2016 - Volume 3 - Orto 2016-SPO

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ISSN 2525-8605
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2016 – E
Promoção
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Realização
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Chegamos à vigésima edição do Orto2016-SPO no auge da
nossa disposição e compromisso pelo desenvolvimento da especialidade. Trata-se de um trabalho contínuo de construção coletiva que vem atravessando as décadas, contando com a força de
vários colegas que se doaram pela evolução da especialidade.
Hoje, a Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO) se orgulha em
cumprir seu papel mais uma vez, apresentando neste volume os
anais do 20o Congresso Brasileiro de Ortodontia, o Orto 2016-SPO.
É a documentação de mais uma iniciativa vitoriosa de nossa entidade, que já incentiva e promove a pesquisa na Ortodontia e na
Ortopedia Funcional dos Maxilares há tantos anos.
Nas próximas páginas, apresentamos as monografias inscritas no
Prêmio Jovem Pesquisador SPO e também os trabalhos inscritos
na Exposição de Painéis Científicos do congresso.
Esperamos que as próximas gerações de pesquisadores tirem o
melhor proveito dessa iniciativa e aprofundem seus conhecimentos acerca da prática da especialidade.
Mario Vedovello Filho
Presidente de Honra
Celestino Nóbrega
Patrono
Jairo Corrêa
Presidente
Osny Corrêa
Coordenador Geral
Flavio Cotrim-Ferreira
Haroldo Vieira
Coordenador Científico Coordenador Executivo
2
C
O
Presidente de Honra: Mario Vedovello Filho
Patrono: Celestino Nóbrega
Presidente: Jairo Corrêa
Prêmio de Honra ao Mérito Orto 2016-SPO: Leopoldino Capelozza Filho
Assessores da Presidência: Alael Barreiro Fernandes de Paiva Lino • Dalton Humberto de
Almeida Cardoso • Fernanda de Azevedo Corrêa • Helena Tornelli • Lucy Dalva Lopes Mauro
• Renato Castro de Almeida • Rubens Simões de Lima
Coordenador Geral: Osny Corrêa
Membros da Comissão Organizadora Central: Ager de Lorenzo • Christiane A. Corrêa •
Duilio Mandetta • João Grimberg • Mario Cappellette • Mario Wilson Corrêa • Nivan Marton •
Norberto dos Santos Martins • Seiti Ishi
Comissão Científica
Coordenador: Flavio Cotrim-Ferreira
Assessores: Alexander Macedo • Eduardo Sakai • Vanda Domingos
Coordenadores de Atividade Científica: Adriana Giaretta • Ager de Lorenzo • Alessandra
M. Streva • Ana Cristina G. Vieira • Angela M. Bruni Piana • Aparecida Izildinha P. M. Garcia •
Camila Leite Quaglio • Celso Camargo de Barros • Eliana Toledo Niculau • Emne H. Gumieiro •
Fadua Damaa de San Juan • Fernando T. C. Domingos • Gennaro Napolitano •
Grázia Viviam Esteves Mendes • Gustavo T. C. Terra • Isabela Gomes Pacheco •
José Alexandre Kozel • José Pereira Feixas Netto • Juliana Fernandes de Morais •
Julio Gurgel • Karyna M. do Valle-Corotti • Laercio Muniz da Silva • Larissa Reale Knoll •
Laura Cotrim • Luciana Flaquer • Luciana Mazzilli • Luciano N. Violato • Marcos Pacheco e
Silva • Marília Teixeira da Costa • Maristela Pereira • Maurício Tornelli • Patrícia Ap. Moreira
Crapina • Paula Mazzo Pastana • Regina A. Pequeneza • Renata E. Kairalla • Renato
Tanabe • Rita Catia B. Bariani • Roberto Y. Huang • Rosane Ogata • Selly Sayuri Suzuki •
Vanda Domingos • Vera Terra
Comissão de Instalação de Painéis: Luiz Sergio Alves Machado • Márcio Precrimo
Coordenador Executivo: Haroldo J. Vieira
Secretaria Executiva: Cláudia Pini • Daiane de Mesquita • Jaquelyne Ambrósio • William
de Oliveira
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Í
Apresentação ............................................................................. 2
Comissão Organizadora ............................................................. 3
Prêmio Jovem Pesquisador SPO ............................................... 5
Painéis Científicos – Categoria Pesquisa................................... 9
Painéis Científicos – Categoria Caso clínico .............................42
Regulamento – Prêmio Jovem Pesquisador SPO................... 121
Regulamento – Painéis Científicos.......................................... 123
4
Prêmio Jovem Pesquisador SPO
Influência das características
cefalométricas e clínicas no sucesso do
tratamento ortopédico de classe III
Ana Lúcia Fernandes da Silva; Alessandro
Manvailerde Carvalho; Rodrigo Hermont
Cançado; Conceição Eunice Canuto; Fabrício
Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore de
Freitas
O objetivo deste trabalho foi identificar variáveis
cefalométricas capazes de predizer os pacientes que apresentarão uma melhor resposta ao
tratamento ortopédico para má-oclusão de classe III esquelética. A amostra consistiu de 23
pacientes com má-oclusão de classe III, com
a presença de retrusão maxilar no componente esquelético desta má-oclusão, divididos em
dois grupos. Grupo sucesso: 12 pacientes (idade inicial média = 10,87; DP=1,76) e grupo insucesso: 11 pacientes (idade inicial média = 11,61;
DP=2,12). Foram realizadas telerradiografias laterais ao início e final do tratamento ortopédico
dos pacientes, as radiografias foram digitalizadas, os pontos demarcados e processadas as
mensurações envolvendo as medidas cefalométricas. Foram realizados testes estatísticos para
comparação intragrupo e intergrupos nas fases
inicial (T1), final (T2), e alterações (T2-T1). Os
resultados demonstraram que as variáveis relacionadas à inclinação dos incisivos inferiores
e o crescimento mandibular influenciam diretamente no sucesso da terapia. Conclui-se que a
inclinação lingual compensatória dos incisivos
inferiores ao início do tratamento ortopédico caracteriza uma variável cefalométrica que poderá
predizer o insucesso da terapia ortopédica, assim como o crescimento mandibular acentuado.
Melhora do sorriso gengival com o uso da
toxina botulínica
André Bernd; Tari Darwiche; Karina Maria
Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli;
Rodrigo Hermont Cançado
O objetivo deste trabalho foi avaliar a melhora da exposição gengival no sorriso em casos
submetidos à aplicação da toxina botulínica no
sulco nasal. Foram selecionados 29 pacientes
com média de idade de 28,34 anos (entre 17 a
42 anos), sendo seis do sexo masculino e 23 do
sexo feminino. Os pacientes receberam aplicação da toxina DysportIpsen, equivalente a 2,5
unidades da seringa de 0,3 ml e agulha de 8 mm
BD Ultra-Fine II em cada lado do músculo levantador do lábio superior e asa do nariz. O início
dos efeitos da toxina ocorreu de dois a três dias
após a aplicação e o efeito máximo em 14 dias
após a aplicação; a duração é de aproximadamente oito meses. Para medir de forma confiável, foram tiradas fotos antes e depois de 15
dias. Foi utilizado um método onde fosse possível medir de forma confiável a parte mais baixa
do lábio superior (estômio) até a cervical dos incisivos superiores (11 e 21), e a parte mais baixa do lábio superior até a incisal dos incisivos
superiores. Essa medição foi realizada antes e
após a aplicação da toxina. A comparação das
medidas utilizadas antes e após a aplicação da
toxina botulínica foi realizada pelo teste t dependente. Houve melhora estatisticamente significante em todas as medidas avaliando o sorriso
gengival após aplicação da toxina botulínica. A
melhora média foi de aproximadamente 2 mm.
Comparação dos diâmetros mesiodistais
entre os dentes posteriores superiores e
inferiores
Camila Araujo; Emerson Giliard Euzébio Godói;
Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore
de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado
O objetivo deste trabalho foi comparar, em
modelos de estudo, o diâmetro mesiodistal entre
primeiros e segundos pré-molares e cúspides
mesiovestibulares dos primeiros molares
superiores e inferiores. Foram mensurados 711
modelos, sendo 321 classe I, 324 classe II e
66 classe III, medidos com paquímetro digital.
A comparação dos diâmetros mesiodistais foi
realizada por meio do teste Anova e a soma dos
diâmetros mesiodistais destes dentes, de ambos
os lados, foi realizada pelo teste t independente.
Com relação ao diâmetro mesiodistal, os
resultados indicaram: os primeiros pré-molares
superiores são maiores que os segundos prémolares superiores; os primeiros e segundos
pré-molares inferiores apresentam diâmetros
mesiodistais
semelhantes;
as
cúspides
mesiovestibulares dos primeiros molares
superiores e inferiores apresentam diâmetros
mesiodistais menores do que os pré-molares
superiores e inferiores respectivamente; os
primeiros pré-molares superiores e inferiores
de um mesmo lado são semelhantes e os
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segundos pré-molares inferiores são maiores
em relação ao diâmetro mesiodistal que os
segundos pré-molares superiores de ambos
os lados. Conclui-se que há diferença entre
os diâmetros mesiodistais de pré-molares e
cúspide mesiodistal dos primeiros molares.
Essa característica é de extrema importância
para o ortodontista, e deve ser considerada
durante o planejamento ortodôntico para
alcançar os melhores resultados provenientes
do tratamento ortodôntico.
Acurácia de modelos ortodônticos por
escaneamento a laser, luz estruturada e
tomografia computadorizada
Leonardo Tavares Camardella; David Silveira
Alencar; Felipe Assis Ribeiro Carvalho;
Oswaldo de Vasconcellos Vilella
Com a utilização crescente dos modelos digitais
em Ortodontia, aumenta também a necessidade
de se conhecer as opções disponíveis para sua
obtenção. Atualmente, a alternativa mais utilizada é o escaneamento de modelos de gesso, que
pode ser realizado em scanners a laser, por luz
estruturada ou por tomografia computadorizada.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de
uma análise por sobreposição de modelos digitais, a acurácia dos modelos digitais gerados
por estes três métodos de escaneamento e a
influência de dois diferentes níveis de resolução
de escaneamento. Foram escaneados 30 pares
de modelos de gesso utilizando as três tecnologias. O escaneamento por luz estruturada foi
realizado com duas configurações do nível de
resolução: máxima e padrão. Os modelos digitais gerados foram sobrepostos e as diferenças
entre as superfícies foram calculadas. Mapas
de cores foram utilizados para evidenciar as
discrepâncias entre os modelos. Para todos os
parâmetros avaliados, foram obtidas diferenças
estatisticamente significantes. As diferenças
entre os modelos escaneados a laser e por luz
estruturada foram menores, o que sugere maior
similaridade entre eles. As diferenças encontradas entre os modelos digitais obtidos pelas três
tecnologias de escaneamento estudadas foram
estatisticamente significantes. No entanto, por
serem muito pequenas quantitativamente, não
foram consideradas clinicamente significantes.
Não houve diferença entre os dois níveis de resolução estudados. Portanto, os três métodos
de escaneamento avaliados possuem uma acurácia clinicamente aceitável para ser utilizado
em Ortodontia.
Comparação das alterações no arco
inferior com braquetes autoligáveis e
convencionais
Marcio Rodrigues de Almeida, Juliana de Brito
Vasconcelos, Renato Rodrigues de Almeida,
Jefferson Schwertner
O objetivo do presente trabalho foi comparar
as alterações dimensionais do arco inferior em
pacientes tratados ortodonticamente sem extração, com braquetes autoligáveis e convencionais, através de tomografia computadorizada de
feixe cônico (TCFC). Dois períodos foram avaliados: pré-tratamento (T0) e após os primeiros
seis meses (T1) de alinhamento e nivelamento.
A amostra foi composta por 25 pacientes classe I e II de Angle de ambos os sexos, divididos
em dois grupos: grupo 1 (G1), composto de 13
indivíduos tratados com o aparelho autoligável
EasyClip .022” (Aditek), com idade média inicial
de 18,58 anos; e grupo 2 (G2), constituído de
12 indivíduos tratados com aparelho pré-ajustado convencional .022” (Abzil-Unitek 3M), com
idade média inicial de 21,61 anos. A mesma sequência de fio recomendada pelo fabricante foi
utilizada para ambos os grupos. A comparação
entre as fases inicial e após seis meses, intra e
intergrupos, foi realizada por meio do teste t de
Student. Em todos os testes estatísticos foi adotado um nível de significância de 5% (p < 0,05).
O erro intraexaminador foi realizado por meio do
teste t de Student e pela fórmula de Dahlberg.
O erro interexaminador foi avaliado pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Houve
somente uma medida significante entre os dois
grupos (nível vertical lingual). Concluiu-se que
ambos os sistemas de braquetes investigados
(autoligável e convencional) promoveram uma
similar inclinação vestibular durante os primeiros seis meses de alinhamento e nivelamento.
Não houve diferença estatisticamente significativa entre os sistemas de braquetes convencionais e autoligáveis quanto às alterações ósseas
dimensionais do arco dentário inferior.
Comparação das alterações das dimensões
dos arcos dentários e da posição dos
incisivos após tratamento ortodôntico com
aparelho autoligável e convencional
Paula Patricia Cotrin da Silva; Willian Power
Homem; Karina Maria Salvatore de Freitas;
Fabrício Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont
Cançado
O objetivo deste trabalho foi comparar as alterações nas dimensões dos arcos dentários superior e inferior, e as alterações nas posições
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dos incisivos superior e inferior de casos tratados sem extrações, com aparelho convencional
e braquetes autoligáveis Morelli SLI. A amostra
consistiu de 61 pacientes com má-oclusão de
classe I, tratados sem extrações e com apinhamento leve a moderado, divididos em dois
grupos. Grupo 1: 31 pacientes tratados com
aparelho autoligável Morelli SLI, com idade
inicial média de 21,87 anos e tempo de tratamento médio de 2,39 anos. Grupo 2: 30 pacientes tratados com aparelho convencional, com
idade inicial média de 14,98 anos e tempo de
tratamento médio de 1,8 anos. Foram realizadas medidas dos arcos superior e inferior das
distâncias intercaninos, interpré-molares (primeiros e segundos pré-molares), intermolares e
comprimento do arco, assim como avaliadas as
medidas de 1.NA, 1-NA, 1.NB, 1-NB e IMPA. A
comparação intergrupos foi realizada com testes
t independentes. O grupo Morelli SLI apresentou
um aumento nas distâncias transversais superiores significantemente maior do que o grupo convencional. A alteração do comprimento do arco
superior não apresentou diferença entre os grupos. Com relação ao arco inferior, o grupo Morelli
SLI apresentou um aumento significantemente
maior nas distâncias intercaninos e interprimeiros pré-molares do que o grupo convencional.
A alteração ocorrida na posição dos incisivos
superiores foi maior no grupo convencional do
que no grupo Morelli SLI. O tratamento realizado com o aparelho Morelli SLI resultou em um
aumento significantemente maior das dimensões
transversais do arco superior, comparado ao
aparelho convencional. No arco inferior, a distância interprimeiros pré-molares apresentou maior
aumento no aparelho Morelli SLI do que no convencional. Com maior alteração na posição dos
incisivos superiores no grupo convencional, observou-se que o grupo com braquetes autoligáveis Morelli SLI resultou em uma maior expansão
transversal do que o grupo convencional.
Referências linguais da coroa dentária para
o posicionamento vertical de braquetes
Sérgio Estelita Cavalcante Barros; Denise
Munaretto Ficht; Guilherme dos Reis Pereira
Janson; Kelly Fernanda Galvão Chiqueto
preenchiam os critérios de seleção teve seus
modelos de gesso iniciais selecionados. Após a
padronização do posicionamento do modelo de
gesso, o PVCM e PVCC dos dentes posteriores
de ambos os arcos foram medidos, permitindo o
cálculo da DVCM e DVCC. Um medidor digital
de altura com precisão de 0,01 mm foi utilizado
para as avaliações. Os dados foram comparados
estatisticamente (p < 0,05). Em geral, os dentes
posteriores adjacentes apresentaram diferentes
PVCM e PVCC. As variáveis DVCM e DVCC
foram significantemente diferentes, exceto
entre pré-molares inferiores. As diferenças entre
DVCM e DVCC foram clinicamente significantes
(> 0,5 mm). O PVCC foi significantemente
correlacionado com a idade do paciente. As
diferenças entre DVCM e DVCC indicaram que
o centro lingual da coroa clínica não foi uma
referência anatômica confiável para predizer o
nivelamento das cristas marginais. A idade do
paciente parece ser um fator adicional que limita
o uso adequado deste referencial.
