A ISSN 2525-8605 C 20 C O B 22 24 2016 – E Promoção C . N –S P . Realização 1 C Chegamos à vigésima edição do Orto2016-SPO no auge da nossa disposição e compromisso pelo desenvolvimento da especialidade. Trata-se de um trabalho contínuo de construção coletiva que vem atravessando as décadas, contando com a força de vários colegas que se doaram pela evolução da especialidade. Hoje, a Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO) se orgulha em cumprir seu papel mais uma vez, apresentando neste volume os anais do 20o Congresso Brasileiro de Ortodontia, o Orto 2016-SPO. É a documentação de mais uma iniciativa vitoriosa de nossa entidade, que já incentiva e promove a pesquisa na Ortodontia e na Ortopedia Funcional dos Maxilares há tantos anos. Nas próximas páginas, apresentamos as monografias inscritas no Prêmio Jovem Pesquisador SPO e também os trabalhos inscritos na Exposição de Painéis Científicos do congresso. Esperamos que as próximas gerações de pesquisadores tirem o melhor proveito dessa iniciativa e aprofundem seus conhecimentos acerca da prática da especialidade. Mario Vedovello Filho Presidente de Honra Celestino Nóbrega Patrono Jairo Corrêa Presidente Osny Corrêa Coordenador Geral Flavio Cotrim-Ferreira Haroldo Vieira Coordenador Científico Coordenador Executivo 2 C O Presidente de Honra: Mario Vedovello Filho Patrono: Celestino Nóbrega Presidente: Jairo Corrêa Prêmio de Honra ao Mérito Orto 2016-SPO: Leopoldino Capelozza Filho Assessores da Presidência: Alael Barreiro Fernandes de Paiva Lino • Dalton Humberto de Almeida Cardoso • Fernanda de Azevedo Corrêa • Helena Tornelli • Lucy Dalva Lopes Mauro • Renato Castro de Almeida • Rubens Simões de Lima Coordenador Geral: Osny Corrêa Membros da Comissão Organizadora Central: Ager de Lorenzo • Christiane A. Corrêa • Duilio Mandetta • João Grimberg • Mario Cappellette • Mario Wilson Corrêa • Nivan Marton • Norberto dos Santos Martins • Seiti Ishi Comissão Científica Coordenador: Flavio Cotrim-Ferreira Assessores: Alexander Macedo • Eduardo Sakai • Vanda Domingos Coordenadores de Atividade Científica: Adriana Giaretta • Ager de Lorenzo • Alessandra M. Streva • Ana Cristina G. Vieira • Angela M. Bruni Piana • Aparecida Izildinha P. M. Garcia • Camila Leite Quaglio • Celso Camargo de Barros • Eliana Toledo Niculau • Emne H. Gumieiro • Fadua Damaa de San Juan • Fernando T. C. Domingos • Gennaro Napolitano • Grázia Viviam Esteves Mendes • Gustavo T. C. Terra • Isabela Gomes Pacheco • José Alexandre Kozel • José Pereira Feixas Netto • Juliana Fernandes de Morais • Julio Gurgel • Karyna M. do Valle-Corotti • Laercio Muniz da Silva • Larissa Reale Knoll • Laura Cotrim • Luciana Flaquer • Luciana Mazzilli • Luciano N. Violato • Marcos Pacheco e Silva • Marília Teixeira da Costa • Maristela Pereira • Maurício Tornelli • Patrícia Ap. Moreira Crapina • Paula Mazzo Pastana • Regina A. Pequeneza • Renata E. Kairalla • Renato Tanabe • Rita Catia B. Bariani • Roberto Y. Huang • Rosane Ogata • Selly Sayuri Suzuki • Vanda Domingos • Vera Terra Comissão de Instalação de Painéis: Luiz Sergio Alves Machado • Márcio Precrimo Coordenador Executivo: Haroldo J. Vieira Secretaria Executiva: Cláudia Pini • Daiane de Mesquita • Jaquelyne Ambrósio • William de Oliveira 3 Í Apresentação ............................................................................. 2 Comissão Organizadora ............................................................. 3 Prêmio Jovem Pesquisador SPO ............................................... 5 Painéis Científicos – Categoria Pesquisa................................... 9 Painéis Científicos – Categoria Caso clínico .............................42 Regulamento – Prêmio Jovem Pesquisador SPO................... 121 Regulamento – Painéis Científicos.......................................... 123 4 Prêmio Jovem Pesquisador SPO Influência das características cefalométricas e clínicas no sucesso do tratamento ortopédico de classe III Ana Lúcia Fernandes da Silva; Alessandro Manvailerde Carvalho; Rodrigo Hermont Cançado; Conceição Eunice Canuto; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas O objetivo deste trabalho foi identificar variáveis cefalométricas capazes de predizer os pacientes que apresentarão uma melhor resposta ao tratamento ortopédico para má-oclusão de classe III esquelética. A amostra consistiu de 23 pacientes com má-oclusão de classe III, com a presença de retrusão maxilar no componente esquelético desta má-oclusão, divididos em dois grupos. Grupo sucesso: 12 pacientes (idade inicial média = 10,87; DP=1,76) e grupo insucesso: 11 pacientes (idade inicial média = 11,61; DP=2,12). Foram realizadas telerradiografias laterais ao início e final do tratamento ortopédico dos pacientes, as radiografias foram digitalizadas, os pontos demarcados e processadas as mensurações envolvendo as medidas cefalométricas. Foram realizados testes estatísticos para comparação intragrupo e intergrupos nas fases inicial (T1), final (T2), e alterações (T2-T1). Os resultados demonstraram que as variáveis relacionadas à inclinação dos incisivos inferiores e o crescimento mandibular influenciam diretamente no sucesso da terapia. Conclui-se que a inclinação lingual compensatória dos incisivos inferiores ao início do tratamento ortopédico caracteriza uma variável cefalométrica que poderá predizer o insucesso da terapia ortopédica, assim como o crescimento mandibular acentuado. Melhora do sorriso gengival com o uso da toxina botulínica André Bernd; Tari Darwiche; Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont Cançado O objetivo deste trabalho foi avaliar a melhora da exposição gengival no sorriso em casos submetidos à aplicação da toxina botulínica no sulco nasal. Foram selecionados 29 pacientes com média de idade de 28,34 anos (entre 17 a 42 anos), sendo seis do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Os pacientes receberam aplicação da toxina DysportIpsen, equivalente a 2,5 unidades da seringa de 0,3 ml e agulha de 8 mm BD Ultra-Fine II em cada lado do músculo levantador do lábio superior e asa do nariz. O início dos efeitos da toxina ocorreu de dois a três dias após a aplicação e o efeito máximo em 14 dias após a aplicação; a duração é de aproximadamente oito meses. Para medir de forma confiável, foram tiradas fotos antes e depois de 15 dias. Foi utilizado um método onde fosse possível medir de forma confiável a parte mais baixa do lábio superior (estômio) até a cervical dos incisivos superiores (11 e 21), e a parte mais baixa do lábio superior até a incisal dos incisivos superiores. Essa medição foi realizada antes e após a aplicação da toxina. A comparação das medidas utilizadas antes e após a aplicação da toxina botulínica foi realizada pelo teste t dependente. Houve melhora estatisticamente significante em todas as medidas avaliando o sorriso gengival após aplicação da toxina botulínica. A melhora média foi de aproximadamente 2 mm. Comparação dos diâmetros mesiodistais entre os dentes posteriores superiores e inferiores Camila Araujo; Emerson Giliard Euzébio Godói; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado O objetivo deste trabalho foi comparar, em modelos de estudo, o diâmetro mesiodistal entre primeiros e segundos pré-molares e cúspides mesiovestibulares dos primeiros molares superiores e inferiores. Foram mensurados 711 modelos, sendo 321 classe I, 324 classe II e 66 classe III, medidos com paquímetro digital. A comparação dos diâmetros mesiodistais foi realizada por meio do teste Anova e a soma dos diâmetros mesiodistais destes dentes, de ambos os lados, foi realizada pelo teste t independente. Com relação ao diâmetro mesiodistal, os resultados indicaram: os primeiros pré-molares superiores são maiores que os segundos prémolares superiores; os primeiros e segundos pré-molares inferiores apresentam diâmetros mesiodistais semelhantes; as cúspides mesiovestibulares dos primeiros molares superiores e inferiores apresentam diâmetros mesiodistais menores do que os pré-molares superiores e inferiores respectivamente; os primeiros pré-molares superiores e inferiores de um mesmo lado são semelhantes e os 5 segundos pré-molares inferiores são maiores em relação ao diâmetro mesiodistal que os segundos pré-molares superiores de ambos os lados. Conclui-se que há diferença entre os diâmetros mesiodistais de pré-molares e cúspide mesiodistal dos primeiros molares. Essa característica é de extrema importância para o ortodontista, e deve ser considerada durante o planejamento ortodôntico para alcançar os melhores resultados provenientes do tratamento ortodôntico. Acurácia de modelos ortodônticos por escaneamento a laser, luz estruturada e tomografia computadorizada Leonardo Tavares Camardella; David Silveira Alencar; Felipe Assis Ribeiro Carvalho; Oswaldo de Vasconcellos Vilella Com a utilização crescente dos modelos digitais em Ortodontia, aumenta também a necessidade de se conhecer as opções disponíveis para sua obtenção. Atualmente, a alternativa mais utilizada é o escaneamento de modelos de gesso, que pode ser realizado em scanners a laser, por luz estruturada ou por tomografia computadorizada. O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de uma análise por sobreposição de modelos digitais, a acurácia dos modelos digitais gerados por estes três métodos de escaneamento e a influência de dois diferentes níveis de resolução de escaneamento. Foram escaneados 30 pares de modelos de gesso utilizando as três tecnologias. O escaneamento por luz estruturada foi realizado com duas configurações do nível de resolução: máxima e padrão. Os modelos digitais gerados foram sobrepostos e as diferenças entre as superfícies foram calculadas. Mapas de cores foram utilizados para evidenciar as discrepâncias entre os modelos. Para todos os parâmetros avaliados, foram obtidas diferenças estatisticamente significantes. As diferenças entre os modelos escaneados a laser e por luz estruturada foram menores, o que sugere maior similaridade entre eles. As diferenças encontradas entre os modelos digitais obtidos pelas três tecnologias de escaneamento estudadas foram estatisticamente significantes. No entanto, por serem muito pequenas quantitativamente, não foram consideradas clinicamente significantes. Não houve diferença entre os dois níveis de resolução estudados. Portanto, os três métodos de escaneamento avaliados possuem uma acurácia clinicamente aceitável para ser utilizado em Ortodontia. Comparação das alterações no arco inferior com braquetes autoligáveis e convencionais Marcio Rodrigues de Almeida, Juliana de Brito Vasconcelos, Renato Rodrigues de Almeida, Jefferson Schwertner O objetivo do presente trabalho foi comparar as alterações dimensionais do arco inferior em pacientes tratados ortodonticamente sem extração, com braquetes autoligáveis e convencionais, através de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Dois períodos foram avaliados: pré-tratamento (T0) e após os primeiros seis meses (T1) de alinhamento e nivelamento. A amostra foi composta por 25 pacientes classe I e II de Angle de ambos os sexos, divididos em dois grupos: grupo 1 (G1), composto de 13 indivíduos tratados com o aparelho autoligável EasyClip .022” (Aditek), com idade média inicial de 18,58 anos; e grupo 2 (G2), constituído de 12 indivíduos tratados com aparelho pré-ajustado convencional .022” (Abzil-Unitek 3M), com idade média inicial de 21,61 anos. A mesma sequência de fio recomendada pelo fabricante foi utilizada para ambos os grupos. A comparação entre as fases inicial e após seis meses, intra e intergrupos, foi realizada por meio do teste t de Student. Em todos os testes estatísticos foi adotado um nível de significância de 5% (p < 0,05). O erro intraexaminador foi realizado por meio do teste t de Student e pela fórmula de Dahlberg. O erro interexaminador foi avaliado pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Houve somente uma medida significante entre os dois grupos (nível vertical lingual). Concluiu-se que ambos os sistemas de braquetes investigados (autoligável e convencional) promoveram uma similar inclinação vestibular durante os primeiros seis meses de alinhamento e nivelamento. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os sistemas de braquetes convencionais e autoligáveis quanto às alterações ósseas dimensionais do arco dentário inferior. Comparação das alterações das dimensões dos arcos dentários e da posição dos incisivos após tratamento ortodôntico com aparelho autoligável e convencional Paula Patricia Cotrin da Silva; Willian Power Homem; Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont Cançado O objetivo deste trabalho foi comparar as alterações nas dimensões dos arcos dentários superior e inferior, e as alterações nas posições 6 dos incisivos superior e inferior de casos tratados sem extrações, com aparelho convencional e braquetes autoligáveis Morelli SLI. A amostra consistiu de 61 pacientes com má-oclusão de classe I, tratados sem extrações e com apinhamento leve a moderado, divididos em dois grupos. Grupo 1: 31 pacientes tratados com aparelho autoligável Morelli SLI, com idade inicial média de 21,87 anos e tempo de tratamento médio de 2,39 anos. Grupo 2: 30 pacientes tratados com aparelho convencional, com idade inicial média de 14,98 anos e tempo de tratamento médio de 1,8 anos. Foram realizadas medidas dos arcos superior e inferior das distâncias intercaninos, interpré-molares (primeiros e segundos pré-molares), intermolares e comprimento do arco, assim como avaliadas as medidas de 1.NA, 1-NA, 1.NB, 1-NB e IMPA. A comparação intergrupos foi realizada com testes t independentes. O grupo Morelli SLI apresentou um aumento nas distâncias transversais superiores significantemente maior do que o grupo convencional. A alteração do comprimento do arco superior não apresentou diferença entre os grupos. Com relação ao arco inferior, o grupo Morelli SLI apresentou um aumento significantemente maior nas distâncias intercaninos e interprimeiros pré-molares do que o grupo convencional. A alteração ocorrida na posição dos incisivos superiores foi maior no grupo convencional do que no grupo Morelli SLI. O tratamento realizado com o aparelho Morelli SLI resultou em um aumento significantemente maior das dimensões transversais do arco superior, comparado ao aparelho convencional. No arco inferior, a distância interprimeiros pré-molares apresentou maior aumento no aparelho Morelli SLI do que no convencional. Com maior alteração na posição dos incisivos superiores no grupo convencional, observou-se que o grupo com braquetes autoligáveis Morelli SLI resultou em uma maior expansão transversal do que o grupo convencional. Referências linguais da coroa dentária para o posicionamento vertical de braquetes Sérgio Estelita Cavalcante Barros; Denise Munaretto Ficht; Guilherme dos Reis Pereira Janson; Kelly Fernanda Galvão Chiqueto preenchiam os critérios de seleção teve seus modelos de gesso iniciais selecionados. Após a padronização do posicionamento do modelo de gesso, o PVCM e PVCC dos dentes posteriores de ambos os arcos foram medidos, permitindo o cálculo da DVCM e DVCC. Um medidor digital de altura com precisão de 0,01 mm foi utilizado para as avaliações. Os dados foram comparados estatisticamente (p < 0,05). Em geral, os dentes posteriores adjacentes apresentaram diferentes PVCM e PVCC. As variáveis DVCM e DVCC foram significantemente diferentes, exceto entre pré-molares inferiores. As diferenças entre DVCM e DVCC foram clinicamente significantes (> 0,5 mm). O PVCC foi significantemente correlacionado com a idade do paciente. As diferenças entre DVCM e DVCC indicaram que o centro lingual da coroa clínica não foi uma referência anatômica confiável para predizer o nivelamento das cristas marginais. A idade do paciente parece ser um fator adicional que limita o uso adequado deste referencial. Comparação das alterações do perfil em pacientes classe III tratados com prescrição Roth e biofuncional Déric Meschiari Batista; Romeu Cassiano Pucci da Silva Ramos; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Fabrício Pinelli Valarelli O objetivo deste trabalho foi comparar as alterações cefalométricas no perfil tegumentar em pacientes com má-oclusão de classe III, tratados com as prescrições biofuncional e Roth. A amostra foi constituída de 64 pacientes de ambos os sexos, 30 no grupo biofuncional com idade média de 20,39 anos e 34 no grupo Roth com idade média de 18,65 anos. Foram analisadas as telerradiografias em norma lateral inicial (T1) e final (T2), e comparados os valores ganhos com cada prescrição nas seguintes medidas cefalométricas: Li-E (mm); Ls-E (mm); convexidade facial (º); ângulo nasolabial; Ls-S (mm); e Li-S (mm). O teste estatístico utilizado foi o teste t de Student independente. Os resultados demonstraram que ambas as prescrições produzem alterações semelhantes no perfil, pois não houve diferenças significantes entre as alterações. O objetivo foi determinar o posicionamento vertical da crista marginal (PVCM) e do centro lingual da coroa clínica (PVCC), bem como comparar a discrepância vertical de posição entre cristas marginais (DVCM) e centros de coroas clínicas (DVCC) de dentes adjacentes. Para tanto, uma amostra foi selecionada a partir de um grupo de 1.430 pacientes. Um total de 200 pacientes que 7 Prevalência da mordida cruzada posterior e mordida aberta anterior em escolares de três a 19 anos Bianca Zeponi Fernandes de Mello; Rodrigo Maraccini Franco; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli; Carlos Roberto Dutra; Thais Marchini de Oliveira O objetivo deste trabalho foi demonstrar a prevalência da mordida aberta anterior (MAA) e mordida cruzada posterior (MCP) em escolares da rede pública e municipal de Bauru (SP), Brasil. A amostra correspondia a 3.094 alunos de três a 19 anos e foi dividida em quatro grupos que dependiam da idade cronológica e fase da dentadura. Foram selecionados os indivíduos que não tinham recebido tratamento ortodôntico prévio e avaliada a prevalência da MAA e MCP pelo teste Qui-quadrado com nível de significância de 5%. Os resultados mostraram aumento de tratamento ortodôntico a partir dos sete anos, mantendo a proporcionalidade nos grupos. Não houve diferença estatisticamente significante em relação à prevalência da MCP, em relação às idades dos estudantes, enquanto o grupo de MAA apresentou diminuição da sua prevalência ao longo do tempo estudado. Concluiu-se que a MAA e a MCP evoluem de formas diferentes, mas ambas iniciam-se na dentadura decídua e merecem uma atenção especial dos profissionais nessa fase. Avaliação do tratamento da classe II com o distalizador First Class em ancoragem convencional e esquelética Roberto Henrique da Costa Grec; José Fernando Castanha Henriques; Patrícia Garcia de Moura Grec; Mayara Paim Patel O objetivo deste estudo longitudinal foi avaliar as alterações dentoesqueléticas e tegumentares de jovens com má-oclusão de classe II, tratados com distalizador First Class em dois tipos diferentes de ancoragem. Foram selecionados 30 pacientes e divididos em dois grupos de 15: G1 (que recebeu o distalizador com ancoragem convencional no botão de Nance); e G2 (que recebeu o distalizador com ancoragem esquelética apoiado em dois mini-implantes no palato). As telerradiografias foram obtidas antes e após a distalização dos molares, para a realização das análises cefalométricas. O tempo médio de tratamento foi de 4,51 e 6,28 meses para G1 e G2, respectivamente. Ambos os grupos apresentaram alterações dentárias significantes com distalização (G1=2,39 mm; G2=2,21 mm), angulação distal (G1=10,51º; G2=4,49º) e intrusão (G1=0,53 mm; G2=0,10 mm) dos primeiros molares superiores. A perda de ancoragem foi semelhante entre os dois grupos, com significante mesialização (G1=2,78 mm; G2=3,11 mm) e angulação mesial (G1=4,95°; G2=4,69°) dos segundos pré-molares, protrusão (G1=1,55 mm; G2=1,94 mm) e vestibularização (G1=5,78°; G2=3,13°) significantes dos incisivos superiores, e um aumento significante no trespasse horizontal (G1=1,07 mm; G2=0,81 mm). A mecânica de distalização não interferiu nos componentes esqueléticos e tegumentares dos pacientes. Em ambos os grupos, o distalizador First Class promoveu correção da relação molar, porém, apresentou efeitos de perda de ancoragem, verificados nos pré-molares e incisivos superiores, mesmo quando associado a mini-implantes. Não houve diferença significante entre os grupos quanto às alterações dentárias lineares, porém, as angulares foram significantemente menores no grupo com ancoragem esquelética. 8 Painéis Científicos Categoria – Pesquisa 001 – Grau de confiabilidade e reprodutibilidade dos diferentes métodos de determinação da posição natural da cabeça: um estudo comparativo Marsha Lisa Schlittler Ventura; Marco Aurelio Carneiro Carrijo; Cristiane Venturini; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic) 002 – Avaliação de níveis de mediadores inflamatórios em dentes e mini-implantes durante expansão rápida da maxila suportada com mini-implantes Marsha Lisa Schlittler Ventura; Cristiane Venturini; Elizabeth Martinez; Selly Sayuri Suzuki; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic) Analisando-se comparativamente os métodos centroide (baseado em HOR-REFE – linha horizontal de referência) e fotográfico (subjetivo), o presente estudo objetivou determinar o modo como a experiência do ortodontista influencia no correto posicionamento da cabeça do paciente nos registros de imagens. O trabalho contou com voluntários que foram divididos em dois grupos: 13 profissionais com menos de um ano de prática ortodôntica (G1) e três com mais de dez anos de experiência (G2). Foram avaliadas 192 fotografias e 192 radiografias. Primeiramente, os voluntários foram orientados a posicionar as imagens em PNC (posição natural da cabeça) pelo método convencional, e depois utilizando o método centroide. Os trabalhos foram coletados e nas imagens foram traçados uma linha vertical verdadeira e o plano estético de Ricketts, cujo ângulo de intersecção foi medido. As diferenças entre os ângulos obtidos nas fotos e radiografias foram comparadas por um mesmo profissional, e a diferença entre os ângulos obtidos por cada grupo de profissionais (G1 e G2). Os dados foram analisados quanto ao atendimento dos pressupostos de normalidade (teste de Kolmogorov-Smirnov) e de homogeneidade de variância (teste de Levene). A avaliação da influência da experiência do operador para os métodos centroide e fotográfico encontrou uma diferença estatisticamente significante. Já a avaliação da influência do método (centroide ou fotográfico) não demonstrou diferença estatística entre os valores encontrados pelos dois grupos de profissionais, embora essa diferença tenha sido maior quando utilizado o método fotográfico. A posição natural da cabeça, obtida pelo método HOR-REFE, poder ser considerada um método menos variável indicado para a realização de um diagnóstico confiável, principalmente para profissionais com pouca experiência. O objetivo do trabalho foi avaliar níveis dos mediadores inflamatórios interleucina 6 e 8 (IL-6 e IL-8) em dentes e mini-implantes durante expansão rápida da maxila suportada com mini-implantes, e assim poder determinar se o aparelho expansor suportado com mini-implantes (Marpe) representa uma boa ancorarem óssea. Foram selecionados oito pacientes adultos com atresia maxilar. O Marpe incluiu expansor tipo Hyrax e quatro presilhas-guias, sendo apoiado em quatro mini-implantes fixados no palato e duas bandas. Dez dias após a instalação e antes da ativação, cones de papel absorventes e estéreis foram posicionados durante 20 segundos para coleta do fluido gengival crevicular em primeiros molares e segundos pré-molares superiores, linha média e mini-implantes. Os cones foram armazenados em tubos plásticos estéreis sobre temperatura negativa. Após um ciclo de ativação protocolar, foram realizadas novas coletas. As amostras foram submetidas ao teste Elisa, e os mini-implantes foram avaliados com o uso do equipamento Periotest, que demonstrou a estabilidade dos mini-implantes. Os resultados passaram por análise estatística, que demonstrou uma diferença significativa em níveis de IL-6 e IL-8 ao redor de mini-implantes, mas não ao redor de dentes, após a ativação do expansor. Sabendo-se que forças ortodônticas elevadas geram altos níveis de inflamação, constatou-se que o aparelho expansor suportado com mini-implantes representa uma boa ancorarem óssea direcionada às forças para o osso basal da maxila, reduzindo os efeitos adversos em dentes. 9 003 – Hábitos bucais deletérios em pacientes com mordida aberta anterior Flaviana Alves Dias; Marcio Rodrigues de Almeida; Paula Vanessa Pedron OltramariNavarro; Helena Sandrini Venante; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Thais Maria Freire Fernandes (Universidade Norte do Paraná) Introdução: más-oclusões oriundas dos hábitos de sucção são diagnosticadas na rotina ortodôntica, exigindo anamnese e exame clínico detalhados considerando importantes fatores, como: idade do paciente, padrão facial, duração, frequência e intensidade dos hábitos (tríade de Graber), uma vez que são responsáveis pelo tipo e severidade das alterações dentoesqueléticas. Dentre estas más-oclusões está a mordida aberta anterior (MAA), presente em cerca de 78,5% das crianças com hábitos de sucção prolongados, que caracteriza-se pela ausência de trespasse vertical entre os incisivos superiores e inferiores, resultando em problemas estéticos, fonoaudiológico, alimentares e psicológicos. Objetivo: avaliar o abandono do hábito deletério com o uso de aparelhos para correção da MAA e correlacionar o abandono do hábito bucal deletério e a correção da MAA com diferentes dispositivos (esporão, mentoneira, grade fixa e grade removível). Métodos: após avaliação de 4.563 jovens de escolas municipais da cidade de Londrina/PR, 72 pacientes com MAA maior do que 3 mm, relação molar classe I de Angle, em fase de dentadura mista, com idade entre sete e dez anos, e ausência de mordida cruzada posterior foram selecionados para avaliação da presença de hábitos bucais deletérios e tratamento precoce da MAA com quatro diferentes dispositivos. Antes (T1) e após um ano (T2) de tratamento, a documentação ortodôntica foi realizada para observação das alterações relacionadas à MAA. Para avaliação da presença de hábitos deletérios, questionários pré-tratamento foram aplicados aos responsáveis. Durante o tratamento, foi feito o acompanhamento para observar se houve abandono dos mesmos. Resultados e conclusão: 93,05% da amostra de pacientes com MAA apresentavam hábitos de sucção e 69,45% não apresentavam mais o hábito, após interceptação da MAA. O índice de abandono de hábitos foi superior para as grades palatinas fixa (91,3%) e removível (80%). Todos os pacientes apresentaram melhora no trespasse vertical após um ano de tratamento, com correção média de 3,15 mm no total da amostra. A média de correção do overbite (T2-T1) foi de 3,68 mm nos pacientes que abandonaram o hábito e de 1,97 mm nos que persistiram, mostrando que os hábitos bucais estão relacionados com a severidade e perpetuação da mordida aberta anterior, quando não removidos em idade precoce. 004 – Avaliação dos efeitos da laserterapia no processo inflamatório e na dor causados pela instalação de separadores ortodônticos Daniela Regiani de Freitas Conti; Hideo Suzuki; Aguinaldo Garcez Segundo; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic) No tratamento ortodôntico, a dor é um efeito colateral devido à aplicação de forças para que ocorra a movimentação dentária. Essa dor é localizada e pode ser controlada através de analgesia. A terapia com laser de baixa potência tem se mostrado capaz de modular a resposta inflamatória no ligamento periodontal, estimular a cicatrização e, consequentemente, reduzir a dor. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da terapia com laser de baixa potência no processo inflamatório e na dor, induzidos pela instalação de separadores durante tratamentos ortodônticos. Foram selecionados 20 voluntários provenientes da clínica da Faculdade São Leopoldo Mandic, adultos saudáveis, ambos os gêneros, maiores de 18 anos. Separadores elásticos foram instalados do lado direito e esquerdo nas mesiais dos primeiros molares inferiores permanentes, os quais permaneceram por 96 horas. Para avaliação de dor foi utilizada a escala Visual Analogic Scale (VAS) numérica de 0 a 10. Coleta de fluído crevicular gengival foi realizada, com cones de papel absorvente, anteriormente à instalação dos separadores e 0, 24, 48 e 72 horas após a instalação. Todos os voluntários receberam tratamento placebo na hemiarcada esquerda, e irradiação com laser de diodo (808 nm, 100 mW) na hemiarcada direita por 40 segundos (energia de 4 J) na mesial vestibular e lingual dos primeiros molares. Através do método Elisa foi quantificada a interleucina 6. Na escala VAS, foi observado um pico de sensibilidade dolorosa no segundo dia após instalação, para ambos os grupos. Entretanto, valores significativamente menores de dor foram relatados na hemiarcada irradiada com o laser de baixa potência, quando comparado ao lado placebo. Os níveis de interleucina 6 também foram significativamente menores no lado irradiado. O uso do laser de baixa potência em Ortodontia, após a inserção de separadores ortodônticos, promove menores níveis de dor e inflamação nos dentes irradiados, quando comparado aos dentes não expostos à irradiação com laser de baixa potência. 10 005 – Análise subjetiva e numérica de indivíduos nipo-brasileiros Alexandre Magno dos Santos; Hideo Suzuki; Mauricio de Almeida Cardoso; Bernardo Magno dos Santos; Isabella Simões Holz; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O presente trabalho avaliou uma amostra de indivíduos nipo-brasileiros, adultos, com equilíbrio músculo-facial, ausência de tratamento ortodôntico ou cirurgia facial prévia. A amostra foi constituída de 82 indivíduos (42 do sexo feminino e 40 do masculino), que foram avaliados por cinco grupos de avaliadores com relação à agradabilidade facial. Para verificar a concordância entre examinadores foi utilizado o coeficiente de concordância de Kendall. Para comparação entre os grupos foi utilizado o teste Qui-quadrado e o teste de proporções, com nível de significância de 5% (p < 0,05). A maioria dos indivíduos foi considerada esteticamente aceitável. Nos indivíduos esteticamente desagradáveis o nariz e o queixo foram as estruturas que mais impactaram suas faces. Sobre a fotografias de perfil dos indivíduos agradáveis foi executada uma análise facial numérica do perfil. 006 – Efeito de diferentes concentrações de ácido hidrofluorídrico e termociclagem na resistência de união de braquetes metálicos à cerâmica Ana Paula de Aguiar; Ana Rosa Costa; Marcus Vinicius Crepaldi; Americo Bortolazzo Correr; Lourenço Correr Sobrinho; Heloisa Cristina Valdrighi (Uniararas) O propósito neste estudo foi avaliar o efeito de diferentes concentrações do ácido fluorídrico (AF) e ciclagem térmica na resistência da união ao cisalhamento (RUC) de braquetes metálicos à cerâmica. Cilindros de cerâmica feldspática foram separados em dez grupos, de acordo com a concentração do AF: 1) 1%; 2) 2,5%; 3) 5%; 4) 7,5%; 5) 10%; 6) 1%; 7) 2,5%; 8) 5%; 9) 7,5%; e 10) 10%. Todos os cilindros foram condicionados por 60 s e receberam duas camadas de silano. Braquetes metálicos foram fixados aos cilindros cerâmicos com a resina composta Transbond XT e fotoativados por 40 s, usando a fonte de luz LED (Radii Plus, SDI). Todos os cilindros foram armazenados em água deionizada a 37ºC por 24 horas, e os grupos de 1 a 5 foram submetidos à termociclagem (7.000 ciclos – 5º/55ºC). A RUC foi realizada na Instron à velocidade de 1 mm/min. até ocorrer a falha. Os dados foram submetidos à análise de variância dois fatores e ao teste de Tukey post hoc (α=0,05). O índice de remanescente do adesivo (IRA) foi avaliado em aumento de 40x. As diferentes concentrações do ácido fluorídrico influenciaram na RUC dos braquetes unidos à cerâmica (p < 0,05). A termociclagem diminuiu a RUC dos braquetes unidos à cerâmica (p < 0,05). O IRA mostrou predominância de escore 0 para todos os grupos, com aumento de escores 1, 2 e 3 para todos os grupos sem termociclagem. Em conclusão, a termociclagem diminuiu significantemente a RUC. As concentrações do ácido fluorídrico influenciaram a RUC. 007 – Avaliação in vitro da degradação de forças dos elásticos em cadeia Debora Bressiane de Souza; Silvia Amélia S. Vedovello (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Os elásticos em cadeia, sintéticos ou elastoméricos são obtidos por meio de transformações químicas do carvão, petróleo e alguns álcoois vegetais. Sua extensa aplicação ocorre em substituição às ligaduras metálicas para fixação dos arcos aos braquetes, bem como na retração e fechamento de espaços por meio dos elásticos sintéticos do tipo corrente. Além disso, sofrem significante degradação na quantidade de força liberada ao longo do tempo de utilização. Com o avanço tecnológico, foram introduzidas no mercado ligaduras elásticas que visam alterar as características de sua superfície, diminuir a fricção do arco ao braquete, aumentar os níveis de força das ligaduras, reduzir a adesão das bactérias e aumentar sua resiliência. Outro aperfeiçoamento foi a criação de um desenho apropriado, com angulações, o que permitiu uma melhor fixação ao braquete e conforto para o paciente pelo menor contato do lábio ao elastômero (Malta, 2007). Nesta pesquisa foram utilizadas ligaduras elásticas ortodônticas em cadeia, tipo curto, da cor cristal, das marcas: Morelli, Orthometric, AO e Eurodonto. Os elásticos ortodônticos foram adquiridos em embalagens seladas e dentro do prazo de validade. Foram analisadas dez amostras de cada marca comercial, escolhidas aleatoriamente; confeccionadas quatro placas de acrílico transparente (T. Brasil), com 12 cm de comprimento e 5 cm de largura. Estas receberam dez marcações alinhadas, distando 10 mm entre si e fixadas com botão lingual de colagem (Morelli) e resina acrílica (Jet). Em seguida, dez segmentos de elásticos em cadeia de cada marca, com cinco elos cada, foram adaptados aos botões, aferidas por um dinamômetro da marca Zeusan, que registrou em gramas a força inicial de distensão de cada elástico, criando assim o grupo-controle e calculando a média 11 inicial de força para cada marca. Após resultados obtidos das médias personalizadas, foram confeccionadas quatro placas, uma para cada marca, conforme estudo-piloto, com uma distância de 10 mm. As placas receberam gravações com o nome comercial do fabricante do elástico, e as amostras foram numeradas de um a dez. Após a leitura inicial, a extremidade do elástico foi levada ao seu botão de assentamento à distância equivalente a 10 mm nas respectivas placas acrílicas. As placas com os elásticos foram mantidas imersas em saliva artificial a 37°C, dentro de estufa de cultura durante 28 dias. O presente estudo permite concluir que as cadeias elásticas exibem uma rápida degradação das forças nas primeiras 24 horas e, após este período, o processo de degradação da força começa a diminuir gradativamente. As cadeias elásticas da marca Eurodonto demonstraram a menor média de porcentagem de degradação de força nos períodos avaliados, porém, houve grande variância entre as amostras. Como a marca Eurodonto não apresentou padrão de normalidade e homogeneidade, este estudo concluiu que a marca AO apresentou melhor comportamento do que as demais pesquisadas. 008 – Comparação da força de elásticos intermaxilares utilizados por diferentes períodos de tempo Danielle Espindola Nandi Pimenta; Andressa Tribulato Lopes Nitrini; Rodrigo Hermont Cançado; Fabricio Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas (Uningá) O objetivo deste estudo foi comparar a degradação de força dos elásticos intermaxilares utilizados por diferentes períodos de tempo. Material e métodos: a amostra incluiu elásticos intermaxilares utilizados por 20 pacientes adultos com má-oclusão de classe II ou III bilateral, em tratamento ortodôntico com aparelhos fixos, com idade média de 27,25 anos. Foram utilizados elásticos ortodônticos de látex com diâmetro 3/16”, com estiramento médio de três vezes o seu diâmetro. Os elásticos foram utilizados em um mesmo paciente bilateralmente por diferentes períodos de tempo, sendo que cada par de elásticos foi utilizado por uma, 12, 24 e 48 horas. Sendo assim, a amostra constituiu-se de 200 elásticos, sendo 40 utilizados em cada período de tempo (um par utilizado por cada paciente), e mais 40 elásticos novos sem utilização testados como controle. Os elásticos foram testados em uma máquina universal de ensaios, estirados com velocidade de 30 mm por minuto e a força foi avaliada nos estiramentos de 15 mm, 20 mm, 25 mm e 30 mm. A força de degrada- ção foi comparada nos quatro diferentes tempos de utilização e controle por meio do teste Anova a um critério de seleção, e teste de Tukey. Resultados: houve diferença significante entre os grupos em todos os estiramentos avaliados (15 mm, 20 mm, 25 mm e 30 mm). Os elásticos-controle apresentaram maiores médias de forças numericamente, e com diferença estatisticamente significante para todos os tempos testados, exceto para os elásticos utilizados apenas por uma hora. Os elásticos utilizados por uma, 12 e 24 horas apresentaram forças semelhantes entre si, com diferença significante para os elásticos utilizados por 48 horas. Conclusão: recomenda-se a troca dos elásticos intermaxilares após 24 horas de utilização. 009 – Maturação da sutura palatina mediana em indivíduos de 11 a 15 anos: um estudo tomográfico Victor de Miranda Ladewig; Diego Luiz Tonello; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Leopoldino Capelozza Filho (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Este estudo avaliou os estágios de maturação da sutura palatina mediana (SPM) em indivíduos de 11 a 15 anos de idade, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Visto que nesta faixa etária o procedimento de expansão rápida maxilar é exitoso na grande maioria dos casos, buscou-se identificar o status de maturação sutural nesses indivíduos para usá-lo como base de comparação no prognóstico de ERM em pacientes mais velhos. É sabido que os métodos atuais para tal avaliação não são confiáveis, por isso a necessidade da utilização de um método individualizado, com base em imagens tomográficas. A amostra constituiu-se de 84 indivíduos, com idades entre 11 e 15 anos (40 do sexo masculino e 44 do feminino), que foram classificados usando-se uma escala crescente de maturação da SPM (A, B, C, D e E). O erro de medição foi avaliado pela estatística kappa. O estágio A foi observado em somente uma menina de 11 anos. O estágio B esteve presente em todas as idades, porém, foi mais prevalente até aos 13 anos (11 anos: 30,8%; 12 anos: 33,3% e 13 anos: 41,7%), e em menor proporção nos indivíduos de 14 e 15 anos (6,7% e 11,8%, respectivamente). O estágio C foi o mais prevalente em todas as idades avaliadas (11 anos: 61,5%; 12 anos: 51,9%; 13 anos: 50,0%; 14 anos: 53,3% e 15 anos: 35,3%). Os estágios D e E apresentaram baixa prevalência (13,1% e 10,7%, respectivamente). Os resultados obtidos nesse trabalho, com prevalência dominante do estágio C, sugerem que a ERM realizada em pacientes 12 acima 15 anos de idade teria prognóstico bom o suficiente para justificar a tentativa de ERM convencional, não cirúrgica, quando a avaliação do status sutural indicar até o estágio C. 010 – Avaliação do sistema de força horizontal da alça de Bull reverso em aço Patrícia Maria Ferreira de Souza; Orlando Rafael Chianelli Junior; Renato Bringel Santos; Viviane Ferreira Ramos; Daniel Ianni Filho (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Este estudo avaliou a força horizontal da alça de Bull reverso em aço na retração parcial de caninos. A amostra consistiu de 30 alças ortodônticas construídas com fios de aço, de secção transversal 0,017" x 0,025". Os corpos-de-prova foram pré-ativados em 15º. As forças horizontais produzidas pelos corpos-de-prova foram quantificadas utilizando-se um transdutor de momentos acoplado ao indicador digital para extensometria, e adaptado a uma máquina universal de ensaios Instron – modelo TTDML. As alças foram centralizadas em um espaço de 23 mm e submetidas a uma ativação total de 4,0 mm, sendo registrados os valores a cada 0,5 mm de ativação. Os resultados demonstraram que as alças de Bull reversos em aço testadas proporcionaram altas médias de magnitudes de forças, que variaram de 30 g a 500 g, com ativações entre 0,5 mm e 4,0 mm, respectivamente. Dessa maneira, pôde-se constatar que a magnitude da força horizontal encontrada não foi considerada ideal para a retração dos caninos, visto que forças horizontais altas, para pequenas quantidades de ativação, provocam a perda da ancoragem. 011 – Angulação e torque de braquetes autoligados e convencionais da prescrição Roth Maurício Guilherme Lenza; Lilian Carneiro Abrão; Milena Moraes de Oliveira Lenza; André Luiz de Melo Drumond; Marcos Augusto Lenza; João Batista de Souza (UFG) Introdução: diferentemente dos braquetes pioneiros da técnica Edgewise, onde há a necessidade de incorporar dobras no arco ortodôntico para um correto posicionamento dentário, os braquetes pré-ajustados já se apresentam com características de torque e angulação adequadas para o correto posicionamento dentário. Objetivos: avaliar os valores de angulação e torque quanto à prescrição descrita pelo fabricante em sistemas de braquetes autoligados e convencionais. Metodologia: 120 braquetes ortodônticos metálicos convencionais: Roth Max Morelli, Premium Orthometric e Kirium Abzil/3M e 120 braquetes autoligados: SLI Morelli, OrthoClip SLB Orthometric e Portia Abzil/3M, todos com canaleta com dimensão de 0,022” e prescrição Roth, correspondentes aos dentes incisivo central, incisivo lateral, canino, primeiro pré-molar e segundo pré-molar, superiores e inferiores. As mensurações de angulação e torque foram realizadas por um examinador, utilizando um perfilômetro da marca Mitutoyo, modelo PJA3000 StarrettSigma, o qual apresentava um módulo para mensuração digital Quadra Check 200, do Laboratório de Metrologia da Empresa Abzil/3M (São José do Rio Preto/SP, Brasil) Resultados: todos os braquetes apresentaram valores de angulação e toque diferentes da prescrição original de Roth. Não se observou predomínio de um sistema em relação ao outro quando comparados sistemas convencionais e autoligados. Conclusão: existe diferença entre os valores encontrados nos braquetes analisados tanto autoligados quanto convencionais, em relação à prescrição original e em relação aos valores alegados pelos fabricantes. 012 – Avaliação da correlação do atrito e da rugosidade superficial no slot de braquetes autoligáveis cerâmicos e metálicos: estudo in vitro Ivana Mara Lira Belo Galvão; Selly Sayuri Suzuki; Hideo Suzuki; Pablo Thiago Valentim; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Na mecânica ortodôntica, a força de atrito é influenciada não apenas pela geometria dos braquetes autoligáveis, mas também pelo material, por alterações físicas entre as ranhuras dos braquetes e a superfície do fio durante o movimento de deslizamento. A rugosidade das superfícies de contato do fio e do slot é de suma importância, uma vez que pode interferir tanto no aspecto visual, provocando efeito antiestético do aparelho, quanto no coeficiente de atrito. O objetivo desse estudo foi comparar braquetes autoligáveis cerâmicos e metálicos quanto à rugosidade superficial da canaleta e atritol, utilizando mecânica de deslizamento in vitro. Foram utilizados 40 braquetes autoligáveis de incisivo central superior direito, Roth, divididos em: grupo 1: braquetes metálicos passivos; grupo 2: braquetes cerâmicos passivos; grupo 3: braquetes metálicos ativos; grupo 4: braquetes cerâmicos ativos. Para todos os testes foi utilizado fio de aço inoxidável 0,019” x 0,025”. Antes e após a realização do ensaio in vitro, os braquetes foram submetidos à análise quantitativa da rugosidade da superfície do slot 13 dos braquetes através do perfilômetro óptico digital. Para realizar os testes de tração estática em linha reta, foi utilizada a máquina EMIC DL200 simulando a mecânica de deslizamento. De acordo com os resultados, os braquetes autoligados passivos cerâmicos apresentaram os valores mais elevados de rugosidade, o atrito dos braquetes autoligados passivos, tanto metálicos quanto cerâmicos, foi inferior ao dos braquetes autoligados ativos. Conclui-se que, quanto à associação entre atrito e a rugosidade, não houve associação significante para os braquetes estudados. 013 – Motivação dos pacientes para o tratamento ortodôntico Anderson Lima; Anderson Paulo Barbosa Lima; Ana Claudia Ficho; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli Varaleli; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Os objetivos dessa pesquisa consistiram em examinar os motivos que levaram os pacientes à busca de tratamento ortodôntico e determinar se há influência da idade e gênero. A amostra constou de 250 pacientes entre nove a 59 anos de idade, sendo 144 do sexo feminino e 106 do masculino, em fase ativa de tratamento ortodôntico fixo. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a faixa etária: grupo dos jovens de 9-16 anos; e dos adultos, de 19–59 anos de idade. Estes responderam a um questionário e suas respostas foram analisadas pela estatística indutiva, por meio de teste Qui quadrado. Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes busca pelo tratamento ortodôntico porque reconhecem que possuem má-oclusão (42,4%), sendo que os adultos (24,4%) citaram mais frequentemente esse motivo do que os jovens (18%). O segundo motivo apontado foi a busca pela melhora da aparência (24%), evidenciando diferenças entre as faixas etárias avaliadas onde 15,6% dos adultos atribuíram o tratamento ortodôntico às razões estéticas. Os jovens de 9 a 16 anos, apontaram a influência de um dentista, ou outro profissional da saúde (9,6%) como o segundo motivo na busca de um tratamento ortodôntico. A porcentagem de pacientes, cuja decisão de se submeter ao tratamento foi direcionada pelos seus pais diminuiu com o aumento da idade do paciente. Foi possível identificar os principais motivos do paciente em busca de um tratamento ortodôntico ressaltando a importância de se conhecer a queixa do mesmo de acordo com a faixa etária, para alcançar resultados de excelência que atendam suas expectativas. 014 – Estabilidade do tratamento da classe II com os distalizadores Pendulum e Jones jig seguidos do aparelho fixo corretivo Mayara Paim Patel; Renato Rodrigues de Almeida; Guilherme Janson; Karina Maria Salvatore de Freitas; José Fernando Castanha Henriques (FOB-USP) A má-oclusão de classe II causa forte impacto estético, e por essa razão, apesar de não ser a má-oclusão de maior prevalência na população, são esses pacientes que predominam nas clínicas odontológicas, ou seja, é o tipo de má-oclusão que mais prejudica a estética facial e estética do sorriso, sendo assim, é imprescindível o conhecimento dos diversos aspectos relacionados a essa alteração, o que envolve diagnóstico diferencial, correto plano de tratamento e controle pós-tratamento. O sucesso do tratamento da classe II está intimamente relacionado à cooperação do paciente, portanto, protocolos que exijam o mínimo de colaboração devem ser considerados na prática ortodôntica. Sendo assim, os distalizadores intrabucais assumem essa função, ou seja, corrigir a má-oclusão de classe II sem depender inteiramente do paciente para alcançar resultados satisfatórios ao final do tratamento. A correção da classe II por meio de distalizadores pode ser considerada a primeira fase de tratamento, sendo que o aparelho fixo corretivo atuará como segunda fase com o intuito de corrigir os efeitos adversos decorrentes da distalização intrabucal, e finalizar a correção da má-oclusão inicial, contudo, a questão que preocupa os ortodontistas é quanto à estabilidade pós-tratamento. Recentemente, observou-se que o fator relacionado à recidiva da correção da classe II seriam as alterações na posição dos caninos e dos molares durante o tratamento, portanto, pôde-se concluir que a maior severidade da classe II apresenta mais instabilidade quanto ao resultado final. Porém, observam-se na literatura poucos trabalhos que avaliem a estabilidade da correção da classe II quando do uso de distalizadores intrabucais, sendo assim, objetiva-se avaliar tal estabilidade no tratamento com os distalizadores Pendulum e Jones jig. A pesquisa foi composta por dois distintos grupos, sendo o grupo 1 representado por 20 pacientes com classe II tratados com o distalizador Pendulum seguido do aparelho fixo corretivo. O grupo 2 compreendeu 18 pacientes com classe II tratados com o distalizador Jones jig seguido do aparelho fixo corretivo. Os dois grupos experimentais foram comparados usando o teste t independente, a fim de comparar a estabilidade pós-tratamento, e para 14 avaliar as alterações intragrupo foi utilizado o teste Anova de medidas repetidas. A partir dos resultados, observou-se que as maiores alterações ocorreram na fase de tratamento para ambos os grupos, sendo que na fase de controle verificou-se estabilidade para a maioria das variáveis, sendo que na comparação de T3 para T2 quanto aos diferentes grupos, apenas o segundo molar superior na fase de controle sofreu extrusão, resultado do potencial normal de irrupção. Conclui-se que o tratamento da má-oclusão de classe II com os distalizadores Pendulum e Jones jig, seguidos do aparelho fixo corretivo, demonstrou estabilidade em longo prazo, sendo que as maiores alterações ocorreram na fase de tratamento corretivo. 015 – A duração do efeito da toxina botulínica tipo A na exposição gengival excessiva: uma revisão sistemática Taísa Figueiredo Chagas; Natália Valli de Almeida; Claudia Trindade Mattos; José Nelson Mucha (Universidade Federal Fluminense) Introdução: a toxina botulínica tipo A é efetiva na redução da exposição gengival em sorrisos por hiperfunção muscular do lábio superior, mas o efeito é transitório. Objetivo: determinar o tempo médio de duração dos efeitos da toxina botulínica tipo A no tratamento da exposição gengival excessiva. Metodologia: foi realizada uma revisão sistemática, de acordo com o Prisma, nas bases eletrônicas: Medline/Pubmed, Scopus e Web of Science, de 1970 a 2013, sem restrição de idioma, com a inclusão de estudos que avaliaram pacientes adultos com exposição gengival excessiva, em que foram administrados toxina botulínica e acompanhamentos por pelo menos três meses. A medida da exposição gengival nos períodos inicial, final e de acompanhamento foram coletadas para determinar a duração do efeito. Resultados: de um total de 1.603 artigos encontrados, após leitura e aplicação dos critérios de inclusão/exclusão foram eliminados 1.555, restando sete estudos, e destes, cinco são série de casos e dois relatos de casos. Os dados coletados foram organizados em tabelas. Conclusões: a duração média dos efeitos da toxina botulínica no tratamento do sorriso gengival foi de três a oito meses, necessitando-se para a manutenção dos efeitos, a administração de nova dose após este período. 016 – Influência da fonte de luz, ciclagem térmica e silano na resistência de união de braquetes metálicos à cerâmica Hugo Franco de Abreu Neto; Ana Rosa Costa; Américo Bortolazzo Correr; Sílvia Amélia Vedovello; Lourenço Correr Sobrinho; Mario Vedovello Filho (Uniararas) O objetivo neste estudo foi avaliar o efeito de diferentes fontes de luz, ciclagem térmica e silano na resistência de união de braquetes metálicos à cerâmica feldspática. Cilindros de cerâmica feldspática foram condicionados com ácido fluorídrico 10% por 60 s. Metade dos cilindros (grupos 1 a 4) recebeu duas camadas de silano. Braquetes metálicos foram colados aos cilindros usando o Transbond XT (3M Unitek), formando oito grupos (n=20), dependendo das fontes de luz usadas para fotoativação (Radii Plus Led – 40 s: grupos 1, 2, 5 e 6 e XL 2500 halógena – 40 s: grupos 3, 4, 7 e 8), nas condições experimentais com (grupos 2, 4, 6 e 8) e sem ciclagem térmica (grupos 1, 3, 5 e 7). O ensaio de resistência ao cisalhamento foi realizado após armazenagem por 24 horas em água deionizada (grupos 1, 3, 5 e 7) ou armazenados e submetidos à ciclagem térmica (grupos 2, 4, 6 e 8; 7.000 ciclos – 5º e 55º C). Os dados foram submetidos à análise de variância de três fatores e teste de Tukey (α = 0,05). O silano melhorou significativamente a resistência de união ao cisalhamento de braquete à cerâmica (8,15 ± 1,43) em relação às amostras sem silano (5,89 ± 1,52). Diferença significante na resistência de união foi observada entre as fontes de luz Radii Plus (7,63 ± 1,62) e XL 2500 (6,41 ± 1,70) e com (4,91 ± 1,10) e sem (9,13 ± 0,70) ciclagem térmica. 017 – Preferência de adultos sobre o vestuário do ortodontista em uma população peruana Weyder Portocarrero Reyes; Marcos Jimmy Carruitero Honores; Elena Leslie Bethsabé Chuquipoma Quilcat; Liz Katty Ríos Villasís; Paola Consuelo Claudet Ângulo; Weyder Portocarrero Reyes (Universidade Privada Antenor Orrego, Trujillo – Peru) Este estudo observacional, prospectivo, transversal teve como objetivo comparar a preferência de adultos sobre o vestuário do ortodontista em uma população peruana. Iniciou-se com a explicação do procedimento para os participantes entre 18 e 30 anos. Procedeu-se a solicitação de assinatura de consentimento informado para participar na investigação. Foi preenchida a folha de coleta de dados com as informações referidas. Na sequência explicou-se como introduzir suas respostas no questionário composto por 16 fotografias coloridas de dois profissionais (sexo masculino e feminino). As fotografias foram tiradas com uma câmera marca Canon EOS Rebel XS de 10,1 megapixels com lente zoom 35-135 mm a uma distância de 3,5 m. Nas imagens observadas foi dada uma pontuação 15 de acordo com a preferência quanto ao vestuário através da Escala Analógica Visual, dando-lhe uma pontuação analógica visual de 0 a 10. Concluiu-se que os adultos preferem o ortodontista do sexo feminino com uniforme branco e do sexo masculino com mandil branco e gravata. 018 – O impacto do tratamento ortodôntico na autoestima e na qualidade de vida de pacientes adultos com necessidade de reabilitação Vanessa de Couto Nascimento; Andrea Reis de Melo; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti; Maurício de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli Valarelli; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) O número de pacientes adultos que procuram por tratamento ortodôntico está cada vez maior, principalmente entre os que necessitam de reabilitação oral. Nos dias de hoje, os tratamentos são, na maioria das vezes, multidisciplinares, um trabalho em equipe para que o resultado final seja o melhor possível, restabelecendo forma, função e estética. Desta forma, certos aspectos das atividades diárias do paciente como limitação funcional, dor física, dificuldade psicológica e incapacidade social são afetados pelo tratamento ortodôntico. A importância deste estudo deve-se ao desconhecimento da relevância destes tratamentos na modificação do bem-estar social e na autoestima dos adultos. Foram selecionados indivíduos saudáveis (77 do sexo feminino e 25 do masculino), entre 18 e 66 anos de idade, em tratamento ortodôntico com aparelhos fixos convencionais para correção de más-oclusões relacionadas a processos de reabilitação oral (perdas dentárias e disgenesias). Os questionários foram realizados em dois momentos: T1, início do tratamento (um a três meses de tratamento) e T2, após fase inicial de alinhamento e nivelamento (pelo menos após oito meses de tratamento). O intervalo mínimo de T1 para T2 foi de seis meses. Para avaliação da autoestima foi utilizado o RSE (escala de autoestima de Rosemberg), composto por cinco questões referentes a uma visão positiva do próprio indivíduo, e cinco referentes a uma visão autodepreciativa. O questionário de qualidade de vida foi elaborado com base na versão brasileira do OHIP em sua forma reduzida. Foi composto por 14 perguntas realizadas em T1 e T2, e mais três questões em T2, para responder dúvidas importantes, sobre o incômodo da utilização do aparelho e sua satisfação com os resultados, que não necessitam de comparação. Constatou-se através do RSE que houve diferença estatisticamente significativa no nível de autoestima dos indivíduos, aumentando de T1 para T2. Com o término do tratamento, essa tendência deve aumentar ainda mais, já que os pacientes no pós-tratamento costumam ter maior autoestima do que no pré-tratamento e nos grupos em tratamento. No questionário de QV, para se avaliar o impacto de forma mais clara, foram separados apenas os pacientes que disseram “sim” em T1 nas questões de um a seis, considerados o foco de atuação, porque os demais já estavam relatando pontos positivos. Os pacientes que disseram “não” em T1, para as questões de 12 a 14 do questionário de QV, foram também reservados, pelos mesmos motivos. As respostas sugerem que a melhora estética gera um significativo aumento na qualidade de vida dos pacientes adultos tratados, e corroboram com uma revisão sistemática que afirma que há uma associação modesta entre má-oclusão, necessidade de tratamento ortodôntico e qualidade de vida. Pôde-se concluir que o tratamento ortodôntico promoveu aumento significativo na autoestima e na QV, podendo conferir benefícios psicológicos para os pacientes adultos, pois se mostraram motivados com a melhora da oclusão e da estética do sorriso. 019 – Confiabilidade de um modelo para determinar a posição anteroposterior das maxilas Marcos Jimmy Carruitero Honores; Zulma Andrea Rodriguez Tarma; Weyder Portocarrero Reyes; Marco A. Estrada Vitorino; Marcos Jimmy Carruitero Honores (Universidade Privada Antenor Orrego, Trujillo – Peru) Introdução: todo tratamento ortodôntico visa obter um perfil de ótima forma estética, sendo significativamente afetado pela posição anteroposterior (AP) das maxilas. Para determinar esta posição, numerosas medidas cefalométricas e perfilométricas têm sido sugeridas, entre as quais estão os seis elementos da harmonia orofacial proposta por Andrews, que usa a frente e o incisivo central superior como uma base para avaliar a posição AP da maxila superior e inferior. Medir adequadamente este elemento da harmonia orofacial é importante para um diagnóstico e plano de tratamento personalizado para cada paciente. Portanto, é necessário dispor de um instrumento para determinar confiavelmente este parâmetro. Objetivo: determinar a confiabilidade de um modelo para determinar a posição AP das maxilas. Métodos: um estudo observacional prospectivo transversal. A amostra foi composta por 84 indivíduos de Trujillo, Peru, que preencheram os critérios de 16 seleção. O segundo elemento da harmonia orofacial de Andrews, foi determinada através da medição da distância a partir do ponto AF incisivo central superior para a linha FALL no perfil facial do sorriso usando um modelo transparente, milimetrado especialmente para este estudo. As medições foram realizadas por dois ortodontistas, que foram previamente treinados na filosofia dos seis elementos da harmonia orofacial de Andrews. Ambos os operadores fizeram medições em dois pontos com um intervalo mínimo de duas semanas. Estas medições foram utilizadas para avaliar a reprodutibilidade intra e interexaminador. Os dados foram processados no programa estatístico Stata v. 12 (StataCorp LP, Texas, EUA). A reprodutibilidade foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). O significado estatístico foi considerado a 5%. Resultados: apontou-se a existência de alta concordância intra-avaliador com valores de ICC entre 0,871 e 0,920 (p < 0,001), da mesma forma, interavaliador houve alta concordância com os valores de ICC entre 0,831 e 0,879 (p < 0,001). Conclusão: o modelo transparente proposto é de confiança para determinar a posição AP das maxilas. 020 – Aparelho de protração mandibular (APM): técnica de construção do aparelho Leila Santana Rodrigues Rezende; Luiz Eduardo Alessio Junior (Unesc) Introdução: ao analisar a prevalência das másoclusões, a de classe II está presente em 42% da população brasileira. Esta se caracteriza por uma desarmonia anteroposterior das bases ósseas, que influencia negativamente a estética e a autoestima dos pacientes, o que justifica o maior percentual destes em busca por tratamento ortodôntico. O APM surgiu como uma alternativa doméstica e artesanal que permite gerar uma postura mesial temporária da mandíbula durante o tratamento dos casos de má-oclusão da classe II. Sua eficácia está demonstrada até mesmo nos casos de classe I, onde tenha uma pequena sobressaliência que permita sua ativação. Apesar de seu modo de operação ortopédico, sua proposta primária de ação não é corrigir os desvios da relação maxilomandibular através do estímulo do crescimento da mandíbula, mas ajustar a oclusão através de movimento dentoalveolar em massa. Objetivo: demonstrar a técnica de confecção e instalação do APM. Metodologia: revisão da literatura por meio de levantamento bibliográfico mediante consulta de bases de dados. Discussão: a confecção do APM inicia- se pela montagem do tubo maxilar, feito de tubo telescópico de 1 mm, com 27 mm de comprimento, soldado a outro tubo telescópio na extremidade e transversalmente ao daquele (alça mandibular). A haste mandibular é realizada com fio de 1 mm de calibre e 38 mm de extensão. Faz-se um pingo de solda em uma das extremidades, dobrado-a em 90°. Para a trava molar usa-se um fio 1 mm e 30 cm de extensão e a dobra em uma extremidade em um ângulo de 90°. Para a instalação do APM, a condição clínica determinante é que os arcos retangulares superior e inferior (.019” x .025”) devam ter atuado por 30 dias, e os segundos molares incluídos no alinhamento e nivelamento. Após esse período, o arco mandibular deve ser instalado com dobras distais, para evitar movimento dentoalveolar em bloco. Usam-se amarrilhos conjugados e elástico em cadeia de molar a molar nos arcos superior e inferior. O paciente protrui a mandíbula até posição topo a topo, realiza-se então a demarcação do tubo em T na intersecção com a alça circular no arco inferior. Insere-se a haste mandibular no looping do arco inferior. Gira-se a haste mandibular e a introduz no tubo principal do APM. A trava molar deverá ser inserida no tubo do primeiro molar superior e depois na alça molar. Realizase a dobra final nesta trava. Conclusão: o APM é barato, de fácil manuseio e eficaz para a correção da classe. 021 – Avaliação da influência do padrão facial na recidiva da mordida aberta anterior Bruno da Silva Vieira; Marcos Roberto de Freitas; Guiherme Janson; Ludmila Mangialardo Lima; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas (FOB-USP) Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do padrão facial na recidiva da mordida aberta anterior. A amostra consistiu de 52 pacientes com mordida aberta anterior, que foram previamente tratados ortodonticamente com extração de quatro pré-molares ou sem extrações. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo 1 – pacientes com recidiva clinicamente significante da mordida aberta anterior; grupo 2 – pacientes que não tiveram recidiva clinicamente significante da mordida aberta anterior. Telerradiografias em norma lateral foram avaliadas nos períodos pré-tratamento, pós-tratamento e pós-contenção. As comparações entre os grupos foram realizadas pelo teste t independente. Concluiu-se que o padrão facial não influenciou na quantidade de recidiva da mordida aberta anterior. 17 022 – Determinação da idade óssea por meio das vértebras cervicais utilizando software Paulo Eduardo Ferreira; Romulo Silva Moraes; Paulo Eduardo Ferreira (Faculdade Mozarteum de São Paulo) Durante o surto de crescimento puberal as variações existentes na época, duração, determinação do estágio de maturação e avaliação do potencial de crescimento constituem fatores importantes no diagnóstico ortodôntico/ortopédico funcional. O crescimento que ocorre ou está para ocorrer nesse período é fundamental no prognóstico dos casos e em seus resultados finais (Sokic et al, 2012). Na busca da simplificação dos métodos diagnósticos e da redução da incidência da radiação ionizante, foram desenvolvidos inúmeros métodos que utilizam as alterações morfológicas das vértebras cervicais presentes nas telerradiografias em norma lateral e com a mesma confiabilidade dos métodos de mão e punho. O objetivo deste estudo foi demonstrar que uma nova ferramenta informatizada, o software Easy Age (Ferreira, São Paulo/ SP, 2014 – www.easyage.sourceforge.net), que utiliza o método das vértebras cervicais, é capaz de melhorar a performance do ortodontista/ortopedista funcional na acurácia da idade esquelética. A amostra do presente estudo constou de 250 telerradiografias de pacientes de ambos os sexos, abrangendo a faixa etária dos seis aos 16 anos. Como critério de inclusão, foram selecionadas para o estudo as telerradiografias que permitiram a visualização das vértebras cervicais C2, C3 e C4 em toda a sua extensão. Todas as telerradiografias foram avaliadas por dois examinadores, com o auxílio de um negatoscópio em uma sala escurecida. Para a avaliação dos estágios de maturação esquelética por meio das telerradiografias laterais, foi utilizado o método descrito por Hassel & Farman (1995). Para avaliar a concordância inter e intraexaminador, aplicou-se o teste de concordância kappa, que mostrou um nível substancial de concordância para a avaliação visual das vértebras cervicais, enquanto que para a avaliação das vértebras cervicais por meio do software, mostrou um nível quase perfeito de concordância para dois avaliadores. Para demonstrar a eficiência do software foi realizada a comparação entre os resultados obtidos pelo método visual e pelo software, pelo teste de correlação de Spearman. Os valores entre o primeiro e o segundo exame visual, e entre o primeiro e o segundo exame pelo software, mostraram correlação forte, estatisticamente significante, entre as medições dos exames visuais e do software. Conclui-se que o software Easy Age é eficiente como ferramenta para a estimação da idade esquelética pelas vértebras cervicais, melhorando enormemente a performance dos examinadores. 023 – Avaliação radiográfica da angulação e extrusão de molares inferiores após verticalização utilizando mini-implantes como ancoragem Lucas Estambassi Silva; Alexandre Magno dos Santos; Renata Moura Furquim; Danilo Pinelli Valarelli (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) A perda precoce de dentes posteriores gera a inclinação mesial dentária. Nesse caso, a verticalização é essencial para o restabelecimento da oclusão normal, entretanto, mecânicas ortodônticas convencionais geram efeitos colaterais indesejáveis, como a extrusão do dente a ser verticalizado. Os mini-implantes apresentam-se com um método comum na mecânica de verticalização de molar. O objetivo deste estudo foi quantificar, por meio de radiografia panorâmica, a angulação e a extrusão de molares inferiores verticalizados com o auxílio de mini-implante como ancoragem. A amostra experimental constou de 18 pacientes brasileiros (20 molares verticalizados). A verticalização foi feita por meio de um cantiléver simples apoiado em um mini-implante. Radiografias panorâmicas foram feitas no início (T1) e no final do movimento de verticalização (T2). As medidas obtidas em T1 foram comparadas com as medidas obtidas em T2. O tempo de tratamento variou de 4-11 meses. Concluiu-se que houve um aumento estatisticamente significante na angulação e na extrusão da mesial dos molares inferiores verticalizados. 024 – Aplicabilidade da análise de Bolton nos grupos étnicos: leucodermas, xantodermas e nipo-brasileiros Karine Laskos Sakoda; Guilherme Janson; Sérgio E. N. Cury; Arnaldo Pinzan (FOB-USP) Introdução: a proporção de tamanho dentário é um fator importante no diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico. A proporção adequada entre as larguras dentárias superior e inferior é necessária para o estabelecimento de um relacionamento oclusal ideal, assim como trespasses horizontal e vertical adequados ao final do tratamento. A análise da discrepância dentária de Bolton é a mais comumente aceita e utilizada, porém, há evidências na literatura que apontam para diferenças étnicas nas proporções dentárias e questionam a aplicabilidade dos índices propostos por Bolton em diferentes populações. 18 Objetivo: determinar as relações anterior e total de tamanho dentário em indivíduos leucodermas, nipo-brasileiros e xantodermas, e compará-las com os índices do padrão de Bolton, verificando, assim, sua aplicabilidade nessas populações. Material e métodos: a amostra foi composta por 90 pares de modelos de gesso de indivíduos não tratados com oclusão normal, divididos em três grupos de acordo com as características étnicas: leucodermas (30 indivíduos brasileiros descendentes de mediterrâneos, com idade média de 13,64 anos), xantodermas (30 indivíduos com ascendência japonesa, com idade média de 15,63 anos), e nipo-brasileiros (30 indivíduos com idade média de 13,96 anos). Um paquímetro digital foi utilizado para medir as larguras dentárias mesiodistais de primeiro molar a primeiro molar superiores e inferiores nos modelos de estudo. As proporções dentárias anterior e total foram determinadas. As comparações entre os índices de Bolton anterior e total e as proporções obtidas nos diferentes grupos étnicos foram realizadas com o teste t. Resultados: apenas os nipo-brasileiros apresentaram proporções anteriores e totais significativamente maiores que os padrões de Bolton. Para a proporção anterior, os nipo-brasileiros apresentaram um número maior de indivíduos com valores não coincidentes com os padrões de Bolton (± 2 DP), seguidos por leucodermas e xantodermas. Para a proporção total, os nipo-brasileiros apresentaram mais indivíduos com valores não coincidentes com os padrões de Bolton (± 2 DP), seguidos por xantodermas. Conclusão: os índices de Bolton não são aplicáveis à população nipo-brasileira. Sugere-se, portanto, que a utilização da análise de Bolton pode não ser adequada em diferentes populações. (Vigodent); grupos 3 e 7 – Biofix (Biodinâmica); e grupos 4 e 8 – Orthocem (FGM). Uma camada de adesivo (3M Unitek, grupos 1 e 5) e uma camada do adesivo Single Bond Universal Adhesive (3M ESPE, grupos 2, 3, 4, 6, 7 e 8) foram aplicadas na área condicionada e fotoativada com o aparelho LED (Radii-cal) por 10 s. Braquetes metálicos (Abzil) foram colocados na face vestibular dos dentes com Transbond XT, Fill Magic, Biofix ou Orthocem e fotoativados com LED (Radii-cal) por 40 s. A RUC foi realizada após armazenagem em água deionizada por 24 horas e termociclagem (7.000 ciclos – 5°/55°C). Os dados foram submetidos à análise de variância de dois fatores e ao teste de Tukey post hoc (α=0,05). O índice de remanescente do adesivo (IRA) foi avaliado com aumento de 8x. A aplicação do adesivo foi efetiva em aumentar a RUC dos braquetes aos dentes em todos os materiais para colagem (p < 0,05). Diferença significante (p < 0,05) na RUC foi observada entre os materiais para colagem com ou sem aplicação do adesivo. O IRA mostrou predominância de escore 0 para todos os grupos, com aumento de escores 1, 2 e 3. Em conclusão, o adesivo aumentou significantemente a RUC dos braquetes aos dentes. Diferentes valores de RUC ocorreram entre os materiais de colagem. O IRA mostrou predominância de escore 0 para todos os grupos. 