Imagem em PDF

Propaganda
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS COM LINHA ESPECÍFICA EM
COMÉRCIO EXTERIOR
ANDREZA MOTA
CONCEITOS E PRÁTICAS FUNDAMENTAIS DA ATUAÇÃO DAS
FINANCEIRAS E EMPRESAS DE LEASING, NO FINANCIAMENTO E
ARRENDAMENTO DE VEÍCULOS, NA CIDADE DE ARARANGUÁ –
SANTA CATARINA.
CRICIÚMA, JULHO DE 2009
ANDREZA MOTA
CONCEITOS E PRÁTICAS FUNDAMENTAIS DA ATUAÇÃO DAS
FINANCEIRAS E EMPRESAS DE LEASING NO FINANCIAMENTO E
ARRENDAMENTO DE VEÍCULOS, NA CIDADE DE ARARANGUÁ –
SANTA CATARINA.
Monografia apresentada para obtenção do grau de
Bacharel em Administração de Empresas, no curso
de Administração de Empresas com linha específica
em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo
Sul Catarinense, UNESC.
Orientador: Prof. MSc. Ângelo Natal Périco
CRICIÚMA, JULHO DE 2009
ANDREZA MOTA
CONCEITOS E PRÁTICAS FUNDAMENTAIS DE ATUAÇÃO DAS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E EMPRESAS DE LEASING NO
FINANCIAMENTO E ARRENDAMENTO DE VEÍCULOS, NA CIDADE
DE ARARANGUÁ – SANTA CATARINA.
Monografia aprovada pela Banca Examinadora para
obtenção do Grau de Bacharel em Administração de
Empresas, no Curso de Administração de Empresas
com linha específica em Comércio Exterior, da
Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Criciúma, 06 de Julho de 2009.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Prof. Ângelo Natal Périco - Especialista - Unesc - Orientador
_______________________________________________
Prof.ª Fernanda C. B. P. Queiróz - Doutora – Unesc - Banca
_______________________________________________
Prof. Leonel Luiz Pereira - Especialista – Unesc - Banca
DEDICATÓRIA
Dedico está conquista a todas as pessoas que
de alguma forma, direta ou indiretamente
contribuíram para sua realização, em especial
dedico a minha família, que tanto me apoiaram,
a quem minha gratidão será eterna.
AGRADECIMENTO
Primeiramente a Deus e a todos os meus anjos da guarda, pela força, saúde e a
sabedoria necessária para que eu pudesse chegar até o fim desta etapa de minha
vida.
Agradeço a minha mãe pôr todo apoio e carinho incondicional, a meu pai, que deve
ter iluminado o meu caminho, aos meus irmãos, minhas fortalezas de amor e
sabedoria, enfim a todos de minha família pela compreensão e paciência, pôr todas
as minhas faltas durante todo esse tempo.
Aos professores que tanto contribuíram para ampliar meus conhecimentos, a fim de
me preparar para está conquista e para as próximas.
Ao meu orientador Prof. Ângelo, pelos conselhos e orientações, pela tranqüilidade
com que exerceu seu papel, e principalmente pelo incentivo dispensado,
reconhecendo minhas limitações e qualidades.
Agradeço aos meus amigos, a todos, o meu muito obrigado pelos os momentos de
muitas risadas, pelos abraços na hora da tristeza, pelo companheirismo e
aprendizados adquiridos ao longo desta caminhada, em especial minhas duas almas
gemias, Mari e Telma.
“Durante a nossa vida:
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que vem e passam.
Existem aquelas que vem, ficam e depois de
algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vêm e se vão, mas
com uma enorme vontade de ficar.”
Charles Chaplin
RESUMO
MOTA, Andreza. Conceitos e práticas fundamentais de atuação das
Financeiras e Empresas de Leasing no financiamento e arrendamento de
veículos, na cidade de Araranguá – Santa Catarina. 2009. 96f. Monografia do
Curso de Administração com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade
do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma.
A presente monografia trata de um assunto corriqueiro nos dias atuais, a concessão
de crédito para financiamentos e arrendamento, como se pode perceber, no país o
padrão de renda dos brasileiros é de média à baixa, muitas pessoas utilizam o CDC
e o Leasing para adquirir seus bens duráveis, principalmente automóveis e
motocicletas. O estudo em questão tem o objetivo de pesquisar os conceitos e
práticas fundamentais para que uma financeira ofereça tais produtos com
excelência. No primeiro capítulo delimita-se o tema elencado, juntamente com todos
os objetivos apontados para este assunto e também a justificativa com argumentos
que ressaltam a necessidade, a importância à viabilidade desta pesquisa. No
decorrer do segundo capítulo será apresentada à fundamentação teórica, onde se
dará o embasamento bibliográfico, sustentado pelos autores das áreas pesquisadas,
que compreenderam: a área de Finanças que destina-se a todas as atividades
relacionadas com a moeda; a área de Administração Financeira compreendendo
procedimentos de planejamento, análise e controle das atividades financeiras de
uma empresa, bem como seu ambiente de atuação; á área do Sistema Financeiro
Nacional surgindo desde uma simples micro empresa, absorvendo até as grandes
organizações e instituições, do mesmo modo as autoridades monetárias e
autoridades de apoio. Ainda dentro do Sistema Financeiro Nacional também serão
destacadas as Sociedades de Crédito Financiamento e Investimentos e o produto
CDC – Crédito Direto ao Consumidor, assim como as Sociedades de Arrendamento
Mercantil , Leasing e suas modalidades; e a área de Política Monetária com seus
instrumentos primordiais na redução ou aumento da taxa de juros no pais, como
também serão explanados os Meios de Pagamento, a Base Monetária e as Políticas
Fiscais e de Rendas. Os procedimentos metodológicos fazem parte do terceiro
capítulo, onde também se dará explicação teórica bibliográfica, a fim de especificar a
forma de como foi feita e aplicada da pesquisa. Foi utilizado um questionário com
vinte e cinco perguntas direcionado as gerências das instituições financeiras
abordadas, a fim de confirmar as praticam adotadas pelas mesmas, auxiliando assim
na conclusão da monografia. Com a pesquisa de campo, pode se concluir que todas
as instituições aplicam suas atividades de trabalho de forma correta, conforme
explicitado no embasamento teórico.
Palavras-chave: Financiamento; Leasing; Financeira; Crédito.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - A escolha pela contratação de um CDC.....................................................56
Figura 2 - A escolha de um leasing por um cliente pessoa física...............................58
Figura 3 - A escolha de um Leasing por um cliente pessoa jurídica...........................59
Figura 4 - A parceria das instituições com as revendas..............................................60
Figura 5 - Os participantes das parcerias...................................................................61
Figura 6 - O benefício oferecido pela instituição em dinheiro.....................................62
Figura 7 - A vantagem competitiva através de juros mais baixos...............................63
Figura 8 - A formalidade da parceria...........................................................................64
Figura 9 - A realização dos tramiteis legais................................................................65
Figura 10 - O benefício através da oferta de sistemas on-line....................................66
Figura 11 - A confiabilidade devido ao índice de inadimplência.................................67
Figura 12 - O uso do Despachante como benefício oferecido pela instituição...........68
Figura 13 - A classificação dos bens duráveis financiados, no CDC e Leasing.........69
Figura 14 - A analise da liberação de crédito para CDC e Leasing............................70
Figura 15 - A regra para a liberação de crédito para CDC e Leasing.........................71
Figura 16 - O percentual de financiamento liberado a um cliente de CDC.................72
Figura 17 - O refinanciamento no caso do CDC.........................................................73
Figura 18 - A alienação do bem para casos de CDC..................................................74
Figura 19 - A liquidação antecipada do contrato de CDC...........................................75
Figura 20 - O custo adicional na liquidação antecipada do contrato de CDC.............76
Figura 21 - O tempo de liberação de veículos, na quitação do contrato de CDC.......77
Figura 22 - A substituição do veículo na vigência do contrato de CDC......................78
Figura 23 - A venda do veículo para terceiros, na vigência do contrato de CDC.......79
Figura 24 - A devolução do bem em caso de inadimplência no CDC e Leasing........80
Figura 25 - A isenção da dívida, para os casos de devolução no CDC e Leasing.....81
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - A escolha pela contratação de um CDC....................................................56
Tabela 2 - A escolha de um leasing por um cliente pessoa física...............................58
Tabela 3 - A escolha de um Leasing por um cliente pessoa jurídica..........................59
Tabela 4 - A parceria das instituições com as revendas.............................................60
Tabela 5 - Os participantes das parcerias...................................................................61
Tabela 6 - O benefício oferecido pela instituição em dinheiro.....................................62
Tabela 7 - A vantagem competitiva através de juros mais baixos...............................63
Tabela 8 - A formalidade da parceria..........................................................................64
Tabela 9 - A realização dos tramiteis legais................................................................65
Tabela 10 - O benefício através da oferta de sistemas on-line...................................66
Tabela 11 - A confiabilidade devido ao índice de inadimplência.................................67
Tabela 12 - O uso do Despachante como benefício oferecido pela instituição...........68
Tabela 13 - A classificação dos bens duráveis financiados, no CDC e Leasing.........69
Tabela 14 - A analise da liberação de crédito para CDC e Leasing............................70
Tabela 15 - A regra para liberação de crédito para CDC e Leasing............................71
Tabela 16 - O percentual de financiamento liberado a um cliente de CDC.................72
Tabela 17 - O refinanciamento no caso do CDC.........................................................73
Tabela 18 - A alienação do bem para casos de CDC.................................................74
Tabela 19 - A liquidação antecipada do contrato de CDC...........................................75
Tabela 20 - O custo adicional na liquidação antecipada do contrato de CDC............76
Tabela 21 - O tempo de liberação de veículos, na quitação do contrato de CDC.......77
Tabela 22 - A substituição do veículo na vigência do contrato de CDC......................78
Tabela 23 - A venda do veículo para terceiros, na vigência do contrato de CDC.......79
Tabela 24 - A devolução do bem em caso de inadimplência no CDC e Leasing........80
Tabela 25 - A isenção da dívida, para os casos de devolução no CDC e Leasing.....81
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11
1.1 TEMA ..................................................................................................................12
1.2 PROBLEMA........................................................................................................12
1.3 OBJETIVOS........................................................................................................12
1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................12
1.3.2 Objetivo Específico ........................................................................................13
1.4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................15
2.1 FINANÇAS ..........................................................................................................15
2.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .......................................................................15
2.2.1 Ambiente da Administração Financeira .......................................................17
2.3 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .................................................................18
2.3.1 Autoridades Monetárias.................................................................................21
2.3.1.1 Conselho Monetário Nacional - CMN.........................................................21
2.3.1.2 Banco Central do Brasil - BACEN ..............................................................21
2.3.2 AUTORIDADES DE APOIO.............................................................................22
2.3.2.1 Comissão de Valores Mobiliários - CMV ...................................................22
2.3.2.2 Banco do Brasil - BB...................................................................................23
2.3.2.3 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES .....24
2.3.2.4 Caixa Econômica Federal - CEF.................................................................25
2.3.2.5 Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRFSN .........25
2.4 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ..........................................................................26
2.4.1 Instituições Financeiras Monetárias.............................................................26
2.4.2 Instituições Financeiras Não-Monetárias.....................................................27
2.4.2.1 Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras –
SCFI ..........................................................................................................................27
2.4.2.1.1 Produtos - Modalidades de Crédito ........................................................29
2.4.2.1.2 Crédito Direto ao Consumidor - CDC .....................................................29
2.4.3 Instituições Auxiliares do Mercado Financeiro ...........................................30
2.4.3.1 Sociedade de Arrendamento Mercantíl - Leasing.....................................31
2.4.3.1.1 Leasing......................................................................................................31
2.4.3.1.2 Produtos – Modalidades de Leasing ......................................................34
2.4.3.1.2.1 Leasing Financeiro................................................................................35
2.4.3.1.2.2 Leasing Operacional .............................................................................37
2.5 POLÍTICA MONETÁRIA .....................................................................................38
2.5.1 Instrumentos da Política Monetária ..............................................................40
2.5.1.1 Depósito Compulsório ................................................................................40
2.5.1.2 Redesconto ou Empréstimo de Liquidez ..................................................41
2.5.1.3 Operações de Mercado Aberto...................................................................42
2.5.1.4 Controle e Seleção de Crédito....................................................................43
2.5.2 Meios de Pagamento......................................................................................44
2.5.2.1 Meios de Pagamento no Conceito M1 .......................................................45
2.5.2.2 Meios de Pagamento no Conceito M2 .......................................................46
2.5.2.3 Meios de Pagamento no Conceito M3 .......................................................47
2.5.2.4 Meios de Pagamento no Conceito M4 .......................................................47
2.5.3 Base Monetária ...............................................................................................48
2.6 POLÍTICA FISCAL..............................................................................................49
2.7 POLÍTICA DE RENDAS......................................................................................50
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................52
3.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................52
3.1.1 Pesquisa Bibliográfica ...................................................................................53
3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo ................................................................53
3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA ...........................................................................53
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ...............................................................................54
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................55
4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA..............................................................................56
4.1 ANÁLISE DA PESQUISA ...................................................................................82
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................85
REFERÊNCIAS.........................................................................................................88
APÊNDICE................................................................................................................90
11
1 INTRODUÇÃO
Com a economia globalizada, é cada vez mais importante que se tenha
conhecimento das atividades financeiras de um país.
Como a economia está
sempre em movimento, acaba gerando períodos de altos e baixos no sistema
financeiro nacional. Estas oscilações interferem diretamente no bolso dos
consumidores, como também nas operações das instituições financeiras.
As instituições financeiras estão presentes em momentos estratégicos, da
vida dos consumidores, principalmente no caso de aquisições através do
financiamento e arrendamento de bens duráveis. Porém, muitas destas instituições
não consegue se manter no mercado por muito tempo, porque não se enquadram ou
não tem total conhecimento das políticas econômicas e também pelos altos níveis de
competitividade, pois existem inúmeras instituições espalhadas por todo território
nacional, todas querendo sempre a maior fatia de mercado, isso acarreta numa
liberação desenfreada de crédito no país, e se esta liberação for feita sem uma
análise bem preparada, acarretará ainda, os altos índices de inadimplentes,
causando uma bagunça econômica.
Para que não ocorram tantos problemas desta ordem, o governo está
sempre atento aos índices financeiros do país, o mesmo em parceria com as
autoridades monetárias e autoridades de apoio, procuram controlar os juros
cobrados pelas instituições através da Política Monetária.
O governo também administra a quantia de moedas disponíveis no
mercado, através da base monetária, política fiscal e de rendas.
A presente pesquisa, objetivando destacar os conceitos e práticas
fundamentais de atuação para instituições financeiras e arrendadoras, exibe o
desenvolvimento da mesma, estruturada em quatro capítulos, divididos em
subtítulos, para melhor esclarecimento do assunto.
O primeiro capítulo apresenta-se a introdução do trabalho, o tema
escolhido, o problema em questão, a caracterização do objetivo geral, assim como
os objetivos específicos e a justificativa para a realização do tema abordado.
O segundo capítulo contempla-se a fundamentação teórica, onde serão
apresentadas as opiniões dos autores sobre o tema, de forma a garantir a
veracidade das informações dispostas neste capítulo. No decorrer do mesmo serão
12
abordados os títulos: Finanças, Administração Financeira, Sistema Financeiro
Nacional, Instituições Financeiras e Política Monetária, sendo que entre estes,
existem os subtítulos para maior foco e esclarecimento do tema, objetivo geral e
específicos.
No terceiro capítulo, aborda-se a apresentação dos procedimentos
metodológicos, também sustentados pela opinião de autores da área, com o intuito
de explicar a forma de realização da pesquisa.
E no quarto capítulo, expõe-se a experiência da pesquisa, objetivando
demonstrar o resultado da pesquisa aplicada a algumas instituições financeiras da
cidade de Araranguá – Santa Catarina, com o intuito de verificação das práticas de
CDC e Leasing, oferecidas pelas mesmas.
1.1 TEMA
Conceitos e práticas fundamentais da atuação das Financeiras e
empresas de Leasing no financiamento e arrendamento de veículos, na cidade de
Araranguá - Santa Catarina.
1.2 PROBLEMA
Quais os conceitos e práticas fundamentais para as Financeiras e
Arrendadoras, atuarem com excelência, no financiamento e arrendamento de bens
de consumo duráveis, direcionados ao setor de motocicletas e veículos de passeio,
na cidade de Araranguá - Santa Catarina?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Pesquisar os conceitos e práticas fundamentais para Financeiras e
Arrendadoras, atuarem com excelência, no financiamento e arrendamento de bens
de consumo duráveis, direcionados ao setor de motocicletas e veículos de passeio,
na cidade de Araranguá – Santa Catarina.
13
1.3.2 Objetivo Específico
- Conhecer os produtos específicos, comercializados por este tipo de
instituição financeira;
- Estudar as razões que levam os clientes a optarem por um dos produtos,
Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ou Arrendamento Mercantil (Leasing);
- Entender o relacionamento de parceria entre as instituições financeiras
envolvidas e o lojista;
- Aprofundar o entendimento de como o Banco Central consegue expandir
ou restringir o crédito e as taxas de juros ideais para cada momento econômico;
- Conhecer os instrumentos de política monetária utilizados pelo Banco
Central para controlar os meios de pagamento que acabam influenciando
diretamente na demanda de financiamentos CDC e Leasing;
- Entender os efeitos das políticas econômicas na expansão do crédito,
bem como, na contração do mesmo;
- Estudar a política fiscal para entender de que forma ela pode ser
utilizada para expandir ou restringir a demanda de veículos e motocicletas.
1.4 JUSTIFICATIVA
Contribui para o crescimento econômico de um país a presença de
instituições sólidas em seu sistema financeiro. Junto com a expansão do crédito
observa-se a retomada do crescimento, bem como, se o momento econômico
requer, basta travar o crédito que a economia desacelera. Pode-se ilustrar o que se
está afirmando citando-se a crise financeira internacional que vem gerando uma
desaceleração econômica mundial.
Diante deste quadro destaca-se a importância de se realizar um trabalho
de pesquisa que contemplem algumas dessas questões. A economia do país está
sempre em constantes mudanças, com alguns altos e baixos, o que muitas vezes
causa instabilidade para a população, o que acaba ocasionando uma falta de
reservas de dinheiro, por parte da mesma, a maiorias das pessoas não conseguem
juntar dinheiro o suficiente para sempre comprar o que deseja à vista, geralmente é
a prazo.
14
Isto se aplica principalmente na compra de bens duráveis, onde acabam
se destacando as inúmeras financeiras e arrendadoras que oferecem modalidades
de crédito como: Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e o Arrendamento Mercantil
(Leasing).