Comparação das alterações do perfil em
pacientes classe III tratados com prescrição
Roth e biofuncional
Déric Meschiari Batista; Romeu Cassiano Pucci
da Silva Ramos; Karina Maria Salvatore de
Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Fabrício
Pinelli Valarelli
O objetivo deste trabalho foi comparar as alterações cefalométricas no perfil tegumentar em
pacientes com má-oclusão de classe III, tratados
com as prescrições biofuncional e Roth. A amostra foi constituída de 64 pacientes de ambos os
sexos, 30 no grupo biofuncional com idade média de 20,39 anos e 34 no grupo Roth com idade
média de 18,65 anos. Foram analisadas as telerradiografias em norma lateral inicial (T1) e final
(T2), e comparados os valores ganhos com cada
prescrição nas seguintes medidas cefalométricas: Li-E (mm); Ls-E (mm); convexidade facial
(º); ângulo nasolabial; Ls-S (mm); e Li-S (mm). O
teste estatístico utilizado foi o teste t de Student
independente. Os resultados demonstraram que
ambas as prescrições produzem alterações semelhantes no perfil, pois não houve diferenças
significantes entre as alterações.
O objetivo foi determinar o posicionamento vertical
da crista marginal (PVCM) e do centro lingual
da coroa clínica (PVCC), bem como comparar
a discrepância vertical de posição entre cristas
marginais (DVCM) e centros de coroas clínicas
(DVCC) de dentes adjacentes. Para tanto, uma
amostra foi selecionada a partir de um grupo de
1.430 pacientes. Um total de 200 pacientes que
7
Prevalência da mordida cruzada posterior e
mordida aberta anterior em escolares de três
a 19 anos
Bianca Zeponi Fernandes de Mello; Rodrigo
Maraccini Franco; Roberto Henrique da Costa
Grec; Fabrício Pinelli Valarelli; Carlos Roberto
Dutra; Thais Marchini de Oliveira
O objetivo deste trabalho foi demonstrar a prevalência da mordida aberta anterior (MAA) e mordida cruzada posterior (MCP) em escolares da
rede pública e municipal de Bauru (SP), Brasil.
A amostra correspondia a 3.094 alunos de três
a 19 anos e foi dividida em quatro grupos que
dependiam da idade cronológica e fase da dentadura. Foram selecionados os indivíduos que
não tinham recebido tratamento ortodôntico prévio e avaliada a prevalência da MAA e MCP pelo
teste Qui-quadrado com nível de significância
de 5%. Os resultados mostraram aumento de
tratamento ortodôntico a partir dos sete anos,
mantendo a proporcionalidade nos grupos. Não
houve diferença estatisticamente significante
em relação à prevalência da MCP, em relação
às idades dos estudantes, enquanto o grupo de
MAA apresentou diminuição da sua prevalência
ao longo do tempo estudado. Concluiu-se que
a MAA e a MCP evoluem de formas diferentes,
mas ambas iniciam-se na dentadura decídua e
merecem uma atenção especial dos profissionais nessa fase.
Avaliação do tratamento da classe II com
o distalizador First Class em ancoragem
convencional e esquelética
Roberto Henrique da Costa Grec; José
Fernando Castanha Henriques; Patrícia Garcia
de Moura Grec; Mayara Paim Patel
O objetivo deste estudo longitudinal foi avaliar as
alterações dentoesqueléticas e tegumentares de
jovens com má-oclusão de classe II, tratados com
distalizador First Class em dois tipos diferentes de
ancoragem. Foram selecionados 30 pacientes e
divididos em dois grupos de 15: G1 (que recebeu
o distalizador com ancoragem convencional no
botão de Nance); e G2 (que recebeu o distalizador com ancoragem esquelética apoiado em dois
mini-implantes no palato). As telerradiografias foram obtidas antes e após a distalização dos molares, para a realização das análises cefalométricas. O tempo médio de tratamento foi de 4,51
e 6,28 meses para G1 e G2, respectivamente.
Ambos os grupos apresentaram alterações dentárias significantes com distalização (G1=2,39
mm; G2=2,21 mm), angulação distal (G1=10,51º;
G2=4,49º) e intrusão (G1=0,53 mm; G2=0,10
mm) dos primeiros molares superiores. A perda
de ancoragem foi semelhante entre os dois grupos, com significante mesialização (G1=2,78 mm;
G2=3,11 mm) e angulação mesial (G1=4,95°;
G2=4,69°) dos segundos pré-molares, protrusão
(G1=1,55 mm; G2=1,94 mm) e vestibularização
(G1=5,78°; G2=3,13°) significantes dos incisivos
superiores, e um aumento significante no trespasse horizontal (G1=1,07 mm; G2=0,81 mm). A
mecânica de distalização não interferiu nos componentes esqueléticos e tegumentares dos pacientes. Em ambos os grupos, o distalizador First
Class promoveu correção da relação molar, porém, apresentou efeitos de perda de ancoragem,
verificados nos pré-molares e incisivos superiores, mesmo quando associado a mini-implantes.
Não houve diferença significante entre os grupos
quanto às alterações dentárias lineares, porém,
as angulares foram significantemente menores
no grupo com ancoragem esquelética.
8
Painéis Científicos
Categoria – Pesquisa
001 – Grau de confiabilidade e
reprodutibilidade dos diferentes métodos de
determinação da posição natural da cabeça:
um estudo comparativo
Marsha Lisa Schlittler Ventura; Marco Aurelio
Carneiro Carrijo; Cristiane Venturini; Hideo
Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez Segundo
(Faculdade de Odontologia São Leopoldo
Mandic)
002 – Avaliação de níveis de mediadores
inflamatórios em dentes e mini-implantes
durante expansão rápida da maxila
suportada com mini-implantes
Marsha Lisa Schlittler Ventura; Cristiane
Venturini; Elizabeth Martinez; Selly Sayuri
Suzuki; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez
Segundo (Faculdade de Odontologia São
Leopoldo Mandic)
Analisando-se comparativamente os métodos
centroide (baseado em HOR-REFE – linha horizontal de referência) e fotográfico (subjetivo),
o presente estudo objetivou determinar o modo
como a experiência do ortodontista influencia no
correto posicionamento da cabeça do paciente
nos registros de imagens. O trabalho contou
com voluntários que foram divididos em dois grupos: 13 profissionais com menos de um ano de
prática ortodôntica (G1) e três com mais de dez
anos de experiência (G2). Foram avaliadas 192
fotografias e 192 radiografias. Primeiramente,
os voluntários foram orientados a posicionar as
imagens em PNC (posição natural da cabeça)
pelo método convencional, e depois utilizando o
método centroide. Os trabalhos foram coletados
e nas imagens foram traçados uma linha vertical
verdadeira e o plano estético de Ricketts, cujo
ângulo de intersecção foi medido. As diferenças
entre os ângulos obtidos nas fotos e radiografias
foram comparadas por um mesmo profissional,
e a diferença entre os ângulos obtidos por cada
grupo de profissionais (G1 e G2). Os dados
foram analisados quanto ao atendimento dos
pressupostos de normalidade (teste de Kolmogorov-Smirnov) e de homogeneidade de variância (teste de Levene). A avaliação da influência
da experiência do operador para os métodos
centroide e fotográfico encontrou uma diferença
estatisticamente significante. Já a avaliação da
influência do método (centroide ou fotográfico)
não demonstrou diferença estatística entre os
valores encontrados pelos dois grupos de profissionais, embora essa diferença tenha sido
maior quando utilizado o método fotográfico. A
posição natural da cabeça, obtida pelo método
HOR-REFE, poder ser considerada um método
menos variável indicado para a realização de
um diagnóstico confiável, principalmente para
profissionais com pouca experiência.
O objetivo do trabalho foi avaliar níveis dos mediadores inflamatórios interleucina 6 e 8 (IL-6 e
IL-8) em dentes e mini-implantes durante expansão rápida da maxila suportada com mini-implantes, e assim poder determinar se o aparelho expansor suportado com mini-implantes
(Marpe) representa uma boa ancorarem óssea.
Foram selecionados oito pacientes adultos com
atresia maxilar. O Marpe incluiu expansor tipo
Hyrax e quatro presilhas-guias, sendo apoiado em quatro mini-implantes fixados no palato
e duas bandas. Dez dias após a instalação e
antes da ativação, cones de papel absorventes
e estéreis foram posicionados durante 20 segundos para coleta do fluido gengival crevicular
em primeiros molares e segundos pré-molares
superiores, linha média e mini-implantes. Os
cones foram armazenados em tubos plásticos
estéreis sobre temperatura negativa. Após um
ciclo de ativação protocolar, foram realizadas
novas coletas. As amostras foram submetidas
ao teste Elisa, e os mini-implantes foram avaliados com o uso do equipamento Periotest, que
demonstrou a estabilidade dos mini-implantes.
Os resultados passaram por análise estatística,
que demonstrou uma diferença significativa em
níveis de IL-6 e IL-8 ao redor de mini-implantes,
mas não ao redor de dentes, após a ativação
do expansor. Sabendo-se que forças ortodônticas elevadas geram altos níveis de inflamação,
constatou-se que o aparelho expansor suportado com mini-implantes representa uma boa
ancorarem óssea direcionada às forças para o
osso basal da maxila, reduzindo os efeitos adversos em dentes.
9
003 – Hábitos bucais deletérios em
pacientes com mordida aberta anterior
Flaviana Alves Dias; Marcio Rodrigues de
Almeida; Paula Vanessa Pedron OltramariNavarro; Helena Sandrini Venante; Renata
Rodrigues de Almeida-Pedrin; Thais Maria Freire
Fernandes (Universidade Norte do Paraná)
Introdução: más-oclusões oriundas dos hábitos
de sucção são diagnosticadas na rotina ortodôntica, exigindo anamnese e exame clínico detalhados considerando importantes fatores, como: idade do paciente, padrão facial, duração, frequência
e intensidade dos hábitos (tríade de Graber), uma
vez que são responsáveis pelo tipo e severidade das alterações dentoesqueléticas. Dentre estas más-oclusões está a mordida aberta anterior
(MAA), presente em cerca de 78,5% das crianças
com hábitos de sucção prolongados, que caracteriza-se pela ausência de trespasse vertical entre
os incisivos superiores e inferiores, resultando em
problemas estéticos, fonoaudiológico, alimentares e psicológicos. Objetivo: avaliar o abandono
do hábito deletério com o uso de aparelhos para
correção da MAA e correlacionar o abandono do
hábito bucal deletério e a correção da MAA com
diferentes dispositivos (esporão, mentoneira, grade fixa e grade removível). Métodos: após avaliação de 4.563 jovens de escolas municipais da
cidade de Londrina/PR, 72 pacientes com MAA
maior do que 3 mm, relação molar classe I de Angle, em fase de dentadura mista, com idade entre
sete e dez anos, e ausência de mordida cruzada
posterior foram selecionados para avaliação da
presença de hábitos bucais deletérios e tratamento precoce da MAA com quatro diferentes dispositivos. Antes (T1) e após um ano (T2) de tratamento, a documentação ortodôntica foi realizada
para observação das alterações relacionadas à
MAA. Para avaliação da presença de hábitos deletérios, questionários pré-tratamento foram aplicados aos responsáveis. Durante o tratamento, foi
feito o acompanhamento para observar se houve
abandono dos mesmos. Resultados e conclusão:
93,05% da amostra de pacientes com MAA apresentavam hábitos de sucção e 69,45% não apresentavam mais o hábito, após interceptação da
MAA. O índice de abandono de hábitos foi superior
para as grades palatinas fixa (91,3%) e removível
(80%). Todos os pacientes apresentaram melhora
no trespasse vertical após um ano de tratamento,
com correção média de 3,15 mm no total da amostra. A média de correção do overbite (T2-T1) foi de
3,68 mm nos pacientes que abandonaram o hábito e de 1,97 mm nos que persistiram, mostrando
que os hábitos bucais estão relacionados com a
severidade e perpetuação da mordida aberta anterior, quando não removidos em idade precoce.
004 – Avaliação dos efeitos da laserterapia
no processo inflamatório e na dor
causados pela instalação de separadores
ortodônticos
Daniela Regiani de Freitas Conti; Hideo Suzuki;
Aguinaldo Garcez Segundo; Aguinaldo Silva
Garcez Segundo (Faculdade de Odontologia
São Leopoldo Mandic)
No tratamento ortodôntico, a dor é um efeito colateral devido à aplicação de forças para que
ocorra a movimentação dentária. Essa dor é localizada e pode ser controlada através de analgesia. A terapia com laser de baixa potência
tem se mostrado capaz de modular a resposta
inflamatória no ligamento periodontal, estimular a cicatrização e, consequentemente, reduzir a dor. O objetivo desse estudo foi avaliar os
efeitos da terapia com laser de baixa potência
no processo inflamatório e na dor, induzidos
pela instalação de separadores durante tratamentos ortodônticos. Foram selecionados 20
voluntários provenientes da clínica da Faculdade São Leopoldo Mandic, adultos saudáveis,
ambos os gêneros, maiores de 18 anos. Separadores elásticos foram instalados do lado
direito e esquerdo nas mesiais dos primeiros
molares inferiores permanentes, os quais permaneceram por 96 horas. Para avaliação de
dor foi utilizada a escala Visual Analogic Scale (VAS) numérica de 0 a 10. Coleta de fluído
crevicular gengival foi realizada, com cones de
papel absorvente, anteriormente à instalação
dos separadores e 0, 24, 48 e 72 horas após a
instalação. Todos os voluntários receberam tratamento placebo na hemiarcada esquerda, e irradiação com laser de diodo (808 nm, 100 mW) na
hemiarcada direita por 40 segundos (energia
de 4 J) na mesial vestibular e lingual dos primeiros molares. Através do método Elisa foi
quantificada a interleucina 6. Na escala VAS,
foi observado um pico de sensibilidade dolorosa no segundo dia após instalação, para
ambos os grupos. Entretanto, valores significativamente menores de dor foram relatados
na hemiarcada irradiada com o laser de baixa
potência, quando comparado ao lado placebo.
Os níveis de interleucina 6 também foram significativamente menores no lado irradiado. O
uso do laser de baixa potência em Ortodontia,
após a inserção de separadores ortodônticos,
promove menores níveis de dor e inflamação
nos dentes irradiados, quando comparado aos
dentes não expostos à irradiação com laser de
baixa potência.
10
005 – Análise subjetiva e numérica de
indivíduos nipo-brasileiros
Alexandre Magno dos Santos; Hideo Suzuki;
Mauricio de Almeida Cardoso; Bernardo
Magno dos Santos; Isabella Simões Holz;
Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade
de Odontologia – São Leopoldo Mandic)
O presente trabalho avaliou uma amostra de indivíduos nipo-brasileiros, adultos, com equilíbrio
músculo-facial, ausência de tratamento ortodôntico ou cirurgia facial prévia. A amostra foi constituída de 82 indivíduos (42 do sexo feminino e
40 do masculino), que foram avaliados por cinco
grupos de avaliadores com relação à agradabilidade facial. Para verificar a concordância entre
examinadores foi utilizado o coeficiente de concordância de Kendall. Para comparação entre
os grupos foi utilizado o teste Qui-quadrado e o
teste de proporções, com nível de significância
de 5% (p < 0,05). A maioria dos indivíduos foi
considerada esteticamente aceitável. Nos indivíduos esteticamente desagradáveis o nariz e o
queixo foram as estruturas que mais impactaram suas faces. Sobre a fotografias de perfil dos
indivíduos agradáveis foi executada uma análise facial numérica do perfil.