025 – Influência do adesivo e do material de colagem na resistência de união ao cisalhamento de braquetes metálicos fixados ao dente bovino Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Américo Bortolazzo Correr; Marcus Vinícius Crepaldi; Ana Rosa Costa; Lourenço Correr Sobrinho; Julio Cesar Bento dos Santos (Uniararas) Um dos principais objetivos dos aparelhos ortopédicos é maximizar as alterações esqueléticas e minimizar as alterações dentárias. A expansão rápida da maxila (ERM) é um procedimento no tratamento da hipoplasia transversa da maxila, que aumenta a largura com efeito ortopédico na sutura palatina e no sistema sutural das estruturas adjacentes, entretanto, estudos relatam maior efeito ortopédico na dentadura decídua e mista, e maior efeito dentoalveolar nos pacientes com dentadura permanente com a inclinação dos dentes de apoio para vestibular e consequências periodontais, ressaltando a importância da intervenção precoce. Um estudo com implantes mostrou que, em adolescentes, os efeitos esqueletais correspondem a 35% da expansão, enquanto que os efeitos dentários representaram 65%, contudo, em crianças mais jovens, a proporção Este estudo avaliou o efeito do adesivo e de materiais para colagem na resistência de união ao cisalhamento (RUC) de braquetes metálicos ao dente bovino. Dentes bovinos foram embutidos em tubos de polivinil rígido com resina acrílica, e condicionados com ácido fosfórico a 35% por 20 s, lavados e secos por 20 s e separados em oito grupos (n=20), de acordo com os materiais para colagem e adesivo: grupos 1 e 5 – Transbond XT (3M Unitek); grupos 2 e 6 – Fill Magic 026 – Avaliação da espessura e altura óssea alveolar vestibular pré e pós-expansão rápida da maxila Lucia Hatsue Yamamoto Nagai; Flavio Toshiki Shido; Rony W .Chaves; Raquel Mori Gonçalves; Aparecida Keiko Akutsu Yuki; Mario Cappellette Junior (Unifesp) 19 entre os efeitos esqueléticos e dentários foi de 1:1. Nos pacientes jovens, a futura erupção dos dentes será seguida por um novo osso alveolar que pode restabelecer a integridade da área, no entanto, o movimento, naqueles com maior idade, pode resultar em redução do osso alveolar. A ERM não cirúrgica pode ser utilizada em pacientes jovens, normalmente abaixo dos 13 anos e os pacientes com maturidade esquelética devem ser tratados cirurgicamente. A literatura evidencia que o movimento dentário vestibular está associado com redução da altura e espessura do osso alveolar, deiscências ou fenestrações, além do comprometimento periodontal em curto prazo. Outros autores relatam ainda que quanto maior a espessura óssea no início do tratamento, menor é a perda de osso em posição vertical ao final do tratamento. Dessa forma, a proposta deste estudo foi determinar a espessura do osso alveolar vestibular na dentadura mista pré e pós-ERM na região dos primeiros molares superiores, através das imagens obtidas com tomografia computadorizada (TC) que permite avaliar quantitativamente as alterações no processo alveolar com acurácia e precisão. 027 – Avaliação da eficácia da terapia com laser de baixa intensidade na redução da dor nos estágios iniciais do tratamento ortodôntico Otávio Augusto Pozza; Heitor Manoel Brito; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas; Daniele Ferreira Bonacin; Rodrigo Hermont Cançado (Faculdade Ingá) O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente a eficácia da terapia com laser de baixa intensidade (TLBI) na redução da dor provocada pela movimentação ortodôntica nos estágios iniciais do tratamento. Material e métodos: a amostra foi constituída por 54 pacientes que necessitavam de tratamento ortodôntico, divididos em dois grupos. O grupo experimental composto por 28 pacientes (idade média de 26,84 anos), em que foram realizadas 12 irradiações com um laser infravermelho de GaAlAs em cada dente logo após a instalação do primeiro fio de alinhamento; e o grupo-controle com 26 pacientes (idade média de 29,13 anos) no qual não houve nenhuma intervenção para o controle da dor. A intensidade da dor foi mensurada por meio de uma escala visual analógica, onde foi marcado o nível (mm) de dor experimentado em seis, 24, 48 e 72 horas, e a percepção da dor (início, pico, declínio e ausência) foi avaliada pelo preenchimento de um questionário. Para comparação da intensidade e da percepção da dor entre os grupos foi realizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney (p < 0,05). Resultados: O grupo experimental apresentou níveis (mm) em seis horas (p=0,0004), 24 horas (p=0,0041) e 48 horas (p=0,007) e percepção da dor (horas) para, pico (p=0,0261), declínio (p=0,0255) e ausência (p=0,0085) significativamente menores em comparação ao grupo-controle. Concluiu-se que a terapia com laser de baixa intensidade é eficaz para reduzir a severidade da dor resultante da ativação das forças ortodônticas e promover ação analgésica de efeito duradouro durante o período de maior sensação dolorosa. 028 – Estabilidade dimensional de moldes de alginatos escaneados em diferentes tempos de armazenamento Gabriel Duarte Daneu; Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarro; Marcio Rodrigues de Almeida; Renato Rodrigues de Almeida; Ricardo Danil Guiraldo; Thais Maria Freire Fernandes-Poleti (Universidade Norte do Paraná – Unopar) Objetivo: avaliar a precisão dimensional de modelos dentários digitais obtidos por meio do escaneamento de moldes de alginatos, de acordo com o tempo depois de serem produzidos e analisar a variação destes modelos digitais em relação ao padrão-ouro. Material e métodos: oitenta moldes de um Typodont padrão foram obtidos com quatro tipos de alginato (G1, Cavex Color Change; G2, Identic Alginate; G3, Hydrogum 5 e G4, Jeltrate Plus). Os moldes foram armazenados em condições úmidas e digitalizados por meio do scanner 3Shape R700T imediatamente após a moldagem (T0), e após o tempo em 24 (T24), 72 (T72) e 120 (T120) horas. Após a reconstrução digital 3D dos modelos dentários, mensurações nestes em relação à distância anteroposterior (DAP), distância intermolar (DT) e altura do incisivo (DV), foram realizadas e analisadas no software OrthoAnalyzer 3D, para determinar a dimensão de acordo com o tempo decorrido. Os erros de mensuração foram avaliados por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e Bland-Altman. Para a análise estatística utilizou-se a análise de variância (one-way Anova) seguida do teste de Bonferroni, o nível de significância foi de 5%. Resultados: para o erro do método verificou-se que todas as variáveis estudadas foram precisas e coerentes, certificando a calibração do examinador. Dentre as variáveis estudadas, todos os materiais tiveram sua precisão dimensional diminuída com o decorrer do tempo. As maiores alterações dimensionais, para todos os grupos, foram observadas nos tempos T72 20 e T120, sendo que G1 foi o material com menor distorção e os materiais G2 e G4, os que sofreram maiores alterações dimensionais. Conclusão: modelos dentários digitais podem ser obtidos por meio do escaneamento de moldes de alginato no scanner 3Shape R700T. Entretanto, tais evidências sugerem uso de alginatos com tempo de armazenamento prolongado, como o Cavex Color Change (G1), e que os moldes devem ser escaneados em até 24 horas para se ter o máximo de precisão dimensional. 029 – Discrepância posterior em pacientes com mordida aberta anterior e sobremordida profunda Arón Aliaga-Del Castillo; Lorena Souza; Guilherme Janson (FOB-USP) Especula-se que a falta de espaço suficiente para irrupção dos terceiros molares na cavidade oral ou até mesmo a sua direção anormal de erupção, podem resultar em uma discrepância posterior (DP), caracterizada por extrusão e angulação mesial dos dentes posteriores, o que provoca alterações na intercuspidação dentária e agrava a expressão da mordida aberta anterior. O objetivo deste trabalho foi avaliar a DP em indivíduos com mordida aberta anterior (MAA) e com sobremordida profunda (SP). Cinquenta e oito radiografias laterais inicias (28 de pacientes com MAA e 30 de pacientes com SP) foram examinadas. Foram avaliadas as angulações dos terceiros molares em relação às suas bases ósseas e ao plano oclusal funcional, os espaços retromolares, o comprimento anterior da maxila (A´6´), o comprimento total da maxila (A´P´), e a proporção A´6´/A´P´. O teste t foi utilizado para determinar as diferenças entre os grupos estudados. O grupo com mordida aberta anterior apresentou menor A´P´, menor angulação distal do terceiro molar maxilar em relação ao plano oclusal funcional, e menor angulação mesial do terceiro molar mandibular em relação ao plano mandibular, quando comparado com o grupo com sobremordida profunda (46,87 mm versus 49,05 mm, p=0,023; 21,87° versus 30,66°, p=0,049; e 14,50° versus 22,34°, p=0,004, respectivamente). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em relação ao espaço retromolar entre os grupos. Concluiu-se que os indivíduos com mordida aberta anterior têm tendência a apresentar alguma característica de discrepância posterior maxilar, enquanto os indivíduos com sobremordida profunda tendem a apresentar alguma característica de discrepância posterior mandibular. 030 – Comparação da largura das vias respiratórias e posição do osso hioide em indivíduos classe esquelética II e III com diferentes padrões de crescimento Milagros Del Pilar Cornejo Ferradas; Lisbeth Cynthia Pérez Cahuaya; Karla Giuliana Valdez Castro; Karen Bravo Morocho; Luciano Carlos Soldevilla Galarza (Universidade Nacional Maior de São Marcos, Lima – Peru) É importante avaliar a posição do osso hioide e a largura das vias aéreas no início do tratamento ortodôntico, de modo que possa verificar as mudanças nestas estruturas durante e após o tratamento. O objetivo desta pesquisa foi fazer uma comparação da largura das vias respiratórias e posição do osso hioide em indivíduos classe esquelética II e III com diferentes padrões de crescimento. Material e métodos: os dados coletados contém 80 telerradiografias laterais tiradas em um equipamento panorâmico cefalométrico digital de PointNix da clínica de Odontologia da UNMSM, com uma faixa etária de 12 a 35 anos. As radiografias foram retrospectivamente selecionadas de acordo com critérios de inclusão e exclusão, a amostra foi dividida em quatro grupos: grupo 1 – 20 indivíduos classe II esquelético com padrão mesofacial; grupo 2 – 20 indivíduos classe II esquelético com padrão dolicofacial; grupo 3 – 20 indivíduos classe III esquelético com padrão mesofacial; grupo 4 – 20 indivíduos classe III esquelético com padrão dolicofacial. O ângulo FMA foi utilizado para definir os padrões de crescimento, a análise USP para definir a relação esquelética maxilomandibular; os pontos de referência cefalométricos e as medições das vias aéreas faringe superior e inferior foram examinados com a análise de McNamara, e a posição do osso hioide foi feito com análise do triângulo hioide dado por Bibby e Preston. Resultados: há uma diferença na largura da nasofaringe (p=0,003) na classe II entre o padrão mesofacial e dolicofacial, orofaringe (p=0,049) entre a classe II e III com padrão mesofacial, nasofaringe (p=0,000) e orofaringe (p=0,015) entre classe II e III com padrão dolicofacial. Não há nenhuma diferença na posição anterior e posterior do hioide entre o padrão mesofacial e dolicofacial da classe II e III. Há uma diferença na posição vertical do hioide (p=0,022) na classe III entre o padrão mesofacial e dolicofacial, na posição anterior (p=0,009) e posterior do hioide (p=0,007) entre a classe II e III com padrão mesofacial, na posição anterior (p=0,002) e vertical do hioide (p=0,006) entre a classe II e III com padrão dolicofacial. Conclusões: houve uma diferença entre a largura da nasofaringe e orofaringe entre classe esquelética II e III e também 21 entre os diferentes padrões. A nasofaringe mais ampla foi encontrada na classe III dolicofacial e a orofaringe de maior largura foi encontrada na classe III mesofacial. Não houve diferença na posição anteroposterior do osso hioide entre mesofacial e dolicofacial na mesma classe esquelética. Diferenças significativas foram encontradas na posição anterior e posterior do osso hioide entre a classe II e III esquelética. O hioide está em uma posição anterior na classe esquelética II. Houve uma diferença na posição vertical do hioide na classe esquelética III mesofacial e dolicofacial e entre a classe esquelética II e III dolicofacial. 031 – Avaliação das alterações dentárias e a sua influência sobre os tecidos moles de pacientes tratados com Damon System Q e MBT Erika Céspedes Cousin; Jessica Arévalo; Manuel Estuardo Bravo Calderón (Universidade de Cuenca – Equador) Uma investigação foi conduzida para estabelecer as alterações dentárias e para avaliar a influência desses em tecidos moles, comparando pacientes tratados com sistema Damon Q (n=23) e sistema MBT (n=16). A amostra foi composta por 39 indivíduos (28 do sexo feminino e 11 do masculino), com idades entre 11 e 26 anos. Radiografias laterais cefálicas digitais foram tomadas antes e depois da conclusão do tratamento. As inclinações dos incisivos superiores e inferiores e alterações no perfil facial foram medidos por software de análise cefalométrica Nemotec Dental. Para determinar alterações nos tecidos moles e duros foi aplicado o teste t de Student, que verificam diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) para os dois sistemas nas variáveis: ângulo incisivo maxilar, mandibular, posição do lábio inferior com plano de Ricketts e Burstone. A correlação entre as alterações nas inclinações dos incisivos e a posição labial foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Pearson, encontrando para o sistema Damon uma correlação entre a posição dos incisivos superiores e lábio superior e inferior. A posição de incisivos inferiores apresentou correlação moderada com o lábio inferior, com sistema MBT uma relação entre a posição do incisivo superior e lábio inferior foi encontrada. Concluiu-se que há mutações na posição pós-tratamento de incisivos e protrusão labial inferior encontrando relação entre a inclinação vestibular dos incisivos e movimentos dos lábios em ambas as técnicas. 032 – Avaliação do atrito em braquetes lowfriction e convencionais após jateamento com bicarbonado de sódio: estudo in vitro Roberta Gama Lopes; Hideo Suzuki; Selly Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Durante o tratamento ortodôntico existem fatores importantes a serem considerados, dentre eles o atrito, que é uma característica inerente à terapêutica, bem como o aparecimento de manchas brancas, para qual, muitas vezes, é indicada profilaxia com jato de bicarbonato de sódio como prevenção. O propósito deste trabalho, por meio de ensaios laboratoriais, foi avaliar a influência da profilaxia com jato de bicarbonato de sódio na resistência ao atrito durante o tratamento ortodôntico. Os fatores em estudo foram: tipo de braquete: a) convencional (FLI Twin, Rocky Mountain Orthodontics, Denver, Colo, EUA) e b) Low-friction (Synergy, Rocky mountain Orthodontics, Denver, Colo, EUA); e avaliação do efeito do jato de bicarbonato em três níveis: 1) presença do jateamento com o fio ortodôntico inserido no slot do braquete; 2) presença de jateamento sem o fio ortodôntico; 3) ausência de jateamento (grupo-controle). Foi realizado também teste de rugosidade a fim de analisar possíveis alterações nas superfícies dos braquetes e fios. Foram utilizados fios de aço inoxidável 0,019” x 0,025” (GAC Int., NY, EUA) e ligaduras elásticas Mini Stix Ligature Ties Non-Coated, 120” (TP Orthodontics, La Porte, Indiana, EUA). Os braquetes foram aderidos a uma base acrílica retangular e fixada a um dispositivo adaptado a base da máquina de ensaio universal (EMIC). Cada grupo era composto de dez amostras, sendo que o ensaio foi realizado dez vezes a uma velocidade 5 mm/ min percorrendo uma distância de 10 mm antes e depois da aplicação do jato de bicarbonato de sódio. Os dados foram avaliados e submetidos à análise de variância a dois critérios e ao teste de Tukey. Já para a análise do teste de rugosidade foi utilizado Anova seguido de teste t de Student. Foi observado que, independentemente de ter sido ou não realizado o jateamento com bicarbonato de sódio, a força de atrito mensurada para o braquete Synergy foi significativamente inferior àquela obtida com o braquete FLI Twin (p < 0,05). Os valores de força de atrito foram influenciados pela realização do jateamento com bicarbonato de sódio, sobretudo quando realizado com o fio inserido no slot. O uso do jato aumentou a rugosidade para os braquetes FLI Twin e Synergy em comparação com o controle. Concluiu-se que a profilaxia com jato de bicarbonato de sódio afeta a mecânica ortodôntica, já que todos os 22 valores do coeficiente de atrito se mostraram mais altos após o jateamento, para ambos os braquetes, principalmente quando realizado com o fio ortodôntico inserido. 033 – Avaliação da agradabilidade facial em indivíduos negros por meio da análise facial subjetiva Andréa Reis de Melo; Vanessa de Couto Nascimento; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Josenira Borges Dias; Leopoldino Capelozza Filho (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Objetivo: avaliar, quanto à agradabilidade facial, uma amostra de 30 indivíduos negros de acordo com critérios da análise facial subjetiva. Metodologia: foram realizadas duas fotografias padronizadas da face: frente e perfil, que foram classificadas por 50 avaliadores (30 indivíduos da amostra, dez ortodontistas e dez leigos, com nível superior), com relação à agradabilidade facial em esteticamente desagradável, esteticamente aceitável e esteticamente agradável. As estruturas responsáveis pela classificação como esteticamente desagradáveis e esteticamente agradáveis foram indicadas pelos avaliadores. Para avaliar a concordância intra-avaliador (primeira e segunda) foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman, dentro de cada categoria o coeficiente de concordância de Kendall e entre as três categorias o teste Qui-quadrado e de proporções. Resultados: a maioria da amostra foi classificada como esteticamente aceitável: frontal – 53,5% e perfil – 54,9%. Estruturas identificadas como esteticamente desagradável frontal: boca, lábios, rosto; perfil: nariz, queixo, perfil; esteticamente agradável frontal: harmonia, rosto, boca; perfil: perfil, harmonia, nariz. Houve concordância estatisticamente significativa entre amostra e leigos em ambas as posições. Os ortodontistas foram concordantes com os leigos na avaliação frontal e discordantes no perfil, sobretudo, nos esteticamente desagradáveis e esteticamente aceitáveis. Conclusões: com base nesses resultados, a avaliação da agradabilidade facial através da análise facial subjetiva, mostrou-se aplicável, sugerindo que a opinião do paciente em relação à estética facial deve ser considerada no planejamento do tratamento ortodôntico. 034 – Avaliação subjetiva do perfil facial em pacientes tratados com aparelho de protração mandibular: perspectiva de ortodontistas e leigos Simone Maria Massud Leone; Eliana de Cássia Molina de Paula; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli Valarelli; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin (Universidade do Sagrado Coração – USC-Bauru) Este estudo objetivou avaliar os efeitos no perfil facial produzidos pelo aparelho de protração mandibular (APM), em conjunto com aparelho fixo em pacientes com má-oclusão de classe II. A amostra foi composta por 54 telerradiografias de 27 pacientes (14 do sexo feminino e 13 do masculino), com média de idade inicial de 12,27 anos, tratados por um período médio de 2,9 anos. Sobre as telerradiografias foram preparados os cefalogramas e os álbuns contendo as silhuetas dos perfis pré e pós-tratamento, de forma aleatória. A seguir, 60 ortodontistas e 60 leigos escolheram o perfil facial mais estético e a quantidade de alteração que percebiam entre eles, de acordo com a escala visual analógica (EVA). Para comparação entre os avaliadores foi utilizado o teste t pareado. Os resultados revelaram diferenças estatisticamente significantes na comparação entre as preferências dos perfis pré e pós-tratamento para os dois grupos e, em ambos, a maioria dos avaliadores preferiram o perfil pós-tratamento. Para quantificar a percepção dos avaliadores em relação às diferenças entre os perfis faciais A e B, os resultados da EVA mostraram que o grupo de avaliadores leigos identificou maior diferença entre os perfis pré e pós-tratamento comparado ao grupo de ortodontistas (p < 0,001*). Conclui-se que, no julgamento dos avaliadores (ortodontistas e leigos), o tratamento com o aparelho de protração mandibular promoveu um efeito positivo no perfil facial, sendo que esse efeito foi mais identificado pelos leigos. 035 – Corticotomia alveolar na Ortodontia como fator acelerador na movimentação dentária Alessandra Oki Paes; Gilberto da Cruz Bezerra Jr.; Juliana Azevedo Marques Gaschler; Maxwell Lopes Albuini; Sergio Giamas Iafigliola (EAP-APCD) Introdução: a busca pela máxima eficiência dos tratamentos ortodônticos é uma constante em diversas áreas da Ortodontia atual. Podemos citar sistemas de braquetes ou de ligaduras com baixo atrito, fios de alta tecnologia, fios dobrados por robôs, retração rápida de caninos, administração de substâncias químicas e as corticotomias. As corticotomias alveolares são definidas como intervenções cirúrgicas limitadas à porção cortical do osso alveolar, onde a incisão deve perfurar a camada cortical e ao mesmo tempo obter mínima penetração no osso medular. Objetivos: a realização de corticotomias é sugerida como forma de potencializar o tratamento ortodôntico. Métodos: a técnica descrita pelos irmãos Wilcko em 2001, e mais detalhada em 2009, foi nomeada de Ortodontia osteogênica 23 acelerada periodontalmente. Essa abordagem combina corticotomias alveolares generalizadas, onde ranhuras são realizadas tanto na superfície vestibular quanto na lingual, seguidas da colocação de enxerto ósseo liofilizado antes do reposicionamento e sutura do retalho gengival. Aparelhos ortodônticos fixos deveriam ser instalados uma semana antes do procedimento cirúrgico. As corticotomias seriam então realizadas ao redor dos dentes a serem movimentados para estimular o processo de regeneração óssea. A movimentação dentária ocorreu cerca de duas a três vezes mais rápida do que teria sido alcançada com a Ortodontia isoladamente. Indicações: para acelerar o tratamento ortodôntico e para facilitar movimentos ortodônticos complexos. Contraindicações: pacientes com doença periodontal e endodôntico, pacientes que façam uso prolongado de corticosteróides, bifosfonatos e anti-inflamatórios não esteróides. Conclusões: a associação de corticotomias alveolares associada ao tratamento ortodôntico vem se tornando assunto de interesse, tanto para otimizar o tempo de tratamento, bem como nos casos onde dispositivos de ancoragem esquelética não podem ser instalados ou até mesmo associados a eles para facilitar mecânicas ortodônticas mais complexas. 036 – Mudanças corticais nos dentes superiores e inferiores com braquetes convencionais, biofuncional QR, Damon Q Karina Andrea Pando Bacuilima; Clara Alejandra Pacheco Orellana; Manuel Estuardo Bravo Calderon (Universidade de Cuenca – Equador) No mercado existem vários sistemas de tratamento ortodôntico que devem ser estudados para evitar causar alterações no periodonto, especialmente nos processos alveolares corticais. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar as alterações ósseas alveolares, reabsorção, posição óssea ou nenhuma mudança. Para o estudo, foi retirada uma amostra de três sistemas de tratamento: sistema autoligado Damon, sistema biofuncional QR e sistemas convencionais de Roth e MBT. Esses suportes foram aplicados em 18 pacientes (seis de cada sistema), que foram submetidos a uma tomografia computadorizada antes do tratamento, e uma após a conclusão do alinhamento e nivelamento. Nos estudos tomográficos que foram realizados para medir parcelas em milímetros alveolar, vestibular, cortical, palatal e lingual dos seis dentes anteriores superiores e inferiores, com uma amostra total de 216 dentes. Para os resultados do estudo, os dados coletados em uma planilha do Excel foram digitados e processados estatisticamente usando o software SPSS versão 22, utilizando Anova e Tukey como testes, obtendo como resultado a média total de reabsorção óssea p=0,05, e o sistema de QR biofuncional uma significância de p=0,025, na presença da última posição demonstrada na cortical lingual mandibular. Concluiu-se que todos os sistemas de tratamento causam reabsorção do osso, sendo o sistema Damon o mais reabsorvido, seguido pelo sistema convencional e, depois, o sistema biofuncional QR que produziu uma última posição estatisticamente significativa. Além disso, nos dentes superiores frontais não houve alterações ósseas significativas, e nos dentes anteriores inferiores as maiores reabsorções foram nos dentes 42 e 32, e sobreposição no dente 41. 037 – Diagnóstico de modelos de gesso versus digital: precisão e confiabilidade na comparação e análise de Bolton para medições Pamela Jeanneth Salinas Villacis; Genaro Adrian Pinos Luzuriaga; Manuel Estuardo Bravo Calderon (Universidade de Cuenca – Equador) Atualmente, o uso de ferramentas mais sofisticadas em Ortodontia, tais como programas de computador e modelos de estudo digitais, tem proporcionado melhores instalações para o diagnóstico, planejamento de tratamento e fabricação de aparelhos, alterando a maneira tradicional de medi-los, e eliminando as desvantagens que representa o armazenamento físico dos mesmos. O objetivo deste estudo foi comparar o grau de precisão e confiabilidade do índice de Bolton e as medidas correspondentes entre os métodos manuais e digitais de modelos de estudo. O trabalho incluiu 50 modelos de estudo de pacientes ortodônticos de pós-graduação na Universidade de Cuenca que, para o padrão-ouro, foi utilizado o manual de medição Mitutoyo, paquímetro digital Vernier tipo de precisão 0,01 mm. Para o método digital, foi utilizado um scanner óptico Laser Optical RevEng e um programa de medidas de diagnóstico ortodôntico Nemocast 3D. A reprodutibilidade entre os métodos foi calculada pelo teste t de Student, coeficiente de confiabilidade de correlação de Pearson. O nível de significância estatística foi fixado em 0,05. Resultados: todos os resultados mostraram excelente correlação entre os dois métodos, o teste t indicou que há diferenças significativas entre os dois métodos, exceto para a soma acima inferior e anterior de Bolton. 24 038 – Estudo da recidiva do apinhamento anteroinferior em casos tratados com extração de um incisivo inferior Edivaldo Miotto; Marcelo Mendes Flores Berbert; Karina Maria Salvatore de Freitas (Faculdade Ingá) O objetivo deste trabalho foi avaliar a recidiva do apinhamento anteroinferior em casos tratados com extração de um incisivo inferior. Material e métodos: a amostra foi constituída pelos modelos de estudo e fotografias intrabucais iniciais, finais e de controle de 16 indivíduos (dez do sexo feminino e seis do masculino) com má-oclusão de classe I tratados ortodonticamente com extração de um incisivo inferior. A idade média ao início do tratamento foi de 23,45 anos (DP=9,14), ao final do tratamento foi de 25,50 anos (DP=8,95) e na fase de controle, 30,11 anos (DP=8,59). O tratamento teve duração média de 2,05 anos (DP=0,45) e o tempo de avaliação pós-tratamento foi de 4,60 anos (DP=1,85). Foram avaliados o índice de irregularidade de Little e as distâncias intercaninos, interpré-molares e intermolares nas três fases avaliadas. A amostra foi dividida em dois grupos, para comparação da recidiva do apinhamento anteroinferior nos casos que apresentavam ou não o 3 x 3 na fase de controle. O teste Anova para medidas repetidas foi utilizado para comparação intragrupo entre as três fases avaliadas. O teste t independente foi utilizado para comparação intergrupos. Resultados: houve uma correção significante do apinhamento anteroinferior com o tratamento, e uma recidiva significante pós-tratamento. Os casos sem 3 x 3 na fase controle apresentaram uma recidiva e um apinhamento anteroinferior na fase pós-tratamento significantemente maior do que os casos que apresentavam o 3 x 3 nesta fase de avaliação pós-tratamento. Conclusão: os casos tratados ortodonticamente com extração de um incisivo inferior apresentaram uma recidiva significante do apinhamento anteroinferior após o tratamento. 039 – Avaliação do efeito do tratamento ortopédico da classe II no crescimento mandibular e nas relações dos molares permanentes Marjorie Ayumi Omori; Lucas Arrais de Campos; Rachel Figliolli de Mendonça; Ary dos Santos Pinto (Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP) O objetivo deste estudo cefalométrico retrospectivo, foi avaliar as alterações dentoesqueléticas da mandíbula induzidas pelo uso do aparelho ortopédico e decorrentes do crescimento natu- ral por meio de telerradiografias cefalométricas em norma de 45° de indivíduos com má-oclusão de classe II, primeira divisão de Angle, com retrusão mandibular. Foi utilizada uma amostra de 50 indivíduos com idade entre sete a nove anos, com má-oclusão classe II, primeira divisão, sendo dividida em dois grupos: grupo tratado com o aparelho de Klammt (n=31) e grupo-controle (n=19). O grupo-controle foi pareado ao grupo tratado quanto ao gênero e idade cronológica. A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student. O aparelho de Klammt promoveu a correção da má-oclusão em um período de um ano, por meio de mesialização dos primeiros molares permanentes inferiores e aumento do ramo mandibular. Concluiu-se que o tratamento da classe II utilizando o aparelho ortopédico de Klammt promove mudanças no crescimento condilar (significativamente no sexo masculino) e os efeitos dentários, de mesialização, foram de maior significância para a correção da má-oclusão de classe II, primeira divisão de Angle. 040 – Mudanças dentoesqueléticas em pacientes classe II, primeira divisão, tratados com ativador elástico aberto de Klammt avaliadas por telerradiografias cefalométricas em norma de 45º Lucas Arrais de Campos; Rachel Figliolli de Mendonça; Marjorie Ayumi Omori; Ary dos Santos Pinto (FOAr - Unesp) O objetivo deste estudo cefalométrico retrospectivo, foi avaliar alterações verticais e horizontais dentoesqueléticas induzidas pelo uso do aparelho ortopédico e decorrentes do crescimento natural por meio de telerradiografias cefalométricas em norma de 45° de indivíduos com má-oclusão de classe II, primeira divisão de Angle, com retrusão mandibular. Foi utilizada uma amostra de 50 indivíduos com idade entre sete a nove anos, com má-oclusão classe II, primeira divisão, sendo dividida em dois grupos: grupo tratado com o aparelho ativador elástico aberto de Klammt (n=31), e grupo-controle (n=19). O grupo-controle foi pareado ao grupo tratado quanto ao gênero e idade cronológica. A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student. O aparelho de Klammt promoveu a correção da má-oclusão em um período de um ano, por meio de mesialização dos primeiros molares permanentes inferiores e restrição da migração para mesial dos primeiros molares permanentes superiores. O aparelho de Klammt foi influente na estrutura mandibular, deslocando para frente. Concluiu-se que o tratamento da classe II utilizando o aparelho ortopédico de Klammt influenciou a região goníaca, que foi 25 deslocada para baixo e para frente e manteve o crescimento natural do côndilo, para posterior e mento, para anterior e a correção desta má-oclusão se deu, segundo os resultados, por mesialização do primeiro molar inferior. 041 – Avaliação do efeito da luz LED de alta potência na temperatura da câmara pulpar durante a polimerização de braquetes metálicos e cerâmicos Lucas Arrais de Campos; Betina Grehs Porto; Patrícia Pigato Schneider; Luiz Gonzaga Gandini Júnior; Ary dos Santos Pinto; Lourdes Aparecida Martins dos Santos Pinto (FOAr – Unesp) Objetivo: avaliar in vitro a variação de temperatura na câmara pulpar de pré-molares humanos, durante a colagem de braquetes metálicos e cerâmicos, utilizando luz LED de alta potência. Material e métodos: pré-molares humanos hígidos (40) foram divididos em dois grupos que receberam braquetes metálicos (Marquis, Orthotechnology, Tampa, FL, EUA) e braquetes cerâmicos (Pure, Orthotechnology, Tampa, FL, EUA) que foram colados com o kit Transbond XT adesivo e resina (3M Unitek, Monrovia, Califórnia). Cada grupo foi subdividido em dois subgrupos (n=10) de acordo com a potência (1200 mw/cm2 e 3200 mw/cm2, aplicados por dez e três segundos, respectivamente). Um termopar do tipo mkt-13 (Minipa, Houston, Texas, EUA) foi posicionado no interior na câmara pulpar para a aferição da temperatura durante a colagem dos braquetes: início do experimento (R1), após a polimerização do adesivo (R2) e antes e após a polimerização da resina (R3 e R4). A análise de variância de medidas repetidas para as variações de temperatura nos diferentes tempos de aplicação da luz foi complementada por comparações múltiplas de médias pelo teste de Tukey (α=0,05). Resultados: a temperatura da câmara pulpar sofreu alterações com a aplicação da luz. Os grupos mostraram diferenças em R3 (p < 0,05) onde na potência de 1200 mw/cm2 os dois grupos (braquetes metálico e cerâmico) apresentaram médias maiores e equivalentes. Na potência de 3200 mw/cm2 o braquete metálico apresentou a menor média de aquecimento sendo que, o braquete cerâmico, teve aumento de temperatura em R2, R3 e R4. Conclusões: a luz LED de alta intensidade produziu uma elevação na temperatura da câmara pulpar na polimerização de braquetes metálicos e cerâmicos e esta foi inferior ao valor crítico (5,5°C) que poderia gerar danos pulpares. 042 – Eficácia dos métodos de recondicionamento dos suportes em relação a resistência à tração: estudo in vitro Silvia Cumanda Ramirez Cabrera; Paola Ochoa; Manuel Estuardo Bravo Calderon (Universidade de Cuenca – Equador) O recondicionamento dos braquetes é uma alternativa que traz benefícios à prática ortodôntica. Por esse motivo, o propósito deste estudo foi determinar a resistência à força de tração dos métodos de recondicionamento, para isso utilizou-se o tensiômetro universal de forças Z005 série 157864 (Zwick/Roell; BE, Alemanha). Com o mesmo realizou-se o estudo in vitro e obtiveram-se resultados que apontou qual apresentou maior resistência. A pesquisa foi realizada com um total de 90 amostras, divididas em três grupos de 30, respectivamente. Os resultados da prova de tração foram os seguintes: grupo 1 (braquetes novos) – apresentou maior resistência à tração com uma média de 11,32 MPa, com um desvio-padrão mínimo de 10,51 MPa e máximo de 12,26 MPa; grupo 2 (braquetes jateados) – apresentou uma resistência à tração de 8,36 MPa, com um desvio-padrão mínimo de 7,20 MPa e máximo de 9,49 MPa; e o grupo 3 (braquetes ondulados) – apresentou uma resistência menor à tração de 4,73 MPa e um desvio padrão mínimo de 3,37 MPa e máximo de 5,84 MPa. A resistência à força de tração de braquetes novos e recondicionados apresentou dados diferentes em cada grupo, os mesmos que foram estatisticamente significativos, tendo um valor de p ≤ 0,05. Registrou-se que o grupo de braquetes jateados é o mais resistente à força de tração, referente aos dois métodos de recondicionamento; mas nenhum dos métodos pesquisados se assemelha ou supera os valores que relata os braquetes novos. 043 – Análise da distorção da imagem fotográfica ortodôntica na avaliação das medidas lineares com três lentes fotográficas Loidy Liceth Ypanaque Ramirez; Fadiath Talitha Borja Sihuinta; Luciano Carlos Soldevilla Galarza (Universidade Nacional Maior de São Marcos, Lima – Peru) A avaliação quantitativa da forma e tamanho do tecido mole facial é amplamente utilizada em Ortodontia para o diagnóstico, planejamento e evolução do tratamento. A fotografia clínica é utilizada como um complemento para este fim, pelo qual é primordial a padronização 26 na obtenção de imagens para a comparação através do tempo. As características ideais para a fotografia em Ortodontia são imagens de ampliação reproduzíveis, boa profundidade de campo e iluminação consistente e uniforme. Em Ortodontia a câmera SLR é frequentemente utilizada pela sua versatilidade e vasta gama de acessórios que, juntamente com a qualidade dos resultados, faz com que seja uma escolha muito apropriada. Alguns autores recomendam o uso da câmera SLR de gama média, pois podem cumprir consistentemente as necessidades da prática. Lentes fotográficas podem ter um grau de distorção que pode afetar a qualidade da imagem. O objetivo deste trabalho foi determinar a distorção da imagem fotográfica ortodôntica na avaliação de medidas lineares com três lentes fotográficas. Materiais e métodos: a amostra foi constituída por 52 alunos de graduação, do 3º ano, da Faculdade de Odontologia da UNMSM, tendo como critério de inclusão alunos com simetria facial. Registraram-se três medidas clínicas com um Vernier digital de 0,1 mm de precisão: longitude do lábio superior (LLS), distância intercantal interna (DICI) e distância canto externo-comissural (DCEC). Foi realizado um registro fotográfico do indivíduo em uma posição natural da cabeça; três câmeras SLR digital Nikon D3200, cada uma com três lentes fotográficas 55 mm, 85 mm e 105 mm. As imagens fotográficas foram calibradas no programa Power Point 2010. Para a calibração a foto foi ampliada até que a LLS (medida obtida clinicamente) coincidisse com a longitude da imagem em uma escala real 1:1. Após a calibração das fotos, foram medidas as distâncias DICI e DCEC para serem comparadas com as medidas reais e obter o grau de distorção horizontal e vertical de cada lente. Para o teste estatístico foi utilizada o teste t de Student, para amostras relacionadas. Resultados: foram encontradas diferenças significativas e um maior grau de distorção da lente fotográfica de 55 mm, quando comparadas com as medidas clínicas. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as lentes fotográficas de 85 mm e 105 mm, tanto nas medições clínicas da distância intercantal, como na distância canto externo-comissural. Conclusões: as lentes fotográficas de 85 mm e 105 mm resultaram ter menor distorção quando avaliadas as medidas clínicas na fotografia ortodôntica. Quando se refere à avaliação de dados clínicos lineares de um paciente através da fotografia digital ortodôntica, é recomendado o uso das lentes fotográficas 85 mm ou 105 mm. 044 – Impacto da má-oclusão na qualidade de vida de crianças de oito a dez anos de idade Sônia Rodrigues Dutra; Henrique Pretti; Milene Torres Martins; Cristiane Baccin Bendo; Miriam Pimenta Vale (Universidade Federal de Minas Gerais) O objetivo do presente estudo transversal foi avaliar o impacto da má-oclusão na qualidade de vida de crianças na faixa etária de oito a dez anos de idade, estudantes de escolas da rede pública da cidade de Belo Horizonte. O instrumento utilizado para medir a qualidade de vida relacionada à saúde bucal foi a versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire 8-10 (CPQ8-10). As crianças foram examinadas para diagnóstico de má-oclusão utilizando-se o Dental Aesthetic Index (DAI). A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva, bivariada e multivariada através da regressão de Poisson, com nível de significância de 5%. Participaram do estudo 270 crianças. Crianças com oclusão normal ou má-oclusão leve (DAI ≤ 25) apresentaram 56% menos probabilidade (95% IC: 0,258-0,758; p=0,003) de impacto na qualidade de vida comparado com crianças diagnosticadas com má-oclusão muito grave (DAÍ ≥ 36). Crianças com sobressaliência superior anterior ≥ 3 mm apresentaram maiores escores médios de CPQ8-10 (19,4; DP=17,1) do que aqueles com sobressaliência < 3 mm (13,6; DP=11,7; p=0,038). Conclui-se que a má-oclusão muito grave e sobressaliência superior anterior aumentada associaram-se a impacto negativo na qualidade de vida das crianças. 045 – Resposta periodontal de caninos impactados com duas abordagens ortodônticas-cirúrgicas: revisão sistemática Diana Becerra Nuñez; Aldo Quiñe Angeles; Jorge Melgar Gutierrez; José Vidalón Castilla; Marco Alarcón Palacios (Universidade Peruana Cayetano Heredia, Lima – Peru) O canino superior permanente é considerado uma peça importante na arcada dentária, devido à sua função e relevância estética. Diversos estudos publicados na literatura mostram uma prevalência de 2% de caninos retidos no maxilar superior, localizados com maior frequência no palato. A sua localização correta desempenha um papel importante no planejamento do tratamento ortodôntico, o qual pode ser considerado bem-sucedido apenas se a erupção forçada e o posterior alinhamento e nivelamento conduzirem o dente à posição correta na arcada dentária com um periodonto saudável. As suas 27 alternativas de tratamento dependem da sua localização e a mais frequente é a abordagem cirúrgica que pode envolver: exodontia, implantes e exposição com ou sem tração ortodôntica. A presente revisão sistemática tem como objetivo responder a seguinte pergunta: qual é a resposta periodontal para dois procedimentos cirúrgicos ortodônticos para tratar caninos impactados no palato? Foram analisadas duas bases de dados, além de busca manual, encontrando 2.622 itens. Após uma triagem, finalmente foram considerados três estudos. Com eles, conclui-se que não há evidência que indique que existe diferença entre as abordagens aberta e fechada para o tratamento de caninos palatais impactados em termos de resposta periodontal. Assim, a decisão de escolher o tipo de procedimento está sujeita à preferência clínica do profissional. Há uma grande necessidade de RCT sobre esta questão, já que a literatura atual, apesar de ser de boa qualidade, é escassa. 046 – Correlação entre o biotipo facial clínico e cefalométrico como elementos de diagnósticos em Ortodontia Giuseppe Reyes; Manuel Estuardo Bravo Calderon; Belen Perez (Universidade de Cuenca – Equador) Para identificar o biotipo facial é importante estabelecer um plano de tratamento, que pode ser determinado por formas clínicas e radiográficas classificadas em três tipos: mesofacial, dolicofaciais e braquifaciais. Uma vez que o biotipo de cada paciente é identificado é importante saber que a má-oclusão está associada à características óssea-musculares de cada um, para assim, proporcionar o tratamento correto. O objetivo deste estudo foi encontrar a correlação entre biotipo facial clínico e cefalométrico, medido no mesmo paciente. O estudo foi realizado em 50 estudantes da Faculdade de Odontologia da Universidade de Cuenca, a partir de 18 a 25 anos, de ambos os sexos. Todos os registros telerradiográficos foram realizados por um mesmo operador, para minimizar erros, com um ortopantomógrafo CDRPanX Schick Sirona (Sirona Dental, Inc.), com um sistema cefalométrico tipo opt 80 – 13, 1981. O filme foi exposto de 68-70 Kv e 12 mA com um filtro equivalente de 2 mm a 5 mm de alumínio. Cada radiografia foi armazenada no programa Nemoceph 2D série 10.4.2 para o mapeamento digital correspondente. O mapeamento digital foi realizado de acordo com passos sequenciais que o mesmo programa determina em cada radiografia. Foram utilizados os testes Qui-quadrado e V de Crammer para determinar o grau de correlação. Os resultados mostraram que só existe correlação moderada. Concluiu-se também que não se deve confiar nas características físicas ou análise subjetiva dos pacientes, mas na análise de cada um e em conjunto. 047 – Estudo comparativo da confiabilidade e reprodutibilidade da medição dos tamanhos de dentes e medidas das arcadas dentárias em registros 3D digitais e de medição manual obtidos por escaneamento intra e extrabucal Ximena Alexandra Ojeda Cruz; Diana Monserrat Marín Arias; Manuel Estuardo Bravo Calderón (Universidade de Cuenca – Equador) A análise de modelos dentários é uma parte essencial do diagnóstico e tratamento. O objetivo deste trabalho foi comparar a confiabilidade e reprodutibilidade das medidas de tamanhos de dentes e arcadas dentárias entre os registros manuais e registros digitais em 3D, obtidas por digitalização intraoral e extraoral. Amostra: 20 pacientes (nove do sexo masculino e 11 do feminino) entre 14 e 34 anos, e 200 registros para cada método. Todas as informações foram coletadas através da análise de modelos de estudo, onde se fez medições do tamanho do dente, da distância intercaninos e da distância intermolar nos modelos de estudo de gesso e nos modelos digitais 3D. Escaneador intraoral direto: Cerec Omnicam (Sirona Dental Systems); escaneador indireto: scanner Dental Scanner Smart (Open Technologies). Para digitalizar os modelos de gesso foi utilizado o software Optical Reveng Dental 2.1 (Open Technologies). Também foi utilizado o scanner inEos X5 (Sirona Dental Systems). Os resultados desta pesquisa mostram que as medições de tamanhos de dente e distâncias intercaninos e intermolares foram clinicamente confiáveis, já que não existem diferenças significativas entre os modelos de gesso, registros manuais e cada um dos registros digitais. Portanto, sugere-se que as medidas dos registros digitais obtidos pelos dois scanners extraorais InEos X5 e Dental Scanner Smart, e scanner Dental e intraoral do scanner Cerec Omnican são confiáveis e reprodutíveis. Estas medidas podem ser uma alternativa clinicamente aceitável para substituir as medições com paquímetros ou compassos de ponta seca em modelos de gesso. 048 – Avaliação tomográfica da perda de inserção óssea e radicular dos dentes anteriores no tratamento descompensatório das más-oclusões do padrão III Natália Maria Vieira-Barbosa; Fábio Pinto Guedes; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli Valarelli; Maurício de Almeida Cardoso (Universidade do Sagrado Coração – USC-Bauru) 28 A movimentação ortodôntica tem um conhecido custo biológico, tanto para os tecidos radiculares quanto para os de suporte. A variação deste custo ocorre devido a fatores ortodônticos como força e quantidade de movimento, e também, a fatores genéticos como o padrão de crescimento e o biotipo periodontal. O advento da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) viabilizou uma precisão na caracterização da morfologia radicular, do osso alveolar e do tecido periodontal de sustentação de cada dente isoladamente. Isso somado a análise facial do padrão de crescimento, proporciona um diagnóstico da quantidade de movimento ideal para cada paciente. O conhecimento dos limites aceitáveis, especialmente em pacientes com deformidades dentoesqueléticas, são essenciais para definir metas terapêuticas e planos de tratamentos individualizados no intuito de se obter o mínimo de efeitos colaterais possíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da descompensação ortodôntica nas tábuas ósseas vestibular e lingual, e no comprimento radicular por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico. Foram selecionadas TCFCs de seis pacientes padrão III, em dois tempos: pré e pós-descompensação ortodôntica para cirurgia ortognática. Foram realizados cortes sagitais, a partir dos quais foi possível calcular os níveis de inserção óssea vestibular e lingual e o comprimento radicular, pré e pós-descompensação ortodôntica. Os dados coletados foram submetidos a uma análise estatística descritiva para calcular a quantidade de perda de inserção óssea e do comprimento radicular após a descompensação ortodôntica. Além disso, foi calculado o percentual de perda de inserção, considerando o comprimento radicular. Os resultados mostraram que houve uma repercussão negativa importante nos níveis de inserção óssea, especialmente na tábua óssea lingual dos incisivos inferiores. 049 – Avaliação por meio de microtomografia computadorizada do efeito da cortipunção e laser de baixa potência na movimentação dentária e reabsorção radicular Selly Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo; Patricia Oblitas Reese; Hideo Suzuki; Martha Simões Ribeiro; Won Moon (Faculdade São Leopoldo Mandic) O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de três métodos diferentes para acelerar a movimentação dentária, avaliar a extensão da reabsorção radicular e as alterações ocorridas no osso alveolar: cortipunção (CP), laser de baixa potência (Laser), e a combinação de cortipunção e irradiação com laser (CP+Laser). Métodos: um total de 28 ratos Wistar machos foram divididos aleatoriamente em cinco grupos: três grupos com diferentes métodos de intervenção, um grupo-controle e um grupo-controle negativo (sem movimentação). Uma força de 50 g foi aplicada nos primeiros molares superiores usando uma mola de níquel-titânio. O método cortipunção envolveu duas perfurações no aspecto palatal e um na face mesial usando um miniparafuso de 3 mm de comprimento, e para os grupos Laser e CP+Laser, as irradiações foram realizadas em dias alternados usando um laser de diodo (810 nm, 100 mw, área de 0,02 cm2) com energia de 1,5 J/ponto. Análises de deslocamento dentário, mudanças ósseas nos lados de tensão e compressão e extensão da reabsorção radicular foram realizadas usando imagens de microtomografia computadorizada. Resultados: a movimentação dentária no grupo CP+Laser foi significativamente maior em comparação com os outros grupos. A avaliação volumétrica do osso mostrou que a densidade óssea mineral, a fracção de volume ósseo presente em relação ao volume total e os valores de espessura das trabéculas, se mostraram menores para todos os métodos em comparação ao grupo-controle no lado da compressão, e mostraram valores mais elevados que o grupo-controle no lado de tensão. A realização da cortipunção (CP) mostrou maior influência sobre todos os parâmetros ósseos em comparação à irradiação com laser. Porém, maiores alterações ósseas foram notados no método combinado (CP+Laser). O volume total de reabsorções radiculares na raiz distal foi maior no grupo-controle, seguido por cortipunção, laser e o método combinado (CP+Laser), em especial no lado de compressão. Conclusão: a técnica combinada de cortipunção e irradiação de laser de baixa potência mostrou maior movimentação dentária, menor reabsorção radicular possivelmente devido à uma atividade de reabsorção óssea maior no lado da compressão. No lado de tensão, a técnica combinada apresentou maior formação óssea alveolar. 050 – Avaliação cefalométrica das alterações tegumentares em pacientes classe II tratados com APM convencional Maiara Goulart; Raquel de Andrade Luz; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Mauricio de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli Varaleli; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin (Universidade Sagrado Coração – USCBauru) 29 Este estudo cefalométrico objetivou avaliar as alterações tegumentares em pacientes com má-oclusão de classe II, primeira divisão, tratados com aparelho fixo e aparelho de protração mandibular (APM). A amostra constou de 54 telerradiografias (27 iniciais e 27 finais) em norma lateral de 27 pacientes, sendo 14 do sexo feminino e 13 do masculino, com idade inicial média de 12,27 anos observados por um período médio de 2,9 anos. Baseado na amostra estudada, na metodologia empregada e nos resultados obtidos, verificou-se diferenças estatisticamente significantes na projeção do lábio superior, projeção nasal, projeção do ponto A, comprimento do lábio inferior e espessura do pogônio tegumentar. Concluiu-se que, cefalometricamente, o uso do APM convencional associado ao aparelho fixo proporciona alterações faciais, como a retrusão do lábio superior e do ponto A e o aumento, em espessura, do pogônio tegumentar, que contribuem na camuflagem ortodôntica da má-oclusão de classe II. 051 – Comparação dos efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida convencional e diferencial da maxila em pacientes com fissura labiopalatina completa e bilateral: análise de modelos digitais Raquel Silva Poletto; Louise Resti Calil; Camila da Silveira Massaro; Guilherme Janson; Arthur César de Medeiros Alves; Daniela Gamba Garib (FOB-USP) Introdução: o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar os efeitos dentoalveolares da expansão rápida da maxila (ERM) diferencial e convencional em pacientes com fissura completa bilateral (FLPCB). Material e métodos: a amostra foi composta por 50 crianças com fissura labiopalatina completa e bilateral que apresentavam atresia maxilar e necessidade de expansão maxilar previamente ao procedimento de enxerto ósseo alveolar secundário, provenientes de um único centro de reabilitação. O grupo expansor convencional (GC) foi composto por 25 pacientes (média de idade 8,6 anos), tratados com expansores Hyrax. O grupo expansor diferencial (GD) foi composto por 25 pacientes (média de idade 8,8 anos), tratados com o expansor com abertura diferencial (EAD). Modelos dentários digitais foram obtidos imediatamente pré-expansão (T1) e seis meses após a expansão (T2). A largura, perímetro e comprimento do arco, profundidade do palato e inclinação vestibulolingual dos dentes posteriores foram medidos em T1 e T2. As alterações interfases foram avaliadas pelo teste t pareado. Compa- rações intergrupos foram realizadas pelo teste t independente (p < 0,05). Resultados: ambos os expansores causaram um aumento da largura e perímetro do arco, uma ligeira diminuição do comprimento do arco e profundidade do palato, e uma inclinação vestibular dos caninos. Verificou-se maior aumento transversal da largura intercanino e perímetro do arco para o expansor com abertura diferencial. A inclinação vestibular dos caninos superiores foi maior para os expansores convencionais em comparação ao expansor diferencial. Conclusões: o expansor com abertura diferencial é uma alternativa adequada aos expansores convencionais para expansão rápida maxilar em pacientes com FLPCB, quando há a necessidade de uma maior quantidade de expansão na região anterior, principalmente na presença de apinhamento na região anterior da maxila. 052 – Estudo comparativo das alterações do tratamento da má-oclusão de classe II com os aparelhos propulsores Jasper Jumper e Twin Force Bite Corrector, associados ao aparelho fixo Deborah Brindeiro de Araújo Brito; Fernanda Pinelli Henriques; Daniela Cubas Pupulin; Lorena Vilanova Freitas de Souza; Arnaldo Pinzan; José Fernando Castanha Henriques (FOB-USP) Os métodos para correção da má-oclusão de classe II, primeira divisão, são bem diversificados: tratamento com extrações dentárias ou sem extrações, por meio da ancoragem extrabucal, aparelhos removíveis ortopédicos funcionais ou mecânicos, aparelhos intrabucais fixos ou elásticos intermaxilares. A escolha por aparelhos funcionais fixos, para a correção desse tipo de má-oclusão, vem se tornando bastante interessante, pois independe da colaboração do paciente para o uso, o que reduz o tempo de tratamento. Objetivou-se comparar dois protocolos para correção da má-oclusão de classe II, primeira divisão: tratamentos com os aparelhos Jasper Jumper e Twin Force Bite Corrector, associados ao aparelho ortodôntico fixo. A amostra foi composta por 120 telerradiografias iniciais e finais de 60 pacientes: grupo 1 (G1), constituído por 20 pacientes com idade inicial média de 12,39 anos, tratados por meio do aparelho Jasper Jumper associado ao aparelho fixo, por um período médio de 2,42 anos; grupo 2 (G2), contendo 20 pacientes com idade inicial média de 11,83 anos, tratados com o aparelho Twin Force associado ao aparelho fixo, com tempo médio de tratamento de 2,59 anos; grupo-controle (GC), composto por 20 jovens, com idade 30 inicial média de 12,13 anos, observados por um período médio de 2,21 anos. As alterações foram comparadas entre os grupos, por meio da análise de variância e do teste de Tukey. Observou-se efeito restritivo na maxila, melhora significante da relação maxilomandibular e rotação horária do plano oclusal para G1 e G2. O G1 promoveu uma significante limitação do desenvolvimento vertical dos molares superiores em relação aos outros grupos. Os incisivos inferiores exibiram maior protrusão e uma extrusão dos molares inferiores em G1 e G2. Ambos os aparelhos melhoraram significantemente a relação maxilomandibular, os trespasses horizontal, vertical e a relação molar. Os protocolos de tratamento promoveram retrusão dos lábios superiores. Concluiu-se que os protocolos de tratamento promoveram correção da má-oclusão de classe II de forma semelhante. 053 – Comparação das alterações dimensionais dos arcos dentários entre o aparelho convencional e o sistema autoligável Damon Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas Falcão; Naiara Carolina Jacob Lima; Rodrigo Hermont Cançado; Fabrício Pinelli Valarelli; Clóvis Manoel Zamuner Júnior; Karina Maria Salvatore de Freitas (Faculdade Ingá) Proposição: o objetivo deste trabalho foi comparar as alterações nas dimensões dos arcos dentários superior e inferior de casos tratados sem extrações com aparelho convencional e sistema de braquetes autoligáveis Damon. Material e métodos: a amostra consistiu em modelos de gesso iniciais (T1) e finais (T2) de 45 pacientes com má-oclusão de classe I, tratados sem extrações e com apinhamento leve a moderado, divididos em dois grupos: grupo 1 – 21 pacientes tratados com aparelho autoligável Damon, com idade inicial média de 18,37 anos e tempo de tratamento médio de 2,11 anos; grupo 2 – 24 pacientes tratados com aparelho convencional, com idade inicial média de 19,50 anos e tempo de tratamento médio de 1,99 anos. Foram realizadas medidas dos arcos superior e inferior das distâncias intercaninos, interpré-molares (primeiros e segundos pré-molares), intermolares e comprimento do arco. A comparação intergrupos foi realizada com testes t independente e Mann Whitney. Resultados: o grupo Damon apresentou um aumento nas distâncias transversais superior significantemente maior que o grupo convencional. A alteração do comprimento do arco superior não apresentou diferença entre os grupos. Com relação ao arco inferior, o grupo Damon apresentou um aumento significantemente maior nas distân- cias intercaninos e interprimeiros pré-molares do que o grupo convencional. No comprimento do arco inferior, o aumento maior e significante, foi constatado no grupo de pacientes tratados com aparelho convencional. Conclusões: o tratamento realizado com o aparelho Damon resultou em um aumento significantemente maior das dimensões transversais do arco superior, comparado ao aparelho convencional. No arco inferior, as distâncias intercaninos e interpré-molares também apresentaram maior aumento no aparelho Damon do que no convencional. O aumento do comprimento do arco inferior foi maior no grupo convencional do que no grupo Damon. 054 – Rugosidade de fios ortodônticos após desafios cariogênicos e erosivos simulados em um modelo in situ Gregorio Antonio Soares Martins; José Augusto Rodrigues; Cecilia Turssi (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O presente estudo in situ investigou o efeito de desafios cariogênicos (DC) e erosivos (DE) na rugosidade de fios ortodônticos fabricados a partir de diferentes ligas. Após aprovação pelo CEP (CAAE 42840915.2.0000.5374) e atendimento aos critérios de inclusão, oito voluntários participaram deste estudo com delineamento cruzado, utilizando dispositivos mandibulares confeccionados em resina acrílica e contendo nichos nos quais foram acondicionados fios ortodônticos de aço (A’Company), NiTi (A’Company), CuNiTi (Ormco) e TMA (A’Company). Os fios ortodônticos utilizados haviam sido previamente cortados em segmentos de 10 mm e submetidos a cinco leituras de rugosidade superficial (Ra). Durante 14 dias, os voluntários utilizaram o dispositivo contendo todos os tipos de fios e, oito vezes ao dia, gotejavam sobre eles solução de sacarose para simular uma condição de alto desafio cariogênico. Em uma segunda fase (14 dias), os mesmos voluntários submeteram novos fios a desafios erosivos, realizados duas vezes por dia, em uma solução de ácido cítrico (0,05 M, pH 2,3). Na terceira e última fase (14 dias), os dispositivos foram apenas expostos à saliva natural, na própria cavidade oral. Os fios foram, então, analisados quanto à Ra final. A análise de variância (p < 0,001) e o teste de Tukey demonstraram que inicialmente os valores de Ra entre os fios de aço e de NiTi não diferiram entre si, e foram significativamente menores que dos fios de CuNiTi, enquanto o fio TMA apresentou os maiores valores. Após o tempo de permanência na cavidade oral, os fios tiveram aumento nos valores de Ra, deixando de diferir estatisticamente entre 31 si. Porém, havendo desafios cariogênicos ou erosivos, o fio de aço revelou os maiores aumentos de Ra, enquanto os demais fios não apresentaram danos maiores que os proporcionados pela saliva. Concluiu-se que na cavidade oral, fios ortodônticos metálicos sofrem aumento de rugosidade, que se mostrou mais expressivo diante de desafios cariogênicos e erosivos, mas apenas quando utilizados fios de aço inoxidável. 055 – Estabilidade dos mini-implantes ortodônticos após carregamento in vitro Flavia Almeida Barbosa; Alexandre Barboza de Lemos (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Os mini-implantes ortodônticos são amplamente utilizados na Ortodontia como controle de ancoragem durante o tratamento ortodôntico. Representam um avanço muito grande no controle da ancoragem. O objetivo deste estudo foi avaliar se após o carregamento mecânico dos mini-implantes através de molas de aço, haveria perda de estabilidade mecânica. Foram utilizados neste estudo, 25 mini-implantes autoperfurantes da marca Conexão Sistema de Prótese, com 1,6 mm de diâmetro e 6 mm de comprimento, os quais foram divididos em três grupos. No primeiro grupo de dez mini-implantes, foi aplicada uma carga em torno de 200 g através de molas de aço que ficaram estendidas entre dois mini-implantes durante cinco semanas. No segundo grupo de dez mini-implantes não foi aplicada carga. No terceiro grupo com cinco mini-implantes foi aplicada uma carga dinâmica em torno de 500 g, caracterizando força ortopédica, e foram aplicados 56.000 ciclos simulando abertura e fechamento da boca durante quatro semanas. Todos os mini-implantes foram inseridos em costelas de porco de 300 mm de comprimento. Os torques de inserção e remoção foram medidos e submetidos a testes estatísticos. Os resultados demonstraram que apenas houve diferença estatística entre os torques de inserção e remoção, depois de 56.000 ciclos, o que demonstra influência do método dinâmico na estabilidade dos parafusos (p=0,006). 056 – Avaliação do perfil facial em pacientes com síndrome de Richieri-CostaPereira Rayane de Oliveira Pinto; Adriano Porto Peixoto; Siulan Vendramini-Pittoli; Gisele da Silva Dalben (HRAC-USP) Introdução: a SRCP é uma rara desordem autossômica recessiva que afeta principalmente a face, esqueleto axial e laringe. Os principais sinais clínicos são: baixa estatura, fissura e anomalias da mandíbula e sequência de Robin (SR), a qual tem como características retrognatia, glossoptose e fissura de palato. Problemas respiratórios e de alimentação são frequentes no período neonatal, causada principalmente pela micrognatia e glossoptose. Assim, vários protocolos para o tratamento precoce têm sido sugeridos, com base na gravidade dos problemas respiratórios, incluindo o tratamento postural, intubação nasofaríngea, glossopexia, distração osteogênica, e traqueostomia. Objetivo: descrever as características cefalométricas de indivíduos portadores da síndrome de Richieri-Costa-Pereira (SRCP), comparados a um grupo-controle de pacientes classe I, pareados por gênero e idade. Métodos: foram analisadas telerradiografias laterais de nove indivíduos de 8 a 13 anos de idade com SRCP no software Radiocef Studio 2, utilizando um grupo-controle de indivíduos classe I de Angle, padrão I, pareados por idade. Discussão: dentre as estruturas estudadas (maxila, mandíbula, hioide, perfil e lábio) apenas não foram encontrados resultados estatisticamente significantes na maxila, que obteve valores semelhantes com o grupo-controle, de acordo com o descrito na literatura. Conclusão: são necessários mais estudos com metodologias mais específicas para que as anomalias da SRCP sejam melhor conhecidas, favorecendo principalmente o processo reabilitador destes pacientes. 057 – Avaliação das forças produzidas por elásticos ortodônticos em meio seco e úmido Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Reginaldo Victor Pereira dos Santos; Silvia Américo Albertin; Júlio de Araújo Gurgel; Ana Carla Souza Costa; Fausto Silva Bramante (Universidade Ceuma) A Ortodontia é a área da Odontologia que busca devolver a função mastigatória adequada e a estética dentária e facial ao paciente. Para atingir esses objetivos terapêuticos, a Ortodontia lança mão de aparelhos fixos, móveis e dispositivos auxiliares que conduzem ao êxito e ao resultado final esperado de um tratamento ortodôntico. Entre os dispositivos auxiliares que compõem esse arsenal do profissional, os elásticos intra ou extrabucais são considerados elementos ativos que o profissional disponibiliza. Esses elásticos são encontrados em uma grande variedade e diferem em tamanhos e forças. Para obter uma força de movimentação dentária eficiente e segura, o profissional deve considerar as características físicas e mecânicas dos 32 mesmos, sendo isso um dos parâmetros para a seleção dos elásticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro três marcas de elásticos ortodônticos (Morelli, TP Orthodontics e Orthometric) e em duas configurações (3/16 e 5/16), usados na prática e rotina clínica dos ortodontistas. Para o teste, os elásticos foram distendidos três vezes seu diâmetro interno e medida sua magnitude de força, com auxílio de um dinamômetro digital, ao início, 24, 48 e 72 horas, testados em campo seco e úmido (saliva artificial). A estatística foi realizada utilizando os testes Anova one-way e post hoc de Tukey. O resultado obtido foi a existência de uma degradação significativa em todos os tempos avaliados entre as marcas comerciais, sendo essa degradação mais marcante nos elásticos que foram testados em meio úmido. Os elásticos Morelli foram os que perderam menos magnitude de força ao final das 72 horas, seguido do TP e por fim o Orthometric. 058 – Degradação de força de elásticos ortodônticos intermaxilares Georgia Coelho da Cunha; Betina Ramos; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli Valarelli (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Devido à interferência de diversos fatores na degradação da força dos elásticos intermaxilares utilizados nos tratamentos ortodônticos, muitos estudos ainda são realizados para determinar a frequência de troca desses elásticos pelo paciente, para se conseguir forças constantes e resultados ideais, porém, os estudos apresentam resultados controversos. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a quantidade de degradação de forças dos elásticos em relação ao tempo, quando distendidos em saliva artificial, a fim de buscar parâmetros clínicos para o uso de um protocolo sobre a frequência de troca desses elásticos nas terapias ortodônticas. Para isso, foram utilizados dois grupos contendo 30 elásticos cada. O grupo 1 foi composto por 30 elásticos da marca Morelli de força média e diâmetro de 3/16”, e o grupo 2 por trinta elásticos também da marca Morelli, de força média e diâmetro de 1/4” .Eles foram distendidos por 4 cm, submersos em saliva artificial e mantidos em estufa a 37ºC. Eles tiveram sua força mensurada com dinamômetro ortodôntico logo após a imersão, e nos intervalos de 24, 48, 72 e 120 horas após a imersão. A avaliação da degradação da força foi realizada calculando o percentual de força perdida em relação à força inicial em cada in- tervalo de tempo. Os elásticos 3/16” sofreram perdas de 20%, 24%, 28% e 32% (24, 48, 72 e 120 horas). Os elásticos 1/4” sofreram perdas de 16%, 24%, 27% e 30% (24, 48, 72 e 120 horas). Para os dois grupos testados, as perdas de força foram maiores nas primeiras 24 horas, seguindo-se com perdas menores até 120 horas após o início. Dessa forma, aconselha-se a troca desses elásticos após dois dias de uso, para que a força seja intermitente e próxima da ideal para a movimentação dentária. 