o trabalho colaborativo entre as áreas da pedagogia

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O TRABALHO COLABORATIVO ENTRE AS ÁREAS DA PEDAGOGIA E
MUSICOTERAPIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA
COLLABORATIVE WORK AMONG THE AREAS OF PEDAGOGY AND MUSIC
THERAPY IN THE PROCESS OF INCLUSION OF STUDENTS WITH
DISABILITIES
Nilma Rosa Corrêa Andery - [email protected]
Graduanda – UNISALESIANO
Prof.ª Dr.ª Fabiana Sayuri Sameshima – [email protected]
Prof.ª Fátima Eliana Frigatto Bozzo –[email protected].
UNISALESIANO
RESUMO
O objetivo dessa pesquisa foi Identificar a participação de uma aluna com
deficiência intelectual nas atividades pedagógicas por meio de músicas infantis
adaptadas com sistemas de comunicação suplementares e alternativos. A
metodologia pesquisa teve como caráter qualitativo, descrever a participação desta
aluna com deficiência nas atividades de música a coleta de dados foi dividas em três
etapas sendo: identificação do planejamento do professor; adaptação dos conteúdos
por meio da comunicação alternativa e participação nos atendimentos. a gravação
em áudio; registro continuo e filmagem. Os resultados indicaram que a aluna com
deficiência participa do programa de intervenção utilizando habilidades expressivas
não verbais; usa a emissão de vogais e sílabas, expressão facial, direção do olhar,
gestos indicativos e representativos, a imitação e os sistemas de comunicação
suplementares e alternativos para se expressar. Conclui-se que a escuta da música
foi uma atividade motivadora para a aluna.
Palavras-chave: Educação especial. Educação infantil. Sistemas de comunicação
suplementares e alternativos. Musicoterapia.
ABSTRACT
The objective of this research was to identify the participation of a student with
intellectual disabilities in educational activities through children's songs adapted with
additional communication systems and alternative. The methodology research was
qualitative, describing the participation of that student with disabilities in the activities
of music data collection was divided into three stages as follows: identification of
teacher planning; repurposing content through alternative communication and
participation in care. the audio recording, continuous recording and filming. The
results indicated that the student with disabilities participates in the intervention
program using non-verbal expressive skills; uses the emission of vowels and
syllables, facial expression, gaze direction, gestures indicative and representative,
imitation and communication systems and additional alternative express themselves.
We conclude that listening to music was a gathering activity for the student.
Keywords: Special Education. Early childhood education. Additional communication
systems and alternative. Music Therapy.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 3., n.7, jul/dez de 2012
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INTRODUÇÃO
Como pode ser identificada diante das práticas diárias dos docentes, a
educação em qualquer modalidade de ensino, está em busca de novos instrumentos
que facilitem o seu processo de utilização e por consequência atinjam de forma
satisfatória os seus objetivos principais, dentre eles: desenvolver cidadãos críticos,
conscientes de seus atos, bem como proporcionar o desenvolvimento afetivo, motor,
cognitivo e linguístico.
Além das ferramentas comuns a disposição do docente, a busca por
estímulos visuais e sonoros vem crescendo por decorrência do avanço da mídia,
embasada no pressuposto de que a educação tem que ser um reflexo, mais
apurado, da realidade social de cada educando. Desse modo, a música é um dos
elementos que passa a fazer parte destes novos instrumentos à disposição do
educador, legalizada pelo Decreto de Lei nº 11.769.
Segundo Jeandot (1997) a música é considerada uma linguagem universal,
dividida em muitos dialetos, pois cada cultura tem sua forma de produzi-la, tocar
seus instrumentos e maneiras peculiares de utilizá-la. Quando o enfoque passa a
ser a educação de alunos com deficiência, a música pode ser tida como uma das
fontes mais ricas de possibilidades de trabalho.
O professor deve explorar a criatividade do aluno fazendo com que ele
participe de todas as atividades propostas. De acordo com Silva (1992), para que
motive a participação do aluno nas atividades de músicas, são aconselháveis que
fossem apresentadas por meio de estórias, dramatizações, jogos e brincadeiras.