006 – Efeito de diferentes concentrações de
ácido hidrofluorídrico e termociclagem na
resistência de união de braquetes metálicos
à cerâmica
Ana Paula de Aguiar; Ana Rosa Costa; Marcus
Vinicius Crepaldi; Americo Bortolazzo Correr;
Lourenço Correr Sobrinho; Heloisa Cristina
Valdrighi (Uniararas)
O propósito neste estudo foi avaliar o efeito de
diferentes concentrações do ácido fluorídrico
(AF) e ciclagem térmica na resistência da união
ao cisalhamento (RUC) de braquetes metálicos
à cerâmica. Cilindros de cerâmica feldspática foram separados em dez grupos, de acordo com
a concentração do AF: 1) 1%; 2) 2,5%; 3) 5%; 4)
7,5%; 5) 10%; 6) 1%; 7) 2,5%; 8) 5%; 9) 7,5%; e
10) 10%. Todos os cilindros foram condicionados
por 60 s e receberam duas camadas de silano.
Braquetes metálicos foram fixados aos cilindros
cerâmicos com a resina composta Transbond
XT e fotoativados por 40 s, usando a fonte de luz
LED (Radii Plus, SDI). Todos os cilindros foram
armazenados em água deionizada a 37ºC por
24 horas, e os grupos de 1 a 5 foram submetidos à termociclagem (7.000 ciclos – 5º/55ºC).
A RUC foi realizada na Instron à velocidade de
1 mm/min. até ocorrer a falha. Os dados foram
submetidos à análise de variância dois fatores e
ao teste de Tukey post hoc (α=0,05). O índice de
remanescente do adesivo (IRA) foi avaliado em
aumento de 40x. As diferentes concentrações
do ácido fluorídrico influenciaram na RUC dos
braquetes unidos à cerâmica (p < 0,05). A termociclagem diminuiu a RUC dos braquetes unidos à cerâmica (p < 0,05). O IRA mostrou predominância de escore 0 para todos os grupos,
com aumento de escores 1, 2 e 3 para todos
os grupos sem termociclagem. Em conclusão,
a termociclagem diminuiu significantemente a
RUC. As concentrações do ácido fluorídrico influenciaram a RUC.
007 – Avaliação in vitro da degradação de
forças dos elásticos em cadeia
Debora Bressiane de Souza; Silvia Amélia S.
Vedovello (Faculdade de Odontologia – São
Leopoldo Mandic)
Os elásticos em cadeia, sintéticos ou elastoméricos são obtidos por meio de transformações
químicas do carvão, petróleo e alguns álcoois
vegetais. Sua extensa aplicação ocorre em
substituição às ligaduras metálicas para fixação
dos arcos aos braquetes, bem como na retração
e fechamento de espaços por meio dos elásticos
sintéticos do tipo corrente. Além disso, sofrem
significante degradação na quantidade de força
liberada ao longo do tempo de utilização. Com o
avanço tecnológico, foram introduzidas no mercado ligaduras elásticas que visam alterar as
características de sua superfície, diminuir a fricção do arco ao braquete, aumentar os níveis de
força das ligaduras, reduzir a adesão das bactérias e aumentar sua resiliência. Outro aperfeiçoamento foi a criação de um desenho apropriado,
com angulações, o que permitiu uma melhor
fixação ao braquete e conforto para o paciente pelo menor contato do lábio ao elastômero
(Malta, 2007). Nesta pesquisa foram utilizadas
ligaduras elásticas ortodônticas em cadeia, tipo
curto, da cor cristal, das marcas: Morelli, Orthometric, AO e Eurodonto. Os elásticos ortodônticos foram adquiridos em embalagens seladas e
dentro do prazo de validade. Foram analisadas
dez amostras de cada marca comercial, escolhidas aleatoriamente; confeccionadas quatro
placas de acrílico transparente (T. Brasil), com
12 cm de comprimento e 5 cm de largura. Estas
receberam dez marcações alinhadas, distando
10 mm entre si e fixadas com botão lingual de
colagem (Morelli) e resina acrílica (Jet). Em seguida, dez segmentos de elásticos em cadeia de
cada marca, com cinco elos cada, foram adaptados aos botões, aferidas por um dinamômetro
da marca Zeusan, que registrou em gramas a
força inicial de distensão de cada elástico, criando assim o grupo-controle e calculando a média
11
inicial de força para cada marca. Após resultados obtidos das médias personalizadas, foram
confeccionadas quatro placas, uma para cada
marca, conforme estudo-piloto, com uma distância de 10 mm. As placas receberam gravações
com o nome comercial do fabricante do elástico,
e as amostras foram numeradas de um a dez.
Após a leitura inicial, a extremidade do elástico foi levada ao seu botão de assentamento à
distância equivalente a 10 mm nas respectivas
placas acrílicas. As placas com os elásticos foram mantidas imersas em saliva artificial a 37°C,
dentro de estufa de cultura durante 28 dias. O
presente estudo permite concluir que as cadeias
elásticas exibem uma rápida degradação das
forças nas primeiras 24 horas e, após este período, o processo de degradação da força começa a diminuir gradativamente. As cadeias elásticas da marca Eurodonto demonstraram a menor
média de porcentagem de degradação de força
nos períodos avaliados, porém, houve grande
variância entre as amostras. Como a marca Eurodonto não apresentou padrão de normalidade
e homogeneidade, este estudo concluiu que a
marca AO apresentou melhor comportamento
do que as demais pesquisadas.
008 – Comparação da força de elásticos
intermaxilares utilizados por diferentes
períodos de tempo
Danielle Espindola Nandi Pimenta; Andressa
Tribulato Lopes Nitrini; Rodrigo Hermont
Cançado; Fabricio Pinelli Valarelli; Karina Maria
Salvatore de Freitas (Uningá)
O objetivo deste estudo foi comparar a degradação de força dos elásticos intermaxilares utilizados por diferentes períodos de tempo. Material
e métodos: a amostra incluiu elásticos intermaxilares utilizados por 20 pacientes adultos com
má-oclusão de classe II ou III bilateral, em tratamento ortodôntico com aparelhos fixos, com
idade média de 27,25 anos. Foram utilizados
elásticos ortodônticos de látex com diâmetro
3/16”, com estiramento médio de três vezes o
seu diâmetro. Os elásticos foram utilizados em
um mesmo paciente bilateralmente por diferentes períodos de tempo, sendo que cada par de
elásticos foi utilizado por uma, 12, 24 e 48 horas.
Sendo assim, a amostra constituiu-se de 200
elásticos, sendo 40 utilizados em cada período
de tempo (um par utilizado por cada paciente),
e mais 40 elásticos novos sem utilização testados como controle. Os elásticos foram testados
em uma máquina universal de ensaios, estirados com velocidade de 30 mm por minuto e a
força foi avaliada nos estiramentos de 15 mm,
20 mm, 25 mm e 30 mm. A força de degrada-
ção foi comparada nos quatro diferentes tempos
de utilização e controle por meio do teste Anova a um critério de seleção, e teste de Tukey.
Resultados: houve diferença significante entre
os grupos em todos os estiramentos avaliados
(15 mm, 20 mm, 25 mm e 30 mm). Os elásticos-controle apresentaram maiores médias de
forças numericamente, e com diferença estatisticamente significante para todos os tempos testados, exceto para os elásticos utilizados apenas por uma hora. Os elásticos utilizados por
uma, 12 e 24 horas apresentaram forças semelhantes entre si, com diferença significante para
os elásticos utilizados por 48 horas. Conclusão:
recomenda-se a troca dos elásticos intermaxilares após 24 horas de utilização.
009 – Maturação da sutura palatina mediana
em indivíduos de 11 a 15 anos: um estudo
tomográfico
Victor de Miranda Ladewig; Diego Luiz Tonello;
Ana Claudia de Castro Ferreira Conti; Renata
Rodrigues de Almeida-Pedrin; Leopoldino
Capelozza Filho (Universidade Sagrado
Coração – USC-Bauru)
Este estudo avaliou os estágios de maturação da
sutura palatina mediana (SPM) em indivíduos de
11 a 15 anos de idade, por meio de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Visto
que nesta faixa etária o procedimento de expansão rápida maxilar é exitoso na grande maioria
dos casos, buscou-se identificar o status de maturação sutural nesses indivíduos para usá-lo como
base de comparação no prognóstico de ERM em
pacientes mais velhos. É sabido que os métodos
atuais para tal avaliação não são confiáveis, por
isso a necessidade da utilização de um método
individualizado, com base em imagens tomográficas. A amostra constituiu-se de 84 indivíduos, com
idades entre 11 e 15 anos (40 do sexo masculino e
44 do feminino), que foram classificados usando-se uma escala crescente de maturação da SPM
(A, B, C, D e E). O erro de medição foi avaliado
pela estatística kappa. O estágio A foi observado
em somente uma menina de 11 anos. O estágio
B esteve presente em todas as idades, porém, foi
mais prevalente até aos 13 anos (11 anos: 30,8%;
12 anos: 33,3% e 13 anos: 41,7%), e em menor
proporção nos indivíduos de 14 e 15 anos (6,7%
e 11,8%, respectivamente). O estágio C foi o mais
prevalente em todas as idades avaliadas (11
anos: 61,5%; 12 anos: 51,9%; 13 anos: 50,0%; 14
anos: 53,3% e 15 anos: 35,3%). Os estágios D e E
apresentaram baixa prevalência (13,1% e 10,7%,
respectivamente). Os resultados obtidos nesse
trabalho, com prevalência dominante do estágio
C, sugerem que a ERM realizada em pacientes
12
acima 15 anos de idade teria prognóstico bom o
suficiente para justificar a tentativa de ERM convencional, não cirúrgica, quando a avaliação do
status sutural indicar até o estágio C.
010 – Avaliação do sistema de força
horizontal da alça de Bull reverso em aço
Patrícia Maria Ferreira de Souza; Orlando
Rafael Chianelli Junior; Renato Bringel Santos;
Viviane Ferreira Ramos; Daniel Ianni Filho
(Faculdade de Odontologia – São Leopoldo
Mandic)
Este estudo avaliou a força horizontal da alça
de Bull reverso em aço na retração parcial de
caninos. A amostra consistiu de 30 alças ortodônticas construídas com fios de aço, de secção
transversal 0,017" x 0,025". Os corpos-de-prova
foram pré-ativados em 15º. As forças horizontais
produzidas pelos corpos-de-prova foram quantificadas utilizando-se um transdutor de momentos acoplado ao indicador digital para extensometria, e adaptado a uma máquina universal de
ensaios Instron – modelo TTDML. As alças foram
centralizadas em um espaço de 23 mm e submetidas a uma ativação total de 4,0 mm, sendo registrados os valores a cada 0,5 mm de ativação.
Os resultados demonstraram que as alças de
Bull reversos em aço testadas proporcionaram
altas médias de magnitudes de forças, que variaram de 30 g a 500 g, com ativações entre 0,5
mm e 4,0 mm, respectivamente. Dessa maneira, pôde-se constatar que a magnitude da força
horizontal encontrada não foi considerada ideal
para a retração dos caninos, visto que forças
horizontais altas, para pequenas quantidades
de ativação, provocam a perda da ancoragem.
011 – Angulação e torque de braquetes
autoligados e convencionais da prescrição
Roth
Maurício Guilherme Lenza; Lilian Carneiro
Abrão; Milena Moraes de Oliveira Lenza; André
Luiz de Melo Drumond; Marcos Augusto Lenza;
João Batista de Souza (UFG)
Introdução: diferentemente dos braquetes pioneiros da técnica Edgewise, onde há a necessidade de incorporar dobras no arco ortodôntico
para um correto posicionamento dentário, os
braquetes pré-ajustados já se apresentam com
características de torque e angulação adequadas para o correto posicionamento dentário. Objetivos: avaliar os valores de angulação e torque
quanto à prescrição descrita pelo fabricante em
sistemas de braquetes autoligados e convencionais. Metodologia: 120 braquetes ortodônticos metálicos convencionais: Roth Max Morelli,
Premium Orthometric e Kirium Abzil/3M e 120
braquetes autoligados: SLI Morelli, OrthoClip
SLB Orthometric e Portia Abzil/3M, todos com
canaleta com dimensão de 0,022” e prescrição
Roth, correspondentes aos dentes incisivo central, incisivo lateral, canino, primeiro pré-molar e
segundo pré-molar, superiores e inferiores. As
mensurações de angulação e torque foram realizadas por um examinador, utilizando um perfilômetro da marca Mitutoyo, modelo PJA3000
StarrettSigma, o qual apresentava um módulo
para mensuração digital Quadra Check 200, do
Laboratório de Metrologia da Empresa Abzil/3M
(São José do Rio Preto/SP, Brasil) Resultados:
todos os braquetes apresentaram valores de
angulação e toque diferentes da prescrição original de Roth. Não se observou predomínio de
um sistema em relação ao outro quando comparados sistemas convencionais e autoligados.
Conclusão: existe diferença entre os valores
encontrados nos braquetes analisados tanto
autoligados quanto convencionais, em relação
à prescrição original e em relação aos valores
alegados pelos fabricantes.
012 – Avaliação da correlação do atrito e da
rugosidade superficial no slot de braquetes
autoligáveis cerâmicos e metálicos: estudo
in vitro
Ivana Mara Lira Belo Galvão; Selly Sayuri
Suzuki; Hideo Suzuki; Pablo Thiago Valentim;
Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade
de Odontologia – São Leopoldo Mandic)
Na mecânica ortodôntica, a força de atrito é
influenciada não apenas pela geometria dos
braquetes autoligáveis, mas também pelo
material, por alterações físicas entre as ranhuras
dos braquetes e a superfície do fio durante o
movimento de deslizamento. A rugosidade das
superfícies de contato do fio e do slot é de suma
importância, uma vez que pode interferir tanto
no aspecto visual, provocando efeito antiestético
do aparelho, quanto no coeficiente de atrito. O
objetivo desse estudo foi comparar braquetes
autoligáveis cerâmicos e metálicos quanto à
rugosidade superficial da canaleta e atritol,
utilizando mecânica de deslizamento in vitro.
Foram utilizados 40 braquetes autoligáveis de
incisivo central superior direito, Roth, divididos
em: grupo 1: braquetes metálicos passivos;
grupo 2: braquetes cerâmicos passivos;
grupo 3: braquetes metálicos ativos; grupo 4:
braquetes cerâmicos ativos. Para todos os
testes foi utilizado fio de aço inoxidável 0,019”
x 0,025”. Antes e após a realização do ensaio in
vitro, os braquetes foram submetidos à análise
quantitativa da rugosidade da superfície do slot
13
dos braquetes através do perfilômetro óptico
digital. Para realizar os testes de tração estática
em linha reta, foi utilizada a máquina EMIC
DL200 simulando a mecânica de deslizamento.
De acordo com os resultados, os braquetes
autoligados passivos cerâmicos apresentaram
os valores mais elevados de rugosidade, o
atrito dos braquetes autoligados passivos, tanto
metálicos quanto cerâmicos, foi inferior ao dos
braquetes autoligados ativos. Conclui-se que,
quanto à associação entre atrito e a rugosidade,
não houve associação significante para os
braquetes estudados.