059 – Avaliação tomográfica do comprimento radicular dos incisivos ao final do alinhamento e nivelamento com braquetes autoligáveis: estudo prospectivo Victor França Didier; Ricardo Vieira Pinto; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Maurício de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli Valarelli; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti (Universidade Sagrado Coração – USCBauru) O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de reabsorção radicular em incisivos superiores e inferiores de pacientes tratados com braquetes autoligáveis, por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra desta pesquisa foi composta por imagens tomográficas de 20 pacientes, com média de idade de 16 anos e cinco meses, sendo oito do sexo masculino e 12 do sexo feminino, portadores do padrão facial I, classe I, em fase de dentadura permanente, com apinhamento superior e inferior, com indicação de tratamento sem extração. Foram realizadas imagens de TCFC inicial, antes da montagem do aparelho (T1) e ao final do alinhamento e nivelamento (T2) com fio 0,019’’ x 0,025’’ de aço, com tempo médio de tratamento de 16,3 meses (entre T1 e T2). O grau de reabsorção radicular foi calculado pela diferença (T2-T1) no comprimento radicular medido do ápice radicular até a junção amelocementária. As imagens de TCFC foram analisadas por meio do programa InVivoDental Aplication 5.3.1, por um único examinador, previamente calibrado. O teste t pareado foi utilizado para analisar as alterações encontradas pré e pós-nivelamento, adotando um valor de p < 0,05. Dos dentes avaliados, 73,75% apresentaram algum grau de reabsorção radicular; 61,87% apresentaram reabsorção de menos de 1 mm; 10,62%, de 1 mm até 2 mm; apenas 1,25% exibiram reabsorções de mais de 2 mm e 26,25% dos dentes não apresentaram nenhum grau de reabsorção. Os dentes que mais sofreram reabsorções foram os incisivos laterais inferiores e os centrais superiores. Os resultados permitiram concluir que 33 as reabsorções radiculares ocorreram de forma estatisticamente significante e, embora tenham sido uma constante, os valores foram baixos o suficiente para não terem significância clínica. 060 – Avaliação facial subjetiva em norma frontal em pacientes amarelos, adultos jovens, padrão I e oclusão normal Luiz Fernando Tadano Miguita; Rafael Jurca da Silva; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli Valarelli; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Leopoldino Capelozza Filho (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Objetivo: realizar a análise facial subjetiva na norma frontal em pacientes brasileiros amarelos adultos jovens, considerados normais para a face, com o crescimento finalizado. Material e métodos: foram utilizadas 42 fotografias frontais de indivíduos amarelos, sendo 42 mulheres e 40 homens, com idade média de 26 anos, com o crescimento finalizado, sem tratamento ortodôntico cirúrgico prévio, musculatura equilibrada e considerado normal para a face. As fotografias foram avaliadas por 35 examinadores heterogêneos separados em cinco grupos, foi pedido que dessem uma nota de um a nove de acordo com a agradabilidade facial, em esteticamente desagradável, aceitável e agradável, indicando as estruturas responsáveis pelo perfil desagradável. Resultado: 69,4% foram considerados aceitáveis, 19% foram considerados agradáveis e 11,6% desagradáveis. Conclusão: a maioria dos avaliadores considerou os indivíduos aceitáveis, sendo que a avaliação dos leigos xantodermas encontrou a maior porcentagem de indivíduos esteticamente aceitáveis. Nos pacientes esteticamente desagradáveis o nariz e o queixo foram as estruturas que mais impactaram nas notas. Foi possível observar que a análise facial subjetiva é mais um instrumento auxiliar no diagnóstico. Este método valoriza o parâmetro pelo qual o paciente e as pessoas com as quais ele convive vão avaliar sua face pré e pós-tratamento. 061 – Alterações dimensionais do arco inferior em pacientes tratados com sistemas Damon e MBT Andrea Del Cisne Gavela Guaman; Maria Veronica Bravo Lopez; Manuel Estuardo Bravo Calderón; Maribel Llanes Serantes (Universidade de Cuenca – Equador) Atualmente, existem controvérsias relacionadas às alterações dimensionais em pacientes tratados com Ortodontia convencional ou com técni- cas de autoligado passivo. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar essas alterações dimensionais do arco inferior em dois sistemas de tratamento: Damon e MBR, para determinar qual deles produzem ou não excedem a expansão transversal, longitude da arcada e protrusão incisiva, como alterações não planificadas ao final do tratamento. Foram selecionados modelos pré-tratamento e pós-tratamento: 20 para o sistema Damon e 19 para o sistema MBT com números iguais de radiografias cefálicas laterais digitais iniciais e finais de pacientes que receberam alta por residentes da clínica de pós-graduação em Ortodontia da Universidade de Cuenca, Equador. Foram determinados os valores programados referentes ao diâmetro transversal, expansão transversal, protrusão incisiva e aumento de longitude da arcada com a técnica de ponte de Wala em nível intercanino, interprimeiros pré-molares, intersegundos pré-molares e intermolares e se comparou com os resultados reais. Os dados foram processados estatisticamente mediante o software SPSS versão 22, com os testes de Sahpiro Wilk, t de student e U de Mann-Withney. Concluiu-se que o sistema Damon produz um incremento estatisticamente significativo da distância intermolar e protrusão incisiva após o tratamento, e realiza uma expansão autolimitada com um final previsível mantendo-se dentro ou com diferenças não significativas dos valores programados ao início do tratamento. O sistema MBT não produz diferenças pré e pós-tratamento estatisticamente significativas em nível intercanino, mas sim em nível interprimeiros pré-molares. 062 – Limites periodontais da movimentação ortodôntica dos incisivos superiores Ana Paula Barbisan da Rosa; Esteban Danilo Dávila Guerra; Fernando Moreira de Araújo Júnior; Camille Floriano Ferreira; Acácio Fuziy; Ana Carla Raphaelli Nahás Scocate (Unicid) Um protocolo de limite máximo de movimentação ortodôntica para os incisivos superiores, por meio de TCFC, foi criado. Analisaram-se 15 imagens tomográficas, com voxel de 0,1 mm, de pacientes com oclusão normal. Seis simulações de mecânicas ortodônticas foram estabelecidas: limite de movimentação vestibular da borda com centro de rotação (Crot) em centro de resistência (CR) (LMVB_Crot_CR), e no ápice (LMVB_Crot_Ápice); limite de movimentação vestibular do ápice com Crot em CR (LMVA_ Crot_CR) e na borda (LMVA_Crot_Borda); limite de movimentação lingual da borda com Crot no ápice (LMLB_Crot_Ápice); e limite de 34 movimentação lingual do ápice com Crot na borda (LMLA_Crot_Borda). Após a estatística (p < 0,05), a maior média obtida para o LMVB_Crot_ CR foi de 3,64 mm para os incisivos centrais (IC) e 3,12 mm para os laterais (IL) comparado com o Crot no ápice (1,80 mm IC; 1,64 mm IL), considerando como limite de reabsorção 1 mm de altura óssea alveolar da crista vestibular. O LMVA_Crot_CR (1,84 mm IC; 1,95 mm IL) foi maior comparado com o LMVA_Crot_Borda (0,80 mm IC; 0,82 mm IL), e entre LMLA (2,58 mm IC; 2,07 mm IL) e LMLB (2,46 mm IC; 1,97 mm IL), não houve diferença estatisticamente significante, com 1 mm de reabsorção óssea na altura alveolar cervical lingual. A correlação de Spearman entre os tipos de movimentação e as espessuras dos terços das corticais ósseas mostrou uma forte correlação linear positiva (quanto maior a espessura do osso alveolar, maior a movimentação permitida). As melhores mecânicas em termos de maior movimentação para LMVB como para LMVA, é quando o Crot está em CR. 063 – Comparação da percepção de diferentes especialistas odontológicos e leigos quanto à exposição dentogengival no sorriso Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Eliane Cristina Carrera Eleres Vergan; Ricardo Gabriel Calvet Campelo; Júlio de Araújo Gurgel; Meire Coelho Ferreira; Fausto da Silva Bramante (Universidade Ceuma) Uma preocupação cada vez maior com a estética, não apenas nos aspectos relacionados ao corpo, mas também à face, tem sido observada na sociedade. Atualmente, muitos pacientes consultam o cirurgião-dentista em busca de melhorias estéticas relacionadas aos dentes ou mesmo ao sorriso. Na literatura odontológica, o sorriso agradável é definido como aquele que expõe completamente os dentes superiores e aproximadamente 1 mm do tecido gengival. Os casos em que a exposição gengival excede 3 mm, são classificados como sorriso gengival e, comumente, considerados esteticamente desagradáveis. Entretanto, ressalta-se que o conceito de beleza é subjetivo e varia nos diferentes grupos sociais e também ao longo do tempo. A percepção estética é individual e sofre influência dependendo do julgamento daqueles com quem se interage. Sendo assim, a análise do sorriso constitui-se em um desafio na clínica odontológica. A necessidade de correção do sorriso gengival pode ser sugerida pelo próprio paciente ou indicada pelo clínico geral, periodontista, reabilitador protético, ortodontista ou pelo cirurgião bucomaxilofacial. Entretanto, torna-se importante conhecer não apenas a opinião em relação à agradabilidade do sorriso dos profissionais ligados à Odontologia, mas também dos leigos. Esta preocupação possibilita aos profissionais da área não tratarem, desnecessariamente, pequenas discrepâncias que muitas vezes não são reconhecidas pelos pacientes. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi o de avaliar a exposição gengival na estética do sorriso, comparando as avaliações dos leigos com a dos cirurgiões-dentistas, e também as avaliações entre os diferentes especialistas. Fotografias de portadores de sorriso gengival foram realizadas e posteriormente manipuladas no computador, utilizando-se o programa Adobe Photoshop CS 4, alterando-se a altura do lábio superior em relação à margem cervical dos incisivos centrais superiores. As imagens foram impressas e montadas em um álbum, em ordem aleatória. O álbum juntamente com uma escala analógica visual foi apresentado aos avaliadores. Os escores foram medidos em milímetros com um paquímetro digital. Os resultados indicaram que não houve um consenso entre os leigos e os cirurgiões-dentistas das diferentes especialidades avaliadas, sendo os profissionais mais críticos em relação às alterações na exposição gengival. 064 – Avaliação da deflexão de fios estéticos de níquel-titânio recobertos por ródio e resina epóxi Kleist Christian Costa Lima; Júlio de Araújo Gurgel; Fausto da Silva Bramante; Melissa Proença Nogueira Fialho; Célia Regina Maia Pinzan Vercelino (Universidade Ceuma) Este estudo teve como objetivo comparar a propriedade mecânica de deflexão entre os fios estéticos de níquel-titânio (NiTi) recobertos por ródio e por resina epóxi. O cálculo amostral indicou a necessidade mínima de 11 segmentos de fio por grupo avaliado. Definiu-se o uso de 48 segmentos de fios de calibre 0,018”, da mesma marca comercial, divididos igualmente em quatro grupos: GR – fio de NiTi termoativado recoberto por ródio; GE – fio de NiTi recoberto por resina epóxi; GC – fio de NiTi convencional; e GT – fio NiTi termoativado. Os fios foram avaliados quanto à propriedade carga x deflexão, em uma máquina universal de ensaios (Instron 3342), de acordo com o teste de qualidade preconizado pela norma ISO15841. Para verificar se os dados possuíam distribuição normal aplicou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. Como as medidas avaliadas não demonstraram desvios significativos da normalidade, para a comparação entre os grupos foi aplicado o teste 35 Anova, seguido pelo post hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados indicaram que os fios GR, GE e GT liberaram forças estatisticamente significantes mais leves que os do grupo GC. 065 – Avaliação da força de atrito estático e dinâmico em diferentes tipos de braquetes Márcia Gonçalves Fahd; Cláudia Gonçalves Fahd; Meire Coelho Ferreira; Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Fausto Silva Bramante; Edson Yoshihiro Mada (Universidade Ceuma) Com o aumento da procura por tratamento ortodôntico por adultos desde meados dos anos 1980, a busca por estética tem influenciado o surgimento de novos materiais no mercado odontológico, desencadeando o estudo sobre fatores que influenciam no atrito provocado entre o fio e braquetes. O presente estudo teve como objetivo, avaliar a força de atrito estática e dinâmica em cinco diferentes braquetes metálicos e estéticos. Os braquetes utilizados foram: Agile (3M Unitek), Synergy (RMO), Composite (Morelli), Gemini Clear (3M Unitek) e Purelucent (Ortho Classic) e dois tipos de fios: .016” de NiTi; e .019”x .025” de aço. Uma máquina de testes universal EMIC DL 200 MF avaliou o atrito. Foram realizadas análises estatísticas (Anova e teste de t de Student). Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre as forças estática e dinâmica obtidas nos diferentes braquetes com fio .016” e com fio .019”x.025”. Quando comparado os diferentes braquetes com fio .016” e .019” x.015”, observou-se que os maiores valores de força de atrito estática foram dos braquetes policristalinos (Gemini Clear) e monocristalino (Purelucent). O menor valor tanto na força de atrito estática quanto na dinâmica foi observado para o braquete de policarbonato (Composite), o qual diferiu estatisticamente dos demais braquetes. Concluiu se que o braquete do tipo policarbonato, apresentou o menor coeficiente de atrito, no entanto, é preciso avaliar a relação custo-benefício na escolha do material a ser utilizado no tratamento ortodôntico. 066 – Avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico em jovens brasileiros entre os anos de 2003 e 2010 Talyta Jardim Lima Nunes; Aguinaldo Silva Garcez Segundo; Hideo Suzuki (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Este estudo foi conduzido para identificar tendências do padrão das más-oclusões e da necessidade de tratamento ortodôntico em jovens brasileiros entre os anos 2003 e 2010. Foram utilizados dados provenientes de levantamentos epidemiológicos realizados pelo Ministério da Saúde nos respectivos anos, o SBBrasil 2003 e o SBBrasil 2010. Por meio do índice de estética dental (DAI – Dental Aesthetic Index) foram comparadas em amostras de jovens de 12 e de 15 a 19 anos de idade, a prevalência das más-oclusões, a distribuição da severidade das más-oclusões e da necessidade de tratamento ortodôntico, e a distribuição dos componentes do DAI nos anos de 2003 a 2010. A análise dos dados mostrou que, entre os anos, houve uma significativa melhora das condições de oclusão dentária nos jovens de 12 anos e de 15 a 19 anos, de ambos os sexos, em todas as regiões do Brasil. Essa melhora, entre os anos de 2003 e 2010, foi vista pela diminuição da média do DAI, também pelo aumento da porcentagem de jovens sem necessidade de tratamento ortodôntico e uma diminuição de aproximadamente 50% na frequência de jovens com necessidade de tratamento ortodôntico (oclusopatias severas e muito severas). Verificou-se uma importante tendência à melhoria do padrão das más-oclusões e da necessidade de tratamento ortodôntico nos jovens de 12 anos e de 15 a 19 anos de idade entre os anos de 2003 e 2010. 067 – Padrão de crescimento craniofacial: estudo comparativo cefalométrico das análises Ricketts e USP Fatima Roneiva Alves Fonseca; Germana Queiroz Tavares Borges Mesquita; Maria Carolina Bandeira Macena; Gilvangelo Neves Ferreira (Universidade Federal de Campina Grande - UFCG) É de suma importância para o diagnóstico, planejamento e tratamento ortodôntico a maneira pela qual a face cresce. Avaliando essa forma de crescimento, pode-se ter o conhecimento das possibilidades e limitações do caso e pesquisar a melhor época para o início do tratamento e até mesmo o tipo e o tempo de contenção necessária. Objetivo: o presente estudo objetivou avaliar o padrão de crescimento craniofacial em indivíduos apresentando sua prevalência predominante e comparando as análises de Ricketts e USP. Metodologia: a amostra utilizada no estudo foi composta por 60 telerradiografias cefalométricas coletadas aleatoriamente das fichas dos pacientes do sexo masculino de até 18 anos de idade, e feminino de até 15 anos de idade do curso de pós-graduação em Ortodontia das Faculdades Integradas de Patos. Resultados: a prevalência de padrão facial foi predominante em mesofacial (60%) em ambas 36 as análises. O perfil facial predominante foi convexo (50%) em ambas as análises. O crescimento maxilar em USP foi predominante protrusivo (50%) e em Ricketts predominante normal (50%). O crescimento mandibular apresentou predominância em crescimento normal em USP (60%) e Ricketts (50%). A relação molar foi classificada em classe I sendo 60% em USP e 50% em Ricketts. Conclusão: o padrão facial, perfil facial e relação molar obtiveram comparação compatível nas análises de Ricketts e USP, apresentando predominância no padrão mesofacial, perfil convexo e má-oclusão classe I, respectivamente. O crescimento maxilomandibular apresentou diferenças significativas em suas análises. Na maxila, enquanto USP indicou predominância no crescimento normal, Ricketts apresentou predominância de protrusão. Na mandíbula, apesar de haver diferença em sua porcentagem, ambos indicaram predominância de crescimento normal. 068 – Análise de oclusopatias em indivíduos por meio da classificação de Angle Fatima Roneiva Alves Fonseca; José Diego Pereira Lima; Germana Queiroz Tavares Borges Mesquita; Estefânia Queiroga Santana de Alencar; Fatima Roneiva Alves Fonseca (Universidade Federal de Campina Grande – UFCG) O sistema estomatognático é composto por ossos, dentes, periodonto, tecidos moles, articulações temporomandibulares e elementos neuromusculares. Alterações no desenvolvimento dentário podem ocorrer tanto na dentição decídua quanto na permanente, sendo que, durante a fase de dentição mista, algumas destas alterações podem representar um aspecto temporário com possibilidade de autocorreção. As oclusopatias são conhecidas como problemas de crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e mandibulares durante a infância e a adolescência, podendo acarretar alterações funcionais, estéticas ou psicossociais. A má-oclusão tem etiologia multifatorial, com uma série de influências que englobam problemas congênitos, morfológicos, biomecânicos e ambientais. A má-oclusão dentária pode causar impacto estético nos dentes e na face, assim como na mastigação, respiração, fala e postura. A elaboração da classificação de Angle, em 1899, foi um importante avanço no desenvolvimento da Ortodontia, não por classificar somente as oclusopatias, mas por também incluir o primeiro conceito simples e claro de oclusão normal da dentição natural. Esse método provavelmente tem sido o instrumento mais utilizado para registrar oclusopatias até o momento. Angle classificou as más-oclusões em classe I, classe II, primeira e segunda divisão e classe III. O estudo teve como objetivo investigar oclusopatias em indivíduos por meio da classificação de Angle. Foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa e quantitativa, desenvolvida por meio dos arquivos da Clínica Escola de Odontologia das Faculdades Integradas de Patos, do município de Patos/PB, no período de janeiro a fevereiro de 2016. A coleta dos dados foi realizada através da aplicabilidade de questionário, a fim de identificar os fatores mencionados no referido tema. A análise se deu através de estatística descritiva e os dados foram organizados em tabelas e gráficos. Como resultados observou-se o predomínio do gênero feminino, com média de idade de 20,84 anos (± 6,89), o tipo de respiração foi o nasal e não apresentaram hábitos não nutritivos. Na relação linha média dente/dente, dente superior e inferior no plano sagital médio apresentaram normalidades com percentual de 85%, 96% e 88%, respectivamente. Na avaliação da classificação de Angle foi visto que 52% dos indivíduos possuíam oclusopatia classe I. Concluiu-se que a oclusopatia mais prevalente foi a classe I seguida da classe II nos dois gêneros e ausência de hábito não nutritivo envolvido, bem como servir para a continuidade de novas pesquisas nesta área. 069 – Grau de severidade das más-oclusões em escolares da rede municipal de Patos/PB Fatima Roneiva Alves Fonseca; Francisco Tarllyson Inácio Gomes; Maria Carolina Bandeira Macena Guedes (Universidade Federal de Campina Grande – UFCG) Introdução: a avaliação da oclusão, considerando os aspectos de saúde pública, tem como objetivos principais determinar a necessidade e prioridade de tratamento e obter informações para o planejamento adequado dos recursos necessários ao tratamento da população. Desta forma, este trabalho teve por objetivo estimar o grau de severidade das más-oclusões em escolares da rede municipal de Patos/PB. Métodos: a amostra constituiu-se de 256 escolares, com idade de 12 anos, de ambos os sexos. A coleta dos dados foi realizada em ambiente escolar, sobre fonte de luz artificial, com a criança sentada em uma cadeira, de frente para o examinador. Utilizou-se o índice de estética dental (DAI) com a finalidade de estimar o grau de severidade e necessidade de tratamento ortodôntico na população estudantil. Resultados: observou-se 37 que 75% das crianças apresentavam algum tipo de má-oclusão. O grau de maior severidade, onde o tratamento ortodôntico é imprescindível, foi encontrado em 42 escolares (16,5%) da amostra total. A maioria (54,6%) das crianças apresentou relação molar normal. O apinhamento no segmento anterior foi a alteração oclusal mais frequente (48,8%), seguido do overjet maxilar anterior acentuado (47,2%). A má-oclusão com menor prevalência foi o overjet mandibular acentuado (1,5%). Conclusão: a maioria dos escolares avaliados se enquadra no grau de severidade II, onde a má-oclusão é definida e o tratamento ortodôntico é eletivo. Devido à alta prevalência, medidas interceptativas e programas continuados de saúde coletiva se fazem necessários. 070 – Mordida aberta anterior diagnóstico diferencial Mariana Manzoli Dadalto; Vanessa Miranda; Luis Eduardo Alessio Junior (Unesc) Introdução: a mordida aberta anterior é uma das más-oclusões de maior comprometimento estético-funcional, o seu desenvolvimento ocorre a partir de diversos fatores etiológicos. Objetivo: foi realizada uma revisão da literatura para determinar a classificação e a severidade no diagnóstico da mordida aberta anterior. Discussão e conclusão: diferenciar a mordida aberta anterior é importante, para um correto planejamento e posteriormente um tratamento e, sendo assim, apresentar maior estabilidade do caso. 071 - Distalizador de molar Jones Jig Nayane Gama de Resende; Luís Eduardo Alessio Junior (Unesc) Introdução: entre tantos aparelhos intrabucais de distalização de molares superiores, a utilização do Jones Jig é uma opção de tratamento ortodôntico para a correção da má-oclusão de classe II, não sendo necessário fazer avanço mandibular, extração dentária ou a instalação de um aparelho extrabucal, que depende exclusivamente da colaboração do paciente. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura para verificar as alterações dentárias após o tratamento com o aparelho Jones Jig para distalização dos molares superiores. Discussão e conclusão: o aparelho promove uma extrusão dos primeiros molares, assim como sua inclinação e rotação da coroa para distal, além de ocorrer uma protusão e inclinação mesial de pré-molares e dente anteriores, sendo essencial um diagnóstico correto para evitar fu- turos efeitos colaterais indesejáveis. 072 – Efeitos da mastigação unilateral Poliane Cristina de Lima Moreira; Anália de Faria Godinho; Matheus Bastos Guimarães de Faria; Marcelo Matêus Costa de Faria (ABO-MG) Foi realizada uma revisão da literatura em mastigação unilateral e reabilitação neuroclusal, com objetivo de mostrar aos cirurgiões-dentistas os efeitos da mastigação unilateral no desenvolvimento do sistema estomatognático, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e demonstrando seus efeitos por meio de diagramas e figuras. A mastigação é o que estimula o desenvolvimento ósseo facial, por isso, o conhecimento do lado que o paciente mastiga é importante no diagnóstico de alterações craniofaciais e no tratamento ortopédico e/ou ortodôntico. E, a falta de uma mastigação vigorosa alternada e bilateral pode impedir o correto ciclo mastigatório devido ao desenvolvimento deficiente do sistema estomatognático (Planas, 1988; Simões, 1998). Para diagnosticar esta patologia, dispomos de alguns métodos, como a observação direta de mastigação usada por fonoaudiólogo; a técnica das paralelas funcionais e ângulo crânio-escapular (Scarlati, 1998); o ângulo funcional mastigatório de Planas – AFMP (Planas, 1980); a teoria do circuito das forças (Almeida, 1998); e análise de modelos gnatostáticos. Alterações no AFMP mostram alterações na mastigação bilateral alternada. Segundo Ferreira (2003), como consequência da mastigação unilateral foram encontradas alterações verticais, horizontais e transversais no lado de trabalho e de balanceio. Podemos destacar as seguintes alterações: deslocamento da órbita, movimento da maxila para cima no lado de trabalho, e para baixo no lado de balanceio; crescimento lateral no lado de trabalho; encurtamento da mandíbula no lado de trabalho e crescimento no lado de balanceio; crescimento em espessura da mandíbula no lado de trabalho e redução da espessura no lado de balanceio; encurtamento do ramo da mandíbula no lado de trabalho; crescimento longitudinal da mandíbula no lado de balanceio; rotação maxilar para o lado de balanceio e mandibular para o lado de trabalho; desvio da linha média inferior para o lado de trabalho. Assim, o diagnóstico precoce é importante para evitar sequelas maiores e de difícil correção. 073 - Interdisciplinaridade Ortodontia versus Fonoaudiologia Fernanda Alves Macharelli; Juliana Gaschler; Sérgio Iafigliola; Gilberto Bezerra; Maxwell Albuini (EAP-APCD) 38 A interdisciplinaridade é o campo no qual atuam uma ou mais disciplinas ou ramos do conhecimento. Um trabalho interdisciplinar entre Fonoaudiologia e Ortodontia necessita de comunicação entre os profissionais envolvidos, a fim de possibilitar padronização dos registros e contemplar os objetivos terapêuticos no atendimento aos pacientes. Tal interação se dá pela complexidade do sistema estomatognático, que é um conjunto formado por unidades anatômicas e funcionais que compreende quase toda a região craniocervical. Dentre seus componentes básicos, estão os ossos do crânio e da face, os dentes e seus elementos de suporte, a articulação temporomandibular (ATM) e os músculos mastigatórios e da mímica facial. A ação conjunta ou isolada desses elementos é responsável pelas funções da mastigação, fala, deglutição, sucção, respiração, gustação e da postura da cabeça e do pescoço. Nos tratamentos ortodônticos em que é necessário o restabelecimento do equilíbrio da musculatura orofacial, o auxílio do fonoaudiólogo é fundamental, uma vez que forma e função estão intimamente correlacionadas. Se não houver adequação da musculatura orofacial, haverá pressão muscular, levando à recidiva do tratamento ortodôntico. Assim, também nos tratamentos fonoaudiológicos que visam o equilíbrio da motricidade orofacial, é fundamental o estabelecimento de uma harmonia dentoesquelética por parte do ortodontista, para que a musculatura possa se adequar. 074 – Reabsorção de raiz externa apical de incisivos e caninos superiores e inferiores submetidos a tratamento ortodôntico em fase inicial Janeth Mariela Prado Segovia; Pamela Elizabeth Ruiz Reascos; Manuel Estuardo Bravo Calderón; Diego Mauricio Bravo Calderón (Universidade de Cuenca – Equador) A reabsorção radicular externa apical (RREA) é um processo inflamatório comum associado ao tratamento ortodôntico, considerado como um efeito colateral do tratamento ortodôntico que poderia resultar em um encurtamento do ápice da raiz. Objetivo: estabelecer o grau de RREA dos seis dentes anterossuperiores e inferiores, submetidos a movimento ortodôntico com a técnica de autoligado passivo, e sua diferença com o grau de RREA causada pela técnica convencional e sistema biofuncional QR em etapas iniciais do tratamento. Materiais e métodos: estudo observacional e longitudinal. A amostra consistiu em 23 casos de pacientes com idades entre 12 e 27 anos. Grupo 1: utilizando braquetes autoligados pas- sivos (Damon Q, Ormco); grupo 2: braquetes convencionais prescrição Roth e MBT; grupo 3: utilizando braquetes QR. Os pacientes foram tratados por estudantes de pós-graduação na especialidade de Ortodontia da Universidade do estado de Cuenca, Equador. Resultados: em geral se observou que 42% das peças (13,22, 33,41,42) Damon apresentou menor reabsorção do que as outras 42% (12, 11, 21, 23 e 32), o sistema QR apresentou menor reabsorção em 16% restante. Por outro lado, o sistema convencional apresentou menor reabsorção. Assim, em geral não se pode concluir que um sistema prevaleça sobre o outro. Discussão: a reabsorção do sistema biofuncional QR foi ligeiramente mais baixa se comparada com outras técnicas, no entanto, o teste Anova não encontrou nenhuma diferença significativa ao comparar a média de reabsorção de cada peça por tipo de braquete utilizado ou tratamento realizado (p > 0,05), exceto no caso da peça 33 (p=0,02). Estes dados estão de acordo os resultados desta pesquisa. Conclusões: em geral a reabsorção radicular externa apical, em média, aparece mais quando extrações são realizadas do que quando não executadas. A reabsorção radicular em incisivos e caninos superiores foi ligeiramente menor com a técnica biofuncional QR, se comparada com outras técnicas. Com a técnica Damon, sem extrações, a reabsorção foi ligeiramente menor se comparada com outras técnicas. As raízes de alto risco – dado sua forma (triangular, pipeta, dilacerada), apresentaram maior grau de reabsorção radicular apical externa. Já as cristas ósseas amplas correm maior risco de reabsorção radicular apical externa. Portanto, não foram estatisticamente significativas as diferenças dos três braquetes em provocar maior ou menor reabsorção na raiz externa apical. 075 – Avaliação do atrito dos fios de níquel-titânio e termoativados Joseli Santos de Almeida Giunco; Alcides Gonini Júnior; Murilo Baena Lopes; Renato Rodrigues de Almeida; Márcio Rodrigues de Almeida (Unopar) Introdução: o objetivo do presente estudo foi avaliar a força de atrito em sistemas de deslizamento por três fios ortodônticos diferentes com diâmetro .016” x .022” de níquel-titânio. Material e métodos: 1) blue-tie; 2) black-tie e 3) NiTi termoativado, usados para correção de apinhamentos dentários, sendo analisados com o braquete autoligado. Para cada tipo de fio, dez amostras de 30 mm de fios diferentes foram testados. Esses fios foram adaptados 39 no braquete, sem angulação e com angulação de 5º. Ambos foram fixados em um conector de PVC com resina acrílica. A máquina usada foi a EMIC, com célula de carga de 5 N, com velocidade de 5 min e 10 mm de deslocamento, e como protocolo, foi seguida a norma ISO 15.841. Estatística: foram utilizados os testes: normalidade Shapiro Wilk, Kruskal Wallis e pós-teste Dunn. Resultado: os testes mostraram que o fio de NiTi blue foi o que apresentou menor atrito com média de 0,052 Mpa, arco termo ativado com média de 1,352 Mpa e o black com média de 1,374 Mpa. Em relação à variável testada (o atrito) que esses arcos apresentaram, podemos mencionar os diferentes comportamentos que os arcos apresentam quando comparamos o black com o blue e o o black com o termoativado. Conclusão: esse trabalho mostrou que, dos três tipos fios de NiTi de mesmo calibre (0,16” x 0,22”) o fio blue foi o que apresentou menor atrito, tanto com angulação 0º e quanto com 5º de angulação, proporcionando uma mecânica de deslize mais eficaz e controlada, seguidos dos arcos black e termoativado. 076 – Quantificação da queratinização e inflamação no epitélio gengival com o uso de dispositivos ortodônticos termoplastificados – estudo clínico randomizado Bruna Cristina do Nascimento Rechia; Estela Maris Losso; Alexandre Moro; Kerstin Dums; Luiza Cristina do Nascimento; Ricardo Cesar Moresca (Universidade Positivo, Curitiba/PR) O objetivo deste estudo clínico randomizado foi avaliar os efeitos causados ao epitélio gengival, pelo dispositivo termoplastificado do Sistema Essix Dentsply, analisando entre os grupos e entre os momentos de avaliação a variação do índice de células córneas e a quantidade de neutrófilos. Dois grupos foram avaliados, um de voluntários que usou o dispositivo por 8 horas/dia e o outro que usou por 17 horas/dia, por 30 dias. Houve três coletas, uma antes do uso do dispositivo (T0), outra com 15 dias de uso (T1) e a última com 30 dias de uso (T2). A amostra foi constituída de 36 voluntários no grupo 1 e 33 no grupo 2. As coletas foram avaliadas por citologia esfoliativa em meio líquido. A leitura das lâminas foi feita por microscopia convencional, para cada amostra foi obtido o número de neutrófilos e a porcentagem de células córneas (queratinizadas) entre 200 células. Comparações entre grupos e momentos foram submetidas à Anova. O teste t de Student foi usado na compa- ração dos grupos em relação aos resultados no T0. A variável neutrófilos não apresentou valores estatísticos significativos (p > 0,05). A variável células córneas obteve valores significativos (p < 0,05) para as análises intragrupos. O dispositivo termoplastificado não causou inflamação ao epitélio gengival dos voluntários de pesquisa deste estudo. Houve aumento de queratinização entre T0 e T1, e posterior diminuição entre T1 e T2 nos dois grupos. No grupo 2 também houve diminuição da queratinização entre T0 e T2. 077 – Estudo in vitro da resistência adesiva na interface de resina entre a base PAD e o cimento resinoso, utilizado na cimentação indireta da técnica lingual Anhaly Carolina Montalvo Jaramillo; Maritza Alexandra Balarezo Gutiérrez; Manuel Estuardo Bravo Calderon; María Daniela Andrade Solís (Universidade de Cuenca – Equador) A fim de reduzir os atrasos em razão de qualquer acessório para tratamento ortodôntico lingual, considerou-se que a força de ligação é muito importante, especialmente quando está localizado em diferentes interfaces presentes entre o suporte e a resina do PAD; entre a resina, a almofada e o cimento resinoso fotopolimerizável e entre o cimento e o esmalte dental. Então, este estudo centrou-se sobre como determinar a resistência adesiva na segunda interface localizada entre a resina base PAD e cimento de resina fotopolimerizável, usando ácido fluorídrico e óxido de alumínio como pré-tratamento de superfície para a cimentação indireta da técnica lingual. O tipo de estudo foi experimental in vitro. Uma amostra de 30 corpos-de-prova feito com resina Transbond XT, usando para a sua preparação, uma bolha de colchetes, seguidos de três diferentes protocolos: G1 sem qualquer preparação; G2 com aplicação de óxido de alumínio, 50 mícrons por 10 segundos na superfície do corpo-de-prova; G3 com aplicação de ácido fluorídrico 9% na superfície do corpo-de-prova por dez minutos. Antes do teste de resistência adesiva, foram realizados cortes de precisão em cada corpo-de-prova, obtendo-se assim 45 de tiras-teste, cada uma das amostras foi anexada a um portal para microteste de tração, que foi realizada com o modelo de minicisalhamento em máquina universal 5942, a uma velocidade de deformação constante de 0,5 mm/min. A resistência adesiva foi comparada entre os grupos por meio da análise de variância. Para todas as análises, o nível de significância foi 5% (p < 0,05) com um 40 nível de confiança de 95% (95% CI). São considerados estatisticamente significativos valores abaixo de 0,05. Os resultados do teste Anova revelaram que o tratamento de superfície fator F(2,12)=2,52; p=0,12 não é significativo, portanto, pode concluir-se que os diferentes tratamentos de superfície utilizados são equivalentes ao grupo-controle, indicando que eles exercem influência significativa sobre os valores de resistência adesiva (RA) nessa interface. 078 – Indicações e contraindicações de tratamento ortodôntico com exodontias de primeiros ou segundos molares permanentes Sarah Ramos Souza; Fauze Badreddine; Mario Cappellette (Associação Brasileira de Odontologia – Santos) Este trabalho teve como objetivo apresentar uma abordagem alternativa para o tratamento ortodôntico com exodontia de primeiros e segundos molares permanentes em pacientes, mesmo sabendo que esse procedimento é tecnicamente mais complexo e desafiador por inúmeros fatores. Através da revisão da literatura foi possível investigar, em trabalhos científicos, quais são as indicações e as contraindicações para estas abordagens, bem como avaliar os efeitos do perfil e no complexo dentofacial de pacientes submetidos a este tipo de protocolo clínico. O resultado desta pesquisa mostrou que essas exodontias não são um procedimento de rotina, e que, para sua indicação, deve-se avaliar e diagnosticar cada caso individualmente para o sucesso do tratamento. 079 – Avaliação científica em portadores de más-oclusões classe II esquelética Danielle B. dos Santos Reis; Christiane Vasconcelos Cruz; Antonio Carlos de Oliveira Ruellas; José Vinícius Bolognesi Maciel; Marcelo de Castro Costa (UFRJ) Avaliar os principais componentes da má-oclusão classe II esquelética e os subfenótipos com características comuns para auxiliar o diagnóstico e estudos em genética. Foram avaliados 502 prontuários de indivíduos atendidos na clínica de mestrado em Ortodontia do Depto. de Odontopediatria e Ortodontia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no período de agosto de 2015 a janeiro de 2016. Para isso, foram incluídos 40 prontuários de indivíduos portadores de má-oclusão de classe II esquelética, caracterizados com ângulo ANB > 4°. Foram excluídos portadores de síndromes, fenda labiopalatina, prontuários incompletos e radiografias iniciais de paciente portando aparelho ortodôntico de tratamento prévio. Para análise estatística foram aplicados os testes Qui-quadrado e/ou exato de Fisher (significância 95%), regressão logística multivariada (p < 0,05), análise dos componentes principais (PCA) e método de Cluster. 41 Painéis Científicos Categoria – Caso Clínico 081 – Tratamento da má-oclusão de classe III com uso de elásticos intermaxilares Cristina A. Paschotto Pezzo Marin; Fabricio Pinelli Valarelli; Soraya Rolim Mouammar; Leonardo Ribeiro Mazzarolo; Mayara Paim Patel; Danilo Pinelli Valarelli (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) 083 – Tratamento de classe II esquelética com uso de aparelhos ortopédicos e fixo Cristina A. Paschotto Pezzo Marin; Danilo Pinelli Valarelli; Farah Diba Cardoso Brabo; Fabricio Pinelli Valarelli; Soraya Rolim Mouammar; Mayara Paim Patel (Icos - Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe III, geralmente, promove nos pacientes um perfil facial côncavo, desagradável esteticamente, sendo frequente o cruzamento da mordida anterior. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de má-oclusão de classe III dentária com mordida cruzada anterior tratado ortodonticamente com aparelho fixo e elásticos intermaxilares. A primeira etapa do tratamento consistiu na expansão rápida da maxila com uso de Hyrax. Após a irrupção dos permanentes, instalou-se o aparelho fixo, completando-se o tratamento com uso de elásticos intermaxilares. Os resultados encontrados foram a correção da má-oclusão, com descruzamento de mordida anterior, além de leve melhora do perfil facial do paciente. Concluiu-se que o uso de aparelho fixo e de elásticos intermaxilares é eficiente no tratamento da má-oclusão de classe III dentária. O uso de aparelhos ortopédicos mecânicos e funcionais são utilizados pelos ortodontistas por sua eficácia e por apresentar bons resultados, principalmente se tratados precocemente. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de paciente classe II completa associada à deficiência mandibular. O tratamento precoce foi realizado por meio dos aparelhos ortopédicos Herbst e Bionator de Balters, e aparelho fixo corretivo posteriormente. O uso do aparelho ortopédico mecânico de Herbst por 11 meses estimulou o avanço mandibular contínuo, melhorando o plano sagital, e o aparelho funcional Bionator de Balters foi utilizado por seis meses como contenção ativa. O aparelho fixo promoveu o alinhamento e nivelamento dos arcos dentários, além de corrigir pequenos diastemas e movimentação dentária com o intuito de finalizar corretamente a oclusão. O uso dos aparelhos ortopédicos na primeira fase do tratamento contribuiu para o prognóstico favorável na segunda fase do uso do aparelho fixo. A discrepância esquelética e dentária foi corrigida, com excelente resultado estético e funcional. 082 – Tratamento ortodôntico da classe II, primeira divisão, da dentadura mista à permanente Cristina A. Paschotto Pezzo Marin; Grassiele Asquel; Rodrigo H. Higa; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel; Rogério Almeida Penhavel (Icos - Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) Intervir na má-oclusão de classe II, primeira divisão, durante o período de crescimento puberal torna possível a correção ou a melhora da desarmonia esquelética geralmente associada. Esse caso clínico apresenta o tratamento de uma paciente com má-oclusão de classe II, primeira divisão, tratada durante o período de crescimento da dentadura mista à permanente. Foram utilizados os aparelhos: expansor Hyrax para expansão ortopédica maxilar, arco em W inferior para expansão dentoalveolar inferior e AEB conjugado para correção sagital da classe II, seguido de terapia ortodôntica fixa, sem extrações dentárias, para o alinhamento e nivelamento dentário, assim como corrigir a sobremordida profunda, overjet e diastemas no arco superior. Ao final do tratamento obteve-se oclusão ideal, com função adequada e estética agradável. 084 – Tracionamento de canino incluso bilateral Laynara Bueno; Soraya Rolim Mouammar; Danilo Pinelli Valarelli; Adriano Bandeca; Rodrigo Stankiewicz; Rogério Almeida Penhavel (Icos - Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) O canino superior permanente é o segundo em prevalência de impacção dentária na literatura (aproximadamente 3%), perdendo apenas para os terceiros molares inferiores. A sua incidência é maior no sexo feminino, e ocorre mais de maneira unilateral. Para se realizar o diagnóstico adequado é necessário fazer uma avaliação clínica e radiográfica criteriosa, para comprovar a presença do canino, e a sua posição intraóssea, a fim de auxiliar no planejamento e escolha da melhor terapia 42 ortodôntica. Neste trabalho é relatado um caso clínico de uma paciente do sexo feminino de 13 anos de idade, com a persistência dos caninos decíduos superiores. Ao exame radiográfico, percebeu-se a presença intraóssea dos caninos permanentes superiores, ambos com suave alteração no trajeto irruptivo. O tratamento consistiu de montagem de aparelho fixo de nivelamento, abertura de espaço e posterior tracionamento após acesso cirúrgico para colagem de acessório ortodôntico. Devido ao correto diagnóstico e utilização de uma mecânica ortodôntica eficaz, os caninos foram posicionados no arco dentário com sucesso. 085 – Tratamento da classe II subdivisão com abertura de espaço inferior para implante de um terceiro pré-molar Laynara Bueno; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel; Fabricio Pinelli Valarelli; Luana Beatriz Scholz; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin (Icos - Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe II se caracteriza pelo posicionamento mais distal do primeiro molar inferior em relação ao primeiro molar superior, fazendo com que o paciente na maioria das vezes possua um perfil mais convexo, porém, na má-oclusão de classe II, divisão II, o perfil do paciente se apresenta mais reto devido à inclinação lingual dos incisivos centrais superiores e sobremordida profunda presentes. Neste caso clínico, a paciente possuía má-oclusão de 3/4 de classe II, divisão II, subdivisão esquerda, com desvio de linha média inferior em relação ao plano sagital mediano da face. Optou-se pela abertura de espaço inferior do lado esquerdo com mola aberta para posterior implante de um terceiro pré-molar para a correção da linha média e obtenção da chave de oclusão de caninos. Ao final do tratamento observou-se a correta oclusão e bela estética do sorriso. 086 – Tratamento da classe II subdivisão por meio de extrações assimétricas Laynara Bueno; Adriano Garcia Bandeca; Fabricio Pinelli Valarelli; Soraya Rolim Mouammar; Eryca Mainardi; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin (Icos - Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe II é uma das principais queixas dos pacientes que buscam o tratamento ortodôntico, pois gera comprometimentos estéticos e funcionais que comprometem a autoestima do paciente. As más-oclusões de classe II subdivisão, que representam cerca de 50% de todas as más-oclusões de classe II, apresentam dificuldades na sua correção ortodôntica em consequência da relação oclusal assimétrica e da dificuldade em se identificar os fatores responsáveis pela má-oclusão. Sabe-se que em sua grande maioria, a má-oclusão de classe II subdivisão, em uma face que apresente assimetria subclínica, a linha média dentária inferior é que se apresentará desviada para o lado da classe II em relação ao plano sagital mediano, em consequência do posicionamento mais distal do molar inferior deste lado. Nestes casos uma das melhores opções de tratamento consistirá da extração de dois pré-molares superiores e de um pré-molar inferior do lado da classe I, desde que o perfil do paciente permita certa retração dos incisivos superiores e dos incisivos inferiores. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico da correção da má-oclusão de classe II subdivisão direita, por meio da extração dos dentes 14, 24 e 34. Ao término do tratamento, observou-se uma oclusão final com o lado da classe I terminando em classe I de molar e de canino, enquanto que no lado da classe II, o molar terminou em classe II e o canino em classe I, com as linhas médias dentárias superior e inferior coincidentes entre si e com o plano sagital mediano. Também pode-se observar melhora do perfil facial do paciente devido à melhora da protrusão dentária. O paciente ficou satisfeito com a estética do perfil facial e do sorriso ao final do tratamento. 087 – Tratamento da má-oclusão de classe II com aparelho Twin Force em paciente adulto Laynara Bueno; Danilo Pinelli Valarelli; Rogério Almeida Penhavel; Cristina de Almeida Paschotto Pezzo Marin; Adriano Garcia Bandeca; Mayara Paim Patel (Icos Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe II, primeira divisão, é a mais prevalente no consultório odontológico em decorrência do prejuízo estético e funcional que apresenta como o mais frequente fator etiológico, a deficiência mandibular. Em pacientes adultos a correção desta má-oclusão irá sobrecair em um tratamento compensatório ou tratamento ortocirúrgico, dependendo da queixa, severidade e motivação do paciente. Muitos dispositivos e técnicas para o tratamento das alterações dentoesqueléticas e funcionais da má-oclusão de classe II são descritos na literatura, porém, independente da opção escolhida, sabe-se que os resultados almejados apenas serão alcançados se puder contar com a colaboração do paciente. Baseado 43 nesta premissa, a Ortodontia moderna tem buscado alternativas que possam ser capazes de promover protocolos de tratamento mais eficientes e que dependam menos da cooperação do paciente, sendo o aparelho Twin Force Bite Corretor uma destas opções. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico com a utilização do aparelho funcional fixo Twin Force Bite Corretor (TBC) para o tratamento ortodôntico de uma paciente adulta com má-oclusão de classe II, que apresentava um perfil facial satisfatório e que recusou o planejamento ortocirúrgico. 088 – Tratamento da má-oclusão de classe III com elásticos intermaxilares na fase de dentadura mista Kelly Chiqueto; José Renato Prietsch; Karina Mundstock; Telmo Berthold; Guilherme Janson; Sérgio Estelita Cavalcante Barros (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Introdução: paciente com 9,8 anos, do sexo masculino, buscou tratamento ortodôntico. O terço médio da face mostrava deficiência da projeção zigomática e do posicionamento anteroposterior da maxila (A-Nperp -2 mm). O terço inferior da face apresentava-se com altura normal e padrão de crescimento equilibrado (SN. Gn 67º). A mandíbula estava bem posicionada no sentido anteroposterior (P-Nperp -4 mm). A relação maxilomandibular era deficiente (Wits -7 mm), ressaltando o padrão esquelético de classe III com perfis ósseo e tegumentar retos. Os incisivos superiores (1.NA 21º) e inferiores (1.NB 26º) estavam bem posicionados. Na avaliação intrabucal, observou-se relação de classe III na região dos caninos, além de mordida aberta anterior (MAA) com overbite e overjet de -2 mm e -0,5 mm, respectivamente. Objetivo: principalmente a interceptação dos problemas anteroposterior (classe III) e vertical (MAA). O tratamento foi finalizado com Ortodontia corretiva na fase de dentadura permanente. Métodos e resultados: realizou-se expansão rápida da maxila, seguida por mecânica 4 x 2, associada a elástico intermaxilar de classe III. Os elásticos intermaxilares foram conectados ao arco inferior por um segmento de fio (Ø1,2 mm), soldado às bandas dos primeiros molares e colado na face vestibular dos caninos inferiores. No arco superior, uma mola fechada foi posicionada entre molares e incisivos, mantendo o comprimento do arco durante a utilização dos elásticos de classe III. Após a obtenção de um overjet adequado, utilizou-se um aparelho progênico com grade palatina para estabilização da correção anteroposterior e correção da MAA. Ao final da dentadura mista, a correção anteroposterior estava estável e a MAA tinha sido fechada. Discussão: um dos protocolos mais aceitos e difundidos para a correção da classe III na dentadura mista é a tração reversa da maxila com máscara facial. Com o intuito de reduzir os efeitos dentoalveolares deste protocolo, sugeriu-se o uso de elásticos de classe III ancorados em miniplacas. O sucesso do tratamento com máscara facial é frequentemente impedido pelo aspecto antiestético deste aparelho. Embora a característica intrabucal dos elásticos intermaxilares possa favorecer a colaboração do paciente, os procedimentos cirúrgicos para inserção e remoção das miniplacas aumentam significantemente o ônus biológico e financeiro para o paciente. Considerando as limitações destes protocolos, este relato sugere uso de elásticos intermaxilares ancorados nos arcos dentários, eliminando o aspecto antiestético da máscara facial, bem como as desvantagens associadas às miniplacas. Conclusão: apesar do predomínio dos efeitos dentoalveolares, os resultados são encorajadores, pois de um ponto de vista clínico, o aspecto estético e oclusal ao final do tratamento não parece denotar o tipo de protocolo que foi utilizado para a correção, levantando a questão sobre o custo-benefício dos protocolos mais onerosos e de maior risco e desconforto para o paciente. 089 – Kissing molars: uma impacção rara, tratada sem extração e com nova estratégia para verticalizar molares com mini-implante Kelly Chiqueto; Carolina Machado; Rômulo Machry; Guilherme Janson; Cassiano Rösing; Sérgio Estelita Cavalcante Barros (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Introdução: paciente com 11 anos de idade, sexo feminino, apresentou-se com uma condição rara de impacção dos molares inferiores, denominada na literatura de kissing molars (KM), onde os molares envolvidos compartilham um único folículo, as suas faces oclusais se tocam e os ápices radiculares estão voltados em direções opostas. A maioria dos casos de KM ocorre entre segundos e terceiros molares, mas excepcionalmente em terceiros e quartos molares (supranumerários), bem como os primeiros e segundos molares podem ser acometidos, conforme reportado nesta paciente. Embora sua etiopatogenia não esteja bem definida, em geral o tratamento de KM envolve extração de um ou ambos os molares envolvidos. Adicionalmente, a paciente apresentava má-oclusão de classe II e trespasse vertical aumentado. Objetivo: o plano de tratamento 44 teve como objetivo inicial a desimpacção dos molares, sem realização de extrações dentárias. A posição horizontal do segundo molar requeria um amplo movimento de verticalização, e para alcançar este objetivo sem causar efeitos indesejáveis sobre os dentes de ancoragem, optou-se por uma ancoragem esquelética com mini-implante. Discussão: embora o tratamento de kissing molars envolva a extração de um ou ambos os molares, a extração de ambos os molares não foi cogitada em razão da imprevisibilidade quanto ao adequado desenvolvimento do terceiro molar, além da posição mais favorável do primeiro molar. A extração do segundo molar deveria ser realizada sob a premissa de sua substituição pelo terceiro molar, cujo estágio inicial de calcificação ainda gerava incertezas, além de requerer extenso período de acompanhamento e provável intervenção ortodôntica futura para seu correto posicionamento e fechamento de espaços residuais. A extração do primeiro molar foi a hipótese menos provável devido à posição mais desfavorável do segundo molar, requerendo extensa verticalização e tratamento em longo prazo para mesialização do segundo e terceiro molares. Considerando que o estágio de formação do terceiro molar não o tornava um obstáculo à verticalização do segundo molar, e que um eventual insucesso deste procedimento ainda deixaria disponível todas a opções de tratamento já mencionadas, julgou-se sensato o planejamento sem extrações. A elaboração de uma nova estratégia de verticalização de molares e o uso de mini-implante para evitar movimentos intrusivos indesejáveis foi fundamental para o sucesso do tratamento. Além disso, a colaboração da paciente com o uso dos elásticos intermaxilares permitiu a total correção da classe II. Conclusão: a mecânica ortodôntica apresentada para a correção de kissing molars envolvendo primeiro e segundo molar representa uma opção mais conservadora, que pode restabelecer melhor e mais rapidamente a normalidade da oclusão com menos ônus, sequelas e trauma ao paciente, desde que a época de intervenção e as condições clínicas sejam similares às reportadas. ção de alterações de posicionamento dental e de comprometimento da estética facial. A alta prevalência de apinhamentos dentais coloca os ortodontistas frente a um constante dilema, optar por um tratamento com ou sem extração. Algumas técnicas têm sido sugeridas para a resolução de casos com apinhamento anteroinferior, tais como: movimento distal de dentes posteriores, expansão da arcada, projeção de incisivos, desgaste interproximal de dentes, extração de pré-molares e extração de um incisivo inferior. A extração de um incisivo inferior pode ser uma opção terapêutica bastante eficaz, em casos criteriosamente selecionados. A decisão da conduta deve estar baseada em alguns aspectos, como a discrepância total encontrada, perfil facial, relação sagital das bases ósseas e o padrão facial. 090 – Extração de incisivo inferior no tratamento ortodôntico Lucimara Corassari; Carolina Ninin Xavier de Andrade; Claudia Poli; Larissa Silva; Patricia Tobita Benini; Pedro Andrade Junior (CeaoAciepe/Unicsul) Aparelhos de propulsão mandibular são alvos de pesquisa, estudo e desenvolvimento pelos ortodontistas. O objetivo deste trabalho foi apresentar a evolução de um caso clínico de má-oclusão com 1/2 classe II, primeira divisão, com sobressaliência e sobremordida submetido a tratamento utilizando propulsor Twin Force Bite Corrector, associado ao aparelho fixo convencional. Foi utilizada mola aberta entre os dentes 11 e 13 para obter espaço para inclusão do dente 12. Para As extrações de dentes permanentes, apesar de não serem populares entre os pacientes, constituem importante alternativa na corre- 091 – Aparelho distalizador T-Rex Lucimara Corassari; Carolina Ninin Xavier de Andrade; Claudia Poli; Larissa Silva; Patricia Tobita Benini; Eduardo Prado (Ceao-Aciepe/ Unicsul) A distalização de molares é uma abordagem que visa a correção da relação molar de classe II sem a necessidade de extrações dentárias, a fim de ganhar mais espaço nos arcos dentários. A utilização de aparelhos intrabucais para distalização de molares na má-oclusão de classe II tem sido cada vez mais frequente, permitindo a distribuição de forças leves e constantes. Verifica-se que a melhor época para aplicação desses aparelhos é antes da irrupção dos segundos molares superiores. A utilização do aparelho distalizador T-Rex é uma das alternativas de tratamento. 092 – Proposta terapêutica com propulsor mandibular Twin Force para tratamento da classe II Claudia Fiorini da Silva; Maria Fernanda Antonio da Silva; Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/ Facsete – Bauru) 45 correção da curva de Spee foram utilizados arcos de aço com reversão e acentuação. Após a correção da sobremordida, utilizou-se arco retangular de aço com torque vestibular resistente no arco superior e torque lingual resistente no arco inferior, além do elástico em cadeia, mecanismos necessários para minimizar o efeito colateral da mecânica com propulsor mandibular. Após a remoção do propulsor iniciou-se a utilização de elástico de classe II, para contenção do resultado obtido, e para finalizar a correção da má-oclusão inicial. Com a vantagem de manter a ancoragem recíproca do arco superior, o protocolo de tratamento, mesmo em fase única, mostrou-se mais eficiente que o uso convencional exclusivo de elásticos por minimizar a necessidade da cooperação do paciente, favorecendo resultados mais rápidos. 093 – Tratamento de má-oclusão de classe II Aline França Méza; Mauricio dos Santos Souza; Marco Antonio Rocco; Eric Murata; Wilson Humio Murata (NAP-Cruzeiro do Sul) A má-oclusão de classe II de Angle é caracterizada por uma discrepância dentária anteroposterior podendo ou não estar associada a alterações esqueléticas. A má-oclusão de classe II, primeira divisão, apresenta diversas características, e a determinação do planejamento mais adequado deve ser em função do problema específico de cada paciente, com base em suas evidências clínicas e cefalométricas. Neste caso, o paciente possui uma característica incomum: a ausência congênita de dois incisivos inferiores. Este caso clínico tem como objetivo demonstrar o tratamento com aparelho autoligado na busca de obtenção de espaço para os elementos 41 e 31, e futura correção protética. 094 – Avaliação das mudanças dos padrões respiratórios, dentoesqueléticas e das ATMs, por meio de nasofibroscopia, cefalometria e ressonância magnética em crianças com má-oclusão de classe III, tratadas com expansão e tração extrabucal da maxila Daniella Torres Tagawa; Bruna Maluza Florez; Rosângela Alo Maluza Florez; Helio Kiitiro Yamashita; Daniel Paganini Inoue; Luis Antonio de Arruda Aidar (Universidade Santa Cecilia Unisanta) A má-oclusão classe III de Angle é caracterizada por discrepâncias anteroposteriores dentárias e faciais. O diagnóstico e tratamento precoce contribuem para um bom relacionamento oclusal, facial e psicossocial, favorecendo o crescimento e desenvolvimento normal da criança. Este relato de caso clínico teve como objetivo avaliar o padrão respiratório, as mudanças dentoesqueléticas e das ATMs, por meio de nasofibroscopia, cefalometria e ressonância magnética. O tratamento realizado com expansão rápida e tração da maxila resultou em avanço do ponto A, e rotação da mandíbula no sentido horário melhorando a convexidade da face. O padrão respiratório piorou pela presença de rinite alérgica e aumento das adenoides. Não ocorreram mudanças na posição e forma do disco articular e da cabeça da mandíbula. O tratamento ortopédico foi eficiente na correção da má-oclusão, não causando efeitos adversos no sistema estomatognático. 095 – Tracionamento ortodôntico de dente impactado por odontoma composto Daísa Guerreiro Bernardes; Silvia Amelia Lorenzetti Stoppa; Claudia Cristina da Silva; Mayara Paim Patel; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete, Bauru) O presente trabalho teve o objetivo mostrar o tratamento de um paciente que buscou tratamento ortodôntico queixando-se do atraso na erupção do primeiro molar inferior direito. Avaliando o perfil do paciente, observou-se boas proporções entre os terços faciais, selamento labial satisfatório, perfil reto com pequena alteração da linha média dentária em relação a linha média da face. Na análise intrabucal verificou-se que o paciente estava no segundo período transitório com erupção dos pré-molares. Na radiografia panorâmica observou-se que o dente 46 se encontrava na borda inferior da mandíbula e próximo ao rebordo havia uma massa dentária não identificada. Após análise das imagens, notou-se a presença de um odontoma composto bloqueando o trajeto do dente 46 que se formou próximo à cortical mandibular inferior, causando uma dilaceração radicular em contato com o canal do nervo mandibular. A causa da impacção foi um odontoma composto, sendo definido como uma má formação benigna, em que as células alcançam completa diferenciação. Os odontomas compostos atingem o estágio no qual todos os tecidos dentais estão representados. O tratamento para este tipo de lesão é a exérese cirúrgica e o prognóstico é excelente, sendo raros os casos de recidiva, e a reparação óssea, realizada com certa facilidade. Pôde-se concluir, a partir do caso clínico, que os dentes impactados devem ter sua etiologia avaliada para definir a proposta de tratamento, e que o tracionamento pode ser considerado uma tentativa de tratamento eficiente quando bem acompanhado, sempre avaliando a posição das raízes dentárias. 46 096 – Intrusão de molares usando dispositivos de ancoragem temporária Alexandre Magno dos Santos; Bernardo Magno dos Santos; Renato Magno dos Santos; Vanessa Lima Soares; Isabella Simões Holz; Mauricio de Almeida Cardoso (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O uso de dispositivos de ancoragem temporária (DATs) vem se tornando muito comum nas mecânicas ortodônticas, devido às suas várias aplicações clínicas. O objetivo deste trabalho foi mostrar a eficiência do seu uso na mecânica de intrusão dental, pois se trata de uma ancoragem esquelética. É essencial um bom planejamento, que inclui a determinação do centro de resistência e da linha de ação das forças, levando em consideração o local de instalação e a seleção dos DATs. O sucesso do tratamento com mini-implantes depende de adequado diagnóstico e plano de tratamento, sempre buscando alcançar a estética, função, saúde periodontal e estabilidade. 097 – Tração reversa da maxila associada à disjunção maxilar ortopédica Cristiane Cammarota Barbeta; Ronaldo Henrique Shibuya; Silvia M. Chagas; Desirée Monteiro; Jorge Luiz de Castro; Ricardo Colombo Penteado (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) Este painel apresenta um relato de caso clínico de um paciente de sete anos de idade, do sexo masculino. No exame extrabucal apresentava um perfil côncavo, padrão III com deficiência maxilar. No exame intraoral observou-se início do primeiro período transitório da dentadura mista, mordida cruzada anterior e degrau mesial para a mandíbula. A cefalometria indicuo retrusão da maxila SNA 79° e protrusão mandibular SNB 82°, o ANB negativo mostrou o mau relacionamento das bases ósseas, principalmente quando considerada a idade do paciente. O tratamento realizado foi uma expansão rápida, associada à protração maxilar. A correção da má-oclusão foi conseguida com o uso de um disjuntor maxilar Hyrax modificado, já com ganchos para ao uso da máscara de Petit. Foram realizadas quatro ativações iniciais no parafuso disjuntor, e mais uma ativação por dia até completar 15 ativações, permitindo uma resposta mais positiva das suturas frente às forças de protração. A máscara foi utilizada 14 horas por dia, com um elástico 5/16 pesado de cada lado, com 350 g em cada elástico, durante dez meses. Depois de encerrada essa primeira fase de tratamento o paciente foi acompanhado em intervalos de seis meses e, hoje, aos dez anos de idade, apresenta perfil ligeiramente convexo, padrão I, final do primeiro período transitório da dentadura mista e está em controle. 098 – Tratamento compensatório da classe III Mary Guimarães de Menezes Castalde; Carolina Nazif Rasul; Dino Lopes de Almeida; Hedibertos Alves de Aguiar; Leonardo Graboski de Castro; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A classe III é uma das más-oclusões menos prevalentes, porém, a mais desafiadora para o ortodontista, principalmente quando relacionados diagnóstico, tratamento e estabilidade. Em pacientes adultos dispõe-se de duas opções de tratamento: a compensação, ou camuflagem ortodôntica, realizada com os aparelhos fixos; e o tratamento ortodôntico associado à cirurgia ortognática. No entanto, nos deparamos na maioria das vezes com pacientes relutantes em relação à cirurgia ortognática, principalmente pelos custos e riscos que envolvem esse procedimento. Porém, para esses pacientes, o tratamento compensatório é uma alternativa que pode apresentar resultados satisfatórios. Desta forma,este trabalho visa apresentar o tratamento de uma má-oclusão de classe III esquelética com mordida de topo na região anterior. Entre as opções de tratamento disponíveis, o tratamento compensatório foi a opção escolhida. A prescrição de braquetes biofuncionais para classe III, com torque lingual nos incisivos superiores e torque vestibular nos incisivos inferiores, foi utilizada. Elásticos de classe III foram utilizados para a compensação da discrepância anteroposterior de classe III. A colaboração do paciente com o uso dos elásticos intermaxilares foi excelente, e resultados oclusais e estéticos satisfatórios foram obtidos. 099 – Mesialização de molar superior utilizando mini-implante Mary Guimarães de Menezes Castalde; Marcela Rebeca Bedin; Carolina Nazif Rasul; Dino Lopes de Almeida; Leonardo Graboski de Castro; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A ancoragem ortodôntica tem sido um dos motivos de preocupação para os ortodontistas, visto que uma terapia ortodôntica bem-sucedida depende de um correto planejamento de ancoragem. A construção de um sistema de forças eficiente em Ortodontia tem por objetivo obter máxima movimentação dentária em menor tempo, com a 47 mínima geração de forças. Nessas questões, diversos fatores devem ser avaliados, como: má-oclusão presente; a integridade do osso e das raízes; o tempo de tratamento e a geometria do posicionamento dentário. Com a criação dos mini-implantes, as probabilidades desta abordagem terapêutica cresceram, pois o efeito adverso da perda de ancoragem pode ser eliminado e, com isso, o paciente pode ser beneficiado. No entanto, os outros fatores abarcados, assim como a mecânica do movimento, requerem um especial cuidado. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de tratamento ortodôntico com a utilização de mini-implante para mesialização de molares superiores, mostrando alguns detalhes importantes dessa mecânica e apontando a eficiência do tratamento. 100 – Mini-implantes ortodônticos versus intrusão de molares superiores: diferentes posições e formas de tratamento Juliana Amador Comaru; Silvia Maria Chagas; Ricardo Colombo Penteado; Desirée Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) É muito comum a extrusão de molares superiores devido à ausência dos elementos antagonistas, sendo esse um dos maiores obstáculos na Ortodontia. Existem na literatura diversas formas ortodônticas de se realizar a intrusão de tais elementos, seja com aparelhos fixos ou móveis. Alguns autores já até relataram a indicação de tratamento endodôntico do molar superior e desgaste da coroa para reposição do elemento inferior. Outros descrevem a intrusão cirúrgica em bloco para casos mais complexos. Visando o conceito conservacionista e minimizando os efeitos colaterais, o presente estudo teve como objetivo apresentar diferentes técnicas de intrusão de molares superiores com a utilização de mini-implantes ortodônticos. Desta forma, este trabalho objetivou mostrar a utilização clínica dos mini-implantes ortodônticos como alternativa para a intrusão de molares superiores. Para isso utilizou-se mini-implantes posicionados em diferentes posições na maxila. Recomenda-se a utilização de mini-implantes de pelo menos 8 mm na maxila na região dos molares, pelo fato desta região ter um osso mais medular e menos corticalizado. Na vestibular, pode-se utilizar mini-implantes de perfil transmucoso de 1 mm, devido a mucosa vestibular ser fina e delgada, e na palatina de 2 mm ou 3 mm, pelo fato da mucosa ser mais espessa por palatino. Para a correta intrusão de molar superior é necessário ter ao menos um mini-implante instalado por vestibular e um por palatina, para que os efeitos da resultante de força sejam verticais no longo eixo do dente. Evitando, portanto, uma intrusão com vestibularização (quando se utiliza apenas um mini-implante por vestibular) ou uma intrusão com palatinização (quando se utiliza somente um mini-implante por palatina). O movimento de intrusão do mini-implante deve ser realizado lentamente, e as forças aplicadas na mecânica, de leve intensidade. Diversos posicionamentos dos mini-implantes são aceitos para diferentes resoluções e diferentes problemas, sendo que uma correta análise dos locais a serem colocados os mini-implantes, bem como um ótimo planejamento por parte do ortodontista, determina o sucesso do tratamento. 