Reconhecendo a importância da música nas diversas áreas de conhecimento,
encontram-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais e Referenciais Curriculares
Nacionais (1998) objetivos, que evidenciam a importância dada ao trabalho da
música na escola, entretanto o que se observa são professores sem formação
adequada para trabalharem com propostas pedagógicas que consistem em
possibilitar que as crianças com deficiências tendo o acesso à música possam
desenvolver as capacidades de percepção e criação bem como a reflexão sobre as
possibilidades textuais que a música pode oferecer.
Este estudo se justifica pela atual necessidade de utilizar a música, como
recurso pedagógico, uma vez que ela é uma manifestação que sempre esteve
presente na vida humana. A música em suas inúmeras formas quando utilizada em
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sala de aula, desenvolve diferentes habilidades como: o raciocínio, a criatividade,
promove a autodisciplina e, desperta a consciência rítmica e estética, além de
desenvolver a linguagem oral, a afetividade, a percepção corporal e também
promover a socialização (SAMESHIMA, 2011; MASSARO, 2012).
Evidencia-se na literatura, que a música adaptada por meio de sistemas de
comunicação suplementares e alternativos pode ser um recurso importante para
trabalhar diversos conteúdos acadêmicos, seja no ensino regular, seja em outros
contextos
educacionais
(DELIBERATO;
PAURA;
NETA,
2007;
MASSARO;
DELIBERATO; RODRIGUES, 2010; SAMESHIMA, 2011; MASSARO, 2012).
O uso de músicas como meio de favorecer a aprendizagem acadêmica dos
alunos com deficiência sem linguagem falada foi foco de discussão no estudo de
Deliberato, Paura e Pereira Neta (2007), Sameshima (2011) e Massaro (2012). As
autoras enfatizaram que o trabalho desenvolvido em sala de aula com músicas
adaptadas por meio dos sistemas de comunicação suplementar e alternativa (CSA)
possibilitou o aumento das habilidades expressivas dos alunos, sua participação nas
atividades pedagógicas de elaboração e interpretação dos textos, bem como na
estruturação de palavras, frases e textos.
Com base nos dados apresentados, esta pesquisa se propõe à investigação
da importância da música na educação, especialmente na educação especial, pois é
um recurso considerado importantíssimo como tratamento pedagógico.
Tendo como objetivo geral pesquisar identificar a participação de uma aluna
com deficiência intelectual nas atividades pedagógicas por meio da música,
mostrando aos outros pedagogos a importância da música como recurso terapêutico
e a inclusão social.
A pesquisa será norteada pela seguinte questão: a música adaptada por meio
de sistemas de comunicação suplementar e alternativa ampliaria a participação do
aluno nas atividades propostas com o uso de sistema padronizado de CSA
propiciaria o acesso às atividades de músicas e a ampliação dos processos
comunicativos e interacionais com seus pares?
Em resposta a este questionamento, pode-se levantar a seguinte hipótese: é
possível através da comunicação suplementar e alternativa (CSA), é uma área da
tecnologia assistida, que tem por finalidade ampliar as formas de comunicação de
alunos sem possibilidade de fala. Por meio de gestos, expressões faciais, uso de
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objetos concretos, fotos e imagens padronizadas, o aluno pode expressar seus
desejos e necessidades, além de ampliar seus processos interacionais.
2
PERCURSO METODOLÓGICO
Como pode ser identificado diante das práticas diárias da educação em
qualquer modalidade de ensino, este estudo teve como objetivos Identificar a
participação de uma aluna com deficiência intelectual nas atividades pedagógicas
por meio da música e adaptar as músicas por meio da comunicação suplementar e
alternativa.
Este estudo se justifica pela atual necessidade de utilizar a música, como
recurso pedagógico, uma vez que ela é uma manifestação que sempre esteve
presente na vida humana. A música em suas inúmeras formas quando utilizada em
sala de aula, desenvolve diferentes habilidades como: o raciocínio, a criatividade,
promove a autodisciplina e, desperta a consciência rítmica e estética, além de
desenvolver a linguagem oral, a afetividade, a percepção corporal e também
promover a socialização.
A literatura tem pontuado que a música e as parlendas têm sido utilizadas
como um instrumento facilitador nas atividades pedagógicas, favorecendo a
aquisição de vocabulário, aspectos sintáticos e principalmente os aspectos
fonológicos, além da organização textual e a musicalidade entre as palavras,
ajudando no trabalho com o processamento das informações. A coleta de dados foi
realizada no período de julho a novembro de 2012, nos atendimentos de
musicoterapia e sala de recurso multifuncional.