013 – Motivação dos pacientes para o
tratamento ortodôntico
Anderson Lima; Anderson Paulo Barbosa Lima;
Ana Claudia Ficho; Ana Claudia de Castro
Ferreira Conti; Danilo Pinelli Varaleli; Renata
Rodrigues de Almeida-Pedrin (Universidade
Sagrado Coração – USC-Bauru)
Os objetivos dessa pesquisa consistiram em
examinar os motivos que levaram os pacientes
à busca de tratamento ortodôntico e determinar
se há influência da idade e gênero. A amostra
constou de 250 pacientes entre nove a 59 anos
de idade, sendo 144 do sexo feminino e 106 do
masculino, em fase ativa de tratamento ortodôntico fixo. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a faixa etária: grupo dos jovens de 9-16 anos; e dos adultos, de 19–59 anos
de idade. Estes responderam a um questionário
e suas respostas foram analisadas pela estatística indutiva, por meio de teste Qui quadrado. Os
resultados mostraram que a maioria dos pacientes busca pelo tratamento ortodôntico porque
reconhecem que possuem má-oclusão (42,4%),
sendo que os adultos (24,4%) citaram mais frequentemente esse motivo do que os jovens
(18%). O segundo motivo apontado foi a busca
pela melhora da aparência (24%), evidenciando diferenças entre as faixas etárias avaliadas
onde 15,6% dos adultos atribuíram o tratamento
ortodôntico às razões estéticas. Os jovens de 9
a 16 anos, apontaram a influência de um dentista, ou outro profissional da saúde (9,6%) como
o segundo motivo na busca de um tratamento
ortodôntico. A porcentagem de pacientes, cuja
decisão de se submeter ao tratamento foi direcionada pelos seus pais diminuiu com o aumento
da idade do paciente. Foi possível identificar os
principais motivos do paciente em busca de um
tratamento ortodôntico ressaltando a importância
de se conhecer a queixa do mesmo de acordo
com a faixa etária, para alcançar resultados de
excelência que atendam suas expectativas.
014 – Estabilidade do tratamento da classe II
com os distalizadores Pendulum e Jones jig
seguidos do aparelho fixo corretivo
Mayara Paim Patel; Renato Rodrigues de
Almeida; Guilherme Janson; Karina Maria
Salvatore de Freitas; José Fernando Castanha
Henriques (FOB-USP)
A má-oclusão de classe II causa forte impacto
estético, e por essa razão, apesar de não ser a
má-oclusão de maior prevalência na população,
são esses pacientes que predominam nas
clínicas odontológicas, ou seja, é o tipo de
má-oclusão que mais prejudica a estética
facial e estética do sorriso, sendo assim, é
imprescindível o conhecimento dos diversos
aspectos relacionados a essa alteração, o
que envolve diagnóstico diferencial, correto
plano de tratamento e controle pós-tratamento.
O sucesso do tratamento da classe II está
intimamente relacionado à cooperação do
paciente, portanto, protocolos que exijam
o mínimo de colaboração devem ser
considerados na prática ortodôntica. Sendo
assim, os distalizadores intrabucais assumem
essa função, ou seja, corrigir a má-oclusão de
classe II sem depender inteiramente do paciente
para alcançar resultados satisfatórios ao final do
tratamento. A correção da classe II por meio de
distalizadores pode ser considerada a primeira
fase de tratamento, sendo que o aparelho fixo
corretivo atuará como segunda fase com o intuito
de corrigir os efeitos adversos decorrentes da
distalização intrabucal, e finalizar a correção
da má-oclusão inicial, contudo, a questão
que preocupa os ortodontistas é quanto à
estabilidade pós-tratamento. Recentemente,
observou-se que o fator relacionado à recidiva
da correção da classe II seriam as alterações
na posição dos caninos e dos molares durante
o tratamento, portanto, pôde-se concluir que a
maior severidade da classe II apresenta mais
instabilidade quanto ao resultado final. Porém,
observam-se na literatura poucos trabalhos que
avaliem a estabilidade da correção da classe
II quando do uso de distalizadores intrabucais,
sendo assim, objetiva-se avaliar tal estabilidade
no tratamento com os distalizadores Pendulum
e Jones jig. A pesquisa foi composta por dois
distintos grupos, sendo o grupo 1 representado
por 20 pacientes com classe II tratados com o
distalizador Pendulum seguido do aparelho fixo
corretivo. O grupo 2 compreendeu 18 pacientes
com classe II tratados com o distalizador Jones
jig seguido do aparelho fixo corretivo. Os dois
grupos experimentais foram comparados
usando o teste t independente, a fim de
comparar a estabilidade pós-tratamento, e para
14
avaliar as alterações intragrupo foi utilizado
o teste Anova de medidas repetidas. A partir
dos resultados, observou-se que as maiores
alterações ocorreram na fase de tratamento
para ambos os grupos, sendo que na fase de
controle verificou-se estabilidade para a maioria
das variáveis, sendo que na comparação de T3
para T2 quanto aos diferentes grupos, apenas
o segundo molar superior na fase de controle
sofreu extrusão, resultado do potencial normal
de irrupção. Conclui-se que o tratamento da
má-oclusão de classe II com os distalizadores
Pendulum e Jones jig, seguidos do aparelho
fixo corretivo, demonstrou estabilidade em
longo prazo, sendo que as maiores alterações
ocorreram na fase de tratamento corretivo.
015 – A duração do efeito da toxina
botulínica tipo A na exposição gengival
excessiva: uma revisão sistemática
Taísa Figueiredo Chagas; Natália Valli de
Almeida; Claudia Trindade Mattos; José Nelson
Mucha (Universidade Federal Fluminense)
Introdução: a toxina botulínica tipo A é efetiva na
redução da exposição gengival em sorrisos por
hiperfunção muscular do lábio superior, mas o
efeito é transitório. Objetivo: determinar o tempo
médio de duração dos efeitos da toxina botulínica tipo A no tratamento da exposição gengival excessiva. Metodologia: foi realizada uma
revisão sistemática, de acordo com o Prisma,
nas bases eletrônicas: Medline/Pubmed, Scopus e Web of Science, de 1970 a 2013, sem
restrição de idioma, com a inclusão de estudos
que avaliaram pacientes adultos com exposição
gengival excessiva, em que foram administrados toxina botulínica e acompanhamentos por
pelo menos três meses. A medida da exposição
gengival nos períodos inicial, final e de acompanhamento foram coletadas para determinar a
duração do efeito. Resultados: de um total de
1.603 artigos encontrados, após leitura e aplicação dos critérios de inclusão/exclusão foram
eliminados 1.555, restando sete estudos, e destes, cinco são série de casos e dois relatos de
casos. Os dados coletados foram organizados
em tabelas. Conclusões: a duração média dos
efeitos da toxina botulínica no tratamento do
sorriso gengival foi de três a oito meses, necessitando-se para a manutenção dos efeitos, a
administração de nova dose após este período.
016 – Influência da fonte de luz, ciclagem
térmica e silano na resistência de união de
braquetes metálicos à cerâmica
Hugo Franco de Abreu Neto; Ana Rosa Costa;
Américo Bortolazzo Correr; Sílvia Amélia Vedovello;
Lourenço Correr Sobrinho; Mario Vedovello Filho
(Uniararas)
O objetivo neste estudo foi avaliar o efeito de
diferentes fontes de luz, ciclagem térmica e
silano na resistência de união de braquetes
metálicos à cerâmica feldspática. Cilindros de
cerâmica feldspática foram condicionados com
ácido fluorídrico 10% por 60 s. Metade dos cilindros (grupos 1 a 4) recebeu duas camadas de
silano. Braquetes metálicos foram colados aos
cilindros usando o Transbond XT (3M Unitek),
formando oito grupos (n=20), dependendo das
fontes de luz usadas para fotoativação (Radii
Plus Led – 40 s: grupos 1, 2, 5 e 6 e XL 2500
halógena – 40 s: grupos 3, 4, 7 e 8), nas condições experimentais com (grupos 2, 4, 6 e 8)
e sem ciclagem térmica (grupos 1, 3, 5 e 7). O
ensaio de resistência ao cisalhamento foi realizado após armazenagem por 24 horas em
água deionizada (grupos 1, 3, 5 e 7) ou armazenados e submetidos à ciclagem térmica (grupos 2, 4, 6 e 8; 7.000 ciclos – 5º e 55º C). Os
dados foram submetidos à análise de variância
de três fatores e teste de Tukey (α = 0,05). O
silano melhorou significativamente a resistência de união ao cisalhamento de braquete à
cerâmica (8,15 ± 1,43) em relação às amostras
sem silano (5,89 ± 1,52). Diferença significante
na resistência de união foi observada entre as
fontes de luz Radii Plus (7,63 ± 1,62) e XL 2500
(6,41 ± 1,70) e com (4,91 ± 1,10) e sem (9,13 ±
0,70) ciclagem térmica.
017 – Preferência de adultos sobre
o vestuário do ortodontista em uma
população peruana
Weyder Portocarrero Reyes; Marcos Jimmy
Carruitero Honores; Elena Leslie Bethsabé
Chuquipoma Quilcat; Liz Katty Ríos Villasís;
Paola Consuelo Claudet Ângulo; Weyder
Portocarrero Reyes (Universidade Privada
Antenor Orrego, Trujillo – Peru)
Este estudo observacional, prospectivo, transversal teve como objetivo comparar a preferência de adultos sobre o vestuário do ortodontista
em uma população peruana. Iniciou-se com a
explicação do procedimento para os participantes entre 18 e 30 anos. Procedeu-se a solicitação de assinatura de consentimento informado
para participar na investigação. Foi preenchida
a folha de coleta de dados com as informações
referidas. Na sequência explicou-se como introduzir suas respostas no questionário composto
por 16 fotografias coloridas de dois profissionais (sexo masculino e feminino). As fotografias
foram tiradas com uma câmera marca Canon
EOS Rebel XS de 10,1 megapixels com lente
zoom 35-135 mm a uma distância de 3,5 m. Nas
imagens observadas foi dada uma pontuação
15
de acordo com a preferência quanto ao vestuário através da Escala Analógica Visual, dando-lhe uma pontuação analógica visual de 0 a 10.
Concluiu-se que os adultos preferem o ortodontista do sexo feminino com uniforme branco e do
sexo masculino com mandil branco e gravata.
018 – O impacto do tratamento ortodôntico
na autoestima e na qualidade de vida de
pacientes adultos com necessidade de
reabilitação
Vanessa de Couto Nascimento; Andrea Reis
de Melo; Ana Claudia de Castro Ferreira Conti;
Maurício de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli
Valarelli; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin
(Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru)
O número de pacientes adultos que procuram
por tratamento ortodôntico está cada vez maior,
principalmente entre os que necessitam de reabilitação oral. Nos dias de hoje, os tratamentos
são, na maioria das vezes, multidisciplinares,
um trabalho em equipe para que o resultado
final seja o melhor possível, restabelecendo
forma, função e estética. Desta forma, certos
aspectos das atividades diárias do paciente
como limitação funcional, dor física, dificuldade
psicológica e incapacidade social são afetados
pelo tratamento ortodôntico. A importância deste estudo deve-se ao desconhecimento da relevância destes tratamentos na modificação do
bem-estar social e na autoestima dos adultos.
Foram selecionados indivíduos saudáveis (77
do sexo feminino e 25 do masculino), entre 18
e 66 anos de idade, em tratamento ortodôntico
com aparelhos fixos convencionais para correção de más-oclusões relacionadas a processos
de reabilitação oral (perdas dentárias e disgenesias). Os questionários foram realizados em
dois momentos: T1, início do tratamento (um a
três meses de tratamento) e T2, após fase inicial de alinhamento e nivelamento (pelo menos
após oito meses de tratamento). O intervalo mínimo de T1 para T2 foi de seis meses. Para avaliação da autoestima foi utilizado o RSE (escala
de autoestima de Rosemberg), composto por
cinco questões referentes a uma visão positiva
do próprio indivíduo, e cinco referentes a uma
visão autodepreciativa. O questionário de qualidade de vida foi elaborado com base na versão
brasileira do OHIP em sua forma reduzida. Foi
composto por 14 perguntas realizadas em T1 e
T2, e mais três questões em T2, para responder dúvidas importantes, sobre o incômodo da
utilização do aparelho e sua satisfação com os
resultados, que não necessitam de comparação. Constatou-se através do RSE que houve
diferença estatisticamente significativa no nível
de autoestima dos indivíduos, aumentando de
T1 para T2. Com o término do tratamento, essa
tendência deve aumentar ainda mais, já que
os pacientes no pós-tratamento costumam ter
maior autoestima do que no pré-tratamento e
nos grupos em tratamento. No questionário de
QV, para se avaliar o impacto de forma mais clara, foram separados apenas os pacientes que
disseram “sim” em T1 nas questões de um a
seis, considerados o foco de atuação, porque
os demais já estavam relatando pontos positivos. Os pacientes que disseram “não” em T1,
para as questões de 12 a 14 do questionário de
QV, foram também reservados, pelos mesmos
motivos. As respostas sugerem que a melhora
estética gera um significativo aumento na qualidade de vida dos pacientes adultos tratados,
e corroboram com uma revisão sistemática que
afirma que há uma associação modesta entre
má-oclusão, necessidade de tratamento ortodôntico e qualidade de vida. Pôde-se concluir
que o tratamento ortodôntico promoveu aumento significativo na autoestima e na QV, podendo
conferir benefícios psicológicos para os pacientes adultos, pois se mostraram motivados com
a melhora da oclusão e da estética do sorriso.
019 – Confiabilidade de um modelo para
determinar a posição anteroposterior das
maxilas
Marcos Jimmy Carruitero Honores; Zulma
Andrea Rodriguez Tarma; Weyder Portocarrero
Reyes; Marco A. Estrada Vitorino; Marcos
Jimmy Carruitero Honores (Universidade
Privada Antenor Orrego, Trujillo – Peru)
Introdução: todo tratamento ortodôntico
visa obter um perfil de ótima forma estética,
sendo
significativamente
afetado
pela
posição anteroposterior (AP) das maxilas.
Para determinar esta posição, numerosas
medidas cefalométricas e perfilométricas têm
sido sugeridas, entre as quais estão os seis
elementos da harmonia orofacial proposta
por Andrews, que usa a frente e o incisivo
central superior como uma base para avaliar a
posição AP da maxila superior e inferior. Medir
adequadamente este elemento da harmonia
orofacial é importante para um diagnóstico e
plano de tratamento personalizado para cada
paciente. Portanto, é necessário dispor de um
instrumento para determinar confiavelmente
este parâmetro. Objetivo: determinar a
confiabilidade de um modelo para determinar
a posição AP das maxilas. Métodos: um
estudo observacional prospectivo transversal.
A amostra foi composta por 84 indivíduos de
Trujillo, Peru, que preencheram os critérios de
16
seleção. O segundo elemento da harmonia
orofacial de Andrews, foi determinada através
da medição da distância a partir do ponto
AF incisivo central superior para a linha FALL
no perfil facial do sorriso usando um modelo
transparente, milimetrado especialmente para
este estudo. As medições foram realizadas
por dois ortodontistas, que foram previamente
treinados na filosofia dos seis elementos da
harmonia orofacial de Andrews. Ambos os
operadores fizeram medições em dois pontos
com um intervalo mínimo de duas semanas.
Estas medições foram utilizadas para avaliar
a reprodutibilidade intra e interexaminador.
Os dados foram processados no programa
estatístico Stata v. 12 (StataCorp LP, Texas,
EUA). A reprodutibilidade foi avaliada pelo
coeficiente de correlação intraclasse (ICC). O
significado estatístico foi considerado a 5%.
Resultados: apontou-se a existência de alta
concordância intra-avaliador com valores de
ICC entre 0,871 e 0,920 (p < 0,001), da mesma
forma, interavaliador houve alta concordância
com os valores de ICC entre 0,831 e 0,879
(p < 0,001). Conclusão: o modelo transparente
proposto é de confiança para determinar a
posição AP das maxilas.