101 – Ortodontia interceptora: uma realidade ao nosso alcance Juliana Amador Comaru; Silvia Maria Chagas; Ricardo Colombo Penteado; Desirée Saddi; Jorge Luiz de Castro; Ronaldo Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) A essência do tratamento precoce, indiscutivelmente, consiste no aproveitamento do crescimento dos pacientes jovens para favorecer a correção das deformidades dentoesqueléticas. Os ortodontistas devem evitar tratamentos prolongados e complexos, como ocorria no passado, quando não podiam melhorar as discrepâncias esqueléticas severas em crianças e realizavam a correção da má-oclusão apenas na dentadura permanente completa, por meio de compensações ou camuflagem ortodôntica. Este trabalho objetivou discutir o tratamento ortodôntico precoce, com vistas a fundamentar as atitudes profissionais com relação à época de tratamento das más-oclusões. Apresentamos neste trabalho um caso clínico de um paciente de sete anos e 11 meses, cuja dentição encontrava-se no primeiro período transitório, com atraso na irrupção do dente 11 e mordida cruzada posterior direita. Foi realizada inicialmente a disjunção maxilar com um aparelho de Hirax modificado, e posterior controle com aparelho móvel de Hawley com expansor e mola digital para vestibularizar o dente 22. A presente discussão sobre o tratamento precoce confirma a citação de Charles Tweed, de que “o conhecimento irá, gradualmente, substituir a mecânica severa, e em um futuro muito próximo à grande maioria dos tratamentos ortodônticos será executada durante o período da dentição mista, do crescimento e desenvolvimento craniofacial, antes da difícil idade da adolescência”. A abordagem preventiva e interceptora das más-oclusões tem demonstrado vantagens indiscutíveis, e apenas o comodismo ou o desconhecimento são capazes de ignorá-la. 48 102 – Tratamento precoce de sobremordida Bruna Gonçalves Peron; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Marcus Vinicius Crepaldi; João Wagner Pascoso; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) A sobremordida é uma má-oclusão de etiologia multifatorial,classificada por um trespasse vertical entre a borda dos incisivos superiores e inferior. Quando a mandíbula é levada para a posição de oclusão cêntrica é considerada excessiva, e necessita de um diagnóstico diferencial elaborado e específico. As principais estratégias de tratamento são: a extrusão dos dentes posteriores, a intrusão de dentes anteriores ou a combinação de ambos, essas estratégias são baseadas no diagnóstico facial, cefalométrico e dentário. O objetivo deste estudo foi apresentar, através do caso clínico de paciente do sexo feminino, 13 anos de idade, que buscou a clínica de especialização em Ortodontia da Faipe com sobremordida na dentadura mista. O tratamento foi realizado com stop guia nos elementos 11 e 21, associado com levante nos elementos 36 e 46 e curva reversa. 103 – Tratamento da classe III assimétrica Adriana de Fatima Lazaro Oliveira Souza; Juliane Demenech; Leniana Neves; Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabricio Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont Cançado (Uningá) O tratamento da má-oclusão de classe III representa um grande desafio ao ortodontista. Diversos estudos mostram que a etiologia da classe III é multifatorial, sendo o componente hereditário o mais atuante. Em um grande número de casos, os pacientes que apresentam essa má-oclusão exibem uma compensação dentoalveolar ao início do tratamento, com a vestibuloversão dos incisivos superiores e a linguoversão dos incisivos inferiores, muitas vezes causando um desvio de linha média. Este caso clínico teve como objetivo apresentar um caso de má-oclusão de classe III, subdivisão direita, com presença de apinhamento anteroinferior e desvio para esquerda da linha média dentária inferior em relação à linha sagital mediana. 104 – Mini-implantes ortodônticos para intrusão de segundo molar superior. Relato de caso com extrusão severa Luciana Andrea Moura Noya; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desirée Monteiro; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) O uso de mini-implantes para a intrusão de molar é um valioso e eficaz recurso para tratar a extrusão de dentes posteriores, decorrentes de perdas dentárias no arco antagonista. Neste reato de caso, paciente com 30 anos de idade, sexo feminino, apresentou uma extrusão severa do dente 27. Clinicamente, observou-se que o dente chega a tocar o rebordo inferior. Nesse caso, a opção foi preservar a integridade do dente em questão, não fazendo desgastes e nem tratando endodonticamente. Sendo assim, o tratamento escolhido foi a utilização de mini-implantes para a intrusão desse elemento. Foram escolhidos os mini-implantes de acordo com a região a serem utilizados, o guia radiográfico foi realizado com fio de amarrilho 0,030 mm para um posicionamento adequado dos mesmos. Neste caso, foram utilizados dois mini-implantes por vestibular e um por palatino, sendo todos de 8 mm de comprimento por 1,5 mm de diâmetro e 1,0 mm de perfil transmucoso, de modo que a força fosse realizada no longo eixo do dente, para que o mesmo não inclinasse durante a intrusão. Um resultado excelente foi alcançado, sem efeitos colaterais e sem a necessidade da colaboração do paciente, o que gera um melhor sucesso no tratamento. O uso de mini-implantes trouxe novas perspectivas para o tratamento ortodôntico, possibilitando a resolução de casos que seriam inviáveis de serem corrigidos com as mecânicas convencionais. Nesse contexto, o uso de mini-implantes para intrusão de molares tem sido cada vez mais frequente devido à sua praticidade e efetividade. 105 – Extração de primeiros molares superiores como alternativa a tratamentos de mordida aberta Luciana Andrea Moura Noya; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desirée Monteiro; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) Paciente do sexo feminino, dolicofacial, mordida aberta anterior, overjet acentuado, classe II dentária e ausência dos primeiros pré-molares superiores e inferiores. A paciente já havia sido submetida a tratamento ortodôntico e havia extraído os primeiros pré-molares superiores e inferiores, recusou o tratamento com cirurgia ortognática e, como já havia extraído quatro pré-molares, optou-se por realizar a extração dos dentes 16 e 26 para resolver o problema da classe II e da mordida aberta. Foi realizada a retração dos dentes anteriores e a mesialização dos dentes 17 e 27. Os terceiros molares superiores estavam em boa situação clínica, 49 porém, estavam inclusos e foram tracionados, alinhados e nivelados no arco para que pudessem ajudar a compor corretamente a oclusão. O caso foi tratado corretamente e o resultado final foi de sucesso total, inclusive com êxito no tracionamento dos terceiros molares superiores. O tratamento da mordida aberta anterior em indivíduos adultos, representa um grande desafio para o ortodontista. Quando a origem da má-oclusão é esquelética, aumenta ainda mais a dificuldade na sua correção e na estabilidade do resultado final. O ideal seria o tratamento com cirurgia ortognática, embora muitos pacientes recusem essa alternativa e prefiram o tratamento compensatório. Na compensação, em algumas situações, quando não é possível distalizar molares, a extração de primeiros molares superiores pode ser mais apropriada e vantajosa, desde que se tenha um diagnóstico correto e todas as vantagens e desvantagens de tal procedimento sejam observadas. 106 – Anquilose severa de segundo molar decíduo inferior – intervenção para recuperação de espaço Cristina Silva Constâncio; Juliana Maria Barone Camargo; Isabel Cristina Santana de Melo Prata; Marcia Yuri Kawauchi; Eduardo Álvares Dainesi (Faipe – Unidade Bauru, e.Orto) A infraoclusão de molares decíduos por meio de anquilose apresenta-se como um fenômeno pouco frequente, ocorrendo uma prevalência maior no arco inferior. As opções de tratamento variam desde o simples acompanhamento, até a necessidade de extração destes dentes. A anquilose representa uma anomalia de erupção, na qual o dente decíduo não irromperá, permanecendo impactado. Caso o diagnóstico não seja realizado precocemente, algumas complicações podem surgir, como a impacção do pré-molar sucessor e perda de espaço no arco com mesialização do primeiro molar permanente. Este trabalho apresenta um caso de anquilose severa com infraoclusão de um molar decíduo, tratada com recuperação de espaço e posterior exodontia do dente anquilosado para o irrompimento do pré-molar sucessor. 107 – Correção ortodôntica da mordida aberta anterior em paciente adulto Ana Flavia Grandini Sanson; Gabriela Cristina de Oliveira; Ana Flávia Betoni Roberto; Eduardo Álvares Dainesi; Marcia Yuri Kawauchi (Faipe – Unidade Bauru, e.Orto) A mordida aberta anterior apresenta-se como um problema ortodôntico de difícil correção de- vido aos vários fatores etiológicos que podem contribuir para o seu surgimento. Deste modo, há várias abordagens terapêuticas a serem consideradas, como fonoterapia, tratamento ortopédico, tratamento cirúrgico e tratamento ortodôntico com extrusão dos dentes anteriores e/ou intrusão dos posteriores. A extrusão de dentes anteriores deve ser muito bem avaliada, pois pode interferir na estética do sorriso e há grande possibilidade de perda de estabilidade se não for bem conduzida. Tratamento em adultos requer mecanoterapia com forças suaves e fonoterapia, concomitantemente, podendo-se atuar mecanicamente com acentuação e reversão da curva de Spee, elásticos anteriores, com esporões linguais e/ou intrusão de molares. Este trabalho apresenta um caso de correção da mordida aberta anterior em paciente adulta, tratada com acentuação e reversão da curva de Spee, com arcos travados e elásticos anteriores, para corrigir a rotação dos planos oclusais. Durante todo o tratamento, a paciente fez fonoterapia para adequação da postura lingual e articulação fonética. 108 – Caninos inclusos: quando a exodontia é a terapêutica de escolha Fabiana Paula de Andrade; Mateus de Abreu Pereira; Marco Antonio Mattar; Thais Fernanda Mendes Molinari; Alexandre Urso Annibal; Fabio Schemann Miguel (ABO Osasco) A prevalência de caninos inclusos na população é baixa, em torno de 2% a 3%, e predominantemente em mulheres. Porém, nas clínicas ortodônticas, pacientes com esta condição são frequentemente vistos com prevalência de 15% a 20%. Para o correto diagnóstico de caninos inclusos, lançamos mão do exame clínico, de radiografias (panorâmicas, oclusais e periapicais) e da tomografia computadorizada – técnica do feixe cônico. Em muitos casos, a opção terapêutica é o tracionamento do elemento incluso, entretanto, de acordo com a posição que o mesmo se encontra no osso e sua relação de proximidade com os elementos adjacentes, a opção terapêutica pode ser a exodontia implicando no fechamento do espaço ou reabilitação com implantes/próteses. Objetivou-se revisar a literatura sobre diagnósticos e terapêuticas para caninos inclusos e descrever um caso clínico no qual a opção de tratamento foi a exodontia do elemento 23. Recebemos no curso de especialização em Ortodontia da ABO Osasco, paciente do sexo feminino, 18 anos de idade, com queixa de espaço entre os dentes anteriores superiores. Após exame clínico e análise da documentação ortodôntica, observou-se ausência do 50 elemento 23 na cavidade bucal e presente na radiografia panorâmica. Após analisar a tomografia computadorizada da maxila, verificou-se que o elemento 23 estava entre os elementos 22 e 21 com relação de contato da coroa do 23 com a raiz do 22, e angulação bem acentuada em relação ao plano sagital mediano, contraindicando seu tracionamento. A opção terapêutica adotada pela equipe, explicada e aceita pela paciente foi a exodontia do elemento 23. Iniciou-se o tratamento com montagem de aparelho fixo prescrição MBT. Solicitou-se a exodontia do elemento 23 e iniciou-se o fechamento dos espaços com perda de ancoragem. A preocupação em reabilitar o canino retido é devido à importância estratégica deste na oclusão, toda via, falhas no planejamento podem resultar em reabsorção externa das raízes dos dentes adjacentes. A literatura científica estabelece referências de acordo com as radiografias panorâmicas na decisão de tracionamento ou exodontia de caninos inclusos. A angulação do longo eixo do dente impactado em relação ao plano sagital mediano da paciente ABS mede 47°. Outra medida estudada aponta que a incisal do canino incluso encontra-se além da mesial do incisivo central, passando por completo na largura do incisivo lateral. A tentativa de tracionamento do elemento 23 poderia gerar danos ao elemento 22 segundo imagens da tomografia. Concluímos que a terapêutica a ser adotada, baseada em exames radiográficos e principalmente o tomográfico frente a um canino incluso, depende do posicionamento vertical e horizontal em relação aos dentes adjacentes e ao plano sagital mediano. O caso clínico apresentado demonstrou preocupação em se preservar os dentes adjacentes que poderiam ser danificados. A paciente não apresentou deficiências estéticas graves nem funcionais e será acompanhada. 109 – Correção ortopédica da discrepância transversal em adulto com expansor palatino apoiado em mini-implantes Cibele Braga de Oliveira; Israel de Lima Rodrigues; Adarliene Rodrigues Aguiar de Matos; Mauricio dos Santos Souza; Jose Alberto Silva; Wilson Humio Murata (Coesp – Centro Odontológico de Estudo e Pesquisa) A expansão rápida da maxila (ERM) tradicional, realizada com aparelho dentossuportado, gera forças elevadas que são transmitidas aos dentes posteriores e região alveolar adjacente ocasionando o efeito benéfico de abertura da sutura palatina, porém, acompanhada de efeito colateral indesejado de vestibularização acentuada dos dentes de suporte. O aparelho expansor palatino apoiado em mini-implantes ortodônticos é um dispositivo ortodôntico e permite a correção da discrepância transversal com mínimos efeitos colaterais de vestibularização dos dentes e por isso, pode ser indicado para expansão ortopédica da maxila em pacientes adultos que apresentam mordida cruzada posterior com dentes de suporte já vestibularizados, tipo periodontal desfavorável ou periodonto com reabsorções ósseas e recessões, além de pacientes com ausências dentárias posteriores. Este trabalho teve o objetivo de descrever um caso clínico que utilizou um expansor palatino apoiado em mini-implantes para correção ortopédica da discrepância transversal de uma paciente adulta. A paciente de 24 anos de idade, sexo feminino, apresentava atresia maxilar com mordida cruzada posterior unilateral do lado direito e ausência dos pré-molares e molares superiores esquerdos. Um expansor palatino apoiado em mini-implantes foi instalado e ativado, obtendo-se uma expansão total de 8 mm. Foram realizadas tomografias computadorizadas antes e após a expansão ortopédica, mostrando como resultado uma abertura da sutura palatina. Os resultados clínicos mostraram o surgimento de diastema entre incisivos superiores e o descruzamento posterior da mordida sem efeito colateral de vestibularização dos dentes posteriores. Este caso clínico evidencia que a ERM, quando realizada com um aparelho expansor ancorado em mini-implantes, pode produzir resultados ortopédicos bem-sucedidos, mesmo em pacientes adultos. 110 – Verticalização e mesialização de molares inferiores com auxílio de ancoragem esquelética Ludmila Mangialardo Lima; Fabrício Pinelli Valarelli; Bruno da Silva Vieira; Fabiola Esther Alvarez Avila; Arnaldo Pinzan; Danilo Pinelli Valarelli (FOB-USP) O número de pacientes adultos na busca do tratamento ortodôntico aumentou em média 35% nos últimos anos. Portanto, o ortodontista em sua rotina clínica se depara frequentemente com molares angulados mesialmente devido à perda precoce dos primeiros molares permanentes. A utilização de dispositivos de ancoragem esquelética facilitou a mecânica de verticalização e mesialização, diminuindo os efeitos colaterais e proporcionando resultados previsíveis e satisfatórios. Esse caso relata tratamento de paciente, 33 anos de idade, que apresentou perfil reto; selamento labial passivo; má-oclusão de três quartos de classe II, subdivisão direita; trespasse vertical positivo de 3 mm; linha média dentária superior coincidente com o 51 plano sagital mediano e linha média dentária inferior desviada 2 mm para a direita; ausência dos primeiros molares inferiores com consequente extrusão dos primeiros molares superiores e mesialização dos molares inferiores. Para este caso foi planejado o alinhamento e nivelamento dos arcos, instalação de mini-implantes no arco superior por vestibular entre os elementos 15-16 e 26-27, por palatino entre os elementos 16-17 e 25-26 considerando os espaços inter-radiculares, com o objetivo de realizar a intrusão dos elementos 16 e 26. Para realizar a verticalização e mesialização dos molares inferiores com movimento de corpo, foram instalados mini-implantes na vestibular entre os elementos 34-35 e 43-44, associado com cantiléveres modificados confeccionados com fio 0,017” x 0,025” de titânio-molibdênio (TMA) e elásticos correntes dos cantiléveres aos mini-implantes. Para a correção da má-oclusão de classe II, utilizou-se elástico intermaxilar unilateral (lado direito) 3/16” médio. Ao final do tratamento, foi confeccionado no arco superior placa de contenção (wraparound) e no arco inferior contenção fixa 3 x 3. O caso clínico apresentou, ao final do tratamento, uma oclusão estática e dinâmica satisfatórias com a relação de molares e caninos em classe I e trespasse horizontal e vertical corrigidos sem o comprometimento do perfil facial. 111 – Tratamento compensatório do padrão II com extração de primeiros pré-molares superiores e retração com ancoragem esquelética utilizando mecânica de baixo atrito Jamile Lima Silva Santos; Carolina Nogueira Carvalho; Valba Luz; Antônio França (Ceno) A má-oclusão classe II caracteriza-se por uma relação deficiente entre os arcos dentários e/ ou por alterações esqueléticas. Para correção compensatória desta má-oclusão, tem-se a opção da extração de pré-molares superiores, onde a arcada inferior deverá estar estável e arcada superior possuir apinhamento de moderado a severo. Para ancoragem da mecânica de retração deste tipo de planejamento, é muito empregada a ancoragem máxima esquelética com mini-implantes. A escolha do braquete para correção da má-oclusão é imprescindível, e nos casos de necessidade de extensos movimentos dentários, como nos casos com extrações de pré-molares, o sistema de braquetes autoligados terá um excelente desempenho no deslizamento e fechamento de espaços. Este presente trabalho relata um caso clínico de uma paciente adulta classe II dentária e esquelética, com ligeiro prognatismo maxilar, onde foi realizada a exodontia de dois primeiros pré-molares superiores, utilizando uma mecânica de baixo atrito, com aparelhos autoligados e retração com ancoragem máxima esquelética por meio de mini-implantes. 112 – Abertura de espaços em pacientes adultos com agenesia de laterais: uma nova abordagem Gladistone Cadete Meros; Selly Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Apresentar uma alternativa de mecânica ortodôntica, para abertura de espaços para implante de incisivos, em pacientes com agenesias bilaterais de incisivos laterais, através da distalização de dentes, feita com auxílio de miniplacas de ancoragem esquelética associadas a um sistema de braquetes autoligados. Tal opção de tratamento baseou-se na queixa estética da paciente, no seu padrão facial equilibrado, na anatomia dos caninos (volumosos no sentido vestibulolingual), e no desejo de melhorar o engrenamento dentário a fim de prevenir maiores abfrações e desgastes incisais. Para obtenção de espaço na região posterior, foi solicitado à cliente remover os terceiros molares superiores (18 e 28). Com a instalação de duas miniplacas de ancoragem, foi possível distalizar todos os dentes, com auxílio de molas de tração de niquel-titânio, sliding-jigs, e seda elástica (Elastomerics), sem precisar da colaboração da paciente quanto ao uso de elásticos ou outros dispositivos distalizadores intra ou extrabucais. Foram utilizados braquetes autoligados a fim de diminuir o atrito dos dentes posteriores e facilitar a movimentação de todos dentes para distal. Durante a movimentação foram instalados provisórios de acrílico com braquetes colados, sobre o fio ortodôntico, a fim de mascarar os espaços antiestéticos. Ao final de 19 meses, o caso estava concluído, com molares e caninos em classe I, guias de caninos recuperados e a paciente estava liberada para confecção das próteses definitivas sobre implantes e demais complementos estéticos. 113 – Tratamento integrado na agenesia de incisivos laterais superiores Nayara Thiago Semenara; Mayara Paim Patel; Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique da Costa Grec; Danilo Pinelli Valarelli; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de agenesia dos incisivos laterais superiores conduzindo o tratamento ortodôntico 52 para o fechamento dos espaços e tratamento restaurador dos caninos superiores. A paciente buscou tratamento ortodôntico com a queixa da presença de espaços no arco superior. Inicialmente, houve o alinhamento e nivelamento dos dentes e, após essa fase, iniciou-se o fechamento dos espaços superiores e inferiores com elástico corrente médio. Na fase de finalização foram utilizados elásticos de intercuspidação, 3/16 médio, para melhorar o trespasse vertical. Antes da remoção do aparelho, a paciente realizou o tratamento estético transformando os caninos superiores em incisivos laterais. Observou-se que o tratamento eleito proporcionou um sorriso estético sem alteração funcional e com uma oclusão estável, além de não apresentar alteração no perfil facial. A paciente também se mostrou satisfeita com o resultado obtido. De acordo com este caso clínico, conclui-se que o fechamento de espaços devido à agenesia de incisivos laterais superiores, resultante de um tratamento ortodôntico integrado ao procedimento estético, proporciona um excelente resultado estético e funcional, além de ser uma opção de mais viável. 114 – Tratamento da apneia obstrutiva do sono: há movimentos dentários colaterais? Gabriela Cristina de Oliveira; Ana Flavia Grandini Sanson; Alexandre Silveira Arrabal; Eduardo Álvares Dainesi; Marcia Yuri Kawauchi (Faipe – Unidade de Bauru, e.Orto) A síndrome da apneia obstrutiva do sono (Saos) caracteriza-se por repetidos episódios de parada momentânea da respiração durante o sono, e promove severas alterações psicossomáticas a seus portadores, tais como sonolência diurna, disfunção sexual, perda de concentração, alterações cardiopulmonares e cerebrovasculares. Na Saos suave ou moderada pode-se indicar uma terapia com aparelhos de avanços mandibulares, associados ou não aos CPAPs. Há relatos na literatura indicando o surgimento de mordida cruzada na região dos pré-molares e diminuição do overjet e do overbite, devido à lingualização dos incisivos superiores e vestibularização dos inferiores, principalmente se o período de utilização do aparelho intrabucal for maior que três anos. Este trabalho apresenta um caso de tratamento da Saos com aparelho intrabucal de avanço mandibular, em um paciente adulto, e algumas medidas cefalométricas das possíveis alterações dentárias devido a este tratamento. 115 – Intervenção precoce da sobremordida profunda com aparelho Occlus-o-Guide Isabel Cristina Santana de Melo Prata; Ana Flavia Betoni Roberto; Eduardo Álvares Dainesi; Marcia Yuri Kawauchi (Faipe – Unidade de Bauru, e.Orto) Muitos ortodontistas consideram a sobremordida profunda como uma má-oclusão de difícil abordagem, principalmente devido à sua etiologia multifatorial e ao seu grande potencial recidivante. A intervenção precoce da sobremordida profunda previne problemas futuros como desordens da ATM e colapsos periodontais, permitindo um desenvolvimento facial e oclusal equilibrados. A necessidade do tratamento durante a dentadura permanente pode ser eliminada ou minimizada se houver uma irrupção dentária guiada, reduzindo discrepâncias esqueléticas, por meio do redirecionamento do crescimento facial. Na correção precoce da sobremordida profunda, a indicação do aparelho Occlus-o-Guide objetiva alcançar um trespasse vertical adequado antes da formação das fibras colágenas maduras, ou seja, antes da irrupção completa dos caninos e pré-molares. Este trabalho exibe a correção precoce da sobremordida profunda com o aparelho Occlus-o-Guide, durante a fase de dentadura mista. 116 – Tratamento de mordida cruzada posterior com arco auxiliar de expansão e elásticos intermaxilares Silvia Amélia Lorenzetti Stoppa; Augusto Cesar Rodrigues de Souza; Claudia Cristina da Silva; Mayara Paim Patel; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) No tratamento da mordida cruzada posterior em adultos existem duas opções de tratamento: cirúrgico ou compensatório. No caso presente, após a recusa da paciente pela cirurgia, optou-se pelo tratamento compensatório com arco auxiliar de expansão e elásticos intermaxilares. Este tratamento só é possível quando a mordida cruzada é dentoalveolar. Neste caso tinha-se inclinação dos dentes superiores posteriores para palatina e ainda inclinação dos inferiores posteriores para vestibular. Por isso os elásticos foram associados ao arco de expansão para corrigir a má-oclusão. Após dois anos e meio de tratamento, observou-se a correção da má-oclusão inicial com excelente resultado estético e funcional. Houve expansão da arcada 53 superior e desinclinação dos dentes posteriores superiores e inferiores. No controle de quatro anos, após o término do tratamento, pôde-se observar a estabilidade a longo prazo da correção da má-oclusão. Sendo possível concluir que o tratamento compensatório da mordida cruzada posterior é uma boa opção quando o problema inicial é dentoalveolar. 117 – Verticalização de terceiro molar inferior com biomecânica 3D Juliana Maria Barone Camargo; Cristina Silva Constâncio; Marcia Yuri Kawauchi; Eduardo Álvares Dainesi (Faipe – Unidade de Bauru, e.Orto) A presença de terceiros molares inferiores impactados que necessitam ser verticalizados requer um tratamento muito bem planejado. A impacção pode resultar de diversos fatores como a deficiência de crescimento mandibular, mecânica ortodôntica, alteração da via de erupção, comprimento inadequado do arco inferior e tamanho dentário excessivo. Há vários procedimentos para a correção deste problema como o reposicionamento cirúrgico, extração com transposição do terceiro molar inferior ou simplesmente deixando o terceiro molar irromper na posição do segundo. Porém, sugere-se que a conduta mais segura seja a correção da angulação por meio de mecânica de verticalização. Este trabalho descreve o reposicionamento adequado de um terceiro molar inferior, no local do segundo molar, por meio de biomecânica 3D de verticalização – controle tridimensional do movimento. Este processo demonstrou ser seguro e eficaz, sem causar anquilose ou reabsorções radiculares e ósseas, com um mínimo de desconforto ao paciente, preservação da vitalidade pulpar e também sem ocasionar uma extrusão dentária excessiva do dente verticalizado. 118 – Tratamento ortodôntico de máoclusão classe III associada à mordida aberta anterior severa em paciente adulto Victor de Miranda Ladewig; Carlos Eduardo Nassif Makluf; Fernando Pedrin Carvalho Ferreira; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli Valarelli; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Um dos maiores desafios para o Ortodontista é o tratamento da classe III. Quando diagnosticado precocemente, o profissional pode lançar mão de alternativas ortopédicas para minimizar o impacto dessa alteração craniofa- cial. Em pacientes adultos, a cirurgia ortognática acaba sendo o tratamento de eleição, porém, muitos indivíduos recusam tal proposta, devendo o ortodontista ter capacidade de realizar um tratamento compensatório, muitas vezes de alta complexidade, quando possível. O presente trabalho, apresenta o caso clínico de um paciente com má-oclusão classe III com overjet de 5 mm, associado à 5 mm de mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. A opção de tratamento ortocirúrgica foi recusada pelo paciente, de modo que foi realizada inicialmente a disjunção palatina cirurgicamente assistida, seguida pelo tratamento ortodôntico compensatório com auxílio de mini-implantes de ancoragem para intrusão dos dentes posteriores e mecânica com elásticos classe III. Ao final do tratamento, foi obtido um excelente resultado estético e funcional. 119 – Sobremordida: relato de caso Gyslainne Aparecida Rodrigues de Aguiar; Nayanne de Jesus Bárbara; Marcus Vinícius Crepaldi; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) A sobremordida pode causar danos à estética, desgastes dentários, alterações periodontais e alterações nas articulações temporomandibulares. Este tipo de má-oclusão pode acometer tanto jovens quanto adultos, em ambos caracteriza-se pelo trespasse vertical acentuado entre os dentes anteriores, pela falta de desenvolvimento vertical dentoalveolar posterior e/ou pela deficiência esquelética anterior vertical. Para a correção da sobremordida profunda existem várias opções de tratamento que devem ser escolhidas de acordo com o diagnóstico e objetivo do tratamento. A correção pode ser através da extrusão de dentes posteriores e/ou intrusão dos dentes anterossuperiores. Em casos severos de sobremordida esquelética em indivíduos adultos, a única opção satisfatória de tratamento é a cirurgia ortognática. Após a finalização do tratamento os dentes devem ser contidos em suas novas posições através de contenções, até as estruturas do sistema estomatognático se adaptarem às suas novas posições. O objetivo deste artigo foi relatar um caso clínico de um paciente com mordida profunda corrigida com uso de aparelho fixo convencional e levante de mordida com o auxilio do stop guia para extrusão dos dentes posteriores. 54 120 – Correção da inclinação frontal do plano oclusal por meio de ancoragem absoluta Carolina Nazif Rasul; Virgílio de Miranda Camargo; Leonardo Graboski Castro; Juliana Volpato Curi Paccini; Bruno Sá; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico do tratamento da inclinação do plano oclusal anterior com a utilização de mini-implantes. Ao término do tratamento, observou-se que houve compensações dentárias para a devida correção da inclinação do plano oclusal e da má-oclusão com excelente resultado estético e funcional. A paciente ficou muito satisfeita com a estética do sorriso e com a perceptível alteração em relação ao perfil facial. Conclui-se que casos de inclinação do plano oclusal frontal podem ser eficientemente tratados com ancoragem esquelética através do uso de mini-implantes, otimizando os resultados ortodônticos através da diminuição da complexidade da mecânica, da menor dependência da colaboração do paciente e do menor tempo de tratamento, evitando assim a necessidade de intervenção cirúrgica. 121 – Arco de torque e máscara facial na correção da mordida cruzada anterior Maurício Guilherme Lenza; Amara Mariana Lourenço Araújo de Oliveira; Milena Moraes de Oliveira Lenza; Eduardo Beaton Lenza; Marcos Augusto Lenza; João Batista de Souza (UFG) A má-oclusão de classe III por deficiência maxilar pode ser tratada ortopedicamente ainda na dentição mista. O presente caso clínico relata o tratamento interceptivo de paciente do sexo feminino, com sete anos e nove meses de idade. A paciente apresentava perfil ligeiramente côncavo, terço médio da face deficiente e lábio superior levemente retruído. Em exame clínico, a paciente encontrava-se em dentição mista, com molares permanentes em classe I e mordida cruzada anterior com overjet de -3 mm. Optou-se pela expansão maxilar e máscara facial. Para melhorar o overjet e overbite, além de vestibularizar os incisivos centrais superiores, foi indicado arco de torque encaixado nos braquetes dos dentes 11 e 21; amarrado na região posterior próximo do 16 e 26 com força intrusiva de 40 g de cada lado a, aproximadamente, 30 mm dos incisivos, confeccionado com fio de TMA 0,017’’ x 0,025’’. Após a remoção do arco de torque, foi solicitado à paciente mantivesse o uso da máscara facial de uso noturno como conten- ção. Ao final da primeira fase de tratamento, foi observada a sobrecorreção dos molares, overbite e overjet ideais, significante melhora facial e correção total da mordida cruzada anterior. Neste caso, o arco de torque provou-se um dispositivo eficiente e eficaz como mecânica auxiliar na correção da mordida cruzada anterior. A paciente está sendo acompanhada até a troca total da dentição, para verificar se será necessária outra intervenção para posterior avaliação da necessidade de uma intervenção corretiva e/ ou mesmo cirúrgica. 122 – Tratamento compensatório em adultos Julia Mattar; Marcus Vinícius Crepaldi; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) A mordida aberta anterior é uma má-oclusão definida por um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Facilmente reconhecida, causa grandes problemas estéticos e funcionais ao indivíduo. Sua etiologia é multifatorial, ou seja, inúmeros fatores podem desencadeá-la e esses diversos fatores, agindo juntos, definem a gravidade da mesma. Segundo a literatura, existem fatores relacionados com o diagnóstico, plano de tratamento e mecânica ortodôntica que podem influenciar o sucesso do tratamento por compensação dentária desta má-oclusão. São eles: posicionamento diferenciado dos acessórios, utilização de grade palatina fixa ou esporões durante a mecânica, realização de extrações dentárias, intrusão de dentes posteriores por meio de dispositivos de ancoragem absoluta, utilização de elásticos verticais na região anterior e ao final do tratamento, o uso de contenções ativas para garantir a estabilidade dos resultados. (Janson et al, 2014). O presente trabalho descreveu o tratamento ortodôntico de paciente do sexo feminino, 40 anos e seis meses de idade, classe II esquelética, mordida aberta anterior, maxila fortemente atrésica e ausência do dente 36, onde o planejamento foi realizar o tratamento compensando dentariamente. 123 – Verticalização de terceiros molares impactados, vale a pena arriscar? Tanara Prux Fehlberg; Heraldo Luís Dias da Silveira (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) A verticalização de terceiros molares inferiores impactados é uma prática bastante discutível na literatura e um tanto incomum, mas pode ser uma alternativa extremamente interessante em determinados casos. Este caso apresenta paciente de 28 anos, sexo feminino, com apinhamento 55 severo nos arcos superior e inferior, desvio de linha média superior, perda precoce dos primeiros molares inferiores, mordida cruzada em Brodie no 17 e plano oclusal superior transverso.O objetivo inicial do tratamento era a correção do apinhamento e da oclusão, sem pretensão do fechamento do espaço dos dentes ausentes. Entretanto, a medida que o tratamento evoluiu, o caso acabou mostrando-se favorável, tanto para a mesialização do 37 e 47, quanto para a verticalização dos terceiros molares. O plano de tratamento proposto inicialmente foi a extração dos dentes 14 e 24, possibilitando a correção do apinhamento e do desvio da linha média, build ups no lado esquerdo para o uso de elástico crossbite invertido no 17 e 47, além de elásticos triangulares nos dentes 23 e 25 almejando uma melhora no plano oclusal, distalização dos pré-molares inferiores para a correção do apinhamento inferior. Com a evolução favorável do tratamento, e após a avaliação radiográfica de controle, optou-se por buscar a verticalização dos terceiros molares inferiores, para isso procedeu-se a colagem de tubos e a inclusão destes no arco de alinhamento e nivelamento com fios de NiTi termoativados calibre 0,016” x 0,022”. Os tubos colados inicialmente angulados foram sendo corrigidos no decorrer do alinhamento. Posteriormente, foram utilizados elásticos intermaxilares de classe II para potencializar a perda de ancoragem inferior e para o ajuste de oclusão. Os braquetes do hemiarco esquerdo superior foram recolados em uma posição mais cervical afim de auxiliar a correção do plano oclusal, melhorando o aspecto final do sorriso.O protocolo de contenção utilizado foi a placa de acetato de uso contínuo e 3 x 3 inferior fixa colada em todos os dentes, além de contenções fixas por vestibular dos segundos pré-molares inferiores até os terceiros molares.O fechamento total dos espaços edêntulos a partir da verticalização dos terceiros molares e a inclusão destes no arco levou a um resultado extremamente positivo, com uma considerável melhora na oclusão e estética facial da paciente. oclusal nos incisivos adjacentes e em alguns casos, problemas na articulação temporomandibular. Quando esse dente se encontra ausente após o termino de erupção de seu correspondente, o denominamos como dente incluso ou retido. São vários os motivos que levam a esse quadro e de acordo com eles, várias opções de tratamento. Se a erupção não ocorre naturalmente é preciso então realizar uma manobra ortodôntica de tracionamento onde deve-se tomar uma série de cuidados. Este trabalho relata um caso clínico no qual foi realizado o tracionamento de um incisivo central superior direito. A exposição do dente onde foi colado o dispositivo para a manobra foi feita com laser de alta potência de diodo para otimizar o processo de colagem e braquetes autoligados foram utilizados nos demais dentes superiores. 124 – Tracionamento de incisivo central superior com exposição de coroa realizado com laser de alta potência de diodo Patricia Frias Dutra; Marco Antonio Rocco; Rosangela Andrade Rocha de Campos; Alyne M. Hofstetter; Lilian Massucci Marciano Buelau; Wilson Humio Murata (Universidade Cruzeiro do Sul – Unicsul) 126 – Alterações da cavidade nasal e do padrão respiratório após expansão rápida da maxila avaliados por rinometria acústica e rinomanometria Maíra de Andrade Pascoal; Ilma Aparecida Paschoal; Paulo Ferreira; Romulo Moraes; Eulália Sakano; Carlos Emílio Levy (Universidade Estadual de Campinas) A ausência de um incisivo central superior leva à problemas estéticos, de fonação, mastigação, deglutição, nos movimentos protrusivos, trauma O estudo da respiração bucal é de suma importância ao ortodontista, assim como o correto diagnóstico, que pode ser complementado com 125 – Tratamento compensatório de paciente classe III postural Lilian Massucci Marciano Buelau; Mauricio dos Santos Souza; Alyne M. Hofsteter; Patricia F. Dutra; Kamila Pinto; Wilson Humio Murata (NAP-Cruzeiro do Sul) Para o tratamento da má-oclusão de classe III postural, é necessário levar em consideração alguns fatores importantes, entre eles destaca-se o estágio da dentição, presença de crescimento ativo, agradabilidade facial, relação entre as bases ósseas e a remoção do agente causal. O paciente aqui apresentado, 18 anos de idade, sexo masculino, braquifacial severo, classe III, mordida cruzada anterior, incisivos superiores retruídos e lingualizados, e incisivos inferiores protruídos e vestibularizados causado provavelmente por uma irrupção ectópica dos incisivos superiores, associada por uma retenção prolongada dos dentes decíduos. O paciente foi submetido ao tratamento ortodôntico corretivo com aparelho fixo autoligado e levantamento oclusal (bite ramp) e posterior bite plane, a fim de eliminar esse tipo de má-oclusão, evitando assim que ela se tornasse esquelética e cirúrgica. 56 a rinometria acústica e rinomanometria, e o tratamento adequado, para não interferir na matriz funcional de crescimento crânio facial. A atresia maxilar, que pode ser resultado da respiração bucal, produz a diminuição do diâmetro do arco maxilar. Um dos tratamentos propostos para atresia maxilar é a expansão rápida da maxila (ERM). O objetivo desse trabalho foi revisar a literatura sobre o assunto e ilustrar por meio de um relato de caso clínico, os efeitos da ERM na morfologia e no padrão respiratório. A resistência média na narina esquerda, durante a inspiração, caiu de 2,218 Pa/cm3 ± 0,162 para 0,915 Pa/cm3 ± 0,111. Do lado direito a resistência respiratória caiu de 0,83 Pa/cm3 ± 0,264 para 0,697 Pa/cm3 ± 0,090. A resistência expiratória da narina esquerda caiu de 1,747 Pa/cm3 ± 0,105 para 0,691 Pa/cm3 ± 0,084. Enquanto que a resistência expiratória na narina direita foi de 0,697 Pa/cm3 ± 0,099 para 0,828 Pa/cm3 ± 0,082. A resistência inspiratória total foi de 0,579 Pa/cm3 para 0,396 Pa/cm³. A resistência expiratória total foi de 0,498 Pa/cm3 para 0,377 Pa/cm3. Como visto, a resistência maior observada foi na narina esquerda, sugerindo que ela respondeu ao procedimento de ERM. O fluxo em cm3/s na narina esquerda era de 40 e na direita de 123. Após o procedimento, o fluxo na narina esquerda era de 102 e na direita de 156. O fluxo total (direito + esquerdo), antes do procedimento, foi de 163 cm3/s. O fluxo total (direito + esquerdo), após o procedimento foi de 258 cm3/s. Como visto por meio dos números acima, o procedimento parece ter tido efeito considerável na resistência e fluxos nasais. Deve-se levar em consideração que as medidas foram realizadas uma semana após o procedimento de ERM e isso, portanto, não nos permite prever como as estruturas estarão em longo prazo. Há, portanto, necessidade de um acompanhamento longitudinal para ver se essa melhora será persistente. 127 – Distalizador Pendulum: eficiente método para obtenção de espaço Layane Cristina de Figueiredo; Paolla Nascimento Pereira; Mayara Paim Patel; Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Andréia Cotrim Ferreira; Andréa Louzada Suster (Instituto Vellini) A má-oclusão de classe II é uma das mais comuns no Brasil e, com isso, seu diagnóstico passa a ser bastante recorrente na rotina da prática clínica do Ortodontista. Trata-se sempre de um desafio corrigir a má-oclusão de classe II sem a necessidade de exodontias, aparelhos de tração mandibular ou com ancoragem extrabucal, uma vez que o uso destes dispositivos necessita de maior aceitação pelo paciente e cooperação durante o tratamento. Neste trabalho relatar-se o caso clínico de um paciente de 22 anos, sexo feminino, que compareceu à Clínica de Especialização em Ortodontia do Instituto Vellini para corrigir a mordida e alinhar os dentes. Ao exame clínico extrabucal foi verificado que a paciente apresentava perfil reto com padrão dolicofacial e ausência de selamento labial. Ao exame intrabucal, foi verificado que a paciente possuía má-oclusão de meia classe II, segunda divisão, subdivisão direita, além de apinhamento dentário, rotações dentárias e curva de Spee normal. O planejamento do tratamento possibilitou o uso do aparelho Pendulum de Hilgers para correção da má-oclusão de classe II e obtenção de espaço – atuando como distalizador dos molares superiores a partir de ancoragem intrabucal e intramaxilar – sendo continuado por mecânicas ortodônticas com aparelho fixo corretivo superior e inferior para correção dos apinhamentos, rotações dentárias e nivelamento do plano oclusal. Quanto ao tempo e evolução do tratamento, tem-se que sua duração total foi de 35 meses, sendo que a obtenção de espaço por meio do distalizador ocorreu durante dois meses, sob uma ativação de 250 g de força, em média, no lado direito, e todo o restante do período com realização da mecânica ortodôntica corretiva para correção dos demais problemas dentoalveolares. Ao longo do tratamento foi constatado que a paciente apresentava inadequado posicionamento da língua e, por isso, foi necessário acompanhamento com fonoaudiólogo. Ao final do tratamento obtiveram-se resultados satisfatórios, possibilitando finalizar o caso com relação molar de classe I, bom posicionamento dos elementos dentários anteriormente girovertidos e nivelamento do plano oclusal, além de correto posicionamento da língua na cavidade bucal. Após o tratamento ortodôntico corretivo ser finalizado, fez-se necessária a instalação da contenção ortodôntica, optando-se pelo arco de Hawley removível superior com orifício palatino, procurando obter melhor posicionamento da língua. A partir do sexto mês pós-tratamento ortodôntico, orientou-se a paciente sobre a utilização da contenção somente para o período noturno. 128 – Classe II, mordida aberta com o uso da técnica Meaw Alyne Machado Hofstetter; Patricia F. Dutra; Lilian M. M. Buelau; Marco Antonio Rocco; Mauricio S. Souza; Wilson Humio Murata (NAPCruzeiro do Sul) Paciente de 13 anos idade, sexo masculino, padrão I, mesofacial, classe II de Angle, inicialmente foi tratado com aparelho autoligado interativo prescrição Roth 22. Ao término da fase 57 de alinhamento e nivelamento foi solicitada a extração dos elementos 38 e 48, devido à impactação do 37 e 47. Após a erupção dos segundos molares inferiores, aos 14 anos, instalou-se a mordida aberta anterior, neste caso optou-se por utilizar a técnica do Meaw (Multiloop Edgewise Archwire), confeccionada com fios Blue Elgiloy 16 x 22, associados ao uso de elásticos intermaxilares com 180 g de força no sentido da classe II. Após seis meses de tratamento a mordida foi fechada e a classe II corrigida. 129 – Utilização de ancoragem esquelética como auxiliar na fase de retração do segmento anterior Marcella Rodrigues Ueda Fernandes; Cassiano Arashiro; Selly Sayuri Suzuki; Hideo Suzuki; Denise Fujii; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Introdução: o objetivo deste estudo foi comprovar a eficácia dos mini-implantes como ancoragem esquelética no tratamento de classe I com biprotrusão, ou classe II esquelética com extração de pré-molares por meio do tratamento. Paciente do sexo feminino, 30 anos de idade, classe II esquelética e má-oclusão de Angle classe II, primeira divisão, submetida a tratamento ortodôntico com extração dos quatro primeiros pré-molares e mecânica de retração com mini-implantes. Relato de caso: tratamento de retração do segmento anterior realizado com mini-implantes bilaterais instalados na região entre as raízes do segundo pré-molar e primeiro molar, superiores, analisado através de análises clínicas por meio de fotografias intra e extrabucais associadas à radiografias. Resultados: fechamento completo dos espaços das extrações, diminuição da sobressaliência, melhora da relação interincisivos, perfil facial mais harmonioso e ângulo nasolabial mais obtuso. Conclusão: os mini-implantes são eficientes no tratamento com mecânica de retração e intrusão simultâneas do segmento anterior, além de fornecer máxima ancoragem, sem necessitar da colaboração do paciente para o sucesso do tratamento. 130 – Tratamento interdisciplinar de agenesia de incisivos laterais superiores com fechamento de espaço e reanatomização dos caninos Milla Barros de Menezes Magalhães; Cimon Tulio Magalhães Souza; Humberto Nazareth Costa Júnior (ABO-GV Minas Gerais) O presente trabalho relata caso clínico de age- nesia de incisivos laterais superiores. Paciente adulto, 46 anos de idade, sexo feminino. Foi feito o planejamento digital do sorriso (DSD), Ortodontia fixa e após a finalização do tratamento ortodôntico, foi realizada a reanatomização dos caninos em laterais usando laminados de dissilicato de lítio e posterior ajuste oclusal. Essa abordagem de fechamento de espaço é considerada biológica com bom prognóstico em longo prazo. 131 – Correção do desvio de linha média superior por meio de extração assimétrica e ancoragem absoluta Ana Paula Pereira Santiago dos Santos Lages; Hideo Suzuki; Luís Henrique Rodrigues Lages; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O desvio de linha média maxilar interfere negativamente na estética do sorriso. Alguns artigos sugerem que a coincidência entre as linhas médias dentárias com a facial, seja um dos principais fatores que contribuem para a beleza ao sorrir. Devido a isto, o planejamento para correção de desvio de linha média (principalmente do arco superior) deve ser bastante cauteloso. Um correto diagnóstico deve ser executado para que a escolha da forma de tratamento seja a mais correta possível, visto que fatores como padrão de crescimento, convexidade de perfil, má-oclusão associada, presença ou não de apinhamento, dentre outros, interferem diretamente no sucesso ao final do tratamento. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de tratamento de classe II, subdivisão esquerda (Angle), em paciente do sexo masculino, 18 anos de idade. No arco superior, o paciente apresentava acentuado apinhamento assimétrico e desvio de linha média para direita (sendo estas suas queixas principais). No arco inferior, suave apinhamento da região anterior. Planejou-se para tratamento do caso, extração assimétrica de um pré-molar superior do lado esquerdo para correção da linha média. Devido à severidade da classe II do molar deste lado, foi necessária ancoragem absoluta, sendo utilizado um mini-implante para esta finalidade. Para realização da mecânica ortodôntica, utilizou-se aparelho metálico convencional com ligaduras elásticas, prescrição MBT. A primeira fase da mecânica ortodôntica foi a retração inicial do canino superior esquerdo apoiado no mini-implante para criar espaço para dissolver o apinhamento do arco superior e ao mesmo tempo corrigir o desvio da linha média superior. Esse planejamento tinha como finalidade alcançar alinhamento e nivelamento dos arcos dentários superior e inferior, 58 engrenamento oclusal (com caninos em classe I, molares direitos em classe I e esquerdos em classe II) e linhas médias dentárias coincidentes com a facial sem alteração do perfil facial do paciente, visto que o mesmo já apresentava um perfil pobre ao início do tratamento. Correto planejamento e bom controle da mecânica, permitiram que, ao final do tratamento ortodôntico, o paciente apresentasse as condições planejadas. A partir do caso clínico apresentado, pode-se concluir que o desvio da linha média superior tem influência direta na estética do sorriso e o planejamento para sua correção deve ser baseado em um correto diagnóstico, levando-se em consideração o perfil do paciente, a severidade da má-oclusão, a quantidade de apinhamento e a necessidade ou não de ancoragem. 132 – Estabilidade na correção da classe II tratada com distalizador Jones Jig seguido de aparelho fixo corretivo Jéssica Ferreira de Almeida; Jose Fernando Castanha Henriques; Karina Maria Salvatore de Freitas; Andrea Louzada Suster; Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Mayara Paim Patel (Instituto Vellini) A combinação de discrepâncias dentárias e esqueléticas resultando em uma classe II é uma das principais razões pela qual o paciente procura o tratamento ortodôntico. O tratamento dessa má-oclusão pode variar de acordo com as características do paciente quanto ao fator etiológico, idade, padrão de crescimento, severidade da má-oclusão, queixa principal, habilidade do profissional e cooperação do paciente. O tratamento da má-oclusão de classe II é um dos mais investigados e controversos assuntos da Ortodontia. Isso se deve à sua variabilidade de estratégias de tratamento devido às suas características morfológicas. Suas técnicas de tratamento incluem extrações dentárias, aparelhos ortopédicos e aparelhos distalizadores intra e extrabucal. Os distalizadores, de uma forma geral, tem como princípio a dissipação de uma força em direção distal, porém, efeitos adversos ocorrem em consequência dessa força, como angulação dos molares distalizados, perda de ancoragem, mesialização dos pré-molares e dentes anteriores exacerbando o apinhamento anterossuperior. Todos esses efeitos variam de acordo com a região da força dissipada e o reforço de ancoragem empregado. Aparelhos distalizadores possuem predominantemente um efeito dentoalveolar, sendo que a relação de classe I alcançada no tratamento ortodôntico é mantida pela compensação dentoalveolar no crescimento maxilomandibular. 133 – Verticalização de segundos molares inferiores com ancoragem dentária convencional e esquelética Nathalia Coelho Torres; Sara Maria Arantes Campos; Lucineide Lima; Renata Nasciben; Marlos Eurípedes de A. Loiola (Instituto Agenor Paiva de Pós-graduação – Iappem/Funorte) Dentes inclinados ou impactados são facilmente encontrados em pacientes adultos, devido a vários fatores etiológicos. O fator principal e mais frequente é a perda de elementos dentários, geralmente o primeiro molar inferior permanente. O segundo fator é a doença periodontal, seguido por cáries extensas, fraturas coronárias, iatrogenias, e falta de espaço nas arcadas. Como consequência disso os dentes posteriores tendem a mesioinclinar-se, favorecendo o aparecimento de defeitos ósseos verticais e bolsas infraósseas na região mesial dos molares, migração para distal dos pré-molares, extrusão do molar antagonista, contatos prematuros, além de dificultar a adaptação e ajuste de próteses. Para obter um posicionamento dentário ideal com periodonto saudável, torna-se necessário a verticalização do molar. Para tanto, o ortodontista pode lançar mão de algumas mecânicas de verticalização com utilização de dispositivos ortodônticos como cantiléveres ou mini-implantes. O objetivo deste trabalho foi demonstrar, por meio de um relato clínico, diferentes mecânicas de verticalização de segundos molares inferiores, com ancoragem dentária convencional e esquelética apoiada sobre mini-implante. 134 – Proposta terapêutica para correção da mordida aberta anterior Luísa Garcia Couto Souza; Daniela Olívia Ferrari Carvalho; Marcela Cardoso; Dino Lopes de Almeida; Juliana Volpato Curi Paccini; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A mordida aberta anterior pode ser definida como um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Essa condição possui diversas etiologias e diferentes formas de diagnóstico, podendo estar associada à problemas como: hábito de sucção não nutritiva, respiração bucal, obstruções das vias aéreas, interposição lingual, padrão de crescimento vertical, anomalias do desenvolvimento do processo frontonasal, traumatismos na região da pré-maxila. O plano de tratamento ideal será determinado de acordo com a idade do paciente e a severidade má-oclusão, podendo o tratamento ser cirúrgico ou não cirúrgico. 59 135 – Diagnóstico diferencial do canino incluso com imagens geradas por tomografia cone-beam Inamari Souza de Almeida; Lucineide Lima dos Santos; Luciano da Hora França; Andressa Freire; Ingrid Martins; Marlos Eurípedes de Andrade Loiola (Iappem/Funorte) A impactação das unidades dentárias é uma questão clínica de grande interesse do ortodontista, por necessitar de um plano de tratamento ortodôntico e cirúrgico consistente. Dentre os dentes, os caninos superiores são os mais afetados, perdendo somente para os terceiros molares. O diagnóstico e plano de tratamento requerem uma criteriosa avaliação. Os exames clínicos e radiográficos são recursos largamente utilizados pelo ortodontista, no entanto, com o surgimento da tomografia computadorizada cone-beam houve diminuição dos custos e níveis de radiação, e este método passou a se apresentar como uma ferramenta diagnóstica. O objetivo deste trabalho foi demonstrar a importância e a aplicação da utilização da tomografia cone-beam no diagnóstico e planejamento ortodôntico e cirúrgico de um canino impactado, através de um relato de caso da clínica do Instituto Agenor Paiva de Pós-graduação, Salvador/ BA. Nos achados clínicos e radiográficos, foi notada que, além da retenção prolongada da unidade 53, a unidade 13, encontrava-se inclusa e impactada. Na tomografia computadorizada cone-beam foi possível observar que a unidade 13 encontrava-se com proximidade à fossa nasal e seio maxilar, em uma posição oblíqua, com coroa por vestibular. Os estudos concordam que imagens produzidas pelas tomografias de caninos impactados podem determinar localização dos caninos, a proximidade 3D e a reabsorção de raízes de dentes adjacentes, o que foi percebido em alguns aspectos do caso estudado. A tomografia cone-beam apresenta-se como uma importante ferramenta diagnóstica, pois permite a construção de um planejamento ortodôntico e cirúrgico consistente para os casos de caninos impactados. No caso clínico apresentado, a tomografia possibilitou à equipe construir esse planejamento com segurança, desde a cirurgia quanto à direção da mecânica de tracionamento. 136 – Correção da mordida aberta com mecânica de arcos de curva reversa Andrea Posada Ugaz; Patricia Garibay Rodríguez; Diana Becerra Nuñez (Universidade Peruana Cayetano Heredia, Lima – Peru) O tratamento da mordida aberta anterior representa uma tarefa desafiante pela inter-relação dos distintos fatores etiológicos. A intrusão dos dentes posteriores representa uma alternativa difícil em pacientes mais idosos, portanto, as opções de tratamento são limitadas. A cirurgia ortognática é indicada em casos de mordida aberta severa e desproporções faciais alteradas. Para o tratamento de casos limite, em indivíduos que não aceitam o tratamento cirúrgico, a busca de um tratamento efetivo continua. O método disponível para o tratamento da mordida aberta é o arco Edgewise Multiloop, desenvolvido por Kim. A técnica envolve o uso de dobres de Gable nos arcos, conjuntamente com o uso de elásticos verticais na região dos caninos. O objetivo da técnica inclui a correção da inclinação dos planos oclusais, alinhamento dos incisivos maxilares em relação a linha labial e correção das inclinações axiais dos dentes posteriores. Usando a técnica, Goto et al e Sato, reportaram resultados de tratamentos bem-sucedidos. Enacar et al modificaram a técnica de Kim utilizando os arcos de curvatura acentuada de 0,016” x 0,022” no arco superior e arcos de curva reversa NiTi no arco inferior, com elásticos intermaxilares na região dos caninos. Eles sugeriram que os arcos de curva acentuada e de curva reversa são uma opção simples e higiênicas em comparação com os arcos multiloop, além de outros benefícios como a redução de trabalho durante a atenção da cadeira dental e conforto para os pacientes. Reportou-se que os resultados obtidos foram semelhantes aos obtidos pelo sistema de Kim. O objetivo do presente caso foi avaliar as mudanças das estruturas dentofaciais no tratamento de um paciente do sexo masculino, 20 anos de idade, que apresentava má-oclusão classe I com alteração vertical, tratado com arcos NiTi com curva acentuada superior e curva reversa inferior conjuntamente a elásticos intermaxilares. 137 – Tratamento ortodôntico reabilitador para agenesia de incisivos laterais superiores: cinco anos de controle Honório Tóttoli; Maurício de Almeida Cardoso; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli Valarelli (Universidade Sagrado Coração – USCBauru) A agenesia dentária é a anomalia de desenvolvimento mais prevalente em humanos, tendo caráter genético e hereditário em sua etiologia. Em casos de ausência de incisivos laterais superiores, o objetivo terapêutico pode ser direcionado de duas formas: a manutenção do espaço para reabilitação protética, ou fechamento do espaço mediante mesialização dos dentes posteriores. Fatores como padrão facial, idade 60 do paciente, espaços disponíveis, tamanho e forma dos dentes irão definir diretrizes para o tratamento. O presente trabalho relata o tratamento de um paciente do sexo masculino, 15 anos de idade, braquifacial, apresentando má-oclusão de classe I e agenesia de incisivos laterais superiores. A meta terapêutica foi o tratamento ortodôntico corretivo, com a manutenção dos espaços para reabilitação com próteses sobre implantes. Conclusão: o tratamento da agenesia de incisivo lateral é sempre um desafio na clínica diária. Após 16 meses, tem-se a má-oclusão tratada, os espaços distribuídos proporcionalmente e as coroas definitivas instaladas, conferindo estética e função adequada. A estabilidade é vista em acompanhamento de cinco anos pós-tratamento. 138 – Intrusão de molar com auxílio de microparafuso ortodôntico Suelen Gomes de Souza; Carolina Mattar; Marcus Vinícius Crepaldi; Ana Paula de Aguiar; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena dos Santos Oliveira (Faipe) Dentre os movimentos dentários induzidos o de intrusão é sem dúvida um dos mais difíceis de serem conseguidos. A mecânica intrusiva convencional apesar de viável é complexa, no que diz respeito ao controle de seus efeitos colaterais. Isso, em grande parte, refere-se à dificuldade em se obter uma ancoragem satisfatória. Os microparafusos ortodônticos de titânio fornecem ancoragem esquelética para os tratamentos ortodônticos, viabilizando movimentações dentárias de forma mais controlada, minimizando os efeitos colaterais e possibilitando que a mecânica ortodôntica independa da colaboração do paciente. Este novo dispositivo tem grande aplicabilidade clínica, com destaque para a intrusão de molares, devido à eficiência e simplicidade da mecânica, quando comparada à mecânica ortodôntica convencional. Paciente compareceu à clínica Faipe, Cuiabá, apresentando extrusão do elemento 26 devido à perda do 46 e foi solicitada a intrusão do mesmo para reabilitação do dente 46 com implante. O tratamento proposto foi a colocação de mini-implante na região vestibular entre 25 e 26, e na região palatina entre 26 e 27. Após seis meses foi possível observar a intrusão completa e recuperação do espaço protético. O uso dos microparafusos trouxe novas perspectivas para os tratamentos ortodônticos. 139 – Tratamento de mordida aberta na dentadura permanente com exodontia de quatro pré-molares Elen Caroline Ferreira Alves; Dino Lopes de Almeida; Andréia Regina Boff Lemos; Hedibertos Alves de Aguiar; Juliana Volpato Curi Paccini; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/ Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico do tratamento ortodôntico de má-oclusão de mordida aberta anterior e classe II do lado direito com extração de quatro pré-molares e elástico de classe II. Após a fase de alinhamento e nivelamento, realizou-se a exodontia de quatro pré-molares (dois superiores e dois inferiores), iniciando a mecânica de fechamento de espaços com os fios retangulares 0,019” x 0,025” de aço e elástico corrente no arco superior e inferior. Para a correção da classe II, lançou-se mão da mecânica de elástico de classe II. Após a finalização do tratamento e a remoção do aparelho, pôde-se observar uma mudança no perfil da paciente e a má-oclusão foi corrigida satisfatoriamente, tornando o sorriso mais harmônico. A paciente ficou satisfeita com a estética do sorriso ao final do tratamento. 140 – Tratamento da má-oclusão de classe II em adulto por meio de extrações atípicas Elen Caroline Ferreira Alves; Pamela Roberta Conte; Dino Lopes de Almeida; Andréia Regina Boff Lemos; Leonardo Graboski de Castro; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/ Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) Dentre as opções de tratamento da má-oclusão de classe II podemos destacar a extração de pré-molares, que tem sido utilizada como protocolo para correção desta má-oclusão, tendo em vista que alcança o sucesso da correção da má-oclusão sem depender da colaboração ativa do paciente. Os protocolos podem incluir a extração de dois, três, ou quatro pré-molares. Entretanto, em alguns casos, extrações atípicas de molares permanentes são indicadas com objetivo de extrair um dente comprometido e em contrapartida manter um dente sadio. Esta abordagem tem obtido resultados favoráveis e estabilidade no tratamento de pacientes adultos em longo prazo. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico do tratamento ortodôntico da má-oclusão de classe II, subdivisão direita, por meio da extração atípica do primeiro molar permanente. 61 141 – Estabilidade do tratamento precoce da mordida aberta anterior com quatro dispositivos Flaviana Alves Dias; Márcio Rodrigues de Almeida; Paula Vanessa Pedron OltramariNavarro; Flavia Diane Assis Urnau; Paulo Henrique Rossato; Thais Maria Freire Fernandes (Universidade Norte do Paraná) Introdução: a mordida aberta anterior (MAA) pode ser definida como um trespasse vertical negativo entre os dentes anteriores superiores e inferiores. Esta má-oclusão possui diferentes características e fatores etiológicos múltiplos, levando a problemas estéticos e funcionais. Se uma mordida aberta não é tratada precocemente podem ocorrer alterações esqueléticas e, consequentemente, uma abordagem mais complexa será necessária. Objetivo: interceptação precoce da MAA durante um ano e avaliação da estabilidade de resultados de quatro diferentes dispositivos (esporão, mentoneira, grade fixa e grade removível), após dois anos. Métodos: foram utilizados quatro dispositivos (grade palatina fixa, grade palatina removível, esporão e mentoneira), isoladamente, para tratamento precoce da MAA. Estes casos clínicos descrevem a estabilidade após dois anos da interceptação destes pacientes que inicialmente apresentavam mordida aberta anterior maior que 3 mm, idade entre sete e nove anos, dentadura mista, classe I de Angle e ausência de mordida cruzada posterior. Resultados: ao final do tratamento, os pacientes apresentaram trespasse vertical positivo e após dois anos mantiveram a mesma condição, demonstrando estabilidade. Conclusão: as observações destes casos mostram que diferentes protocolos de tratamento, empregados em período adequado de desenvolvimento, possuem resultados estáveis, mas dependem da cooperação do paciente. 142 – Tratamento precoce da mordida aberta anterior Ione Rafaela Arroyo Motta; Bruna G. Peron; Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) A mordida aberta é uma má-oclusão complexa distinta e de difícil tratamento, pois o controle da dimensão vertical desta má-oclusão requer cooperação do paciente e experiência do profissional. Os fatores hereditários como tendência de crescimento vertical e alterações na orofaringe leva a uma respiração deficiente, mau posicionamento da língua e da deglutição, e também fatores ambientais como a presença de hábi- tos deletérios, sendo os mais comuns o uso de chupeta, sucção de polegar e interposição que podem agravar esta má-oclusão. Os tratamentos podem ser a grade palatina, forças ortopédicas, ajuste oclusal, camuflagem com ou sem exodontias, mini-implantes ou miniplacas e cirurgia ortognática. Esta má-oclusão requer uma intervenção imediata, pois quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, melhor, mais eficiente, rápido e estável será o resultado. O objetivo do presente estudo foi apresentar, através de um caso clínico de paciente do sexo feminino, nove anos de idade, que buscou a clínica de especialização em Ortodontia da Faipe, com atresia de maxila, mordida aberta anterior e hábito de sucção do polegar. O tratamento foi realizado com aparelho expansor de maxila e grade palatina. 143 – Classe II esquelética tratada precocemente com ortopedia funcional Alexandre Silveira Arrabal; Marcia Yuri Kawauchi; Eduardo Álvares Dainesi (Faipe – Unidade de Bauru, e.Orto) A má-oclusão de classe II pode exibir vários fatores etiológicos. Em relação aos fatores esqueléticos, a deficiência do crescimento mandibular mostra-se como a causa mais comum. Uma intervenção precoce com ortopedia funcional, durante a fase de crescimento, pode promover uma melhora considerável da face e da oclusão. Evita maiores problemas estéticos e elimina a possibilidade de uma abordagem cirúrgica futura. O aparelho de Fränkel mostra-se como uma ótima opção, pois, diferentemente dos demais aparelhos ortopédicos, promove o avanço mandibular, atuando primariamente na musculatura, por meio de seus escudos, permitindo um desenvolvimento equilibrado e estável dos tecidos ósseos. A ação sobre a musculatura facial melhora o tônus muscular, possibilitando uma estética facial mais agradável e natural. Assim, este trabalho apresenta uma paciente com má-oclusão de classe II esquelética por deficiência de crescimento mandibular, tratada com o aparelho de Fränkel. Os resultados mostraram-se totalmente favoráveis, possibilitando a adequação da musculatura e consequentemente melhora do perfil facial. 144 – Tratamento ortodôntico-cirúrgico da má-oclusão de classe III esquelética Marcos Alexandre Casimiro de Oliveira; Jessyca de F. Leandro; Taciana C. de Queiroz Juaçaba; Cibele Braga de Oliveira; José Alberto Silva; Wilson Humio Murata (Centro Odontológico de Estudos e Pesquisa) 62 O tratamento ortodôntico-cirúrgico das más-oclusões envolvendo indivíduos padrão III visa corrigir não apenas a oclusão, mas sim, a desarmonia facial. Nesses casos o preparo ortodôntico é realizado visando a cirurgia ortognática, onde posiciona-se corretamente os dentes em suas respectivas bases ósseas e, após a cirurgia ortognática, procede-se aos movimentos necessários para uma perfeita intercuspidação. Este trabalho teve por objetivo apresentar um relato de caso clínico, no qual a paciente se submeteu ao tratamento ortodôntico-cirúrgico visando obter melhoria das suas relações oclusais e faciais. Para tanto, foram utilizados durante o tratamento ortodôntico braquetes interativos In-ovation Cerâmico (GAC International), prescrição Roth, slot 22. A fase de alinhamento, nivelamento e ajuste de torques teve a duração de dez meses. O tratamento cirúrgico envolveu maxila, mandíbula e mento. Dois meses após a intervenção, foram avaliados o posicionamento dentário e o aspecto facial. Os resultados alcançados vieram ao encontro das expectativas da paciente. 145 – Tratamento compensatório de classe III com controle tomográfico Clovis Manoel Zamuner Junior; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Victor Prado Curvello; Thais Marchini de Oliveira; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) A má-oclusão de classe III é caracterizada por uma discrepância esquelética anteroposterior, acompanhada ou não por alterações verticais, mas geralmente envolvendo também alterações transversais das bases ósseas. Apesar da baixa incidência na maioria das populações, o estudo deste tipo de desarmonia esquelética é motivado por suas marcantes características de expressão. Os objetivos da camuflagem ortodôntica são melhorar os trespasses vertical e horizontal, o posicionamento dos incisivos e propiciar ao paciente uma melhora na oclusão, proporcionando uma mastigação e fonética mais adequadas. Como o paciente não possuía queixa relacionada à sua estética facial, o tratamento compensatório atingiu as expectativas evitando o procedimento cirúrgico e suas possíveis complicações. Entretanto, para avaliar corretamente o posicionamento dos incisivos inferiores foram realizados exames tomográficos iniciais e finais, confirmando o sucesso do tratamento. O objetivo deste trabalho foi apresentar um tratamento compensatório de classe III realizado com sucesso estético e funcional, e comparar os resultados com medidas precisas de exames tomográficos iniciais e finais. 