2.1
Participantes
Foram selecionados para este estudo três participantes sendo: uma aluna,
uma professora da sala de recurso e um musicoterapeuta.
A aluna J.C. S tem 11 anos, com deficiência intelectual, sem déficit auditivo e
visual, não possui oralidade, matriculada no ensino regular. Recebe atendimentos
nas áreas de Pedagogia (sala de recurso), Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicologia,
Educação Física e Terapia Ocupacional e musicoterapia
Sua interação é por meio de gestos e expressões faciais, possui
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comprometimento nos membros inferiores fazendo uso de cadeira de rodas.
A Professora M.M. M têm 58 anos, formada em pedagogia pela FAL,
especialista
em
Educação
Especial
Inclusiva
e
atendimento
educacional
especializado pelo Unisalesiano. Responsável pela sala de recurso multifuncional do
núcleo.
O musicoterapeuta T. S. tem 24 anos, formado em pedagogia pela FAL,
graduando em Música na Universidade do Sagrado Coração.
A pesquisa foi realizada no Núcleo de Apoio integrado ao Atendimento
Educacional
atendimentos
Especializado
nas
áreas
do
de
município
Pedagogia
de
(sala
Lins/SP,
de
responsável
recurso
pelos
multifuncional),
Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Musicoterapia e
Educação Física para alunos com deficiência inseridos na rede municipal de Lins.
O procedimento de coleta foi dividido em três etapas. Primeira Etapa:
Identificar o planejamento do Professor; Foi realizada uma entrevista com a
Professora do Núcleo, e o musicoterapeuta com o objetivo de:
•
Identificar habilidades e necessidades da aluna;
•
Identificar o planejamento dos profissionais;
•
Identificar os recursos e as estratégias utilizadas nos atendimentos.
A segunda Etapa: Adaptação dos conteúdos das músicas por meio da
comunicação alternativa, após a identificação do planejamento dos profissionais, a
pesquisadora adaptou as atividades de músicas, propostas pelos profissionais.
A adaptação foi realizada por meio do sistema Picture communication
symbols (PCS), com o auxílio do software Boardmaker e imagens da internet. As
figuras confeccionadas foram impressas em folha A4, plastificadas em formas de
fichas, e utilizadas na mesa e em um painel na parede. As “músicas adaptadas”
foram: Aquarela e Os indiozinhos e O seu Lobato.
Terceira Etapa: Participação nos atendimentos; a pesquisadora participou dos
atendimentos na sala de recurso e na musicoterapia. Foram realizadas seis
filmagens durante as atividades envolvendo música, tendo três filmagens nas
sessões de musicoterapia e três filmagens nos atendimentos realizados na sala de
recurso multifuncional.
Para atingir os objetivos propostos neste trabalho, durante a fase de coleta de
dados, foram empregadas três formas de registro: gravação em áudio, registro
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contínuo, e filmagem.
O registro é um instrumento de pesquisa para obtenção de dados que
aumentam a compreensão a respeito do comportamento sob a investigação.
Segundo Fagundes (1999), esses instrumentos permitem a identificação de
hipóteses ou o estabelecimento de diagnósticos, além de possibilitarem acompanhar
o desenrolar de uma intervenção ou tratamento e testar seus efeitos e eficácia.
No momento do registro, utilizou uma linguagem cientifica, já pontuada na
literatura (FAGUNDES, 1999; DANNA; MATOS; 1999). Dentre as principais
características dessa linguagem cientifica, destacam-se a objetividade; a clareza e a
exatidão; a concisão e, por fim, à característica de ser afirmativa ou direta.
Outro instrumento adotado na coleta de dados foi à técnica de vídeo. Para
esse propósito, a filmadora ficou posicionada em um tripé, há uma distância de
aproximadamente dois metros da aluna. A filmagem foi realizada de forma
ininterrupta, o que possibilitou a coleta de informações durante toda a realização das
atividades.
Segundo Mauad (2004), por meio da filmagem, o pesquisador pode reproduzir
a fluência do processo pesquisado, sem introduzir qualquer distorção, ver aspectos
do que foi ensinado e apreendido e observar pontos que podem não ser percebidos
somente pela observação.