Devido à globalização e o grande avanço tecnológico ficou mais fácil para
a população ter acesso a empréstimos e financiamentos, que estão disponíveis em
grandes quantidades e de um modo de liberação muito rápido.
Como o padrão de renda dos brasileiros é baixo, uma das melhores
formas de aquisição é ter o nome limpo, pois é sinônimo de credibilidade no
mercado, o que significa facilidades para se obter um empréstimo, parcelar compras,
efetuar pagamentos com cheques ou fazer um financiamento, que é uma das
principais formas de se adquirir bens matérias, mesmo que se tenha pouco dinheiro.
Diante da liberdade de atuação por parte das inúmeras financeiras e
companhias de arrendamento mercantil, nos quesitos prazos e taxas, isto acaba
tornando o mercado cada vez mais competitivo, pode-se dizer uma concorrência
acirrada.
Toda esta liberdade de atuação acaba tornando as políticas de crédito e a
prática
da
oferta
de
produtos
como
CDC
e
Leasing,
algumas
vezes
despadronizadas, o que nos leva a pesquisar os conceitos e ao questionamento de
como estas atividades estão sendo realizadas, atualmente.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo, apresentam-se a teoria, que embasa o trabalho, trazendo
opiniões de renomados autores que falam sobre o assunto abordado, tratando-se
principalmente de alguns assuntos, como: instituições financeiras, crédito direto ao
consumidor e arrendamento mercantil.
2.1 FINANÇAS
A área de finanças envolve-se com as atividades relacionadas com a
moeda. Estas atividades, nas empresas, acontecem no setor financeiro. Ambiente
este, que se preocupa com a administração do fluxo de ingressos e saídas de
recursos financeiros, bem como, na sua captação e aplicação.
Gitman (2007, p.04), define finanças como,
A arte e a ciência da gestão do dinheiro. Praticamente todos os indivíduos e
organizações recebem ou levantam, gastam ou investem dinheiro. A área
de finanças preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados e
os instrumentos associados à transferência de dinheiro entre indivíduos,
empresas e órgãos governamentais.
Os serviços financeiros são muito importantes para a administração
financeira, pois segundo Gitman (2007, p.04), a “Área de serviços financeiros é
aquela que se preocupa com o desenvolvimento e a entrega de serviços de
assessoramento e produtos
financeiros a indivíduos, empresas e órgãos
governamentais”.
2.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Entende-se por gestão financeira como sendo um conjunto de ações e
procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle
das atividades financeiras da empresa.
Busca-se, com a administração financeira melhorar os resultados
apresentados pela empresa e aumentar o patrimônio por meio de geração de lucro
líquido. Uma correta administração financeira permite que se visualize a atual
situação da empresa, os registros estando adequados e corretos permitem analises
e colaboram com o planejamento para otimizar resultados.
16
Segundo Araújo (2004, p. 111),
Cada empresa pode ser visualizada como um sistema que multiplica
recursos financeiros nela investidos. Nas empresas privadas os
proprietários desejam que seu investimento produza retorno compatível com
o risco assumido. Nas empresas publicas, o lucro reflete a eficiência
gerencial e garante a melhoria e expansão dos serviços oferecidos à
sociedade.
A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que
objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo
empresarial de captação e alocação de recurso de capital. Para Gitman (2007, p. 09)
a “Função de administração financeira pode ser descrita, em termos amplos,
considerando seu papel dentro da organização, sua relação com a teoria econômica
e com a contabilidade e as atividades básicas do administrador financeiro”.
Existem os riscos associados às decisões financeiras. Conforme Gitman
(2007, p. 11) “Os administradores financeiros avaliam as demonstrações contábeis,
produzem dados adicionais e tomam decisões com base em sua avaliação dos
retornos e riscos correspondentes”.
Discorrendo sobre os riscos na administração financeira Araújo (2004) cita
alguns fatores de risco, como: Sazonalidade do mercado; Tecnologia; Concorrência;
Estrutura de custos; Qualidade dos produtos; e Variação na taxa de juros.
O administrador financeiro deverá saber administrar os riscos financeiros
existentes no sistema financeiro, segundo Fernandes (2006, p. 317) estes riscos
encontrados “no sistema financeiro podem ser classificados em quatro grandes
categorias: risco de crédito, de mercado, de liquidez e operacionais”.
- Os riscos de crédito conforme Fernandes (2006) são ligados à falta e
atrasos de pagamentos, dos contratos acertados, por parte dos clientes,
ocasionando prejuízos a quem os forneceu;
- Os riscos de mercado para Fernandes (2006) correspondem às
variações de preços e índices determinantes para a empresa em questão;
- Os riscos de liquidez, afirma Fernandes (2006) que se refere, a como a
empresa planeja o pagamento de suas dívidas, se ela vai ter dinheiro ou não em
caixa;
- Os riscos operacionais segundo Fernandes (2006), são relacionados às
atividades burocráticas como: contratos mal elaborados, papeis administrativos sem
dar a devida importância, entre outros.
17
Dentro da área de serviços financeiros no Brasil, existe uma classificação
funcional, segundo Fernandes (2006) que é:
- Serviços de crédito, atuam basicamente na liberação de recursos
financeiros, geralmente emprestam seu capital a juros fixos e os títulos de crédito
podem ser utilizados como instrumentos de execução extrajudicial, principalmente
no caso de inadimplência. (FERNANDES, 2006)
- Serviços no mercado de capitais, trabalham com a negociação de títulos
e valores mobiliários, assim como derivativos previstos legalmente. Está dividido em
três tipos: mercado de renda fixa, mercado de renda variável e mercado de
derivativos. (FERNANDES, 2006)
- Serviços de Custodia, Garantias e Liquidação Bancaria, realizam a
custodia e liquidação de recursos financeiros, negocia garantia afiando, não seria
afiançando contratos ou avalizando títulos de crédito, instrumento utilizado para a
redução de riscos dos associados. (FERNANDES, 2006)
Na gestão financeira assim como em outras funções, é importante
lembrar, que sempre deve-se trabalhar com muita ética e responsálidade, com muita
precisão e claresa, pois é uma atividade que mexe com numeros, caso contrario,
quando se descobrir o erro, pode-se ter resultados catastróficos ou muitas vezes
sem volta, a única solução será a falência e o pior com dividas.
2.2.1 Ambiente da Administração Financeira
No ambiente da administração financeira, é fundamental compreender a
movimentação financeira em nossos empreendimentos de forma a torná-los
saudáveis e bem sucedidos.
Conforme Gitman (2007, p.04),
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador na
empresa. Os administradores financeiros devem gerir ativamente os
assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa – financeiras e não
financeiras, privadas e publicas, grandes e pequenas, com ou sem fins
lucrativos. Eles desempenham as mais diversas tarefas financeiras, tais
como planejamento, concessão de crédito a clientes, avaliação de projetos
de investimentos e captação de fundos para financiar as operações da
empresa.
A utilização do sistema financeiro no Brasil, não tem a mesma
abrangência encontrada nos países desenvolvidos, o nível das taxas de juros e
18
tarifas são conseqüências dos níveis de competitividade do setor no país e de seus
problemas institucionais, como o combate à inadimplência.
Afirma Fernandes (2006, p.01) que,
O setor financeiro de uma economia é determinante para o desenvolvimento
de um país ao permitir que a maior capacidade de poupança de alguns
agentes seja transferida para outros com melhores oportunidades e
capacidade empreendedora ou maiores necessidades de consumo.
Com a globalização as atividades econômicas estão em constantes
mudanças, tornando as atividades financeiras mais complicadas.
Segundo Gitman (2007, p. 04),
Nos últimos anos, a mudança dos ambientes econômicos e regulamentares
tem aumentado à importância das tarefas do administrador financeiro. [...]
Outra tendência importante é a globalização das atividades empresariais. As
empresas norte-americanas têm aumentado muito as vendas, as compras,
os investimentos e as operações de captação de fundos em outros paises;
empresas estrangeiras também têm incrementado essas atividades nos
Estados Unidos. Tais mudanças vêm gerando a necessidade de
administradores financeiros capazes de ajudar a gerir fluxos de caixas em
diversas moedas, protegendo-o contra os riscos que decorrem naturalmente
de transações internacionais. Embora essas mudanças tornem a função de
administração financeira mais complexa, podem levar a uma carreira mais
gratificante e satisfatória.
2.3 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O surgimento do sistema financeiro deu-se, com o fim da prática do
escambo e o objetivo era facilitar o comércio de mercadorias, utilizando-se a moeda.
O poder de compra e venda da moeda, bem como, a sua utilização como reserva de
valor impulsionou o crescimento econômico das nações.
Conforme Fernandes (2006, p.01),
O uso da moeda e dos instrumentos de crédito foi impulsionado pela
necessidade de facilitar a troca de mercadorias em relação à prática do
escambo. O poder de compra da moeda supunha-se garantido pelos
governos locais que a cunhavam, com o beneficio adicional de facilitar o
recolhimento de tributos necessários para mantê-los em contrapartida aos
serviços prestados, principalmente manutenção da ordem e segurança e
expansões pela via militar.
Assim, como os governantes previam, o comércio de mercadoria cresceu
bastante, automaticamente o volume de moedas circulando no mercado também,
facilitando com isso a atividade de meliantes. Como solução parcial para estes
problemas surgiram os títulos de crédito. Segundo Fernandes (2006, p. 01) com “O
19
florescimento do comércio tornou-se necessária à criação de títulos de crédito como
alternativa aos crescentes roubos do dinheiro utilizado para pagamento das
mercadorias utilizadas”. Então, os governantes tiveram a idéia de criar os bancos
sacadores, que emitiam letras de cambio como forma de pagamento, conseguindo
assim minimizar os roubos e o fluxo de moedas.
Fernandes (2006, p.01) explica que,
O banco sacador credor original emitia uma letra de cambio (carta de
transferência) ao banco parceiro sacado, autorizando o pagamento da
quantia especificada ao comerciante titular na praça onde o negócio de
realizaria. Inicialmente, era usual que o comerciante comprador possuísse
depósitos que lastreassem o título de crédito no banco emitente, sendo o
título apenas uma forma de proteção contra roubo, constituindo-se em
prático meio de liquidar negócio.
Com o passar do tempo os bancos perceberam que se tivessem dinheiro,
além do que os comerciantes dispunham, eles poderiam ganhar mais dinheiro ainda
emprestando-o a juros com garantias, aos comerciantes que necessitassem. Afirma
Fernandes (2006, p.01) que “Posteriormente, os bancos passaram a emprestar
recursos próprios aos comerciantes, sob garantias oferecidas, ainda que estes não
tivessem as quantias depositadas, cobrando juros pelo empréstimo e executando as
garantias em caso de não pagamento no prazo pactuado”.
Este acontecimento alavancou o sistema econômico, teve um aumento
relevante na emissão de moedas e as atividades financeiras passaram a intervir de
forma direta no aumento ou redução dos valores de bens e serviços negociados.
Segundo Fernandes (2006, p.02),
O aumento da base monetária pela emissão de moeda utilizada para
sustentar os gastos públicos dos governos e o aumento dos créditos
concedidos pelos bancos, fizeram com que o excesso de meios de
pagamento passasse a ter importância semelhante às adversidades
climáticas, pragas e roubos na inflação dos preços dos bens e serviços
negociados.
Os Bancos ou Instituições Financeiras continuaram a crescer tornando-se
especialistas em emprestar, guardar e aplicar o dinheiro dos comerciantes ou
qualquer outra pessoa, que os procurassem.
Para Fernandes (2006, p.02),
Os empréstimos, a guarda e aplicação de recursos financeiros próprios e de
terceiros tornaram-se as principais atividades das Instituições Financeiras,
as quais possibilitam aproximar a oferta (banqueiros e depositantes) da
demanda (consumidores e investidores) pelo dinheiro, agregando recursos
20
para empreendimentos e reduzindo custos e riscos dos participantes
envolvidos.
Alternativas de negócios na área financeira foram sendo desenvolvidas
pelo sistema financeiro, chegando-se à criação do mercado de capitais ou mercado
secundário.
Assim destaca Fernandes (2006, p.02),
O mercado secundário promovido pelos agentes financeiros de
intermediação, bolsas de valores, mercadorias e futuros e pelos agentes de
liquidação, oferece oportunidades de antecipação de disponibilidades
financeiras, permitindo o aumento de liquidez que acelera o crédito
disponibilizado ao setor produtivo.
Todas essas atividades de intermediação e formas de liberar dinheiro
acabaram criando um grande sistema, com regras rígidas, que é o chamado SFN –
Sistema Financeiro Nacional.
Trata-se de um conjunto de instituições que se dedicam a manter um fluxo
regular monetário entre poupadores e investidores, criando as políticas econômicas
do país.
Para que as instituições possam agir de forma coerente com a economia
do país, existem os órgãos federais garantindo a regulamentação das mesmas.
Conforme Fernandes (2006, p. 03),
As garantias exigidas e concedidas pelas Instituições Financeiras (IF) e a
alavancagem do Sistema Financeiro Nacional (SFN) são regulamentadas no
Brasil pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos
presidentes do Ministério da Fazenda (MINIFAZ), Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) E pelo próprio presidente do
Banco Central do Brasil (BACEN).
O sistema financeiro nacional do Brasil é composto por instituições
supervisoras, que mantem a regularização normativa das políticas de crédito,
cambio, seguros e transferencia de valores. Estas istitições dividen-se em entidades
monetárias e entidades de apoio.
Assim afirma Fernandes (2006, p. 25) que,
As instituiçoes operadoras do sistema financeiro nacional submetense as
instituições supervisoras que possuem autoridade monetária e/ ou
fiscalizadora vinculadas a União, respnsável por regulamentar politicas de
crédito, cambio, seguros e transferencia de valores.
21
2.3.1 Autoridades Monetárias
As autoridades monetárias atuantes no Brasil são: o Conselho Monetário
Nacional (CMN) e Banco Central do Brasil (BACEN).
2.3.1.1 Conselho Monetário Nacional - CMN
O Conselho Monetário Nacional é o órgão de maior poder e
responsábilidades dentro do Sistema Financeiro Nacional, existindo no colegiado
normativo desde 1964, algumas competêcias destinadas a ele é: estabelecer as
diretrizes das políticas monetárias, creditícia e cambial, regular as condições de
funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras.
Segundo Fernandes (2006, p. 25) o Conselho Monetário Nacional,
Foi instiruido da forma de Lei nº 4.595 / 1964 como orgão colegiado
normativo do Sistena Financeiro Nacional, atualmente na estrutura do
Ministério da Fazenda. Trata-se da instituição maior do sistema financeiro,
responsável por expedir normas gerais de contabilidade e estátistica a
serem observadas nas Instituições Financeiras, coordenar as políticas
monetárias, de crédito, orçamentária e fiscal, a dívida publica interna e
externa. O Conselho Monetário Naciona determina também a taxa de juros
de longo prazo (TJLP) e decide sobre créditos direcionados, equalização de
taxas de juros em programas de crédito incentivado e programas de auxilio
a safra agrícola via Sistema Financeiro Nacional, naturalmente em sintonia
com as previsões orçamentárias da União.
Descorrendo sobre o CMN Fortuna (2005) resalva que, este órgão de
normativas políticas, influencia diretamente na economia do país e para cacterizar
seu perfil monetário fazem parte do Conselho Monetário Nacional: o Ministro da
Fazenda, o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, e o Presidente do
Banco Central.
2.3.1.2 Banco Central do Brasil - BACEN
Órgão atuante desde 1964, vinculado ao Ministério da Fazenda, com o
intuito de regulamentação e supervisão das instituições do mercado financeiro e de
capitais. Para Fortuna (2005, p. 20) o Banco Central “É a entidade criada para atuar
como órgão executivo central do sistema financeiro, cabendo-lhe a reponsabilidade
22
de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema
e as normas expedidas pelo CMN”.
Alguns de seus principais objetivos são o controle da inflação, equilíbrio do
balanço de pagamentos e estímulos da economia nacional. Seu presidente é
indicado pelo presidente federal do Brasil, mas o mesmo só ocupara o cargo, se for
aprovado pelo senado.
Conforme Fernandes (2006, p.27),
O Banco Central do Brasil (Bacen) foi instituido na forma da Lei nº 4.595 /
1964, atuando na regulamentação e supervisão das instituições do mercado
financeiro e de capitais. Os negociantes do cambio em geral também se
submetem ao BACEN, gestor de sistemas que auxiliam na identificação de
transferencias irregulares de dividas internacionais, como a sonegação da
cobertura cambial sobre exportçães pela não conversão do valor recebido
no exterior para moeda nacional na rede credenciada oficial. O BACEN tem
responsábilidade exclusiva para operacionalizar as politicas monetárias e
cambial do Brasil. A administração direta, principalmente o Ministério da
Fazenda, influencia essas politcas mediante instrumentos fiscais, de gestão
do crédito subsidiado e do financiamento da divida pública. [...] Como toda
entidade autarquica o BACEN deve ter dotação orçamentária aprovada no
orçamento da União, não se constituindo como as agencias reguladoras de
setores econômicos que se custeiam com taxas de fiscalização. [...] O
BACEN integra a administração indireta, sendo seu presidente indicado pelo
presidente da República. O presidente do BACEN e seus diretores
indicados por ele devem ser aprovados pelo Senado Federal.
2.3.2 AUTORIDADES DE APOIO
As entidades consideradas de apoio no sistema financeiro nacional são:
Comissão
de
Valores
Mobiliários,
Banco
do
Brasil,
Banco
Nacional
do
Desenvolvimeno Econômico Social, Caixa Econômica Federal e Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
2.3.2.1 Comissão de Valores Mobiliários - CMV
A Comissão de Valores Mobiliários é um órgão normativo do sistema
financeiro, atuando na regularização e fiscalização do mercado de capitais,
principalmente as sociedades de capital aberto. Afirma Fortuna (2005, p. 22) que o
CMV foi criada, “Pela Lei 6.385, em 1976, [...] como o órgão normativo do sistema
financeiro, especificamente voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a
23
ficalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e
pelo Tesouro Nacional”.
A CMV, tem um objetivo geral, que é o fortaleciemnto do mercado de açõe
e dos demais valores mobiliários, onde para atingir este objetivo ele desmembra-o
em mais quatro pontos importantes.
Assim para Fortuna (2005, p. 24),
[...] Os objetivos fundamentais da CVM ficam caracterizados como o do
fortalecimento do mercado de ações e dos demais valores mobiliários,
atravéz do(a):
• Estímulo a aplicação de poupança no mercado secundário;
• Garantia do funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e
instiruições auxiliares que operem neste mercado;
• Proteção ao títulares de valores mobilíarios contra emissões irregulares e
outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários
nos mercados primários e secundários de ações;
• Fiscalização da emissão, do registro, da distribuição e da negociação de
títulos emitidos pelas sociedades anonimas de capital aberto.