146 – Verticalização de segundo molar inferior com ancoragem em mini-implante Ellen Mello Lucena; Rosielle Santos das Neves; Ariane da Silva Carvalho Barbosa; Renata Cristina Sobreira França; Cristina Yuri Okada; Maria Kimiyo Okada (Coesp) A inclinação mesial de molares inferiores é comum devido à perda de dentes adjacentes, levando a problemas oclusais e funcionais. A procura por tratamento ortodôntico para correção desta inclinação, possibilitando a posterior reabilitação protética, é frequente. O movimento de verticalização dos molares para recuperação do espaço, sem provocar sua extrusão e inclinação dos pré-molares, é de difícil realização e, frequentemente, produz contatos prematuros e abertura de mordida. O emprego da ancoragem com mini-implantes tem sido indicado por apresentar o mínimo de efeitos indesejáveis. Este trabalho objetivou relatar um caso clínico de verticalização de molar com mini-implante de paciente com 32 anos de idade, sexo masculino, leucoderma, com perda do dente 46 e inclinação mesial do 47. O processo de ancoragem consistiu na instalação de mini-implante ortodôntico para ancoragem absoluta (Morelli, Sorocaba/SP), com dimensões de 6 mm de comprimento e 1,5 mm de diâmetro, entre o 43 e 44, associado a um cantiléver confeccionado com fio de titâniomolibdênio (0,018” x 0,025”) inserido no tubo do 47 e apoiado com 115 g no mini-implante. Observou-se a verticalização por inclinação distal da coroa, em torno do centro de resistência, em três meses, mantendo a mecânica por mais dois meses para sobrecorreção. Concluiu-se que o uso de mini-implantes representa uma alternativa efetiva de ancoragem ortodôntica na verticalização de molares inferiores sem provocar sua extrusão e inclinação dos pré-molares. 147 – Retratamento ortodôntico cirúrgico Wilson Humio Murata; Cristiano Borges Piacezzi; Eric Murata; Marco Antonio Rocco; Mauricio S. Souza (NAP-Unicsul) Paciente do sexo feminino, submetida à cirurgia ortognática há seis anos, evoluiu com assimetria facial significativa, com desvio de linha média maxilar, rotação de arcada e desnivelamento de eixo X, com severa protrusão maxilar. Devido à queixa da paciente perante os resultados obtidos, foi solicitado novo planejamento ortodôntico cirúrgico. Após preparo ortodôntico com braquetes autoligados intensivos Inovation C (GAC Internacional) prescrição Roth, slot 22, submeteu-se a paciente à nova 63 cirurgia ortognática, realizando osteotomia sagital mandibular bilateral para recuo, ajuste de eixo Z e rotação de arcada, osteotomia Le Fort I maxilar para recuo, impacção, ajuste de eixo Z e rotação de arcada. O pós-operatório decorreu conforme esperado e a paciente ficou satisfeita com os resultados obtidos. 148 – Tratamento ortodôntico corretivo com aparelho autoligado híbrido com a técnica Meaw modificada Wilson Humio Murata; José A. Silva; Cibele B. Oliveira; Marco Antonio Rocco; Mauricio S. Souza (NAP-Unicsul) Paciente do sexo masculino, 13 anos de idade, padrão I dolicofacial, atresia maxilar, apinhamento severo. Início de tratamento com expansão rápida da maxila, utilizando-se disjuntor tipo Haas. Decorridos seis meses da disjunção iniciou-se o tratamento ortodôntico corretivo com a utilização de braquetes autoligados híbridos Empower (American Orthodontics), prescrição Roth, slot 22. Após a fase de alinhamento e nivelamento dentário superior e inferior, observa-se mordida aberta anterior dentária, quando optou-se por concluir o tratamento com a técnica Meaw (Multi-Loop Edgwise Arch Wire) modificada, utilizando-se arco Gummetal (Rocky Mountain Morita Coporation) 19 x 25 e elásticos intermaxilares. 149 – Dando sobrevida a um incisivo severamente impactado e dilacerado na fase de dentadura mista Sérgio Estelita Cavalcante Barros; Vitória Chami; Eduardo Ferreira; Guilherme Janson; Deise Ponzoni; Kelly Chiqueto (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS) Diagnóstico: paciente com sete anos de idade, sexo feminino, na fase de dentadura mista buscou tratamento na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul com indicação do SUS para a extração de um incisivo central superior direito (dente 11). O dente 11 estava impactado em posição invertida, com o bordo incisal justaposto ao assoalho nasal, além de mostrar uma severa dilaceração vestibular (90º), que iniciava na região da junção amelocementária. A paciente relatou trauma e perda precoce do incisivo central decíduo correspondente (dente 51), fato que, provavelmente, gerou o deslocamento da porção coronária do germe do incisivo permanente com consequente dilaceração em relação à porção radicular. A paciente apresentava molares decíduos com degrau mesial, relação dos molares permanentes e caninos decíduos em classe I e discrepância de espaço negativa. Tratamento: utilizou-se expansão rápida da maxila (ERM), seguida por mecânica 4 x 2 com mola aberta entre os dentes 12 e 21 para obter espaço para o dente 11. Após a abertura do espaço, o dente 11 foi exposto cirurgicamente e colado (técnica de erupção fechada). Uma força ortodôntica de 60 g com direção oclusal e palatina foi aplicada por meio de uma mola para tracionar o incisivo em direção ao rebordo alveolar. A mola foi construída com fio retangular .018 x .025, e uma de suas extremidades foi inserida num tubo retangular (.022 x .028) soldado ao parafuso do aparelho expansor tipo Hyrax, enquanto sua extremidade oposta foi presa ao fio de tracionamento para transmitir a direção e a intensidade da força ao incisivo impactado. Esta mecânica mostrou-se altamente eficiente e foi proposta pelo autor em razão dos benefícios que a ERM pode proporcionar na recuperação do perímetro do arco e na ancoragem da força de tração. Após o surgimento do incisivo na cavidade bucal o tracionamento foi finalizado com aparelho fixo para um melhor posicionamento do dente no arco. Resultados: os resultados obtidos nesta fase interceptativa foram considerados satisfatórios. Aos 11 anos de idade, a paciente apresenta o dente 11 com condições clínicas e radiográficas estáveis, boa saúde periodontal, ausência de mobilidade e estética agradável. Conclusões: considerando os resultados deste tratamento e a literatura pertinente, pôde-se concluir que dar sobrevida a estes incisivos superiores severamente comprometidos pode ser de grande valor para o sucesso dos tratamentos vindouros, bem como para o desenvolvimento psicossocial das crianças portadoras de tal anomalia. O tratamento precoce aumenta a probabilidade de sucesso do tracionamento e redirecionamento da rizogênese. Porém, deve-se alertar, sobretudo os pais, sobre o risco de insucesso frente à severidade do caso. 150 – Uso do Twin Force Bite Corrector no tratamento da classe II Dino Lopes de Almeida; Milena Fernandes Quelhas Hinojosa; Célio Percinoto; Juliana Volpato Curi Paccini; Carolina Nazif Rasul; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A utilização do aparelho Twin Force para tratamento da má-oclusão de classe II, caracterizada por alterações dentárias e/ou esqueléticas têm mostrado resultados finais eficientes e satisfatórios para o paciente e o profissional. Dentre as principais vantagens da sua utilização podemos 64 destacar a independência da colaboração do paciente no uso de elásticos de classe II, o tratamento da má-oclusão em um tempo relativamente curto, não requerer a montagem e tampouco confecção em fase laboratorial. O aparelho funcional é fixado no arco de aço superior e inferior utilizando tubo do próprio propulsor fixo (sem remover o fio), permite movimentação lateral e não requer outros ajustes durante o tratamento, funciona tanto na correção da classe II quanto da classe III e elimina a necessidade de ancoragem extrabucal. O objetivo deste trabalho foi apresentar o relato de um caso clínico ortodôntico da correção da má-oclusão de classe II com a utilização do aparelho de protração mandibular Twin Force Bite Corrector. 151 – Relevância das extrações em Ortodontia José Eduardo dos Santos; Renata Cristina Faria Ribeiro de Castro (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Este trabalho apresenta o retratamento de caso clínico de paciente do sexo feminino, 33 anos de idade, com biprotrusão dentária. Insatisfeita com os resultados do primeiro tratamento e preocupada com seu perfil, em que se queixa que seus dentes anteriores e lábios estavam muito para frente e com dificuldades para vedamento. Foram propostas as extrações com utilização de arco dupla chave, DKL para retração do seguimento anterior. 152 – Aumento da qualidade de vida com o tratamento precoce da classe III Vanessa de Couto Nascimento; Oswaldo de Vasconcellos Vilella; Beatriz de Souza Vilella (Universidade Federal Fluminense – UFF) Uma face equilibrada ajuda a desenvolver a autoestima e a autoconfiança dos indivíduos. O ortodontista deve levar em consideração a queixa psicológica do paciente em relação à má-oclusão. Também deve-se dar importância à solicitação da criança em iniciar o tratamento, pois a percepção sobre a gravidade da má-oclusão está associada com a baixa autoestima. Além disso, a atratividade facial e a boa aparência dentária de crianças e adolescentes foram associadas pelos professores aos alunos mais inteligentes e com melhores notas, e ainda com as melhores relações sociais, de acordo com os colegas de turma. Portanto, o tratamento ortodôntico dos indivíduos com má-oclusão classe III deve ser realizado precocemente quando afetar a estética, a função e, por conseguinte a autoestima e a qualidade de vida. O tratamento foi realizado em uma paciente, sexo feminino, com cinco anos de idade, pele clara, má-oclusão de classe III, que procurou tratamento ortodôntico tendo como queixas principais a mordida cruzada anterior e a projeção da mandíbula. O tratamento proposto foi expansão rápida da maxila (ERM) + tração maxilar (TM). A ativação do parafuso expansor foi de 3⁄4 de volta no primeiro dia, para efeito ortopédico, mantendo-se uma ativação de 1⁄4 pela manhã e 1⁄4 à noite até a separação dos incisivos centrais superiores. A partir daí a ativação foi de 1⁄4 de volta por dia. Os ganchos para apoio dos elásticos ficaram na região posterior do aparelho. A máscara facial foi usada durante e após a ERM, tendo como objetivo potencializar o deslocamento da maxila para baixo e para frente. A força aplicada foi a maior que a paciente pôde suportar, durante 12 horas por dia. Tratamentos de disjunção e tração em pacientes classe III permitem maiores alterações cefalométricas, principalmente na dentadura decídua e no início da dentadura mista, proporcionando equilíbrio facial e modificando o crescimento e o desenvolvimento maxilofacial. Além disso, facilitam a erupção dos caninos e pré-molares em uma relação normal, eliminam a oclusão traumática dos incisivos e aumentam a autoestima da criança. Para as crianças e os adolescentes, o nível de autoavaliação da atratividade da região dentofacial é mais importante para o seu bem estar do que a severidade da má-oclusão. Outrossim, más-oclusões no segmento anterior foram associadas com impacto negativo na qualidade de vida. Mesmo na infância este tipo de anomalia já pode ser motivo de bullying. Desde muito cedo, as crianças começam a desenvolver percepções sobre sua aparência dental e adquirem critérios semelhantes aos dos adultos em relação à sua autoimagem. Após o tratamento, os pais relataram aumento da autoestima e da qualidade de vida da paciente. 153 – Tratamento ortocirúrgico de deslocamento posterior de disco articular associado à má-oclusão de classe II, primeira divisão Debora do Canto Assaf; Paula Guerino; Bruna Torrel; Renésio Armindo Grehs; Miguel Angelo Ribeiro Scheffer; Vilmar Antônio Ferrazzo (Grupo de Estudos Ortodônticos e Serviços) O objetivo desse estudo foi relatar um caso clínico de classe II, primeira divisão, agravado por mordida aberta anterior e DTM causada por deslocamento posterior do disco articular, no qual optou-se por tratamento ortocirúrgico. Paciente do sexo masculino, 24 anos de idade, possuía 65 classe II esquelética por retrusão mandibular, perfil convexo, crescimento maxilomandibular excessivo no sentido vertical, maxila atrésica, mordida aberta anterior com interposição lingual lateral esquerda e deslocamento posterior do disco articular, o qual lhe causava dor na região da ATM e estalidos na abertura bucal. Além disso, segundos pré-molares superiores erupcionados por palatino e apinhamento suave inferior. O tratamento consistiu em expansão maxilar lenta com aparelho de Haas, com duração de seis meses, seguido de tratamento ortodôntico corretivo pré-cirúrgico com exodontia de quatro pré-molares (elementos 15, 25, 34 e 44). Após, foi realizada a cirurgia ortognática com impactação maxilar, avanço mandibular, reposicionamento do disco articular e mentoplastia. O tratamento ortocirúrgico possibilitou ao paciente conforto, normalidade da oclusão, funções adequadas e estética agradável. 154 – Tratamento de má-oclusão de classe II, primeira divisão, por meio do AEB conjugado Aurilania Isaias Nogueira; Mayara Paim Patel; Andréia Cotrim Ferreira; Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Guilherme Abrantes Carvalho; Andrea Louzada Suster (Instituto Vellini) A má-oclusão de classe II foi definida por Angle como uma relação mesiodistal deficiente dos arcos dentários, com todos os dentes inferiores ocluindo distalmente em relação ao padrão normal, propiciando uma desarmonia acentuada na região dos incisivos e nas linhas faciais. A má-oclusão de classe ll tem um envolvimento das bases ósseas no sentido sagital, vertical e transversal, caracterizada morfologicamente por uma discrepância maxilomandibular, por um mal relacionamento dos arcos superior e inferior ou por uma combinação destes fatores. Portanto, esta má-oclusão pode comprometer a harmonia facial em diversos graus, de acordo com a intensidade da sobressaliência dentária e de sua interação com as estruturas adjacentes de tecidos moles, interferindo na imagem e autoestima do paciente, assim o tratamento desta má-oclusão é importante para a ressocialização do paciente. Paciente do sexo masculino, nove anos e cinco meses de idade, procurou por tratamento ortodôntico queixando-se dos dentes tortos. O paciente apresentava face desequilibrada, perfil reto e ausência de selamento labial passivo, com padrão mesofacial. Encontra-se na fase de dentadura mista e com má-oclusão de classe ll, primeira divisão de Angle, além de sobressaliência levemente acentuada, mordida profunda, apinhamento ante- rior superior e apinhamento inferior moderado, linha média ligeiramente desviada, curva de Spee apresentava-se acentuada e destruição do elemento 75. Os tecidos moles intrabucais não apresentavam nenhuma anormalidade. No exame clínico verificou-se a ATM (articulação temporomandibular) normal, à palpação sem sinais e sintomas aparentes da disfunção articular. Apresentava boa saúde geral, respiração mista e deglutição atípica. Através do disjuntor de Hyrax, obteve-se a expansão rápida da maxila aumentando o perímetro do arco, e com a instalação do aparelho ortopédico mecânico, obteve-se uma relação dos dentes em normoclusão, linha média coincidente, ótimo alinhamento e nivelamento dos dentes, e selamento labial passivo. O paciente ficou satisfeito com a estética do sorriso ao final do tratamento e apresentou alterações no perfil facial. De acordo com esse caso clínico, concluiu-se que o tratamento ortopédico com AEB conjugado pode proporcionar excelentes resultados ao tratamento de casos de pacientes em crescimento. 155 – Tratamento ortodôntico com o sistema autoligável em paciente com atresia das arcadas dentárias e apinhamento severo Rita Cátia Brás Bariani; Wilana da Silva Moura; Cristina Lucia Ortolani Feijó (Universidade Paulista – Unip) A expansão dentoalveolar dos arcos dentários constitui uma alternativa para casos que apresentam falta de espaço e não são favoráveis a extrações principalmente devido ao perfil facial do paciente. Essa terapia promove o aumento no perímetro do arco, permite a correção de problemas transversais e possibilita que o nivelamento e alinhamento dentário sejam realizados. Para realizar a expansão dentoalveolar, alguns dispositivos podem ser utilizados como aparelhos removíveis para expansão, quadrihélice, barra transpalatina, placa lábio ativa, expansor mandibular de Prieto e aparelhos fixos autoligados. Algumas vantagens atribuídas ao sistema autoligável são: eliminação dos módulos elastoméricos; redução do atrito, permitindo a aplicação de forças mais leves e resultando em menos efeitos colaterais; menor tempo de inserção do arco, com consequente menor tempo de cadeira; tratamento mais rápido; menor dor e menor número de consultas. O objetivo deste trabalho foi demonstrar os resultados clínicos do uso do sistema autoligado passivo em uma paciente que apresentava perfil reto, má-oclusão de classe I, apinhamento severo de 8 mm e atresia dos arcos maxilar 66 e mandibular. Concluiu-se que, após 26 meses de tratamento, o sistema autoligado foi eficiente na correção, com biomecânica simples sem necessidade de extração. 156 – Protocolo de tratamento com Forsus em paciente adulto classe II por deficiência mandibular Fernando André Barth; Maurício de Almeida Cardoso; Leopoldino Capelozza Filho; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli Valarelli; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) Entre os tratamentos ortodônticos propostos para corrigir a má-oclusão de classe II em pacientes adultos, o protocolo com a compensação dentoalveolar se destaca. A terapia a ser aplicada está relacionada com a gravidade do erro sagital adicionada à desarmonia facial, ambas identificadas pelo paciente e ortodontista. Embora o tratamento compensatório não tenha por objetivo corrigir o perfil facial do paciente, uma mecânica de avanço mandibular permite a protrusão dentoalveolar do arco inferior, propiciando uma redução no desvio sagital que pode, consequentemente, contribuir para o equilíbrio facial. Assim, o presente caso clínico relata o tratamento de uma paciente adulta (idade inicial de 29 anos e nove meses), que apresentava má-oclusão de classe II de Angle, deficiência mandibular, terço inferior da face reduzido e agradabilidade relativa do perfil facial. Foi indicado tratamento ortodôntico corretivo fixo, associado ao propulsor mandibular Forsus, visando particularmente a inclinação dos incisivos inferiores, a fim de diminuir o erro sagital, aumentar a dimensão vertical do terço médio da face, bem como a melhora das relações oclusais e o posicionamento dos tecidos peribucais. Os resultados, após 18 meses de tratamento, mostraram uma melhora das relações oclusais e uma mudança suave na agradabilidade facial, mesmo com o padrão facial sendo comprometido pela deficiência mandibular. Estes resultados mantiveram-se estáveis durante dois anos pós-tratamento, tanto para oclusão como no perfil facial. Assim, o tratamento compensatório provou ser uma mecanoterapia adequada para corrigir a classe II em pacientes adultos, permitindo melhora no equilíbrio da relação oclusal associada aos contornos faciais e tecidos moles. 157 – Influência da tecnologia de impressão 3D no tratamento de caninos inclusos Tanisa Carla Toscano Viana; Luiz Guedes Carvalho Neto; Fatima Roneiva Alves Fonseca; Maria Carolina Bandeira Macena Guedes (Universidade Estadual da Paraíba) Os caninos são dentes de localização e função essenciais ao bom funcionamento do sistema estomatognático, porém, impacções estão associadas, entre outros fatores, à sua complexa trajetória de erupção. O diagnóstico e planejamento do tratamento de caninos inclusos podem ser mais difíceis quando utilizados apenas métodos radiográficos convencionais 2D, o que nos leva a lançar mão de exames tomográficos, que possibilitam a construção de imagens e modelos físicos em 3D. Os biomodelos proporcionam visualização tridimensional com percepção táctil da área estudada e suas relações de proximidades com estruturas adjacentes, como nenhum outro exame fornece. O objetivo deste trabalho foi mostrar um caso de caninos superiores inclusos, a princípio com indicação de extração, segundo a literatura, que após ser avaliado com exames tomográficos e biomodelo, teve seu plano de tratamento modificado pela equipe multidisciplinar – bucomaxilofacial e ortodontista – que se sentiu motivado a realizar o tracionamento, o que ocorreu com sucesso, sem apresentar reabsorções dos caninos, nem de dentes adjacentes. 158 – Tratamento de mordida aberta anterior com extração de pré-molares superiores Nayanne de Jesus Barbara; Gyslainne Aparecida Rodrigues de Aguiar; Ana Paula de Aguiar; Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) A mordida aberta anterior está entre as más-oclusões de maior comprometimento estético-funcional, sendo definido como a presença de um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores (Maia et al, 2008). Sua etiologia é multifatorial e a conduta terapêutica a ser seguida está diretamente relacionada com a etiologia e com a época de intervenção, sendo o protocolo de tratamento diferenciado de acordo com a fase de crescimento dentário do paciente. Pode-se encontrar na literatura uma diversidade de formas de tratamento apoiadas em diferentes mecanismos terapêuticos. Têm-se os aparelhos interceptores e funcionais, aparelho ortodôntico fixo associado ou não a exodontias, elásticos intermaxilares, aparelhos extrabucais, mentoneiras verticais, bite-blocks e tratamento ortodôntico-cirúrgico. Desta forma, este artigo teve por objetivo, relatar um caso clínico de uma paciente adulta classe II com mordida aberta anterior, que foi corrigida com exodontia de dois pré-molares superiores. 67 159 – Aplicação de laser de baixa potência combinado com aparelho de propulsão mandibular para correção da distoclusão mandibular Vitor Hugo Panhóca; Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC-USP) A terapia com laser de baixa potência (TLBP) tem sido muito estudada na Odontologia moderna. Podemos encontrar vários estudos na literatura com o uso da TLBP em analgesia na movimentação ortodôntica. O objetivo deste trabalho foi mostrar um caso clínico em que foi utilizado aparelho de propulsão mandibular combinado à TLBP para estimulação óssea na cabeça da mandíbula para correção de distoclusão mandibular. Foi utilizado um aparelho fixo de propulsão mandibular idealizado pelo autor e aplicado TLBP (780 nm, 70 mW, 105 J/cm2, 60 s, 2.8 J, 1,7 W/cm2 por ponto), em quatro pontos ao redor das ATMs do paciente. Ao final deste tratamento ortodôntico e ortopédico facial, ocorreu correção da distoclusão mandibular. O aparelho de propulsão mandibular combinado à TLBP mostraram-se eficazes na correção ortopédica e dentoalveolar da má-oclusão de classe II conseguindo-se oclusão normal e funcional. 160 – Protração maxilar associada à expansão rápida da maxila para tratamento de classe III Michele Soares Brandão; Cristiane Régis Navarro; Karla Poliana Batista da Silva; Maria Kimiyo Okada; Cristina Yuri Okada (Coesp) Em uma má-oclusão de classe III pode-se encontrar retrusão maxilar e/ou prognatismo mandibular, além de uma associação com atresia maxilar. Nos casos com envolvimento maxilar, pode ser necessária a expansão rápida da maxila (ERM) seguida de protração maxilar. Esse tratamento deve ser realizado o mais precocemente possível, isto é, antes ou por volta do surto de crescimento puberal para que os resultados obtidos apresentem maior estabilidade. Este trabalho objetivou relatar um caso clínico de protração maxilar associada à ERM no tratamento de classe III. Paciente do sexo masculino, melanoderma, com 11 anos e cinco meses de imagem, acompanhado por seus pais, procurou tratamento ortodôntico apresentando dentição permanente, perfil côncavo, falta de projeção do zigomático, má-oclusão de classe III, e mordida cruzada posterior e anterior. Para a correção da classe III foi realizada ERM de 5 mm, utilizando aparelho Hyrax modificado com uma extensão de fio 0,80 mm passando por lingual dos dentes anteriores, seguido do uso da máscara facial de Petit para protração maxilar. Foi observada clinicamente a correção da mordida cruzada posterior e anterior. Cefalometricamente foram observados: melhoria na convexidade facial; aumento do SNA; aumento do ANB; aumento do comprimento efetivo da maxila e, rotação horária da mandíbula. Essas observações permitiram concluir que a ERM seguida da protração maxilar representa uma forma eficiente de tratamento de classe III. 161 – Intrusão anterior inferior com braquete duplo slot Rafael Liotto Soligo; Temístocles Uriarte Zucchi; Thaer Hamid; Chune Avruch Janovich; Ângela Osdeberg; Rafael Liotto Soligo A intrusão ortodôntica de um ou vários dentes exige uma mecânica com forças leves e bom controle dos movimentos indesejados. A utilização de mini-implantes ou aparelhos acessórios para reforço da ancoragem são opções para a resolução deste problema, mas que muitas vezes são desconfortáveis, complexos de serem ajustados ou necessitam da colaboração do paciente. A proposta deste trabalho foi apresentar um caso clínico onde foi utilizada uma mecânica de intrusão dentária eficiente e simplificada utilizando os braquetes autoligados duplo slot. 162 – Intrusão de molar inferior utilizando mini-implantes como ancoragem Leonardo Graboski de Castro; Graziela Lavorato Lima; Andreia Regina Boff Lemos; Juliana Volpato Curi Paccini; Hediberton Alves de Aguiar; Fabricio Pinelli Valarelli (Soep/ Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) Atualmente é bastante frequente a procura por tratamento ortodôntico de pacientes que apresentam extrusão de molares por perda de dentes antagonistas. As consequências dessa extrusão são diversas, e podem acarretar problemas como distúrbios funcionais e impossibilidade de reabilitação protética do dente antagonista. A literatura tem mostrado inúmeros trabalhos a respeito da intrusão de molares superiores por meio de ancoragem esquelética. Entretanto, há uma escassez de trabalhos que mostram a intrusão de molares inferiores previamente extruídos por perda do antagonista, e as dificuldades encontradas relativas à mecânica ortodôntica empregada no procedimento intrusivo. 68 163 – Mesialização dos molares inferiores com o uso dos mini-implantes Carlos Roberto Dutra; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas; Claudia Cristina da Silva; Rodrigo Hermont Cançado (Uningá – Maringá/PR) A procura do tratamento ortodôntico por pacientes adultos tem aumentado nos dias atuais. Os espaços edêntulos, por perdas prematuras de dentes permanentes, tem levado os profissionais a uma avaliação minuciosa para saber qual é a melhor opção para reabilitar esses pacientes, ou seja, com próteses ou através do fechamento dos espaços pela movimentação dos dentes adjacentes. Este artigo teve por objetivo relatar um caso clínico onde foi realizada a mecânica de mesialização de segundos e terceiros molares inferiores, como opção para o tratamento do fechamento de espaços pela perda dos primeiros molares inferiores. Foram instalados dois mini-implantes na região dos pré-molares inferiores, para a eliminação dos efeitos colaterais provenientes da mesialização dos molares. A escolha por esse tratamento se deu principalmente pela objeção da paciente à reabilitação com prótese sobre implante. O tratamento obteve resultados bastante satisfatórios, com o completo fechamento dos espaços e sem efeitos colaterais. 164 – Classe III de Angle com correção cirúrgica Izabelle Gino David Jorge; Pedro Eduardo de Sousa; Alessandra Pires Duarte; Selly Sayuri Suzuki; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) A cirurgia ortognática é utilizada para o tratamento de más-oclusões em que as bases ósseas estão mau posicionadas entre si, e o paciente já não pode mais utilizar aparelhos ortopédicos para a correção. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso clínico em que foi realizada a cirurgia ortognática para o reposicionamento dos maxilares para melhorar a estética. Paciente com30 anos de idade, sexo feminino, compareceu à Odontoclin com a queixa principal de que os dentes de baixo estavam à frente dos de cima, e ausências dentárias. Na cefalometria observou-se uma discrepância entre os maxilares e a base do crânio. A paciente foi então preparada para a cirurgia ortognática utilizando-se a mecânica de deslize para o fechamento dos espaços, braquetes straight wire slot .022'', e foi descompensada para depois ser submetida à cirurgia. As ba- ses ósseas foram colocadas na posição ideal, seguindo o padrão de beleza brasileiro. A paciente ficou muito satisfeita com o resultado e continua fazendo o controle necessário pós-cirúrgico. A cirurgia ortognática é uma ótima opção, quando bem indicada, planejada e executada em pacientes que desejam melhorar a estética e a função. 165 – Tratamento de paciente padrão face curta com uso de propulsor Power Scope Izabelle Gino David Jorge; Alexandre Magno dos Santos; Stephanie Lorraine de Lima Urbano; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) A má-oclusão de classe II mandibular pode ser tratada através de forças ortopédicas sagitais, sendo que o aparelho de protração mandibular desempenha essa função quando fixo, tornando o mecanismo livre da colaboração do paciente, e projetando a mandíbula constantemente durante suas funcionalidades e repouso. Como resultado, tem-se o efeito ortopédico, remodelação da ATM e um grau variado de compensação dentoalveolar. O objetivo deste relato de caso é evidenciar como a utilização de propulsores mandibulares reposiciona os dentes nas bases ósseas para uma posição mais favorável e, por consequência, torna o perfil do paciente mais harmonioso. Paciente com 18 anos de idade, sexo feminino, compareceu ao consultório odontológico para tratamento ortodôntico. Durante análise das fotos extrabucais foi classificada como padrão face curta, birretrusa, com perfil pouco convexo e dimensão vertical diminuída. No exame clínico intrabucal constatou-se que a paciente estava em fase de dentição permanente e apresentava relação dentária de classe II, subdivisão esquerda, pequenos apinhamentos no arco inferior e dente 23 em vestibuloversão. Foi proposto o alinhamento e nivelamento progressivo superior e inferior (até o arco 0,019” x 0,025” de aço), e a utilização do propulsor mandibular fixo do tipo Power Scope. Foi instalado o aparelho fixo superior a fim de promover o alinhamento e nivelamento, e após três meses o aparelho inferior. Ambos os arcos foram progredidos até o arco 0,019’’ x 0,025’’ de aço. Em seguida, foi instalado o aparelho Power Scope, sendo solicitado ao paciente simular a protrusão mandibular levando os incisivos até a uma posição de topo de modo que a linha média superior e inferior estivessem coincidindo. O aparelho encaixa-se diretamente ao arco e pode-se observar uma total desoclusão da mordida posterior no momento da ativação. 69 O tratamento com o Power Scope instalado durou quatro meses e, após a remoção, um elástico de classe II e de intercuspidação foi utilizado durante três meses para melhorar o encaixe posterior e estabilizar o resultado. O tempo total de tratamento foi de 18 meses, onde foi observada a correção completa da classe II, melhora da birretrusão dentária, esta, claramente evidenciada nas medidas cefalométricas, no fechamento do ângulo interincisal e na comparação das telerradiografias iniciais e finais. Concluiu-se que o fechamento do ângulo interincisal é fundamental para a estabilidade da birretrusão e da sobremordida de pacientes padrão face curta. O Power Scope pode ser uma excelente ferramenta para obtenção destes resultados. 166 – Condutas clínicas no tracionamento de incisivo superior: estabilidade de 24 meses Bianca Zeponi Fernandes de Mello; Claudia Cristina da Silva; Mayara Paim Patel; Maria Aparecida Andrade Moreira Machado; Thais Marchini de Oliveira; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete, Bauru) Quando a irrupção dos incisivos permanentes não acontece no tempo esperado, é indispensável que o clínico determine a etiologia desta condição e proponha um plano de tratamento adequado para o paciente. Para se obter um diagnóstico preciso é necessário um adequado exame clínico e radiográfico. O objetivo deste trabalho foi relatar o tratamento realizado em um paciento do sexo masculino, nove anos de idade, que apresentava atraso na irrupção do incisivo permanente superior esquerdo. Foram realizados exames radiográficos e a tomografia computadorizada, que mostraram a posição horizontal intraóssea deste dente e revelou a possibilidade do tracionamento para obtenção da sua posição normal no arco. O tratamento proposto foi a utilização de uma placa removível de tracionamento com batente oclusal a partir do uso de elástico se apoiando na placa e em um botão na face palatina do dente 21. Depois de visualizada a coroa do dente na cavidade bucal, foi possível realizar a colagem do aparelho fixo para atingir o posicionamento correto dos incisivos superiores, possibilitando uma oclusão aceitável e um sorriso harmônico para o paciente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado possibilitaram a irrupção e o posicionamento natural do dente incluso, evitando técnicas cirúrgicas invasivas e resultando em uma boa condição estética e periodontal. 167 – O uso da tomografia computadorizada no diagnóstico de canino retido Domingos Augusto Alonso Vieira; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Claudia Cristina da Silva; Marcelo Junior Zanda; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá – Maringá/PR) Além dos exames radiológicos, outros métodos de diagnóstico mais precisos podem ser utilizados para localização de dentes impactados. A presença desses dentes é fator de risco para reabsorções radiculares e pode causar danos irreversíveis aos dentes adjacentes, caso estejam em uma posição desfavorável ao tracionamento. É de suma importância utilizar-se de imagens precisas para se chegar a um correto posicionamento dos dentes impactados. A tomografia computadorizada possibilita ao ortodontista visualizar tridimensialmente todas as regiões da boca, e com isso elaborar um plano de tratamento. Neste caso clínico, a tomografia computadorizada foi essencial para elaboração de um correto plano de tratamento, sem causar danos a estruturas adjacentes e ao dente, possibilitando uma correta mecânica ortodôntica e consequente sucesso do plano de tratamento. No exame clínico intrabucal, foi constatada a presença de mordida cruzada posterior unilateral do lado direito e má-oclusão de classe II, primeira divisão, subdivisão direita. Na vista oclusal, verificou-se um apinhamento moderado na região anteroinferior, com a ausência do canino superior direito. Após a análise da documentação ortodôntica, foi pedida uma tomografia computadorizada da maxila, para melhor visualização do canino retido e a sua relação com os dentes e estruturas adjacentes. Após avaliação da tomografia computadorizada, verificou-se que o canino impactado estava bem próximo do incisivo lateral, porém, sem nenhuma alteração nos dentes e estruturas adjacentes. Dessa forma, foi planejado o tratamento com expansor Hyrax, abertura de espaço na área do canino retido com mola aberta e alinhamento, nivelamento, tracionamento e intercuspidação. Ao final do tratamento, foi observada relação de classe I bilateral. Os dentes apresentavam um bom alinhamento/nivelamento e boa intercuspidação. A paciente apresentava estética do sorriso e boa harmonia facial. A tomografia computadorizada mostrou-se uma ferramenta de diagnóstico indispensável nos dias atuais para os casos de dentes impactados, pois fornece uma imagem tridimensional, favorecendo a visualização dos dentes adjacentes e a correta posição do canino. Sendo assim, pode ser elaborado um plano de tratamento preciso e seguro e consequentemente um melhor resultado final do tratamento. 70 168 – Tratamento da classe II em paciente vertical Domingos Augusto Alonso Vieira; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Maria Fernanda Antônio Silva; Danilo Pinelli Valarelli; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá – Maringá/PR) A má-oclusão de classe II é uma das mais encontradas nos consultórios de Ortodontia, sendo que, quando relacionada à pacientes com padrão facial vertical, torna-se um desafio para o profissional. O diagnóstico e o planejamento devem ser bem executados. Nesse trabalho será apresentado o tratamento em uma paciente vertical, pós-puberal, realizado em duas fases, na primeira com o AEB tração alta associado com o ativador, e posteriormente o tratamento com aparelho fixo convencional. No final do tratamento foi obtida a correção da má-oclusão com melhora do perfil da paciente. Houve melhora do sorriso com grande harmonia da face. Na radiografia panorâmica observou-se a presença dos terceiros molares e o aspecto normal dos dentes e estruturas adjacentes. Após a análise da documentação ortodôntica, foi pedida uma radiografia carpal da mão direita, para um melhor estudo da fase de crescimento. Após avaliação, verificou-se que essa paciente encontrava-se na fase pós-puberal de crescimento, observado pela presença do processo ganchoso. No início do tratamento foi proposto o uso do ativador de Andreasen. O ativador consiste em um aparelho removível com arco vestibular, e o parafuso expansor no palato com placa acrílica que no decorrer do tratamento foi desgastado conforme as necessidades. O ativador foi usado por 12 meses. Mensalmente foi realizada a ativação de 2/4 de voltas, e o desgaste da placa acrílica com o objetivo de guiar a erupção dentária. Simultaneamente ao ativador foi utilizado o AEB de tração alta com o objetivo de controlar o desenvolvimento vertical da parte posterior da maxila. Após um ano de tratamento removeu-se o aparelho ativador. Foi realizada a colagem dos braquetes superiores e inferiores, prescrição Roth 0,022” X 0,028”. O alinhamento e o nivelamento foram efetuados com a sequência de arcos de níquel titânio do 0,012” ao 0,020”. Foi utilizado elástico de classe II 3/16” de força média (uso noturno) bilateral e elásticos em cadeia para fechamento de espaços. Obteve-se a relação molar e canino de classe I bilateral. A paciente teve melhora no selamento labial e o perfil apresentou-se mais harmonioso. Os componentes esqueléticos não sofreram alterações, porém, os incisivos superiores sofreram lingualização e os molares distalização. Após o término do tratamento foi removido o aparelho e instalado o 3 x 3 inferior e a Hawley superior. No final do tratamento foi obtida a correção da má-oclusão com a melhora do perfil da paciente. Houve melhora do sorriso com grande harmonia da face. Seu sucesso está relacionado ao correto diagnóstico clínico. Os objetivos foram alcançados. A correta aplicação de diferentes vetores de força no aparelho extrabucal corrigiu a má-oclusão de classe II sem agravar o padrão facial vertical da paciente. 169 – Distrator osteossuportado na expansão cirúrgica da maxila Domingos Augusto Alonso Vieira; Victor Prado Curvêllo; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Thais Marchini de Oliveira; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá – Maringá/PR) A correção da deficiência esquelética transversal da maxila nos pacientes adultos é vista como um grande desafio pelos ortodontistas. Convencionalmente, os parafusos expansores são ancorados nos dentes posteriores. Os dentes e os tecidos adjacentes podem sofrer efeitos colaterais e grandes sequelas, principalmente em pacientes com problemas periodontais. Este trabalho teve como objetivo relatar o tratamento de um paciente adulto com mordida cruzada bilateral utilizando a técnica de osteotomia tipo Le Fort I associada ao uso do distrator osteossuportado. Esses distratores são posicionados diretamente no osso palatino durante o procedimento cirúrgico com a finalidade de direcionar as forças aplicadas e minimizar as injúrias causadas pelo protocolo de expansão. No exame clínico intrabucal, foi diagnosticada uma má-oclusão classe III de subdivisão direita com mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior bilateral e sobressaliência acentuada. A expansão maxilar foi realizada em ambiente hospitalar. O parafuso de fixação do distrator foi fixado entre as raízes dos dentes 14 e 15, 24 e 25 com parafuso de 14 mm. O distrator utilizado foi o Smile 3 Distractor (Titamed). Iniciou-se a osteotomia tipo Le Fort I liberando os pilares caninos, zigomáticos e pterigomaxilares bilateralmente, e seguiu-se com a liberação da sutura maxilar. Após cinco dias da cirurgia, iniciou-se a ativação do distrator: 0,3 mm de manhã e 0,3 mm à noite. Ao atingir a sobrecorreção da mordida cruzada (12 mm neste caso), travou-se a movimentação do parafuso. Aguardou-se um período de seis meses, onde obteve-se o reparo ósseo na região da sutura maxilar. 71 No período de estabilidade da expansão e formação óssea, iniciou-se a colagem dos acessórios ortodônticos para alinhamento e nivelamento dentário. O paciente apresentava recessões generalizadas nos dentes posteriores, diagnosticadas previamente ao procedimento de expansão. O uso dos distratores convencionais dentossuportados, levaria à sequelas indesejáveis ao periodonto. A técnica escolhida foi a expansão cirúrgica junto com o uso do distrator osteossuportado. O aparelho propicia uma expansão mais segura e previsível, quando comparada com os métodos tradicionais sendo, desta forma, uma boa opção para o profissional que deseja corrigir a deficiência transversal do paciente sem correr os riscos de se obter movimentações dentárias indesejadas, e aumentar os danos periodontais. A expansão esquelética ou expansão palatal rápida assistida cirurgicamente, com o uso do distrator osteossuportado é, sem dúvida, a melhor opção de tratamento para os casos de histórico de problemas periodontais. 170 – Expansão rápida da maxila com aparelho de Haas modificado para tracionamento de incisivo central retido. José Gregorio Pelayo Guerra; Adriano Lia Mondelli; Karine Laskos Sakoda; Maria Dorotéa Pires Neves Cury; Sérgio Elias Neves Cury (Instituto Mondelli de Odontologia) A retenção dos incisivos superiores é uma anomalia que requer interceptação precoce e é um desafio na clínica ortodôntica. Dentre os elementos dentários que são acometidos por essa condição, os incisivos superiores são os mais facilmente diagnosticados pelos pais e pelas próprias crianças na fase da dentadura mista. Além disso, devido à localização dos incisivos, quando retidos, representam um fator determinante na deterioração da estética. Quando os incisivos não irromperem no tempo esperado, é extremamente importante para o clínico determinar a etiologia e formular o planejamento mais apropriado. As alternativas de tratamento para induzir a irrupção dos incisivos retidos incluem: 1) induzir a irrupção em sua posição correta com um tracionamento ortodôntico; 2) extração do incisivo retido e fechamento de espaços pela substituição do incisivo lateral pelo incisivo central, com a posterior restauração protética; 3) extração do dente retido e reposição cirúrgica do mesmo; 4) extração do dente retido e realização de um transplante autólogo de um pré-molar; 5) extração do incisivo retido e reabilitação com um implante. O objetivo deste estudo foi apresentar o caso clínico de um paciente do sexo masculino, 10 anos e 8 meses de idade, que apresentava um incisivo central superior direito retido, e uma atresia transversal maxilar, tratada por meio de uma expansão rápida da maxila com disjuntor de Haas modificado, para o tracionamento do incisivo. Foi indicada uma ativação de três quartos de volta por dia (0,75 mm) até obter uma relação transversal posterior ideal interarcos, e consequentemente uma melhora no comprimento do perímetro ósseo. Quando a quantidade de espaço foi atingida, o paciente foi encaminhado para o cirurgião para expor o incisivo retido. Depois de uma semana foi começado o tracionamento do incisivo por meio de um elástico intermaxilar um quarto leve conectado a um amarilho metálico 0,010”, e tracionado com uma força de 60 g/ força até o gancho colocado no acrílico palatino do Haas. Depois, foi trocado por um elástico corrente mantendo a mesma força inicial até atingir o posicionamento vertical desejado. Seguiu-se com a remoção do botão e o encaminhamento para a área de Dentística para fazer uma restauração, devolvendo a anatomia correta, e permitindo o posicionamento do braquete corretamente, para finalmente remover o Haas. Pôde se concluir que, a exposição cirúrgica conservadora e tracionamento ortodôntico, é um tratamento efetivo quando se apresenta uma atresia de maxila, que pode ser combinado com uma expansão rápida de maxila escolhendo o aparelho de Haas por apresentar uma estrutura facilmente modificável. 171 – Verticalização de segundos molares inferiores com mini-implante em ramo ascendente Daniel Ferraz Biesemeyer; Mauricio dos Santos Souza; Juliana O. D'Icarahy Araki; Wilson Humio Murata (Universidade Cruzeiro do Sul – Unicsul) Paciente com 11 anos e cinco meses de idade, apresentava discrepância posterior negativa com retenção dos segundos molares inferiores bilateralmente, devido à mesioinclinação e infraoclusão dos elementos mencionados. Ambos os terceiros molares inferiores não estavam totalmente formados, porém, já apresentavam mesioinclinação, o que impediria a erupção dos segundos molares, agravando mais a discrepância posterior da paciente. Foi decidido pela exodontia precoce dos terceiros molares inferiores, direito e esquerdo. Durante o ato cirúrgico foram instalados mini-implantes bilateralmente no ramo ascendente da mandíbula. Ainda no mesmo ato cirúrgico, foram expostas as coroas clínicas dos segundos molares inferiores direito 72 e esquerdo por meio de laser cirúrgico de alta potência (DMC) para diminuir o sangramento e facilitar a colagem de botão, para o tracionamento desses elementos. Os elásticos foram trocados mensalmente e o botão foi reposicionado apenas uma vez bilateralmente. Após sete meses de tratamento, ambos os segundos molares inferiores já haviam corrigido suas inclinações, e estavam aptos a colar o tubo vestibular para serem incluídos no arco. 172 – Abordagem da impactação do canino permanente superior por palatino Lucia Hatsue Yamamoto Nagai; Flavio Toshiki Shido; Mario Cappellette; Roberta Lopes Gomes Cesário; Renata Fonseca Lacerda Muniz; Luciana Cappellette Monteiro Fernandes (Soesp) Não obstante, ainda existem profissionais que evitam qualquer tipo de máscara facial. Este caso clínico demonstra como este dispositivo é extremamente eficiente, quando o caso for bem diagnosticado e planejado. 174 – Tratamento da mordida aberta anterior com Multiloop Edgewise Arch Wire (Meaw) Arón Aliaga-Del Castillo; Luciano Soldevilla; Lorena Souza; Guilherme Janson; Luis Angel García-Gonzales (FOB-USP) Uma sequência favorável, ou mesmo o trajeto de erupção dentária, pode ser quebrada por algum distúrbio durante o período da dentadura mista, conduzindo a impactação de dentes permanentes. Estudos relatam que o canino superior permanente é o segundo, depois dos terceiros molares, na prevalência de dentes impactados, especialmente na região palatina (80% a 90%), mesmo na presença de espaço suficiente para o seu alinhamento na arcada dentária. Na impossibilidade do diagnóstico precoce, esforços serão empregados para reposicionar o dente no arco dentário dada a sua importância no estabelecimento e manutenção da forma e função do arco dentário, sendo sua presença fundamental para o estabelecimento de uma oclusão funcional balanceada, além da estética e harmonia facial. O objetivo foi relatar caso clínico abordando as fases de diagnóstico, exposição cirúrgica e colocação de um acessório para posterior tracionamento. A mordida aberta anterior é uma má-oclusão difícil de tratar devido à sua etiologia multifatorial. Com o passar dos anos, vários protocolos de tratamento foram desenvolvido. A terapia com Multilloop Edgewise Arch Wire (Meaw) baseia-se na eliminação da discrepância posterior, reconstrução do plano oclusal e no reposicionamento mandibular. O objetivo do presente trabalho foi relatar o caso de um paciente do sexo masculino, 13 anos e seis meses de idade, diagnosticado com hábito de interposição lingual, mordida aberta anterior severa e classe II esquelética, sobressaliência de 12 mm, mordida aberta anterior de 7 mm e padrão de crescimento vertical. O paciente apresentava histórico de terapia com expansão rápida da maxila e grade palatina. O objetivo principal do tratamento foi corrigir a mordida aberta anterior e promover uma adequada intercuspidação. Após as fases de alinhamento e nivelamento, os arcos Meaw foram utilizados juntamente com elásticos anteriores e de classe II. A correção da mordida aberta anterior e da relação sagital foi obtida aos dez meses de tratamento, atingindo resultados estéticos e funcionais. A terapia com Meaw mostrou-se uma alternativa eficiente para o tratamento da mordida aberta anterior severa. 173 – Máscara facial Bruna Silva da Rocha; Camilla Macedo Couto Bedran de Castro; Elisabeth Mendes Lima Carrascoza Brito; Mateus de Abreu Pereira; Marco Antonio Mattar; Fábio Schemann-Miguel (ABO Osasco) 175 – Distalização de molares superiores com a utilização de mini-implantes no palato Arón Aliaga-Del Castillo; Lorena Souza; Guido Marañón-Vásquez; Luciano Soldevilla; Guilherme Janson (FOB-USP) A má-oclusão esquelética de classe III, quando diagnosticada tardiamente, pode ter como consequência uma intervenção cirúrgica. Deste modo, um diagnóstico precoce possibilita uma intervenção ortopédica; que é feita na maioria dos casos com a máscara facial. Esta, apesar de ser considerada desconfortável e não estética, quando bem empregada e com a colaboração do paciente, apresenta resultado final satisfatório, tanto no aspecto funcional como estético, melhorando a autoestima do paciente. Dentre as diversas formas de tratar a má-oclusão de classe II, está a distalização de molares superiores com dispositivos intrabucais fixos, que é uma mecânica rápida e principalmente com baixa dependência da colaboração do paciente. No entanto, estes aparelhos apresentam efeitos indesejáveis como a perda de ancoragem caracterizada pela mesialização dos pré-molares e inclinação vestibular dos dentes anteriores. Para reduzir estes efeitos, 73 distalizadores com dispositivos de ancoragem esquelética são utilizados. O distalizador Dual Force ancorado a mini-implantes, além que preservar ancoragem anterior, exerce força por vestibular e por palatino, anulando efeitos de rotação no molar superior. O objetivo deste trabalho foi apresentar o caso de uma paciente do sexo feminino, 17 anos e um mês de idade, perfil convexo, relação molar de meia classe II, com suave retrognatismo mandibular. Não havendo grande discrepância esquelética e queixa do perfil facial, optou-se por tratar a má-oclusão de classe II com distalização dos molares superiores. A distalização foi realizada com o Dual Force ancorado a mini-implantes instalados no palato concomitante à utilização do aparelho ortodôntico fixo convencional. O período de distalização durou 5,5 meses e o tempo total de tratamento foi de dois anos e quatro meses. Os objetivos do tratamento foram alcançados e o Dual Force com ancoragem esquelética foi efetivo na movimentação distal dos molares superiores, minimizando os efeitos indesejáveis da mecânica de distalização e a necessidade de colaboração por parte da paciente. quanto no perfil facial, nesse caso a mentoplastia é usada no tratamento de deformidades do queixo. Proposição: o objetivo deste trabalho foi apresentar o caso clínico de uma abordagem multidisciplinar no tratamento de um paciente adulto jovem. Relato do caso: paciente, 32 anos de idade, classe II esquelética, apresentando biprotrusão dentoalveolar, perdas dentárias inferior posterior e sorriso gengival. O plano de tratamento foi dividido em três etapas: primeiramente foi solicitada instalação de implantes dentários na região inferior posterior para ancoragem dentária com coroas provisórias para servirem como ancoragem durante a retração anterior inferior; posteriormente foram instalados mini-implantes para intrusão de molares superiores; e na terceira fase mini-implantes superiores para ancoragem e retração superior após exodontia dos elementos 14 e 24. Resultados: na fase final do tratamento, a paciente foi submetida à correção cirúrgica de mentoplastia. Conclusão: o tratamento ortodôntico multidisciplinar representa uma abordagem eficiente no tratamento de indivíduos com discrepâncias dentárias, esqueléticas e múltiplas perdas dentárias associadas. 176 – Tratamento multidisciplinar em uma paciente adulta com biprotrusão, sorriso gengival e perdas dentárias Isabela Maria Laubenstein Pereira; Hideo Suzuki; Selly Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade São Leopoldo Mandic) 177 – Extração de primeiros molares permanentes Adriana de Fatima Lazaro Oliveira Souza; Fabrício Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont Cançado; Fabiana Lopes Pazian; Déric Meschiari Batista; Karina Maria Salvatore de Freitas (Uningá) Introdução: o tratamento em pacientes adultos com diversas ausências dentárias é um grande desafio para o ortodontista, uma vez que o correto diagnóstico e planejamento do caso são de fundamental importância para o sucesso do tratamento, pois, muitas vezes, envolve um tratamento multidisciplinar. Em diversas ocasiões, as perdas dentárias resultam em movimentações dentárias adjacentes dificultando a reabilitação protética. Nesses casos, os mini-implantes auxiliam o ortodontista a realizar intrusão dentária e ancoragem esquelética, quando necessária. Os implantes dentários são uma opção para a reabilitação dos espaços edêntulos e podem ser usados como pilar de ancoragem durante o tratamento ortodôntico. Contudo, apesar das intervenções ortodônticas e protéticas, muitas vezes a estética facial ainda não foi alcançada. A beleza facial depende da forma, proporção e harmonia das bases ósseas que formam a face. O mento ocupa uma posição de destaque no terço inferior da face, tanto na visão frontal, A extração de primeiros molares permanentes não deve ser o procedimento terapêutico de excelência, porém, situações que apresentam comprometimento desses dentes requerem uma reflexão acerca desta proposta. É comum a presença de pré-molares hígidos associados a primeiros molares com algum tipo de alteração, que podem ser cáries extensas, tratamento endodôntico, problemas periodontais ou periapicais, ou mesmo a ausência de um ou mais primeiros molares. Nestes casos, e a partir de um diagnóstico criterioso, a extração de primeiros molares permanentes pode ser uma excelente via de tratamento. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de paciente biprotrusa tratada ortodonticamente com extração dos quatro primeiros molares permanentes. Os resultados obtidos foram o apinhamento solucionado, a protrusão dos dentes diminuída, o perfil diminuiu a convexidade e melhorou a harmonia da face e do sorriso da paciente, com estabilidade após nove meses do término do tratamento. 74 178 – Tratamento da mordida aberta anterior com o auxílio da ancoragem esquelética absoluta (mini-implantes) Ana Lucia Fernandes da Silva; Paula Cotrin; Joubert de Souza Melo; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Fabricio Pinelli Valarelli (Uningá) O tratamento ortodôntico da mordida aberta anterior em indivíduos adultos apresenta muitas limitações, e a terapêutica adequada seria a cirurgia, mas por razões econômicas ou psicológicas alguns indivíduos a rejeitam como forma de tratamento. Diante da necessidade desses indivíduos, resta a possibilidade do tratamento ortodôntico compensatório. O presente trabalho teve por objetivo apresentar o tratamento de um caso clínico de mordida aberta anterior usando mini-implantes como ancoragem. 179 – Uso de mini-implantes ortodônticos na intrusão simultânea do segundo prémolar e primeiro molar superiores direitos Eduardo Chen Yhung Wong; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) Introdução: o uso de mini-implantes ortodônticos oferece a possibilidade de se realizar uma ancoragem esquelética trazendo novas perspectivas para alcançar um bom resultado nos tratamentos ortodônticos atuais, principalmente nos casos em que é necessário realizar a intrusão de um dente ou de um grupo de dentes simultaneamente. A necessidade de intrusão dos dentes posteriores ocorre, principalmente, em função da perda de unidade antagonista ou quando há excesso vertical na região posterior. Quando comparada à intrusão de dentes anteriores, a intrusão na região posterior é um movimento mais difícil de ser obtido, devido ao maior volume radicular dos molares e pré-molares, o que proporciona maior reação do osso alveolar e maior tempo de tratamento. O controle tridimensional da posição dos dentes é fundamental para o sucesso da intrusão posterior. Objetivo: mostrar a utilização clínica dos mini-implantes ortodônticos como alternativa para a intrusão de pré-molar e molar superiores. Métodos: utilizou-se dois mini-implantes da marca Conexão de 8 mm de comprimento, 1,5 mm de diâmetro e 1,0 mm de perfil transmucoso na vestibular, e mais dois mini-implantes de 8 mm de comprimento, 1,5 mm de diâmetro e 2,0 mm de perfil transmucoso na palatina, mostrando efetivi- dade e grande sucesso no trabalho realizado. Conclusão: o uso de mini-implantes para intrusão de molares e pré-molares superiores como elementos de ancoragem esquelética permite empregar uma mecânica ortodôntica mais simples, trazendo novas perspectivas para os tratamentos ortodônticos. Porém, exige conhecimento de biomecânica para sua correta aplicação. 180 – Colagem indireta do aparelho ortodôntico: moldeiras de cola quente versus placa dupla de silicone e acetato Eduardo Chen Yhung Wong; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino Odontológico) Introdução: o emprego da colagem indireta tem se tornado a cada dia mais útil na clínica ortodôntica, visto que possibilita um posicionamento mais adequado dos braquetes, diminuindo o risco de efeitos indesejados durante o tratamento, efetiva aplicação da biomecânica, utilização total do potencial dos aparelhos ortodônticos e finalização adequada do caso. Objetivo: apresentar um caso clínico com a utilização de colagem indireta de duas formas, sendo uma na arcada superior e outra na inferior, descrevendo o passo a passo da colagem indireta. Caso clínico: 1) fez-se as demarcações do longo eixo dos dentes e da altura para a colagem dos braquetes, e para a fixação dos braquetes no modelo utilizou-se neste trabalho resina Transbond XT (3M Unitek) na arcada superior e cola solúvel (cola branca) na arcada inferior. Arcada superior: a) placa de silicone de 1 mm em uma máquina Vacuum Forming; b) o modelo foi lubrificado com silicone em spray; c) placa de acetato de 1,5 mm por cima da placa anterior. Moldeira pronta, segmentada em três partes, uma anterior e duas posteriores. Arcada inferior: a) cola quente nos braquetes de modo que os cubra – obtenção da moldeira; b) moldeira pronta: segmentou-se em duas partes (central e pré-molares de cada lado); c) removeu-se a moldeira, os braquetes foram limpos com acetona pura comprada em farmácia de manipulação. 2) profilaxia prévia com taça de borracha e pasta profilática, condicionamento da superfície do esmalte com ácido fosfórico a 37% durante 30 segundos; 3) a colagem dos braquetes nos dentes foi realizada com resina fotopolimerizável na base dos braquetes; 4) utilizou-se o fotopolimerizador por cerca de 40 segundos por dente. 5) Removeu-se as moldeiras que foram fotopolimerizadas por mais 40 segundos por dente. Conclusão: em 75 ambas as técnicas foi possível observar sucesso na colagem dos braquetes, contudo, o que difere uma técnica da outra foi a facilidade tanto de confecção quanto de instalação dos braquetes utilizando-se a moldeira de cola quente. 181 – Correção da má-oclusão de classe II em paciente jovem com propulsor mandibular João Antonio Silva Medeiros; Rogério de Almeida Penhavel; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin; Eduardo Ledoux Gava; Fabricio Pinelli Valarelli; Adriano Garcia Bandeca (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe II representa um dos problemas mais comuns da Ortodontia. É caracterizada por um posicionamento mais posterior dos dentes inferiores e/ou da mandíbula em relação aos dentes superiores e/ou da maxila. Essa discrepância sagital pode ocorrer por fatores diferentes, sendo assim, a abordagem do tratamento irá variar e depender de um correto diagnóstico e planejamento. O relato do presente caso clínico visa descrever a utilização do aparelho funcional fixo Twin Force Bite Corrector (TFBC), um propulsor mandibular indicado para os casos de má-oclusão de classe II, em que a sua resolução se dará por compensação dentoalveolar inferior. 182 – Tratamento da má-oclusão de classe II utilizando aparelho funcional fixo Twin Force João Antonio Silva Medeiros; Soraia Hopfner Canani; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel; Rogério Almeida Penhavel; Adriano Garcia Bandeca (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe II representa um dos problemas mais comuns na prática ortodôntica, na maioria dos casos, ocasionada por retrusão mandibular. O objetivo deste trabalho foi apresentar o tratamento de uma má-oclusão de três quartos de classe II utilizando um aparelho funcional fixo, o Twin Force. Paciente do sexo masculino, 14 anos de idade, com presença de três quartos classe II, apinhamentos e sobremordida profunda. No primeiro momento foi realizado alinhamento e nivelamento dos arcos, após 13 meses de tratamento foi instalado o Twin Force para a correção da classe II, após três meses o dispositivo foi removido e foi inserido o uso de elásticos intermaxilares para controle. Ao final do tratamento pode-se observar a correção da má-oclusão, grande melhora do perfil do paciente e a estética e função restabelecidas. 183 – Tratamento ortodôntico da mordida aberta anterior por meio de extrações dentárias João Antonio Silva Medeiros; Fabrício Pinelli Valarelli; Danilo Pinelli Valarelli; Mariana Lopes Côrrea; Soraya Rolim Mouammar; Mayara Paim Patel (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A mordida aberta anterior é a presença de um trespasse vertical negativo existente entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. É uma má-oclusão difícil de ser tratada e de estabilidade duvidosa, porém, quando extrações dentárias são cuidadosamente planejadas, o resultado tende a se manter por mais tempo. O objetivo deste trabalho foi mostrar o tratamento de um caso clínico de má-oclusão de classe II com mordida aberta que foi tratado com extrações de primeiros pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores. Paciente de 25 anos de idade, sexo feminino, procurou por tratamento ortodôntico tendo como queixa principal a mordida aberta anterior. Foi então encaminhada para extração dos primeiros pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores. Foi instalado aparelho fixo pré-ajustado e em seguida realizou-se o alinhamento e nivelamento dos arcos dentários. A retração do segmento anterior iniciou-se no arco retangular de aço associado ao elástico corrente, e elásticos intermaxilares para a correção da classe II. Ao final do fechamento dos espaços, foi realizada a finalização com elásticos de intercuspidação. Ao final do tratamento ortodôntico corretivo observou-se correção no sentido vertical, sagital e transversal. Os caninos e molares finalizaram em classe I e houve uma sobrecorreção do trespasse vertical a fim de manter estável a correção da mordida aberta anterior. 184 – Compensação da má-oclusão de classe III esquelética por meio da prescrição biofuncional João Antonio Silva Medeiros; Danilo Pinelli Valarelli; Rogério Almeida Penhavel; Cristina de Almeida Paschotto Pezzo Marin; Adriano Garcia Bandeca; Mayara Paim Patel (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão esquelética de classe III , em sua grande maioria, apresenta-se acompanhada de compensações dentoalveolares caracterizada pela lingualização dos incisivos inferiores e vestibularização dos incisivos superiores. A exarcebação destas compensações pode trazer resultados estéticos insatisfatórios, como a planificação ou reversão do smile arc e consequen- 76 te menor exposição dos incisivos superiores no sorriso. Diferentemente de algumas prescrições indicadas para compensações da classe III, a prescrição biofuncional apresenta inclinação vestibular de coroa nos incisivos inferiores e inclinação lingual de coroa nos incisivos superiores, além de 0° na angulação dos incisivos inferiores, que promovem uma força oposta à forca promovida pelos elásticos intermaxilares de classe III, durante a fase dos arcos retangulares, exercendo a função de torque resistente. O resultado ao final do tratamento é a correção da má-oclusão, com os incisivos em ótima posição em suas bases ósseas e grande harmonia facial e do sorriso. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de má-oclusão de classe III esquelética tratado com a técnica biofuncional para classe III, após insucesso do tratamento ortopédico. 185 – Eficiência no tratamento da classe II por meio da extração de dois pré-molares superiores Milene Chehter; Alexandre Moura Serrano; Mayara Paim Patel; Flavio Augusto CotrimFerreira; Flávio Vellini Ferreira; Andréa Louzada Suster (Instituto Vellini) Em sua pesquisa Angle relatou que 19% de sua amostra, 1.000 caucasianos, foram diagnosticados com má-oclusão classe II de Angle, primeira divisão. Apesar de não ser a mais frequente, é a que tem maior procura por tratamento devido ao maior comprometimento estético facial. Angle, no início do século 20, defendeu o tratamento ortodôntico sem extrações baseando-se no conceito da linha de oclusão. Segundo o autor, havia potencial para que os 32 dentes se posicionassem corretamente no arco dentário e, quando isso acontecia, os tecidos adjacentes (tegumento, osso e músculo) se adaptavam a essa nova posição. Tweed, um dos mais brilhantes alunos da escola de Angle, durante muitos anos seguiu fielmente os conceitos de seu mestre, realizando tratamentos sem extrações dentárias. No entanto percebeu que os objetivos dos tratamentos propostos eram alcançados em apenas 20% dos casos e que muitos recidivaram, principalmente aqueles em que os incisivos inferiores não terminavam em posição vertical em relação à base óssea. Dessa forma, retratou pacientes com extrações de quatro pré-molares e obteve melhores resultados estéticos e funcionais. A tendência atualmente na Ortodontia está favorável em relação à extração de dentes para a correção de algumas más-oclusões. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso de má-oclusão classe II tratado com extração dos primeiros pré-molares superiores. Após as extrações, realizou-se a retração inicial dos caninos, alinhamento e nivelamento, retração da bateria anterior com o uso de elástico corrente, intercuspidação e finalização. As extrações em tratamentos ortodônticos, abordagem que já foi muito mal vista na Ortodontia, é atualmente muito usada, pois alcança um tratamento mais estável, além de ótimos resultados estéticos e funcionais quando bem indicadas, como no caso apresentado. 186 – Tratamento ortodôntico de transposição dentária entre incisivo lateral superior esquerdo e canino superior esquerdo Larice Silva Barreto; Monike Kirchner; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin; Adriano Bandeca; Danilo Pinelli Valarelli; Rogério Almeida Penhavel (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A transposição dentária é considerada um tipo de irrupção ectópica, na qual dois dentes permanentes trocam de posição no arco dentário, levando a problemas funcionais e estéticos. O diagnóstico precoce é crucial no tratamento da transposição dentária, podendo ser realizado por meio de um exame clínico, radiográfico, e tomografia computadorizada de feixe cônico (cone-beam), nos casos onde é necessário um maior detalhe no diagnóstico da localização dos dentes envolvidos. A transposição entre os dentes pode ser completa ou incompleta, e a terapia de escolha dependerá da gravidade do problema. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de transposição unilateral entre um canino e incisivo lateral superior esquerdo, além da impacção do incisivo central superior esquerdo, e o respectivo tratamento através do reposicionamento dos dentes envolvidos. O diagnóstico foi realizado com auxílio de tomografia computadorizada de feixe cônico, visando uma maior precisão de imagem. O tratamento consistiu no tracionamento dos incisivos e caninos por meio de uma placa removível com elásticos. Posteriormente, foi realizada a instalação de aparelho ortodôntico fixo de prescrição Roth (slot .022”) para o alinhamento dos dentes e a conclusão do caso. 187 – O desafio do tratamento ortodôntico em paciente com anomalias associadas Larice Silva Barreto; Hemile Schulz; Soraya Rolim Mouammar; Fabricio Pinelli Valarelli; Rogério Almeida Penhavel; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) 77 O presente trabalho trata acerca do desafio do diagnóstico e a abordagem ortodôntica das anomalias dentárias, podendo um mesmo defeito genético originar diferentes manifestações fenotípicas, incluindo agenesias (anomalia de desenvolvimento), microdontias (anomalia de forma), ectopias e atraso no desenvolvimento (distúrbio de erupção). O caso clínico apresentado teve como objetivo enfatizar a mecânica ortodôntica necessária quando tais adversidades e anomalias dentárias estão presentes no paciente. As implicações clínicas são muito relevantes, uma vez que o diagnóstico precoce pode alertar o clínico sobre a possibilidade de desenvolvimento de outras anomalias associadas no mesmo paciente ou em outros membros da família, permitindo a intervenção ortodôntica em época oportuna resultando em uma melhora significante da condição oclusal e consequente aumento da autoestima do paciente. 