AVALIAR OS HÁBITOS ALIMENTARES DE PACIENTES COM OSTEOPOROSE DA TERCEIRA IDADE, EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA CIDADE DE TUBARÃO/SC, A FIM DE IDENTIFICAR O CONSUMO DE CÁLCIO ENTRE ELES. Tamara Luiza Pedroso; Msc. Ana Cristina Vieira (orientadora) Introdução: A osteoporose é uma enfermidade crônica, multifatorial e pode estar relacionada ao envelhecimento. Fatores ambientais como maus hábitos nutricionais podem estar relacionados com a redução da massa óssea. A prevenção da osteoporose deve ser feita com a ingestão diária de alimentos ricos em cálcio, exposição solar e atividade física. O cálcio quando absorvido pode sofrer influencia de outros nutrientes presentes nos alimentos, podendo causar um efeito positivo ou negativo na sua biodisponibilidade. É importante tratar e prevenir a osteoporose, através de alimentos ricos neste mineral e evitando o excesso de alimentos que prejudicando a sua absorção. Esta pesquisa visa levantar dados de pacientes com osteoporose a fim de identificar seus hábitos alimentares, e se estes estão relacionados a esta doença. O objetivo geral da pesquisa é avaliar os hábitos alimentares de pacientes com osteoporose da terceira idade a fim de identificar o consumo de cálcio. Objetivos: a) Identificar os fatores contribuintes entre os pacientes estudados. b) Identificar possíveis relações entre os fatores contribuintes da osteoporose e os pacientes entrevistados. c) Avaliar a quantidade e qualidade da alimentação semanal dos pacientes. d) Verificar a adequação da ingestão de cálcio. Palavras-chave: osteoporose, disponibilidade de cálcio nos alimentos, ingestão alimentar adequada de cálcio Métodos Este estudo tem caráter exploratório e as análises serão quantitativas e qualitativas. Será utilizada uma amostra de pessoas com diagnostico de osteoporose, o grupo convidado a participar da pesquisa será questionado sobre a sua doença e sobre seus hábitos alimentares. Para avaliar a qualidade da dieta será usado um questionário de freqüência alimentar, obtendo informações sobre o consumo de cálcio alimentar, e fatores que podem ter contribuído para o desfecho da doença. Os dados obtidos serão comparados com os valores oferecidos pela DRIs, em seguida para aferir a adequação da ingestão de cálcio será aplicada a fórmula Z= (MI – AI) / (Dpi / √n), após a determinação do valor de Z, será estabelecida a proporção dos participantes em situação adequação/inadequação. Será considerada ingestão adequada de cálcio, quando for alcançado o valor de 1200mg/dia para homens e mulheres. Resultados de discussão Os dados coletados através do questionário foram analisados através do programa Excel, e foi possível observar que em relação ao consumo de cálcio alimentar a ingestão diária encontra-se abaixo da sugerida pela Dietary Reference Intakes (DRI). Do total da coleta apenas 33,33% da amostra encontrava-se em adequação, o restante não foi possível determinar a adequação, pois a ingestão de cálcio foi muito menor que o consumo recomendável (AI), não sendo possível aplicar a fórmula. Sobre o hábito de praticar atividade física foi constatado que a maioria dos idosos não praticam regularmente, sendo que 33,33% dos entrevistados praticam algum tipo de exercício até três vezes na semana. A exposição ao sol diária totalizou 89%. A analise dos fatores que podem ter contribuído com o desfecho da doença, como o alto uso de cafeína, consumo excessivo de proteínas, a alta ingestão de fibras, e alguns vícios como tabagismo, consumo de álcool, história familiar de 2 osteoporose, não foram significantes com exceção do uso habitual do café em 89% dos entrevistados. Conclusões: Conclui-se que apenas um percentual pequeno dos entrevistados tem a ingestão de cálcio adequada, e o restante apesar de não poder ser afirmado se a ingestão é adequada, ficou claro que a ingestão de cálcio alimentar é bem inferior ao consumo recomendável (AI). E também outros fatores podem ter influenciado no desfecho da doença, como a ingestão de alimentos que diminuem a disponibilidade do cálcio na absorção. Referências CARVALHO, Cecília Maria Resende Gonçalves. Educação para a saúde em osteoporose com idosos de um programa universitário: repercussões. 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