2.2
Tratamento dos dados
Por ser trata de uma pesquisa de caráter qualitativo, a análise de conteúdo foi
à abordagem adequada para a análise do material coletados durante o estudo de
campo. Trata-se de uma técnica de redução de um grande volume de material num
conjunto de categorias de conteúdo. Propõe que o material seja examinado e que a
informação nele contida seja fragmentada em termos da ocorrência de conteúdos ou
categorias, frequentemente pré-estabelecidas (ANDRÉ, 1983).
Para Bardin (2004), a análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de
análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e
objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicados que permitam a
inferência de conhecimentos relativos ás condições de produção e recepção de
mensagens.
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3.
RESULTADOS
Durante a entrevista com os participantes foi possível levantar as habilidades
e necessidades da aluna em cada atendimento. Pelo relato dos profissionais, as
músicas trabalhadas não eram adaptadas por meio da comunicação alternativa, e os
recursos utilizados eram objetos concretos, instrumentos musicais e jogos.
Após a identificação do planejamento dos profissionais, foi estabelecido, em
parceria com a professora especialista e o musicoterapeuta, que ambos utilizariam
as mesmas músicas adaptadas por meia da CSA em seus atendimentos, porém
focando o conteúdo específico de cada área.
Para realização do trabalho, foram selecionadas as músicas: Aquarela, Os
indiozinhos, Seu Lobato. A pesquisadora adaptou as músicas com o auxílio do
software boardmaker e imagens da internet. Às figuras foram impressas e
plastificadas para uso na mesa e no painel na parede. a aluna manuseou sozinhas
as fichas de CSA para a realização da atividade. Isso fortalece o que as pesquisas
na área pontuam como positivo, sendo que o uso da CSA favorece a independência
do usuário durante a realização de tarefas, possibilitando o contato maior com os
conteúdos desenvolvidos, ampliando a aprendizagem.
No quadro 1,é possível identificar os conteúdos, as estratégias e materiais
utilizados em cada música nos atendimentos de musicoterapia e sala de recurso,
além de descrever a participação da aluna em cada atividade.
Os dados apontados no quadro 1,permitiram observar a participação da aluna
nas atividades propostas na sala de recurso e musicoterapia. A estratégia de utilizar
a mesma música nos dois atendimentos facilitou o ensino dos conteúdos, assim
como proporcionou para a aluna o desenvolvimento de habilidades comunicativas,
visuais, auditivas, motoras, espaciais e de ensino e aprendizagem.
A adaptação das músicas em CSA facilitou o entendimento do conteúdo de
cada música, possibilitando o acesso à linguagem escrita, modelo de estruturação
sintática e produção textual, além de inserir a aluna nas atividades de alfabetização.
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MÚSICA AQUARELA
Sala de recurso
multifuncional
Leitura, Escrita, Memória
Conteúdo
auditiva e visual.
Música adaptada em
comunicação alternativa;
Uso de imagens para
auxiliar na leitura e escrita
Estratégias
das palavras Exploração
das frases cantada com um
som diferente, para
assimilação da letra cantada
num todo.
Vídeo da música Aquarela
cantada pelo Toquinho,
Jogo da memória de
Materiais
imagens,
Dominó de imagens e
escrita.
Habilidades
A aluna utilizou gestos e
Participação Comunicati
uso de figuras.
da Aluna
vas
Realização
A aluna participou da
da
atividade, interagiu, mas só
Atividade
responde aos comandos
solicitados.
Matemática, Cores,
Conteúdo
Noção espacial
Musicoterapia
Interpretação
Improvisação e Linguagem
Interpretação das partes e
frases da música;
Improvisação da música
usando diversos instrumentos
da bandinha rítmica;
CD do Toquinho Instrumentos
da bandinha rítmica, pau de
chuva e violão; folha sulfite
lápis de cor.
A aluna utiliza gestos quando
solicitado
Realiza parcialmente com
auxílio
Som, silêncio, linguagem e
discriminação auditiva.
Ouvir e cantar a música dos
indiozinhos;
Trabalhar sons de objetos,
meios de transportes, animais,
instrumentos musicais e sons
de natureza;
Estratégias
Exploração dos sons com o
auxilio da comunicação
alternativa;
A audição da música
instrumentalmente para
estimulação dos gestos.
Dez indiozinhos de E.V.A, Dez indiozinhos, feitos de EVA;
painel com cenário de rio,
Comunicação alternativa com
números de E.V.A e placa
sons de objetos, meios de
Materiais
imantada.
transportes, animais,
instrumentos musicais e sons
da natureza, CD de áudio e
diversos instrumentos musicais.