2.3.2.2 Banco do Brasil - BB
O Banco do Brasil é uma instituição federal, controlada pela União, onde
mais da metade de seu capital é de propridade do Tesouro Nacional. Conforme
Fernandes (2006, p. 42) o Banco do Brasil atua “Como sociedade de economia
mista controlada pela União registrada na forma de banco múltiplo, tendo cerca de
75% de suas ações em poder do Tesouro Nacional”.
Tem um papel importante na economia brasileira, tendo como algumas de
suas responsabilidades a execução de políticas públicas relacionadas ao agronegócio e gerenciar os recursos públicos afim de equalizar o crédito subsidiado ao
comércio exterior. Fortuna (2005, p.24) contempla que o Banco do Brasil, “É um
conglomerado financeiro de ponta, que [...] ainda opera em muitos casos, como
agente financeiro do governo federal. É o principal executor da política oficial de
crédito rural”.
O banco mantém algumas atividades típicas de parceiros do governo
federal na prestação de serviços bancários, além dos de banco comercial.
Segundo Fortuna (2005, p. 24) as funções que o BB atua em parceria com
o governo federal, são,
• Administração a Câmara de Compensação de Cheques e outros papeis;
24
• Efetuar oa pagamento e suprimentos necessários a execução do
Orçamento Geral da União;
• A aquisição e financiamento dos estoques de produção exportavél;
• Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país;
• A operação dos fundos de investimento setorial como Pesca e
Reflorestamento;
• A captação de depósitos de poupança direcionados ao crédito rural e a
operção do Fundo Constitucional do Centro – Oeste – FCO;
• A execução da politica de preços minimos dos produtos agropastoris;
• A execução do serviço da divida publica consolidada;
• A realização, por conta própria, de operações de compra e venda de
moeda estrangeira e, por conta do BC, nas condições estabelecidas pelo
CMN;
• O recebimento, a crédito do Tesouro Ncional, das importâncias
provenientes da arrecadação de tributos ou rendas federais; e,
• Como principal executor dos serviços bancários de interese do Governo
Federal, inclusive suas altarquias, receber em depósito, com
exclusividade, as disponibilidades de quaisquer entidades federais,
compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e militares,
instituições de previdência e outras autarquias, comissões,
departamentos, entidades em regime especial de administração e
quaiquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por adiantamentos.
2.3.2.3 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
O Banco Ncional do Desenvolvimento Economico e Social, de altarquia
federal, atua visando o apoio a projetos, programas, serviços e obras voltadas para o
desenvolvimento econômico e social do país, principalmente para créditos a longo
prazo. A instituição também tem o poder executivo de determinar as empresas do
governo que poderam ser privatizadas.
Para Fortuna (2005, p. 25) o Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social, é a,
Instiruição responsável pela política de investimentos de longo prazo do
Governo Federal. É a principal instituição financeira de fomento do País e
tem como objetivos básicos:
• Impulsional o desenvolvimento economico e social do país;
• Fortalecer o setor empresarial nacional;
• Atenuar os desequilibrios regionais, criando novos polos de produção;
• Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas,
industriais e de serviços; e
• Promover o crescimento e a diversificação das exportações.
Para a execução desses objetivos, conta com um conjunto de fundos e
programas especiais de fomento. Foi da responsabilidade do BNDES,
durante os governos Collor, Itamar e FHC, o encargo de gerir todo o
processo de privatização das empresas estatais.
25
2.3.2.4 Caixa Econômica Federal - CEF
A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira, vinculada ao
Ministério da Fazenda, insentiva a poupança popular objetivando a distibuição de
recursos para habitação e saneamento básico. Conforme Fortuna (2005, p. 25) a
Caixa
Econômica
Federal
é
a
“Instituição
Financeira
responável
pela
operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e
saneamento básico, caracterizano-se cada vez mais como o banco de apoio ao
trabalhador de baixa renda”.
Opera na economia, também como outras instituições do sistema
bancário, captando depósitos à vísta, à prazo e de poupança. Fernandes (2006,
p.43) ressalta que a CEF pode “Conceder com exclusividade o crédito pessoal na
forma de penhor cívil”.
A instituição ainda detém a administração de alguns fundo e programas
especificos, como por exemplo o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Conforme Fortuna (2005, p. 26),
A CEF exerce a administração de loterias, de fundos e de programas, entre
os quais destacam-se, o Fundo de Compensação de Variações Saláriais –
FCVS, o Programa de Integração Social – PIS, o Fundo de Apoio ao
Desenvolvimento Social – FAS, o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS
e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, [...] os recursos
obtidos junto ao FGTS são direcionados, quase na sua totalidade, para as
áreas de saneamento e infra-estrutura urbana.
2.3.2.5 Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRFSN
O Conselho de Recursos de Sistema Financeiro Nacional, é um órgão
julgador das penalidades impóstas ao Banco do Brasil e Comissão de Valores
Mobiliários, referente as infrações à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de
crédito rural e industrial. Segundo Fortuna (2005, p. 26), o CRFSN foi criado em
“15/03/85, como órgão integrante do Ministério da Fazenda, para julgar, em sugunda
e ultima instância, os recursos e interpostos das decisões relativas à aplicação de
penalidades administrativas do BCe CVM”.
Com relação a administração do órgão, Fortuna (2005) afirma que o
Conselho é presidido pelo representante do Ministério da Fazenda, sendo integrado
por mais 07 (sete) conselheiros, onde todos devem ser especialistas na área
26
financeira e de capitais. Os outros sete integrantes são: um representante do Banco
Central, um representante da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Industria e Comércio, um representante da Comissão de Valores
Mobiliários e mais 4 (quatro) representantes dos mercados financeiros e capitais,
solicitados pelo Ministro da Fazenda.
2.4 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Todas ou a maior parte das empresas, mesmo as bem sucedidas, sempre
precisam arrecadar fundos, e é com este intuito, que as instituições financeiras
existem, elas tentam oferecer a melhor forma possível de liberação de crédito, assim
mantendo um crescimento econômico. Para Gtman (2007, p. 18) “As instituições
financeiras, atuam como intermediárias, promovendo a canalização das poupanças
de indivíduos, empresas e órgão de governo para empréstimos ou aplicações”.
As instituições financeiras devem seguir corretamente as diretrizes
regulamentadoras, impostas pelo governo federal. Afirma Fortuna (2005, p.27) que,
“O Manual de Normas e Instruções – MNI, preparado e editado pelo Banco Central,
estabelece, entre outras, as normas operacionais de todas as instituições
financeiras”.
O mercado das instituições financeiras é divido em duas partes,
Instituições Financeiras Monetárias e Não-Monetárias. Segundo Gtman (2007, p. 19)
estas instituições, “Atraem fundos e indivíduos, empresas e governos, combinam tais
fundos e oferecem empréstimos a indivíduos e empresas”.
2.4.1 Instituições Financeiras Monetárias
As instituições financeiras monetárias são captadoras de depósitos à vista.
Fortuna (2005, p. 27) afirma que “são as instituições que possuem depósitos à vista
e, portanto, multiplicam a moeda”.
Destacam-se como instituições financeiras monetárias, conforme Fortuna
(2005), os Bancos Comerciais, as Caixas Econômicas, os Bancos Cooperativos e as
Cooperativas de Crédito.
27
2.4.2 Instituições Financeiras Não-Monetárias
As instituições financeiras não-monetárias são captadoras de recursos
para a viabilidade de empréstimos. Para Fortuna (2005, p. 32), “São as instituições
que captam recursos para empréstimo, através da emissão de títulos e, portanto,
intermediam a moeda”.
Identificam-se como instituições financeiras não-monetárias, segundo
Fortuna (2005), os Bancos de Desenvolvimento, os Bancos de Investimentos, as
Companhias Hipotecárias, as Sociedades de Crédito Imobiliário, as Associações de
Poupança e Empréstimo, as Sociedades de Crédito ao Micro empreendedor e as
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras, onde está
ultima devido ao objetivo geral da pesquisa, a mesma será priorizada.
2.4.2.1 Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras –
SCFI
As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento pertencem ao
grupo de Intuições Financeiras que está em constante crescimento, onde as
financeiras têm papel importante na prestação de serviços de crédito. Afirma Brito
(2003, p.05) que as sociedades de crédito financiamento e investimento, “Realizam
operações de crédito a médio e a longos prazos, destacando-se por prestação de
aceite ou aval em títulos cambiais, para concessão de crédito direto ao consumidor”.
Elas destinam sua principal função em financiar bens de consumo a
pessoas físicas e jurídicas, e também empréstimos para aumentar ou manter o
capital de giro, a pessoas jurídicas. Conforme Fernandes (2006, p.48) as SCFI
“Devem conceder créditos específicos para o financiamento de compra e venda de
bens efetuados ao consumidor final ou para o empréstimo de capital de giro para
pessoas jurídicas”.
Diferentemente de bancos comerciais e instituições de poupança, as
instituições financeiras não podem receber depósitos.
Fernandes (2006, p.48), ressalta que as sociedades de crédito,
financiamento e investimento, podem,
Captar recursos no mercado com letras de câmbio de renda fixa, títulos de
valores mobiliários que não se confundem com as letras de câmbio
28
genericamente utilizadas como títulos de crédito. As SCFI estão proibidas
de coletar recursos mediante a emissão de outros títulos de valores
mobiliários, também não sendo permitida a coleta de depósitos.
O financiamento é uma dívida financeira junto a um banco ou uma
instituição comercial financeira, com um período pré-determinado para sua
liquidação. Para Silva (2000, p. 32) “Financiamento é quando uma empresa
empresta uma determinada quantia em dinheiro a uma pessoa ou a uma empresa”.
Quando a dívida é contraída, o cliente passa a assumir o valor do crédito e
o valor dos juros que são calculados de acordo com o valor do bem ou serviço em
questão. Conforme Fernandes (2006, p. 280) “Os financiamentos se distinguem dos
empréstimos por se referirem a um bem ou serviço especifico adquirido pelo
tomador dos recursos, eventualmente também utilizado como garantia real do
crédito concedido”.
Os financiamentos são aconselháveis para a expansão de negócios
lucrativos, financiamento de equipamentos, instalações, bens duráveis e etc. Não é
aconselhável para uma empresa jovem ou não lucrativa, pois poderá ter dificuldades
em honrar com o crédito recebido, e poderá vir a perder o bem, pois os contratos de
crédito também podem ser utilizados judicialmente para obtenção dos atrasos,
através da busca e apreensão do bem.
Segundo Fernandes (2006, p. 5),
Os financiamentos baseiam-se na concessão de recursos financeiros pelas
Instituições Financeiras contra a remuneração de juros pelo crédito
prometido de quitação posterior, ancorada em garantias solicitadas. As
instituições financeiras optam por emprestar seu capital a juros fixos, ainda
que indexados, financiando empreendedores e consumidores. Os títulos de
crédito são utilizados como instrumento de execução extrajudicial,
facilitando a retomada de recursos inadimplidos.
Existe um percentual permitido para a liberação do valor de crédito em
contra partida com o valor do bem ou da carteira de crédito da Financeira, e são
exigidas algumas garantias.
Descreve Fernandes (2006, p.48), que,
O financiamento de compra contratado diretamente com o consumidor final
não poderá exceder a 80% do valor da venda e terá por garantia principal a
alienação fiduciária do bem objeto da transação. As operações para
empréstimo de capital de giro não poderão ultrapassar o limite de 60% da
carteira de crédito das SCFI. Devem ter como garantia o penhor de
mercadorias de fácil colocação e difícil deterioração, a alienação fiduciária
ou a calção de recebíveis representativos de legitimas transações
comerciais.
29
2.4.2.1.1 Produtos - Modalidades de Crédito
No caso da Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento, os
produtos ou modalidades de créditos oferecidos, são para aquisições, intitulados de
financiamentos flexíveis de curto prazo. São aconselháveis para suprir necessidades
emergentes e inesperadas.
Para Fernandes (2006, p. 275),
A finalidade do crédito deve estar diretamente vinculada com necessidade
do cliente, por isso é preciso conhecê-lo detalhadamente quanto à situação
financeira e patrimonial, para oferecer-lhe uma linha de crédito compatível
com as suas necessidades de financiamento e capacidade de amortização.
2.4.2.1.2 Crédito Direto ao Consumidor - CDC
O Crédito Direto ao Consumidor é oportunamente encontrado no
comércio, oferecido ao cliente na hora da compra de bens, principalmente no caso
de veículos e eletrodomésticos, que podem ser feitas com cheques pré-datados,
carnês ou boletos bancários. Conforme Fortuna (2005, p. 191) CDC é “O
financiamento concedido por uma financeira para a aquisição de bens e serviços por
seus clientes. Sua utilização é, normalmente, para a aquisição de veículos e
eletrodomésticos”.
Os prazos variam conforme o tipo e o valor do bem financiado e a
capacidade de pagamento do comprador. As taxas de juros são fixadas pelas
instituições financeiras que operam com as lojas comerciais. Para Santos (2000, p.
26) “Trata-se de linha de crédito destinada a financiar a prestação de serviços e
aquisição de bens duráveis com amortizações mensais e fixas, já com os encargos
envolvidos”.
Os bens duráveis financiados podem ser novos ou usados, os exemplos
mais importantes desses financiamentos são os destinados à aquisição de veículos
e bens eletrodomésticos.
Geralmente, o próprio bem objeto do financiamento representa a garantia
para o banco, para o caso de quando o cliente sofre uma perda total ou parcial da
renda e não pode mais honrar com as prestações.
30
Conforme Fernandes (2006, p. 286),
O Crédito Direto ao Consumidor – CDC é um financiamento concedido
pelas financeiras e instituições bancárias com carteira de financiamento,
sendo popularmente conhecido como “crediário”. Objetiva financiar a
aquisição de bens de consumo garantidos por caução de recebíveis,
alienação fiduciária ou penhor de mercadorias. O financiamento
denominado “CDC Veículo” realizado via alienação fiduciária em garantia,
inclusive para a aquisição de veículos usados, é bastante popular no Brasil,
sendo alternativa ao leasing e ao consórcio de veículos.
A própria instituição é a responsável por analisar e liberar o crédito para o
cliente, a mesma que estipula seus prazos de crédito, quanto maior o prazo, maiores
os juros acumulados trazendo maiores lucros. O cliente poderá quitar as parcelas
antes do prazo final do contrato, mas pode estar sujeito à pagar alguma taxa por
quebra de contrato.
Discorre Fernandes (2006, p.286) que,
No Crédito Direto ao Consumidor tradicional, a análise de crédito é de
responsabilidade do banco, não sendo o comerciante coobrigado em caso
de inadimplência do cliente, limitando financiamento a 80% do valor de
venda”. As instituições financeiras podem financiar o negocio em um maior
numero de prestações, resultando em montante bem superior ao valor
principal, ou seja, com prazos maiores obtêm a margem de lucro prevista
durante uma maior parte de tempo. Isso não impede o devedor de amortizar
a divida com antecipação pagando seu saldo devedor em juros. Embora
sujeitos a Tarifa de Liberação Antecipada - TLA e a não restituição dos
tributos pagos antecipadamente.
2.4.3 Instituições Auxiliares do Mercado Financeiro
São instituições que atuam no sistema financeiro, como intermediários,
mas não podem emitir títulos. Segundo Fortuna (2005) as instituições auxiliares do
mercado financeiro são: Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários,
Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Agências de Fomento ou
Desenvolvimento, Investidores Instituicionais, Fundos Mútuos de Investimentos,
Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar, Seguradoras, Bancos
Multiplos e as Sociedades de Arrendamento Mercantíl - Leasing onde está última
devido ao objetivo geral da pesquisa, a mesma será priorizada.
31
2.4.3.1 Sociedade de Arrendamento Mercantíl - Leasing
A prática do arrendamento é um contrato onde o proprietário de um bem,
cede o direito de uso, por tempo determinado, mediante o pagamento de
prestações, semelhante a um contrato de aluguél, mas com prazos geralmente muito
maiores. Brito (2003, p.06) as sociedades arrendadoras, “Realizam operações de
arrendamento de bens adquiridos junto a terceiros, com a finalidade de uso próprio
da empresa arrendatária (arrendamento mercantil)”.
As sociedades de arrendamento mercantíl, utílizam este contrato com a
visão de melhorar os lucros das empresas, arrendando os equipamentos ou o que
as mesmas necessitarem, porquê muitas veses é mais vantajoso retirar o dinheiro
do caixa aos poucos, do que uma grande quantia de uma vez só, causando um
rombo administrativo.
Para Fortuna (2005, p. 37),
Tais sociedades nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma
atividade produtiva pode advir da simples utilização de um equipamento e
não de sua propriedade. Em linhas gerais a operação de leasing se
assemelha a uma locação, tendo o cliente, ao final do contrato, as opções
de renova-la, de adquirir o equipamento pelo valor residual fixado em
contrato ou de devolvê-lo à empresa.
As arrendadoras necessitam resgatar seus recursos de outras instituições
que disponibilizem os mesmo a longos prazos, senão elas também não terão como
emprestar.
Conforme Fortuna (2005, p.37),
As empresas de leasing normalmente captam recursos de longo prazo
como, por exemplo, através da emissão de debêntures, títulos que tem
como cobertura o patrimônio da empresa que os emitiu. As debêntures não
têm prazos fixo de resgate, e suas características podem ser bem
diferenciadas, sendo corrigidas pro diferentes índices, inclusive com
cláusula cambial.
2.4.3.1.1 Leasing
Historicamente, é conhecido no mundo desde a década de XX (vinte),
surgiu apartir de fórmulas simples e menos complexas que as de hoje, nas quais os
próprios fabricantes locavam o bem ao usuário, este normalmente uma pessoa
física, os chamados contratos de aluguel.
32
Desde os anos 20, nos Estados Unidos, registravam-se algumas
experiências pioneiras, ainda que as fórmulas empregadas se
aproximassem mais do renting (basicamente um contrato de locação), do
que posteriormente do financial leasing, como hoje o conhecemos.
(MANCUSO, 2002, p. 83)
Alguns fatores induziram ao surgimento do leasing nos Estados Unidos,
mas todos eles podem ser reduzidos a dois fatores principais, conforme Mancuso
(2002, p. 85) são “Um sistema de amortizações ficais pouco liberal e um sistema de
crédito bancário, a médio prazo, pouco desenvolvido”.
Ainda discorrendo sobre o surgimento do leasing no mundo o autor
informa que a atividade teve seu surgimento no Brasil, desde a década de LX
(sessenta).
