índice - Bertrand

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ÍNDICE
1.Introdução......................................................................................................................................................... 5
2.Competências essenciais do aluno.............................................................................. 6
3.Como ler um texto................................................................................................................................ 7
4.Como ler uma pergunta............................................................................................................... 8
5.Como fazer um trabalho.............................................................................................................. 9
6.Conteúdos/Temas – 11.º Ano........................................................................................... 11
III – Racionalidade argumentativa e Filosofia...................................................... 13
1. Argumentação e lógica formal...................................................................................... 13
2. Argumentação e retórica........................................................................................................ 25
3. Argumentação e Filosofia..................................................................................................... 29
IV – O conhecimento e a racionalidade científica
e tecnológica............................................................................................................................................... 33
1.Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva.................. 33
2.Estatuto do conhecimento científico..................................................................... 41
3.Temas/Problemas da cultura científico-tecnológica..................... 48
V – Desafios e horizontes da filosofia................................................................................. 55
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1.A Filosofia e os outros saberes....................................................................................... 55
2.A Filosofia na cidade..................................................................................................................... 56
3.A Filosofia e o sentido................................................................................................................ 59
Bibliografia.................................................................................................................................................................. 63
Coleção Resumos – Filosofia 11.º ano
3. Regras que permitem determinar a validade de um silogismo.
Silogismo válido
(cumpre a regra)
O touro muge.
O Preto lindo é um touro.
Regra
1. O silogismo só tem três
termos.
Eça era escritor.
2. O termo médio não pode
aparecer na conclusão.
Os criminosos são homens.
Os criminosos são santos.
O touro é uma constelação.
Eça era escritor.
Eça era português.
Eça era um escritor português.
Eça era bom.
Todos os homens são santos.
O touro muge.
Uma constelação muge.
O Preto lindo muge.
Todos os escritores são bons.
Silogismo não válido
(não cumpre a regra)
Alguns homens são santos.
3. O termo médio deve ser
tomado pelo menos uma
Os criminosos são homens.
vez em toda a sua extensão Os criminosos são santos.
(universalmente).
Todos os pássaros voam.
4. Nenhum termo pode ter
Todos os pássaros são animais. mais extensão na conclusão Todos os pássaros são animais.
do que nas premissas.
Todo o animal voa.
Alguns animais voam.
Todos os pássaros voam.
Todos os homens são racionais. 5. A conclusão segue sempre a parte mais fraca (neAlguns homens são altos.
gativa e particular).
Alguns altos são racionais.
Nenhum poderoso é boa
pessoa.
Logo, (nada se pode concluir).
Todos os mortais são
desconfiados.
Alguns seres são mortais.
Todos os altos são racionais.
Os pobres não são poderosos.
Os pobres são boas pessoas.
Logo, (nada se pode concluir).
Alguns maus são homens.
Alguns homens são altos.
6. De duas premissas nega- Nenhum poderoso é boa
tivas nada se pode concluir. pessoa.
Os pobres não são poderosos.
Alguns homens são virtuosos.
Todos os homens são racionais.
7. De duas premissas parti- Alguns homens são virtuosos.
culares nada se pode conAlguns maus são homens.
cluir.
Alguns maus são virtuosos.
8. De duas premissas afirmativas não se pode tirar
uma conclusão negativa.
Todos os mortais são
desconfiados.
Alguns seres são mortais.
Alguns seres não são
desconfiados.
Alguns seres são desconfiados.
❖ Silogismo condicional
É um silogismo cuja primeira premissa – a maior – é uma proposição condicional, que
se apresenta com a seguinte estrutura: “Se (antecendente), então (consequente)”.
A segunda premissa – menor – afirma ou nega o antecedente ou o consequente.
Assim, este silogismo tem dois modos válidos: um modo positivo – modus ponens
– e um modo negativo – modus tollens.
✓ O modus ponens
Quando a premissa menor afirma o antecedente (condição), a conclusão deve afirmar o consequente (condicionado). Afirmar a condição é afirmar o condicionado (põe-se, afirma-se).
Se estudar, passo de ano.
Ora, estudo.
Logo, passo de ano.
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1. Argumentação e lógica formal
✓ O modus tollens
Quando a premissa menor nega o consequente (condicionado), a conclusão deve
negar o antecedente (condição). Negar o condicionado é negar a condição (tira-se, nega-se).
Se estudar, passo de ano.
Ora, não passo de ano.
Logo, não estudo.
❖ Silogismo disjuntivo
É aquele cuja premissa maior – a primeira – é uma proposição disjuntiva (uma
proposição que expressa uma alternativa, indicada pela partícula “ou”). A premissa
menor afirma ou nega um dos membros. A conclusão, por sua vez, afirma ou nega
o outro.
Este tipo de silogismo tem dois modos válidos: o modus ponendo-tollens e o modus
tollendo-ponens.
✓ Modus ponendo-tollens (modo positivo-negativo): a premissa menor afirma
uma das alternativas e a conclusão nega a outra ou as outras.
Ou vou à praia ou vou ao cinema.
Vou à praia.
Logo, não vou ao cinema.