020 – Aparelho de protração mandibular
(APM): técnica de construção do aparelho
Leila Santana Rodrigues Rezende; Luiz
Eduardo Alessio Junior (Unesc)
Introdução: ao analisar a prevalência das másoclusões, a de classe II está presente em 42%
da população brasileira. Esta se caracteriza
por uma desarmonia anteroposterior das
bases ósseas, que influencia negativamente a
estética e a autoestima dos pacientes, o que
justifica o maior percentual destes em busca
por tratamento ortodôntico. O APM surgiu como
uma alternativa doméstica e artesanal que
permite gerar uma postura mesial temporária
da mandíbula durante o tratamento dos casos
de má-oclusão da classe II. Sua eficácia está
demonstrada até mesmo nos casos de classe
I, onde tenha uma pequena sobressaliência
que permita sua ativação. Apesar de seu
modo de operação ortopédico, sua proposta
primária de ação não é corrigir os desvios da
relação maxilomandibular através do estímulo
do crescimento da mandíbula, mas ajustar a
oclusão através de movimento dentoalveolar
em massa. Objetivo: demonstrar a técnica de
confecção e instalação do APM. Metodologia:
revisão da literatura por meio de levantamento
bibliográfico mediante consulta de bases de
dados. Discussão: a confecção do APM inicia-
se pela montagem do tubo maxilar, feito de
tubo telescópico de 1 mm, com 27 mm de
comprimento, soldado a outro tubo telescópio
na extremidade e transversalmente ao daquele
(alça mandibular). A haste mandibular é
realizada com fio de 1 mm de calibre e 38 mm
de extensão. Faz-se um pingo de solda em uma
das extremidades, dobrado-a em 90°. Para
a trava molar usa-se um fio 1 mm e 30 cm de
extensão e a dobra em uma extremidade em
um ângulo de 90°. Para a instalação do APM,
a condição clínica determinante é que os arcos
retangulares superior e inferior (.019” x .025”)
devam ter atuado por 30 dias, e os segundos
molares incluídos no alinhamento e nivelamento.
Após esse período, o arco mandibular deve
ser instalado com dobras distais, para evitar
movimento dentoalveolar em bloco. Usam-se
amarrilhos conjugados e elástico em cadeia de
molar a molar nos arcos superior e inferior. O
paciente protrui a mandíbula até posição topo
a topo, realiza-se então a demarcação do tubo
em T na intersecção com a alça circular no arco
inferior. Insere-se a haste mandibular no looping
do arco inferior. Gira-se a haste mandibular e
a introduz no tubo principal do APM. A trava
molar deverá ser inserida no tubo do primeiro
molar superior e depois na alça molar. Realizase a dobra final nesta trava. Conclusão: o APM
é barato, de fácil manuseio e eficaz para a
correção da classe.
021 – Avaliação da influência do padrão
facial na recidiva da mordida aberta anterior
Bruno da Silva Vieira; Marcos Roberto
de Freitas; Guiherme Janson; Ludmila
Mangialardo Lima; Fabrício Pinelli Valarelli;
Karina Maria Salvatore de Freitas (FOB-USP)
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do padrão facial na recidiva da mordida
aberta anterior. A amostra consistiu de 52 pacientes com mordida aberta anterior, que foram
previamente tratados ortodonticamente com extração de quatro pré-molares ou sem extrações.
A amostra foi dividida em dois grupos: grupo 1 –
pacientes com recidiva clinicamente significante
da mordida aberta anterior; grupo 2 – pacientes
que não tiveram recidiva clinicamente significante da mordida aberta anterior. Telerradiografias
em norma lateral foram avaliadas nos períodos
pré-tratamento, pós-tratamento e pós-contenção. As comparações entre os grupos foram realizadas pelo teste t independente. Concluiu-se
que o padrão facial não influenciou na quantidade de recidiva da mordida aberta anterior.
17
022 – Determinação da idade óssea por
meio das vértebras cervicais utilizando
software
Paulo Eduardo Ferreira; Romulo Silva Moraes;
Paulo Eduardo Ferreira (Faculdade Mozarteum
de São Paulo)
Durante o surto de crescimento puberal as variações existentes na época, duração, determinação do estágio de maturação e avaliação
do potencial de crescimento constituem fatores
importantes no diagnóstico ortodôntico/ortopédico funcional. O crescimento que ocorre ou
está para ocorrer nesse período é fundamental
no prognóstico dos casos e em seus resultados
finais (Sokic et al, 2012). Na busca da simplificação dos métodos diagnósticos e da redução
da incidência da radiação ionizante, foram desenvolvidos inúmeros métodos que utilizam as
alterações morfológicas das vértebras cervicais
presentes nas telerradiografias em norma lateral e com a mesma confiabilidade dos métodos
de mão e punho. O objetivo deste estudo foi demonstrar que uma nova ferramenta informatizada, o software Easy Age (Ferreira, São Paulo/
SP, 2014 – www.easyage.sourceforge.net), que
utiliza o método das vértebras cervicais, é capaz
de melhorar a performance do ortodontista/ortopedista funcional na acurácia da idade esquelética. A amostra do presente estudo constou de
250 telerradiografias de pacientes de ambos os
sexos, abrangendo a faixa etária dos seis aos
16 anos. Como critério de inclusão, foram selecionadas para o estudo as telerradiografias que
permitiram a visualização das vértebras cervicais C2, C3 e C4 em toda a sua extensão. Todas as telerradiografias foram avaliadas por dois
examinadores, com o auxílio de um negatoscópio em uma sala escurecida. Para a avaliação
dos estágios de maturação esquelética por meio
das telerradiografias laterais, foi utilizado o método descrito por Hassel & Farman (1995). Para
avaliar a concordância inter e intraexaminador,
aplicou-se o teste de concordância kappa, que
mostrou um nível substancial de concordância
para a avaliação visual das vértebras cervicais,
enquanto que para a avaliação das vértebras
cervicais por meio do software, mostrou um nível quase perfeito de concordância para dois
avaliadores. Para demonstrar a eficiência do
software foi realizada a comparação entre os resultados obtidos pelo método visual e pelo software, pelo teste de correlação de Spearman.
Os valores entre o primeiro e o segundo exame
visual, e entre o primeiro e o segundo exame
pelo software, mostraram correlação forte, estatisticamente significante, entre as medições dos
exames visuais e do software. Conclui-se que o
software Easy Age é eficiente como ferramenta para a estimação da idade esquelética pelas
vértebras cervicais, melhorando enormemente
a performance dos examinadores.
023 – Avaliação radiográfica da angulação
e extrusão de molares inferiores após
verticalização utilizando mini-implantes
como ancoragem
Lucas Estambassi Silva; Alexandre Magno dos
Santos; Renata Moura Furquim; Danilo Pinelli
Valarelli (Universidade Sagrado Coração –
USC-Bauru)
A perda precoce de dentes posteriores gera a
inclinação mesial dentária. Nesse caso, a verticalização é essencial para o restabelecimento
da oclusão normal, entretanto, mecânicas ortodônticas convencionais geram efeitos colaterais
indesejáveis, como a extrusão do dente a ser
verticalizado. Os mini-implantes apresentam-se
com um método comum na mecânica de verticalização de molar. O objetivo deste estudo foi
quantificar, por meio de radiografia panorâmica,
a angulação e a extrusão de molares inferiores
verticalizados com o auxílio de mini-implante
como ancoragem. A amostra experimental constou de 18 pacientes brasileiros (20 molares verticalizados). A verticalização foi feita por meio de
um cantiléver simples apoiado em um mini-implante. Radiografias panorâmicas foram feitas
no início (T1) e no final do movimento de verticalização (T2). As medidas obtidas em T1 foram
comparadas com as medidas obtidas em T2.
O tempo de tratamento variou de 4-11 meses.
Concluiu-se que houve um aumento estatisticamente significante na angulação e na extrusão
da mesial dos molares inferiores verticalizados.
024 – Aplicabilidade da análise de Bolton
nos grupos étnicos: leucodermas,
xantodermas e nipo-brasileiros
Karine Laskos Sakoda; Guilherme Janson;
Sérgio E. N. Cury; Arnaldo Pinzan (FOB-USP)
Introdução: a proporção de tamanho dentário
é um fator importante no diagnóstico e plano de
tratamento ortodôntico. A proporção adequada
entre as larguras dentárias superior e inferior é
necessária para o estabelecimento de um relacionamento oclusal ideal, assim como trespasses horizontal e vertical adequados ao final do
tratamento. A análise da discrepância dentária
de Bolton é a mais comumente aceita e utilizada,
porém, há evidências na literatura que apontam
para diferenças étnicas nas proporções dentárias e questionam a aplicabilidade dos índices
propostos por Bolton em diferentes populações.
18
Objetivo: determinar as relações anterior e total
de tamanho dentário em indivíduos leucodermas, nipo-brasileiros e xantodermas, e compará-las com os índices do padrão de Bolton,
verificando, assim, sua aplicabilidade nessas
populações. Material e métodos: a amostra foi
composta por 90 pares de modelos de gesso
de indivíduos não tratados com oclusão normal,
divididos em três grupos de acordo com as características étnicas: leucodermas (30 indivíduos brasileiros descendentes de mediterrâneos,
com idade média de 13,64 anos), xantodermas
(30 indivíduos com ascendência japonesa, com
idade média de 15,63 anos), e nipo-brasileiros
(30 indivíduos com idade média de 13,96 anos).
Um paquímetro digital foi utilizado para medir as
larguras dentárias mesiodistais de primeiro molar a primeiro molar superiores e inferiores nos
modelos de estudo. As proporções dentárias
anterior e total foram determinadas. As comparações entre os índices de Bolton anterior e total
e as proporções obtidas nos diferentes grupos
étnicos foram realizadas com o teste t. Resultados: apenas os nipo-brasileiros apresentaram
proporções anteriores e totais significativamente maiores que os padrões de Bolton. Para a
proporção anterior, os nipo-brasileiros apresentaram um número maior de indivíduos com valores não coincidentes com os padrões de Bolton
(± 2 DP), seguidos por leucodermas e xantodermas. Para a proporção total, os nipo-brasileiros apresentaram mais indivíduos com valores
não coincidentes com os padrões de Bolton (±
2 DP), seguidos por xantodermas. Conclusão:
os índices de Bolton não são aplicáveis à população nipo-brasileira. Sugere-se, portanto, que
a utilização da análise de Bolton pode não ser
adequada em diferentes populações.
(Vigodent); grupos 3 e 7 – Biofix (Biodinâmica);
e grupos 4 e 8 – Orthocem (FGM). Uma camada de adesivo (3M Unitek, grupos 1 e 5) e
uma camada do adesivo Single Bond Universal
Adhesive (3M ESPE, grupos 2, 3, 4, 6, 7 e 8)
foram aplicadas na área condicionada e fotoativada com o aparelho LED (Radii-cal) por 10 s.
Braquetes metálicos (Abzil) foram colocados na
face vestibular dos dentes com Transbond XT,
Fill Magic, Biofix ou Orthocem e fotoativados
com LED (Radii-cal) por 40 s. A RUC foi realizada após armazenagem em água deionizada
por 24 horas e termociclagem (7.000 ciclos –
5°/55°C). Os dados foram submetidos à análise
de variância de dois fatores e ao teste de Tukey
post hoc (α=0,05). O índice de remanescente do
adesivo (IRA) foi avaliado com aumento de 8x.
A aplicação do adesivo foi efetiva em aumentar a RUC dos braquetes aos dentes em todos
os materiais para colagem (p < 0,05). Diferença significante (p < 0,05) na RUC foi observada
entre os materiais para colagem com ou sem
aplicação do adesivo. O IRA mostrou predominância de escore 0 para todos os grupos, com
aumento de escores 1, 2 e 3. Em conclusão, o
adesivo aumentou significantemente a RUC dos
braquetes aos dentes. Diferentes valores de
RUC ocorreram entre os materiais de colagem.
O IRA mostrou predominância de escore 0 para
todos os grupos.
025 – Influência do adesivo e do material
de colagem na resistência de união ao
cisalhamento de braquetes metálicos
fixados ao dente bovino
Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Américo
Bortolazzo Correr; Marcus Vinícius Crepaldi;
Ana Rosa Costa; Lourenço Correr Sobrinho;
Julio Cesar Bento dos Santos (Uniararas)
Um dos principais objetivos dos aparelhos ortopédicos é maximizar as alterações esqueléticas e minimizar as alterações dentárias. A
expansão rápida da maxila (ERM) é um procedimento no tratamento da hipoplasia transversa da maxila, que aumenta a largura com
efeito ortopédico na sutura palatina e no sistema sutural das estruturas adjacentes, entretanto, estudos relatam maior efeito ortopédico na
dentadura decídua e mista, e maior efeito dentoalveolar nos pacientes com dentadura permanente com a inclinação dos dentes de apoio
para vestibular e consequências periodontais,
ressaltando a importância da intervenção precoce. Um estudo com implantes mostrou que,
em adolescentes, os efeitos esqueletais correspondem a 35% da expansão, enquanto
que os efeitos dentários representaram 65%,
contudo, em crianças mais jovens, a proporção
Este estudo avaliou o efeito do adesivo e de materiais para colagem na resistência de união ao
cisalhamento (RUC) de braquetes metálicos ao
dente bovino. Dentes bovinos foram embutidos
em tubos de polivinil rígido com resina acrílica,
e condicionados com ácido fosfórico a 35% por
20 s, lavados e secos por 20 s e separados em
oito grupos (n=20), de acordo com os materiais
para colagem e adesivo: grupos 1 e 5 – Transbond XT (3M Unitek); grupos 2 e 6 – Fill Magic
026 – Avaliação da espessura e altura óssea
alveolar vestibular pré e pós-expansão
rápida da maxila
Lucia Hatsue Yamamoto Nagai; Flavio
Toshiki Shido; Rony W .Chaves; Raquel Mori
Gonçalves; Aparecida Keiko Akutsu Yuki; Mario
Cappellette Junior (Unifesp)
19
entre os efeitos esqueléticos e dentários foi de
1:1. Nos pacientes jovens, a futura erupção dos
dentes será seguida por um novo osso alveolar
que pode restabelecer a integridade da área,
no entanto, o movimento, naqueles com maior
idade, pode resultar em redução do osso alveolar. A ERM não cirúrgica pode ser utilizada em
pacientes jovens, normalmente abaixo dos 13
anos e os pacientes com maturidade esquelética devem ser tratados cirurgicamente. A literatura evidencia que o movimento dentário vestibular está associado com redução da altura
e espessura do osso alveolar, deiscências ou
fenestrações, além do comprometimento periodontal em curto prazo. Outros autores relatam
ainda que quanto maior a espessura óssea no
início do tratamento, menor é a perda de osso
em posição vertical ao final do tratamento. Dessa forma, a proposta deste estudo foi determinar a espessura do osso alveolar vestibular na
dentadura mista pré e pós-ERM na região dos
primeiros molares superiores, através das imagens obtidas com tomografia computadorizada
(TC) que permite avaliar quantitativamente as
alterações no processo alveolar com acurácia
e precisão.
027 – Avaliação da eficácia da terapia com
laser de baixa intensidade na redução da
dor nos estágios iniciais do tratamento
ortodôntico
Otávio Augusto Pozza; Heitor Manoel Brito;
Fabrício Pinelli Valarelli; Karina Maria Salvatore
de Freitas; Daniele Ferreira Bonacin; Rodrigo
Hermont Cançado (Faculdade Ingá)
O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente
a eficácia da terapia com laser de baixa intensidade (TLBI) na redução da dor provocada pela
movimentação ortodôntica nos estágios iniciais
do tratamento. Material e métodos: a amostra
foi constituída por 54 pacientes que necessitavam de tratamento ortodôntico, divididos em
dois grupos. O grupo experimental composto
por 28 pacientes (idade média de 26,84 anos),
em que foram realizadas 12 irradiações com um
laser infravermelho de GaAlAs em cada dente
logo após a instalação do primeiro fio de alinhamento; e o grupo-controle com 26 pacientes
(idade média de 29,13 anos) no qual não houve
nenhuma intervenção para o controle da dor. A
intensidade da dor foi mensurada por meio de
uma escala visual analógica, onde foi marcado
o nível (mm) de dor experimentado em seis,
24, 48 e 72 horas, e a percepção da dor (início,
pico, declínio e ausência) foi avaliada pelo preenchimento de um questionário. Para comparação da intensidade e da percepção da dor entre
os grupos foi realizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney (p < 0,05). Resultados: O
grupo experimental apresentou níveis (mm) em
seis horas (p=0,0004), 24 horas (p=0,0041) e
48 horas (p=0,007) e percepção da dor (horas)
para, pico (p=0,0261), declínio (p=0,0255) e ausência (p=0,0085) significativamente menores
em comparação ao grupo-controle. Concluiu-se
que a terapia com laser de baixa intensidade
é eficaz para reduzir a severidade da dor resultante da ativação das forças ortodônticas e
promover ação analgésica de efeito duradouro
durante o período de maior sensação dolorosa.
