, significando mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. A metodologia, segundo Gil (2002), aponta os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa. Portanto, o método adotado para realização desta pesquisa foi, inicialmente, a pesquisa bibliográfica, pois foi desenvolvida com base em material já elaborado, tais como livros e artigos científicos, a fim de ampliar o conhecimento acerca da temática em pesquisa. Esta pesquisa, quanto à abordagem, classifica-se como quantitativa, pois considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isso é, um vínculo indissociável entre o mundo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números (SILVA; MENEZES, 2001). Em seguida, foi realizada a pesquisa de campo. Esses procedimentos são, geralmente, conjugados a outros, pelos quais o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada importância do pesquisador ter tido, ele mesmo, uma experiência direta com a situação em estudo. Assim, o pesquisador coletará os dados in locus, através de questionários com clientes, a fim de obter suas considerações e perspectivas em relação às mudanças das embalagens que poderão ocorrer com a implantação de novos produtos no ramo de panificação, Quanto aos objetivos, a pesquisa é classificada, segundo Gil (2002), como exploratória, pois proporciona uma maior familiaridade com o problema, com 23 vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Tendo como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições e seu planejamento bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Os resultados da pesquisa foram analisados de forma quantitativa, visto que o objetivo foi analisar as opiniões e as atitudes tomadas pelos clientes quando encaram o problema em questão. Ao mesmo tempo, realizou-se uma pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, pela qual foi feita uma classificação das empresas que têm o seu nome em maior destaque no mercado de trabalho. Quanto à forma de coleta de dados, foi aplicada uma breve entrevista com os clientes e representantes do estabelecimento que comercializam o produto. A pesquisa foi realizada em uma Panificadora situada na cidade de Fortaleza-Ce., com o propósito de tomar conhecimento de como esta desenvolve seu trabalho de marketing de embalagem. A Panificadora analisada, é uma empresa que fornece produtos de boa qualidade e, ainda, disponibiliza informações necessárias para pequenos empreendedores. Para a amostra das informações, foram escolhidos, aleatoriamente, 30 (trinta) clientes de um dos estabelecimentos que comercializam o produto em Fortaleza. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com 10 (dez) perguntas fechadas, com respostas de múltipla escolha. Realizou-se um pré-teste com as perguntas para consolidar o fechamento do questionário. O instrumento de coleta de dados e informações, utilizado neste estudo, foi o questionário, aplicado na empresa, pelo qual se pôde observar que o marketing de embalagem é essencial para um bom desenvolvimento da empresa, pois assim a empresa terá como organizar uma boa propaganda que venha chamar a atenção dos seus consumidores. De acordo com o pré-teste realizado em Fortaleza, com consumidores de diferentes profissões, o questionário foi considerado satisfatório, não necessitando de alterações para a aplicação, pois foi possível medir e identificar que muitas pessoas sentem dificuldades em encontrar informações nos produtos. Tal questionário teve como objetivo nortear outro para aplicação na pesquisa de campo. 24 4 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA PESQUISA As respostas aos questionários foram obtidas aleatoriamente com os clientes que frequentam um estabelecimento comercial no bairro de Fátima, cidade de Fortaleza, estado do Ceará. Foram feitas 10 perguntas aos primeiros trinta clientes que chegaram ao estabelecimento que teve uma clientela média de 750 pessoas diariamente, no dia 18 de maio de 2013. São perguntas cujas respostas são de múltipla escolha, as quais passaram por análise conforme os estudos realizados sobre o tema marketing, especialmente o marketing de embalagem. Em primeiro lugar, foi perguntado aos clientes se a embalagem agrega valor ao produto. As respostas apontam mais uma vez que os clientes estão sempre observando as embalagens dos produtos, como constatado nas respostas da maioria dos entrevistados. Nessa pergunta, dos 30 entrevistados, 22 reconhecem que a embalagem agrega valor ao produto, quando somados os itens “Bastante” e “Total”, perfazendo uma porcentagem de 73%, com tendência a aumentar para 90% quando adicionado o item “Razoável”, pois este sugere que, de forma inconsciente, o consumidor reconheça que a embalagem agrega valor ao produto, conforme observa-se no Gráfico 1: 80% 70% 63% 60% 50% 40% 30% 17% 20% 10% 10% 10% 0% 0% Nenhum Pouco Razoável Bastante Total GRÁFICO 1 – A embalagem como