Consumo Consciente do Dinheiro e do Crédito

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Consumo Consciente do Dinheiro e do Crédito
cap.
Desenvolvido em parceria com o Instituto Akatu
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Impactos positivos do
consumo consciente nos
planos econômico, social e
ambiental
Impactos no plano econômico
O consumo descontrolado associado à falta de planejamento financeiro leva ao endividamento e
à inadimplência. Com o risco da inadimplência, o mercado tende a elevar a taxa de juros, fazendo
com que o “custo do dinheiro” fique mais alto para todos. No sentido inverso, quanto maior for a
confiança do mercado de que a inadimplência será muito baixa, maior é a tendência de redução
da taxa de juros. Como também vimos, esse raciocínio não pode ser aplicado mecanicamente,
pois esses elementos não são os únicos fatores em jogo, e há muitas outras variáveis envolvidas na
definição da taxa de juros.
O pagamento das dívidas de forma pontual também colabora para a estabilidade da economia.
Uma economia estável é mais atrativa para aqueles que desejam investir em atividades produtivas,
ou seja, aquelas que geram empregos e riquezas para o país, tais como abrir uma fábrica, ampliar
uma linha de montagem ou inaugurar uma loja. Isso quer dizer que, ao manter suas finanças sob
controle, o consumidor está colaborando para também manter a saúde da economia do país e criar
um ambiente de confiança e prosperidade.
Impactos no plano social
A combinação dos impactos positivos individuais com os impactos positivos econômicos traz uma
série de benefícios para a sociedade. Primeiro porque indivíduos mais tranquilos, mais saudáveis e
com maior qualidade de vida tendem a ser mais sensatos, produtivos e realizados, o que cria um
ambiente melhor para todos. Depois porque uma economia estável e um mercado confiante são
fortes atrativos para investimentos produtivos, que geram empregos, bens e prosperidade.
Como se vê, o equilíbrio das finanças pessoais é um importante ponto de partida para se obter o
equilíbrio em diversas outras áreas.
Veja alguns exemplos:
•Ao pagar em dia a mensalidade da escola dos filhos, os pais colaboram para a solidez da
instituição, para sua melhor qualidade e para sua estabilidade financeira. Dessa forma,
ao longo dos anos, um número maior de famílias conseguirão arcar com o valor das
mensalidades e poderão manter as crianças na escola.
•Ao consumir racionalmente a água, o cidadão não só economiza na conta, como também
ajuda a preservar um bem precioso, que está sendo explorado de forma excessiva e
inadequada. Desse modo, o governo não precisará aumentar ainda mais seus gastos no
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tratamento e transporte de água e a quantidade de água disponível será suficiente para
abastecer toda a população.
•Ao comprar apenas os alimentos que necessita, o cidadão reduz a conta que vai pagar no
caixa do supermercado e, ao mesmo tempo, evita a pressão por uma maior produção de
alimentos. Assim, ele ajuda a diminuir a quantidade de insumos consumidos na produção
de alimentos e contribui para evitar o encarecimento dos produtos, permitindo que um
número maior de pessoas tenha acesso a eles.
•Da mesma forma, ao comprar apenas produtos de madeira certificada e na quantidade que
realmente necessita, reutilizando móveis e utensílios sempre que possível, o consumidor
evita contribuir para o desmatamento de áreas florestadas, importantes para a preservação
da biodiversidade, e ainda ajuda a valorizar as empresas que produzem madeira legalmente,
aquecendo o mercado que fabrica e comercializa madeira de forma sustentável.
Impactos no plano ambiental
Os impactos positivos do consumo consciente do dinheiro e do crédito sobre o meio ambiente são
mais facilmente perceptíveis e mensuráveis. Na medida em que as pessoas passarem a incorporar
em suas práticas os conceitos de educação financeira conectada à sustentabilidade, será mais
provável que elas reflitam sobre por que consumir e o que consumir, reduzindo o desperdício e
passando a consumir apenas o que lhes seja realmente importante e necessário. Tenderão a
valorizar mais a qualidade do consumo e o efeito que ele terá sobre sua vida e passarão a evitar o
consumo impensado, impulsivo e desnecessário. Dessa forma, a demanda pela produção de artigos
supérfluos cai, reduzindo consequentemente a pressão sobre os recursos naturais de todo tipo.
E é preciso lembrar que, ao comprar qualquer produto ou serviço, o consumidor não adquire
apenas o que está vendo, mas tudo o que foi gasto durante a sua produção. Por exemplo, um
simples chip, usado em produtos eletrônicos, consome em sua fabricação 400 vezes o seu peso em
matérias-primas. Por isso, cada vez que se compra um novo celular, uma nova calculadora ou um
novo computador, consome-se muita matéria-prima, muita água e muita energia, recursos que são
gastos no processo de fabricação desses produtos.
Quando alguém decide evitar ou adiar a aquisição de um equipamento eletrônico porque concluiu
que a compra não é necessária, além de economizar dinheiro, também está economizando
recursos naturais, e mais, está ajudando no combate ao aquecimento global, porque fabricar esses
equipamentos emite gases de efeito estufa.
Outra forma de economizar dinheiro e proteger o meio ambiente é buscar fazer tudo usando menos
energia. A geração da energia elétrica é uma das grandes fontes de emissão de gases de efeito
estufa. Nós, brasileiros, já demos uma prova do quanto é possível economizar energia. Durante o
“apagão” (de junho de 2001 a fevereiro de 2002), a iniciativa de cada cidadão fez com que o país
economizasse o equivalente à produção de energia elétrica de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do
mundo.
Ao substituir uma lâmpada convencional por uma de modelo econômico se reduz em 18,7 quilos as
emissões de dióxido de carbono ao longo de um ano – se a lâmpada for usada 30 dias por mês, durante
cinco horas por dia. Supondo que uma casa tenha 12 lâmpadas e que todas sejam substituídas, a
redução de emissões de gás carbônico seria de 224 quilos. Essa quantidade de carbono, que pode ser
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evitada apenas pela troca das 12 lâmpadas da casa, é equivalente à emissão de um carro 1.0 a gasolina
em um trajeto de cerca de 1.500 quilômetros, a distância entre São Paulo e Cuiabá.
Nos próximos capítulos aprofundaremos nossos conhecimentos sobre a relação entre o consumo e
nossa cultura e sociedade.
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