Conforme Mancuso (2002, p. 29),
No Brasil, contratos de leasing passaram a ser estipulados em meados dos
anos 60, com a instalação das primeiras empresas em São Paulo e Rio de
Janeiro. A primeira empresa a operar com o leasing no Brasil foi a ‘Rent-aMaq’, em 1967, de propriedade do Sr. Carlos Maria Monteiro.
No Brasil o leasing cresceu muito por causa das grandes indústrias, que
utilizavam o mesmo, como forma de modernizar seus equipamentos sem ter que
comprometer seu capital de giro.
Para Mancuso (2002, p. 112),
A crescente utilização do leasing, mormente no segmento empresarial do
eixo Rio-São Paulo, se deu, a par do natural interesse despertado pela aura
de que ele vinha revestido, como instrumento hábil de financiamento de bens
de produção, sem perda do capital de giro [...].
Com toda essa expansão do arrendamento mercantil leasing, surgiu-se a
necessidade da criação de uma associação regularizadora, para orientar os atuantes
desta área, assim surgiu a ABEL – Associação Brasileira das Empresas de Leasing.
[...] ABEL – Associação Brasileira das Empresas de Leasing, fundada,
visando à atuação conjunta de seus pioneiros, à regulamentação do instituto
pelo legislador, ao saneamento das dúvidas existentes quanto à tributação
da operação, sua divulgação como uma atraente forma de financiamento de
bens que normalmente seriam incluídos no ativo fixo das empresas, além de
outras atividades salutares. (Mancuso, 2002, p.29).
O Leasing é uma atividade realizada originalmente por corretores,
passando hoje a ser exercida por bancos e instituições de financiamentos, podendo
ser adquirido por pessoas físicas ou jurídicas. Afirma Mancuso (2002, p.32) que “Os
corretores eram especializados em equipamento industrial clássico e os bancos em
materiais aeronáuticos e ferroviários”.
33
O leasing, também denominado arrendamento mercantil, é uma operação
em que o proprietário de um bem móvel ou imóvel cede ao comprador o uso desse
bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação. Segundo
Mancuso (2002, p. 18) “Fonema acoplado ao verbo to lease (alugar, arrendar), forma
a expressão leasing, que significa, portanto, ato ou processo de alugar ou arrendar,
ou seja: locação ou arrendamento”.
As empresas que vendem bens duráveis costumam apresentar o leasing
como mais uma forma de financiamento, assim assemelhando-se, no sentido
financeiro, a um financiamento que utilize o bem como garantia e que pode ser
amortizado num determinado número de "aluguéis" (prestações) periódicos,
acrescidos do valor residual garantido e do valor devido pela opção de compra.
O leasing, é um contrato pelo qual uma empresa, desejando utilizar
determinado equipamento, ou um certo imóvel, consegue que uma
instituição financeira adquira o referido bem, alugando-o ou interessado por
prazo certo, admitindo-se que, terminado o prazo locativo, o locatário possa
optar entre a devolução do bem, a renovação da locação, ou a compra pelo
preço residual fixado no momento inicial do contrato. Este conceito
corresponde à modalidade mais usual, é a do chamado leasing financeiro
[...]. (MANCUSO, 2002, p.50).
O contrato de leasing é uma operação de arrendamento ou aluguel, onde
o financiamento ocorre de forma mensal a longo prazo. Segundo Santos (2000, p.
25) “O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até
cinco anos, para os que tenham vida útil com mais de cinco anos o limite de prazos,
pode-se chegar até cinco anos”.
Por exemplo: para veículos, o prazo mínimo é de 24 meses e para outros
equipamentos e imóveis, o prazo mínimo é de 36 meses (bens com vida útil superior
a cinco anos).
Segundo Mancuso (2002, p. 42),
Os prazos mínimos do contrato de leasing estão descritos na [...] Resolução
do Conselho Monetário Nacional, de 1996. [...] se a liquidação for feita antes
desses prazos mínimos, a operação perde as características de
arrendamento mercantil e passa a ser enquadrada como uma operação de
compra e venda a prestação, implicando custos adicionais tanto para o
cliente quanto para a empresa de leasing.
A prestação de contas do leasing é efetuada através de parcela paga pelo
cliente durante o contrato de leasing, uma vez contratadas, elas não sofrem mais
alterações, somente no final do período contratado se houver uma renegociação.
Conforme Pedrotti (2000, p. 06),
34
Contraprestações, consiste no valor que deve ser pago periodicamente pela
arrendatária no curso do contrato, composto de amortização do principal e
encargos. Os prazos mínimo e maximo entre uma e outra prestação são de,
respectivamente, 30 (trinta) e 180 (cento e oitenta) dia e seu valor variará de
acordo com: Valor residual garantido escolhido; Encargos; Prazo do
contrato; Periodicidade e Taxa de depreciação.
O cliente no final do contrato de arrendamento mercantil – leasing, tem
algumas opções, para a conclusão do mesmo, renovação do contrato ou aquisição
do bem em questão.
Conforme Mancuso (2002, p. 45), ao final do contrato o cliente tem a
opção de,
Devolver o equipamento, o cliente tem o direito de não exercer a opção de
compra e pode simplesmente devolver o equipamento [...]; Comprar o
equipamento, o cliente pode adquirir o bem pelo valor fixado em contrato ou
pelo valor de mercado do bem no momento da aquisição. Neste caso, as
prestações pagas durante a vigência do contrato são amortizadas do valor
total destes bens; Renovar o contrato, o cliente pode prorrogar o contrato e
negociar um novo fluxo de pagamento.
Não é permitido ao cliente quitar e adquirir o bem antecipadamente, a não
ser que esteja previsto e acordado entre as partes no contrato de leasing.
O direito a opção pela compra do bem só é adquirido no final do prazo
estabelecido no contrato de arrendamento mercantil. No entanto, é
admitida, desde que esteja prevista no contrato, a transferência dos direitos
e obrigações a terceiros, mediante acordo com a empresa arrendadora.
(MANCUSO, 2000, p. 67).
O contrato de leasing é a forma de saber como a negociação acontecerá e
de quem são as responsabilidades, por isso mesmo deve ser realizado com atenção,
pois se trata de uma operação com características próprias.
O Imposto sobre operações financeiras (IOF) não incide nas operações de
leasing; [...] o imposto que será pago no contrato é o Imposto Sobre
Serviços (ISS); [...] os demais encargos tais como seguro, manutenção,
registro de contrato e etc.., que incidam sobre os bens arrendados são de
responsabilidade do vendedor ou do cliente, dependendo do que for
acordado no contrato de arrendamento [...].(MANCUSO, 2000, p. 71).
2.4.3.1.2 Produtos – Modalidades de Leasing
No decorrer das atividades realizadas com o arrendamento mercantil, o
leasing foi dividido em duas modalidades: Leasing Financeiro e Leasing
Operacional.
35
2.4.3.1.2.1 Leasing Financeiro
O Leasing Financeiro se assemelha a um aluguel, com a diferença que se
pode comprar o bem no final do prazo pré-determinado por um preço já estabelecido
e o vendedor não é o prorpietário, existe um intermediário, que no caso pode ser
uma instituição financeira.
Ou seja, o fabricante ou importador não figuram como locadores. Há uma
empresa que desempenha esse papel, a cuja finalidade ela se dedica.
Ocorre a aquisição do equipamento pela empresa de leasing, que contrata o
arrendamento com o interessado.Prossegue, aduzindo que o objeto de
leasing financeiro é o beneficio fiscal de que usufruem a empresa e o
cliente, [...], cujo o principal motivo de sua contratação é a venda de bens,
com a prestação de serviços. (MANCUSO, 2002, p.53).
Para Pedrotti (2000) o leasing financeiro, é contrato que prevê uma opção
de compra frente ao pagamento do valor residual garantido, e também as prestações
já pagas ao longo do contrato, devem ser suficientes para recuperar o valor que foi
desembolsado para a aquisição do bem, normalmente o prazo é estipulado
compativel com a vida útil do bem.
O conceito de leasing financeiro conforme Ferreira (2005, p.241),
No leasing financeiro ou de capital o arrendatário efetua pagamentos
periódicos ao arrendador, durante um periodo de tempo, como antecipação
do preço de aquisição do bem permanente. Via de regra, os prazos
contratuais são realizados em periodos mais próximos ao da vida
economica do bem. Normalmente a arrendatária fica responsável pelas
despesas com a manutenção dos bens. A opção de compra é realizada, em
geral, por um valor inferior ao valor de mercado do bem objeto de
arrendamento. Este contrato tem as caracteriticas de uma opeção
financeira.
Dentro do leasing financeiro são destacadas as modalidades de
Leaseback, Leasing Imobiliário, Leasing Internacional, Leasing Agricola, Finame
Leasing, Subarrendamento e Leasing de Bens Móveis e Semoventes.
Ø Leaseback ocorre quando uma empresa necessita de capital de giro.
Ela vende seus bens a uma empresa que aluga de volta os mesmos. Conforme
Pedrotti (2000, p. 07) “O leaseback ocorre quando a empresa vende um bem de sua
propriedade a empresa de leasing e simultaneamente o arrenda”.
Para Mancuso (2002) o leaseback, é um leasing de caracter financeiro,
porém, nio locatário vende o bem ao locador, para depois aluga-lo retomando-o
novamente.
36
Segundo Ferreira (2005, p.241),
Denomina-se leaseback a operção na qual o arrendatário vende um ativo à
vista para o futuro arrendador e arrenda de volta o mesmo ativo, efetuando
pagamentos fixos periódicos pelo seu uso.
Ø Leasing Imobiliário é um contrato utilizado por clientes que necessitem
comprar ou construir um bem imóvel, em forma de financiamento de médio a longo
prazo, existindo a opção de compra deste bem, após o termino do contrato.
Segundo Pedrotti (2000, p. 07) “O leasing imobiliário da-se com o contrato de
arrendamento que visa a construção ou aquisição de imóveis”.
Na modalidade Leasing Imobiliário, é obrigatorio o arrendamento apenas
para pessoas júridicas.
Conforme Fortuna (2005, p. 286) de forma geral o Leasing,
Consiste na compra de um imóvel inteiro, pronto e acabado. A arrendadora
adquiri o imóvel especificado pela arrendatária, à vista, e o arrenda. [...] o
arrendamento imobiliário, todos com pessoas jurídicas, pois o imóvel deve,
obrigatóriamente, destinar-se a atividade economica da empresa.
• Leasing Internacional é uma alternativa de financiamento para
aquisição de bens novos ou usados, produzidos no Brasil ou exterior, assegurandolhe a opção pela compra, renovação ou devolução dos bens ao final do contrato.
Afirma Pedrotti (2000, p.07) que o “leasing internacional é um contrato de
arrendamento de bens importados”.
Segundo Mancuso (2002, p. 265),
A expressão “leasing internacional” pode ser compreendida sob os pontos
de vista objetivo e subjetivo, ou seja: 1) referindo-se a operações que
envolvam bens oriundos de importação ou destinados a exportação, ou,
ainda, 2) quando as aprtes envolvidas – arrendador, arrendatário,
produtor/vendedor; instiruição financeira – situan-se em paises diversos.
• Leasin Agrícola é um contrato destinado aos produtores do setor
aropecuário, agroindustrial e demais atividades rurais, que utilização o bem
arrendado em suas atividades. Em alguns casos, dependendo da sazonalidade das
safras, as prestações podem ter prazos anuais.
Sua finalidade consiste na compra de equipamentos e implementos por
produtores agricolas. Nesse caso a periodicidade das contraprestações
pode adequar-se ao ciclo produtivo do setor, porque o agricultor depende
das safras anuais. (PEDROTTI , 2000, p. 07).
• Finame Leasing é um arrendamento realizado em conjunto com o
BNDS – Banco Nacional do Desenvolvimento, atuando através das empresas
37
credenciadas, oferecendo o leasing para maquinas e equipamentos. Segundo
Pedrotti (2000, p. 07) “este contrato de arrendamento tem sua finalidade aos bens
chamados “finamizaveis”, porque são fornecidos com recursos do FINAME”.
Conforme o Banco Nacional do Desenvolvimento, o Finame Leasing, são,
Financiamentos a sociedades arrendadoras, sem limite de valor, para a
aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional,
credenciados pelo BNDES, para operações de arrendamento mercantil. O
financiamento é concedido à empresa arrendadora para aquisição dos
bens, os quais, serão simultaneamente arrendados à empresa usuária, a
arrendatária. (http://www.bndes.gov.br/linhas/finameleasing.asp).
• Subarrendamento,
é
um
contrato
realizado
entre
sociedades
arrendadoras domiciliadas no Brasil com as de outros paises, utilizando o
subarrendamento a pesoas juridicas no pais acordado. Para Pedrotti (2000, p. 08)
“subarrendamento configura-se quando as empresas de leasing com domicilio
comercial no Brasil contratam as operações de leasing no exterior, para subarrendar
o bem e arrendatários estabelecidos no Brasil”.
• Leasing de Bens Móveis e Semoventes, arrendamento utilizado para
otimozar os bens de produção, os chados equipamentos. Pode-se exemplificar um
bem móvel e semovente, com os gados de uma fazenda.
Sob o ponto de vista economico, o arrendamento mercantil – leasing de
bens móveis e semoventes, apresenta-se como uma técnica ou um
instrumento voltado a otimizar os bens de produção, ou seja, os ditos
equipamentos. A idéia é oferecer uma alternativa mais vantajosa do que a
locação, a compra e venda com reserva de dominio ou o mutuo, de modo
que o empresário, o fornecer ou o prestador de serviço tenham melhor
desempenho na oferta de bens e serviços no mercado. (MANCUSO, 2002,
p. 236)
2.4.3.1.2.2 Leasing Operacional
O leasing operacional ou industrial tem como característica o fato de
dispensar a figura do intermediário, pois arrendador é o próprio fabricante do bem
arrendado. Nesta modalidade não intervém instituição financeira e não há
obrigatoriedade da cláusula de opção de compra.
Para Pedrotti (2000, p. 08),
O contrato de leasing operacional não amarra o arrendatário à compra do
bem arrendado, uma vez que visualiza até a sua devolução. Assim, no final
do contrato, o arrendatário poderá manifestar seu proposto de adquirir o
bem, pagando o preço de mercado.
38
No leasing operacional a arrendadora é quem arca com os custos de
manutenção dos equipamentos, a arrendataria pode desfazer o contrato bastando
apenas esperar o periodo minimo de 30 dias do início do contrato como geralmente
é determinado no mesmo, e aviso prévio a empresa ou pessoa física contratante.
Conforme Ferreira (2005, p. 241),
No leasing operacional, o arrendatário efetua pagamento periódicos ao
arrendador, durante um periodo de tempo, pela utilização de um ativo.
Pode-se dizer que este tipo de leasingcaracteriza-se por uma efetiva
locação do bem, arrendado, via de regra, por um prazo inferioir a sua vida
útil economica, ficando os encargos de manutenção por conta da
arrendadora.
Segundo Mancuso (2002, p.57) o leaseng operacional destaca-se com
algumas caracteristcas, que são,
Destacam-se entre as usuais caracteristicas básicas de leasing operacional:
o mesmo material pode ser alugado várias veses a locatários diferentes; o
locador presta serviços de manutenção da coisa locada; é dispensável a
intervensão da instituição financeira (mas, atualmente esta prática vem se
tornando frequente); tem por objeto materiais estandardizados, geralmente
mantidos em estoques pelo locador; a opção de compra deve corresponder
ao valor de mercado do bem arrendado; o ajuste pode ser antecipadamente
resolvido, mediante prévio aviso do locatário. (MANCUSO, 2002, p.57).
Ainda sobre Leasing Operacional, vale ressaltar as caracteristicas
operacionais citadas por Fortuna (2005, p. 285),
Em resumo, o leasing operacional de possuir as seguintes caracteristicas
básicas operacionais:
• O prazo minimo da operação é de 90 dias;
• O prazo maximo da operação está limitado a 75% da vida útil economica
do bem arrendado;
• O valor presente das contra prestações não poderá exceder ao valor de
90% do bem arrendado, sendo a taxa de desconto utilzada a equivalente
aos encargos financeiros constantes no contrato;
• Não é permitada a utilização do Valor Residual Garantido – VRG;
• A opção de compra do bem ao final do contrato é pelo valor de mercado;
e
• A manutenção do bem arrendado pode ser responsabilidade do
arrendador ou do arrendatário.
2.5 POLÍTICA MONETÁRIA
O Mercado Monetário, surge da relação financeira entre os agentes
existentes no nosso sistema financeiro, que são as pessoas físicas, juridicas, órgãos
governamentais e intituições financeiras.
39
Segundo Gitman (2007, p. 20),
A maioria das transações no mercado monetário envolve títulos negociaveis
– titulo de divida de curto prazo, tais como letras do tesouro, notas
promissorias comerciais e certificados negociaveis de depositos emitidos
por orgãos governamentais, empresas e instituições financeiras,
respectivamente.
Sendo as políticas monetárias um segmento da política econômica, elas
têm como principais objetivos: o controle da quantidade de moeda ofertada, o
domínio das taxas de juros de curto prazo e a garantia de liquidez necessária para
cada momento econômico.
Para Lopes e Rossetti (2005, p. 252),
A política monetária pode ser definida como o controle da oferta de moeda e
das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da
política econômica global do governo. Alternativamente, pode também ser
definida como a atuação das autoridades monetárias, por meio de
instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de controlar a
liquidez do sistema econômico.
Para o estabelecimento das diretrizes da política monetária, existe Dentro
do Conselho Monetário Nacional o COPOM – Comitê da Política Monetária.
Conforme Fortuna (2005, p. 53) o,
COPOM foi instituído em 1996, com o objetivo de estabelecer diretrizes da
política monetária e definir a taxa de juros. A criação do comitê buscou
proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório
da autoridade monetária.
Além de estabelecer as diretrizes da política monetária e analisar o
relatório de inflação, uma de suas principais atribuições é definir a meta da taxa
Selic. Fortuna (2005, p. 54) explica que, “A taxa de juros fixada na reunião do
COPOM é a meta para a taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com
lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia –
SELIC)”.
Para o sistema financeiro, a política econômica monetária é fundamental,
afinal é através de seus canais de transmissão que todas as decisões se refletem na
economia. Segundo Fortuna (2005, p. 55), “Todos os instrumentos de política
monetária, de uma forma ou de outra, são transferidos para a sociedade por meio do
sistema financeiro”.
Para que o Conselho Monetário Nacional possa alcançar os objetivos
propostos pelas políticas monetárias, o mesmo utiliza através do Banco Central os
40
instrumentos monetários. Afirma Fernandes (2006, p.159) que, o “BACEN é
responsável pela operacionalização das políticas monetárias, [...], essas políticas
são operadas em consonância com as políticas econômica e social”.