agregação de valor ao produto Fonte: Dados da pesquisa (2013). Em relação à renda do consumidor, constatou-se a renda do consumidor final é uma informação imprescindível para que se criem estratégias de marketing. Portanto, o fabricante precisa saber qual o público e de qual faixa financeira o produto será destinado, pois só assim terá cumprida sua estratégia de marketing. No Gráfico 2 visualiza-se os resultados desta pergunta: 25 30% 25% 23% 23% 23% 20% 20% 15% 10% 10% 5% 0% Até 1 salário Entre 1 e 2 salários Entre 2 e 4 salários Entre 4 e 8 salários Mais de 8 salários GRÁFICO 2 – Renda do consumidor Fonte: Dados da pesquisa (2013). Depois disso, foi perguntado aos clientes se a embalagem ajuda na decisão de compra. Nas respostas a esta pergunta, percebe-se que os dois últimos itens obtiveram 63%, faz entender que a maioria dos entrevistados acredita que a embalagem tem influência na hora de decidir pela compra. Quando em uma prateleira existe um mesmo produto, mas com marcas e embalagens diferentes, pelas respostas percebe-se que a embalagens com suas formas, na decisão final na hora de comprar. Das oito pessoas que correspondem 27%, responderam o item “Razoável” tem a tendência de se decidir também pela compra com a ajuda da embalagem. Na hora da indecisão a embalagem exerce seu papel de convencimento, pois, conforme o designer ou formato da embalagem esta pode atrair a atenção do consumidor. No Gráfico 3 dá para ter uma melhor visão das respostas dos respondentes. 60% 53% 50% 40% 27% 30% 20% 10% 3% 10% 7% 0% Nenhum Pouco Razoável GRÁFICO 3 – Influência da embalagem na decisão de compra Fonte: Dados da pesquisa (2013). Bastante Total 26 Além disso, foi perguntado aos clientes se a embalagem traz informações úteis sobre os produtos. Conforme o Gráfico 4, dos 30 clientes que responderam as perguntas 25 confirmaram que as informações que vem nas embalagens dos produtos são úteis, equivalente a 83%. Os outros 17%, 5 dos entrevistados, se mostraram indiferentes quanto à embalagem influenciar ou não na compra de um produto. Tais respostas propiciam a convicção de que mais e mais os trabalhadores do marketing precisam investir nessa interação entre empresa, cliente e produto, pois as pessoas têm necessidades de perceber que estão adquirindo algo seguro. Apenas 5 pessoas responderam que poucos leem os rótulos. 50% 40% 37% 33% 30% 20% 10% 7% 13% 10% 0% Nunca Raramente Frequentemente Quase sempre Sempre GRÁFICO 4 – Informações úteis sobre o produto nas embalagens Fonte: Dados da pesquisa (2013). Foi perguntado aos clientes se a embalagem influencia nas escolhas de outros produtos da mesma marca. Nessa pergunta, os itens “razoável” e “bastante” atingem o percentual de 74%, e este resultado faz compreender que a embalagem, além de influenciar nas escolhas dos produtos que irá vender, tem a funcionalidade adequada ao produto, conquistando o consumidor final na hora de decidir pela compra de outro produtor que o consumidor não foi comprar, mas acabou levando para casa motivado pela embalagem. O Gráfico 5 mostra o percentual das respostas: 27 50% 37% 40% 30% 37% 23% 20% 10% 3% 0% 0% Nenhum Pouco Razoável Bastante Total GRÁFICO 5 – Influência da embalagem na escolha de outros produtos Fonte: Dados da pesquisa (2013). Depois, foi perguntado aos clientes quais informações seriam úteis nas embalagens. Percebe-se nas respostas a essa pergunta uma tendência cada vez maior do cliente buscar informações nutricionais e sobre saúde nos rótulos das embalagens dos produtos. Isso é percebido nas respostas “informações nutricionais” e “informações sobre saúde” que somam 26 indicações dos respondentes. Ou seja, 86% dos usuários estão em sintonia com as informações que se encontram nas embalagens dos produtos e os profissionais do marketing precisam ficar atentos a esse fato. O Gráfico 6 mostra os percentuais em questão: 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 63% 23% 7% Informações nutricionais Informações sobre saúde 0% Informações Informações sobre a empresa sobre as receitas 7% Outros GRÁFICO 6 – Informações úteis nas embalagens Fonte: Dados da pesquisa (2013). Além disso, foi perguntado aos clientes se eles têm filho(s) e/ou filha(s). O mercado tem a tendência cada vez maior de detectar o público consumidor por faixa etária, e o infantil tem sido um público muito visado pelos profissionais do marketing. Verificou-se, no Gráfico 7, que das 30 pessoas que responderam 63% 28 não tem filhos em casa. Essa informação é muito importante para que sejam montadas estratégias para o público infanto-juvenil. 63% Sim 37% Não GRÁFICO 7 – Percentual de consumidor com filho(s) e/ou filha(s) Fonte: Dados da pesquisa (2013). Foi perguntado aos clientes se a embalagem fortalece a marca da empresa. Pelas respostas visualiza-se que a marca de fato exerce uma grande influência sobre os clientes. As três opções juntas (sempre, quase sempre e frequentemente) somam 94%, o que equivale a quase 100%, conforme Gráfico 8. Sabiamente, as empresas investem na marca como forma de atrair e fazer o consumidor lembrar-se da mesma quando surge a necessidade de compra. Por isso, que é de extrema importância trabalhar de forma massificada a marca de um produto. 