028 – Estabilidade dimensional de moldes
de alginatos escaneados em diferentes
tempos de armazenamento
Gabriel Duarte Daneu; Paula Vanessa
Pedron Oltramari-Navarro; Marcio Rodrigues
de Almeida; Renato Rodrigues de Almeida;
Ricardo Danil Guiraldo; Thais Maria Freire
Fernandes-Poleti (Universidade Norte do
Paraná – Unopar)
Objetivo: avaliar a precisão dimensional de modelos dentários digitais obtidos por meio do escaneamento de moldes de alginatos, de acordo
com o tempo depois de serem produzidos e
analisar a variação destes modelos digitais em
relação ao padrão-ouro. Material e métodos:
oitenta moldes de um Typodont padrão foram
obtidos com quatro tipos de alginato (G1, Cavex Color Change; G2, Identic Alginate; G3,
Hydrogum 5 e G4, Jeltrate Plus). Os moldes
foram armazenados em condições úmidas e digitalizados por meio do scanner 3Shape R700T
imediatamente após a moldagem (T0), e após o
tempo em 24 (T24), 72 (T72) e 120 (T120) horas. Após a reconstrução digital 3D dos modelos dentários, mensurações nestes em relação
à distância anteroposterior (DAP), distância intermolar (DT) e altura do incisivo (DV), foram realizadas e analisadas no software OrthoAnalyzer 3D, para determinar a dimensão de acordo
com o tempo decorrido. Os erros de mensuração foram avaliados por meio do coeficiente de
correlação intraclasse (CCI) e Bland-Altman.
Para a análise estatística utilizou-se a análise
de variância (one-way Anova) seguida do teste de Bonferroni, o nível de significância foi de
5%. Resultados: para o erro do método verificou-se que todas as variáveis estudadas foram
precisas e coerentes, certificando a calibração
do examinador. Dentre as variáveis estudadas,
todos os materiais tiveram sua precisão dimensional diminuída com o decorrer do tempo. As
maiores alterações dimensionais, para todos
os grupos, foram observadas nos tempos T72
20
e T120, sendo que G1 foi o material com menor
distorção e os materiais G2 e G4, os que sofreram maiores alterações dimensionais. Conclusão: modelos dentários digitais podem ser obtidos por meio do escaneamento de moldes de
alginato no scanner 3Shape R700T. Entretanto,
tais evidências sugerem uso de alginatos com
tempo de armazenamento prolongado, como o
Cavex Color Change (G1), e que os moldes devem ser escaneados em até 24 horas para se
ter o máximo de precisão dimensional.
029 – Discrepância posterior em
pacientes com mordida aberta anterior e
sobremordida profunda
Arón Aliaga-Del Castillo; Lorena Souza;
Guilherme Janson (FOB-USP)
Especula-se que a falta de espaço suficiente
para irrupção dos terceiros molares na cavidade
oral ou até mesmo a sua direção anormal de
erupção, podem resultar em uma discrepância
posterior (DP), caracterizada por extrusão e angulação mesial dos dentes posteriores, o que
provoca alterações na intercuspidação dentária
e agrava a expressão da mordida aberta anterior. O objetivo deste trabalho foi avaliar a DP em
indivíduos com mordida aberta anterior (MAA) e
com sobremordida profunda (SP). Cinquenta e
oito radiografias laterais inicias (28 de pacientes com MAA e 30 de pacientes com SP) foram
examinadas. Foram avaliadas as angulações
dos terceiros molares em relação às suas bases
ósseas e ao plano oclusal funcional, os espaços
retromolares, o comprimento anterior da maxila
(A´6´), o comprimento total da maxila (A´P´), e a
proporção A´6´/A´P´. O teste t foi utilizado para
determinar as diferenças entre os grupos estudados. O grupo com mordida aberta anterior
apresentou menor A´P´, menor angulação distal
do terceiro molar maxilar em relação ao plano
oclusal funcional, e menor angulação mesial do
terceiro molar mandibular em relação ao plano
mandibular, quando comparado com o grupo
com sobremordida profunda (46,87 mm versus 49,05 mm, p=0,023; 21,87° versus 30,66°,
p=0,049; e 14,50° versus 22,34°, p=0,004, respectivamente). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em relação ao
espaço retromolar entre os grupos. Concluiu-se
que os indivíduos com mordida aberta anterior
têm tendência a apresentar alguma característica de discrepância posterior maxilar, enquanto
os indivíduos com sobremordida profunda tendem a apresentar alguma característica de discrepância posterior mandibular.
030 – Comparação da largura das vias
respiratórias e posição do osso hioide em
indivíduos classe esquelética II e III com
diferentes padrões de crescimento
Milagros Del Pilar Cornejo Ferradas; Lisbeth
Cynthia Pérez Cahuaya; Karla Giuliana Valdez
Castro; Karen Bravo Morocho; Luciano Carlos
Soldevilla Galarza (Universidade Nacional
Maior de São Marcos, Lima – Peru)
É importante avaliar a posição do osso hioide
e a largura das vias aéreas no início do tratamento ortodôntico, de modo que possa verificar as mudanças nestas estruturas durante e
após o tratamento. O objetivo desta pesquisa
foi fazer uma comparação da largura das vias
respiratórias e posição do osso hioide em indivíduos classe esquelética II e III com diferentes
padrões de crescimento. Material e métodos: os
dados coletados contém 80 telerradiografias laterais tiradas em um equipamento panorâmico
cefalométrico digital de PointNix da clínica de
Odontologia da UNMSM, com uma faixa etária
de 12 a 35 anos. As radiografias foram retrospectivamente selecionadas de acordo com critérios de inclusão e exclusão, a amostra foi dividida em quatro grupos: grupo 1 – 20 indivíduos
classe II esquelético com padrão mesofacial;
grupo 2 – 20 indivíduos classe II esquelético
com padrão dolicofacial; grupo 3 – 20 indivíduos
classe III esquelético com padrão mesofacial;
grupo 4 – 20 indivíduos classe III esquelético
com padrão dolicofacial. O ângulo FMA foi utilizado para definir os padrões de crescimento,
a análise USP para definir a relação esquelética
maxilomandibular; os pontos de referência cefalométricos e as medições das vias aéreas faringe
superior e inferior foram examinados com a análise de McNamara, e a posição do osso hioide
foi feito com análise do triângulo hioide dado por
Bibby e Preston. Resultados: há uma diferença
na largura da nasofaringe (p=0,003) na classe II
entre o padrão mesofacial e dolicofacial, orofaringe (p=0,049) entre a classe II e III com padrão
mesofacial, nasofaringe (p=0,000) e orofaringe
(p=0,015) entre classe II e III com padrão dolicofacial. Não há nenhuma diferença na posição
anterior e posterior do hioide entre o padrão mesofacial e dolicofacial da classe II e III. Há uma
diferença na posição vertical do hioide (p=0,022)
na classe III entre o padrão mesofacial e dolicofacial, na posição anterior (p=0,009) e posterior
do hioide (p=0,007) entre a classe II e III com padrão mesofacial, na posição anterior (p=0,002) e
vertical do hioide (p=0,006) entre a classe II e III
com padrão dolicofacial. Conclusões: houve uma
diferença entre a largura da nasofaringe e orofaringe entre classe esquelética II e III e também
21
entre os diferentes padrões. A nasofaringe mais
ampla foi encontrada na classe III dolicofacial
e a orofaringe de maior largura foi encontrada
na classe III mesofacial. Não houve diferença
na posição anteroposterior do osso hioide entre mesofacial e dolicofacial na mesma classe
esquelética. Diferenças significativas foram
encontradas na posição anterior e posterior do
osso hioide entre a classe II e III esquelética. O
hioide está em uma posição anterior na classe
esquelética II. Houve uma diferença na posição
vertical do hioide na classe esquelética III mesofacial e dolicofacial e entre a classe esquelética
II e III dolicofacial.
031 – Avaliação das alterações dentárias e
a sua influência sobre os tecidos moles de
pacientes tratados com Damon System Q e
MBT
Erika Céspedes Cousin; Jessica Arévalo;
Manuel Estuardo Bravo Calderón
(Universidade de Cuenca – Equador)
Uma investigação foi conduzida para estabelecer as alterações dentárias e para avaliar a
influência desses em tecidos moles, comparando pacientes tratados com sistema Damon
Q (n=23) e sistema MBT (n=16). A amostra foi
composta por 39 indivíduos (28 do sexo feminino e 11 do masculino), com idades entre 11 e
26 anos. Radiografias laterais cefálicas digitais
foram tomadas antes e depois da conclusão do
tratamento. As inclinações dos incisivos superiores e inferiores e alterações no perfil facial
foram medidos por software de análise cefalométrica Nemotec Dental. Para determinar alterações nos tecidos moles e duros foi aplicado
o teste t de Student, que verificam diferenças
estatisticamente significativas (p < 0,05) para os
dois sistemas nas variáveis: ângulo incisivo maxilar, mandibular, posição do lábio inferior com
plano de Ricketts e Burstone. A correlação entre as alterações nas inclinações dos incisivos
e a posição labial foi avaliada pelo coeficiente
de correlação de Pearson, encontrando para o
sistema Damon uma correlação entre a posição
dos incisivos superiores e lábio superior e inferior. A posição de incisivos inferiores apresentou
correlação moderada com o lábio inferior, com
sistema MBT uma relação entre a posição do
incisivo superior e lábio inferior foi encontrada.
Concluiu-se que há mutações na posição pós-tratamento de incisivos e protrusão labial inferior encontrando relação entre a inclinação vestibular dos incisivos e movimentos dos lábios
em ambas as técnicas.
032 – Avaliação do atrito em braquetes lowfriction e convencionais após jateamento
com bicarbonado de sódio: estudo in vitro
Roberta Gama Lopes; Hideo Suzuki; Selly
Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez
Segundo (Faculdade de Odontologia – São
Leopoldo Mandic)
Durante o tratamento ortodôntico existem fatores
importantes a serem considerados, dentre eles
o atrito, que é uma característica inerente à terapêutica, bem como o aparecimento de manchas
brancas, para qual, muitas vezes, é indicada profilaxia com jato de bicarbonato de sódio como
prevenção. O propósito deste trabalho, por meio
de ensaios laboratoriais, foi avaliar a influência
da profilaxia com jato de bicarbonato de sódio
na resistência ao atrito durante o tratamento ortodôntico. Os fatores em estudo foram: tipo de
braquete: a) convencional (FLI Twin, Rocky Mountain Orthodontics, Denver, Colo, EUA) e b) Low-friction (Synergy, Rocky mountain Orthodontics,
Denver, Colo, EUA); e avaliação do efeito do jato
de bicarbonato em três níveis: 1) presença do jateamento com o fio ortodôntico inserido no slot
do braquete; 2) presença de jateamento sem o
fio ortodôntico; 3) ausência de jateamento (grupo-controle). Foi realizado também teste de rugosidade a fim de analisar possíveis alterações nas
superfícies dos braquetes e fios. Foram utilizados fios de aço inoxidável 0,019” x 0,025” (GAC
Int., NY, EUA) e ligaduras elásticas Mini Stix Ligature Ties Non-Coated, 120” (TP Orthodontics,
La Porte, Indiana, EUA). Os braquetes foram
aderidos a uma base acrílica retangular e fixada a um dispositivo adaptado a base da máquina de ensaio universal (EMIC). Cada grupo era
composto de dez amostras, sendo que o ensaio
foi realizado dez vezes a uma velocidade 5 mm/
min percorrendo uma distância de 10 mm antes
e depois da aplicação do jato de bicarbonato de
sódio. Os dados foram avaliados e submetidos à
análise de variância a dois critérios e ao teste de
Tukey. Já para a análise do teste de rugosidade
foi utilizado Anova seguido de teste t de Student.
Foi observado que, independentemente de ter
sido ou não realizado o jateamento com bicarbonato de sódio, a força de atrito mensurada para
o braquete Synergy foi significativamente inferior
àquela obtida com o braquete FLI Twin (p < 0,05).
Os valores de força de atrito foram influenciados
pela realização do jateamento com bicarbonato
de sódio, sobretudo quando realizado com o fio
inserido no slot. O uso do jato aumentou a rugosidade para os braquetes FLI Twin e Synergy em
comparação com o controle. Concluiu-se que
a profilaxia com jato de bicarbonato de sódio
afeta a mecânica ortodôntica, já que todos os
22
valores do coeficiente de atrito se mostraram
mais altos após o jateamento, para ambos os
braquetes, principalmente quando realizado com
o fio ortodôntico inserido.
033 – Avaliação da agradabilidade facial em
indivíduos negros por meio da análise facial
subjetiva
Andréa Reis de Melo; Vanessa de Couto
Nascimento; Ana Claudia de Castro Ferreira
Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin;
Josenira Borges Dias; Leopoldino Capelozza Filho
(Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru)
Objetivo: avaliar, quanto à agradabilidade facial,
uma amostra de 30 indivíduos negros de acordo
com critérios da análise facial subjetiva. Metodologia: foram realizadas duas fotografias padronizadas da face: frente e perfil, que foram classificadas
por 50 avaliadores (30 indivíduos da amostra, dez
ortodontistas e dez leigos, com nível superior), com
relação à agradabilidade facial em esteticamente
desagradável, esteticamente aceitável e esteticamente agradável. As estruturas responsáveis pela
classificação como esteticamente desagradáveis
e esteticamente agradáveis foram indicadas pelos
avaliadores. Para avaliar a concordância intra-avaliador (primeira e segunda) foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman, dentro de cada
categoria o coeficiente de concordância de Kendall
e entre as três categorias o teste Qui-quadrado e
de proporções. Resultados: a maioria da amostra foi classificada como esteticamente aceitável:
frontal – 53,5% e perfil – 54,9%. Estruturas identificadas como esteticamente desagradável frontal:
boca, lábios, rosto; perfil: nariz, queixo, perfil; esteticamente agradável frontal: harmonia, rosto, boca;
perfil: perfil, harmonia, nariz. Houve concordância
estatisticamente significativa entre amostra e leigos
em ambas as posições. Os ortodontistas foram
concordantes com os leigos na avaliação frontal
e discordantes no perfil, sobretudo, nos esteticamente desagradáveis e esteticamente aceitáveis.
Conclusões: com base nesses resultados, a avaliação da agradabilidade facial através da análise facial subjetiva, mostrou-se aplicável, sugerindo que
a opinião do paciente em relação à estética facial
deve ser considerada no planejamento do tratamento ortodôntico.
034 – Avaliação subjetiva do perfil facial
em pacientes tratados com aparelho de
protração mandibular: perspectiva de
ortodontistas e leigos
Simone Maria Massud Leone; Eliana de Cássia
Molina de Paula; Ana Claudia de Castro Ferreira
Conti; Danilo Pinelli Valarelli;
Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin
(Universidade do Sagrado Coração – USC-Bauru)
Este estudo objetivou avaliar os efeitos no perfil facial produzidos pelo aparelho de protração
mandibular (APM), em conjunto com aparelho
fixo em pacientes com má-oclusão de classe II.
A amostra foi composta por 54 telerradiografias de 27 pacientes (14 do sexo feminino e 13
do masculino), com média de idade inicial de
12,27 anos, tratados por um período médio de
2,9 anos. Sobre as telerradiografias foram preparados os cefalogramas e os álbuns contendo
as silhuetas dos perfis pré e pós-tratamento, de
forma aleatória. A seguir, 60 ortodontistas e 60
leigos escolheram o perfil facial mais estético e
a quantidade de alteração que percebiam entre
eles, de acordo com a escala visual analógica
(EVA). Para comparação entre os avaliadores
foi utilizado o teste t pareado. Os resultados revelaram diferenças estatisticamente significantes na comparação entre as preferências dos
perfis pré e pós-tratamento para os dois grupos
e, em ambos, a maioria dos avaliadores preferiram o perfil pós-tratamento. Para quantificar a
percepção dos avaliadores em relação às diferenças entre os perfis faciais A e B, os resultados da EVA mostraram que o grupo de avaliadores leigos identificou maior diferença entre os
perfis pré e pós-tratamento comparado ao grupo de ortodontistas (p < 0,001*). Conclui-se que,
no julgamento dos avaliadores (ortodontistas e
leigos), o tratamento com o aparelho de protração mandibular promoveu um efeito positivo no
perfil facial, sendo que esse efeito foi mais identificado pelos leigos.