Participação Habilidades Uso de gestos indicativos, e
Uso de gestos indicativos,
da aluna
Comunicati
comunicação alternativa.
vocalizações, e comunicação
vas
alternativa.
Realização
A aluna participou da
A aluna realizou a atividade, e
da
atividade, manipulou os
as figuras de comunicação
atividade
índios, colou na placa e
alternativa, foram importantes
cantou a música.
para realização da mesma.
Fonte: ANDERY, 2012.
MÚSICA OS INDIOZINHOS
Música adaptada em
comunicação alternativa;
Colagem dos índios em um
painel de imagem;
A cada parte da música
cantada, um índio era
colado no painel;
Contagem dos índios dentro
do bote
De acordo com os conteúdos apresentados no quadro 1, os recursos de
comunicação alternativa facilitaram a participação da aluna nos atendimentos.
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Propiciou momentos de trocas comunicativas entre os terapeutas e a aluna e a
mesma de comunicou por meio de diferentes habilidades comunicativas.
A
aluna
apresentou
diversas
habilidades
comunicativas
durante
os
atendimentos propostos. No quadro 2, é possível visualizar as habilidades da aluna:
Comunicação não
verbal
Comunicação verbal
Habilidades não orais
Gestos representativos, gestos
indicativos, expressão facial,
expressão corporal.
Comunicação suplementar e
alternativa
Habilidades orais
Vocalizações, risos, choro, e
palavras ininteligíveis.
Fala
Dentre todas as habilidades comunicativas apresentadas pela aluna, as mais
utilizadas foram às habilidades não orais como gestos e vocalizações e os sistemas
de comunicação alternativa. Dessa forma, ressalta-se a importância do uso dos
recursos de comunicação alternativa para o processo de inclusão social e escolar
dos alunos com deficiência.
Os recursos adaptados em CSA facilitaram o acesso às atividades de leitura
de escrita, inserindo a aluna no mundo das letras, palavras, regras ortográficas e
sintáticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As músicas adaptadas em comunicação alternativa possibilitaram a
participação da aluna nas atividades propostas. Além de ampliar as habilidades
comunicativas da aluna, as fichas com as imagens correspondentes ao conteúdo
das músicas, facilitaram a compreensão do vocabulário trabalhado, a extensão das
letras das músicas, e a escrita de palavras inserindo a aluna nas atividades de
leitura, escrita e produção textual. A música adaptada em CSA se mostrou um
instrumento de grande potencial para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita
de alunos com deficiência, podendo ser utilizado em ambiente terapêutico e
educacional.
A Comunicação suplementar e alternativa (CSA) é uma área da tecnologia
assistida, que tem por finalidade ampliar as formas de comunicação de alunos sem
possibilidade de fala. Por meio de gestos, expressões faciais, uso de objetos
concretos, fotos e imagens padronizadas, o aluno pode expressar seus desejos e
necessidades, além de ampliar seus processos interacionais.
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A comunicação suplementar e alternativa é uma área que tem por objetivo
substituir e/ou desenvolver habilidades de comunicação de maneira permanente ou
temporária. Engloba, por extensão, todas as técnicas, métodos e procedimentos
cuja finalidade é permitir o acesso comunicativo alternativo para pessoas que não
possam realizá-las da forma natural, devido a algum impedimento físico, mental ou
neurológico.
A literatura tem pontuado que além que ampliar as habilidades de
comunicação, a área da CSA, é um instrumento que auxilia o professor nas
atividades pedagógicas, principalmente no acesso a produção textual Outro aspecto
importante deste trabalho e uma preocupação constante durante a pesquisa,
embora não tenha sido o objetivo principal, foi o envolvimento do professor da classe
dos alunos com deficiência. A capacitação de professores frente à política de
inclusão tem sido foco de estudo, pesquisas e cursos. Especialmente relacionada à
capacitação a respeito da área da comunicação alternativa, a literatura tem
apresentado a necessidade de um trabalho entre os profissionais da saúde e
educação.
O desenvolvimento de ações por meio dos sistemas suplementares e
alternativos de comunicação na escola deve ser programado e há necessidade de
competência no uso desses sistemas. . No presente trabalho, a pesquisadora já
tinha experiência e contato com diferentes ações por meio da área em situações
escolares.
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