2.5.1 Instrumentos da Política Monetária
Os instrumentos da política monetária, conforme Fernandes (2006) têm
sua função básica de influenciar a oferta de moeda e a taxa de juros. Ainda para
Fortuna (2005), os instrumentos utilizados são denominados como: depósito
compulsório, redesconto ou empréstimo de liquidez, mercado aberto e controle e
seleção de crédito.
2.5.1.1 Depósito Compulsório
O depósito compulsório faz parte do controle monetário do país, é um dos
instrumentos utilizados pelo Banco Central, para controlar a quantidade de dinheiro
que circula na economia. Afirma Fortuna (2005, p. 48) que o “Depósito compulsório
sobre os depósitos à vista e sobre os recursos de terceiros regula o multiplicador
bancário, imobilizando, de acordo com a taxa de recolhimento de reserva obrigatória
fixada pelo Comércio Monetário Nacional [...]”.
Os bancos são obrigados por lei a manter parte de seus recursos dos
clientes, em uma conta do Banco Central, evitando a multiplicação excessiva da
moeda. Para Fernandes (2006, p. 161) os Depósitos compulsórios “Correspondem à
fração dos depósitos bancários que devem ser mantidos obrigatoriamente sob a
tutela do BACEN, sendo utilizado como limites instrumentais que não devem ser
infringidos em conformidade com a política monetária em vigor no país”.
Ainda para Fernandes (2006), é o COPOM – Comitê de Política Monetária
do Banco Central, quem estabelece mensalmente as frações de depósito
compulsório. Quando o COPOM estipula uma taxa para o depósito compulsório, ele
está visando o aumento ou diminuição do volume global de reservas, o comitê
analisa as taxas de duas formas, distinguem-se como política monetária
contracionistas e política monetária expansionista.
41
Para o caso de uma política monetária expansionista, Berchielli (2000, p.
103) trata-se da,
Busca de ampliar o meio circulante, o depósito compulsório apresenta maior
flexibilidade. Como se trata de entregar dinheiro aos bancos e não de retirar,
é possível fazer instantaneamente uma liberação parcial do depósito
compulsório em moeda, o que pode resolver, a curto prazo, a insuficiência
de liquidez na economia.
No caso de uma política monetária contracionista, Berchelli (2000, p. 102)
explica que é,
Aquela que pretende reduzir o estoque de meios de pagamento [...], as
alterações na taxa de recolhimento não podem ser muito grandes. Como o
depósito compulsório altera profundamente as reservas dos bancos, é
preciso que decorra algum tempo entre as alterações para o sistema
bancário se adaptar a nova taxa. Por esse motivo, não se trata de um
instrumento flexível que possa ter suas condições alteradas para corrigir o
excesso de liquidez a curto prazo, é portando, um instrumento para ação a
médio prazo.
O depósito compulsório tem a característica de atingir todos os bancos ao
mesmo tempo, tanto os que estão em boa situação de liquidez quanto aos que
passam por uma baixa na liquidez e mesmo assim tem que se submeter às regras.
2.5.1.2 Redesconto ou Empréstimo de Liquidez
Quando um banco se vê em má situação de caixa, e não quer recorrer a
outros bancos o mesmo poderá recorrer ao redesconto ou empréstimo de liquidez,
para tentar amenizar a situação. Segundo Fortuna (2005, p. 48) o redesconto ou
empréstimo de liquidez “É o socorro que o Banco Central fornece aos bancos para
atender as suas necessidades momentâneas de caixa. É, em tese, a ultima linha de
atendimento aos furos de caixa das instituições monetárias”.
Na maioria dos casos os bancos não mantêm reservas de moeda
corrente, iguais aos valores depositados à vista por seus clientes, ocasionando um
problema de liquidez.
Conforme Lopes e Rossetti (2005, p. 260) as,
Operações de redesconto é um instrumento de política monetária que
consiste na concessão de assistência financeira de liquidez aos bancos
comerciais. Na execução dessas operações, o BC funciona como banco dos
bancos, descontando títulos dos bancos comerciais a uma taxa prefixada,
com a finalidade de atender as suas necessidades momentâneas de caixa,
a curtíssimo prazo.
42
O Banco Central empresta o dinheiro aos banqueiros, mas o utiliza quase
como forma de punição, pois os juros são altíssimos, é a forma de alertá-los de que
eles estão fazendo algo de errado com a administração de seus recursos. Para
Berchelli (2000, p. 104) o BC ao “Elevar as taxas de juros nas operações de
redesconto, força os bancos a adotar uma postura mais prudente nas suas políticas
de crédito, reduzindo os empréstimos ao publico e contraindo os meios de
pagamento”.
2.5.1.3 Operações de Mercado Aberto
As operações de mercado aberto é o instrumento da política monetária
mais ágil, atua na compra e venda de títulos emitidos pelo Banco Central e Tesouro
Nacional, a aplicação no seu dia-a-dia tem por finalidade regular a oferta monetária
e as taxas de juros.
Segundo Berchelli (2000, p. 101) as operações de mercado aberto,
Representam compras e vendas, ao mercado financeiro, de títulos emitidos
pelo Tesouro ou Banco Central. Constituem o principal instrumento de
política monetária, em razão da flexibilidade e da rapidez com que podem
ser implementadas, tendo por objetivos principais controlar o volume de
reservas bancárias e influenciar a taxa de juros vigente no mercado.
Para Lopes e Rossetti (2005), o entendimento do funcionamento deste
instrumento é fácil, quando as autoridades monetárias desejam aumentar a oferta
monetária, eles resgatam os títulos de divida pública em circulação, inserindo moeda
no mercado. Já quando desejam diminuir a oferta monetária, os mesmos emitem e
injetam no mercado, os títulos da divida publica, com isso torna-se menor a oferta
monetária porque a moeda que estava em circulação, acaba aos poucos voltando
para o banco central, devido à compra dos títulos pelos bancos ou públicos.
Ainda para Berchelli (2000, p. 101) as operações do mercado aberto
acontecem,
Quando o BC compra títulos dos bancos comerciais e paga com créditos
nas contas de livre movimentação que estes possuem junto às autoridades
monetárias, aumentam as reservas livres dos bancos. Isso possibilita uma
expansão dos empréstimos ao publico. Aumentam, portanto, a base
monetária e o volume de meios de pagamento. Inversamente, ao vender
títulos aos bancos, o BC diminui as reservas livres desses bancos, o fluxo
de crédito ao publico e o volume de meios de pagamento.
43
Com as operações de mercado aberto o Banco Central pode administrar a
divida publica e também as taxas de juros, porque, o órgão ao comprar e vender os
títulos públicos, atingem diretamente os cofres do tesouro nacional, o que vêm a
influênciar de forma indireta sobre os cofres dos outros financeiros, assim
sucessivamente, alterando as taxas do tesouro ateram as outras taxas do mercado
monetário.
Conforme Berchelli (2000, p.102) o intrumento de operações de mercado
aberto, também tem como consequencia a,
Sua influêcia sobre a estrutura de taxa de juros no mercado monetário: ao
comprar e vender títulos públicos, o BC afeta não apenas as reservas dos
bancos comerciais, mas também o volume de títulos do Tesouro em poder
do público. Ao variar a composição da dívida pública, são influenciadas as
taxas de juros dos demais ativos financeiros. Assim, essas operações são
também uma forma de se administrar a divida pública.
De forma geral as operações de mercado aberto possibilitam,
• O controle permanente do volume de moeda ofertada ao mercado;
• A manipulação das taxas de juros de curto prazo;
• Que as instituições financeiras realizem aplicações a curto e curtissimo
prazo de suas disponibilidades monetárias osciosas; e
• A garantia de liquidez para os títulos públicos. (FORTUNA, 2005. p.48).
2.5.1.4 Controle e Seleção de Crédito
Este instrumento da politica monetária utilizado pelo Banco Central, para o
controle direto sobre a liberação de crédito no país, controlando o volume, as taxas e
os prazos. Para Fortuna (2005, p. 49) o “Controle e a seleção de crédito constituem
um instrumento que impõe restrições ao livre funcionamento das forças de mercado,
pois estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do crédito”.
As atividades de controle vindas deste instrumento, podem ser realizadas,
segundo Fortuna (2005, p. 49) através do “Controle do volume e destino do crédito,
o controle das taxas de juros, a fixação de limites e as condições de crédito”.
O controle e seleção de crédito não se destina apenas aos bancos
comerciais, também estende-se as instituições não-monetárias, atingindo passivos
que não são representados pela moeda.
Conforme Lopes e Rossetti (2005, p. 268),
Tradicionalmente, à semelhança dos demais instrumentos monetários, o
controle e a seleção do crédito era utilizado para direcionar os recursos
44
captados pelos bancos comerciais. Gradativamente, porém, este
instrumento passou a ser estendido às demais instituições financeiras não
bancárias, com relação as quais as autoridades monetárias detêm poderes
semelhantes aos aplicados ao sistema bancário.
No Brasil este controle é usado de forma generalizada afirma Lopes e
Rossetti (2005) que os empréstimos dos bancos comerciais destinados à agricultura,
à indústria, ao comércio e a outras finalidades, são ditadas pelo Banco Central.
Como este instrumento passa pela intermediação de diversos setores da
economia, é díficil para as autoridades monetárias, terem a certeza de que o
especificado nos contratos de crédito, estão sendo seguidos, para isso, as partes
envolvidas realizam reuniões frequentemente.
Segundo Lopes e Rossetti (2005, p. 269),
A lógica inerente ao funcionamento deste instrumento de política monetária
é de que, existindo interesses coincidentes das autoridades monetárias e do
sistema bancário, basta que aquelas façam uma explanação clara e franca
dos objetivos da politica monetária aos banqueiros para que estes passem a
agir voluntariamente na direção pretendida pelo Banco Central. No caso
brasileiro [...] a utilização de frequentes encontros das autoridades
monetárias com representantes das instituições financeiras, a fim de que
sejam removidas divergências existentes. Outra forma alternativa de ligação
e de colaboração é a participação de elementos ligados à área financeira
em órgãos colegiados do governo central, como o CMN, onde efetivamente
se estabelecem as diretrizes da politica monetária.
2.5.2 Meios de Pagamento
O bom uso da moeda na sociedade é indispensável para o bom
funcionamento do sistema economico de um país. Ela pode ser de papel ou de
metal, que vale da mesma forma, sempre tendo mais importância que outros títulos,
como as ações ou títulos do tesouro, isso porque com a mesma pode-se comprar
qualquer mercadoria. Segundo Berchelli (2000, p. 17) a caracteristica primordial da
moeda é de a mesma “Conferir poder de compra generalizado ao seu portador, isto
é, a moeda pode ser trocada por qualquer mercadoria”.
Por essa caracteristica a moeda se torna um ativo de total liquidez, poís a
liquidez é a facilidade que um ativo tem pra ser trocado por moeda. Assim afirma
Berchelli (2000, p.18) que, “Liquidez é o grau de conversibilidade de um ativo em
moeda. Ou seja, é a capacidade de ser transformado em moeda num curto espaço
de tempo, com custos de transação reduzidos e perda de valor pouco significativa”.
45
Pode-se mencionar como exemplo de um ativo de baixa liquidez, o caso
da venda de uma casa, para o proprietário tranforma-la em moeda, ele terá que
investir em publicidade e depois ficar aguardando um comprador, o que pode levar
algum tempo.
Conforme Berchelli (2000, p. 19) é,
Comum classificar os ativos em ordem decrescente de liquidez, começando
pela moeda manual e os depósitos à vísta, passando por outros ativos
financeiros não-monetários, como títulos públicos (em geral, altamente
negociáveis), depósitos de poupança e a prazo, e títulos privados, até
chegar aos bens físicos de diversos tipos (imóveis, carros, telefones,
maquinas), com baixa liquidez.
Dentro deste fluxo de moedas do sistema monetário, existem três tipos
saldos da moeda, que são: o saldo de papel moeda emitido, o saldo de papel moeda
em circulação e o saldo de papel moeda em poder do público as diferentes meios de
pagamento, os mesmos influênciam os meios de pagamento.
Segundo Berchelli (2000, p. 19) os conceitos destes intitulados saldos é,
• Saldo de papel-moeda emitido (PME): representa o total de moeda
manual criado pela Casa da Moeda a pedido do Banco Central. Esse
montante de moeda emitido encontra-se em poder do público nãobancário, no caixa (encaixes em moeda manual) do sistema bancário
comercial ou no caixa do próprio Banco Central.
• Saldo de papel-moeda em circulação (PMC): define-se como a diferença
entre o saldo de papel moeda emitido (PME) e o caixa do Banco Central,
• Saldo de papel-moeda em poder do público (PMPP): é representado pela
diferença entre o saldo de papel moeda em circulação e o caixa do
sistema bancário comercial.
Os meios de pagamento são ativos dispostos no sistema monetário que
podem ser usados automaticamente, sem restrição alguma, para pagamentos a
terceiros, estes meios de pagamentos são divididos em M1, M2, M3 e M4. Conforme
Berchelli (2000, p.20) os meios de pagamento “Numa definição restrita, devem ser
compostos por quaisquer ativos utilizados correntemente na aquisição de bens e
serviços”.
2.5.2.1 Meios de Pagamento no Conceito M1
O M1 é a forma agregada de meios de pagamento, para os ativos de alto
grau de liquidez, estes representados pelo saldo de papel moeda em poder do
publico e pelos depósitos à vista, constituindo o conceito restrito de moeda. Para
Berchelli (2000, p. 20) defini-se “Meios de pagamento no conceito M1, ou
46
simplismente M1, como a soma do saldo de papel moeda em poder do publico
(PMPP) e dos depósitos à vísta (DV) ou M1 = PMPP + DV.
Ainda segundo Fortuna (2005, p. 50) o M1,
No seu sentido mais restrito, a moeda ou os ativos monetários são
denominados como M1 e definidos como papel-moeda em poder do público,
mais os depósitos à vísta nos bancos comerciais, públicos e privados, aí
incluidos o Banco do Brasil e a carteira comercial da Caixa Econômica.
Neste sentido, o M1 é gerado pelas instituições emissoras de haveres
estritamente monetários. O M1, compreende, portanto, o dinheiro que tem
liquidez total, é aceito livremente e não gera rendimentos por si só.
São as Autoridades Monetárias, afirma Fortuna (2005) as responsáveis
por definirem o volume necessário do M1 (papel moeda), as metas
de crédito
público e privado são quantificadas através do Orçamento Monetário. As autoridades
monetárias autorizam via Banco Central a emissão de moedas e os bancos
multiplicam esta moeda ou criam dinheiro por meio de empréstimos.
Conforme Berchelli (2000, p. 20),
O agregado M1 é o mais tradicional dos cenceitos existentes sobre a
moeda, também denominado conceito restrito de moeda. Ele representa o
volume de recursos prontamente disponíveis ao setor privado não-bancário
da economia para o pagamento de bens e serviços, ou seja, recursos de
alto grau de liquidez.
2.5.2.2 Meios de Pagamento no Conceito M2
O conceito M2, enquadra-se no título de ativos quase-moeda, ele possui
um grau menor de liquidez que o M1 – a Moeda. Segundo Berchelli (2000, p. 21)
“M2 = M1 + Títulos Federais, Estaduais e Municipais em poder do público + Fundos
do Mercado Monetário. Uma vez que esses ativos tem liquidez menor que aquele
que compõem o M1, podemos afirmar que M1 tem liquidez média maior que M2” .
Alguns dos ativos do M2 podem vir a possuir liquidez muito alta, sendo
semelhante ao depósitos à vísta, por esta razão o Conselho monetário Nacional e o
Banco Central o entitula de quase-moeda.
Para Fortuna (2005, p. 50) o,
M2 é o conceito de moeda que, além do M1, inclui os depósitos especiais
remunerados, depósitos em poupança e os títulos emitidos em mercado
primário pelo sistema emissor representado pelo sistema financeiro e suas
instituições financeiras (depósito a praso, letras de câmbio, letras
imobiliárias e letras hipotecárias), ai não incluidas as cotas do fundo de
renda fixa.
47
2.5.2.3 Meios de Pagamento no Conceito M3
O M3 é o conceito de pagamento que contém todas as captações do
mercado interno do sistema financeiro, também considerado quase moeda, e soma
com o conceito do M2. Conforme Berchelli (2000, p. 21) o M3 é “outro conceito de
quase moeda. Ele abrange o M2 mais as cadernetas de poupança em poder dos
agentes econômicos, Tesouro Nacional, Sociedades de Crédito Imobiliário,
Associações de poupança e empréstimos”.
Na visão de Fortuna (2005, p. 50) o,
M3 é o conceito de moeda que, além do M2, inclui as cotas de fundos de
renda fixa (excluídos o lastro em títulos emitidos em mercado primário pelas
instituições financeiras) e as operações compromissadas com títulos
federais do restante da econômia junto ao sistema emissor, representado
pelo sistema financeiro, e que funciona como moeda para o efeito de
transações no sistema. Na realidade, o M3 agrega todas as captações do
sistema financeiro no mercado interno, com instrumentos de alta liquidez.
2.5.2.4 Meios de Pagamento no Conceito M4
O M4 é o mais abrangente dos meios de pagamento, inclui o M3 e o
sistema emissor representado pelos governos, correspondendo aos títulos publicos
federais, estaduais e municipais, que estiverem em poder do setor não-financeiro.
Berchelli (2000, p. 22) afirma que,
O cenceito mais amplo de moeda é denominado M4. Ele indica o volume de
poupança financeira, isto é, a massa de recursos em poder dos indivíduos e
das empresas não-financeiras que pode ser, potencialmente, utilizada para
o pagamento de bens e serviços. M4 = M3 + títulos privados, como
depósitos a prazo, letras de câmbio e letras imobiliárias.
É atraves dos meios de pagamento que o Banco Central, tenta controlar a
quantidade de oferta de moeda na econômia, pois é a quantidade disponível do
mesmo que indica seu valor.
Assim, segundo Fortuna (2005, p. 51) o,
Banco Central, através do controle do M4, que envolve os ativos monetários
– M1 e não monetários – os demais M, procura controlar a oferta total de
moeda na econômia, já que a oferta de dinheiro está diretamente
relacionada aos preços, e, dessa forma, impedir a violação do princípio de
que a limitação do volume de dinheiro em circulação no País é uma
condição necessária para que ele mantenha seu valor.
48
2.5.3 Base Monetária
Economicamente, a base monetária de forma restrita, refere-se a criação
primária da moeda, ao volume de dinheiro ou a oferta de deste. Segundo Berchelli
(2000, p. 25) a “agregação das contas papel-moeda emitido + depósitos no Banco
Central, constitui o chamado passivo monetário do Banco Central, mas usualmente
conhecido como Base Monetária, ou ainda Moeda de alto poder”.