188 – Tratamento da classe II em paciente adulto com aparelho propulsor mandibular Twin Force Bite Corrector Larice Silva Barreto; Mayara Paim Patel; Rogerio Almeida Penhavel; Cristina de Almeida Paschotto Pezzo Marin; Danilo Pineli Valarelli; Adriano Garcia Bandeca (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) Os aparelhos ortopédicos funcionais fixos, como os propulsores mandibulares têm sido utilizados para promover compensações dentoalveolares e a correção sagital, e representam uma alternativa eficiente para correção da má-oclusão de classe II em pacientes adultos. O objetivo deste trabalho foi apresentar o tratamento ortodôntico de uma paciente adulta, 55 anos de idade, padrão horizontal, com má-oclusão de classe II completa bilateral, trespasse horizontal acentuado e sobremordida profunda que utilizou o aparelho funcional fixo Twin Force Bite Corrector (TFBC). Após o alinhamento e nivelamento dos arcos dentários, o aparelho propulsor foi instalado e a correção da má-oclusão de classe II foi observada três meses depois. Ao final do tratamento observou-se correção da má-oclusão, melhora do perfil facial e satisfação do paciente. Conclui-se que o Twin Force Bite Corrector representou uma alternativa eficiente para a correção da má-oclusão, de fácil instalação e boa aceitação do paciente. 189 – Alternativa de tratamento de máoclusão dentária de classe II com propulsor mandibular híbrido Larice Silva Barreto; Milany Grein Faustino Janani; Fabricio Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel; Rogério Almeida Penhavel; Adriano Garcia Bandeca (Icos - Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe II afeta grande parte da população, sendo um dos problemas mais encontrados na clínica ortodôntica. Dentre as várias formas de tratamento compensatório para essa a má-oclusão, destacam-se as exodontias, nos casos que o perfil permite sua realização, ou a compensação dentoalveolar através de propulsor mandibular e elásticos intermaxilares. Neste relato de caso, a paciente de 12 anos de idade, com perfil agradável, apresentava três quartos de classe II, segunda divisão. Optou-se pela utilização do propulsor mandibular Twin Force, que corrigiu de maneira eficiente e sem a dependência da colaboração da paciente, não influenciando a estética facial da paciente que já apresentava um perfil harmônico. 190 – Tratamento da sobremordida profunda Mayara Pires Vágula; Dino Lopes de Almeida; Juliana Volpato Curi Paccini; Moacir Tadeu Vicente Rodrigues; Ricardo Lincoln Fernandes da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/ Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A sobremordida é um tipo de má-oclusão vertical onde os incisivos superiores recobrem os incisivos inferiores em níveis maiores que o padrão. A etiologia dessa má-oclusão pode estar associada a alterações de crescimento na mandíbula e/ou maxila, modificações na função de lábios e língua e a alterações dentoalveolares. A relação adequada do sorriso é aquela na qual os lábios superiores repousam na margem gengival dos incisivos centrais superiores, ou quando o lábio superior se posiciona expondo toda a coroa dos incisivos centrais superiores e até 2 mm de gengiva. O diagnóstico dessa má-oclusão é importante para definir a melhor estratégia de tratamento do paciente e conseguir uma melhor estabilidade dos casos. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico do tratamento ortodôntico de má-oclusão de classe II, subdivisão direita, com sobremordida na fase de transição da dentadura mista para a dentadura permanente. 78 191 – Mordida aberta anterior interceptada precocemente: um caso clínico com 30 anos de estabilidade Livia Eisler Pompeia; Walderez T. Testa; Cristina L. F. Ortolani; Kurt Faltin Junior (Unip) A mordida aberta anterior pode ser definida como uma discrepância vertical na qual há ausência de contato entre os incisivos, enquanto o paciente se encontra em relação cêntrica. De origem multietiológica, apresenta dificuldade de tratamento e, por vezes, prognóstico desfavorável e com alta taxa de recidiva. É uma má-oclusão frequente na população e existem inúmeras opções para a sua interceptação e correção, objetivando sempre resultados estáveis. O presente caso clínico descreve o diagnóstico e tratamento precoce de uma paciente portadora de mordida aberta anterior, equilibrando-se as funções neuromusculares através do Bionator de Balters, apresentando resultados estáveis por mais de 30 anos. 192 – Abordagem conservadora de incisivo central superior permanente retido por sequela de trauma em seu antecessor decíduo Vitor Augusto de Oliveira Fonseca; Paulini Malfei de Carvalho Costa; Mariana Campos Gonçalves Lumbreras Rocha; Daniele Vieira Cassol; Gloria Fernanda Castro (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Este relato propõe apresentar um caso clínico de incisivo central permanente retido por dilaceração radicular, como consequência de traumatismo severo no elemento dental decíduo antecessor em que o tratamento foi conservador, optando-se pelo acompanhamento regular durante 15 meses até seu irrompimento na cavidade bucal. A incidência de injúrias traumáticas na dentição decídua é alta, o que gera consequências imediatas ou a médio e longo prazo nos dentes permanentes, devido à proximidade anatômica de seu germe com as raízes dos elementos dentais antecessores. Uma dessas possíveis sequelas é a dilaceração radicular que pode ser considerada a principal razão para a impacção dental. Através dos exames clínicos, radiográficos e tomografias computadorizadas realizadas nas consultas de acompanhamento, observou-se continuidade da formação radicular e potencial eruptivo. Isso permitiu o irrompimento do dente na cavidade bucal em sua posição normal, evidenciando, portanto, que o tratamento conservador em pacientes infantis pode ser uma alternativa viável desde que bem direcionado e conduzido. 193 – Detecção da síndrome de Gorlin durante diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico Vitor Augusto de Oliveira Fonseca; Paulini Malfei de Carvalho Costa; Tatiane Gonçalves da Silva; Ana Paula Tenório de Sá; Mônica Tirre de Souza Araujo (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ) Introdução: a síndrome de Gorlin é hereditária autossômica dominante, com alta penetrância e expressividade variável. É causada por mutações no patched (PTCH), um gene supressor de tumor. Os principais componentes são múltiplos carcinomas de células basais da pele, ceratocistos odontogênicos, anomalias das costelas e vértebras, bem como calcificações intracranianas. Objetivo: este estudo relata o diagnóstico da síndrome de Gorlin-Goltz realizado durante o tratamento ortodôntico, através da visualização em tomografia computadorizada de ceratocistos nas regiões dos elementos 38 e 34. Relato do caso: paciente do sexo masculino, nove anos de idade, bom estado geral de saúde, portador da má-oclusão classe I de Angle e deficiência maxilar, iniciou tratamento ortodôntico interceptativo por meio de disjunção maxilar com tração reversa associado à terapia fonoaudiológica. Concluída a primeira etapa de tratamento, foram solicitadas tomografia computadorizada e radiografia de mão e punho para reestudo do caso e planejamento do tratamento ortodôntico corretivo. Foram identificadas lesões radiolúcidas intraósseas nas regiões dos dentes 38 e 34, as quais sofreram marsupialização e enucleação, com análise histopatológica do material coletado positiva para tumor odontogênico ceratocístico. Após um ano, constatou-se recidiva das lesões, com necessidade de nova intervenção cirúrgica. Diante da suspeita de quadro sindrômico, associada às reincidentes lesões, foram solicitados exames aos pais, e o paciente encaminhado aos cuidados do geneticista. A análise do raio X de tórax, tomografia de coluna e ultrassom dos pés, associados aos achados craniofaciais, são compatíveis com a síndrome de Gorlin-Goltz, a qual será confirmada com teste genético molecular. Conclusão: torna-se evidente a necessidade de um correto diagnóstico para se estabelecer um tratamento adequado e individualizado, sendo imprescindível a avaliação criteriosa dos achados clínicos e exames complementares pelos profissionais. Estes devem ser solicitados ao longo do tratamento, com atuação conjunta de diferentes áreas da saúde. 79 194 – Tratamento de classe II precoce Rafael Tibaldi de Arruda; Renan Miranda Ramos; Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) O tratamento para correção da classe II é muito presente na vida clínica do ortodontista devido a alta procura deste tipo de má-oclusão pelo paciente, pois a classe II pode comprometer a harmonia facial em diversos graus, com isso o tratamento se torna importante ferramenta para a melhora da autoestima e ressocialização. Para o tratamento da classe II existem diferentes tipos de aparelhos disponíveis no mercado, podendo o tratamento ser realizado em uma única fase, com uso de aparelhos fixos; ou em duas fases, iniciando com o tratamento ortopédico removível e finalizando com tratamento ortodôntico com aparatologia fixa. No tratamento precoce em paciente jovem na fase de crescimento e desenvolvimento craniofacial, os aparelhos ortopédicos visam corrigir a discrepância maxilomandibular nos sentidos anteroposterior, contribuindo para uma melhora na relação das bases apicais, da relação dentária e oclusão com estabilidade e harmonia do perfil facial. Neste trabalho foi relatado o tratamento ortopédico precoce de uma paciente classe II, com comprometimento facial, no qual a proposta de tratamento foi em duas fases, sendo a primeira fase tratada com o aparelho AEB conjugado modificado com tração alta, realizado no curso de especialização de Ortodontia da Faipe. 195 – Tratamento da má-oclusão de classe II subdivisão com extrações assimétricas Adenilson Silva Chagas; Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas Falcão; Taise Schwanck Plucenio; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) Grande parte das más-oclusões de classe II é assimétrica, ou seja, apresenta maior severidade na relação anteroposterior de um dos lados. Devido a esse motivo, é imprescindível o conhecimento das possibilidades para o tratamento dessa discrepância que pode apresentar desvio da linha média inferior, superior ou ambas. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico que inicialmente mostrava uma classe II, subdivisão esquerda, desvio da linha média dentária inferior, perfil suavemente convexo e sobremordida acentuada. 196 – Tratamento precoce da mordida aberta anterior por meio de esporões linguais soldados Adenilson Silva Chagas; Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas Falcão; Rodrigo Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli; Luiz Filiphe Gonçalves Canuto (Faculdade Ingá) A mordida aberta anterior (MAA) pode ser definida como um trespasse vertical negativo entre os dentes anteriores antagonistas, e seu tratamento representa um dos mais desafiadores, devido à sua alta recidiva e instabilidade, dependendo da época da intervenção. Existem várias opções de aparelhos para a MAA, sendo a grade palatina (fixa ou removível), atualmente, a de maior escolha. Entretanto, os esporões linguais surgiram como uma alternativa eficaz e resolutiva àquelas já empregadas. Sendo assim, o presente trabalho pretende mostrar o emprego destes dispositivos e os resultados favoráveis obtidos, bem como a boa aceitação por parte dos pacientes. Este trabalho teve como objetivo relatar um caso de mordida aberta anterior na dentadura mista, cujo tratamento ortodôntico foi realizado com a utilização de esporões linguais soldados. 197 – Tratamento ortodôntico compensatório: má formação de linha média Julianna de Oliveira Lima Parizotto; Tiago Turri Castro Ribeiro; Mariana Chaves Petri Feitosa; Carolina Martins Frota; Thaís Lucarelo Lamonato; Adriano Porto Peixoto (HRAC-USP) As más formações congênitas envolvendo a língua e membros são raras e pouco descritas na literatura. A paciente em questão, apresenta, além das anomalias nas extremidades e na língua, agenesia dos quatro incisivos inferiores permanentes, classe II esquelética por deficiência mandibular e irrupção ectópica do canino superior direito. O diagnóstico está relacionado a síndromes com manifestações acro-orais e síndrome da hipogênese oromandibular e de membros, porém, ainda não foi definido pela equipe de genética do HRAC. A ausência dos incisivos inferiores permanentes sugere anomalia na região de fusão da mandíbula. O objetivo deste trabalho foi descrever o tratamento ortodôntico compensatório de uma paciente com anomalia craniofacial acompanhada no setor de Ortodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. A abordagem terapêutica adotada iniciouse com o uso de arco palatino soldado às 80 bandas dos primeiros molares permanentes associados à cantiléver, para tracionamento do canino superior (dente 13). Após a correção do canino, uma expansão rápida da maxila foi realizada com aparelho tipo HAAS associado a um arco lingual para Herbst, possibilitando a adaptação do mecanismo de avanço mandibular. Após o avanço mandibular, foi realizada a instalação de aparelho fixo superior e inferior. O nivelamento inferior foi efetuado com mecânica de protrusão e mesialização dos caninos inferiores, para o local das agenesias dos incisivos inferiores e manutenção de espaço para um implante na região do dente 42. Depois de alcançados os objetivos do tratamento, foram instalados como contenção uma placa de Hawley e uma barra tipo 3 x 3. A adequada relação oclusal e harmonia facial obtida ao final do tratamento derivam da adoção de um diagnóstico adequado e um plano de tratamento executado em época oportuna. 198 – Correção do posicionamento axial dos incisivos superiores por meio do aparelho Invisalign Sheila Cristina Teobaldo Hungaro; Rosana Krause; Andrea Louzada Suster; Danilo Pinelli Valarelli; Fabrício Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel (Instituto Vellini) Atualmente há vários segmentos e materiais com o objetivo de tratamento para correção de más-oclusões, e cada vez mais a demanda por rapidez e estética vem fazendo com que os pacientes busquem em consultórios odontológicos opções que satisfaçam suas expectativas e resolvam seus problemas. Métodos e tecnologia estão indo de encontro à Ortodontia moderna, reduzindo tempo de tratamento e de atendimento, minimizando desconforto ao paciente e melhorando a higienização, visando a estética e a tecnologia digital 3D. O sistema Invisalign oferece ao profissional e ao paciente uma nova possibilidade de tratamento. As más-oclusões envolvendo apinhamentos e espaçamentos leves a moderados, assim como alguns casos mais complexos vêm sendo tratados com sucesso através do sistema Invisalign. Baseado em diagnóstico e determinados objetivos terapêuticos, trata-se de um eficiente sistema e uma alternativa para os tratamentos ortodônticos de pacientes na fase da dentição permanente completa. A presente descrição de um caso clínico tem como objetivo demonstrar e avaliar a eficácia e precisão desse sistema quanto ao planejamento e previsibilidade do tratamento, antes mesmo que se inicie o tratamento com a ajuda da tecnologia digital. 199 – Tratamento da mordida aberta: abordagem ortodôntica não punitiva na dentadura mista Sheila Cristina Teobaldo Hungaro; Layssa Karolinne da Silva Medeiros Melo; Mônica Damasceno Vasconcelos; Andrea Louzada Suster; Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Mayara Paim Patel (Instituto Vellini) Introdução: a mordida aberta é caracterizada pela falta de contato entre os arcos dentários, podendo ocorrer tanto na região anterior, quanto na região posterior, dependendo do hábito adotado pela criança. Os hábitos bucais deletérios potencialmente causadores de más-oclusões são a respiração bucal, a sucção digital e o pressionamento lingual atípico. Dependendo da frequência, duração e intensidade, com os quais esses hábitos estão presentes na vida da criança, poderão causar danos significativos tanto na posição dos dentes, quanto na morfologia esquelética facial. A intervenção ortodôntica em relação aos hábitos bucais deletérios deverá ser iniciada com procedimentos preventivos, focando a criança, a má-oclusão e o hábito em si. As grades palatinas fixas são aparelhos ortodônticos preventivos de escolha nos casos de mordida aberta, funcionando como um obstáculo mecânico à realização de sucção dental ou interposição lingual. Objetivo: apresentar relatos de casos clínicos em crianças em fase de dentadura mista, com mordida aberta, por hábitos bucais deletérios de sucção digital e interposição lingual que foram abordadas ortodonticamente com a instalação de grades palatinas fixas. Metodologia: foram registrados três casos clínicos em crianças com idades de oito, nove e dez anos, duas delas possuíam hábito de sucção digital apresentando mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Como tratamento foi eleito o uso de disjuntor fixo para descruzar a mordida posterior e associado a este, uma grade palatina anterior objetivando conter o hábito de sucção digital. Para a criança que possuía o hábito de interposição lingual causando mordida aberta posterior bilateral, adotou-se como tratamento o uso de grades palatinas fixas bilaterais, objetivando conter o hábito e possibilitar a completa erupção dos dentes. Resultados: observou-se que o uso do disjuntor maxilar associado à grades palatinas teve excelente resultado na eliminação do hábito de sucção digital e interposição lingual, e consequentemente no fechamento de mordidas abertas anteriores e posteriores, proporcionando ao paciente um resultado funcional e estético satisfatório em um curto intervalo de tempo. Conclusão: a grade palatina é um bom dispositivo auxiliar não só 81 na eliminação do hábito postural da língua e da sucção digital, como também no fechamento da mordida aberta na fase de dentição mista. 200 – Tratamento multidisciplinar visando restabelecer função e estética Rudson Freitas Santos; Leonardo Graboski Castro; Andréia Regina Boff Lemos; Juliana Volpato Curi Paccini; Dino Lopes de Almeida; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A Ortodontia está baseada em diagnosticar e elaborar planos de tratamentos para chegar ao resultado esperado. Os atuais conceitos utilizados para desenvolver um plano de tratamento para reabilitação total, requerem conhecimento avançado de mais de uma especialidade em Odontologia. Nos casos em que os pacientes são parcialmente edêntulos devido à perda precoce dos molares permanentes, ou até mesmo aqueles que possuem um comprometimento do sorriso em função de uma classe II, o objetivo, geralmente, é a reabilitação estética e funcional do sorriso, o que exige esse conhecimento multidisciplinar do profissional. O objetivo do presente estudo foi descrever um caso clínico de reabilitação estética e funcional sendo iniciado pelo tratamento ortodôntico, e finalizado com reabilitação de prótese sobre implante. 201 – Contenção fixa inferior 3 a 3 com fio de amarrilho. Técnica de confecção Gustavo Altoé Pandini; Lucas Parreira Alves de Azevedo; Cristina Yuri Okada; Lícia Aguilar Freitas; Maria Kimiyo Okada (Associação Brasileira de Odontologia – ES) Estabilizar as correções da má-oclusão é um dos objetivos do tratamento ortodôntico. As alterações conhecidas como recidivas são frequentes na região de incisivos inferiores após a terapia ortodôntica. As contenções fixas coladas de canino a canino têm por objetivo preservar o alinhamento dos dentes anteroinferiores. O objetivo deste trabalho foi apresentar uma técnica de confecção para contenção fixa lingual inferior de canino a canino. O método consiste em utilizar 30 cm de fio de amarrilho 0,010” e torcê-lo de forma firme e uniforme com duas pinças Mathieu para aumentar sua resistência. O fio torcido é contorneado e adaptado na superfície lingual dos caninos e incisivos inferiores. São confeccionados dois helicoides nos caninos para retenção, estando a contenção pronta para ser instalada. Assim, é possível obter bons resultados na prevenção da recidiva do apinhamento anteroinferior após a finalização do tratamento ortodôntico, eliminando a intervenção do laboratório e reduzindo custos para o profissional e o paciente. 202 – Expansão rápida e protração da maxila para tratamento precoce de classe III Gustavo Altoé Pandini; Susy Carmelita Pereira do Nascimento; Cristina Yuri Okada; Lícia Aguilar Freitas; Maria Kimiyo Okada (Associação Brasileira de Odontologia – ES) As terapias para tratamento de classe III são variadas, alterando de acordo com o problema encontrado, seja ósseo, dentário ou combinado. O tratamento precoce é indicado minimizando ou eliminando alterações faciais na fase adulta, podendo evitar uma cirurgia ortognática futura. A ortopedia nesses casos é a primeira opção de tratamento. As mudanças durante e pós-tratamento são mais observadas quanto mais precoce for a intervenção. As maiores alterações são na fase de dentição decídua, seguida da mista precoce e, por fim, mista tardia. Neste caso foi utilizado um aparelho expansor de McNamara modificado com fios de aço 0,8 mm até as faces linguais dos incisivos superiores e uma máscara facial Petit, para expansão rápida de maxila (ERM) e protração da maxila, respectivamente. O tratamento foi minimamente invasivo e sem complicações, com controle tridimensional das bases ósseas e dentes. 203 – Cantiléver ancorado à mini-implante para distalização de molares superiores no tratamento da má-oclusão de classe II Lorena Vilanova Freitas de Souza; Mayara Paim Patel; Roberto Henrique da Costa Grec; Luiz Sérgio Vieira; Deborah Brindeiro de Araújo Brito; José Fernando Castanha Henriques (FOB-USP) Dentre as diversas formas de tratar a má-oclusão de classe II, a distalização de molares superiores com aparelhos fixos intrabucais tem a vantagem de não produzir efeitos ortopédicos, além de exigir a mínima colaboração do paciente, o que tornam os resultados mais previsíveis. No entanto, apresentam alguns efeitos indesejados como a angulação distal acentuada dos molares e perda de ancoragem anterior. Para minimizar estes efeitos, o cantiléver para distalização confeccionado no Depto. de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru é ancorado a um mini-implante, aplicando-se uma força o mais próximo do centro de 82 resistência do dente. Ademais, tem o objetivo de ser um dispositivo simplificado, de fácil confecção, instalação e ativação. Apresenta apoio na face vestibular do primeiro molar superior e uma mola de níquel-titânio como unidade ativa ancorada ao mini-implante. O objetivo deste trabalho foi apresentar as características deste distalizador e sua utilização em um paciente do sexo feminino, 12 anos de idade, sem queixas do perfil facial, relação molar de três quartos de classe II, sobremordida e sobressaliência de 5 mm. A relação molar de classe I foi obtida no período de aproximadamente seis meses, sendo, portanto, eficiente na correção da relação molar com preservação da ancoragem anterior. 204 – Preparo ortocirúrgico de classe lll esquelética Maria dos Reis Serafim Pereira; Adriano Trevisi; Gonçalo Andrade; Mércia Wu (WM Cursos Lisboa) A classe lll esquelética é um tipo de má-oclusão, que apesar de ter baixa incidência na população, tem uma grande procura de tratamento por parte dos pacientes afetados. Este tipo de má-oclusão caracteriza-se por uma discrepância óssea anteroposterior entre a maxila e a mandíbula que se encontra mesializada. Esta discrepância tem graves consequências funcionais, e também em nível do perfil facial do paciente, prejudicando gravemente a sua estética facial. Torna-se fundamental entender os diversos tipos de tratamento da classe lll, atendendo ao seu grau de severidade, de forma a escolher o mais adequado. A responsabilidade de indicar o paciente para cirurgia ortognática cabe ao ortodontista, uma vez que este é que tem o primeiro contato com o paciente. É fundamental para o especialista em Ortodontia um bom domínio destas más-oclusões de forma a obter um bom diagnóstico e plano de tratamento. A proposta deste trabalho foi abordar aspetos pertinentes em nível do diagnóstico, plano de tratamento e tratamento, através do relato detalhado de um caso clínico de uma paciente classe lll esquelética tratada por meio de um cuidadoso preparo ortocirúrgico, prévio à cirurgia ortognática. 205 – A versatilidade dos aparelhos invisíveis na Ortodontia contemporânea Cláudia Cristina Machado Araújo; Adriano Silva Perez (Universidade Metodista de São Paulo – Umesp) A crescente busca por métodos ortodônticos mais estéticos, confortáveis e discretos tem sido amplamente procurado pela sociedade contemporânea em todo o mundo. A Ortodontia vem buscando materiais e métodos tecnológicos avançados recorrendo a outras áreas de atuação profissional. A fim de alcançar tais objetivos, a Engenharia tem desenvolvido novos tipos de materiais que atendam às novas demandas mercadológicas. 206 – Cirurgia ortognática de benefício antecipado para tratamento de classe III Cláudia Cristina Machado Araújo; Adriano Silva Perez (Universidade Metodista de São Paulo – Umesp) Tratamentos ortodôntico-cirúrgicos combinados, na maioria das vezes, devem esperar o total crescimento e desenvolvimento craniofacial dos pacientes para que possam ser realizados. Muitas vezes, as desarmonias faciais podem representar, do ponto de vista socioemocional das vidas dos indivíduos portadores destes tipos de alterações faciais, entraves relacionais de grande representação para os mesmo, e uma abordagem precoce pode significar um benefício psicológico de grande impacto. 207 – Distalização de molares superiores com núcleo de ancoragem esquelética Ivana Lemos; Renata Mariana Nakamura; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo; Camilla Juliana Storto; Selly Sayuri Suzuki (Faculdade São Leopoldo Mandic) Tendo em vista a grande prevalência da máoclusão de classe II, e que os tratamentos de distalização do arco superior baseados em ancoragem dentomucossuportada apresentam diversos efeitos indesejáveis, os aparelhos extraorais possuem grande desvantagem estética e há rejeição dos pacientes frente à opção de extrações de pré-molares, todos estes fatores levaram a Ortodontia a buscar alternativas de ancoragem para a execução do tratamento, possibilitando resolver essas más-oclusões com o mínimo de colaboração e desconforto ao paciente. Assim, atualmente, mini-implantes ortodônticos têm sido utilizados como dispositivo auxiliares no tratamento de diversas más-oclusões. Este relato de caso teve como objetivo apresentar um método para distalização de molares superiores por meio de um novo dispositivo denominado núcleo de ancoragem esquelética, ancorado à miniimplantes palatinos (Peclab, Belo Horizonte, Brasil). O planejamento envolveu as exodontias dos elementos 17 e 27. A distalização dos molares superior para correção da má-oclusão 83 de classe II, segunda divisão, a qual a paciente apresentava, foi realizada com um núcleo de ancoragem instalado no palato apoiado por dois mini-implantes e ativados com molas de TMA. Após sete meses, os dentes posteriores já estavam em relação de classe I. O movimento distal, sem perda de ancoragem evitou o movimento anterior desnecessário dos pré-molares e incisivos, diminuindo o tempo de tratamento e não prejudicando o perfil facial da paciente. Conclui-se que o núcleo de ancoragem esquelética apoiado em mini-implantes se mostrou eficiente durante a distalização com controle tridimensional do dente, podendo ser aplicado uni ou bilateralmente. 208 – Aparelho autoligado: relado de caso clínico com exodontia de primeiros pré-molares Amanda Novais Neves; Jorge L. Castro; Silvia M. Chagas; Desirée Saddi; Ronaldo H. Shibuya; Ricardo Colombo Pacheco (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) Como um diferencial, os braquetes autoligados foram criados com a intenção de ser um sistema com menor atrito, proporcionando uma mecânica mais eficaz de deslizamento e alinhamento, isso torna o movimento dentário mais rápido, reduzindo assim o tempo de tratamento quando comparado aos braquetes convencionais. Este trabalho tem a intenção de mostrar a eficácia do aparelho autoligado de eleição em técnica de deslize com extração de quatro pré-molares, através de relato de caso clínico de paciente com 19 anos de idade, sexo feminino, padrão facial ósseo convexo N-A.Pog 11°, hiperdivergismo dos planos faciais S-N.GO-Me39°, crescimento horário S-N.Gn74°, incisivos superiores vestibularizados e protruídos 1.NA 25°, 1-NA 7 mm e inferiores vestibularizados e protruídos 1.NB 40°, 1-NB 8 mm. O caso encontra-se em fase de finalização. Além de ágil no fechamento de espaço, as baixas forças aplicadas para o deslize não causam efeitos colaterais. 209 – Distrator osteogênico para palato relato de caso clínico de disjunção cirúrgica da maxila Kamila Nidal Emad; Ricardo Penteado; Silvia M. Chagas; Desiree Monteiro; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) Tratamentos de disjunção cirúrgica em adultos geralmente pedem a utilização de aparelhos expansores que são colocados no palato, podendo ser cimentados em bandas nos dentes ou fixados esqueleticamente por meio de mini-implantes, parafusos de fixação cirúrgica ou até mesmo pelo próprio aparelho. Entre as opções de tratamento estavam o uso de Hyrax, que deveria ser instalado antes da disjunção cirúrgica e o distrator osteogênico para palato da KLS Martin, que possui a grande vantagem de ser instalado no ato cirúrgico. A escolha para essa paciente foi o distrator, devido à ausência de movimento dentoalveolar, por ser apoiado somente em osso. A análise dentária mostrou ausência dos dentes 18, 16, 26, 36 e 46, além da mordida cruzada esquelética. Diversos diastemas causados pelas ausências dentárias. O dente 11 encontrava-se escurecido, porém, apresentava boa reação aos testes de vitalidade. Optou-se pelo tratamento de disjunção cirúrgica, utilizando-se um distrator osteogênico para palato da KLS Martin, para que o efeito fosse totalmente esquelético, ao contrário do Hirax que causaria um efeito dentoesquelético. O resultado foi altamente satisfatório. Vantagens: 1) apoio estritamente esquelético, ao contrário do Hirax que é dentoalveolar; 2) pode permanecer quando tempo for necessário como contensor; 3) pode coexistir com os braquetes colados nos dentes; 4) sua instalação é no ato cirúrgico. 210 – Tratamento de mordida aberta anterior com extração dentária Fabiana Lopes Pazian; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Guilherme Janson; Claudia Cristina da Silva; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade Uningá – Maringá/PR) Em indivíduos adultos, o tratamento da mordida aberta anterior representa um grande desafio para o ortodontista, tanto para o seu fechamento como para a estabilidade dos resultados ao final do tratamento. Este artigo relata o procedimento da correção de mordida aberta anterior severa, em um jovem de 17 anos. Como o paciente apresentava resistência a intervenções mais invasivas, optou-se por um tratamento conservador, sem o auxílio da cirurgia ortognática. A abordagem utilizada para conseguir um fechamento satisfatório da mordida aberta foi o tratamento ortodôntico convencional com extrações dentárias, associado ao uso de elásticos intermaxilares na região anterior. Ao final do tratamento o fechamento da mordida aberta foi alcançado de maneira satisfatória, atendendo plenamente às expectativas do paciente e proporcionando uma grande melhora estética e funcional. Conclui-se que, mesmo na presença de uma mordida aberta anterior esquelética com grande comprometimento da harmonia da face, pode-se realizar o tratamento compensatório com sucesso. 84 211 – Tratamento de classe lll por meio da técnica biofuncional Déric Meschiari Batista; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Francisco Eduardo Casaro Nascimento; José Eduardo Prado de Souza; Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) Quando a classe lll é de origem esquelética em pacientes adultos, mesmo sendo evidente a necessidade cirúrgica para a correção da discrepância anteroposterior, muitas vezes o paciente não tem interesse em se submeter à cirurgia ortognática. Assim, faz-se necessária a utilização de técnicas compensatórias, na intenção de alcançar uma oclusão satisfatória. As técnicas de camuflagem dentária resultam em grandes inclinações vestibulares dos incisivos superiores e linguais dos incisivos inferiores. A prescrição biofuncional visa a diminuição dos efeitos colaterais na camuflagem dentária, empregando torque de 0° nos incisivos superiores e +10° nos incisivos inferiores que contrapõem a força dos elásticos e geram melhor posicionamentos dentário ao final do tratamento. O presente trabalho vem apresentar o caso clínico de um paciente classe lll esquelético, tratado com prescrição biofuncional, onde ao final do tratamento alcançou-se a correção da discrepância anteroposterior, com incisivos bem posicionados nas bases ósseas e boa harmonia facial e do sorriso. 212 – Tratamento em duas fases da máoclusão de classe III com mordida aberta Déric Meschiari Batista; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas; Ricardo Cesar Gobbi de Oliveira; Rodrigo Hermont Cançado; Renata Cristina Gobbi de Oliveira (Faculdade Ingá) Dentre os mais desafiadores problemas que o tratamento ortodôntico contemporâneo visa corrigir, estão os tratamentos de más-oclusões de classe lll e de mordida aberta, ambos esqueléticos. Devido ao comprometimento do perfil facial do paciente, o tratamento destas más-oclusões é preferencialmente ortocirúrgico, entretanto, pacientes quando tratados em fases precoces apresentam um redirecionamento do crescimento capaz de eliminar em alguns casos a necessidade da cirurgia ortognática. O presente trabalho visa demonstrar o tratamento precoce, realizado em duas fases, de um paciente classe lll esquelética com trespasse horizontal negativo, mordida aberta anterior esquelética e mordida cruzada total tratada com expansão rápida da maxila, máscara facial e aparelho fixo. 213 – Extração de primeiros molares no tratamento da mordida aberta em adultos Déric Meschiari Batista; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Mayara Paim Patel; Danilo Pinelli Valarelli; Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) O tratamento da mordida aberta em pacientes adultos é complexo, pois associado a esta má-oclusão existe também um comprometimento esquelético que normalmente afeta a estética facial. Há uma tendência de pacientes com face longa apresentarem maior predisposição para má-oclusão de mordida aberta devido ao crescimento vertical, esses pacientes apresentam altura facial anteroinferior elevada e um maior giro da mandíbula no sentido horário. Para correção da mordida aberta é necessária à verticalização de dentes anteriores, contudo essa movimentação acaba por aumentar a Afai, e isto é contraindicado em paciente com face longa. Nestes casos são necessárias extrações superiores e inferiores, com o intuito de verticalizar os dentes anteriores, fechar a mordida e mesializar os dentes posteriores para reduzir a Afai. 214 – Retratamento para abertura de espaços e reabilitação com implantes Déric Meschiari Batista; Ricardo César Gobbi de Oliveira; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Renata Cristina Gobbi de Oliveira (Faculdade Ingá) A abertura e o fechamento de espaços são procedimentos comuns em Ortodontia, diversos protocolos de tratamento tem como filosofia a extração de dentes permanentes para posterior fechamento dos espaços e correção da má-oclusão. Contudo, para realizar extrações no tratamento, deve se haver convicção de sua necessidade baseada em um diagnóstico muito bem realizado. O diagnóstico equivocado ou a falta de diagnóstico acarreta em problemas com o resultado final do tratamento. O caso aqui descrito demonstra o retratamento ortodôntico de um paciente adulto insatisfeito com os resultados oclusais e estéticos de seu primeiro tratamento. O retratamento buscou a reabertura de espaços fechados durante o primeiro tratamento para reabilitação com implantes, de dois dentes extraídos sem necessidade. 85 215 – Diagnóstico precoce na transposição dentária entre canino e pré-molar Paolla Nascimento Pereira; Keshia Sinisterra Hinestroza; Andrea Louzada Suster; Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Guilherme Abrantes de Carvalho; Mayara Paim Patel (Instituto Vellini) A transposição dentária é definida como a mudança de posição de dois dentes permanentes adjacentes no mesmo lado da arcada dentária, podendo ser completa ou incompleta, sendo definida pelo posicionamento das coroas, raízes e ápices dos dentes envolvidos. Algumas publicações classificam a transposição dentária e a consideram como erupção ectópica uma vez que a relacionam a qualquer tipo de anomalia onde os dentes tomam um caminho eruptivo anormal. A etiologia da transposição é controversa, não há uma causa definida. Evidências sugerem que o aparecimento dessa anomalia pode estar relacionado à perda precoce ou retenção de dente decíduo, deslocamento do germe dentário durante a odontogênese, comprimento de arco inadequado, volume dentário excessivo ou trauma de dente decíduo. Podendo afetar ambos os sexos, sendo mais encontrada em mulheres. É mais comum na maxila que na mandíbula sendo o tipo unilateral mais frequente que o bilateral. O tratamento das transposições é um desafio para o profissional. A escolha do tratamento irá depender quase exclusivamente de como o caso se apresenta, as vertentes mais utilizadas são: tratamento interceptivo no caso de diagnóstico precoce, tratamento ortodôntico com alinhamento dos dentes na sua posição transposta, camuflagem da superfície oclusal ou incisal dos dentes e extração de um ou ambos os dentes transpostos. Este artigo descreve o tratamento de uma transposição dentária em um paciente do sexo feminino, dez anos de idade, com dentadura mista, que foi tratado no curso de especialização de Ortodontia do Instituto Vellini em São Paulo. Foi realizada uma radiografia panorâmica, onde se observou a transposição dentária do canino superior esquerdo (23) e primeiro pré-molar superior esquerdo (24) e decidido realizar o tratamento ortodôntico para a correção da mesma. Foi encaminhada ao cirurgião bucomaxilofacial onde realizou-se a exposição cirúrgica do dente e feita a colagem de um botão para possibilitar a sua transposição. Instalou-se um AEB de tração cervical e uma mola aberta entre o canino superior esquerdo e primeiro molar superior esquerdo, para distalizar os primeiros molares permanentes superiores, melhorar a relação molar, criar espaços, e para guiar a erupção dentária. Os tratamentos ortodôntico e ortopédico alcança- ram a correção desejada promovendo a correção da transposição dentária, sendo que ao final removeu-se o aparelho fixo. Foram realizados exames radiográficos de controle onde se observou a presença de todos os elementos dentários em condições clínicas satisfatórias, exceto o terceiro molar direito, que ainda estava em formação. Concluiu-se que as transposições dentárias são um desafio para os ortodontistas, podendo causar danos estéticos e funcionais, pela dificuldade na decisão do tratamento. 216 – Tracionamento de canino impactado no palato com auxílio de barra palatina modificada Juliana Brandão; Ronaldo Henrique Shibuya; Desirée Monteiro; Silvia Maria Chagas; Jorge Luis de Castro; Ricardo Colombo Penteado (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) Alguns distúrbios ocorridos na transição dos dentes decíduos para os permanentes podem ocasionar alterações na sequencia ou até no trajeto de erupção dos dentes, causando impactação dos mesmos. Os caninos são os segundos dentes com maior prevalência de impactação, estes apresentam um longo e complexo caminho de erupção, além de demorar duas vezes mais tempo que outros dentes para erupcionar, o que aumenta as chances de sofrer alguma alteração em sua trajetória. Uma das formas de tratar a impactação de caninos superiores é a exposição cirúrgica e o tracionamento ortodôntico. Este trabalho teve por objetivo descrever um método de tracionamento do dente 13 retido por palatino em paciente leucoderma do sexo feminino, 14 anos de idade. Após uma cirurgia para colagem de um acessório, o tracionamento foi realizado por meio de uma barra palatina com braço projetado até a região de impactação, e uma mola para a ativação. Como vantagens este método apresenta a direção de tracionamento do canino para longe das raízes dos incisivos, pouco efeito adverso causado nos dentes de apoio, primeiros molares, e é possível iniciar o tracionamento já no início do tratamento, não sendo necessário ter espaço no arco para realização da cirurgia. Após a sua irrupção e verticalização, o canino foi incorporado no nivelamento e chegou ao seu posicionamento ideal. 217 – Tratamento da mordida cruzada anterior na dentição mista com aparelho ortopédico Progenie Michelle Vachin Conceição Araújo; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; João Wagner Pascoto; Marcus Vinícius Crepaldi; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) 86 As más-oclusões estão se tornando uma preocupação cada vez maior para os pais das crianças, seja ela uma mordida aberta, mordidas cruzadas, maxila ou mandíbula protruída. A mordida cruzada anterior é uma das más-oclusões que, se não tratada precocemente, trará problemas maiores na vida adulta. É importante saber diagnosticar e classificar a mordida cruzada anterior, avaliar toda documentação ortodôntica, conhecer o paciente e sua família, e jamais deixar de avaliar o perfil do paciente. Para tratar esta má-oclusão, há inúmeros caminhos. Pode-se escolher aparelhos fixos a removíveis, tudo dependerá da cooperação do paciente e do conhecimento do profissional em escolher a melhor forma de tratar o caso. Este trabalho relata o caso de uma paciente com mordida cruzada anterior de origem funcional e dentária, em que foi tratada com o aparelho removível Progenie com levante posterior e mola digital. O caso foi concluído com sucesso havendo o descruzamento da mordida anterior. O crescimento da paciente será acompanhado, pois seu pai possui uma oclusão em classe III. 218 – Expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente Pollyanna Andrade Góes; Luciano da Hora França; Jacqueline de Azevedo Reis França; Bruna Santos Cedraz da Silva; Neidjane Sampaio Cabral; Marlos Eurípedes de Andrade Loiola (Iappem-Funorte) A expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ECM) é indicada principalmente em pacientes que já encerraram o crescimento ou que tenham tentado, sem êxito, a expansão rápida ortopédica. A maioria dos fracassos da ERM em adultos, está ligada a resistência à expansão e dor durante a expansão (Kennedy et al, 1976). A ECM pode ser realizada sob anestesia geral (ambiente hospitalar), sendo a opção decidida pelo conjunto cirurgião-paciente-ortodontista. O objetivo deste trabalho foi descrever passo a passo o protocolo de tratamento de disjunção voltado ao paciente adulto. 219 – Benefícios da gengivoplastia estética após a correção da sobremordida profunda Leonardo Guilherme Floriani Schutz; Helena Bussolo Cardoso; Roberta Gevaerd; Rodrigo Menon; Caio do Valle; Karyna Valle-Corotti (FHO – Uniararas) A sobremordida profunda representa um desafio na mecânica ortodôntica. Comumente associado ao trespasse vertical acentuado encontra-se o sorriso gengival causado pelo excesso vertical de maxila. Quando indicada, após o tratamen- to ortodôntico, poderá ser realizada a gengivoplastia para aumento das coroas clínicas com a diminuição da exposição gengival. No presente trabalho apresentamos o caso de uma paciente adulta do sexo feminino, 23 anos de idade, braquifacial, má-oclusão classe I e sobremordida profunda de 7 mm, associada à coroas clínicas curtas. Para auxiliar na correção da sobremordida foi utilizado o dispositivo Bite Turbo, colado na face palatina dos incisivos superiores, que possibilitou a desoclusão dos dentes posteriores e extrusão dos mesmos. Ao final do alinhamento e nivelamento dos arcos, fechamento dos espaços e uso dos elásticos intermaxilares, o tratamento chegou a resultados ortodônticos satisfatórios, no entanto, do ponto de vista estético, o sorriso continuava comprometido devido ao excesso de gengiva em exposição durante o sorriso. Foi realizada a cirurgia estética gengival no arco superior para alcançar o resultado almejado pela paciente. Conclui-se que o tratamento ortodôntico associado a condutas periodontais estéticas, são uma opção importante para o sucesso clínico em casos onde somente a mecânica ortodôntica apresenta-se limitada na correção do sorriso gengival. 220 – Expansão cirúrgica da maxila associada ao uso da máscara facial em paciente adulto Leonardo Guilherme Floriani Schutz; Fernanda Luchi; Sandra Sedrez; Tatyana Susin; Caio do Valle; Karyna Valle-Corotti (FHO-Uniararas) Uma das maiores dificuldades no tratamento ortodôntico dos pacientes adultos é a correção da mordida cruzada posterior, ainda mais quando associada à retrusão maxilar. Dentre as formas de tratamento pode-se optar pela expansão assistida cirurgicamente e tração reversa da maxila, com o objetivo de correção transversal e anteroposterior. Apresentamos neste trabalho o caso de uma paciente adulta do sexo feminino, 43 anos de idade, com discreta tendência de crescimento vertical, má-oclusão classe III subdivisão esquerda, mordida cruzada posterior bilateral incluindo o dente 12. Na análise facial havia a ausência de preenchimento dos corredores bucais, desvio de 4 mm da linha média dentária superior para esquerda, leve assimetria mandibular e discreta retrusão maxilar. O tratamento iniciou-se com a instalação de um disjuntor de Hyrax modificado, expansão cirúrgica da maxila com ruptura das suturas palatinas mediana e pterigopalatina seguido da ativação e uso da máscara facial. Após a colagem dos braquetes, alinhamento e nivelamento dos arcos foi realizado, e o 87 fechamento de espaços e uso de elásticos intermaxilares para intercuspidação. Removido o aparelho ortodôntico a região edêntula foi reabilitada com implante osseointegrado e coroa metalocerâmica. Conclui-se que o tratamento ortodôntico assistido cirurgicamente associado ao uso da máscara facial, quando corretamente indicado, pode ser uma boa opção de tratamento para casos de atresia maxilar e discreta retrusão maxilar em pacientes adultos. 221 – Reabsorção radicular – tracionamento ortocirúrgico Rafael Diogo Pereira; Katia Ferrer (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Caso clínico envolvendo reabsorção radicular, tracionamento ortocirúrgico e reabilitação com facetas de resina e cerâmica. 222 – Tratamento ortodôntico em paciente com risco de reabsorção radicular Sofia Catalina Manrique Granados; Raul Alejandro More Villaseca; Aldo Quiñe Angeles (Universidade Peruana Cayetano Heredia, Lima – Peru) Reabsorção radicular inflamatória induzida pelo tratamento ortodôntico (RRIIO) tem uma prevalência que varia de 95% a 100%. As forças ideais para o movimento dentário devem estar dentro de níveis de pressão capilar (7 g/cm² a 26 g/cm² por área radicular). A variação genética da interleucina 1β em pacientes tratados representam ortodonticamente 15% da variação na RRAE. O 1β interleucina é um estímulo potente da reabsorção óssea e recrutamento de células osteoclastos durante o tratamento ortodôntico. Há evidências de que raízes que são em forma de pipeta são mais propensas à reabsorção radicular. O objetivo deste painel científico é entender as considerações para o tratamento de pacientes em risco de reabsorção, neste caso, apresenta-se um paciente com uma anomalia de raízes curtas generalizadas (ARC) diagnosticada por radiologia, e cujo tratamento ortodôntico foi monitorado clinicamente e radiograficamente. O processo começou com um exame clínico completo para excluir mobilidade dentária, o planejamento do tratamento ortodôntico permitiu o uso de uma técnica segmentada para a retração, fios de NiTi térmico e intervalos de ativação mais longos, para evitar o risco de reabsorção. Os resultados foram considerados muito aceitáveis, relações interoclusais foram corrigidos e o risco de reabsorção radicular foi reduzida. 223 – Tratamento ortodôntico das deformidades classe III com a técnica compensatória Natâne Foltran Guedes; Marcus Vinicius Crepaldi; Adriana Ap. Crepaldi; Ana Paula Aguiar; Bruna Lorena dos Santos Oliveira (Faipe) A má-oclusão de classe III é diagnosticada como portadora de protrusão mandibular, causando um desequilíbrio entre os componentes craniofaciais e dentobasais, cuja etiologia envolve a deficiência maxilar, a protrusão mandibular ou a combinação de ambos. A correção dessa má-oclusão pode envolver procedimentos ortodônticos, cirúrgicos ou associados, que objetivam melhoras na função, na estética e na manutenção dos resultados alcançados. Para indivíduos fora da fase de crescimento, com discrepância esquelética, podem-se realizar movimentos ortodônticos de compensação das posições dos dentes, com resultados aceitáveis ou mesmo limitado, e o indivíduo deve estar ciente disso. Apresentamos este trabalho um tratamento ortodôntico de indivíduos com má-oclusão classe III esquelética, entre as opções de tratamento disponíveis o tratamento compensatório foi a opção escolhida, com uso contínuo de elásticos intermaxilares obtendo então resultados satisfatórios. Serão discutidos neste trabalho os principais aspectos do diagnóstico, planejamento e mecânica de tratamentos ideais para os indivíduos com discrepâncias esqueléticas com tratamento compensatório. 224 – Tratamento da mordida aberta precoce Juliana Alves Helou; Fabrícia da Silva Felipe; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Marcus Vinícius Crepaldi; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) A mordida aberta pode ser definida por ausência de contato vertical entre os dentes anteriores. Podendo ser de origem dentoalveolar ou esquelética. Os principais fatores etiológicos dessa má-oclusão são hábitos anormais de pressão e postura, destacando-se a sucção digital. Dentre as más-oclusões, a mordida aberta anterior é considerada uma das anomalias de mais difícil correção, sobretudo no que se refere à sua estabilidade. Sendo assim uma abordagem multidisciplinar é necessária para a manutenção da oclusão normal obtida pelo tratamento ortodôntico. Este trabalho apresenta o relato de um caso de paciente do sexo feminino, oito anos de idade, que compareceu à clínica da Faipe, Cuiabá/ MT, na fase de dentição mista, portando mordida 88 aberta anterior. A paciente relatou hábito de sucção de polegar e ao exame clínico observou-se interposição lingual durante repouso, fala e deglutição. O tratamento proposto foi o expansor maxilar Hyrax, com grade palatina fixa. No decorrer de oito meses uma melhora significativa foi observada, e no período de 12 meses a completa correção. A paciente foi encaminhada para o fonoaudiólogo para neuroprogamação postural da língua. O tratamento precoce dessa condição deve ser indicado no intuito de diminuir más-oclusões complexas no futuro. Diminuindo a possibilidade de recidiva e aumentando o índice de estabilidade. 225 – Bite Guide associado ao arco base. Uma boa alternativa na verticalização de molares inferiores Fabio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) A perda precoce de primeiros molares inferiores e/ou pré-molares inferiores, causa uma mesioinclinação de segundos e/ou primeiros molares inferiores. A correção dessa mesioinclinação é um grande desafio para a Ortodontia. Em 1950, Ricketts introduziu o arco base, também chamado arco utilidade, em sua técnica e mostrou ótimos resultados na correção da má-oclusão tipo classe II com mordida profunda e na movimentação individual de dentes, como molares inferiores mesioinclinados. Este trabalho teve o objetivo demonstrar a correção da mesioinclinação de molares inferiores através do uso do arco base concomitante à utilização do Bite Guide. Foi montado aparelho fixo nos arcos superior e inferior e instalado o Bite Guide na face palatina dos elementos 11 e 21. Posteriormente, realizou-se a instalação e ativação do arco base. O uso associado do Bite Guide com o arco base mostrou-se extremamente eficiente, principalmente pelo fato do Bite Guide promover a desoclusão dos molares inferiores, facilitando a ação do arco base no sentido de desinclinar molares inferiores. 226 – Extração de incisivo inferior: uma opção terapêutica Fabio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree Saddi; Jorge Luis de Castro; Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) A alta prevalência de apinhamentos dentários traz inúmeras dúvidas para o ortodontista quanto à seleção do dente a ser extraído. As escolhas mais comuns de extração de pré-molares parecem não se encaixar adequadamente em muitos casos, levando os profissionais a optarem por extrações atípicas como as dos incisivos inferiores ou a realização de desgastes interdentais generalizados. O objetivo deste trabalho foi mostrar a extração de um incisivo inferior como uma boa opção terapêutica em um caso de apinhamento inferior que não permite a extração de quatro pré-molares. Paciente aos 47 anos e seis meses de idade, com ausência dos elementos 15, 16 e 25, caninos e pré-molares em classe I, apontou como principal queixa o apinhamento dos incisivos inferiores. Foi utilizado aparelho fixo nos arcos superior e inferior e realizada a extração do dente 31 para dissolver o apinhamento inferior. O dente 41 ficou centralizado na linha média, terminando como dente central ao final do tratamento. A extração de um incisivo inferior em casos bem selecionados é uma abordagem eficiente e pouco explorada na literatura. Entretanto, para sua correta indicação o ortodontista precisa conhecer as variáveis que envolvem este tipo de terapia, e a mesma bem empregada, possui enorme utilidade na resolução de muitos casos ortodônticos. 227 – Tracionamento de incisivo impactado: mecânica segmentada e cinco anos de controle Natália Maria Vieira-Barbosa; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli Valarelli; Leopoldino Capelozza Filho; Mauricio de Almeida Cardoso (Universidade do Sagrado Coração – USC-Bauru) Introdução: a incidência de incisivos superiores impactados durante a dentadura mista é de aproximadamente 2,5%. Incisivos centrais perdidos ou impactados têm uma repercussão negativa na aparência facial e autoestima, além de problemas fonéticos. A etiologia é multifatorial, e inclui a retenção prolongada de dentes decíduos. Além disso, a intervenção tardia pode causar desequilíbrio da arcada anterior. O tratamento pode envolver abertura de espaço, remoção do fator etiológico, exposição cirúrgica e tracionamento. O sucesso do protocolo de tratamento depende de vários fatores, como eliminação da etiologia da impactação, planejamento adequado, localização do dente, intervenção precoce e a cooperação da paciente. O tracionamento fechado foi a opção de escolha nesse caso, e o protocolo seguido proporcionou tanto a cooperação da paciente quanto o acompanhamento de longo prazo, o que minimiza os riscos de insucesso. Relato do caso: o presente relato apresenta o tratamento de uma paciente mesofacial, iniciado 89 aos sete anos de idade, com acompanhamento até os 12. A paciente apresentava má-oclusão de classe I, com retenção prolongada do decíduo e não erupção do dente 21. Devido às relações oclusal, interarcos e facial equilibradas, foi planejado o tratamento em duas fases, sendo a primeira o tracionamento do dente 21 e a segunda, o tratamento ortodôntico corretivo. Após a exodontia do dente 61, não ocorreu a erupção espontânea do 21, e foi então realizado o tracionamento fechado, com mecânica segmentada e elástico corrente. Esta etapa durou cinco meses e o aparelho foi removido. A paciente foi acompanhada até que os dentes permanentes tivessem erupcionado para que então, a segunda fase fosse iniciada. Foi instalado o aparelho fixo prescrição I de Capelozza (Abzil/3M) e realizado o alinhamento e nivelamento. O caso foi finalizado com a instalação de contenção fixa 3 x 3 inferior e placa de Hawley superior. A paciente foi acompanhada por cinco anos, onde se pôde observar o elemento 21 na boca, hígido e em função. Conclusão: tratamento precoce da retenção de dentes permanentes favorece um prognóstico seguro e a interceptação de possíveis desarmonias. O acompanhamento do crescimento é fundamental para a estabilidade, que pode ser observada após cinco anos. 228 – Canino inferior impactado por odontoma composto Pedro Augusto Costa; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Maurício de Almeida Cardoso; Leopoldino Capelozza Filho; Danilo Pinelli Valarelli (Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru) O presente caso clínico demonstra o tracionamento ortodôntico de um canino inferior impactado por odontoma composto. Menos comuns na região mandibular, as impacções dentárias de caninos podem ocorrer devido à falta de espaços para irrupção, ectopias de germes dentários e obstáculos, sejam mecânicos ou patológicos. Neste caso clínico entende-se que a provável etiologia da impacção dentária foi a presença de um odontoma composto, classificado como um obstáculo patológico e o mais comum dos tumores odontogênicos, sendo, portanto, necessária a sua remoção para o sucesso no tracionamento ortodôntico. 229 – Novo dispositivo de ancoragem em mini-implantes no palato para diversas aplicações ortodônticas Selly Sayuri Suzuki; Denise Nami Fujii; Luiz Henrique Previdente; Aguinaldo Silva Garcez Segundo; Hideo Suzuki (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O uso de dispositivos como os mini-implantes, que possuem tamanho reduzido e não dependam da colaboração do paciente vem ganhando popularidade na Ortodontia. Mini-implantes na região do palato são uma alternativa quando espaços inter-radiculares não são suficientes, ou quando a localização do mini-implante possa interferir na direção da movimentação dentária. O objetivo deste trabalho foi apresentar um novo dispositivo denominado Núcleo de Ancoragem Esquelética (Peclab, Belo Horizontel, Brasil) apoiado em dois mini-implantes posicionados na região paramediana da sutura palatina, por meio de apresentações de uma série de casos clínicos. O núcleo de ancoragem possui um tubo central para instalação de fios ou braços de extensões, e um furo para inserção de fios de baixo calibre ou fios de amarrilhos, que servirão de suporte para as ativações deste dispositivo nos dentes a serem movimentados. As aplicações destes dispositivos variam de movimentos de distalização do arco superior (somente molares ou da arcada total) para tratamento da classe II, intrusão de dentes posteriores para tratamento de mordida aberta e mesialização da arcada superior para tratamento da classe III. Foi possível concluir que o núcleo de ancoragem em mini-implantes é um dispositivo eficaz nos diversos tratamentos ortodônticos, proporcionando mecânica simples e de fácil instalação com controle da movimentação dentária nas três dimensões (anteroposterior, vertical e transversal) e podendo ser usado uni ou bilateralmente. 230 – Mesialização de molares com auxílio de miniparafuso Cristiane Muller; Marcus Vinícius Crepaldi; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; João Wagner Pascoto; Ana Paula de Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) Com a demanda de pacientes adultos buscando o tratamento ortodôntico, muitas vezes a possibilidade de fechamento dos espaços ocasionados pela perda de dentes permanentes é questionada. A necessidade de realizar a ancoragem absoluta de forma fácil e eficaz é um fator crítico para o sucesso do tratamento ortodôntico, os miniparafusos ortodônticos representam atualmente uma das inovações tecnológicas mais relevantes na prática clínica dos ortodontistas na última década. Tais dispositivos de ancoragem demonstram alta versatilidade clínica, permitem a aplicação de forças contínuas imediatas e eficazes para movimentação dentária. O movimento de mesialização dos molares por pacientes adultos que procuram por um tratamento ortodôntico é muito requisitado, faz-se necessário então, um 90 sistema de ancoragem eficiente, sem efeitos colaterais que proporcione diminuição no tempo de tratamento sem depender da colaboração do paciente. Os miniparafusos vêm se mostrando de grande importância, uma vez que proporciona ao ortodontista realizar o movimento de mesialização aplicando a força diretamente no centro de resistência dos molares com muito mais controle da mecânica. Paciente compareceu à clínica Faipe, com ausência do dente 47 e presença do dente 48, o tratamento proposto foi a mesialização do dente 48 com a utilização de miniparafuso colocado entre os dentes 44 e 45, no período de 14 meses pôde-se observar a mesialização completa do dente, substituindo o espaço do dente 47 ausente. 231 – Abordagem ortodôntico-cirúrgica do reposicionamento da pré-maxila Carolina Martins Frota; Julianna de Oliveira Lima Parizotto; Claudia Rezende Leal; Mariana Chaves Petri Feitosa; Emily Tamie Sá Nakamura; José Carlos Bastos Júnior (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC/USP) Introdução: o tratamento com enxerto ósseo secundário, simultâneo ao reposicionamento da pré-maxila em pacientes com fissura transforâmen bilateral completa, é um procedimento bem reconhecido. A estabilização da pré-maxila reposicionada é fator chave para o sucesso do enxerto ósseo secundário. Estes pacientes possuem ausência de osso na área da fissura, pré-maxila excessivamente protruída e fístula buconasal que comprometem aspectos estéticos e funcionais. Objetivo: relatar o tratamento de uma paciente do sexo feminino com fissura transforâmen bilateral, pré-maxila severamente protruída e extruída afetando a estética facial, funções da mastigação, fala e respiração. Métodos: tratamento ortodôntico-cirúrgico através de expansão rápida da maxila, cirurgia de enxerto ósseo alveolar bilateral associada ao reposicionamento da pré-maxila, instalação de aparelho fixo para alinhamento e nivelamento dos segmentos maxilares, e finalização ortodôntica mantendo espaço protético na região do 22 e do 14 para futura reabilitação. Resultados e conclusão: ao final do tratamento, os problemas estéticos e funcionais da paciente foram solucionados. A autoestima restaurada e inclusão social da paciente foram os melhores benefícios alcançados. 232 – Tratamento da má-oclusão de classe III com extração atípica Maiara Goulart; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Maurício de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli Varaleli; Fernando Pedrin Carvalho Pereira (Universidade do Sagrado Coração – USC-Bauru) O tratamento da classe III de Angle é bastante difícil, porque o padrão de crescimento do paciente determina o êxito do tratamento a longo prazo. O diagnóstico e tratamento precoce ainda são questões muito discutidas na literatura ortodôntica. Este tipo de intervenção precoce tem sido indicada com maior frequência, a fim de eliminar os fatores etiológicos primários e impedir que uma má-oclusão já instalada se torne grave. No entanto, quando um paciente é diagnosticado na idade adulta, a manipulação das bases ósseas se torna extremamente limitada, já que não há mais qualquer potencial de crescimento. Os tratamentos são restritos a compensações dentárias, quando possível, ou cirurgia ortognática. No entanto, devido ao alto custo e risco inerente ao procedimento cirúrgico, esta opção de tratamento é muitas vezes negada pelo paciente. Nesse caso, o ortodontista sempre que possível realiza tratamento compensatório para restaurar uma oclusão funcional e melhorar a estética facial. Este artigo relata um caso de má-oclusão classe III em um paciente que optou pelo tratamento compensatório com a extração de molar inferior, que permitiu a correção da linha média e o overjet, além de uma boa estética facial ao final do tratamento. 233 – Possibilidades de manejo ortopédico das más-oclusões do padrão III ao longo do crescimento Maiara Goulart; Fábio Pinto Guedes; Luciana Martinez; Luis Henrique Squillace; Leopoldino Capelozza Filho; Mauricio de Almeida Cardoso (Universidade do Sagrado Coração – USCBauru) O tratamento interceptivo das más-oclusões do padrão III apresenta metas terapêuticas bem definidas na Ortodontia contemporânea. O tratamento ortopédico ideal deveria influenciar o crescimento e a disposição espacial das bases ósseas (maxila e mandíbula), de forma a obter o equilíbrio e ser capaz de preservá-lo até o final de crescimento. Essa meta ganha contornos de utopia, em especial quando o problema envolve a mandíbula e, admitir uma determinante genética para essa doença, torna difícil predizer ao certo, durante a fase de crescimento, o quanto ela irá magnificar. Ainda assim, mesmo com 91 um prognóstico incerto, a busca pela função e uma melhor estética facial, mesmo que temporária, deve ser considerada. Nesse contexto, é de suma importância atuar em época oportuna e acompanhar o paciente desde o primeiro período transitório da dentadura mista até a fase final de crescimento, agindo terapeuticamente apenas em momentos estratégicos, e sempre disposto a capitular diante de discrepâncias que se desenham desagradáveis. O objetivo desse trabalho foi discorrer sobre esse tema, apoiado no desenrolar do tratamento de uma paciente jovem, padrão III, com monitoramento de crescimento desde a dentadura decídua até a idade adulta, e tratamento realizado em dois momentos, com o protocolo de ERM e TM. Apesar das limitações reconhecidas e discutidas, a manutenção da função e qualidade facial foi obtida, com uma relação adequada entre custo e benefício. 234 – Correção de mordida profunda tratada com alavancas e arcos reversos Aline Barbosa de Oliveira; Hilana Cahina Santos de Oliveira; Claudine Sampaio Gurgel; Lis Monteiro de Carvalho Guerra; Vania Maria Arruda Bandeira de Melo; Felipe Franco Marçal (Academia Cearense de Odontologia) A mordida profunda é uma má-oclusão caracterizada pelo trespasse vertical excessivo na região anterior. A sua etiologia pode ser oriunda de fatores esqueléticos, dentários ou neuromusculares, o que a torna uma má-oclusão que necessita de um tratamento cauteloso e de maior preocupação de estabilidade ao longo dos anos. O objetivo desse trabalho foi apresentar um relato de tratamento ortodôntico de um paciente com mordida profunda tratada com alavancas e arcos reversos. Paciente do sexo feminino, 25 anos de idade, compareceu à clínica do curso de especialização em Ortodontia da Academia Cearense de Odontologia com a queixa principal de mordida muito profunda. Em sua análise facial foi observada presença de simetria, terços faciais proporcionais, selamento labial em repouso, nariz bem posicionado e perfil facial levemente convexo. No exame intrabucal e de modelos, observou-se caninos direitos em relação de classe II, incisivos superiores extruídos, mordida profunda de 95% e curva de Spee acentuada. Na análise de sorriso, a exposição gengival significativa. Dessa maneira, o objetivo do tratamento foi corrigir a mordida profunda, bem como a curva de Spee acentuada e adequar as relações interincisais. Após analise clínica e cefalométrica da paciente, optou-se pelo seguinte plano de tratamento: montagem do aparelho superior e início do alinhamento e nivelamento com utilização de fios NiTi (0,012 ao 0,016) com o uso concomitante de alavancas para intrusão dos incisivos superiores no início do tratamento. O perfil dolicofacial associado a uso das alavancas (21 x 25) foi responsável pelo rápido levante de mordida com extrusão significativa de molares. Após a correção da mordida profunda no segundo mês, logo o aparelho inferior foi instalado com a mesma sequência de alinhamento e nivelamento (0,012-0,016). As alavancas foram removidas e iniciou-se o uso de arco acentuado superior e reverso inferior em fios de NiTi 0,018, a fim de manter a sobremordida em uma relação anterior adequada. Após finalização dos arcos de NiTi, foram colocados arcos reversos de aço 0,018 para estabilização do caso. Após uso dos fios de aços reversos 0,018 por três meses, foram iniciados uso e elásticos para classe II (5/16 médio) para melhor intercuspidação de pré-molares e relações interincisais. Ao final de doze meses de tratamento, a paciente apresenta sobremordida inicial sobrecorrigida para melhor controle de estabilidade, melhores relações intercisisais, caninos e molares em classe I e menos exposição gengival no sorriso. Portanto, a associação de mecânicas de tratamento de sobremordida pode oferecer vantagens quanto ao tempo terapêutico e eficácia de tratamento. 235 – Associação do aparelho de Herbst e AEB para tratamento de classe II Brunah de Oliveira Buche; Isis Grande; Marina Samara Baechtold; Rafaella Saab; Gisele Maria Correr; Alexandre Moro (Universidade Positivo) Introdução: a má-oclusão de classe II é um dos problemas mais frequentes encontrados no cotidiano da clínica odontológica, ocorrendo em metade da população brasileira na faixa de 12 anos. Esta má-oclusão caracteriza-se por um desequilíbrio no sentido anteroposterior entre as bases ósseas e pode ser resultante de várias combinações, sendo a mais comum, a retrusão mandibular. Quanto ao tratamento da má-oclusão de classe II, diversas técnicas têm sido sugeridas. Aparelhos ortopédicos podem ser utilizados como aparelho o de Herbst, e também o AEB. Além disso, a associação entre eles também é possível. Objetivos: mostrar o tratamento de uma paciente que possuía má-oclusão de classe II, primeira divisão estimulando o crescimento mandibular com o aparelho Herbst e restringindo o crescimento da maxila com o AEB. Além disso, na fase do aparelho fixo foram extraídos quatro primeiros pré-molares. Métodos: Paciente do sexo feminino, com dez anos de idade, apresentava classe II, primeira divisão, e 92 tipo facial dolicofacial. Sua mandíbula estava retruída e sua maxila protruída, com um trespasse vertical de 1 mm e um trespasse horizontal de 12 mm. A radiografia carpal mostrou que ela se encontrava na fase ascendente da curva de crescimento puberal. O tratamento foi iniciado com a instalação do splint superior com o expansor para disjunção maxilar. Um mês após o travamento do parafuso, instalou-se o aparelho de Herbst por meio do splint inferior removível. Ele foi utilizado por 12 meses em associação com o aparelho AEB com casquete de Interlandi. O AEB foi utilizado apenas para dormir com direção de forças nas ranhuras três e cinco, com uma força de 700 gramas de cada lado. Após a remoção do aparelho Herbst, montou-se o aparelho fixo nas arcadas superior e inferior, continuando assim com o alinhamento e nivelamento. Nessa fase do tratamento a paciente apresentava-se com uma biprotrusão dentária. Assim, optou-se pela exodontia dos quatro primeiros pré-molares, e após foi realizada a retração dos dentes anteriores superiores e inferiores, a coordenação dos arcos, a intercuspidação, e a remoção do aparelho. Após 38 meses de tratamento, foi instalada contenção fixa 5 x 5 inferior e uma placa de Hawley modificada na arcada superior. Conclusão: a combinação de estratégias utilizadas neste caso permitiu a obtenção de uma grande modificação facial da paciente por meio da restrição do crescimento da maxila, avanço da mandíbula e retrusão dos dentes anteriores superiores e inferiores. 