035 – Corticotomia alveolar na Ortodontia
como fator acelerador na movimentação
dentária
Alessandra Oki Paes; Gilberto da Cruz Bezerra
Jr.; Juliana Azevedo Marques Gaschler;
Maxwell Lopes Albuini; Sergio Giamas Iafigliola
(EAP-APCD)
Introdução: a busca pela máxima eficiência dos
tratamentos ortodônticos é uma constante em
diversas áreas da Ortodontia atual. Podemos citar sistemas de braquetes ou de ligaduras com
baixo atrito, fios de alta tecnologia, fios dobrados
por robôs, retração rápida de caninos, administração de substâncias químicas e as corticotomias. As corticotomias alveolares são definidas
como intervenções cirúrgicas limitadas à porção
cortical do osso alveolar, onde a incisão deve
perfurar a camada cortical e ao mesmo tempo
obter mínima penetração no osso medular. Objetivos: a realização de corticotomias é sugerida como forma de potencializar o tratamento
ortodôntico. Métodos: a técnica descrita pelos
irmãos Wilcko em 2001, e mais detalhada em
2009, foi nomeada de Ortodontia osteogênica
23
acelerada periodontalmente. Essa abordagem
combina corticotomias alveolares generalizadas, onde ranhuras são realizadas tanto na superfície vestibular quanto na lingual, seguidas
da colocação de enxerto ósseo liofilizado antes
do reposicionamento e sutura do retalho gengival. Aparelhos ortodônticos fixos deveriam ser
instalados uma semana antes do procedimento
cirúrgico. As corticotomias seriam então realizadas ao redor dos dentes a serem movimentados para estimular o processo de regeneração
óssea. A movimentação dentária ocorreu cerca
de duas a três vezes mais rápida do que teria
sido alcançada com a Ortodontia isoladamente.
Indicações: para acelerar o tratamento ortodôntico e para facilitar movimentos ortodônticos
complexos. Contraindicações: pacientes com
doença periodontal e endodôntico, pacientes
que façam uso prolongado de corticosteróides,
bifosfonatos e anti-inflamatórios não esteróides.
Conclusões: a associação de corticotomias alveolares associada ao tratamento ortodôntico
vem se tornando assunto de interesse, tanto
para otimizar o tempo de tratamento, bem como
nos casos onde dispositivos de ancoragem esquelética não podem ser instalados ou até mesmo associados a eles para facilitar mecânicas
ortodônticas mais complexas.
036 – Mudanças corticais nos dentes
superiores e inferiores com braquetes
convencionais, biofuncional QR, Damon Q
Karina Andrea Pando Bacuilima; Clara
Alejandra Pacheco Orellana; Manuel Estuardo
Bravo Calderon (Universidade de Cuenca –
Equador)
No mercado existem vários sistemas de tratamento ortodôntico que devem ser estudados
para evitar causar alterações no periodonto, especialmente nos processos alveolares corticais.
Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar
as alterações ósseas alveolares, reabsorção,
posição óssea ou nenhuma mudança. Para o
estudo, foi retirada uma amostra de três sistemas de tratamento: sistema autoligado Damon,
sistema biofuncional QR e sistemas convencionais de Roth e MBT. Esses suportes foram aplicados em 18 pacientes (seis de cada sistema),
que foram submetidos a uma tomografia computadorizada antes do tratamento, e uma após
a conclusão do alinhamento e nivelamento. Nos
estudos tomográficos que foram realizados para
medir parcelas em milímetros alveolar, vestibular, cortical, palatal e lingual dos seis dentes anteriores superiores e inferiores, com uma amostra total de 216 dentes. Para os resultados do
estudo, os dados coletados em uma planilha do
Excel foram digitados e processados estatisticamente usando o software SPSS versão 22,
utilizando Anova e Tukey como testes, obtendo como resultado a média total de reabsorção
óssea p=0,05, e o sistema de QR biofuncional
uma significância de p=0,025, na presença da
última posição demonstrada na cortical lingual
mandibular. Concluiu-se que todos os sistemas
de tratamento causam reabsorção do osso,
sendo o sistema Damon o mais reabsorvido,
seguido pelo sistema convencional e, depois, o
sistema biofuncional QR que produziu uma última posição estatisticamente significativa. Além
disso, nos dentes superiores frontais não houve
alterações ósseas significativas, e nos dentes
anteriores inferiores as maiores reabsorções
foram nos dentes 42 e 32, e sobreposição no
dente 41.
037 – Diagnóstico de modelos de gesso
versus digital: precisão e confiabilidade
na comparação e análise de Bolton para
medições
Pamela Jeanneth Salinas Villacis; Genaro
Adrian Pinos Luzuriaga; Manuel Estuardo Bravo
Calderon (Universidade de Cuenca – Equador)
Atualmente, o uso de ferramentas mais sofisticadas em Ortodontia, tais como programas
de computador e modelos de estudo digitais,
tem proporcionado melhores instalações para
o diagnóstico, planejamento de tratamento e
fabricação de aparelhos, alterando a maneira
tradicional de medi-los, e eliminando as desvantagens que representa o armazenamento
físico dos mesmos. O objetivo deste estudo foi
comparar o grau de precisão e confiabilidade
do índice de Bolton e as medidas correspondentes entre os métodos manuais e digitais
de modelos de estudo. O trabalho incluiu 50
modelos de estudo de pacientes ortodônticos
de pós-graduação na Universidade de Cuenca
que, para o padrão-ouro, foi utilizado o manual
de medição Mitutoyo, paquímetro digital Vernier tipo de precisão 0,01 mm. Para o método
digital, foi utilizado um scanner óptico Laser
Optical RevEng e um programa de medidas
de diagnóstico ortodôntico Nemocast 3D. A reprodutibilidade entre os métodos foi calculada
pelo teste t de Student, coeficiente de confiabilidade de correlação de Pearson. O nível de
significância estatística foi fixado em 0,05. Resultados: todos os resultados mostraram excelente correlação entre os dois métodos, o teste
t indicou que há diferenças significativas entre
os dois métodos, exceto para a soma acima
inferior e anterior de Bolton.
24
038 – Estudo da recidiva do apinhamento
anteroinferior em casos tratados com
extração de um incisivo inferior
Edivaldo Miotto; Marcelo Mendes Flores
Berbert; Karina Maria Salvatore de Freitas
(Faculdade Ingá)
O objetivo deste trabalho foi avaliar a recidiva do apinhamento anteroinferior em casos
tratados com extração de um incisivo inferior.
Material e métodos: a amostra foi constituída
pelos modelos de estudo e fotografias intrabucais iniciais, finais e de controle de 16 indivíduos (dez do sexo feminino e seis do masculino)
com má-oclusão de classe I tratados ortodonticamente com extração de um incisivo inferior.
A idade média ao início do tratamento foi de
23,45 anos (DP=9,14), ao final do tratamento foi de 25,50 anos (DP=8,95) e na fase de
controle, 30,11 anos (DP=8,59). O tratamento
teve duração média de 2,05 anos (DP=0,45)
e o tempo de avaliação pós-tratamento foi de
4,60 anos (DP=1,85). Foram avaliados o índice
de irregularidade de Little e as distâncias intercaninos, interpré-molares e intermolares nas
três fases avaliadas. A amostra foi dividida em
dois grupos, para comparação da recidiva do
apinhamento anteroinferior nos casos que apresentavam ou não o 3 x 3 na fase de controle. O
teste Anova para medidas repetidas foi utilizado
para comparação intragrupo entre as três fases
avaliadas. O teste t independente foi utilizado
para comparação intergrupos. Resultados: houve uma correção significante do apinhamento
anteroinferior com o tratamento, e uma recidiva
significante pós-tratamento. Os casos sem 3 x
3 na fase controle apresentaram uma recidiva
e um apinhamento anteroinferior na fase pós-tratamento significantemente maior do que os
casos que apresentavam o 3 x 3 nesta fase de
avaliação pós-tratamento. Conclusão: os casos
tratados ortodonticamente com extração de um
incisivo inferior apresentaram uma recidiva significante do apinhamento anteroinferior após o
tratamento.
039 – Avaliação do efeito do tratamento
ortopédico da classe II no crescimento
mandibular e nas relações dos molares
permanentes
Marjorie Ayumi Omori; Lucas Arrais de
Campos; Rachel Figliolli de Mendonça; Ary dos
Santos Pinto (Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto – USP)
O objetivo deste estudo cefalométrico retrospectivo, foi avaliar as alterações dentoesqueléticas
da mandíbula induzidas pelo uso do aparelho
ortopédico e decorrentes do crescimento natu-
ral por meio de telerradiografias cefalométricas
em norma de 45° de indivíduos com má-oclusão
de classe II, primeira divisão de Angle, com retrusão mandibular. Foi utilizada uma amostra de
50 indivíduos com idade entre sete a nove anos,
com má-oclusão classe II, primeira divisão, sendo dividida em dois grupos: grupo tratado com
o aparelho de Klammt (n=31) e grupo-controle
(n=19). O grupo-controle foi pareado ao grupo
tratado quanto ao gênero e idade cronológica. A
análise estatística foi realizada por meio do teste
t de Student. O aparelho de Klammt promoveu a
correção da má-oclusão em um período de um
ano, por meio de mesialização dos primeiros
molares permanentes inferiores e aumento do
ramo mandibular. Concluiu-se que o tratamento da classe II utilizando o aparelho ortopédico
de Klammt promove mudanças no crescimento
condilar (significativamente no sexo masculino)
e os efeitos dentários, de mesialização, foram
de maior significância para a correção da má-oclusão de classe II, primeira divisão de Angle.
040 – Mudanças dentoesqueléticas em
pacientes classe II, primeira divisão,
tratados com ativador elástico aberto de
Klammt avaliadas por telerradiografias
cefalométricas em norma de 45º
Lucas Arrais de Campos; Rachel Figliolli de
Mendonça; Marjorie Ayumi Omori; Ary dos
Santos Pinto (FOAr - Unesp)
O objetivo deste estudo cefalométrico retrospectivo, foi avaliar alterações verticais e horizontais dentoesqueléticas induzidas pelo uso
do aparelho ortopédico e decorrentes do crescimento natural por meio de telerradiografias
cefalométricas em norma de 45° de indivíduos
com má-oclusão de classe II, primeira divisão
de Angle, com retrusão mandibular. Foi utilizada
uma amostra de 50 indivíduos com idade entre
sete a nove anos, com má-oclusão classe II, primeira divisão, sendo dividida em dois grupos:
grupo tratado com o aparelho ativador elástico aberto de Klammt (n=31), e grupo-controle
(n=19). O grupo-controle foi pareado ao grupo
tratado quanto ao gênero e idade cronológica. A
análise estatística foi realizada por meio do teste
t de Student. O aparelho de Klammt promoveu
a correção da má-oclusão em um período de
um ano, por meio de mesialização dos primeiros molares permanentes inferiores e restrição
da migração para mesial dos primeiros molares
permanentes superiores. O aparelho de Klammt
foi influente na estrutura mandibular, deslocando para frente. Concluiu-se que o tratamento
da classe II utilizando o aparelho ortopédico de
Klammt influenciou a região goníaca, que foi
25
deslocada para baixo e para frente e manteve
o crescimento natural do côndilo, para posterior
e mento, para anterior e a correção desta má-oclusão se deu, segundo os resultados, por mesialização do primeiro molar inferior.
041 – Avaliação do efeito da luz LED de alta
potência na temperatura da câmara pulpar
durante a polimerização de braquetes
metálicos e cerâmicos
Lucas Arrais de Campos; Betina Grehs Porto;
Patrícia Pigato Schneider; Luiz Gonzaga Gandini
Júnior; Ary dos Santos Pinto; Lourdes Aparecida
Martins dos Santos Pinto (FOAr – Unesp)
Objetivo: avaliar in vitro a variação de temperatura na câmara pulpar de pré-molares humanos,
durante a colagem de braquetes metálicos e cerâmicos, utilizando luz LED de alta potência. Material e métodos: pré-molares humanos hígidos
(40) foram divididos em dois grupos que receberam braquetes metálicos (Marquis, Orthotechnology, Tampa, FL, EUA) e braquetes cerâmicos
(Pure, Orthotechnology, Tampa, FL, EUA) que
foram colados com o kit Transbond XT adesivo
e resina (3M Unitek, Monrovia, Califórnia). Cada
grupo foi subdividido em dois subgrupos (n=10)
de acordo com a potência (1200 mw/cm2 e 3200
mw/cm2, aplicados por dez e três segundos, respectivamente). Um termopar do tipo mkt-13 (Minipa, Houston, Texas, EUA) foi posicionado no
interior na câmara pulpar para a aferição da temperatura durante a colagem dos braquetes: início
do experimento (R1), após a polimerização do
adesivo (R2) e antes e após a polimerização da
resina (R3 e R4). A análise de variância de medidas repetidas para as variações de temperatura nos diferentes tempos de aplicação da luz
foi complementada por comparações múltiplas
de médias pelo teste de Tukey (α=0,05). Resultados: a temperatura da câmara pulpar sofreu
alterações com a aplicação da luz. Os grupos
mostraram diferenças em R3 (p < 0,05) onde
na potência de 1200 mw/cm2 os dois grupos
(braquetes metálico e cerâmico) apresentaram
médias maiores e equivalentes. Na potência de
3200 mw/cm2 o braquete metálico apresentou
a menor média de aquecimento sendo que, o
braquete cerâmico, teve aumento de temperatura em R2, R3 e R4. Conclusões: a luz LED
de alta intensidade produziu uma elevação na
temperatura da câmara pulpar na polimerização
de braquetes metálicos e cerâmicos e esta foi
inferior ao valor crítico (5,5°C) que poderia gerar
danos pulpares.
042 – Eficácia dos métodos de
recondicionamento dos suportes em
relação a resistência à tração: estudo in
vitro
Silvia Cumanda Ramirez Cabrera; Paola
Ochoa; Manuel Estuardo Bravo Calderon
(Universidade de Cuenca – Equador)
O recondicionamento dos braquetes é uma alternativa que traz benefícios à prática ortodôntica. Por esse motivo, o propósito deste estudo
foi determinar a resistência à força de tração
dos métodos de recondicionamento, para isso
utilizou-se o tensiômetro universal de forças
Z005 série 157864 (Zwick/Roell; BE, Alemanha). Com o mesmo realizou-se o estudo in
vitro e obtiveram-se resultados que apontou
qual apresentou maior resistência. A pesquisa
foi realizada com um total de 90 amostras, divididas em três grupos de 30, respectivamente.
Os resultados da prova de tração foram os seguintes: grupo 1 (braquetes novos) – apresentou maior resistência à tração com uma média
de 11,32 MPa, com um desvio-padrão mínimo
de 10,51 MPa e máximo de 12,26 MPa; grupo
2 (braquetes jateados) – apresentou uma resistência à tração de 8,36 MPa, com um desvio-padrão mínimo de 7,20 MPa e máximo de
9,49 MPa; e o grupo 3 (braquetes ondulados)
– apresentou uma resistência menor à tração
de 4,73 MPa e um desvio padrão mínimo de
3,37 MPa e máximo de 5,84 MPa. A resistência à força de tração de braquetes novos e
recondicionados apresentou dados diferentes
em cada grupo, os mesmos que foram estatisticamente significativos, tendo um valor de p ≤
0,05. Registrou-se que o grupo de braquetes
jateados é o mais resistente à força de tração,
referente aos dois métodos de recondicionamento; mas nenhum dos métodos pesquisados
se assemelha ou supera os valores que relata
os braquetes novos.