Ainda para Berchelli (2000, p. 24) os conceitos para Papel-Moeda Emitido
e Depósitos no Banco Central, são,
Papel-Moeda Emitido: é o saldo do papel-moeda emitido. Admitindo que os
encaixes em moedas do Banco Central sejam iguais à zero, este montante
é igual ao saldo do papel-moeda em circulação. Este, por sua vez, encontrase me poder do público não-bancário ou no caixa do sistema bancário
comercial.
Depósitos no Banco Central: são depósitos a título de reservas
compulsórias e voluntárias. Quando um agente deposita certa quantia numa
conta corrente, o banco receptor do depósito é obrigado a depositar parte
daquele montante no Banco Central. Esse montante equivale ao depósito
compulsório.
O Banco Central é o principal controlador da base monetária, o mesmo
autoriza a emissão de papel-moeda e pode aumentar a taxa do compulsório sobre
depósitos à vista, reduzindo a base monetária ou vice-versa.
Fernandes (2006, p. 175) afirma que,
A base monetária e os meios de pagamento são rigorosamente monitorados
pelo BACEN que tem como alterá-los objetivando atender as metas de
inflação. O papel-moeda emitido corresponde ao total de moeda legalmente
existente na economia, cuja emissão foi autorizada pelo BC ou pelo
Governo.
A inflação em poucas palavras é a média de altas e baixas do nível geral
dos preços no mercado, atingindo níveis políticos, sociais e econômicos. Conforme
Rossetti (2005, p. 308) a inflação pode ser conceituada como “Um fenômeno
macroeconômico, dinâmico e de natureza monetária, caracterizado por uma
elevação apreciável e persistente do nível geral dos preços”.
O Banco Central ainda apresenta um outro conceito para a base
monetária, este sendo mais amplo, não abrangendo apenas o total de papel-moeda
em circulação somado às reservas bancárias, mas também os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional, Compulsórios em espécie e títulos emitidos pelo Banco Central.
49
Discorre Fortuna (2005, p. 52) que,
Ao final de 1994, foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional um novo
conceito de base monetária ampliada, definida como o passivo monetário e
mobiliário interno federal. Por esse novo conceito, além do papel-moeda
emitido e das reservas bancárias, foram incluídos nesta base os saldos dos
títulos emitidos pelo Banco Central e todos os títulos de emissão do tesouro,
além dos recolhimentos compulsórios feitos em espécie.
O conselho monetário nacional, através de seu Comitê e do Banco
Central, utiliza todos esses meios e instrumentos para garantir uma boa gestão do
mercado monetário, mas apenas estes, não são suficientes, existem ainda outras
políticas, em comum neste sistema monetário, que são: Políticas Cambiais, Políticas
Fiscais e Políticas de Renda, onde a Fiscal e de Rendas, terão seus conceitos
explanados, devido ao objetivo desta pesquisa.
2.6 POLÍTICA FISCAL
O governo federal, assim como uma empresa, uma família ou qualquer
outra instituição, têm seus orçamentos e prescisam de políticas para regulá-los, a
politica fiscal é utilizada para a regulamentação do orçamento governamental
federal. Conforme Fortuna (2005, p. 55) é a “Política de receitas e despesas do
governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercidas sobre os
agentes economicos, bem como a definição dos gastos do gonverno, que tem como
base os tributos captados”.
Quando o orçado não ocorre e o governo gasta mais do que pode, isto
implicará em um deficít público, diretamente ligado dívida publica do país. Segundo
Oliveira e Pacheco (2006, p. 54) no “caso de um governo, seja ele municipal,
estadual ou federal, quando o montante arrecadado na forma de tributos é inferior ao
montante de gastos, verifica-se a existencia de um déficit público”.
Para que o governo não tenha que financiar este déficit, afirma Oliveira e
Pacheco (2006) que o mesmo terá que aumentar a arrecadação de impostos, mas
elevando as cargas tibutárias, poderá ter consequencias negativas, porque
geralmete reduzirá o nível de poupança privada, diminuirá as rendas disponíveis,
diminuindo também o nível de consumo e insvestimentos. Para Fortuna (2005, p.
55)
a política fiscal “Tem forte impacto sobre a política monetária e,
50
especificamente, sobre o crédito, a medida que os prazos de recolhimento de
impostos afetem o fluxo de caixa dos agentes econômicos”.
Caso a elevação dos tributos não seja suficiente, o déficit orçamentário
deverá ser financiado, através da venda de títulos emitidos pelo governo,
ocasionando o que chama-se de dívida pública. Assim, Oliveira e Pacheco (2006, p.
54) explica que a “Dívida pública interna do país é financiada basicamente por
empresas, investidores institucionais e pessoas físicas brasileiras, que são aquelas
que adquirem os títulos públicos emitidos pelo governo”.
Considera-se uma política fiscal adequada quando a mesma pode
neutralizar o endividamento interno do tesouro.
Segundo Fortuna (2005, p. 56),
Para aumentar as receitas, é necessária uma reforma Tributária que
melhore a capacidade arrendadora. Para reduzir as despesas, uma reforma
Administrativa que diminua salários e custeio e uma política monetária mais
suave que trabalhe com taxas de juros menores. A reforma da Previdência
poderá ajudar tanto na redução do custo quanto no aumento da receita.
2.7 POLÍTICA DE RENDAS
A política de rendas é o controle exercido diretamente pelo governo sobre
a remuneração das atividades produtivas envolvidas na econômia do país, como a
tabulação de preços, lucros, sálarios entre outros.
Conforme Oliveira e Pacheco (2006, p. 71) a,
Política de rendas representa todo e qualquer controle exercido pelos
governos sobre a remuneração dos fatores de produção (exceto juros), que
são os salários (que remuneram a mão-de-obra), depreciações (máquinas e
equipamentos), royalties (recursos naturais e capital intelectual), lucros
(produção) e dividendos (capital).
Esta política visa o crescimento equilibrado das rendas na economia, para
uma melhor aplicação os bens e serviços são divididos em dois grupos, os:
transacionáveis com o exterior e os não transacionáveis.
Segundo Fortuna (2005, p.63) os,
Bens e serviços de uma economia podem ser divididos em:
• Tradeables (transacionáveis com o exterior) – cujos preços dependem
mais das condições vigentes nos mercado internacionais e de câmbio;
• Non-tradeables (não-transacionáveis) – cujos preços dependem mais das
condições de oferta e demanda internas tais como os serviços privados
(aluguéis e etc.) e as tarifas públicas.
51
As diretizes da política de rendas são criadas pelo Conselho Monetário
Nacional. Oliveira e Pacheco (2006, p.71) afirma que a,
Implantação ocorre pela negociação com grupos organizados do país, como
sindicatos, podendo ocorrer em ambientes formais, como câmaras setoriais
ou em ambientes informais, com o objetivo de controlar sálários e preços
dos produtos finais ou intermediários da economia. Po exemplo: o controle
do preço dos combustiveis representa uma das formas de exercer uma
política de rendas.
52
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos
utilizados para a realização desta pesquisa.
Os procedimentos metodológicos definem o modo de execução, bem
como a busca de dados para obter o resultado desejado. Conforme Oliveira (1999,
p. 59) “[...] o papel do método na pesquisa cientifica, [...] significa caminhos para se
chegar a um objetivo [...], facilitando a coleta de dados e a sua interpretação”.
Também segundo Gil (1996, p. 06) “Método é um conjunto de etapas,
ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo
de uma ciência ou para alcançar determinado fim”.
No decorrer deste capítulo será mostrado o levantamento de dados, o
local, o tipo de pesquisa, a população e amostragem, a analise e a interpretação de
dados utilizados na pesquisa.
3.1 TIPOS DE PESQUISA
A pesquisa é uma ferramenta que é solicitada quando as informações são
insuficientes para que se possa diagnosticar e solucionar o problema apresentado.
Segundo Andrade (2005, p. 121) “Pesquisa é um conjunto de procedimentos
sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções
para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos”.
Ela tem por objetivo dar respostas às duvidas que existem em todas as
áreas da ciência, utilizando uma série de conhecimentos práticos e teóricos.
Conforme Oliveira (1999, p. 117) “A pesquisa tem por objetivo estabelecer uma serie
de compreensões no sentido de descobrir respostas para as indagações e questões
que existem em todos os ramos do conhecimento humano [...]”.
Existem vários enfoques de pesquisa, classificados quanto à natureza,
quanto aos objetivos, quanto aos procedimentos e quanto ao objeto. Nesta pesquisa
será realizada a pesquisa bibliográfica, descritiva e de campo.
53
3.1.1 Pesquisa Bibliográfica
A execução da pesquisa bibliográfica é de fundamental importância na
elaboração da fundamentação teórica, sendo utilizado livros que apresentem as
diferentes maneiras de contribuições cientificas, sobre cada item pesquisado. As
fontes para a pesquisa bibliográfica do presente estudos foi efetuada através de:
livros de leitura corrente, livros de referencia e publicações periódicas.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há
pesquisas desenvolvidas exclusivamente apartir de fontes bibliográficas.
(GIL, 1996, p.48).
3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo
Foi utilizada a pesquisa descritiva, por que a mesma tem como objetivo
primordial, a descrição das características de determinadas populações ou
fenômenos.
Conforme Lakatos e Marconi (2001, p. 184),
Uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de
coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática [...],
destaca-se também na pesquisa descritiva, aquelas que visam descrever
características de grupos (idade, sexo, procedência etc.), como também a
descrição de um processo numa organização, o estudo do nível de
atendimento de entidades, levantamento de opiniões, atitudes e crenças de
uma população, etc.
O trabalho em questão utilizará, também, a pesquisa de campo, pois terá
por objeto principal a coleta de informações diretamente no local de pesquisa e,
afirmam Lakatos e Marconi (2001, p.186), “A pesquisa de campo é aquela utilizada
com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um
problema, para o qual se procura uma resposta [...], pesquisando diretamente no
local”.
3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA
A abordagem metodológica permite que o pesquisador selecione a forma
correta para que consiga obter de forma mais segura e verídica os dados para a
54
interpretação da pesquisa.
A abordagem quantitativa e a qualitativa são dois métodos diferentes pela
sua sistemática, e, principalmente, pela forma de abordagem do problema
que esta sendo objeto de estudo, precisando, dessa maneira, estar
adequado ao tipo de pesquisa que se deseja desenvolver. (OLIVEIRA, 1999,
p. 115).
O método de abordagem deste trabalho foi quantitativo, pois este método
possibilitou levantar e quantificar os dados que darão suporte para a conclusão
desta pesquisa.
3.2.1 Abordagem Quantitativa
Consiste em quantificar dados e opiniões empregando recursos e técnicas
estatísticas. Segundo Vianna (2001, p. 121) “Neste tipo de trabalho cientifico você
deverá envolver dados numéricos, trabalhando apartir de procedimentos estatísticos
variados e adequados a cada situação especifica”.
Esta abordagem é utilizada na execução das pesquisas descritivas, que
procura classificar e descobrir a relação entre variáveis. Conforme Chizzotti (2005, p.
137) “Usa-se para esta pesquisa uma analise estatística para mostrar a relação
entre variáveis por gráficos, classificada por categorias e medida por cálculos de
parâmetro característicos ou para mostrar a relação entre variáveis”.
Na execução desta pesquisa com abordagem quantitativa, auxiliará no
diagnóstico do objeto de estudo, bem como na verificação dos dados necessários.
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população e amostra é um conjunto de elementos formados por
subconjuntos, onde são destacadas algumas características para a analise de um
todo.
A população ou universo é o conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características. A amostra refere-se ao subconjunto do
universo ou da população, por intermédio da qual se estabelecem ou se
estimam as características desse universo. (GIL 1996, p. 51).
Com base nessa teoria, a população desta pesquisa compreenderá o
universo das dez maiores instituições financeiras (Banco do Brasil, Banco Bradesco,
Caixa Econômica Federal, Banco Banrrisul, Banco Itaú, Credsulca, Credja, Banco
55
Panamericano, Banco Finasa e BV Financeira), que oferecem CDC e Leasing a
clientes do segmento de revendedores de veículos e motocicletas, instaladas na
cidade de Araranguá – Santa Catarina.
3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Esta etapa é a fase em que se inicia a aplicação dos instrumentos
elaborados e das técnicas escolhidas, com o objetivo de se realizar a coleta dos
dados previstos. Como instrumento de coleta de dados será utilizado um
questionário que, segundo Gil (1996, p. 62):
Refere-se a uma das mais importantes técnicas disponíveis para a obtenção
de dados, sendo uma técnica de investigação composta por um número,
mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito as pessoas,
tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos,
interesses, expectativas, e, situações vivenciadas.
A coleta de dados é uma dos passos mais importantes na pesquisa, pois é
através dela que se obterão as informações para a analise conclusiva do projeto.
Para o trabalho de pesquisa em questão será aplicado um questionário
contendo 23 perguntas fechadas e 02 perguntas abertas, num total de 25 questões.
O mesmo será entregue pessoalmente aos gerentes das instituições, a fim de
averiguar com precisão e clareza as respostas.
56
4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA
Tabela 1: A escolha pela contratação de um CDC
VARIÁVEIS
Menos burocrático
A possibilidade de liquidação
antecipada
O fato de o veículo permanecer em
nome do financiado
Na comparação com outro produto, o
CDC apresenta um custo menor
Permite a transferência do contrato
para terceiros
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
2
%
17
5
42
4
33
0
0
1
8
12
100
Menos burocrático
0%
8%
17%
A possibilidade de liquidação
antecipada
33%
42%
O fato de o veículo
permanecer em nome do
financiado
Na comparação com outro
produto, o CDC apresenta um
custo menor
Permite a transferência do
contrato para terceiros
Figura 1: A escolha pela contratação de um CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
De acordo com a pesquisa realizada, a figura 1, demonstra que 42% das
instituições financeiras pesquisadas afirmam que seus clientes optam por contratar
CDC, pelo motivo do produto facultar a liquidação antecipada. Pois podendo ser
quitado antes do prazo estipulado o cliente poderá ter a chance de negociar o bem
ou simplesmente acabar com uma dívida, estando livre para outros negócios. Em
segundo lugar com 33% da amostra a escolha deu-se em função do veículo
permanecer em nome do financiado. Algumas pessoas acreditam que o fato de o
bem estar em seu nome é uma garantia de um negócio mais seguro. A opção menos
burocrática ficou com 17%. Considera-se um percentual alto, já que o CDC é quase
tão burocrático quanto o Leasing. 8% da amostra escolheram a alternativa que
57
permiti a transferência do contrato para terceiros. Diante desta respostas, percebese que o cliente busca a contratação do CDC, porque o produto parece lhes oferecer
mais segurança, principalmente para casos de inadimplência, pois o cliente pode
repassar este bem ficando mais fácil de desfazer do mesmo.
58
Tabela 2: A escolha de um Leasing por um cliente pessoa física
VARIÁVEIS
Na comparação com outro produto, o Leasing
apresenta um custo menor
Pretende permanecer com o bem até o final do
contrato
O fato da propriedade do veículo permanecer
em nome da Cia de Leasing
É possível a devolução do bem, numa eventual
dificuldade de liquidez
Baixo valor residual à vista
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
%
9
90
0
0
1
10
10
0
100
Na comparação com outro
produto, o Leasing apresenta
um custo menor
0%
10%
Pretende permanecer com o
bem até o final do contrato
0%
O fato da propriedade do
veículo permanecer em nome
da Cia de Leasing
90%
É possível a devolução do
bem, numa eventual
dificuldade de liquidez
Baixo valor residual à vista
Figura 2: A escolha de um Leasing por um cliente pessoa física
Fonte: Dados do Pesquisador
A figura 2 apresenta que 90% dos clientes pessoa física, na opinião das
instituições financeiras pesquisadas, escolhem pela contratação de um Leasing pelo
fato de, na hora da compra na comparação de valores, o Leasing se apresenta com
um custo mais baixo. Isto significa que muitas vezes os clientes não estão muito
interessados em vantagens ou desvantagens, mas sim, apenas no valor da parcela.
A alternativa de ser possível à devolução do bem, numa eventual dificuldade de
liquidez, pontuou com 10%. Está opção deveria ter uma porcentagem mais
significativa, pois caso contrário, o cliente pode ficar impossibilitado de usar seu
nome, até que a dívida esteja quitada. A opção de baixo valor residual à vista,
pretende permanecer com o bem até o final do contrato ou o fato da propriedade do
veículo permanecer em nome da Cia de Leasing, não pontuaram.
59
Tabela 3: A escola de um Leasing por um cliente pessoa jurídica
VARIÁVEIS
A dupla vantagem fiscal
Elevado grau de imobilização do
Patrimônio Líquido
Liberação do Capital de Giro
Melhora dos índices financeiros
Não há necessidade de desembolso
imediato, ou seja, o Leasing é feito
pelo valor integral do bem
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
5
%
50
1
10
1
2
10
20
1
10
10
100
A dupla vantagem fiscal
Elevado grau de imobilização do
Patrimônio Líquido
10%
20%
50%
Liberação do Capital de Giro
Melhora dos índices financeiros
10%
10%
Não há necessidade de desembolso
imediato, ou seja, o Leasing é feito
pelo valor integral do bem
Figura 3: A escolha de um Leasing por um cliente pessoa jurídica
Fonte: Dados do Pesquisador
Conforme se vê na figura 3, a opção de maior escolha pelos clientes
pessoas jurídicas para a contratação de um Leasing, foi a de dupla vantagem fiscal
com 50%. Porque os valores contratados abatem diretamente no imposto de renda
do cliente. 20% optam por Leasing, por causa da melhora dos índices financeiros.
10% ficaram com o elevado grau de imobilização do PL. Outros 10% com a
liberação do capital de giro e por fim mais 10% para a não necessidade de
desembolso imediato. Pode-se dizer que o Leasing é um bom negócio para uma
empresa, pois a mesma poderá comprar uma máquina, arrendá-la pelo valor
integral, não precisará mexer no capital de giro, podendo investir em outras
operações, aumentando seus índices financeiros, mantém seu patrimônio líquido
sem maiores alterações e ainda diminui o valor do imposto de renda.
60
Tabela 4: A parceria das instituições com as revendas
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
5
5
10
%
50
50
100
Sim
50%
50%
Não
Figura 4: A parceria das instituições com as revendas
Fonte: Dados do Pesquisador
Demonstra a figura 4, que das instituições financeiras pesquisadas, onde
ao realizarem o CDC e Leasing de veículos leves e motocicletas atuam em parceria
com lojistas se encontra divida em 50% sim e 50% não. A parceria com clientes é
geralmente utilizada por instituições que são focadas apenas na prática destes
produtos, pois para elas quanto maior for a sua fatia de mercado melhor serão as
chances de negócios, afinal quando uma loja oferece a marca de uma instituição na
hora da venda, a mesma está fazendo seu serviço de vendedor, sem que a
instituição tenha que estar lá no momento da venda. Um exemplo de instituição que
não realiza parcerias é a Caixa Econômica Federal, que já tem seus próprios
clientes.