236 – Tratamento da classe III com protração maxilar e técnica biofuncional Taise Schwanck Plucenio; Rodrigo Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de Freitas; Adenilson Chagas; Claudia Cristina da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) A má-oclusão de classe III é considerada um dos problemas mais complexos e difíceis de se diagnosticar e tratar, portanto, o tratamento ortodôntico precoce tem sido a principal forma de tratamento para os pacientes que apresentem esta deformidade, com envolvimento dentário e/ou esquelético. A utilização da técnica biofuncional para classe III, com torque lingual nos incisivos superiores e torque vestibular nos incisivos inferiores representa uma alternativa de tratamento viável, uma vez que propicia nos resultados oclusais e estéticos satisfatórios. 237 – Verticalização de molares impactados Taise Schwanck Plucenio; Diego A. Servilha; Rodrigo Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) O objetivo deste painel foi mostrar um caso clínico de segundos molares inferiores impactados, que foram tratados com extração dos quatro primeiros pré-molares inferiores e superiores, e mesialização dos primeiros molares e segundos pré-molares inferiores utilizando mini-implantes. 238 – Intrusão de incisivos superiores com a utilização de mini-implantes ortodônticos Fabricio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) O uso de mini-implantes ortodônticos oferece a possibilidade de se realizar uma ancoragem esquelética trazendo novas perspectivas para alcançar um bom resultado nos tratamentos ortodônticos atuais, principalmente nos casos em que é necessário realizar a intrusão de um dente ou de um grupo de dentes simultaneamente. A necessidade de intrusão dos dentes anteriores ocorre, principalmente, em função da presença de mordida profunda. Quando comparada à intrusão de dentes posteriores, a intrusão na região anterior é um movimento mais fácil de ser obtido, devido ao menor volume radicular dos incisivos centrais e laterais, o que proporciona menor reação do osso alveolar com menor tempo de tratamento. Este trabalho teve o objetivo de mostrar a utilização clínica dos mini-implantes ortodônticos como alternativa para a intrusão de incisivos centrais e laterais. Para isso utilizou-se um mini-implante Morelli de 6 mm de comprimento, 1,6 mm de diâmetro e 1 mm de perfil transmucoso, que foi posicionado entre as raízes dos incisivos centrais, perpendicular ao tecido ósseo (90º). A técnica apresentou resultados muito satisfatórios na intrusão de tais elementos dentários e consequente levante da linha do sorriso. O uso de mini-implantes para intrusão de incisivos centrais e laterais como elementos de ancoragem esquelética permite empregar uma mecânica ortodôntica mais simples, trazendo novas perspectivas para os tratamentos ortodônticos. Porém, exige conhecimento de biomecânica para sua correta aplicação. 239 – Plano inclinado com pista metálica no tratamento da mordida profunda em pacientes braquifaciais Fabricio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino Odontológico – Esfera) A mordida profunda, também designada como sobremordida exagerada, é um tipo de má-oclusão de etiologia multifatorial, expressada na 93 condição clínica onde os incisivos superiores recobrem os inferiores mais do que os níveis considerados normais, tal má-oclusão pode estar associada, dentre outros fatores, a alterações de crescimento mandibular e ou maxilar, na função de lábios e língua ou ainda alterações dentoalveolares, como a suprairrupção de incisivos, infrairrupção de molares ou os dois fatores combinados. Recorrente em pacientes braquifaciais é um problema de resolução complexa e mais demorada, apesar das várias terapias existentes. Dentre as alternativas de tratamento, uma que pode ser aplicada é o uso dos aparelhos de desoclusão posterior associado ao uso de pista metálica, quando a mordida profunda é diagnosticada como sendo causado por infrairrupção dos molares, o uso da pista metálica gera uma maior extrusão dos molares e ainda atua como coadjuvante na correção da mordida tipo classe II por atuar como guia para a mandíbula. De arquitetura simples, custo baixo e boa estética, apesar de depender da colaboração do paciente por ser um aparelho móvel, é um ótimo recurso no tratamento ortodôntico das mordidas profundas. 240 – Tratamento ortodôntico em paciente adulto com retrusão maxilar, protrusão mandibular e agenesia dos incisivos laterais superiores associado à cirurgia ortognática Marcelus Carlo Nunes Burgarelli; Hideo Suzuki (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O crescimento maxilomandibular é direcionado de acordo com características hereditárias e sofre influências de fatores externos. Quando há uma discrepância óssea e dentária na fase de crescimento ósseo, esta pode ser corrigida pelo ortodontista, através de tratamentos ortopédicos e ortodônticos compensatórios. Em adultos, que consequentemente não apresentam mais crescimento ósseo, usa-se a alternativa de reposicionar os ossos da face cirurgicamente. A cirurgia ortognática está indicada para pacientes com desarmonias esqueléticas e dentárias, cujo tratamento não pode ser realizado apenas ortodôntico e/ou ortopedicamente. Para a escolha entre o tratamento ortodôntico compensatório ou a cirurgia ortognática, avalia-se o posicionamento ósseo através de análises faciais e cefalométricas optando por um ou outro tipo de tratamento, cada um com suas vantagens e desvantagens. Em casos de agenesias dos incisivos laterais superiores, a conduta terapêutica pode seguir duas formas básicas, que são a manutenção dos espaços para a posterior realização de reabilitação implanto/protética ou o fechamento dos espaços à custa de movimentos mesiais dos dentes pos- teriores. A escolha dar-se-á por diversos fatores, tais como: a idade do paciente, a anatomia dos caninos superiores, o tipo de má-oclusão e a queixa principal do paciente. O planejamento ortodôntico-cirúrgico baseou-se na análise facial e cefalométrica das discrepâncias ósseas e dentárias, assim como a queixa principal do paciente e a anatomia dos caninos superiores. Foi realizada a instalação de aparelhagem fixa prescrição Roth, com bandagens dos molares superiores e inferiores e uso de tubos de molares inferiores nos molares superiores para facilitar o torque lingual, eliminando a compensação vestibular dos molares superiores devido ao excessivo crescimento da mandíbula. Foi realizada a exodontia dos terceiros molares inferiores e após seis meses, o preparo cirúrgico e a cirurgia ortognática de protrusão maxilar e retrusão mandibular. O tratamento ortodôntico-cirúrgico foi finalizado com o uso de elásticos intermaxilares para estabilização óssea e muscular e sessões de Fisioterapia e Fonoaudiologia. 241 – Alternativa de tratamento para máoclusão de classe II subdivisão no padrão horizontal Mayara Rizzo; Hediberton de Aguiar; Guilherme Janson; Fabricio Pinelli Valarelli; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Rizzo (FOBUSP) Este trabalho mostra uma alternativa de tratamento da má-oclusão de classe ll assimétrica, em paciente adulto, com perfil facial reto, braquifacial, com suave apinhamento dentário e desvio da linha média inferior, onde o protocolo de tratamento com três extrações não era o mais indicado. A proposta para correção desta patologia oclusal foi a inserção de uma mecânica de abertura de espaço no lado da má-oclusão de classe ll para posterior instalação de um implante osseointegrado do tamanho de um pré-molar. Houve correção da linha média dentária em relação ao plano sagital mediano, assim como correção da discrepância anteroposterior do lado esquerdo. O tratamento proposto demonstrou ser eficiente na correção da má-oclusão de classe II, subdivisão esquerda, com desvio de linha média inferior devendo ser encarado como uma opção viável e promotora de efeitos benéficos ao paciente, proporcionando ao mesmo um ganho na harmonia do sorriso sem efeitos colaterais em relação ao perfil. 94 242 – Tratamento compensatório da classe III no adulto Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas Falcão; Thais Marchini de Oliveira; Adenilson Silva Chagas; Rodrigo Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá) A má-oclusão de classe III esquelética representa um dos problemas mais difíceis de serem tratados, apresentando como alternativas de tratamento no paciente adulto a camuflagem ortodôntica ou a cirurgia ortognática, cuja escolha depende da queixa do paciente, do grau de severidade esquelética e da magnitude de compensação dentária presente na má-oclusão. O tratamento compensatório pode ser uma ótima opção em pacientes adultos, quando a discrepância esquelética é mínima e as expectativas não estão relacionadas à face. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de classe III esquelética suave, cujo tratamento ortodôntico foi realizado compensatoriamente utilizando a técnica biofuncional e elásticos de classe III. 243 – Tratamento precoce da mordida aberta anterior por meio de esporões linguais colados Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas Falcão; Adenilson Silva Chagas; Rodrigo Hermont Cançado; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas; Luiz Filiphe Gonçalves Canuto (Faculdade Ingá) A mordida aberta anterior (MAA) representa um motivo de grande preocupação na clínica ortodôntica pela alta prevalência nas dentaduras decídua e mista, podendo ser definida como um trespasse vertical negativo entre os dentes anteriores antagonistas. É muito importante o seu tratamento precoce devido ao comprometimento estético, funcional e psicossocial, existindo várias opções de aparelhos para a MAA. No entanto, os esporões linguais surgiram como uma alternativa eficaz e resolutiva àquelas já empregadas. Assim, este trabalho pretende mostrar o emprego destes dispositivos e os resultados favoráveis obtidos, bem como a boa aceitação por parte dos pacientes. O presente trabalho teve como objetivo relatar um caso de mordida aberta anterior na dentadura mista, cujo tratamento ortodôntico foi realizado com a utilização de esporões linguais colados na superfície lingual dos incisivos superiores e inferiores. 244 – Tratamento precoce da classe III: uma abordagem clássica e eficiente Bruna Santos Cedraz da Silva; Bruna Santos Cedraz da Silva; Pollyanna Andrade Góes; Neidjane Sampaio Cabral; Marlos Eurípedes de Andrade Loiola (Iappem/Funorte) A má-oclusão de classe III é determinada pela discrepância esquelética entre as bases ósseas e pode ser esquelética, dentária ou ambas. Fácil de tratar quando interceptada precocemente, evitando um posterior tratamento cirúrgico, a discrepância entre o arco superior e inferior da classe III tem a retrusão ou deficiência maxilar como fator que mais contribui para o aparecimento desta má-oclusão. Com uma grande eficiência quando tratado precocemente, a expansão rápida da maxila com disjuntor e sua posterior tração com uma máscara facial, garante um equilíbrio no perfil facial e estético do paciente. O objetivo deste trabalho foi relatar o tratamento de uma paciente classe III esquelética, com deficiência maxilar no período pré-pico de crescimento puberal, realizando o tratamento com expansão rápida da maxila e uso da máscara facial de Petit. 245 – Autoligado: vantagens e desvantagens Ana Paula Trevizan; Ana Paula de Aguiar; Marcus Vinícius Crepaldi; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) Os braquetes autoligados, há tempos estão ao centro dos debates e publicações científicas no meio odontológico, o que em muito se deve à introdução de diversos novos sistemas autoligados no mercado. Com isso, se tornam ótimos alvos de estudos, discussões e controvérsias desde que foram adotados como um meio de otimizar o tratamento ortodôntico nos mais variáveis aspectos. A eficácia da terapia ortodôntica se baseia no correto diagnóstico e uma boa resposta biológica do paciente à biomecânica proposta pelo ortodontista, onde a escolha dos materiais tem papel fundamental. Dentre as vantagens destes braquetes incluem-se a eliminação dos módulos elastoméricos, pois traz pontos favoráveis ao tratamento, como a eliminação da potencial contaminação cruzada ocasionada pelas ligaduras, a inexistência da degradação das forças elásticas, a diminuição do risco de desmineralização do esmalte pela eliminação dos locais retentivos para acúmulo de placa, a hipotética redução de atrito nas mecânicas de deslizamento e a aplicação de forças mais leves, resultando em menores efeitos colaterais e um menor tempo clínico. Mais 95 pesquisas científicas ainda são necessárias em relação ao uso dos braquetes autoligados para comprovar a eficiência e vantagens dos mesmos. Pretende-se, então, neste artigo, descrever o tratamento da paciente com 26 anos de idade, que compareceu à clínica de Ortodontia da Faipe Cuiabá-MT apresentando classe I ,diastemas e apinhamento. O tratamento consistiu em: alinhamento, nivelamento e fechamento dos espaços. O aparelho utilizado foi o autoligado da marca Morelli, observou-se um tempo de atendimento de manutenção reduzido e baixo acúmulo de placa bacteriana. O tratamento da paciente teve duração de 14 meses. 246 – Fechamento de diastemas e retração anterior com sistema de alinhadores estéticos Erika Yukimi Okayama; Luciano Wagner Ribeiro; Maxwell Albuini; Gilberto Bezerra; Juliana Gaschler; Sergio Giamas Iafigliola (APCD) Relato de caso clínico de fechamento de diastemas e retração de dentes anteriores utilizando-se sistema de alinhadores ortodônticos estéticos Easy Solution. 247 – Uso de miniplacas para o tratamento da má-oclusão de classe II sem extrações com caninos em vestibuloversão Celha Borges Costa Alves; José Valladares Neto; Edenize Cristina Vaz; Hianne M. Torres; Maria Alves Garcia Santos Silva (UFG) O protocolo de tratamento da má-oclusão de classe II varia conforme o componente morfológico e a expressão do crescimento craniofacial, como a magnitude e direção. É consensual que a colaboração do paciente e o planejamento criterioso da ancoragem também sejam determinantes para o sucesso do tratamento. O presente relato de caso descreve o tratamento ortodôntico sem extração de um paciente adolescente com má-oclusão de classe II tratado com o emprego de miniplacas. 248 – Relatos de três casos clínicos de pacientes com espectro oculoaurículovertebral Rayane de Oliveira Pinto; Gisele da Silva Dalben (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC/USP) Introdução: o espectro oculoauriculovertebral (EOAV), também conhecido como síndrome de Goldenhar ou displasia oculoauriculovertebral é uma condição que afeta as estruturas formadas a partir do primeiro e segundo arcos faríngeos, como as orelhas, a mandíbula e as partes moles da face. Tais estruturas estão afetadas unilateralmente, em graus distintos, o que determina a aparência assimétrica da face. O tratamento para esses pacientes é interdisciplinar e complexo. As alternativas de tratamento devem ser estudadas criteriosamente para a correta indicação a depender das necessidades, limitações de cada caso e expectativa do indivíduo. O objetivo desse trabalho foi descrever, através de três casos clínicos, as possibilidades terapêuticas envolvidas na reabilitação, correlacionando o tratamento adotado à gravidade da má formação mandibular. Métodos: este trabalho utiliza dados secundários (fotos, radiografias, modelos e dados de prontuário) provenientes do arquivo do HRAC e dispensa TCLE. Discussão: são descritas três opções de reabilitação abordadas e suas indicações para cada caso clínico. Conclusão: de acordo com a gama de soluções reabilitadoras, a severidade da hipoplasia heminandibular deve ser o principal fator para a decisão de cada plano de tratamento. 249 – Tratamento do apinhamento primário definitivo genético em uma paciente com padrão de crescimento vertical Mariana Chaves Petri Feitosa; Julianna de Oliveira Lima Parizotto; Carolina Martins Frota; Tiago Turri de Castro Ribeiro (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC/USP) O programa de extrações seriadas (PES) é uma das formas de tratar precocemente a discrepância dente/osso negativa. É usado para a correção do apinhamento primário e secundário de caráter genético, e tem como vantagens corrigir a discrepância de modelo com redução da massa dentária em estágios precoces, visando o bem estar social de pacientes e pais. O objetivo desse tratamento foi corrigir a discrepância dente/osso negativa, em uma paciente com crescimento vertical, através de exodontias precoces programadas, visando alcançar uma oclusão estável respeitando o padrão de crescimento facial observado. A paciente apresentou-se para avaliação inicial no primeiro período transitório da dentadura mista. Observou-se ausência de espaço para irrupção dos dentes permanentes, assim como uma forma dos arcos inadequada. Sendo assim, durante a primeira fase do PES, foi indicada a expansão dos arcos. Após a segunda fase do PES e irrupção dos demais dentes permanentes, estes foram corretamente alinhados e nivelados. O 96 padrão de crescimento facial foi uma variável importante na definição do tratamento do apinhamento primeiro definitivo genético, uma vez que esse tipo facial aceita pouca mecânica expansionista. Optou-se pelo PES nesse caso, e os objetivos do tratamento foram alcançados. 250 – Erro de interpretação radiográfica confirmado com a técnica da tomografia computadorizada Aline Lira Torneri; Sergio Giamas Iafigliola; Juliana Azevedo Marques Gaschler; Maxwell Lopes Albuini; Gilberto Bezerra (APCD) Caso clínico de expansão rápida de maxila, utilizando um aparelho Hyrax modificado, apresentando no raio X de controle uma lesão radiolúcida bilateral a sutura palatina, onde houve a confirmação do falso diagnóstico de um raio X periapical através da tomografia computadorizada, provando que o uso da tomografia na Odontologia pode ser um ótimo recurso a ser utilizado para confirmação do diagnóstico em um possível erro da interpretação radiográfica, sendo como grande vantagem da tomografia computadorizada a precisão tridimensional que a técnica proporciona. 251 – Uso da mecânica straight wire simplificada para intervenção na dentição mista em casos com extrações de pré-molares Fernando César Pereira Costa Aguiar; Humberto Nazareth Costa Júnior (ABO-GV) Um dos grandes desafios dos tratamentos ortodônticos na dentição mista é a ancoragem, devido ao fato dos dentes posteriores, pré-molares e segundos molares estarem ausentes no arco durante essa fase do desenvolvimento. Esse trabalho apresenta caso clínico de indivíduo do sexo feminino, com nove anos e dois meses, mesofacial, padrão II, com lábio inferior e mento retruídos. Encontrava-se na dentição mista com má-oclusão classe II, subdivisão esquerda, e com incisivos superiores e inferiores protuídos e vestibularizados. Havia agenesia dos segundos pré-molares inferiores (elementos 35 e 45) e o comprimento do corpo mandibular estava ligeiramente aumentado. Era objetivo do plano de tratamento, além de se alcançar a oclusão funcional, proporcionar selamento labial passivo e estética facial com melhor participação do lábio inferior e mento no perfil, após a correção das posições dos incisivos superiores e inferiores e quando ocorresse o crescimento mandibular. Foi proposto tratamento com ortodontia fixa em ambos os arcos e a mecânica escolhida foi a preconizada pelo professor Messias Rodrigues, a straight wire simplificada. Tal escolha se deu em função das limitações com a ancoragem, uma vez que o planejamento incluía exodontia dos primeiros pré-molares superiores e segundos molares decíduos inferiores. Além disso, essa mecânica permitiria a retração superior com o controle da sobremordida, outro fator que motivou a escolha. Ao término do tratamento, notou-se a melhora na estética facial proporcionada pelo crescimento mandibular e a ocorrência de selamento labial passivo em função das correções das posições e inclinações dos incisivos superiores e inferiores. Do ponto de vista oclusal, percebeu-se a oclusão bem ajustada com sobremordida e sobressaliência que permitiram oclusão dinâmica livre de interferências. Na radiografia panorâmica final foi possível notar que os molares inferiores encontravam-se sem angulações mesiais, reforçando a eficiência da técnica para perda de ancoragem dos molares inferiores, sem o efeito de mesioangulação indesejável durante esse tipo de movimento. 252 – Expansão rápida da maxila com ancoragem esquelética em paciente adulto Gustavo Favarato Ruy; Neliane Ferreira de Oliveira; Diego Tezolin; Vitor Hugo Waruar; Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Introdução: a expansão rápida da maxila soluciona grande parte dos problemas transversais de pacientes com atresia maxilar (Lopes et al, 2003). Diante do aumento significativo do número de adultos que procuram tratamento ortodôntico, a técnica da expansão rápida da maxila com ancoragem óssea apresenta como vantagem, aumento transversal inteiramente via formação óssea, sem compensação dentária ou recidiva óssea, e ausência de dano periodontal, além de minimizar as inclinações e extrusões dentárias, traumas e reabsorções radiculares. As desvantagens são, contudo, a necessidade de um segundo tempo cirúrgico para a remoção dos expansores. Relado do caso: o objetivo desse painel foi relatar o caso de paciente, 40 anos de idade, sexo feminino, com mordida cruzada posterior lado esquerdo com sintomatologia dolorosa em ATM. Foi utilizado um aparelho disjuntor com ancoragem esquelética, o Marpe (Micro Implant Assisted Rapid Palatal Expansior), ativado com um quarto de volta pela manhã e à noite, a sutura abriu no 15º dia, quando o aparelho foi estabilizado por cinco meses. Resultado: correção da deficiência ósseo maxilar e da mordida cruzada promovendo alívio dos sintomas de dor. Conclusão: conclui-se que a expansão rápida da maxila com ancoragem óssea é um uma excelente alternativa para correção da atresia maxilar em adultos. 97 253 – Mordida cruzada anterior dentária Virgínia Karoline Jardim Martins; Marcus Vinícius Crepaldi; Carolina Mattar; Ana Paula de Aguiar; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena dos Santos Oliveira (Faipe) A mordida cruzada anterior caracteriza-se por um relacionamento vestibulolingual anormal entre os incisivos superiores e inferiores, no qual os dentes anteriores inferiores encontram-se por vestibular aos dentes anteriores superiores. Quando a mordida cruzada anterior ocorre nas fases das dentaduras decídua ou mista, é coerente a indicação de tratamento precoce, uma vez que a mesma pode causar desgastes na face vestibular dos dentes superiores envolvidos, recessões gengivais nos incisivos inferiores, além de alterar o crescimento normal dos maxilares no sentido anteroposterior. O diagnóstico correto e o tratamento precoce são fundamentais para obter equilíbrio oclusal, estético e funcional. A mordida cruzada anterior dentária, geralmente é decorrente da falta de espaço. Paciente com 11 anos de idade, compareceu à clínica Faipe, Cuiabá, apresentando mordida cruzada dentária dos elementos 11 e 12. O tratamento proposto foi: colocação de Hyrax para criar espaço para alinhamento dos dentes e pista de resina no dente 11. Depois de descruzado o dente 11, foi instalado o aparelho fixo com mola aberta para obter espaço para alinhamento do dente 12. Os aparelhos Hyrax e fixo foram removidos e instalou-se uma placa Hawley com mola digital para vestibularização do dente 12. Atualmente o paciente encontra-se com aparelho fixo aguardando completa erupção dos dentes permanentes. 254 – Tratamento compensatório de mordida cruzada anterior com o uso de alavancas longas Tereza Tayane Tomaz de Oliveira; Hilana Cahina Santos de Oliveira; Claudine Sampaio Gurgel; Vania Maria Arruda Bandeira de Melo; Lis Monteiro de Carvalho Guerra; Felipe Franco Marçal (Academia Cearense de Odontologia) Mordida cruzada é a condição na qual um ou mais dentes estão anormalmente posicionados para vestibular ou lingual em relação ao(s) dente(s) antagonista(s). A etiologia das mordidas cruzadas pode estar associada à retenção prolongada e perda prematura dos dentes decíduos, discrepância óssea dental negativa, deficiência de crescimento dos ossos, hábitos bucais, traumas, fissuras palatinas e interferências oclusais. O diagnóstico da mordida cruzada deve ser feito a partir de dados obtidos no exame clínico (exame extrabucal, intrabucal e funcional) e radiográfico. Elas podem ser divididas em: mordida cruzada esquelética, dentária ou funcional. O presente trabalho tem como objetivo, apresentar um caso clínico de tratamento compensatório mordida cruzada anterior em adulto. Paciente do sexo masculino, 27 anos de idade, perfil côncavo e mordida cruzada anterior de canino a canino, compareceu à clínica de Ortodontia para tratamento. A partir da análise cefalométrica foi confirmada etiologia esquelética para má-oclusão classe III de Angle e, segundo Andrews, seus caninos apresentam-se da mesma forma, sugerindo assim uma compensação ortodôntica com descruzamento de mordida cruzada anterior. Portanto, após análise cefalométrica e facial do paciente, a terapêutica sugerida foi a utilização de alavancas longas para vestibularização de incisivos superiores, o que foi conseguido com apenas três meses de tratamento. Após cinco meses, foi conseguido o total descruzamento da mordida. Na fase de alinhamento e nivelamento finalizou-se com o uso do fio 0,18 aço, sem que fosse necessário para finalização o uso de fio de aço retangular. Ao final do tratamento, o paciente apresentou boa relação anterior e de caninos, com pré-molares engrenados, apesar dos incisivos superiores estarem ligeiramente vestibularizados, porém, esse resultado é aceitável por se tratar de um caso compensatório. Portanto, esse caso demonstrou a aplicabilidade das alavancas como alternativa no tratamento ortodôntico para correção de mordida cruzada anterior. 255 – Diagnóstico tomográfico da transposição de caninos superiores Alexandre Faria de Carvalho; Fernanda Gabriela S. Santana; Emanuelle Santiago; Alexandre Faria de Carvalho (Núcleo – Pósgraduação em Odontologia) Clinicamente, a transposição dentária é um tipo raro de anomalia que acomete de 0,3% a 0,4% da população, sendo mais prevalente no sexo feminino, e na maxila, com o canino superior sendo o dente mais envolvido e sua forma predominante é a unilateral. O objetivo deste artigo foi apresentar e discutir um caso clínico no qual um paciente do sexo masculino apresentava uma transposição dentária entre o canino e o incisivo lateral superior esquerdo. O diagnóstico foi realizado por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (cone-beam) visando uma maior precisão de imagem, constituindo um diferencial desse caso. 98 256 – Tratamento ortodôntico sem extrações em paciente com biprotrusão dentária e apinhamento em região anterior Hilana Cahina Santos Oliveira; Aline Barbosa de Oliveira; Felipe Franco Marçal; Claudine Sampaio Rangel; Vânia Maria Arruda Bandeira de Mello; Lis Monteiro de Carvalho Guerra (Academia Cearense de Odontologia) O apinhamento dental é uma das oclusopatias mais frequentes na clínica ortodôntica, o qual compromete não somente a harmonia estética do sorriso, mas também a função. Tal má-oclusão é caracterizada pela falta de espaço no arco para acomodar os elementos dentários de maneira harmônica. Atualmente, o profissional pode lançar mão de diversos recursos para solucionar esse e outros problemas ortodônticos de maneira conservadora. O objetivo do presente trabalho foi apresentar um relato de tratamento ortodôntico sem extrações frente a um caso clínico de biprotrusão dentária com apinhamento anterior. Paciente do sexo feminino, 24 anos de idade, apresentou-se à clínica do curso de especialização em Ortodontia da Academia Cearense de Odontologia, com a queixa principal de dentes tortos. Ao exame clínico, observou-se que a paciente apresentava simetria facial, com terços proporcionais e perfil reto. O exame dentário evidenciou a presença de mordida profunda, apinhamento em região anterior superior e inferior, relação de caninos em classe II e biprotrusão dentária. Dentre as opções apresentadas à paciente para a correção do problema, a mesma optou por um tratamento conservador, sem extrações dentárias, com uso de dispositivos para distalização de molares associados à ancoragem esquelética por mini-implantes. A sequência de tratamento ocorreu da forma que segue: montagem da Ortodontia fixa superior e início do nivelamento com fio NiTi .012”, continuação do nivelamento com evolução dos fios de NiTi e instalação concomitante de alavancas superiores para correção de mordida profunda no segundo mês de tratamento, a partir do fio .014”, com manutenção até o fio .018”. Com o uso das alavancas, ocorreu a inclinação distal da coroa dos molares superiores, auxiliando a dissolver o apinhamento superior anterior junto ao efeito expansor dos arcos iniciais. O aparato fixo inferior foi instalado no quinto mês e foi iniciada a mesma sequência de nivelamento do arco superior, com fios NiTi. Com o objetivo de promover a distalização do molar inferior e assim reposicionar o canino, foi planejada a instalação de mini-implante associado a um cursor na região inferior, por meio de elásticos intermaxilares (1/4 pesado). A distalização do molar inferior com mecânica de mini- -implantes dissolveu o apinhamento e reposicionou o molar em relação classe I de Angle, uma vez que o efeito da alavanca levou o paciente a um terço de classe III do lado direito. Ao final de 12 meses de tratamento, a paciente finaliza com classe I de molar e de canino, dentes alinhados e nivelados, overjet e overbite adequados e guias oclusais ideais. Apesar de alinhados, a biprotrusão dentária é uma condição que continua ao final do tratamento. Portanto, esse relato reforça a possibilidade de um tratamento não extracionista em casos de pacientes com biprotrusão dentária e apinhamento, quando a biprotrusão e seus efeitos tegumentares não sejam uma queixa da paciente. 257 – Tratamento interceptativo em um paciente em crescimento com mordida aberta esquelética Larisse Sales Fernandes; Tereza Tayane Tomas de Oliveira; Lis Monteiro de Carvalho Guerra; Vania Maria Arruda Bandeira de Melo; Claudine Sampaio Rangel; Felipe Franco Marçal (Academia Cearense de Odontologia) A mordida aberta anterior é uma má-oclusão de fácil diagnóstico, porém, muitas vezes, de difícil terapêutica ortodôntica. Na infância, ela apresenta-se bastante frequente, principalmente em pacientes com hábitos de sucção digital não nutritiva, tendo esse hábito como sua principal etiologia nessa fase. A principal terapêutica é a grade palatina com finalidade de evitar interposição lingual e objeto de sucção, porém, nem sempre essa terapia é eficaz, tornando assim os casos complexos e desafiadores. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico de mordida aberta esquelética em um paciente em crescimento. Paciente pediátrico apresentou-se à clínica de Ortodontia para tratamento de mordida aberta anterior, com Afai aumentado, selamento labial ativo, hipotonicidade labial e hábito de sucção digital não nutritiva. Após cinco meses de uso de grade palatina, não houve melhora definitiva do fechamento de espaço anterior. Após reavaliação cefalométrica, foi identificada grande rotação horária da mandíbula, abertura da base do crânio e ângulo goníaco aumentado, o que sugere etiologia esquelética para mordida aberta precoce. Como os incisivos estavam com overjet negativo, foi utilizado aparelho removível com molas digitais por três meses, até o overjet ficar positivo e normal. Após essa mecânica, foi instituído então o bionator fechado com progressivo aumento de acrílico na mordida posterior (1 mm/mês), similar ao efeito de um bite-block construído progressivamente, tendo como objetivos terapêuticos de 99 rotacionar a mandíbula no sentido anti-horário, intruir molar, diminuir Afai e fechamento de mordida aberta anterior. Ao final de um tratamento de seis meses com esse aparelho ortopédico, o paciente alcançou os objetivos terapêuticos satisfatórios. O paciente usou mais dois meses o aparelho como contenção sem adição de acrílico. Em acompanhamento clínico de seis meses, o paciente encontra-se similar aos resultados finalizados com o bionator fechado, permitindo um favorável perfil oclusal para finalização com ortodontia fixa. Portanto, esse caso demonstrou a possibilidade de correção precoce de mordida aberta com etiologia esquelética através de um tratamento ortodôntico interceptativo. 258 – Intrusão de um molar superior com mini-implantes: relato de um caso clínico e acompanhamento durante cinco anos Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Rosyane de Souza Gregório; Eliane Cristina Carrera Eleres Vergani; Fausto da Silva Bramante (Universidade Ceuma) Este caso clínico descreve um tratamento multidisciplinar entre Prótese, Implantodontia e Ortodontia. A correção da extrusão dentária dos molares superiores decorrentes da ausência dos seus antagonistas encontra-se indicada na literatura, visto que esta alteração no posicionamento dentário pode causar interferências oclusais e dificuldades para reabilitar as áreas edêntulas pela falta de espaço protético vertical. Há várias possibilidades para o seu tratamento, entre elas, a utilização dos mini-implantes. O objetivo deste artigo foi o de demonstrar a correção da extrusão do primeiro molar superior utilizando-se uma técnica simples e direta, com o uso de mini-implantes, previamente ao tratamento reabilitador. Observou-se, após cinco meses de tratamento ortodôntico, uma relação oclusal adequada para a reabilitação implanto/ protética do primeiro molar inferior antagonista. 259 – Pistas diretas Planas no tratamento da mordida cruzada posterior funcional Ana Kátia Altoé Vieira; Heloisa Cristina Valdrighi; Nelson Faé Junior; Aryadne Cipreste Mascarelo; Ana Kátia Altoé Vieira (Fundação Hermínio Ometto – Uniararas) Introdução: a mordida cruzada é o termo usado para indicar uma relação vestibulolingual anormal dos dentes (Moyers, 1991). Essas alterações podem interferir na morfologia óssea, podendo afetar a simetria facial, quando não interceptada precocemente. Sendo assim, é desejável que se faça tratamento o mais precoce possível, assim que diagnosticada, pois ela não se autocorrige e possibilita a irrupção anormal dos dentes permanentes e interfere no crescimento dos arcos dentários (Bishara et al, 1994). A persistência de uma função alterada durante as fases de crescimento promove mudanças gradativas na estrutura esquelética e dentária que podem resultar em assimetrias dentofaciais verdadeiras na fase adulta (Pizzol, 2004). As pistas diretas Planas reúnem características que as tornam vantajosas para a correção de mordida cruzada (Garbin et al, 2014). Objetivo: apresentar um caso clínico de paciente do sexo feminino, dois anos e 11 meses de idade, que apresentava mordida cruzada posterior unilateral esquerda funcional. Discussão e conclusão: o tratamento consistiu na realização de pista direta Planas no canino decíduo 63 e ajuste oclusal com desgaste na cúpide do elemento 73. A consulta de retorno foi realizada com dez dias, e as demais foram mensais para ajuste das pistas durante o período de um ano. Concluiu-se que o tratamento realizado teve o sucesso esperado com centralização da linha média dentária e equilíbrio muscular promovendo maior conforto na mastigação da paciente, que era predominantemente esquerda e tornou-se bilateral. 260 – Estabilidade do tratamento da máoclusão de classe II com o aparelho Forsus Melissa Lancia; Daniela Cubas Pupulim; Fernanda Pinelli Henriques; Rafael Pinelli Henriques; Thais Maria Freire Fernandes; José Fernando Castanha Henriques (FOB-USP) Os aparelhos funcionais fixos são utilizados para o tratamento da má-oclusão de classe II e apresentam como grande vantagem, a redução da necessidade de colaboração do paciente. Nas últimas décadas, diversos aparelhos funcionais fixos foram idealizados e utilizados para o tratamento da má-oclusão de classe II na dentadura permanente. Dentre esses aparelhos, destaca-se o aparelho Forsus Fatigue Resistant Device. Este aparelho de propulsão mandibular híbrido intrabucal utiliza uma combinação de um sistema de força flexível e rígido para corrigir a má-oclusão de classe II por meio da protrusão mandibular, apresenta fácil instalação, permite maior liberdade de movimentação da mandíbula, e tem a capacidade de reduzir o tempo de tratamento, pois o mesmo é realizado em apenas uma fase. Suas principais indicações são para a correção da má-oclusão de classe II sem exodontias, correção da classe II residual após tratamento com exodontias, e como ancoragem após a distalização dos molares superiores ou fechamento de espaço em caso de agenesia 100 dos segundos pré-molares inferiores. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é apresentar por meio de um caso clínico, os efeitos do aparelho Forsus no tratamento da má-oclusão de classe II e demonstrar a estabilidade das correções alcançadas. Paciente do sexo masculino, 12 anos e um mês de idade, apresentou-se com má-oclusão de classe II, segunda divisão, relação molar de meia classe II bilateral, trespasses vertical de 4 mm e horizontal de 3 mm. O paciente apresentava retrusão mandibular, perfil convexo, padrão de crescimento vertical. Iniciou-se o tratamento com o aparelho corretivo fixo e ancoragem com barra transpalatina. Após seis meses de alinhamento e nivelamento, no fio 0,19” x 0,25” de aço, foi instalado o aparelho Forsus. Após seis meses obteve-se a correção da classe II e o Forsus foi removido. Em seguida, realizou-se a finalização do tratamento. Durante esta fase, o paciente utilizou elásticos de classe II para contenção das correções alcançadas. Depois da remoção do aparelho fixo, foram instaladas uma placa de Hawley e uma barra tipo 3 x 3 como contenções. O tempo total de tratamento foi de dois anos e um mês. O aparelho Forsus foi eficaz na correção da má-oclusão de classe II, minimizando a necessidade de colaboração por parte do paciente e reduzindo o tempo total de tratamento. Esta correção ocorreu principalmente por alterações dentoalveolares que se mantiveram estáveis após três anos do término do tratamento. 261 – Exodontias de caninos em tratamento ortodôntico Fatima Roneiva Alves Fonseca; Téssia Richelly Nóbrega Borja de Melo; Poliana de Santana Costa Fernanda Stella Fernandes de Oliveira Camboim; Germana de Queiroz Tavares Borges Mesquita; (FIP – Faculdades Integradas de Patos) O canino tem importância tanto por razões funcionais quanto estéticas no complexo dental. O canino fornece a guia canina e sua presença leva a uma transição harmoniosa entre o segmento anterior e posterior do arco dentário, mantendo sua curva e formando a eminência canina como suporte da base alar e lábio superior. Em uma situação de caninos ectópicos, quando bem indicada, a exodontia dos caninos representa uma alternativa viável na prática ortodôntica, que atende os pré-requisitos estéticos e funcionais, com menor custo biológico para o paciente. Objetivo: o presente trabalho ilustra um caso clínico tratado com duas extrações de caninos permanentes, de localização ectópica, possibilitando a substituição da fun- ção do canino pelos primeiros pré-molares. Os objetivos do tratamento consistiam na exodontia dos caninos superiores e seguindo com a perda de ancoragem dos dentes posteriores, assim seguindo com o alinhamento e nivelamento dos dentes incisivos apinhados, realizar a mecânica de intrusão o primeiro molar superior direito, usarem alça de verticalização no segundo molar inferior direito, finalização com uso de elásticos intermaxilares para intercuspidação, ajuste oclusal e contenções. Métodos: paciente do sexo feminino, com 27 anos de idade. Apresentava terços faciais proporcionais, perfil inferior reto, ângulo nasolabial reto e selamento labial passivo. O exame intrabucal revelou uma má-oclusão em classe II do canino e ectópicos, com recessão gengival acentuada. Na análise cefalométrica, observou-se um padrão esquelético de classe II com um ANB de 4,34º e IMPA de 98,49º e suave retrusão mandibular. Com relação à posição dos incisivos nos seus respectivos ossos basais, apresentavam pequena inclinação vestibular, com discrepância cefalométrica de -12,52 mm. Na radiografia panorâmica, verificou-se a presença de todos os elementos dentários superiores e ausência do terceiro molar inferior direito, e dos primeiros molares inferiores direito e esquerdo e primeiro pré-molar inferior direito. A inclinação dos incisivos justificava a extração de dois elementos dentários e devido à severa recessão gengival que existia nos caninos, comprometendo a estética, optou-se pelas extrações dos dois caninos e mesialização dos dentes posteriores, com os primeiros pré-molares assumindo a função dos caninos. Discussão e conclusão: pode-se observar que a má-oclusão foi corrigida. Na análise cefalométrica, verifica-se uma face equilibrada e harmoniosa, bom padrão esquelético no sentido anteroposterior, manutenção do selamento labial passivo e um perfil muito agradável. Com relação à posição dos incisivos nos seus respectivos ossos basais, observam-se bem posicionados. As imagens intraorais após o fim do tratamento demonstraram que a extração de caninos ectópicos e a substituição de sua função pelo os pré-molares pode ser uma alternativa válida para tratamento ortodôntico, devolvendo ao paciente a sua autoestima. 262 – Tratamento da má-oclusão de classe II esquelética precoce Fabricia da Silva Felipe; Juliana Alves Helou; Ana Paula Aguiar; Marcus Vinícius Crepaldi; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) 101 A má-oclusão da classe II esquelética pode estar relacionada a dois fatores: protusão mandibular, retrusão mandibular, ou a associação dos dois fatores, embora na maioria dos casos haja prevalência da retrusão mandibular. O tratamento precoce desta má-oclusão se torna vantajoso por proporcionar efeitos ortopédicos, redirecionando o crescimento maxilar e permitindo o desenvolvimento da mandíbula a fim de corrigir a discrepância entre as bases apicais. Dentre os aparelhos ortopédicos com a finalidade de promover um avanço mandibular temos o bionator. O bionator de Balters é uma aparelho ortopédico funcional que visa a correção postural da mandíbula em relação à maxila, restabelecendo a harmonia das estruturas faciais, aos dentes relacionados, para que o equilíbrio final do aparelho mastigatório possa ser alcançado. Paciente com nove anos de idade, compareceu à clínica Faipe e, ao exame clínico facial, observou-se uma retrusão mandibular que posteriormente foi confirmada pela cefalometria SNB 71°, padrão dolicofacial suave, e perfil convexo. Ao exame intraoral observou-se que a paciente apresentava classe II, primeira divisão, com overjet de 9 mm e sobremordida acentuada. O tratamento proposto foi a colocação do bionator de Balters no período de 12 meses. Atualmente, a paciente encontra-se na segunda fase do tratamento com aparelho fixo. Foi observada uma melhora significativa na oclusão, no perfil facial, e na função. 263 – Controle de quatro anos do tratamento compensatório da classe II com elásticos intermaxilares Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Ana Carla Souza Costa; Fausto Silva Bramante; Julio de Araújo Gurgel; Letícia Gonçalves Machado; Arnaldo Pinzan (Universidade Ceuma) A má-oclusão de classe II está presente em uma porcentagem significativa dos pacientes atendidos nas clínicas ortodônticas. O alto percentual de procura para o tratamento, relaciona-se ao grande desequilíbrio estético e funcional que esta má-oclusão encontra-se relacionada. Os protocolos de tratamento propostos relacionam-se às características pertinentes a má-oclusão, à idade, às implicações psicológicas do paciente, às condições financeiras, aos riscos de danos aos tecidos dentários e ao periodonto de sustentação, à complexidade do tratamento, à duração, à estabilidade, à colaboração e ao grau de eficiência do tratamento. Para a má-oclusão de classe II com comprometimento esquelético, retrognatismo mandibular, potencial de crescimento craniofacial reduzido e sem uma quantidade significativa de apinhamento e/ ou protrusão no arco inferior, os protocolos de tratamento normalmente se relacionam ao uso de elásticos intermaxilares, propulsores mandibulares ou tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico. Paciente apresentou-se para tratamento ortodôntico aos 17 anos e cinco meses de idade, queixando-se da protrusão dentária no arco superior. A avaliação clínica e radiográfica do paciente demonstrou uma retrusão mandibular acentuada com um perfil facial convexo. Foi proposto como primeira opção, o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico para permitir a correção da oclusão e a melhora do perfil facial, e como segunda opção, o uso de propulsor mandibular fixo. Porém, por razões econômicas, o paciente recusou estas opções e optou pelo tratamento compensatório com elásticos intermaxilares. Para correção da classe II, os diastemas inferiores foram corrigidos por meio da mesialização dentária com molas de níquel-titânio e uso de elásticos de classe II. O tratamento foi concluído em 21 meses, observando-se a correção na relação dentária, porém, sem melhora no perfil facial. O caso foi acompanhado anualmente, durante quatro anos, demonstrando boa estabilidade oclusal do protocolo de tratamento utilizado. 264 – Tomografia computadorizada como auxiliar de diagnóstico no tratamento ortodôntico Aryadne Cipreste Mascarelo; Aryadne Cipreste Mascarelo; Ana Kátia Altoé; Welinton Lemos Rumão; Nelson Faé Junior; Heloísa Cristina Valdrighi (Fundação Hermínio Ometto – Uniararas) A tomografia computadorizada (TC) utiliza a radiação X para a obtenção de imagem nos três planos do espaço (frontal, axial e sagital), diferente das radiografias convencionais, que projetam em um só plano todas as estruturas atravessadas pelo raio X. A TC oferece melhor delineamento das estruturas ósseas da base do crânio e esqueleto facial, além de permitir enxergar todas as estruturas em camadas, sendo assim, um método de diagnóstico muito importante nos casos de lesões neoplásicas e traumáticas. O objetivo deste trabalho foi mostrar a eficácia da TC no diagnóstico de imagem radiolúcida adjacente ao dente 21, ocasionada por uma variação anatômica do forâmen incisivo, que é a abertura do canal nasopalatino no teto da cavidade oral. Variações anatômicas na maxila não são comuns, mas geralmente estão associados a cistos localizados neste canal. 102 265 – Pequenos movimentos e grandes soluções na interceptação Eliziane Cossetin Vasconcelos; Luciana Caldas; Walter Noronha; Eliziane Cossetin Vasconcelos (UFS) As mordidas cruzadas são alterações que devem ser tratadas precocemente, assim que diagnosticadas, pois trazem consequências graves para o desenvolvimento dentofacial. Não se autocorrigem e tendem a agravar-se com o crescimento, dificultando e piorando o prognóstico do tratamento. A correção da mordida cruzada dentária na dentição decídua/ mista é recomentada porque elimina os desvios funcionais, o desgaste nos dentes permanentes já erupcionados e a possível assimetria dentoalveolar. Através da correção, pode haver um aumento do perímetro do arco promovendo mais espaço para os dentes permanentes. Este caso relata a correção de uma mordida cruzada posterior em grupo e anterior do dente 62, realizado pelos alunos de graduação da UFS. A paciente leucoderma, apresentava quatro anos de idade, comportamento colaborador e bastante motivada, possibilitando a instituição do tratamento de forma precoce. A análise facial mostrou proporcionalidade entre os terços da face e entre as bases apicais, com perfil reto e uma leve assimetria frontal insinuando o desvio mandibular. O diagnóstico foi realizado através do exame clínico, observando-se, os arcos tipo I de Baume e molares com degrau mesial, desvio da linha média inferior para o lado da mordida cruzada, com correção em relação cêntrica, inclinação do longo eixo dos dentes superiores do lado esquerdo para face palatina e interferência oclusal nos dentes 63 e 73, classificando-se como mordida cruzada posterior e anterior dentárias, com desvio funcional para o lado esquerdo. O tratamento foi realizado em duas etapas, primeiro corrigiu-se a mordida cruzada posterior e depois a anterior. Para a correção transversal optou-se pela expansão da maxila com um aparelho quadrihélice. A correção foi possível em dois meses, sem a necessidade de reativação. O aparelho foi mantido por mais um mês passivo. Em um segundo momento, uma placa de Hawley com um leve batente posterior e com uma mola digital pressionando a face palatina do elemento 62 foi instalada. A movimentação e correção ocorreram em 40 dias, com duas ativações da mola. Após o descruzamento anterior, a mola foi seccionada e o espaço preenchido com resina acrílica. A mesma placa foi utilizada por mais um mês possibilitando a erupção completa do 62 que, embora estivesse descruzado, permaneceu em infraoclusão. Após este perío- do, o dente 62 atingiu o plano oclusal estabilizando a movimentação e dispensando o uso da contenção. No acompanhamento observam-se condições favoráveis para o desenvolvimento de uma oclusão satisfatória na dentição permanente. Considerando as implicações clínicas relacionadas com a mordida cruzada e o agravamento de sua complexidade quando não resolvida precocemente, destacamos a importância de medidas simples que utilizam pequenas movimentações, à baixo custo, e que têm uma resolutividade alta, solucionando problemas os quais poderiam ser classificados com prognóstico desfavorável e com tratamento ortocirúrgico, caso não fossem interceptados. 266 – Retratamento ortodôntico em dentes com reabsorção radicular, uma realidade clínica Kleist Christian Costa LIma; Perla Dalei Barros Madeira; Júlio de Araújo Gurgel; Fausto Silva Bramante; Célia Regina Maia Pinzan Vercelino (Universidade Ceuma) Os pacientes que apresentam reabsorções radiculares severas, por vezes encontram restrições para a realização de tratamento ortodônticos. Como uma das principais causas de reabsorção radicular é o uso de forças para movimentação dentária, muitos profissionais condenam o uso do aparelho ortodôntico. Contudo, a observação de princípios biomecânicos e cuidados adicionais tem tornado possível a realização de correções de más-oclusões nestes pacientes. A descrição deste caso clínico alerta para os aspectos que devem ser observados para o retratamento de casos com reabsorção radicular prévia. 267 – Reabilitação protética precoce utilizando mini-implantes ortodônticos em criança com hipodontia Nathália Viegas de Oliveira; Paula Onofri; Esdras França; Henrique Pretti; Leniana Santos Neves; Flávia Bartolomeo (Universidade Federal de Minas Gerais) Hipodontia é a anomalia de desenvolvimento dental mais comum na dentição humana e, quando presente na região anterior, causam problemas estéticos e fonéticos indesejáveis, exigindo procedimentos terapêuticos em uma tentativa de interceptá-los em um momento conveniente. O uso de mini-implantes ortodônticos mostra-se como uma alternativa promissora, especialmente pela sua reabilitação protética imediata. Neste relato de caso é apresentado um paciente do sexo masculino, sete anos de idade, com agenesia de vários elementos dentários, que foi 103 submetido à instalação de dois mini-implantes. Os implantes foram inseridos no rebordo alveolar anterior da mandíbula, seguida pela colocação imediata e estabilização das coroas. O uso de mini-implantes ortodônticos para ancoragem de próteses dos incisivos mostrou-se uma alternativa eficaz para atingir as metas de tratamento que forneçam contatos fisiológicos e impeçam o desenvolvimento da atividade parafuncional. Seu sucesso também depende da estética e melhoria da qualidade de vida alcançada. Esta alternativa de tratamento consiste em uma técnica adequada nos casos de reabilitação protética de pacientes em crescimento. trusivo de molares e na tentativa de intrusão dentária posterior. Deve ser confeccionada com fio aço 0,8 encaixada nos tubos linguais soldados às bandas. A mesma deve ficar afastada do palato de 0,5 mm a 1 cm e, após um período médio de 15 a 30 dias, verificar a efetividade da mesma através da marca na língua (que deve fazer pressão no sentido superior). Após isto, confecciona-se um botão de acrílico com objetivo de promover uma maior área de contato sem ferir a língua. Sempre que diagnosticada a projeção lingual, através do método de Fletcher, esporões colados Nogueira são indicados também na fase de montagem do aparelho. 268 – Tratamento da classe II com incisivos centrais inferiores fusionados Monique Santos Diniz; Carolina Nazif Rasul; Dino Lopes de Almeida; Juliana Volpato Curi Paccini; Andréia Regina Boff Lemos; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) 270 – Alinhadores ortodônticos: protocolo de instalação Carolina Manhães de O. Muniz; Vitor Cilento Waruar; Elisiene Rodrigues Teixeira; Catarina Guerra Pouzada; Gerusa Massena Pires Dercy; Rodrigo Sant' Ana Nunes (Odonto Sant Ana Consultoria e Ensino) A má-oclusão de classe II é de alto índice em pacientes adultos e apresenta diversos protocolos de tratamento, para este caso específico, foi utilizado um protocolo com extração de dois pré-molares superiores e dos incisivos centrais inferiores fusionados. Paciente apresentava má-oclusão de meia classe II, subdivisão direita, presença de apinhamento superior e incisivos centrais inferiores fusionados. Realizou-se a retração inicial dos caninos, alinhamento e nivelamento e intercuspidação. A escolha do protocolo para a correção do trespasse horizontal proporcionou boa estabilidade oclusal e funcional ao final do tratamento ortodôntico, com ótimo alinhamento e nivelamento dos dentes. Não houve alterações significativas em relação ao perfil facial e a paciente ficou satisfeita com a estética do sorriso. Conclui-se que esta mecânica mostrou ser efetiva, proporcionando resultados satisfatórios sem comprometer o perfil da paciente. Os alinhadores ortodônticos podem ser planejados de forma segura e detalhada através de exames 3D, como a tomografia computadorizada cone-beam e escaneamento de modelos. Desta forma, o caso pode ser simulado virtualmente do inicio ao fim. Através da reconstrução 3D dos modelos e prototipagem em resina é possível confeccionar a sequência de alinhadores de forma precisa. E o protocolo de instalação seguido detalhadamente conforme o planejado através da confecção de striping e botões em resina. 269 – Barra transpalatina baixa no tratamento vertical Flavia Rosa; Marcio Tardin; Paulo Filgueiras; Claudia Ignes; Sarah Poubel de Moraes; Victor Borges Barbirato (Odonto Sant’Ana Consultoria e Ensino) O tratamento compensatório adulto da má-oclusão de mordida aberta deve-se iniciar através da interceptação mecânica em sua etiologia, que neste caso são dois fatores determinantes: componente vertical de crescimento e projeção lingual. A barra transpalatina baixa, segundo Burstone, é indicada para eliminar o efeito ex- 271 – Tomografia cone-beam em Ortodontia Andreia Regina Trindade de Mendonça; João Moraes; Neliane Ferreira de Oliveira; Flavia Rosa; Waldir Pereira de Feitas Junior; Rodrigo Sant' Ana Nunes (Odonto Sant'Ana Consultoria e Ensino) Com o advento da tomografia computadorizada de feixe cônico em Odontologia, o diagnóstico em situações básicas na rotina da clínica ortodôntica ficou muito mais seguro e o planejamento do caso, assim como o prognóstico, muito mais previsível e real. As imagens geradas nos permitem fazer mensurações precisas e avaliar toda estrutura, e relação anatômica. Dentre as indicações básicas estão: diagnóstico de dentes inclusos, dentes extranumerários, reabsorções radiculares, avaliação de cortical alveolar, avaliação de disjunção palatina. E ainda diagnósticos baseados em cefalometria 3D e reconstruções prototipadas. 104 272 – Intervenção ortodôntica em criança com síndrome de Williams Henrique Campos Eto; Davidson Frois; Esdras França; Alexandre Fortes Drummond; Henrique Pretti; Leniana Santos Neves (UFMG) A síndrome de Williams (SW) é uma alteração genética autossômica dominante no cromossomo sete, no qual há uma deleção de aproximadamente 26 a 28 genes, advindo desta característica a nomeação de “síndrome dos genes contíguos”, onde há mudanças em genes não relacionados, mas localizados próximos, consequência disto, um fenótipo bem particular. Acomete de 1:10.000 a 1:25.000 pessoas no mundo, não havendo predileção por sexo ou raça. Como principais alterações sistêmicas, destacam-se a dificuldade de se alimentar no primeiro ano de vida, alterações cardíacas, renais, perda de equilíbrio, atraso psicomotor, padrão de comportamento particular (hipersociável, comunicativo, loquaz, grande ansiedade), sensibilidade musical, boa memória, controle do esfincter alterado, anormalidades geniturinárias e baixo timbre de voz. Entre as alterações faciais e bucais pode-se citar nariz pequeno e empinado, cabelo encaracolado, lábios volumosos, dentes pequenos e espaçados, queixo pequeno e de sorriso fácil. Como meio de identificação tem-se a análise citogenética e a hibridação fluorescente in situ (Fish), esta mais eficiente. O prognóstico da síndrome de Williams se mostra satisfatório, uma vez que diagnosticado em tempo hábil, realizando tratamento correto e multidisciplinar. O presente trabalho objetiva descrever um caso clínico, enfocando a elaboração do planejamento ortodôntico em um paciente portador da síndrome de Williams, além do acompanhamento para tratamentos ortodônticos e cirúrgicos posteriores, objetivando a melhora funcional e estética bucofacial do paciente. São descritas características sistêmicas da síndrome de Williams associadas ao meio odontológico, traçando um tratamento que vise um prognóstico adequado. 273 – Tracionamento de canino Victor Columbano Fantacci Costa; Julliana Barbosa Garcia; Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) O processo de erupção dental e o movimento do dente à posição funcional final na cavidade oral dependem de uma série de eventos. Por razões multifatoriais, quando chegada a época de erupção, o dente pode ficar recluso parcial ou totalmente no interior do osso, com manu- tenção ou não da integridade do saco pericoronário, caracterizando-se como dente retido/ incluso (dente intraósseo ou submucoso), ou impactado (dente obstruído por algum objeto). Como fatores gerais, a literatura aponta como principais causas de retenção de caninos os fatores hereditários e as causas locais sendo as mais determinantes para a impacção. Estudos têm revelado que os caninos apresentam alta frequência de impacção, ou de deslocamento, sendo a ocorrência da maioria dos casos no sexo feminino, e em descendentes europeus. A prevalência de retenção ocorre nas seguintes condições: de 0,9% a 2,5% com maior frequência unilateral; de 75% a 95% dos casos no sexo feminino – duas a três vezes mais que no sexo masculino; de 60 a 80% dos casos estão localizados por palatino. A impacção de caninos é dez vezes maior na maxila do que na mandíbula, sendo o lado esquerdo da arcada o mais afetado. Este trabalho teve o objetivo de relatar o caso clínico de paciente sexo masculino, melanoderma, com 38 anos e oito meses de idade, que procurou a Faculdade do IPE (Faipe) para a realização de um tratamento ortodôntico onde a queixa principal era a impacção do dente 23 (canino superior esquerdo). 274 – Tratamento da biprotrusão dentoalveolar com extrações de primeiros molares Milena Nascimento; Mayara Paim Patel; Rogério Almeida Penhavel; Otávio Vieira Marcondes; Adriano Garcia Bandeca; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A biprotrusão dentoalveolar é caracterizada pelo posicionamento mais anterior dos dentes, ocasionando em muitos pacientes, queixas em relação ao perfil facial, pois a inclinação axial exagerada dos incisivos, além de originar um perfil acentuadamente convexo, também provoca alterações funcionais, como dificuldade de selamento labial e alterações na tonicidade muscular perioral. Pacientes com queixas estéticas provocadas pela acentuada posição anterior dos dentes, e que ainda possuem apinhamentos a serem corrigidos, possivelmente terão em seu plano de tratamento a indicação de extrações. Tradicionalmente os pré-molares são os dentes de escolha para a extração, devido ao seu posicionamento na arcada dentária, tamanho e por proporcionar fase de retração mais curta; entretanto, quando estes dentes apresentam-se hígidos e há outros elementos dentários com condições que possam comprometer a sua 105 longevidade (cáries extensas, tratamentos endodônticos, grandes restaurações etc.), a extração será melhor indicada para estes dentes. A decisão pela extração de molares trará como benefícios a menor visibilidade do espaço edêntulo, o favorecimento da erupção dos terceiros molares após a exodontia em muitos casos a menor necessidade de controle de ancoragem. O presente trabalho tem o propósito de apresentar a correção da biprotrusão dentoalveolar associada ao apinhamento dentário por meio da extração conjunta dos primeiros molares (16 e 46) e primeiro pré-molar inferior esquerdo (34), em paciente com o 26 já ausente ao início do tratamento. Ao término do tratamento, observou-se a correção da má-oclusão com excelente resultado estético e funcional. Houve correção dos arcos superior e inferior com bom alinhamento e nivelamento dos dentes. A paciente ficou satisfeita com a estética do sorriso e do perfil facial ao final do tratamento. 275 – Tracionamento de canino incluso Milena Nascimento; Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin; Kaio Grein; Fabricio Pinelli Valarelli; Soraya Rolim Mouammar; Adriano Garcia Bandeca (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A impactação dos caninos superiores permanentes é um assunto pertinente, pois observamos a este com grande frequência nos consultórios dentários devendo-se então, sempre prezar pelo diagnóstico correto, precoce e de maneira interceptativa sanar a problemática. A impactação dos caninos superiores permanentes ocorre em média entre 0,92% e 2,2 % da população. Apresentado bilateralmente em apenas 8% a 25% dos casos, acometendo mais pessoas do sexo feminino. Este trabalho teve como objetivo demonstrar o caso clínico do tracionamento de canino incluso através do acesso cirúrgico e colagem de um acessório no elemento dental. O tratamento de caninos impactados é complexo e o diagnóstico precoce é crucial, o prognóstico do tratamento depende dos exames clínicos e complementares diagnosticando a presença ou não de anquilose, dilacerações radiculares e sua posição. 276 – Como minimizar a complexidade do tratamento associando mecânicas ortodônticas ao mini-implante Milena Nascimento; Danilo Pinelli Valarelli; Rogério Almeida Penhavel; Soraya Rolim Mouammar; Fabrício Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A ancoragem esquelética através do uso de mini-implantes revolucionou os conceitos dos tratamentos ortodônticos, permitindo movimentações de forma controlada, diminuindo efeitos colaterais e tornando possível a realização de diversos movimentos que antes pareciam praticamente impossíveis de serem realizados, além da simplicidade cirúrgica na hora da instalação, baixo custo, praticidade, boa aceitação por parte do paciente, tornando os tratamentos mais eficientes e previsíveis. Esse trabalho tem como objetivo mostrar que é possível o fechamento de espaços de primeiros molares perdidos precocemente através da mesialização dos segundos e terceiros molares com ancoragem esquelética com mini-implantes, possibilitando uma movimentação sem efeitos colaterais. Os resultados obtidos com essa mecânica foram favoráveis e uma boa oclusão final foi obtida, sem a ocorrência de efeitos indesejados. 277 – Tratamento compensatório da classe III esquelética: prescrição biofuncional e implantes protéticos Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Fausto Silva Bramante; Ligiane Aparecida Korzune Maciel Gurgel; Fernanda Angelieri; Kleist Christian Costa Lima; Júlio de Araújo Gurgel (Unimar) Introdução: a correção por compensação dentária da classe III esquelética necessita de uma eficaz alteração nas inclinações dentárias em ambos os arcos. Objetivo: descrever os resultados obtidos com o uso da prescrição biofuncional na correção da classe III e da retração anteroinferior ancorada em implante protético. Métodos: paciente do sexo masculino, 43 anos de idade, procurou tratamento ortodôntico para correção de má-oclusão de classe III esquelética com discrepância sagital de -7 mm. Por restrições orçamentárias, o paciente recusou o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico, sendo aceita a proposta de tratamento compensatório. O aparelho fixo foi instalado (prescrição biofuncional) e posteriormente foram inseridos implantes na região edêntula posterior da mandíbula. Discussão e conclusão: ao final do tratamento observou-se a correção da mordida cruzada anterior, fechamento do diastema entre os incisivos centrais superiores e discreta melhora no perfil facial. Por meio das alterações dentárias obtidas, observou-se a compensação da má-oclusão de classe III esquelética, por meio da associação entre a prescrição biofuncional e a ancoragem esquelética fornecida pelos implantes protéticos. 106 278 – Tratamento compensatório da mordida aberta anterior: arco de Meaw e mini-implantes Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Fausto Silva Bramante; Ligiane Aparecida Korzune Maciel Gurgel; Fernanda Angelieri; Eliane Cristina Carrera Eleres Vergani; Júlio de Araújo Gurgel (Unimar) Introdução: a mordida aberta anterior esquelética (MAA) apresenta discrepâncias ósseas que limitam a correção dentária compensatória ou que comprometem a estabilidade dos resultados obtidos. O arco de Meaw é uma proposta de tratamento compensatório da MAA que tem se mostrado eficaz e estável. Recentemente, alguns relatos de casos clínicos tem mostrado a associação de mini-implante com o arco de Meaw. Objetivo: este painel relata o tratamento de um caso clínico em que foram utilizados, em associação, o arco de Meaw e mini-implantes. Métodos: paciente do sexo feminino, 31 anos, procurou tratamento ortodôntico para correção da má-oclusão de mordida aberta esquelética. Por restrições orçamentárias, a paciente recusou o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico, sendo, portanto, aceita a proposta de tratamento compensatório. O aparelho ortodôntico fixo utilizado foi com prescrição Roth, ranhura .022”. Para expansão dentoalveolar da maxila foi utilizado o arco expansor de TMA, posteriormente foram instalados quatro mini-implantes na maxila para favorecer a intrusão e os arcos de Meaw para o fechamento da MAA. Discussão e conclusão: o tratamento foi concluído em 36 meses, observando-se a correção na relação dentária e melhora no perfil facial. A combinação do arco de Meaw e mini-implante na maxila permitiu o controle vertical do posicionamento dos molares superiores. 279 – Extrações atípicas para correção de severa discrepância de linha média Patricia Garcia de Moura Grec; Roberto Henrique da Costa Grec; Guilherme Janson; Maria Fernanda Antônio Silva; Claudia Cristina da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG – Instituto Odontológico de Pós-graduação) Casos atípicos que fogem da classificação convencional da má-oclusão podem dificultar o ortodontista quanto ao seu diagnóstico e planejamento. Ao se deparar com um paciente classe II de um lado, e classe III do outro, pode tornar confusa a definição de quais dentes extrair. O correto diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico são essenciais para o sucesso do tratamento das más-oclusões, especialmente em casos de discrepâncias de linha média que exigem extrações assimétricas para sua correção. O objetivo do presente trabalho foi apresentar um caso clínico de correção do desvio de linha média por meio de tratamento ortodôntico com extrações atípicas. Paciente do sexo feminino, 39 anos, apresentava má-oclusão de classe III direita e de classe II esquerda, mostrando uma severa discrepância das linhas médias, superior e inferior. Planejou-se a extração do primeiro molar inferior direito para correção da classe III e a linha média inferior e extração do segundo pré-molar superior esquerdo, a fim de corrigir a classe II e a linha média superior. O tratamento ortodôntico foi concluído com sucesso, mostrando oclusão estável e resultados estéticos satisfatórios. Conclui-se que alinhar as linhas médias com plano sagital e entre si é fundamental para se obter um sorriso harmônico, e para alcançar esse resultado, muitas vezes, é necessário incluir extrações atípicas e assimétricas no plano de tratamento a partir de um diagnóstico correto da má-oclusão. 