✓ Modus tollendo-ponens (modo negativo-positivo): a premissa menor nega uma
das alternativas e a conclusão afirma a outra.
Ou leio ou descanso.
Não leio.
Logo, descanso.
Conceitos nucleares: inferência válida.
B. Cálculo proposicional
Na lógica proposicional é também possível realizar operações entre proposições, e
é nisso que consiste o cálculo proposicional.
1. Proposições simples e complexas
Proposições atómicas são proposições em que o sujeito e o predicado estão ligados pela cópula. São também designadas de proposições simples ou elementares.
– Portugal é um país da Europa.
– Lisboa é a capital de Portugal.
A partir de proposições simples podemos construir proposições compostas ou
moleculares, mediante a utilização de conectivas proposicionais.
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– Portugal é um país da Europa e Lisboa é a capital de Portugal.
2. Conectivas verofuncionais
Existem vários tipos de conectivas proposicionais, mas vamos apenas referir as
conectivas verofuncionais.
Estas conectivas designam-se deste modo porque a verdade ou a falsidade das
proposições que elas formam são totalmente determinadas pela verdade ou
falsidade das proposições simples.
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Coleção Resumos – Filosofia 11.º ano
Argumentar é, portanto, motivar, tomando este termo nos dois sentidos que ele
abrange: dar motivos, razões e convencer as pessoas.
Estes dois sentidos da palavra argumentar explicam as duas dimensões da argumentação: uma centrada no raciocínio e outra na relação de persuasão, que são
indissociáveis. A argumentação é ao mesmo tempo raciocínio e relação. Trata-se
de, simultaneamente, satisfazer as regras da “razão” por um procedimento lógico
sólido e desenvolver “razões” adaptadas à especificidade das pessoas visadas pelo
discurso, levando o auditório a aderir às teses do orador.
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❖ A relação necessária ao auditório
No discurso argumentativo, para persuadir, o orador pode recorrer a três tipos de
prova que podem ser preparadas pelo orador:
– As que dizem respeito ao carácter do orador (ethos). É o carácter do orador
que o torna digno de crédito. Este deve ser virtuoso e credível para conseguir
a confiança do auditório;
– As que se encontram centradas no auditório (pathos). A persuasão é conseguida quando o auditório é emocionalmente impressionado e seduzido;
– As que se centram nos argumentos, no discurso (logos). O discurso deve estar
devidamente estruturado do ponto de vista lógico e argumentativo, para que
a tese defendida se imponha como verdadeira.
2.2. O discurso argumentativo – principais tipos de argumentos
e falácias informais
❖ Estrutura e organização do discurso argumentativo
Escrever um texto argumentativo e expressá-lo oralmente é uma tarefa que exige
o cumprimento de alguns requisitos importantes, nomeadamente: qualquer processo argumentativo tem sempre uma introdução, um desenvolvimento e uma
conclusão:
– a introdução deve ser breve. É o momento em que se apresenta o tema, isto é,
o objeto ou assunto, e se faz uma descrição sumária da tese, ou seja, da posição defendida pelo orador quanto ao tema tratado, atendendo ao auditório a
que se dirige;
– o desenvolvimento (ou corpo argumentativo) consiste na apresentação dos
argumentos que apoiam a tese, assim como as possíveis objeções. Estes argumentos devem ser factos ou afirmações credíveis cuja veracidade não depende da tese. Devem ser em número suficiente, de modo a garantir a sustentabilidade da tese;
– a conclusão é uma síntese final. É a última oportunidade que o orador dispõe
para agir sobre a eventual indecisão do auditório. Não deve afirmar mais do
que aquilo que mostrou antes.
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2. Argumentação e retórica
❖ Alguns tipos de argumentos (argumentos informais)
Os argumentos que utilizamos para convencer o outro da nossa tese podem ser de
vários tipos.
Argumentos indutivos
Tipo de
argumento
Generalização
Explicação
Argumento cuja conclusão é
mais geral do que a(s)
premissa(s) e cuja validade não
advém da sua forma lógica, mas
sim do seu conteúdo.
Algumas aves têm penas.
Logo, todas as aves têm penas.
É válida se partir de casos particulares representativos e se não
existirem contraexemplos.
Previsão
Argumento por
analogia
Baseando-se em casos passados,
antevê casos não observados
presentes ou futuros.
A sua validade depende da probabilidade da conclusão corresponder, ou não, à realidade.
Entimema
Todos os corvos observados são
negros.
Logo, o próximo corvo observado
será negro.
Partindo de certas semelhanças
ou relação entre dois objetos/
realidades encontrar novas semelhanças ou relações.
O mundo é um relógio.
Apoia-se na opinião de um especialista para fazer valer a sua
conclusão.
Newton disse que dois corpos se
atraem na razão direta das suas
massas e na razão inversa do
quadrado da distância entre eles.
Logo, dois corpos atraem-se na
razão direta das suas massas e
na razão inversa do quadrado da
distância entre eles.
É um silogismo ao qual falta
uma premissa ou, por vezes, a
conclusão. Trata-se de um argumento incompleto.
Sou homem, logo sou mortal.
Argumento de
autoridade
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Exemplo
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Um relógio tem um criador.
Logo, o mundo tem um criador.
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