61
Tabela 5: Os participantes das parcerias
VARIÁVEIS
Com revendas autorizadas
Com qualquer tipo de revenda (novos/
usados/ multimarcas)
Financia somente clientes e não toma
conhecimento da revenda
Atende somente clientes com limites
pré-aprovados
Atende clientes e não clientes
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
1
%
10
3
30
3
30
0
3
10
30
100
Com revendas autorizadas
Com qualquer tipo de revenda
(novos/ usados/ multimarcas)
10%
30%
30%
0%
Financia somente clientes e
não toma conhecimento da
revenda
Atende somente clientes
com limites pré-aprovados
30%
Atende clientes e não
clientes
Figura 5: Os participantes das parerias
Fonte: Dados do Pesquisador
Nota-se na figura 5, que existem 3 opções empatadas com 30%. A
alternativa que diz atender clientes e não clientes e a alternativa que financia
somente clientes e não toma conhecimento da revenda, enquadram-se nas
instituições que não realizam parcerias, as mesmas são independentes. Já a
escolha por qualquer tipo de revendas, são as instituições com o foco em CDC e
Leasing, onde essas revendas são os seus maiores pontos de venda. E por fim com
10%,
parcerias
concessionárias.
apenas
com revendas
autorizadas,
que
é
o
caso
das
62
Tabela 6: O benefício oferecido pela instituição em dinheiro
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
7
3
100
%
70
30
100
30%
Sim
Não
70%
Figura 6: O benefício oferecido pela instituição em dinheiro
Fonte: Dados do Pesquisador
De acordo com a figura 6, mesmo não mantendo parcerias, algumas
instituições responderam que caso viessem a realizá-las, ofereceriam sim, ajuda
financeira à seus parceiros, que é o percentual correspondente a 70%. Os outros
30% são das instituições que não realizam parceria, e mesmo que realizassem ,
acreditam que não dariam nenhuma ajuda financeira, talvez usassem o incentivo
através de premiações com objetos de uso pessoal ou para o uso da própria loja.
Hoje em dia, o uso do dinheiro para se garantir uma parceria é muito bem quisto, já
que nos negócios, o ganho de dinheiro nunca é demais. Mas existe um risco a
correr, se a instituição passar por alguma dificuldade financeira e não poder dar mais
a ajuda, a mesma poderá perder a parceria, para outra instituição, que possa
oferecer melhores vantagens para o lojista.
63
Tabela 7: A vantagem competitiva através de juros mais baixos
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
10
%
100
0
100
0%
Sim
Não
100%
Figura 7: A vantagem competitiva através de juros mais baixos
Fonte: Dados do Pesquisador
Observa-se na figura 7, que todas as instituições têm o mesmo consenso,
como explicitado o percentual de 100% para a opção sim, confirmando que cederiam
juros mais baixos a seus parceiros, mesmo às que não atuam com parceiros. Para
este caso vale a idéia de que não só o dinheiro segura uma boa parceria, se a
instituição tiver uma boa forma de trabalho e ainda oferecem vantagens como está,
poderá algumas vezes, vir a não perder uma parceria, se acaso não puder oferecerlhes ajuda financeira.
64
Tabela 8: A formalidade da parceria
VARIÁVEIS
Formal
Informal
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
0
10
%
100
0
100
0%
Formal
Informal
100%
Figura 8: A formalidade da parceria
Fonte: Dados do Pesquisador
Na figura 8, é explicita a opção de 100% das instituições realizarem a
parceria formalmente. Normalmente realiza-se um contrato, onde se informa todas
as obrigações de cada parte, geralmente estão destacadas os benefícios que o
lojista irá receber, entre outros a ajuda de custo, a visita de um operador uma 2 ou 3
vezes
na semana, um sistema on-line, facilitando o cadastro e agilização da
liberação do crédito, é claro também constará a obrigação do lojista, que é a parte
em onde a instituição irá pedir exclusividade ou pelo menos que seja a primeira
opção a ser oferecida ao cliente.
65
Tabela 9: A realização dos tramiteis legais
VARIÁVEIS
A instituição
O lojista
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
%
100
10
100
0%
A instituição
O lojista
100%
Figura 9: A realização dos tramiteis legais
Fonte: Dados do Pesquisador
É certo que na maioria das situações, a parte mais interessada em efetivar
parcerias são as instituições, justamente por isso que na figura 9, demonstra-se
100% para a resposta de que são as instituições que realizam a formalização das
contratações. É muito importante para elas e para os lojistas este contrato, pois com
ele, se estreitam relações de negócios e amizades por anos, agindo com respeito e
ética de forma a gerar uma fidelização de parcerias.
66
Tabela 10: O benefício através da oferta de sistemas on-line
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
5
5
10
%
50
50
100
Sim
50%
50%
Não
Figura 10: O benefício através da oferta de sistemas on-line
Fonte: Dados do Pesquisador
Conforme a figura 10, observa-se que 50% da amostra oferece o beneficio
e a outra metade não. O fato de oferecer um sistema via internet, não é obrigatório,
mas é uma grande vantagem para ambas as parte, instituição e lojista. Para o lojista
agiliza a venda, impressiona e agrada o cliente, e alguns sistemas oferecem a
aprovação automática, já para a instituição, diminui o trabalho dos operadores
externos, torna o lojista mais comprometido com a instituição, afinal o sistema está
disponível, é só usar, garante para os analistas de crédito a ordem de chegada, para
análise, entre outros benefícios para ambas as partes.
67
Tabela 11: A confiabilidade devido ao índice de inadimplência
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
8
2
10
%
80
20
100
20%
Sim
Não
80%
Figura 11: A confiabilidade devido ao índice de inadimplência
Fonte: Dados do Pesquisador
Como se pode perceber na figura 11, 80% das instituições pesquisadas
optaram por darem tratamento especial aos lojistas, se as suas carteiras de clientes
forem com baixa inadimplência. Pois se a carteira de clientes for de poucos
inadimplentes a instituição terá confiança na loja, principalmente nos casos, quando
é necessário que o gerente da instituição libere o crédito para algum cliente em
especial, porque, simplesmente, pelas políticas de crédito da instituição não seria
liberado. Para o caso de controlar a inadimplência as instituições também oferecem
premiações individuais, geralmente trimestrais aos vendedores das lojas, porque
afinal é com eles que os clientes têm o primeiro contato, é através deles que a
instituição poderá potencializar um bom ou mau pagador. Para os outros 20%
restantes, ficam as instituições que atuam diretamente com o cliente sem
intermediários, são as mesmas que decidem se o cliente pode vir a ser um bom ou
mau pagador.
68
Tabela 12: O uso do despachante como benefício oferecido pela instituição
VARIÁVEIS
Próprio
Credenciado
Livre escolha do cliente e lojista
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
0%
FREQÜÊNCIA
0
2
8
10
%
0
20
80
100
20%
Próprio
Credenciado
Livre escolha do cliente e
lojista
80%
Figura 12: O uso do despachante como benefício oferecido pela instituição
Fonte: Dados do Pesquisador
Destaca-se na figura 12, que as instituições pesquisadas, para garantir a
documentação de alienação, optam por deixar o despachante, de livre escolha do
cliente e lojista constituindo 80% das respostas. Estas instituições deixam de livre
escolha, porque a alienação é realizada pelas mesmas, a parte de despachante elas
julgam de responsabilidade do cliente, por isso não impõem nenhuma alternativa.
Para as outras instituições que constituem os 20% restantes, a opção de oferecer
despachante credenciado, é como forma de controle e também como em alguns
casos cortesias ou descontos aos clientes. A alternativa de despachante próprio não
foi votada por nenhuma instituição, às mesmas acham que é um custo
desnecessário.
69
Tabela 13: A classificação dos bens duráveis financiados, no CDC e Leasing
VARIÁVEIS
Novos
Usados
Novos ou Usados
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
%
10
10
100
100
0%
Novos
Usados
Novos ou Usados
100%
Figura 13: A classificação dos bens duráveis no CDC e leasing
Fonte: Dados do Pesquisador
Conforme demonstra a figura 13, as instituições pesquisadas optaram em
100% para o financiamento de bens duráveis, novos e usados. O CDC e Leasing se
adaptam aos dois tipos de bens, só se diferenciam pelos anos de uso e modelo.
Como o mercado nem sempre está uma maravilha, as instituições não podem fazer
restrições, elas financiam tudo que puderem, além do que principalmente o comércio
de veículos não gira só em torno dos zero km, mas sim da grande frota de carros
usados distribuídos por todo país.
70
Tabela 14: A analise da liberação de crédito para CDC e Leasing
VARIÁVEIS
Analista de crédito da instituição
Automático, via credscoring
O lojista
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
0
0
10
0%
%
100
0
0
100
Analista de crédito da
instituição
Autom ático, via creds coring
O lojis ta
100%
Figura 14: A analise da liberação de crédito para CDC e Leasing
Fonte: Dados do Pesquisador
De acordo com a figura 14, as instituições realizam a análise para a
liberação do crédito, através dos seus analistas, cuja opção recebeu 100% das
respostas. Não poderia ser de maneira diferente, no caso de crédito automático, é
muito vago, não de total validade, geralmente é uma aprovação que é válida apenas,
se na hora que o operador da instituição for fazer o depósito do crédito ao lojista a
mesma já esteja com a assinatura do gerente da mesa analisadora de crédito, caso
contrário o cadastro vai para a análise. E a opção de o lojista aprovar um crédito,
imagina, todos seriam aprovados, isto não é possível, porque o mesmo não tem o
conhecimento que os analistas de crédito têm, nem as informações necessárias
sobre a instituição, para saber se pode ou não liberar um crédito, entre outras
políticas internas, para se realizar esta atividade.
71
Tabela 15: A regra para a liberação de crédito para Leasing e CDC
VARIÁVEIS
Sua renda
Sua escolha
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
%
100
10
100
0%
Sua renda
Sua escolha
100%
Figura 15: A regra para a liberação de crédito para CDC e Leasing
Fonte: Dados do Pesquisador
Está claro, que as instituições liberam as opções de prazos de pagamento
conforme a renda do cliente, assim explicitado na figura 15 com 100% das escolhas.
É estipulado como regra às instituições financeiras, que um financiamento pode
comprometer apenas 30% da renda de uma pessoa, por isso para liberação dos
prazos de pagamento ou do crédito, precisa-se saber quanto de renda o cliente
recebe por mês, um exemplo seria: se o cliente ganha um salário de R$ 545,00 pôr
mês, ele poderá pagar no máximo uma parcela de R$ 163,50. (545,00 * 30% =
163,50). A opção de escolha, só para casos de pessoas com salários muito altos,
caso contrário não é possível, porque muitas pessoas da nossa sociedade são
movidas pelo consumismo, elas iriam se endividar até a última nota.
72
Tabela 16: O percentual de financiamento liberado a um cliente de CDC
FREQÜÊNCIA
0
0
2,50% 70%
2,50% 70%
0
100%
100%
0
100%
100%
0
80%
80%
0
80%
80%
0
80%
80%
MÉDIA
0
80%
80%
88
%
80
%
80
%
80
%
70
%
80
,0
0%
10
0%
10
0%
90
%
10
0%
10
0%
VARIÁVEIS
% Mínimo
0
0
0
% Maximo
100% 100% 90%
Total
100% 100% 90%
Fonte: Dados do Pesquisador
80%
% mínimo
% maximo
% média geral
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
Média
Figura 16: O percentual de financiamento liberado a cliente de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
Observa-se na figura acima, que a média em geral é de 80% do valor do
bem, conforme valores apontados pelas instituições financeiras pesquisadas.
Algumas chegam a emprestar até 100% do bem, mas como se pode notar na tabela
16, não tem a pontuação do percentual mínimo, é porque as instituições não
estipulam este percentual, elas usam valores, como, não financiam menos de R$
1.000,00 mil reais do valor de um bem.
73
Tabela 17: O refinanciamento no caso de CDC
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
%
100
10
100
0%
Sim
Não
100%
Figura 17: O refinanciamento no caso de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
Demonstra a figura 17, com 100% das respostas, que todas as instituições
pesquisas, para o caso de CDC fazem refinanciamento. É uma opção muito bem
vinda quando o cliente está precisando levantar um dinheirinho a mais, porque
quando ele termina de pagar, o carro já é dele, mas a instituição pode emprestar
novamente o valor do mesmo, e aliená-lo como garantia.
74
Tabela 18: A alienação do bem para casos de CDC
VARIÁVEIS
Instituição
Cliente
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
%
10
10
100
100
0%
Instituição
Cliente
100%
Figura 18: A alienação do bem para casos de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
Segundo a figura 18, 100% das instituições pesquisadas confirmam que o
bem enquanto estiver alienado estará em nome do cliente, assim como depois de
quitado.
75
Tabela 19: A liquidação antecipada do contrato de CDC
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
9
1
10
%
90
10
100
0%
Sim
Não
100%
Figura 19: A liquidação antecipada do contrato de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
Como pode-se perceber na figura acima, 100% das instituições financeiras
pesquisadas, optaram por permitir a liquidação antecipada do contrato de CDC. Esta
liberdade no contrato de CDC pode ser utilizada por quem recebeu um bom valor em
dinheiro e quer quitar o bem, para se livrar da dívida e ainda não pagar multa.
76
Tabela 20: O custo adicional na liquidação antecipada no contrato de CDC
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
%
10
10
100
100
0%
Sim
Não
100%
Figura 20: O custo na liquidação antecipada no contrato de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
A figura 20 demonstra que, 100% das instituições pesquisadas, afirmam
que não cobram custo adicional pela liquidação antecipada do contrato de CDC.
Esta é uma das características do CDC, considerada como vantagem, se o
financiado quiser vender seu bem, dependendo de quem vai comprar, ele pode
receber uma parte antes, com esta parte quitar o bem, transferir para o outro
comprador e receber o resto. E assim começam muitas pequenas revendas.
77
Tabela 21: O tempo de liberação de veículos na quitação do contrato de CDC
VARIÁVEIS
Mínimo em
2
1
dias
Maximo em
30
5
dias
Total
32
6
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
MÉDIA
1
5
2
1
7
1
1
5
2,6
5
30
4
5
15
1
1
30
12,6
6
35
6
6
22
2
2
35
15,2
16
15,2
14
12,6
12
10
8
6
4
2,6
2
0
Média m ínima em dias
Média maxima em dias
Média geral em dias
Figura 21: O tempo de liberação de veículos, na quitação do contrato de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
Observando-se a figura 21, têm-se a média entre o máximo e o mínimo de
dias que demora a liberação de um veículo que são 15 dias. A média mínima é de 2
dias, a média máxima é de 12 dias. Ao observar-se a tabela 21, verifica-se que o
prazo entre as instituições varia, entre 1 dia e 30 dias, o que acaba sendo muito
particular, depende da eficiência de cada uma, mas vale comentar que hoje este
sistema de liberação de gravame está bem mais ágil, pois agora é a própria
instituição que libera tudo para o Detran, On-line.
78
Tabela 22: A substituição do veículo na vigência do contrato de CDC
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
10
%
100
10
100
0%
Sim
Não
100%
Figura 22: A substituição no veículo na vigência do contrato de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
Pode-se notar pela figura 22, que todas as instituições financeiras
pesquisadas optaram por permitir a substituição do veículo na vigência do contrato,
conforme estipulado em 100%. Sim, realmente é permitida a substituição, mas
existem algumas regras como a de o bem a ser alienado deverá ser de maior valor,
do que o que está sendo liberado, para que o dinheiro recebido pague o restante da
dívida e ainda fique pagando o outro bem. Esta opção é geralmente utilizada por
quem quer trocar o ano do carro.
79
Tabela 23: A venda do veículo para terceiros na vigência do contrato de CDC
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
8
2
10
%
80
20
100
20%
Sim
Não
80%
Figura 23: A venda do veículo para terceiros na vigência do contrato de CDC
Fonte: Dados do Pesquisador
De acordo com a figura acima, a maioria 80% das instituições financeiras
pesquisadas, permitem a venda do veículo para que outra pessoa assuma á dívida.
Neste caso, será feito um cadastro desta segunda pessoa e será analisado se a
mesma terá condições de pagar. A minoria com 20% das instituições financeiras
pesquisadas, informaram que não permitem a venda do veículo para que outra
assuma a venda. Neste caso, o cliente pode tentar vender a um conhecido de
confiança, utilizando um contrato simples de compra e venda, para que quando
terminar de pagar o financiamento o primeiro proprietário transfira para o nome de
quem estiver pagando.
80
Tabela 24: A devolução do bem em caso de inadimplência no CDC e Leasing
VARIÁVEIS
Sim
Não
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
6
4
10
%
60
40
100
40%
Sim
60%
Não
Figura 24: A devolução do bem em caso de inadimplência no CDC e Leasing
Fonte: Dados do Pesquisador
Na figura 24, informa que 60% das instituições financeiras pesquisadas,
optam por permitirem que o cliente devolva o bem, caso esteja com as parcelas
atrasadas. Estes casos de devolução são muito peculiares é de banco para banco,
uns só aceitam devolução com mais de 3 parcelas atrasadas, outras com 6 parcelas
atrasadas, e assim é diferente uma das outras. Já 40% afirmaram, que não aceitam
devoluções, se a pessoa não puder pagar, vai acumulando dívida até que possa
pagar.
81
Tabela 25: A isenção da dívida para os casos de devolução no CDC e Leasing
VARIÁVEIS
Sim
Não
Cobra-se em juízo saldo
remanescente
Total
Fonte: Dados do Pesquisador
FREQÜÊNCIA
1
3
%
10
30
6
60
10
100
Sim
Não
30%
60%
10%
Cobra-se em
juízo saldo
remanescente
Figura 24: A isenção da dívida para os casos de devolução no CDC e Leasing
Fonte: Dados do Pesquisador
Analisando a figura 25, percebe-se que 60% das instituições financeiras
pesquisadas, responderam que se o cliente devolver o bem, ainda com divida, o
mesmo não é isentado, e poderá vir a ser cobrando em juízo o saldo remanescente.
Para estes casos de devolução, as instituições pegam o bem de volta e levam à
leilão, tentando vender pelo maior valor possível, se este valor não abater a dívida
existente em cima deste bem, o restante, chamado saldo remanescente, será
cobrado do cliente em juízo. Para as instituições que apontaram não com percentual
de 30% do total, para estas, não tem nem a opção de ir a leilão, o cliente vai ficar
devendo até que pague tudo, na maioria das vezes elas nem pegam o bem de volta,
porque se a dívida já está sendo cobrada em juízo a financeira não pode leiloar o
bem, enquanto a sentença não sair. E para as instituições que totalizam 10%, com a
opção de sim, isentar o cliente da responsabilidade sobre a dívida, é apenas em
casos específicos, com pouquíssimas parcelas faltando, onde os juros pagos pelas
iniciais cobrem o prejuízo.