280 – Interação entre Ortopedia funcional dos maxilares (OFM) e Ortodontia para tratamento das más-oclusões de classe II por retrusão mandibular Euflasio Girotto Junior; Milena Lourenço Girotto A Ortopedia funcional dos maxilares associada à Ortodontia fixa apresenta-se como uma grande alternativa no tratamento das classes II, primeira divisão, por retrusão mandibular, principalmente nos casos de pacientes com problemas funcionais e em fase de dentadura mista, onde aparelhos funcionais fixos são de difícil aplicabilidade, devido à dificuldade de ancoragem. O caso clínico expõe o sucesso da terapia aplicada, com estabilidade de 18 anos após a finalização. 281 – Verticalização e mesialização de molares inferiores com auxílio de miniimplante Nathalia Oliveira Rossetto; Danilo Pinelli Valarelli; Rogerio Almeida Penhavel; Mayara Paim Patel; Soraya Rolim Mouammar; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) É muito comum na rotina do consultório odontológico o paciente questionar sobre a possibilidade de fechamento de espaços presentes, ocasionados pela perda de dentes permanentes e às vezes impossibilitados de fazer uma cirurgia de implante. O ortodontista deve avaliar diversos fatores, como a má-oclusão presente; a 107 integridade do osso e das raízes, que é o que permite concluir se com o fechamento dos espaços a finalização estará de acordo com os ideais que regem a Ortodontia. Para que isso seja possível, o controle de ancoragem ortodôntica se torna essencial. Com o surgimento dos mini-implantes, as possibilidades desta abordagem terapêutica aumentaram, pois o efeito adverso da perda de ancoragem pode ser eliminado e, com isso, o paciente pode ser beneficiado com um eficiente método de ancoragem, livre da necessidade de cooperação resultando em diminuição do tempo de tratamento, além de tornar os movimentos mais previsíveis e controlados. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de verticalização e mesialização dos segundos molares com a utilização de mini-implante diante da perda dos primeiros molares permanentes. Ao término do tratamento, observou-se a correção da má-oclusão com excelente resultado estético e funcional sem a necessidade de fazer implantes protéticos, sem mudanças no perfil do paciente e uma harmonia facial. Paciente ficou satisfeito com o resultado e foi bastante colaborador durante o tratamento. Com o auxílio dos mini-implantes, foi possível a mesialização de molares inferiores sem movimentação recíproca dos dentes anteriores, proporcionando a correção ortodôntica sem a necessidade de elementos protéticos. 282 – Mecânica expansionista na compensação da má-oclusão de classe III com mordida cruzada posterior e anterior Rodrigo Hitoshi Higa; Rogério de Almeida Penhavel; Fernanda Pinelli Henriques; José Fernando Castanha Henriques (FOB-USP) O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de um paciente portador de má-oclusão de classe III, com mordida cruzada posterior e anterior, tratado com compensação dentária através da mecânica expansionista. Paciente adulto, com 35 anos, procurou o consultório ortodôntico com objetivo de melhorar sua oclusão e a estética de seu sorriso. O paciente possuía má-oclusão de classe III de caninos em ambos os lados, com mordida cruzada posterior e anterior, desvio de linha média e segundos pré-molares superiores posicionados muito para palatino. Não se incomodava com a estética facial e não queria ser submetido a nenhum procedimento cirúrgico invasivo. Um aparelho fixo estético de cerâmica monocristalina foi instalado, primeiramente no arco superior e posteriormente no inferior. Os dentes 15 e 25 não foram incluídos no arco prontamente. Foram utilizadas molas abertas para obtenção de espaço, e o nivelamento foi evoluindo até que os dentes mal posicionados pudessem ser tracionados por meio de um sobrefio 0,012” de níquel-titânio. Os arcos de nivelamento finais foram utilizados mais abertos no arco superior e mais fechados no arco inferior, para melhorar a relação interarcos. Elásticos foram utilizados para descruzar a mordida na região anterior e posterior do lado direito. Os resultados do tratamento apontaram relação de caninos de classe I em ambos os lados, boa intercuspidação, overjet e overbite adequados e correção da mordida cruzada posterior. O protocolo de contenção consistiu em uma placa termoplástica no arco superior e 3 x 3 inferior. O tempo total de tratamento foi de dois anos e seis meses. A estética facial não foi alterada, mas o resultado oclusal foi significante, principalmente considerando o aspecto inicial do paciente. 283 – Tratamento da mordida aberta anterior: Ortodontia e Fonoaudiologia somando forças João Pedro de Campos Figueiredo; Marcus Vinícius Crepaldi; Carolina Mattar; Ana Paula de Aguiar; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena dos Santos Oliveira (Faipe) A mordida aberta anterior pode ser definida como um trespasse vertical negativo das bordas incisais dos dentes anteriores, superiores e inferiores, podendo levar a problemas funcionais e estéticos. Vista como um dos maiores desafios dos ortodontistas, a mordida aberta ainda é muito discutida pelos especialistas por sua origem multifatorial. Essa causa plural deve-se, sobretudo, a uma combinação de muitas variáveis, congênitas ou adquiridas. A mordida aberta anterior é mais frequentemente observada em pacientes em crescimento, o que pode ser explicado pela maior prevalência de hábitos deletérios que geralmente interferem nas funções de mastigar, deglutir, falar e respirar. A morfologia da mordida aberta dentária é circular e circunscrita somente à região anterior. Caracterizando-se por um impedimento no processo ativo de irrupção dentária, provocando redução no crescimento alveolar da região anterior da maxila e da mandíbula. O trabalho da Fonoaudiologia visa, sobretudo, prevenir, habilitar ou reabilitar as funções estomatognáticas. Sendo assim, devemos sempre levar em consideração a tão discutida relação forma X função. Paciente compareceu à clínica Faipe, Cuiabá, apresentando uma mordida aberta anterior. Ao exame clínico constatou-se interposição lingual atípica durante a fala e em repouso, o tratamento inicial proposto foi a colocação de grade palatina e aparelho fixo, no entanto, a paciente se recusou 108 a usar a grade, sugeriu-se então a colocação do aparelho fixo com elásticos intermaxilares e acompanhamento com fonoaudiólogo para reeducação do posicionamento da língua e do direcionamento de ar durante a articulação de determinados fonemas. A Fonoaudiologia é, realmente, uma grande aliada da Ortodontia, sendo que ambas as partes tem como objetivo principal o resultado que pode ser resumido em um sistema estomatognático equilibrado, estável e uma face mais harmoniosa do ponto de vista estético. 284 – Correção da má-oclusão de classe III em paciente adulto Marcos Fernando Bonadio; Roseane Aparecida Bau Gomes; Fabricio Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de Freitas (Uningá – Maringá/PR) O objetivo desse trabalho foi apresentar uma forma de tratamento da má-oclusão de classe III esquelética em paciente adulto do sexo feminino, com trespasse negativo nos dentes anteriores e mordida cruzada posterior, onde o perfil estava comprometido devido às proporções faciais obedecerem a estruturas ósseas. O perfil tegumentar apresentava-se de uma forma côncava devido às bases ósseas estarem mal relacionadas. O tratamento iniciou-se com uma disjunção maxilar com Hyrax e protração maxilar com máscara facial. Após essa fase, que durou aproximadamente seis meses, iniciou-se a mecânica ortodôntica com aparelho fixo, optando-se por uso de elásticos intermaxilares para correção anteroposterior da discrepância existente. Houve melhora significativa na relação entre as bases ósseas, com melhora no perfil e uma relação molar de classe I, onde a colaboração da paciente foi excelente, proporcionando resultados clínicos satisfatórios. 285 – Tratamento da mordida aberta anterior em fase precoce Maria Fernanda Antônio Silva; Nilton Neles de Souza; Claudia Cristina da Silva; Mayara Paim Patel; Arsenio Sales Peres; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG) A mordida aberta anterior faz parte das más-oclusões verticais, e seu protocolo de tratamento durante a fase da dentadura mista, que consiste na utilização da grade palatina removível ou fixa. Podemos defini-la como sendo a presença de um trespasse vertical negativo existente entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Sua etiologia é multi- fatorial. O prognóstico apresenta-se de bom a deficiente, dependendo das condições apresentadas: gravidade, etiologia e fase em que se inicia o tratamento. Ela deve ser corrigida o mais precocemente possível, proporcionando uma terapêutica mais simples e um prognóstico mais favorável. A grade palatina fixa é uma barreira mecânica que impede a sucção do dedo ou da chupeta, além de manter a língua numa posição mais retruída, não permitindo sua interposição entre os incisivos durante a deglutição e a fala. Com a remoção do hábito ocorre a verticalização dos incisivos inferiores e extrusão dentária e dentoalveolar fechando a mordida. 286 – Tratamento da mordida aberta anterior associada com mordida cruzada bilateral Maria Fernanda Antônio Silva; Carlos Humberto Rodrigues Junior; Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG) No presente trabalho apresenta-se o caso clínico de paciente com problemas de más-oclusões dentárias nos sentidos transversal (mordida cruzada posterior) e vertical (mordida aberta anterior). Paciente apresentou-se com queixa de más posições dentárias e mordida muito aberta, que dificultava sua dicção e consequentemente sua deglutição. O plano de tratamento foi traçado seguindo os parâmetros, com utilização de um aparelho expansor do tipo Hyrax para correção do problema transversal e, como o paciente apresentou ausência do elemento 36, foi solicitado exodontias dos primeiros molares superiores e o primeiro molar inferior do lado direito, sendo os superiores responsáveis por auxiliar na correção dos apinhamentos dentários da maxila. Após a correção da mordida cruzada, foi removido o Hyrax e instalado aparelho fixo, onde se iniciou a fase de alinhamento e nivelamento de ambos os arcos. Esporões foram instalados na região dos incisivos superiores para impedir a interposição lingual, que poderia dificultar o fechamento da mordida aberta anterior. Ao final do alinhamento e nivelamento, iniciou-se a retração do segmento anterior com objetivo de alcançar a classe I de Angle. Os espaços foram fechados com sucesso, e os problemas oclusais iniciais foram corrigidos seguindo a técnica planejada. Sendo assim, o paciente que ainda não finalizou totalmente seu caso, necessitará de ajustes básicos até a remoção do aparelho e o mesmo deve ser instruído quanto às visitas regulares ao dentista para manutenção de sua nova oclusão, evitando assim que possa ocorrer recidivas. 109 287 – Tratamento da mordida aberta anterior associada à atresia maxilar em paciente adulto Maria Fernanda Antônio Silva; Lilian Negreiros Fransozo; Guilherme Janson; Arsenio Sales Peres; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG) movida a correção da mordida profunda e do sorriso gengival, resultando na melhora da estética do sorriso. Frente a isso, é possível concluir que a associação de mecânicas ortodônticas incluindo intrusões e extrusões dentárias são eficientes na correção da mordida profunda e melhora da estética do sorriso. O objetivo deste trabalho foi descrever um caso clínico de mordida aberta anterior associada à atresia maxilar em paciente adulto. Na análise facial, verificou-se terço inferior aumentado, exposição excessiva dos dentes anterossuperiores, perfil reto e ausência de selamento labial. Na análise intrabucal, a paciente apresentava três quartos de classe II, subdivisão direita. Após a paciente não optar pela opção cirúrgica oferecida, o tratamento realizado correspondeu à expansão rápida de maxila utilizando-se o disjuntor Hyrax, seguido do tratamento ortodôntico corretivo, o qual foi associado a elásticos intermaxilares para correção da classe II e da mordida aberta anterior. Em virtude da satisfatória cooperação do paciente, ao final do tratamento, obteve-se um fechamento adequado da mordida aberta anterior e correção da classe II, o que proporcionou um sorriso harmonioso e satisfação da paciente. 289 – Fechamento de espaços com mini-implantes: minimizando os efeitos indesejáveis no perfil facial Maria Fernanda Antônio Silva; Rocio Belen Acosta Nuñes; Bruno Nicoliello Moreira; Roberto Henrique da Costa Grec; Claudia Cristina da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG) 288 – Associação de mecanismos ortodônticos com finalidade de melhorar a estética do sorriso Maria Fernanda Antônio Silva; Gerson Aparecido Foratori Junior; Fabrício Pinelli Valarelli; José Fernando Castanha Henriques; Roberto Henrique da Costa Grec; Mayara Paim Patel (IOPG) A sobremordida exagerada é um tipo de má-oclusão vertical que apresenta etiologia multifatorial e necessita de um diagnóstico diferencial elaborado e específico. Essa má-oclusão pode ser corrigida através da intrusão dos dentes anteriores, extrusão dos dentes posteriores ou a combinação de ambos. Em pacientes com mordida profunda associada com sorriso gengival, a intrusão dos dentes anteriores é uma alternativa para compensação do problema esquelético, pois pode levar à melhora da estética do sorriso. O objetivo deste caso clínico foi relatar o tratamento de paciente do sexo feminino, 27 anos de idade, com má-oclusão de classe II, segunda divisão de Angle, mordida profunda e sorriso gengival. Através da utilização de mini-implantes ortodônticos, os quais permitem uma ancoragem no tecido esquelético, os incisivos centrais foram intruídos e, somado ao uso de arcos com curva reversa e acentuada, foi pro- O tratamento da classe II pode variar de acordo com as características dentárias, esqueléticas e faciais do paciente. Dependendo da severidade da má-oclusão, desvio da linha média superior e/ou inferior, do grau de apinhamento e protrusão desfavorável do tecido mole, as extrações dentárias são uma opção de tratamento para a correção dessa má-oclusão. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico em que o paciente apresentava um perfil facial desfavorável para um tratamento com extrações dentárias e fechamento dos espaços com mecânica convencional e, portanto, foi utilizada uma mecânica com miniimplantes. O caso clínico apresentado mostrou uma excelente relação oclusal ao término do tratamento, com menor impacto no perfil facial do paciente devido à mesialização dos dentes posteriores apoiado nos mini-implantes. 290 – Plano inclinado fixo Fatima Roneiva Alves Fonseca; Maria Carolina Bandeira Macena; Leokádia Monise Dantas de Queiroga; Elizandra Silva da Penha; Renata Andrea Salvitti de Sá Rocha (Universidade Federal de Campina Grande – UFCG) Segundo Proffit (2008), as mordidas cruzadas de origem dentária se caracterizam pelo deslocamento apenas dos dentes. Apesar de não apresentar uma repercussão esquelética se faz necessário o tratamento desta má-oclusão ainda na dentição mista, para que esse problema não provoque uma alteração no crescimento dos maxilares, resultando assim em uma desarmonia tanto de ordem dentária, quanto esquelética. O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso clínico de um paciente infantil diagnosticado com mordida cruzada anterior, cujo diagnóstico diferencial e intervenção precoce permitiram a correção do caso, utilizando plano inclinado fixo 110 291 – Verticalização dos molares inferiores previamente à inserção de implantes dentários Augusto César Rodrigues de Souza; Silvia Amélia Lorenzetti Stoppa; Claudia Cristina da Silva; Maria Fernanda Antônio Silva; Bruno Nicoliello Moreira; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) A perda dos primeiros molares inferiores resulta em angulação dos segundos molares, assim como a mesialização dos mesmos quando não se utiliza dispositivos ortodônticos para evitar a movimentação. Isso dificulta a reabilitação com implante e prótese do espaço, sendo necessário posicionar os segundos molares corretamente antes de iniciar o tratamento reabilitador. Sendo assim, a verticalização dos segundos molares antes de realizar os implantes dentários para reabilitação dos dentes ausentes, se faz necessária. O objetivo do caso foi verticalizar os molares inferiores com a finalidade de proporcionar espaço suficiente para reabilitação com implantes dentários. A paciente buscou tratamento reabilitador com implantes dos primeiros molares inferiores, apresentava selamento labial passivo e face ligeiramente convexa. Na fase de alinhamento e nivelamento foi colocado mola NiTi aberta para regularizar os espaços dos primeiros molares. Após nove meses de tratamento os espaços foram definidos para reabilitação e após 12 meses os implantes foram concluídos com as coroas. Após a finalização e a remoção do aparelho, pôde-se observar a confecção das coroas sobre implantes na posição correta e não houve alteração facial. O resultado demonstrou a correção do posicionamento tridimensional dos molares inferiores, devolvendo os espaços necessários para realização dos implantes dentários e confecção das coroas metalocerâmicas de forma proporcional e com saúde periodontal. De acordo com este caso clínico, conclui-se que a verticalização prévia dos molares inferiores proporcionam o correto tratamento reabilitador através de implantes dentários. 292 – Estabilidade do fechamento de espaço da agenesia de incisivos laterais superiores Laura Hypollito Nocoletti; Mayara Paim Patel; Roberto Henrique da Costa Grec; Danilo Pinelli Valarelli; Ana Eliza Akashi; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) Agenesia dentária é definida como a ausência de um ou mais dentes e ausência dos germes dos permanentes, ocasionando ao paciente um efeito estético indesejado. O principal fator etiológico desta anomalia é a genética, por uma falha na proliferação da lâmina dura dental. Afeta principalmente a dentição permanente, sendo as mulheres mais afetadas que os homens na proporção de 3:2. O objetivo deste trabalho foi mostrar a estabilidade de um caso clínico de uma paciente com agenesia dos incisivos laterais superiores, realizado com o fechamento dos espaços por meio de ancoragem absoluta em mini-implantes, e finalizado com a estética dos dentes anterossuperiores com resina composta. Ao término do tratamento, observou-se que a mecânica utilizada promoveu a correção da má-oclusão da paciente com fechamento dos espaços sem necessidade de reabilitação com implante, menor custo e satisfação da paciente. Após quatro anos do término do tratamento, observou-se que os resultados obtidos mantiveram-se estáveis, sem abertura de espaços com uma oclusão satisfatória e face harmônica. 293 – Alternativa de tratamento da má-oclusão de classe II sem extrações dentárias Laura Hypollito Nocoletti; Tânia Mara Garcia Daré; Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina da Silva: Mayara Paim Patel; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) Os casos de assimetrias dentoalveolares representam um desafio na prática ortodôntica. Os tratamentos mais comuns são extrações dentárias assimétricas, realização de desgastes interproximais e uso de elásticos de classe II. Outra maneira, é realizar a distalização dos molares superiores que, se associado a mini-implantes, aumenta as possibilidades de se conseguir uma distalização eficiente com maior controle dos efeitos colaterais. O objetivo deste trabalho foi apresentar a correção de uma má-oclusão de classe II unilateral tratada com distalização dos molares superiores, com uso de ancoragem em mini-implantes. O tratamento durou dois anos e cinco meses, e mostrou que o uso da mecânica de distalização com ancoragem esquelética foi uma alternativa de tratamento da má-oclusão de classe II, no caso em que não foi possível realizar extração dentária com resultados oclusais satisfatórios sem impacto no perfil facial da paciente. 294 – Camuflagem ortodôntica no tratamento de um paciente com classe II esquelética Laura Hypollito Nocoletti; Gabrieli Bragatto; Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) 111 A má-oclusão de classe II esquelética em um paciente adulto é tratada por meio de cirurgia ortognática, a fim de obter uma harmonia entre as bases ósseas. Porém, devido a vários fatores, o paciente pode não aceitar esse protocolo de tratamento. Nesses casos, outra opção seria uma camuflagem ortodôntica com uso de mecânicas compensatórias. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de um paciente com perfil convexo, classe II dentária subdivisão direita, que foi corrigido com uso de elástico unilateral. O tratamento conservador da má-oclusão de classe II com o uso de elásticos proporcionou excelentes resultados estéticos e funcionais com menor impacto no perfil facial do paciente. 295 – A importância do planejamento 3D em pacientes assimétricos Viviane Ferreira Ramos; Emily Abreu Guimarães; Michelle Alonso Coutinho; José Eduardo dos Santos; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) Introdução: a cirurgia ortognática se consolida cada vez mais como procedimento seguro e de resultados previsíveis. Valendo-se da integração entre planejamento inicial e um preparo ortodôntico prévio e preciso. Com osteotomias programadas e técnicas de cirurgia cosmética, a cirurgia ortognática caracteriza-se como procedimento de correção estética e funcional, proporcionando ao paciente uma oclusão normal e, principalmente uma harmonia facial. A fusão de imagens associada à tomografia computadorizada (TC), tomografia computadorizada cone-beam (TCCB), ressonância magnética e digitalização da imagem favorecem a geração de documentação 3D do paciente. Com o objetivo de alcançar o padrão-ouro nos planejamentos virtuais, o planejamento 3D tem uma indicação muito precisa para os casos de assimetrias faciais. Relato de caso: paciente de 26 anos de idade, apresentando laterognatismo mandibular, mordida cruzada posterior, deficiência anteroposterior de maxila, mordida aberta posterior, padrão esquelético classe III de Angle e excesso vertical do terço inferior. Após avaliação clinica e diagnóstico realizado, optou-se em realizar um planejamento 3D. Segundo Moreira, a evolução dos conceitos envolvidos no diagnóstico e plano de tratamento em cirurgia ortognática tem sido imensurável. Dentre eles, destaca-se o planejamento cirúrgico digital, o qual proporciona maior previsibilidade e padronização de toda sequência clínica, além de ser um método extremamente preciso. Conclusão: com o planejamento digital é possível maximizar a quantidade de informação que pode ser obtida antes do procedimento cirúrgico, a fim de prever e precisar os resultados pós-operatórios, e com isso minimizar o trauma cirúrgico e os potenciais riscos e complicações para o paciente. 296 – Tratamento multidisciplinar visando a excelência Viviane Ferreira Ramos; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto; Leandro Lofgren Lázaro; Viviane Ferreira Ramos (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) O tratamento restaurador funcional visa não somente a reparação dos dentes para proporcionar uma mastigação mais eficiente, mas também alcançar uma qualidade estética próxima a excelência. Atualmente, os pacientes já chegam com uma ideia bem definida do resultado estético que vislumbram ao final do tratamento. No campo da Odontologia interdisciplinar, o planejamento do tratamento inicia-se com objetivos funcionais, biológicos e estéticos bem definidos. O presente painel evidencia a importância do prévio planejamento ortodôntico, cirúrgico e reabilitador final, buscando resultados excelentes. Relato de caso: paciente com 36 anos de idade, sexo masculino, exibindo classe I com mordida aberta anterior. Tratava-se de um retratamento ortodôntico, queixa principal: sorriso gengival e dentes pequenos. O plano de tratamento interdisciplinar teve como principal objetivo preparar o paciente para a cirurgia ortognática, onde foi realizada uma segmentação da maxila, para resolução definitiva da mordida aberta anterior. Posteriormente, um tratamento reabilitador protético mais conservador e minimamente invasivo foi realizado. Conforme sequência descrita abaixo. Conclusão: segundo Spear, quando se almeja uma reabilitação estética de um paciente ortocirúrgico, o ortodontista e o cirurgião devem ter uma abordagem diagnóstica lógica, que resulte em um plano de tratamento adequado. Nos dias atuais, os conceitos utilizados para desenvolver um plano de tratamento para reabilitações estéticas requerem conhecimento avançado de mais de uma especialidade em Odontologia. 297 – Uso do distrator palatal em paciente com amelogênese imperfeita e atresia maxilar Viviane Ferreira Ramos; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto; Emily Abreu Guimarães; Anamaria Felicari Salgado de Freitas Juncal; Viviane Ferreira Ramos (Faculdade de Odontologia – São Leopoldo Mandic) 112 A amelogênese imperfeita é uma alteração de caráter hereditário que afeta o esmalte dentário de dentes permanentes e decíduos. A origem genética da anomalia pode ser resultado de defeitos nas proteínas da matriz do esmalte. Pode provocar, como consequência, sensibilidade dentária, perda de dimensão vertical e comprometimento grave a nível estético. Conforme o grau de severidade de afetação do esmalte, são vários os protocolos de tratamento. Já a atresia transversal da maxila é um problema muito comum. Os pacientes apresentam características como mordida cruzada posterior, palato em forma ogival, apinhamentos dentários e corredor bucal excessivo. Na fase adulta, o tratamento para esta deformidade é a ERMCA. Para esta expansão podem ser utilizados disjuntores de ancoragem dentária e distratores de ancoragem óssea. Os disjuntores com ancoragem dentária podem apresentar várias complicações durante a expansão óssea, como torque excessivo dos dentes e problemas periodontais na vestibular dos dentes em expansão. Os distratores com ancoragem óssea possuem a vantagem de realizar uma expansão exclusivamente esquelética sem apresentar as complicações que a ancoragem dentária pode causar. O objetivo deste painel foi mostrar um caso clínico de atresia maxilar com amelogênese imperfeita em uma paciente adulta. Relato de caso clínico: paciente de 45 anos de idade, portadora de amelogênese imperfeita, classe III esquelética e dentária, atresia maxilar acentuada, mordida cruzada posterior, apinhamento, desvio de linha média. Optou-se pelo preparo ortocirúrgico em dois tempos, onde a primeira cirurgia de ERMAC foi realizada com o distrator palatal. A paciente apresenta múltiplas coroas dentárias e um comprometimento de esmaltes muito severo, impossibilitando o uso de disjuntores dentossuportados. O procedimento foi realizado sob anestesia geral, com instalação do distrator palatino, realização de osteotomia Le Fort Ie disjunção da sutura mediana com cinzel e martelo. A ativação foi realizada após 48 horas, seguindo o protocolo de um terço de volta (0,3 mm) pela manhã e um terço de volta pela noite (0,3 mm). Após a correção da deficiência transversa, foi realizado controle radiográfico por quatro meses e então o distrator foi removido sob anestesia local em ambiente ambulatorial. Conclusão: segundo Singaraju et al, o período de cicatrização óssea é acompanhado através de radiografia oclusal superior, até que o calo ósseo seja observado. Concluiu-se que o distrator esquelético palatal, mostra-se como excelente opção para correção das deformidades transversas da maxila em pacientes após a fase de crescimento, portadores de amelogênese imperfeita. 298 – Tratamento da classe II de Angle com o uso do aparelho AEB conjugado modificado Rosilene Oliveira de Freitas; Carolina Mattar Cruz; Marcus Vinicius Crepaldi; Adriana Aparecida Crepaldi; Ana Paula de Aguiar; Bruna Lorena dos Santos Oliveira (Faipe – Cuiabá/MT) O tratamento da classe II apresenta-se com uma variedade muito grande de aparelhos, tanto nas áreas preventiva, interceptora, como corretiva, permitindo ao ortodontista muitas opções. Devido a isto o ortodontista deve, antes de elaborar um planejamento, avaliar todas as características clínicas e cefalométricas, para depois selecionar o aparelho indicado. Esta relação de classe II pode variar desde uma retrusão mandibular, uma protrusão maxilar ou até mesmo uma combinação de fatores, sendo o retrognatismo mandibular considerado como um dos maiores responsáveis por esta má-oclusão (Henriques et al, 2007). A intervenção precoce nesse tipo de má-oclusão, durante a fase de crescimento e desenvolvimento craniofacial, representa um fator de grande importância para o sucesso do tratamento, e a aplicação de forças com aparelhos ortopédicos extrabucais tem sido um método efetivo para a correção inicial das desarmonias da relação anteroposterior maxilomandibular (Almeida et al, 2002). A utilização do aparelho extrabucal conjugado modificado no tratamento da má-oclusão classe II, primeira divisão de Angle, exige que os princípios biomecânicos sejam entendidos e requer compreensão do padrão de crescimento do indivíduo e das alterações cefalométricas relacionadas ao processo, para que o caso clínico seja conduzido de forma que os efeitos colaterais sejam diminuídos e os benefícios aumentados (Nouer et al, 2004). Paciente com nove anos de idade, que compareceu à clínica de Ortodontia da Faipe, Cuiabá/MT, apresentando maxila protruída, mandíbula retruída, ANB 7, perfil dolicofacial. Apresentava overjet significante e overbite. O tratamento proposto foi o aparelho AEB conjugado modificado. A utilização do aparelho foi de 18 horas a 20 horas por dia, com força em média de 600 gramas, e uso de tala occipital para o controle vertical. Foi realizado desgaste na parte inferior do acrílico na região de pré-molares e molares. O tratamento durou oito meses, onde os molares encontraram-se em classe I. A contenção foi realizada com o próprio aparelho por quatro meses, apenas para dormir. Após essa fase, aguardou a erupção de todos os dentes permanentes para a fase de ortodontia fixa. 113 299 – Expansão rápida da maxila (ERM) e tratamento ortodôntico corretivo com braquetes autoligados híbridos Leandro Yamauchi de Souza; Cinthia Umemura; Rosangela de Andrade Rocha; Eduardo Yabuki; Claudio Tordelli; Wilson Humio Murata (Universidade Cruzeiro do Sul – Unicsul) Paciente do sexo masculino, oito anos de idade, padrão I mesofacial, classe I de Angle, atresia maxilar e severo apinhamento na arcada superior e inferior. O tratamento foi realizado em duas fases: na primeira foi utilizado o disjuntor McNamara para a ERM, e aparelho ortodôntico removível inferior encapsulado com expansor central e escudo labial. Foram colados braquetes convencionais nos incisivos centrais e laterais superiores para a correção do severo desalinhamento e desnivelamento durante cinco meses, seguido de contenção tipo placa de Hawley com expansor central. Na segunda fase, para o tratamento ortodôntico corretivo, foram utilizados braquetes autoligados interativos nos incisivos centrais e laterais superiores e inferiores, e passivos nos caninos e pré-molares superiores e inferiores, prescrição Roth slot 22 Empower (American Orthodontics). 300 – Tratamento compensatório da classe II assimétrica associada à mordida aberta anterior Claudia Cristina da Silva; Carina Catarina Fazzolari; Mayara Paim Patel; Roberto Henrique da Costa Grec; Guilherme Janson; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) A classe II assimétrica é uma má-oclusão complexa que combina componentes etiológicos dentoalveolares e/ou esqueléticos. Quando o componente esquelético apresenta graus severos, uma correta abordagem terapêutica requer um tratamento ortodôntico convencional associado à cirurgia ortognática. Porém, muitas vezes, por motivos pessoais, o paciente se recusa a realizar um tratamento ortodôntico-cirúrgico querendo corrigir somente sua oclusão, tornando o tratamento desafiador e com uma mecânica complexa de ser realizada. Este trabalho relata o tratamento de um paciente adulto que apresentava má-oclusão de classe II esquelética assimétrica com desvio da linha média inferior e mordida aberta, assimetria da face, porém, sem queixa da estética facial tratado por meio de mecânica compensatória. Ao final do tratamento, as linhas médias dentárias, superior e inferior estavam coincidentes com o plano sagital mediano e foi conseguida uma boa oclusão estática e funcional, com excelente estabilidade pós-tratamento, além da estética favorável. 301 – Tratamento de mordida aberta anterior com elásticos intermaxilares e colagem diferenciada dos acessórios ortodônticos Claudia Cristina da Silva; Ana Karolina Vilela Porto; Guilherme Janson; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Paim Patel; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) A mordida aberta pode ser definida como a presença de um trespasse negativo existente entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Por ter diferentes etiologias e um maior comprometimento estético-funcional, além de alterações dentárias e esqueléticas que outras más-oclusões, seus resultados e sua estabilidade são mais difíceis de serem atingidos, sendo então um dos tratamentos mais desafiadores da Ortodontia. Algumas estratégias são seguidas no tratamento de mordida aberta na dentadura permanente, para favorecer a estabilidade da correção. O posicionamento diferenciado dos acessórios ortodônticos, utilização de grade palatina e/ou esporões durante a mecânica, extrações dentárias, intrusão de dentes posteriores, utilização de elásticos verticais e contenções ativas são alguns exemplos. O objetivo deste trabalho foi mostrar um caso clínico de tratamento ortodôntico de mordida aberta anterior dentoalveolar em paciente com dentadura permanente, com o uso de elásticos intermaxilares e colagem diferenciada dos acessórios no arco inferior. 302 – Utilização de mini-implantes como ancoragem para mesialização de molares no fechamento de espaços da agenesia de pré-molares Claudia Cristina da Silva; Leandro de Andrade Holgado; Mayara Paim Patel; Flavio Monteiro Amado; Danilo Pinelli Valarelli; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) A resistência contra a movimentação dentária não desejada em Ortodontia é definida como ancoragem. A utilização de mini-implantes para tal fim tem sido utilizada há alguns anos. As principais vantagens da utilização deste tipo de ancoragem remontam dos mais variados tipos como: aplicabilidade em qualquer estágio de desenvolvimento; utilização de uma força ótima de tração, independente do número ou posição do dente; redução no tempo de tratamento; independe da cooperação do paciente, oferecendo mais conforto ao mesmo e baixo custo. O presente trabalho teve como objetivo 114 apresentar um caso clínico do tratamento ortodôntico para mesialização dos molares com a utilização de mini-implantes para fechamento de espaço oriundo da agenesia de pré-molares. O tratamento instaurado resultou que, a utilização dos mini-implantes, teve papel preponderante como método de ancoragem absoluta mesializando o segmento posterior e manutenção da oclusão em classe I sem alterações mais significativas no perfil facial do paciente. Concluiu-se que a utilização de mini-implantes como método de ancoragem absoluta mostrou-se extremamente eficiente em benefício da movimentação ortodôntica, proporcionando a mesialização do segmento posterior e fechamento dos espaços originado pela agenesia dos pré-molares. 303 – Ortodontia interceptora e corretiva no tratamento da avulsão dentária utilizando mini-implante Claudia Cristina da Silva; Claudia Pamela Rios Chyrnia; Maria Fernanda Antonio Silva; Flavio Monteiro Amado; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru) Uma das causas comuns da perda de dentes permanentes em crianças é o traumatismo dentário, e os incisivos centrais superiores estão entre os dentes mais afetados. O tratamento interceptor tem como objetivo o restabelecimento estético, psicológico e funcional prevenindo a instalação de hábitos deletérios como interposição lingual. O tratamento corretivo pode ser realizado de maneira a manter o espaço para colocação de implante futuro no local do dente avulsionado, ou por meio de mecânicas para fechamento do espaço, que são facilitadas com a utilização de ancoragem esquelética em mini-implantes. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de avulsão dentária de um incisivo central superior em que a opção escolhida foi o fechamento do espaço com a utilização de mini-implantes para melhor controle da mecânica. O tratamento consistiu no fechamento do espaço do dente 11 com utilização de mini-implante, uma vez que o paciente era muito jovem e teria que esperar muito para a realização de reabilitação com implante. Conclui-se que esse tipo de abordagem possibilitou a realização de um tratamento conservador por meio da mesialização dos dentes posteriores para fechamento do espaço do dente ausente eliminando a necessidade de reabilitação protética na região, com menor custo, proporcionando ao paciente oclusão estética e funcional, e satisfação. 304 – Tratamento ortopédico/ortodôntico de paciente classe III, padrão III, com tração reversa e autoligados Poliane Cristina de Lima Moreira; Rodrigo Romano (ABO-MG) O caso relatado trata-se de tratamento compensatório de um paciente padrão III, deficiente maxilar, com crescimento mandibular vertical. O tratamento ortodôntico teve início realizando-se a disjunção palatina, com aparelho disjuntor tipo Hirax, associado à tração reversa com a máscara facial, utilizou-se ainda nessa primeira fase esporão colado na lingual dos incisivos inferiores para reeducação do posicionamento lingual durante a deglutição. Como resultado desta primeira etapa, houve um avanço maxilar anterior proporcionando uma melhora da relação sagital maxilomandibular, entretanto, a paciente apresentava uma relação dentária de classe III subdivisão esquerda, somado ao espaço insuficiente para irrupção dos caninos superiores de ambos os lados. Iniciou-se a fase corretiva com a utilização do aparelho fixo autoligado, utilizando-se fios CooperNiTi em diagrama expandido associados a molas abertas NiTi para ganho de espaço na arcada superior, enquanto que na arcada inferior realizou-se o alinhamento com fios NiTi superelásticos no diagrama convencional, utilizou-se ainda elásticos com vetor classe III, e na progressão do tratamento foi confeccionado e instalado cursor Sliding Jig no tubo acessório do molar inferior esquerdo para potencializar a força do elástico e, consequentemente, conseguir a correção da classe III. Com a abertura do espaço superior, o canino superior esquerdo erupcionou espontaneamente, enquanto que o canino superior direito necessitou ser tracionado, realizou-se o tracionamento com sobrefio. O resultado satisfatório com uma melhora considerável no perfil, sorriso adequado, e dentariamente, conquistou-se uma boa oclusão em relação classe I com overjet e overbite dentro da normalidade. 305 – A importância da angulação dos caninos na extração dos incisivos inferiores Mariane Porto Righi; Caio Valle; Douglas Silva; Mônica Orsatto; Evandro Garcia; Karyna Martins do Valle-Corotti (FHO – Uniararas) O apinhamento anteroinferior, quando presente na má-oclusão de classe I, apresenta como possibilidade de tratamento a exodontia de um incisivo inferior. Essa opção de tratamento, em detrimento da extração de pré-molares ou de desgastes interproximais nos dentes envolvidos 115 no apinhamento, tem sido uma escolha importante nos casos em que a relação sagital e a oclusão na região posterior encontram-se adequadas. No entanto, o posicionamento dos braquetes dos caninos inferiores apresenta-se primordial para o sucesso na finalização. A exodontia de um incisivo inferior pode levar a trespasses horizontal e vertical aumentados, ausência de desoclusão pelo canino de um dos lados, desvio de linha média e um dos lados em relação de meia classe II. A colagem diferencial dos caninos inferiores, com maior angulação das coroas para a mesial, pode resolver todos esses efeitos. No presente caso, o paciente leucoderma, do sexo masculino, 28 anos de idade, com a relação oclusal de classe I e apinhamento anteroinferior foi tratado com a exodontia do incisivo inferior e a superangulação dos caninos. O caso foi finalizado com sucesso após 12 meses de tratamento, o que demonstra a eficácia desse protocolo. 306 – Correção de sobremordida com o uso de stop no sistema autoligado Milene Angelo Cazzaro Menini; Julio de Araujo Gurgel; Adriana de Fatima Barchi Gomes; Ana Cristina Kodama dos Santos; Dagmar Devito Guerreiro Catasse; Bolivar Pimenta Junior (Iepo – Instituto de Ensino e Pesquisa em Odontológica de Marília) Introdução: paciente com 30 anos de idade, sexo feminino, apresentou-se para tratamento ortodôntico com a queixa de sobremordida profunda em decorrência da verticalização dos incisivos superiores e inferiores. Objetivos: optou-se pela realização do tratamento ortodôntico almejando a correção da inclinação axial dos incisivos superiores e inferiores, e a consequente dissolução do apinhamento dentário. Métodos: foi instalado o aparelho autoligado interativo com uso de fios termoativados, stops e levantes de mordida. Foram realizadas as trocas de arcos objetivando o aumento da secção transversal. Com oito meses de tratamento, foram removidos os levantes de mordida posterior e confeccionados os levantes anteriores. Com dez meses de tratamento, iniciou-se a intercuspidação. Discussão e conclusões: o uso de stops na mesial dos caninos superiores e inferiores, permitiu que a deflexão sofrida pelos fios termoativados redondos promovessem a correção da inclinação axial dos incisivos superiores e inferiores. A desoclusão obtida por meio do uso do levante posterior favoreceu o movimento dos incisivos de modo a corrigir a sobremordida. Em seguida, o levante anterior permitiu a extrusão dos dentes posteriores de modo a favorecer a estabilidade da correção da sobremordida. Desse modo, conclui-se que o sistema autoligado merece um sequenciamento estratégico da mecânica. Neste caso apresentado observou-se que o uso de stops em fios termoativados e a troca de posição dos levantes de mordida foram primordiais para a correção da má-oclusão da paciente. 307 – Tratamento da má-oclusão de classe III com a técnica biofuncional de classe III Cristina Saft Matos Vieira; Christian Zamberlan Angheben; Alessandra Kichler (Faculdade Ingá – São Leopoldo) Um dos objetivos do tratamento compensatório dos pacientes com má-oclusão de classe III é a correção da mordida cruzada anterior, quando esta existe, e o correto posicionamento dentário. Através da técnica biofuncional de classe III, com braquetes com prescrição biofuncional de classe III, conseguiu-se uma melhora na posição dentária, com menos inclinação dos incisivos inferiores, projeção do ponto A e melhora do perfil facial. O objetivo deste relato de caso foi apresentar um tratamento compensatório em uma paciente do sexo feminino, com má-oclusão de classe III, e avaliar, cefalometricamente, a posição do ponto A após a correção da mordida cruzada anterior, além de finalização estética com facetas de resina nos dentes anterossuperiores. 308 – O uso do aparelho autoligado associado ao arco de expansão de TMA Adriana de Fatima Barchi Gomes; Bolivar Pimenta Junior; Ana Cristina Kodama dos Santos; Dagmar Devito Guerreiro Catasse; Milene Angelo Cazzaro Menini; Julio de Araujo Gurgel (Iepo – Instituto de Ensino e Pesquisa em Odontológica de Marília) Introdução: paciente com 15 anos de idade, apresentou-se para tratamento ortodôntico de mordida cruzada posterior e mordida aberta anterior. A análise da documentação ortodôntica evidenciou atresia maxilar dentoalveolar e mordida aberta anterior (MAA) de -2 mm. Objetivo: dentre as opções de tratamento propostas o paciente optou pelo uso de aparelho fixo associado a arco de expansão de TMA (AE-TMA) e esporão lingual. Métodos: o tratamento foi iniciado com a colagem do aparelho fixo do tipo autoligado ativo com colagem smile arch. Com dois meses de tratamento foram colados esporões linguais nos incisivos superiores. No sexto mês de tratamento, foi adaptado ao aparelho fixo o arco de expansão de TMA, que foi utilizado por quatro meses. Observou-se, após um ano de tratamento, a correção da mordida cruzada posterior (MCP) e da MAA. Atualmente, o paciente encontra-se em fase de intercuspidação. Discussão e conclusão: 116 deve-se atentar que a proposta da colagem smile arch auxilia no fechamento da MAA em associação ao esporão lingual e ao alinhamento realizado pelo aparelho fixo. O AE-TMA possibilitou a correção da MCP de modo confortável e eficiente em comparação com outros dispositivos de expansão maxilar dentária. Consideramos que os resultados obtidos ficaram aquém do desejado, devido à falta de colaboração do paciente. Durante os 12 meses de tratamento, ocorreram seis descolagens de acessório, bem como má higienização e uso insuficiente dos elásticos intermaxilares. Concluiu-se que, mesmo com a falta de colaboração do paciente, no período de um ano foram atingidos quase que a totalidade da proposta de tratamento. 309 – Correção da linha média com uso de stops no sistema autoligado Ana Cristina Kodama dos Santos; Julio de Araujo Gurgel; Adriana de Fatima Barchi Gomes; Milene Angelo Cazzaro Menini; Dagmar Devito Guerreiro Catasse; Bolivar Pimenta Junior (Iepo – Instituto de Ensino e Pesquisa em Odontológica de Marília) Introdução: paciente do sexo feminino, apresentou-se para tratamento ortodôntico com falta de selamento labial, dolicofacial, classe II, apinhamento anterior e desvio da linha média superior 2 mm para a esquerda. Objetivo: o tratamento realizado com aparelho ortodôntico fixo objetivou o alinhamento dentário, correção da linha média e da má-oclusão de classe II dentária. Métodos: o aparelho autoligado passivo utilizado contou com o auxílio de stops na distal do dente 21, e mesial do dente 25 para a correção da linha média. Após quatro meses de tratamento, foi instalado arco superior retangular termoativado para a conclusão do alinhamento e nivelamento. Com um ano de tratamento, após a conclusão do alinhamento do arco inferior, foi iniciado o uso de elástico de classe II. Discussão e conclusão: relatos da literatura descrevem a eficácia dos fios termoativados para o alinhamento dentário. O sistema autoligado introduziu o uso de stops como elemento para incrementar o movimento dentário setorizado. Neste caso clínico observou-se que o uso do fio inicial .014” termoativado, e o posicionamento estratégico dos stops, resultou na correção da linha média superior em apenas dois meses. Temos observado que a correção da linha média com o sistema passivo mostra-se mais rápida. Este fato deve-se a maior dimensão do slot do braquete passivo em comparação ao interativo. Concluiu-se que o sistema autoligado com o uso de stops promove a correção da linha média já na fase de alinhamento. Sendo assim, o sistema autoligado mostra-se vantajoso em relação ao aparelho de arco reto. 310 – Tratamento compensatório da classe III com prescrição biofuncional Alice Fernandes de Lima; Maria Fernanda Antonio da Silva; Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/ Facsete – Bauru) A primeira opção de tratamento da mordida cruzada anterior esquelética severa no paciente adulto normalmente é a realização de cirurgia ortognática associada à correção ortodôntica. Entretanto, muitos pacientes não aceitam o tratamento cirúrgico por seu custo elevado, desconforto no pós-operatório e pelos riscos inerentes a este. Nestes casos, pode-se optar por um tratamento baseado somente em compensação dentária através do uso de elásticos combinados com a prescrição biofuncional dos braquetes para a correção da classe III, entretanto, o sucesso do tratamento depende muito da colaboração do paciente. O objetivo do tratamento foi promover a correção da má-oclusão de classe III com compensações dentárias por meio de elásticos, utilizando a prescrição biofuncional para minimizar os efeitos colaterais da mecânica, obtendo uma oclusão funcional ideal e harmonia no sorriso. A indicação da prescrição biofuncional no tratamento da má-oclusão de classe III do paciente adulto não cirúrgico mostrou resultados satisfatórios no caso apresentado, sendo uma alternativa para minimizar os efeitos colaterais da compensação dentária de lingualização dos incisivos inferiores e vestibularização dos incisivos superiores, causados pelo uso dos elásticos intermaxilares de classe III. 311 – A efetividade do tratamento para Saos/Sahos com utilização de aparelhos intraorais Ilton Ferreira David Morales; Gilberto da Cruz Bezerra Jr.; Juliana Azevedo Marques Gaschler; Maxwell Lopes Albuini; Sergio Giamas Iafigliola (EAP-APCD Central) Introdução: atualmente a população apresenta algum tipo de desvio morfológico e/ ou funcional do sistema estomatognático. Pelo sono humano, com a homeostasia, é por meio do qual todo organismo, incluindo o sistema nervoso central, é renovado. Apneia obstrutiva do sono é complexa, multifatorial, crônica, progressiva, alto grau de morbidade. Origina-se da obstrução de 30% das vias 117 aérea superiores durante o sono. A utilização de aparelhos intraorais como tratamento para o ronco ou a Saos, previne e minimiza o colapso das vias aéreas, favorecendo maior passagem de ar. Sendo confirmada a indicação do AIO, deve-se optar entre um aparelho reposicionador mandibular ou um retentor lingual. Objetivo: o sono normal, é compreendido dentro de dois estágios, conhecidos como sono NREM e REM paradoxal. O ciclo de sono NREM-REM ocorre aproximadamente a cada 90 min, de quatro a seis ciclos por noite, promovendo o repouso adequado à atividade cerebral e muscular. O sono NREM é predominante no primeiro terço da noite, enquanto que o sono REM predominantemente no último terço. O critério diagnóstico para Saos refere-se à presença de cinco ou mais episódios de apneia/hipopneia (IAH) por hora de sono, acompanhado de diminuição da saturação de oxigênio sanguíneo, < 85%. Os aparelhos intraorais posicionam as vias aéreas da seguinte forma: parte posterior da língua e a parte anterior da língua estão inseridas na sínfise mandibular, com o uso do aparelho, a mandíbula movimenta a frente, aumentando o espaço das vias aéreas. Métodos: a Saos envolve consequência de tônus incompetente da musculatura do palato, língua, faringe, colapso do tecido mole sobre a via aérea, macroglossia, retrognatia, micrognatia, excesso de tecido mole, palato ogival, arcadas atrésicas, mordida cruzada, dobras de mucosas excessivas, acúmulo de gordura submucosa, via aérea obstruída, causando sonolência excessiva, déficits cognitivos, doenças cardiovasculares, como características craniofaciais atípicas que incluem: retroposicionamento da mandíbula e maxila, salivação excessiva, plano oclusal desorganizado, protrusão dos incisivos, ângulo goníaco obtuso, > altura terço inferior da face (retrolingual e retropalatal). Conclusão: o ortodontista tem como responsabilidade a escolha do melhor aparelho, acompanhamento e diálogo com a equipe médica. Os aparelhos mais utilizados no tratamento Saos/Sahos leve ou moderada, são os de avanço mandibular, como primeira escolha, também, a opção terapêutica não invasiva, reversível, e com efeitos colaterais mínimos. Com a pesquisa desse trabalho, conseguiu-se concluir que cada vez mais esse assunto se torna de grande importância na Odontologia, em que diversos artigos citam essa área de grande impacto na melhoria de qualidade de vida dos pacientes, elevando muito os índices de satisfação aos que recebem indicação de uso, inclusive trabalho conjunto com a Medicina. 312 – Tratamento da transposição do canino superior Ellyda Camila Bossa; Raquel da Silva Moura; Marciano Alves de Medeiros; Andréia Regina Boff Lemos; Leonardo Graboski de Castro; Fabrício Pinelli Valarelli (SOEP/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A transposição dentária é uma anomalia de desenvolvimento considerada como irrupção ectópica, essa má-oclusão com etiologia indefinida, geralmente envolve dois dentes adjacentes em um mesmo quadrante do arco dentário. Para os ortodontistas torna-se um desafio tratar essa má-oclusão, devido principalmente aos riscos do tratamento, que exige do profissional um controle eficiente da mecânica ortodôntica, a transposição pode ser corrigida com sucesso, desde que seja respeitado o limite fisiológico do organismo, os cuidados com as estruturas periodontais e a observância periódica da movimentação dentária, reduzindo dessa forma, o risco de reabsorções radiculares, para que o tratamento planejado possa ser revertido em melhor ganho estético e funcional ao paciente. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de transposição do dente canino. 313 – Tratamento mordida aberta anterior com mesialização de molares Ellyda Camila Bossa; Dino Lopes de Almeida; Andréia Regina Boff Lemos; Hediberton Alves de Aguiar; Juliana Volpato Curi Paccini; Fabrício Pinelli Valarelli (SOEP/Facsete, RO – Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa) A mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de uma dimensão vertical negativa entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Essa má-oclusão é vista como um dos maiores desafios dos ortodontistas. Sua origem é multifatorial, e podemos destacar entre esses aspectos a hereditariedade, hábitos deletérios, à função ou ao tamanho anormal da língua, à respiração bucal, ao padrão de crescimento e às patologias. Através deste trabalho é apresentada uma alternativa no tratamento para correção da mordida aberta anterior (resultante de hábito de sucção polegar), como também o fechamento de espaços posteriores com a mesialização dos molares por meio da mecânica de mini-implantes. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clinico sobre fechamento de espaços com mini-implante e correção da mordida aberta anterior. 118 314 – Tratamento ortodôntico-cirúrgico em paciente com má-oclusão de classe III esquelética Adriano Garcia Bandeca; Rogério de Almeida Penhavel; Fabricio Pinelli Valarelli; Cristina de Almeida Paschotto Pezzo Marin; Luiz Roberto de Almeida Filho; Danilo Pinelli Valarelli (Icos – Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde) A má-oclusão de classe III é caracterizada pela mesio-oclusão dos molares inferiores com os superiores, podendo ter componentes somente dentário, esquelético ou ambos. Quando o componente esquelético se apresenta com maior predominância, o tratamento ortodôntico-cirúrgico, geralmente, é indicado. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico onde o paciente foi submetido a um tratamento ortodôntico-cirúrgico para correção de má-oclusão de classe III por meio do avanço maxilar. Paciente com 19 anos de idade buscou tratamento ortodôntico com o intuito de corrigir a má-oclusão de classe III. Analisando as fotos iniciais observou-se uma face com perfil côncavo, altura facial aumentada, assimetria facial e selamento labial passivo, havendo discrepância entre as bases ósseas e com uma estética facial desfavorável. Na análise intrabucal foi observada discrepância anteroposterior de classe III, mordida cruzada posterior bilateral. Na primeira fase do tratamento foi feito alinhamento e nivelamento dentário nas bases ósseas. A segunda fase do tratamento consistiu na cirurgia ortognática de avanço maxilar e a terceira fase do tratamento foi a finalização ortodôntica. Após a finalização do tratamento observa-se que o aspecto facial se apresentou mais harmônico e a má-oclusão foi corrigida satisfatoriamente. 315 – Tratamento ortocirúrgico de agenesia de incisivo lateral Jamille Cristina de Souza Barbosa; Priscila Cordeiro Moreira; Ruben Merrari Andrade de Paula; Walker Rocha de Oliveira Júnior; Nayane Batista Pires; Lucelma Vilela Pieri (Uningá) tas para o tratamento, destacando as multidisciplinares, implicando em benefícios estéticos e funcionais ao paciente. As possíveis soluções para casos de ausência de um ou mais dentes por agenesia incluem fechamento ortodôntico do espaço com restaurações estéticas, facetas, coroas ou abertura para colocação de prótese fixa, ou implantes unitários. É um tratamento que conta com a integração de várias especialidades, dentre elas: Ortodontia, Periodontia, Dentística e Implantodontia. Neste painel iremos tratar de um caso de agenesia do elemento 12, onde foram realizadas mecânicas ortodônticas para a abertura do espaço protético para reabilitação com implante unitário. 316 – Tratamento da má-oclusão de classe II com distalização de molar: aparelho Pendex Jamille Cristina de Souza Barbosa; Priscila Cordeiro Moreira; Ruben Merrari Andrade de Paula; Gleyciane Pinheiro da Silva; Nayane Batista Pires; Lucelma Vilela Pieri (Uningá) A má-oclusão de classe II caracteriza-se por um relacionamento incorreto dos arcos superior e inferior, tanto por alterações esqueléticas como por alterações dentárias ou, ainda, por uma combinação de ambos os fatores. Atualmente, vários aparelhos com ancoragem intrabucal vêm se destacando, possibilitando resultados satisfatórios, requerendo mínima colaboração do paciente. Dentre os dispositivos intrabucais destaca-se o aparelho Pendex. O aparelho criado por James Hilgers surgiu em 1992, como um a nova alternativa para a distalização dos molares superiores, onde o autor objetivou criar um aparelho que promovesse uma rápida distalização dos molares superiores com forças leves e contínuas, sem necessidade de colaboração do paciente. Serão discutidas as vantagens desse aparelho e apresentaremos um caso clinico de paciente de 11 anos de idade, sexo feminino, classe II dentária, padrão de crescimento horizontal tratada seis meses com Pendex. E, posteriormente, foram realizadas mecânicas ortodônticas de alinhamento e nivelamento com aparelho fixo. Agenesia dental é uma anomalia caracterizada pela ausência congênita de dentes, desde que comprovada por meio de radiografias. Por alguns autores é considerada uma condição patológica. Hipodontia ou agenesia do incisivo lateral superior tem sido, juntamente com a do segundo pré-molar, consideradas as mais frequentes agenesias dentárias. Alguns estudos tem mostrado que a agenesia dos incisivos laterais tem uma incidência de cerca de 2% da população, e várias terapias têm sido propos- 119 317 – Placas alinhadoras Julliana Barbosa Garcia; Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Marcus Vinícius Crepaldi; João Wagner Pascoto; Carolina Mattar da Cruz (Faipe) As placas alinhadoras são uma revolução no tratamento odontológico moderno. Essa técnica não inclui o uso de acessórios como braquetes, tubos, fios e bandas. Esses aparelhos realizam pequenas movimentações e já não são novidades no mercado. Sabe-se, entretanto, que a solicitação dos pacientes por esses sistemas tem ganhado maior repercussão devido ao alto grau de exigência estética por partes dos pacientes. O Essix Clear Aligner é uma opção ortodôntica que proporciona ótimos resultados, fácil execução, totalmente estético com maior conforto e total controle por parte do profissional. Diferente de alguns alinhadores disponíveis no mercado, o sistema possibilita que o ortodontista tenha total controle sobre a produção do aparelho, proporcionando maior agilidade no tratamento e menores custos. Suas ativações realizadas com alicates especiais devidamente aquecidos, aceitando repetidas ativações necessárias para a formidável finalização. Paciente com 23 anos de idade, compareceu à clínica Faipe, Cuiabá/ MT, com a queixa de recidiva de apinhamento inferior e superior. O tratamento proposto foi a utilização da placa Essix, visto que a paciente não queria se submeter ao tratamento ortodôntico convencional. O aparelho foi instalado, houve confecção de duas placas. No período de cinco meses observou-se o alinhamento total superior e inferior, com a excelente satisfação do paciente. 120 Regulamento Prêmio Jovem Cientista SPO Do objetivo Art. 1o – Despertar, em jovens cirurgiões-dentistas, o gosto pela pesquisa básica ou clínica nas áreas de Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares, premiando os melhores trabalhos e publicando-os em edições futuras da revista OrtodontiaSPO. Da participação Art. 2o – Poderão participar cirurgiões-dentistas, alunos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu, especialistas, mestres e doutores. Art. 3 – O número máximo de autores por trabalho é limitado a 4 (quatro), sendo 1 (um) autor e até 3 (três) coautores. o Da inscrição e conteúdo Art. 4o – O trabalho deverá versar sobre uma pesquisa epidemiológica, clínica ou laboratorial relacionada ao tema Integração de aspectos clínicos e científicos em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares. § 1 – O formato do trabalho, com direito a inscrição e participação no concurso é o de artigo científico original (OrtoPesquisa), de acordo com as normas Vancouver utilizadas pela revista OrtodontiaSPO (http://ortociencia.com.br/ NormasDePublicacao). o § 2o – Os autores deverão encaminhar o arquivo do trabalho em formato .DOC/DOCX contendo todos os elementos de identificação, como: nome completo dos autores e CPF, endereço e telefones do autor principal. § 3o – Os artigos deverão ser encaminhados para cientifi[email protected], até o dia 20 de julho de 2016. No assunto do e-mail, digitar “Prêmio Jovem Pesquisador SPO”. Em caso de dúvida, entre em contato com a Cláudia Pini, na secretaria científica do Orto 2016SPO, pelo telefone (11) 2168-3400 ou pelo e-mail cientifi[email protected]. § 4o – Os trabalhos classificados serão publicados na revista OrtodontiaSPO e estarão concorrendo a prêmios em dinheiro, conforme art. 7o, § 1o deste regulamento. § 5o – Serão premiados dez (10) trabalhos, classificados do 1o ao 10o colocados. § 6o – Poderão concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador SPO apenas os trabalhos de pesquisa ainda não publicados, em periódicos nacionais ou internacionais, sob a forma de artigos científicos completos. § 7o – Todas as pesquisas deverão estar em conformidade com os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução CNS no 196/96 do Ministério da Saúde do Brasil, sendo que o respectivo certificado de aprovação por Comissão de Ética em Pesquisa deverá ser anexado ao trabalho submetido à apreciação. § 8o – É permitido inscrever somente um trabalho por autor principal. Para coautores, não haverá restrições. Art. 5o – Os trabalhos que não se enquadrarem neste regulamento serão desclassificados e não poderão concorrer ao prêmio. Da avaliação dos trabalhos Art. 6o – Os trabalhos serão analisados por uma Comissão Avaliadora composta por três professores vinculados a Programas de Mestrado e/ou Doutorado em Odontologia, sediados em diferentes Estados brasileiros. § 1o – Os professores selecionados deverão possuir obrigatoriamente a titulação mínima de Doutor em Odontologia. § 2o – Todos os trabalhos pré-selecionados serão encaminhados, sem identificadores, aos professores avaliadores que, de modo anônimo, emitirão conceitos em uma escala de zero a dez para os quesitos relativos aos seguintes itens: 121 a) Originalidade b) Aplicabilidade e relevância científica c) Metodologia d) Resultados e Discussão e) Conclusão § 3 – Com base nos resultados emitidos pelos três avaliadores, para cada um dos quesitos, será calculada a média aritmética dos conceitos alcançados por trabalho. Esta média corresponderá a um conceito final de zero a dez, com até duas casas decimais após a vírgula, que será empregado para a classificação do trabalho em ordem decrescente. o § 4º – Em caso de empate quanto à pontuação final, os trabalhos pertinentes serão reenviados aos avaliadores para um segundo julgamento, com vistas à categorização por ordem de aplicabilidade e relevância científica. § 2o – Os autores e coautores dos trabalhos premiados receberão certificados individuais referentes às classificações obtidas, além de troféu comemorativo. § 3o – Os vencedores serão laureados e premiados em sessão solene durante a realização do 20o Congresso Brasileiro de Ortodontia Orto 2016-SPO, programado para o período de 22 a 24 de setembro de 2016, em São Paulo. Da publicação dos trabalhos Art. 8o – Todos os autores e coautores dos trabalhos selecionados pela Comissão Avaliadora deverão assinar um termo de responsabilidade e transferência de direitos autorais sobre o manuscrito à revista OrtodontiaSPO, não sendo permitida a publicação do mesmo em outro periódico ou livro, seja em formato impresso ou eletrônico. Da apresentação e premiação Disposições gerais Art. 7o – As premiações serão concedidas aos 10 (dez) trabalhos que obtiverem os mais elevados conceitos finais, de acordo com o estipulado no artigo 6o, parágrafos 3o e 4o. Art. 9o – Eventuais situações não previstas neste regulamento serão analisadas pela Comissão Organizadora do 20o Congresso Brasileiro de Ortodontia - Orto 2016-SPO. § 1o - Premiação em dinheiro 1o lugar.................R$ 3.000, 2o lugar.................R$ 2.000, 3o lugar.................R$ 1.000, 4o e 5o lugar..........R$ 500, 6o ao 10o lugar......R$ 300, § Único – Caso nenhum dos trabalhos inscritos atinja um padrão mínimo de qualidade ou esteja fora das normas deste regulamento, a Comissão Organizadora do Orto 2016-SPO se reservará no direito de cancelar esta edição do Prêmio Jovem Pesquisador SPO. 122 Regulamento Inscrição de Painéis Inscrição Serão aceitas SOMENTE inscrições on-line, pelo site www.orto2016.com.br. Siga as instruções para o preenchimento correto do formulário. Ao final, o autor deve anexar um arquivo em PDF do painel, seguindo o modelo abaixo, para ser avaliado. Título (máximo: 250 caracteres) Nome dos autores (1 autor, 1 orientador e até 4 coautores) Introdução (máximo: 1.500 caracteres) Objetivo (máximo: 1.500 caracteres) Métodos (máximo: 1.500 caracteres) Imagens / Tabelas Discussão / Conclusão (máximo: 1.500 caracteres) Referências bibliográficas A adesão do autor ao Orto 2016-SPO é OBRIGATÓRIA e deve ser confirmada pelo site www. orto2016.com.br, antes da inscrição do trabalho. O tamanho do painel é 0,90 m (largura) x 1,20 m (altura). Período para inscrição: de 15 de fevereiro de 2016 a 1o de agosto de 2016. Os painéis podem ser inscritos nas seguintes categorias: • Pesquisa (básica ou clínica), com o seguinte conteúdo: 1. TÍTULO 2. NOME DOS AUTORES e INSTITUIÇÃO 3. INTRODUÇÃO: descrever a natureza e a delimitação do problema estudado 4. OBJETIVOS: relatar a proposição da pesquisa 5. MÉTODOS: listar os materiais e métodos empregados 6. IMAGENS/TABELAS 7. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: descrever os resultados da pesquisa, dimensionando o seu interesse e sua originalidade 8. REFERÊNCIAS • Relato de caso clínico, com o seguinte conteúdo: 1. TÍTULO 2. NOME DOS AUTORES e INSTITUIÇÃO 3. INTRODUÇÃO: descrever a natureza da má-oclusão tratada 4. OBJETIVOS: relatar o objetivo almejado pelo tratamento 5. MÉTODOS: listar os métodos clínicos e os dispositivos empregados 6. MAGENS/TABELAS: priorizar o uso de imagens 7. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: descrever os resultados obtidos 8. REFERÊNCIAS Aprovação, exposição e publicação do painel Os autores receberão via e-mail, a partir do dia 10/8/2016, o comunicado de aprovação do painel e informações sobre a exposição do mesmo durante o Orto 2016-SPO. Todos os trabalhos serão publicados nos Anais do Orto 2016-SPO, indexado pelo IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Regulamento Será permitida a inscrição de, no máximo, 5 (cinco) trabalhos por autor. Ministradores do Orto 2016-SPO poderão inscrever apenas 1 (um) trabalho como autor/apresentador. Os cancelamentos devem ser solicitados por e-mail, à secretaria científica do Orto 2016-SPO (cientifi[email protected]), até o dia 10 de setembro de 2016. Caso não haja o cancelamento previamente, o autor não poderá inscrever o seu trabalho na próxima edição desse Congresso. 123 Conflito de interesse IMPORTANTE Documento eletrônico assinado, enviado junto com a inscrição on-line, indicando se o apresentador ou sua família possuem interesse financeiro ou algum benefício relacionado ao painel. Qualquer tipo de alteração nos painéis levará à proibição da apresentação do trabalho, consequente desqualificação, além da perda do direito ao certificado. Será considerada alteração qualquer tipo de imagens ou partes coladas, fita adesiva, adesivos de qualquer natureza, recortes, emendas, montagens, escritos à mão e qualquer coisa que não seja a impressão original do painel. Qualquer norma de apresentação dos painéis que não for cumprida levará à desclassificação do trabalho e, dependendo da gravidade, à perda do direito ao certificado de apresentação. A SPO e a VM Comunicação não se responsabilizam pelo teor dos trabalhos apresentados, assim como por despesas com viagem, hospedagem e alimentação. Nenhum tipo de propaganda será permitido durante a apresentação de trabalhos, assim como a promoção comercial de qualquer natureza; a violação desta implicará na imediata remoção do trabalho da área do Congresso, assim como a recusa de inscrição de trabalhos futuros em congressos e eventos da SPO. Conflito de interesse - modificação das imagens Apenas o fundo da imagem poderá ser alterado (recorte comum que os apresentadores fazem para colocação dentro do slide). Enviar documento eletrônico assinado, enviado junto com a inscrição on-line, indicando que não houve melhoria, modificação ou alteração das imagens no painel, pelo apresentador e coautores. Certificado Será entregue certificado de participação ao autor, coautores e orientador, durante o Congresso. Os certificados devem ser retirados no local de exposição dos painéis. A organização do Orto 2016-SPO não se responsabiliza pelo pagamento de quaisquer taxas, despesas de viagem e hospedagem do autor do painel. Nenhum tipo de propaganda será permitido, bem como a promoção comercial de qualquer natureza. A violação desta implicará na imediata remoção do trabalho dos monitores de acesso. Premiação Serão premiados os 3 (três) melhores trabalhos de cada categoria (pesquisa e caso clínico), como segue: 1o lugar: R$ 2.000, 2o lugar: R$ 1.000, 3o lugar: R$ 500, 124 Promoção Realização 125