60% 50% 50% 40% 30% 30% 20% 10% 13% 3% 3% Nunca Raramente 0% Frequentemente Quase sempre Sempre GRÁFICO 8 – Frequência com que o consumidor lê as embalagens de pão Fonte: Dados da pesquisa (2013). Depois disso, foi perguntado com que frequência os clientes liam as embalagens de pão. Percebe-se pelas respostas a esta pergunta que os clientes 29 estão mais atentos às informações constantes nas embalagens dos produtos. Somando as respostas de itens, tem-se um total de 20 pessoas que gostam de ler os rótulos, o que corresponde a mais de 59% dos clientes. A média de pessoas que pouco leem as embalagens ainda é muito alta, equivalente a 34% precisando, pois, que haja mais atenção na hora de adquirir um produto, tendo o cuidado redobrado, principalmente, no prazo de validade. 7% dos clientes não leem as embalagens, isso significa que falta conscientização, por exemplo, de observar o prazo de validade dos produtos, fato que é muito importante para a saúde. Na sequência, conforme o Gráfico 9, tem-se os percentuais: 50% 40% 33% 30% 23% 23% 20% 10% 13% 7% 0% Nunca Raramente Frequentemente Quase sempre Sempre GRÁFICO 9 – Influência da embalagem no fortalecimento da marca da empresa Fonte: Dados da pesquisa (2013). Foi perguntada, aos clientes, a ordem de importância da embalagem. Diante das respostas a essa pergunta fica claro que o design da embalagem exerce uma grande influência no consumidor na hora de adquirir um produto, pois, 37% das pessoas confirmaram essa importância como sendo a mais importante. Houve um tempo em que essa prática não era muito importante. Acredita-se que isso se dá ao fato de que a oferta era menor que a procura e, quando começou aparecer as concorrências, os fabricantes começaram a despertar o desejo de atrair a atenção do consumidor pelo olhar. A segunda opção apontada diz respeito à proteção da embalagem quando acondicionado na embalagem – 33% das pessoas colocaram esse item como o segundo na ordem de importância. A proteção do produto, principalmente alimentos, é um detalhe que chama sempre a atenção do consumidor. E como terceira opção, na ordem de importância, 30% dos clientes apontaram a informação da embalagem. Pela ordem dá para entender a preferência dos clientes em colocar 30 esse item como terceira opção. A primeira reação é visualizar o design, a segunda se o produto está bem acondicionado e a terceira é ler as informações do produto. 50% 40% 37% 30% 33% 30% 20% 10% 0% 0% Design da embalagem Informação da embalagem Proteção da embalagem Outra GRÁFICO 10 – Importância da embalagem Fonte: Dados da pesquisa (2013). Ao longo dos estudos e nas perguntas anteriores percebe-se o interesse que o público consumidor coloca sobre essas três opções: design, proteção e informações – motivo pelo qual as empresas de marketing vêm redobrando suas forças para apostar neles como forma de atrair o consumidor final de um determinado produto e optar por uma marca. Os entrevistados confirmaram esses três fatores como o mais importante, apesar de não existir muita diferença entre as proporções, salientando que é pequena, o que limita as conclusões. 31 5 CONCLUSÃO O objetivo do presente estudo foi analisar a percepção dos clientes em relação ao marketing em embalagens, utilizado em micro e pequenas padarias no bairro de Fátima, na cidade de Fortaleza-Ce., nas tradicionais embalagens de pães. Ao longo do estudo buscou-se responder a pergunta de pesquisa formulada na introdução deste trabalho. Em primeiro lugar, conclui-se que 94% das pessoas leem a embalagem e que 86% dos pesquisados acredita que a embalagem ajuda na decisão de compra. Portanto, a empresa deve se preocupar com a agregação de valor propiciada pela embalagem. Percebeu-se também que as informações nutricionais e as informações sobre saúde estão no centro dessa discussão. As leituras ao longo do estudo revelaram que trabalhar com a promoção da marca é a peça-chave para sucesso através do serviço de divulgação para que a empresa possa consolidar diante do mercado consumidor a preferência por seu produto. Fica evidente que a promoção, juntamente com todas as demais estratégias de divulgação da marca deve ser sempre interligada com a “cadeia de valor” da empresa, somando-se a isso os cuidados com o design, proteção (forma de acondicionamento) e informações no produto para atrair o público consumidor. Diante do exposto, verificou-se que o objetivo da presente pesquisa foi atingido de forma satisfatória, não se mostrando, porém, como algo acabado, visto que deixa margens para que novas pesquisas sejam realizadas, aumentando o acervo educacional sobre esse tema de extrema importância para a sociedade. 