82
4.1 ANÁLISE DA PESQUISA
De acordo com a pesquisa realizada com as 10 maiores Instituições
Financeiras de Araranguá (Banco do Brasil, Banco Bradesco, Caixa Econômica
Federal, Banco Banrrisul, Banco Itaú, Credsulca, Credja, Banco Panamericano,
Banco Finasa e BV Financeira), para estudar as razões que levam os clientes a
optarem por um dos produtos Crédito Direto ao Consumidor – CDC ou
Arrendamento Mercantil – Leasing, foi possível observar o seguinte: para o caso de
CDC, 42% dos clientes o escolhem em face da possibilidade de liquidar
antecipadamente, pois hoje em dia como se observa nas cidades, a oferta de
veículos e motocicletas é muito grande e as facilidades de compra e venda também.
Para o Leasing, a opção de escolha foi dívida em pessoas físicas e
jurídicas, constatou-se que 90% das pessoas físicas optaram pelo Leasing, por
causa do custo mais baixo, afinal a tendência agora é a economia dos gastos,
muitos não se preocupam em quantas parcelas irão pagar, mas sim, se o valor a ser
pago é o menor possível. Em relação às pessoas jurídicas, 50% optaram pelo
Leasing, devido à dupla vantagem fiscal, que ele oferece. Para as empresas o valor
do arrendamento é considerado despesa operacional e como tal ela impacta na
tributação e não precisa imobilizar.
Ainda como objetivo da pesquisa aplicada, buscou-se entender o
relacionamento de parcerias entre as Instituições Financeiras pesquisadas e os
lojistas. A intensão de buscar parcerias é praticada principalmente pelas instituições
com o foco extremamente voltado para a venda destes produtos, CDC e Leasing.
Uma boa parceria pode lhes render inúmeros contratos. Dentre a análise,
50% das instituições usam a prática de parcerias, podendo ser de qualquer tipo de
revenda, atendendo clientes e não clientes, os outros 50% não realizam parcerias,
seu foco é oferecer o financiamento diretamente ao cliente, não tomando
conhecimento das revendas.
Com 70% das respostas, as instituições afirmaram que oferecem ajuda
financeira à seus parceiros como forma de compensação e também de compromisso
de ambas as partes. Outra vantagem oferecida pela instituição é a possível redução
das taxas de juros, caso a instituição tenha a preferência na hora da oferta ao
cliente.
83
Esta parceria é realizada formalmente, através de contrato entre as partes
confeccionado pela instituição financeira. É considerado um termo de compromisso
entre lojista e a instituição, nele está descrita todas as vantagens oferecidas ao
lojista e também todas as exigências da instituição.
Da amostra, 50% das instituições realizam parcerias e disponibilizam um
sistema de cadastro de clientes e análise de crédito ao lojista, via internet, de forma
a agilizar suas vendas e garantir a escolha pela instituição.
Em negociações com os lojistas as instituições levam em conta a boa
liquidez da carteira de clientes do mesmo dispensando tratamento diferenciado na
hora de aprovar um crédito. A instituição leva em consideração a experiência de
crédito do lojista.
O fluxo de documentos de alienação entre lojistas, clientes e instituições é
muito grande, mas as instituições afirmam, que é um caso sem muitas
complicações, a alienação é garantida pelas mesmas, é uma atividade realizada
internamente, quanto aos serviços de despachante, é de responsabilidade dos
próprios clientes, são livres para escolher a melhor opção.
Com relação aos bens financiados, 100% das instituições financiam bens
novos e usados, o mercado está lotado de todos os anos de veículos, se a
instituição colocar impedimentos com relação a este fato, com certeza, perderá
muitos negócios.
A análise do crédito é em 100% dos casos, feita pelos analistas da
instituição, eles observam os dados criteriosamente. Só liberam a quantia de
parcelas escolhidas pelo cliente, se o mesmo tiver renda suficiente para tanto.
Conforme pesquisado, a análise tem como média, 80% do valor do bem, no caso de
CDC.
Muitas pessoas recorrem ao refinanciamento para levantar recursos sobre
um bem já quitado ou semi-quitado, utilizando o dinheiro para outros fins. Todas as
instituições pesquisadas realizam, no caso de CDC, o refinanciamento.
Uma outra vantagem do CDC é que a partir do momento em que se fecha
um contrato, o bem vai estar em nome do cliente, possibilitando ao mesmo realizar
um negócio com terceiros de sua confiança, sem que a revenda ou a própria
instituição tenha conhecimento, através de um contrato de gaveta. Também para
84
CDC, caso o cliente queira quitar seu contrato antecipadamente, é possível e não se
paga nenhuma taxa por quebra de contrato.
Hoje em dia, leva-se em média de 2 a 12 dias para a instituição liberar a
documentação do veículo, para os casos de CDC conforme pesquisa aplicada. Para
Leasing, depende de onde fica a matriz da instituição arrendadora, pois como o
veículo estará em nome da mesma, o documento de transferência também estará
em seu poder.
Ainda para CDC é permitida a substituição do bem alienado durante a
vigência do contrato, com algumas exigências, como o valor do novo bem tem que
ser maior do que o anterior.
Na maioria dos casos de CDC, conforme 80% das respostas das
instituições pesquisadas é permitida a venda do veículo para que outra pessoa
assuma a dívida, desde que esta terceira pessoa, tenha seu cadastro aprovado pela
análise da instituição.
Com tantos casos de inadimplência existentes hoje no mercado, não é
diferente com os financiamentos, tanto para CDC quanto para Leasing, 60% das
instituições pesquisadas, aceitam a devolução do mesmo, o quê não significa que as
mesmas estarão isentadas da dívida, este bem se devolvido por espontaneidade do
cliente, vai a leilão e se o valor pago pelo mesmo não liquidar a divida,
posteriormente, cobra-se em juízo saldo remanescente.
Pode-se dizer que, de acordo com a pesquisa, tanto as financeiras como
as empresa de leasing prestam um grande serviço de crédito à economia do país. É
através da atuação das mesmas que muitas vezes o país retoma o seu crescimento
econômico. Basta flexibilizar a atuação de ambas que os reflexos no PIB aparecem.
85
5 CONCLUSÃO
O Sistema Financeiro Nacional é integrado por um conjunto de
instituições, que se dedicam ao trabalho de propiciar condições de intermediação
entre poupadores e investidores. Faz parte deste sistema, algumas com estatus de
autoridade monetária, dentre elas está o CMN – Conselho Monetário Nacional e o
Banco Central do Brasil. Num segundo escalão aparecem as autoridades de apoio,
são elas: BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social;
Comissão de Valores Mobiliários; Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal e
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
Deste modo as Instituições Financeiras inseridas no Sistema Financeiro,
deverão seguir à risca suas diretrizes e políticas de crédito, para oferecem um
serviço e produto com excelência.
Atualmente todo segmento de mercado, deve cuidar atentamente de como
está o andamento da economia, pois é ela que estabelece as condições de negócio
e as instituições atuam de acordo com o momento econômico. Com a globalização,
as condições de negócio, bem como de taxas, percentuais de financiamento estão
em constantes mudanças.
Através do estudo realizado, pode se perceber que as Instituições
Financeiras devem sempre se preocupar com a forma que o mercado está
trabalhando, comparando seus índices com os da política econômica de sua região
e ainda estar atento aos índices de seus concorrentes, por que praticamente todas
as instituições oferecem produtos similares, são apenas alguns detalhes que às
diferenciam umas das outras.
Através da pesquisa bibliográfica, foi possível entender os objetivos da
política econômica do país. Para o bom andamento da receita, das Instituições
Financeiras, as mesmas devem conhecer os conceito e práticas de Finanças
atuando na gestão do dinheiro, entradas e saídas, onde todas as pessoas
involuntariamente já praticam, algumas bem outras já nem tanto. Dentro de
Administração Financeira, conhecer e praticar a gestão financeira seguindo-a com
seriedade, utilizando os procedimentos de planejamento, controle e análise de suas
atividades financeiras, podendo assim ter um eficiente processo de rendimentos e
investimentos, a instituição ainda terá que analisar seu ambiente administrativo
86
financeiro, de forma a perceber antecipadamente os riscos nas operações a serem
realizadas.
As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento assim como as
Sociedades de Arrendamento Mercantil, ambas na hora de oferecerem seus
produtos uma CDC e a outra Leasing, devem estar em conformidade com regras
básicas exigidas, como por exemplo, no caso de CDC, as variáveis para liberação
dos prazos em um financiamento, deve ocorrer de acordo com a capacidade de
pagamento do cliente, ou seja, deve-se observar o quanto o financiamento irá
comprometer o seu salário. Já para o caso de Leasing um exemplo, é que o cliente
tem o direito de arrendar um bem no seu valor total, ou seja, ele não precisa
desembolsar nada.
Com a realização desta pesquisa, também ressalta-se a importância da
Política Monetária, pois é através dela que o governo controla a liquidez do sistema
econômico do país, as políticas controlam a oferta de moeda e as taxas de juros,
com o mesmo intuito, além das políticas o governo utiliza os Instrumentos da Política
Monetária, denominados de Depósito Compulsório, Redesconto ou Empréstimo de
Liquidez, Operações de Mercado Aberto e Controle e Seleção de Crédito, todos
estes índices influenciam diretamente na estrutura de taxas e na quantia de moedas
circulando na economia.
Para controlar os meios de pagamento observou-se que, através da política
monetária, o Banco Central controla os meios de pagamento nas suas diversas
formulações.
O Banco Central utiliza os instrumentos clássicos de política monetária
para controlar os meios de pagamento da economia, buscando sempre um equilíbrio
para o mercado. O M1, compreendendo o dinheiro que têm total liquidez, ou seja, o
papel-moeda em mãos do povo. O M2 composto pelo M1 mais os títulos emitidos
em mercado primário, os depósitos em poupança e os depósitos especiais
remunerados. O M3 é a soma do M1 e M2 mais as captações no mercado interno. E
o M4 é a somo dos outros M´s, mais as letras de câmbio, depósitos a prazo e letras
imobiliárias.
Utilizando a Política de Rendas, o governo pode controlar a remuneração
das atividades produtivas, como salários da mão-de-obra e a depreciação das
máquinas e equipamentos.
87
Através da Política Fiscal, o governo controla o orçamento das receitas e
gastos governamentais. Com a sua flexibilização em alguns setores da economia ele
consegue manter o consumo de determinados produtos. Pode-se ilustrar, com a
redução do IPI sobre os veículos, conseguiu-se amenizar os efeitos da crise
financeira internacional.
88
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a Metodologia do Trabalho
Cientifico. São Paulo: Editora Atlas, 7ª edição, 2005, 174 p.
ARAUJO, Luis César Gonçalves de. Teoria Geral da Administração: aplicação e
resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Editora Atlas, 1ª edição, 2004,
291 p.
BERCHIELLI, Francisco O.. Economia Monetária. São Paulo: Editora Saraiva, 1ª
edição, 2000, 196 p.
BRITO, Osias Santana de. Controladoria de Risco: retorno em instituições
financeiras. São Paulo: Editora Saraiva, 1ª edição, 2003, 225 p.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo:
Editora Cortez, 7ª edição, 2005, 164 p.
FERNANDES, Antonio Alberto Grossi. O Sistema Financeiro Nacional
Comentado: instituições supervisoras e operadoras do SFN & políticas
econômicas, operações financeiras e administração de risco. São Paulo: Editora
Saraiva, 1ª edição, 2006, 406 p.
FERREIRA, Jose Antonio Stark. Finanças Coorporativas: conceitos e aplicações.
São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 1ª edição, 2005, 556p.
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. Rio de Janeiro:
Editora Qualitymark, 16ª edição, 2005, 812 p.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Editora
Atlas, 3ª edição, 1996, 159 p.
GITMAN, Lawrence J.. Princípios de Administração Financeira. São Paulo:
Editora Pearson, 10ª edição, 2007, 745 p.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
Metodologia Científica. São Paulo: Editora Atlas, 4ª edição, 2001, 342p.
LOPES, João do Carmo; ROSSETTI, Jose Paschoal. Economia Monetária. São
Paulo: Editora Atlas, 1ª edição, 2005, 496 p.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Leasing. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 3ª edição, 2002, 329 p.
89
OLIVEIRA, Gilson Alves de; PACHECO, Marcelo. Mercado Financeiro: objetivo e
profissional. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 1ª edição, 232 p.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: projetos de
pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Editora
Pioneira, 1999, 320 p.
PEDROTTI, Irineu Antonio. Arrendamento Mercantil (leasing) e Alienação
Fiduciária: anotações, exemplos, legislação e jurisprudência. São Paulo: Editora
Juarez de Oliveira, 1ª edição, 2000, 255p.
SANTOS, José Odálio dos. Análise de Crédito: empresas e pessoas físicas. São
Paulo: Editora Atlas. 1ª edição, 2000, 185 p.
SILVA, Jose Pereira da. Gestão e Analise de Risco de Crédito. São Paulo: Editora
Atlas, 3ª edição, 2000, 399 p.
VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Metodologia do trabalho científico: um
enfoque didático da produção científica. São Paulo: Editora EPU, 2001, 288 p.
Disponível em : <http://www.bndes.gov.br/linhas/finameleasing.asp>.
Acesso em 25 de Março de 2009 às 11:32hs.
90
APÊNDICE
91
APÊNDICE A: Questionário de pesquisa
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS COM LINHA ESPECÍFICA
EM COMÉRICO EXTERIOR
QUESTIONÁRIO APLICADO AOS GERENTES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Prezado(a) Senhor(a), para sistematização do meu trabalho de conclusão de
curso - Monografia, necessito de sua colaboração ao responder o presente questionário,
que dará subsídios para que eu conclua minha pesquisa, que tem como tema “CONCEITOS
E PRÁTICAS FUNDAMENTAIS DA ATUAÇÃO DAS FINANCEIRAS E EMPRESAS DE
LEASING NO FINANCIAMENTO E ARRENDAMENTO DE VEÍCULOS, NA CIDADE DE
ARARANGUÁ – SANTA CATARINA”.
Sua contribuição me será muito útil e importante, desde já agradeço a atenção.
Acadêmica: Andreza Mota
A pesquisa tem caráter confidencial e não necessita identificar a instituição.
1) O que leva um cliente a optar por um CDC?
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
Menos burocrático;
A possibilidade de liquidação antecipada;
O fato de o veículo permanecer em nome do financiado;
Na comparação com outro produto, o CDC apresenta um custo menor;
Permite a transferência do contrato para terceiros.
2) O que leva um cliente pessoa física, a optar pela contratação de um Leasing?
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
Na comparação com outro produto, o Leasing apresenta um custo menor;
Pretende permanecer com o bem até o final do contrato;
O fato da propriedade do veículo permanecer em nome da Cia de Leasing;
É possível a devolução do bem, numa eventual dificuldade de liquidez;
Baixo valor residual à vista.
3) O que leva um cliente pessoa jurídica, a optar pela contratação de Leasing?
( ) A dupla vantagem fiscal;
( ) Elevado grau de imobilização do Patrimônio Líquido;
( ) Liberação do Capital de Giro;
( ) Melhora dos índices financeiros;
( ) Não há necessidade de desembolso imediato, ou seja, o Leasing é feito pelo
valor integral do bem.
92
4) A instituição ao realizar negócios com CDC e Leasing de veículos leves e
motocicletas atua em parceria com revendas?
(
) Sim
(
) Não
5) Esta parceria é feita somente:
(
(
(
(
(
) Com revendas autorizadas
) Com qualquer tipo de revenda (novos/ usados/ multimarcas)
) Financia somente clientes e não toma conhecimento da revenda.
) Atende somente clientes com limites pré-aprovados.
) Atende clientes e não clientes
6) Caso tenha respondido que atua em parceria, a revenda recebe alguma ajuda
financeira?
(
) Sim
(
) Não
7) Quando é efetivada uma parceria, a loja em questão, terá juros mais baixos para
oferecer aos seus clientes?
(
) Sim
(
) Não
(
) Informal
8) A parceria é?
(
) Formal
9) Quem formaliza a contratação?
(
) A instituição
(
) O lojista
10) É oferecido um sistema de cadastro de clientes e analise de crédito, via internet?
(
) Sim
(
) Não
11) O lojista recebe algum tratamento em especial, por sua carteira de clientes
serem com baixa inadimplência?
(
) Sim
(
) Não
12) A instituição para garantir seus documentos de alienação em dia, oferece para
seus lojistas, Despachante:
(
(
(
) próprio
) credenciado
) livre escolha do cliente e lojista
93
13) Para ambos os produtos CDC e Leasing, os bens duráveis financiados podem
ser apenas:
(
(
(
) Novos
)Usados
) Novos ou Usados
14) Em ambos os produtos CDC e Leasing, quem faz a análise, para a liberação de
crédito?
(
(
(
) Analista de crédito da instituição;
) Automático, via credscoring;
) O lojista
15) Para ambos os produtos CDC e Leasing, os prazos de pagamento são liberados
ao cliente, conforme:
(
) Sua renda
(
) Sua escolha
16) No caso de CDC, qual o percentual mínimo e maximo de financiamento do bem
que é liberado a um cliente?
(
%) Mínimo
(
%) Maximo
17) Faz, no caso do CDC, refinanciamento?
(
) Sim
(
) Não
18) No caso de CDC, enquanto estiver alienado, o bem estará em nome de quem?
(
) Instituição
(
) Cliente
19) É permitida a liquidação antecipada do contrato de CDC?
(
) Sim
(
) Não
20) Possui custo adicional na liquidação antecipada do contrato de CDC?
(
) Sim
(
) Não
21) Na quitação do contrato de CDC, quanto tempo leva para sair à liberação do
veículo?
Mínimo (
) dias
Maximo (
) dias
94
22) Para CDC é permitida a substituição do veículo na vigência do contrato?
(
) Sim
(
) Não
23) No caso de CDC é permitido à venda do veículo para que outra pessoa assuma
a dívida?
(
) Sim
(
) Não
24) Em ambos os produtos CDC e Leasing, caso o cliente esteja em atraso com
suas parcelas, o mesmo poderá devolver o bem?
(
) Sim
(
) Não
25) Para ambos os produtos DCD e Leasing, caso devolva o bem, o cliente é
isentado da responsabilidade sobre a divida?
(
(
(
) Sim
) Não
) Cobra-se em juízo saldo remanescente
Download