32 REFERÊNCIAS AMERICAN MARKETING ASSOCIATION – AMA. Definição de marketing. jul. 2013. Disponível em: <http://www.marketingpower.com/AboutAMA/Pages/ DefinitionofMarketing.aspx>. Acesso em: 15 maio 2013. ARNOLD, J.; RIMOLI, C. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999. BONNE, L.; KURTZ, D. Marketing contemporâneo. 8. ed. Rio de Janeiro: Afiliada, 1998. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2004. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: McGraw-Hill, 1999. CHURCHILL, P.; PETER, J. Marketing: criando valor para clientes. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. COBRA, M. Marketing básico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Plano estratégico de marketing. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1992. Ferreira (2009 FERREIRA, B. P. Planejamento de marketing. Artigo. Faculdade Católica Nossa Senhora das Vitórias, Assú, 2010. FRAGA, R. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. GRACIOSO, F. Planejamento estratégico orientado para o mercado. São Paulo: Atlas, 1996. IASNOGRODSKI, B. Marketing. Porto Alegre: Ortiz, 1999. KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. Trad. Bazán Tecnologia e Lingüística. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Introdução ao marketing. São Paulo: LTC, 1999. LAKATOS, M. E.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho cientifico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1992. 33 LARÁN, J. A.; ALMEIDA, S. O.; HOFFMANN, J. A. Desejo dos consumidores: um olhar sobre os determinantes da satisfação. R. Adm., São Paulo, v. 39, n. 1, p. 4252, jan./mar. 2004. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. v. 1. McCARTHY, E.; BRANDÃO, A.; PERREAULT, D. Marketing essencial: uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. MINICUCCI, A. Psicologia aplicada à administração. São Paulo: Atlas, 1995. NICKELS, W. G.; WOOD, M. B. Marketing: relacionamentos, qualidade, valor. Rio de Janeiro: LTC, 1999. RICHERS, R. O que é marketing. São Paulo: Brasiliense, 1986. ROCHA, A.; CHRISTENSEN, C. Marketing: teoria e prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 1999. ROSSETTI, J. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1999. SANDHUSEN, R. Marketing básico. São Paulo: Saraiva, 1998. SERAGINI, L. A embalagem é o espelho da marca. Revista Pack, n. 79, p. 9, mar. 2004. SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed., rev. e atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino à Distância da UFSC, 2001. TROSTER, R.; MOCHÓN, F. Introdução à economia. São Paulo: Makron Books, 1999. 34 APÊNDICE 35 APÊNDICE A – Pré-teste 01. Qual frequência com que você lê as embalagens de pão? ( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável ( ) Bastante ( ) Total 02. Você acredita que a embalagem fortalece a marca da empresa? ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Quase sempre ( ) Sempre 03. A embalagem ajuda na decisão de compra? ( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável ( ) Bastante ( ) Total 04. A embalagem traz informações úteis sobre o produto que você comprou? ( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Quase sempre ( ) Sempre 05. A embalagem influencia nas escolhas de outros produtos? ( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável ( ) Bastante ( ) Total 36 APÊNDICE B – Questionário para ser aplicado com clientes/consumidores 01. A embalagem agrega valor ao produto? ( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável 02. Qual a sua renda? ( ) Até 1 salário ( ) Entre 1 e 2 salários ( ) Entre 2 e 4 salários ( ) Bastante ( ) Total ( ) Entre 4 e 8 salários ( ) Mais de 8 salários 03. A embalagem ajuda na decisão de compra? ( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável ( ) Bastante ( ) Total 04. A embalagem traz informações úteis sobre o produto que você comprou? ( ) Nunca ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Sempre ( ) Frequentemente 05. A embalagem influencia nas escolhas de outros produtos? ( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável ( ) Bastante ( ) Total 06. Que informações seriam úteis nas embalagens? ( ) Informações nutricionais ( ) Informações sobre as receitas ( ) Informações sobre saúde ( ) Outros: ___________________ ( ) Informações sobre a empresa 07. Você tem filho(s) e/ou filha(s)? ( ) Sim ( ) Não 08. Qual frequência com que você lê as embalagens de pão? ( ) Nunca ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Sempre ( ) Frequentemente 09. Você acredita que a embalagem fortalece a marca da empresa? ( ) Nunca ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Sempre ( ) Frequentemente 10. Coloque em ordem a importância da embalagem? ( ) Design da embalagem ( ) Informação da embalagem ( ) Proteção da embalagem ( ) Outros:__________________________________