043 – Análise da distorção da imagem
fotográfica ortodôntica na avaliação
das medidas lineares com três lentes
fotográficas
Loidy Liceth Ypanaque Ramirez; Fadiath
Talitha Borja Sihuinta; Luciano Carlos
Soldevilla Galarza (Universidade Nacional
Maior de São Marcos, Lima – Peru)
A avaliação quantitativa da forma e tamanho
do tecido mole facial é amplamente utilizada
em Ortodontia para o diagnóstico, planejamento e evolução do tratamento. A fotografia
clínica é utilizada como um complemento para
este fim, pelo qual é primordial a padronização
26
na obtenção de imagens para a comparação
através do tempo. As características ideais
para a fotografia em Ortodontia são imagens
de ampliação reproduzíveis, boa profundidade
de campo e iluminação consistente e uniforme. Em Ortodontia a câmera SLR é frequentemente utilizada pela sua versatilidade e vasta gama de acessórios que, juntamente com
a qualidade dos resultados, faz com que seja
uma escolha muito apropriada. Alguns autores
recomendam o uso da câmera SLR de gama
média, pois podem cumprir consistentemente
as necessidades da prática. Lentes fotográficas podem ter um grau de distorção que pode
afetar a qualidade da imagem. O objetivo deste
trabalho foi determinar a distorção da imagem
fotográfica ortodôntica na avaliação de medidas lineares com três lentes fotográficas. Materiais e métodos: a amostra foi constituída por
52 alunos de graduação, do 3º ano, da Faculdade de Odontologia da UNMSM, tendo como
critério de inclusão alunos com simetria facial.
Registraram-se três medidas clínicas com um
Vernier digital de 0,1 mm de precisão: longitude do lábio superior (LLS), distância intercantal
interna (DICI) e distância canto externo-comissural (DCEC). Foi realizado um registro fotográfico do indivíduo em uma posição natural
da cabeça; três câmeras SLR digital Nikon
D3200, cada uma com três lentes fotográficas
55 mm, 85 mm e 105 mm. As imagens fotográficas foram calibradas no programa Power
Point 2010. Para a calibração a foto foi ampliada até que a LLS (medida obtida clinicamente) coincidisse com a longitude da imagem em
uma escala real 1:1. Após a calibração das fotos, foram medidas as distâncias DICI e DCEC
para serem comparadas com as medidas reais
e obter o grau de distorção horizontal e vertical de cada lente. Para o teste estatístico foi
utilizada o teste t de Student, para amostras
relacionadas. Resultados: foram encontradas
diferenças significativas e um maior grau de
distorção da lente fotográfica de 55 mm, quando comparadas com as medidas clínicas. Não
foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas entre as lentes fotográficas de 85
mm e 105 mm, tanto nas medições clínicas da
distância intercantal, como na distância canto
externo-comissural. Conclusões: as lentes fotográficas de 85 mm e 105 mm resultaram ter
menor distorção quando avaliadas as medidas
clínicas na fotografia ortodôntica. Quando se
refere à avaliação de dados clínicos lineares
de um paciente através da fotografia digital
ortodôntica, é recomendado o uso das lentes
fotográficas 85 mm ou 105 mm.
044 – Impacto da má-oclusão na qualidade
de vida de crianças de oito a dez anos de
idade
Sônia Rodrigues Dutra; Henrique Pretti; Milene
Torres Martins; Cristiane Baccin Bendo; Miriam
Pimenta Vale (Universidade Federal de Minas
Gerais)
O objetivo do presente estudo transversal foi
avaliar o impacto da má-oclusão na qualidade
de vida de crianças na faixa etária de oito a dez
anos de idade, estudantes de escolas da rede
pública da cidade de Belo Horizonte. O instrumento utilizado para medir a qualidade de vida
relacionada à saúde bucal foi a versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire 8-10
(CPQ8-10). As crianças foram examinadas para
diagnóstico de má-oclusão utilizando-se o Dental Aesthetic Index (DAI). A análise dos dados
foi realizada através de estatística descritiva, bivariada e multivariada através da regressão de
Poisson, com nível de significância de 5%. Participaram do estudo 270 crianças. Crianças com
oclusão normal ou má-oclusão leve (DAI ≤ 25)
apresentaram 56% menos probabilidade (95%
IC: 0,258-0,758; p=0,003) de impacto na qualidade de vida comparado com crianças diagnosticadas com má-oclusão muito grave (DAÍ ≥ 36).
Crianças com sobressaliência superior anterior
≥ 3 mm apresentaram maiores escores médios
de CPQ8-10 (19,4; DP=17,1) do que aqueles
com sobressaliência < 3 mm (13,6; DP=11,7;
p=0,038). Conclui-se que a má-oclusão muito
grave e sobressaliência superior anterior aumentada associaram-se a impacto negativo na
qualidade de vida das crianças.
045 – Resposta periodontal de caninos
impactados com duas abordagens
ortodônticas-cirúrgicas: revisão sistemática
Diana Becerra Nuñez; Aldo Quiñe Angeles;
Jorge Melgar Gutierrez; José Vidalón Castilla;
Marco Alarcón Palacios (Universidade Peruana
Cayetano Heredia, Lima – Peru)
O canino superior permanente é considerado
uma peça importante na arcada dentária, devido à sua função e relevância estética. Diversos
estudos publicados na literatura mostram uma
prevalência de 2% de caninos retidos no maxilar superior, localizados com maior frequência
no palato. A sua localização correta desempenha um papel importante no planejamento do
tratamento ortodôntico, o qual pode ser considerado bem-sucedido apenas se a erupção forçada e o posterior alinhamento e nivelamento
conduzirem o dente à posição correta na arcada
dentária com um periodonto saudável. As suas
27
alternativas de tratamento dependem da sua
localização e a mais frequente é a abordagem
cirúrgica que pode envolver: exodontia, implantes e exposição com ou sem tração ortodôntica.
A presente revisão sistemática tem como objetivo
responder a seguinte pergunta: qual é a resposta periodontal para dois procedimentos cirúrgicos
ortodônticos para tratar caninos impactados no
palato? Foram analisadas duas bases de dados,
além de busca manual, encontrando 2.622 itens.
Após uma triagem, finalmente foram considerados
três estudos. Com eles, conclui-se que não há evidência que indique que existe diferença entre as
abordagens aberta e fechada para o tratamento
de caninos palatais impactados em termos de resposta periodontal. Assim, a decisão de escolher
o tipo de procedimento está sujeita à preferência
clínica do profissional. Há uma grande necessidade de RCT sobre esta questão, já que a literatura
atual, apesar de ser de boa qualidade, é escassa.
046 – Correlação entre o biotipo facial
clínico e cefalométrico como elementos de
diagnósticos em Ortodontia
Giuseppe Reyes; Manuel Estuardo Bravo
Calderon; Belen Perez (Universidade de
Cuenca – Equador)
Para identificar o biotipo facial é importante estabelecer um plano de tratamento, que pode ser
determinado por formas clínicas e radiográficas
classificadas em três tipos: mesofacial, dolicofaciais e braquifaciais. Uma vez que o biotipo de
cada paciente é identificado é importante saber
que a má-oclusão está associada à características óssea-musculares de cada um, para assim,
proporcionar o tratamento correto. O objetivo
deste estudo foi encontrar a correlação entre
biotipo facial clínico e cefalométrico, medido no
mesmo paciente. O estudo foi realizado em 50
estudantes da Faculdade de Odontologia da Universidade de Cuenca, a partir de 18 a 25 anos,
de ambos os sexos. Todos os registros telerradiográficos foram realizados por um mesmo
operador, para minimizar erros, com um ortopantomógrafo CDRPanX Schick Sirona (Sirona Dental, Inc.), com um sistema cefalométrico tipo opt
80 – 13, 1981. O filme foi exposto de 68-70 Kv e
12 mA com um filtro equivalente de 2 mm a 5 mm
de alumínio. Cada radiografia foi armazenada
no programa Nemoceph 2D série 10.4.2 para o
mapeamento digital correspondente. O mapeamento digital foi realizado de acordo com passos
sequenciais que o mesmo programa determina
em cada radiografia. Foram utilizados os testes
Qui-quadrado e V de Crammer para determinar
o grau de correlação. Os resultados mostraram
que só existe correlação moderada. Concluiu-se
também que não se deve confiar nas características físicas ou análise subjetiva dos pacientes,
mas na análise de cada um e em conjunto.
047 – Estudo comparativo da confiabilidade e
reprodutibilidade da medição dos tamanhos
de dentes e medidas das arcadas dentárias
em registros 3D digitais e de medição manual
obtidos por escaneamento intra e extrabucal
Ximena Alexandra Ojeda Cruz; Diana Monserrat
Marín Arias; Manuel Estuardo Bravo Calderón
(Universidade de Cuenca – Equador)
A análise de modelos dentários é uma parte essencial do diagnóstico e tratamento. O objetivo
deste trabalho foi comparar a confiabilidade e
reprodutibilidade das medidas de tamanhos de
dentes e arcadas dentárias entre os registros
manuais e registros digitais em 3D, obtidas por
digitalização intraoral e extraoral. Amostra: 20 pacientes (nove do sexo masculino e 11 do feminino) entre 14 e 34 anos, e 200 registros para cada
método. Todas as informações foram coletadas
através da análise de modelos de estudo, onde se
fez medições do tamanho do dente, da distância
intercaninos e da distância intermolar nos modelos de estudo de gesso e nos modelos digitais 3D.
Escaneador intraoral direto: Cerec Omnicam (Sirona Dental Systems); escaneador indireto: scanner Dental Scanner Smart (Open Technologies).
Para digitalizar os modelos de gesso foi utilizado o software Optical Reveng Dental 2.1 (Open
Technologies). Também foi utilizado o scanner
inEos X5 (Sirona Dental Systems). Os resultados desta pesquisa mostram que as medições
de tamanhos de dente e distâncias intercaninos
e intermolares foram clinicamente confiáveis, já
que não existem diferenças significativas entre os
modelos de gesso, registros manuais e cada um
dos registros digitais. Portanto, sugere-se que as
medidas dos registros digitais obtidos pelos dois
scanners extraorais InEos X5 e Dental Scanner
Smart, e scanner Dental e intraoral do scanner
Cerec Omnican são confiáveis e reprodutíveis.
Estas medidas podem ser uma alternativa clinicamente aceitável para substituir as medições com
paquímetros ou compassos de ponta seca em
modelos de gesso.
048 – Avaliação tomográfica da perda de
inserção óssea e radicular dos dentes
anteriores no tratamento descompensatório
das más-oclusões do padrão III
Natália Maria Vieira-Barbosa; Fábio Pinto Guedes;
Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Ana Cláudia
de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli Valarelli;
Maurício de Almeida Cardoso (Universidade do
Sagrado Coração – USC-Bauru)
28
A movimentação ortodôntica tem um conhecido
custo biológico, tanto para os tecidos radiculares quanto para os de suporte. A variação deste
custo ocorre devido a fatores ortodônticos como
força e quantidade de movimento, e também, a
fatores genéticos como o padrão de crescimento e o biotipo periodontal. O advento da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC)
viabilizou uma precisão na caracterização da
morfologia radicular, do osso alveolar e do tecido periodontal de sustentação de cada dente
isoladamente. Isso somado a análise facial do
padrão de crescimento, proporciona um diagnóstico da quantidade de movimento ideal para
cada paciente. O conhecimento dos limites
aceitáveis, especialmente em pacientes com
deformidades dentoesqueléticas, são essenciais para definir metas terapêuticas e planos
de tratamentos individualizados no intuito de se
obter o mínimo de efeitos colaterais possíveis.
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da
descompensação ortodôntica nas tábuas ósseas vestibular e lingual, e no comprimento radicular por meio de tomografia computadorizada
de feixe cônico. Foram selecionadas TCFCs de
seis pacientes padrão III, em dois tempos: pré
e pós-descompensação ortodôntica para cirurgia ortognática. Foram realizados cortes sagitais, a partir dos quais foi possível calcular os
níveis de inserção óssea vestibular e lingual e o
comprimento radicular, pré e pós-descompensação ortodôntica. Os dados coletados foram
submetidos a uma análise estatística descritiva
para calcular a quantidade de perda de inserção óssea e do comprimento radicular após a
descompensação ortodôntica. Além disso, foi
calculado o percentual de perda de inserção,
considerando o comprimento radicular. Os resultados mostraram que houve uma repercussão negativa importante nos níveis de inserção
óssea, especialmente na tábua óssea lingual
dos incisivos inferiores.
049 – Avaliação por meio de
microtomografia computadorizada do efeito
da cortipunção e laser de baixa potência
na movimentação dentária e reabsorção
radicular
Selly Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez
Segundo; Patricia Oblitas Reese; Hideo Suzuki;
Martha Simões Ribeiro; Won Moon (Faculdade
São Leopoldo Mandic)
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de
três métodos diferentes para acelerar a movimentação dentária, avaliar a extensão da reabsorção radicular e as alterações ocorridas no
osso alveolar: cortipunção (CP), laser de baixa
potência (Laser), e a combinação de cortipunção e irradiação com laser (CP+Laser). Métodos: um total de 28 ratos Wistar machos foram
divididos aleatoriamente em cinco grupos: três
grupos com diferentes métodos de intervenção,
um grupo-controle e um grupo-controle negativo (sem movimentação). Uma força de 50 g
foi aplicada nos primeiros molares superiores
usando uma mola de níquel-titânio. O método
cortipunção envolveu duas perfurações no aspecto palatal e um na face mesial usando um
miniparafuso de 3 mm de comprimento, e para
os grupos Laser e CP+Laser, as irradiações foram realizadas em dias alternados usando um
laser de diodo (810 nm, 100 mw, área de 0,02
cm2) com energia de 1,5 J/ponto. Análises de
deslocamento dentário, mudanças ósseas nos
lados de tensão e compressão e extensão da
reabsorção radicular foram realizadas usando
imagens de microtomografia computadorizada.
Resultados: a movimentação dentária no grupo CP+Laser foi significativamente maior em
comparação com os outros grupos. A avaliação
volumétrica do osso mostrou que a densidade
óssea mineral, a fracção de volume ósseo presente em relação ao volume total e os valores
de espessura das trabéculas, se mostraram
menores para todos os métodos em comparação ao grupo-controle no lado da compressão, e mostraram valores mais elevados que o
grupo-controle no lado de tensão. A realização
da cortipunção (CP) mostrou maior influência
sobre todos os parâmetros ósseos em comparação à irradiação com laser. Porém, maiores
alterações ósseas foram notados no método
combinado (CP+Laser). O volume total de reabsorções radiculares na raiz distal foi maior
no grupo-controle, seguido por cortipunção,
laser e o método combinado (CP+Laser), em
especial no lado de compressão. Conclusão: a
técnica combinada de cortipunção e irradiação
de laser de baixa potência mostrou maior movimentação dentária, menor reabsorção radicular possivelmente devido à uma atividade de
reabsorção óssea maior no lado da compressão. No lado de tensão, a técnica combinada
apresentou maior formação óssea alveolar.
050 – Avaliação cefalométrica das
alterações tegumentares em pacientes
classe II tratados com APM convencional
Maiara Goulart; Raquel de Andrade Luz; Ana
Cláudia de Castro Ferreira Conti; Mauricio
de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli Varaleli;
Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin
(Universidade Sagrado Coração – USCBauru)
29
Este estudo cefalométrico objetivou avaliar as
alterações tegumentares em pacientes com má-oclusão de classe II, primeira divisão, tratados
com aparelho fixo e aparelho de protração mandibular (APM). A amostra constou de 54 telerradiografias (27 iniciais e 27 finais) em norma lateral de 27 pacientes, sendo 14 do sexo feminino
e 13 do masculino, com idade inicial média de
12,27 anos observados por um período médio
de 2,9 anos. Baseado na amostra estudada, na
metodologia empregada e nos resultados obtidos, verificou-se diferenças estatisticamente
significantes na projeção do lábio superior, projeção nasal, projeção do ponto A, comprimento
do lábio inferior e espessura do pogônio tegumentar. Concluiu-se que, cefalometricamente, o
uso do APM convencional associado ao aparelho fixo proporciona alterações faciais, como a
retrusão do lábio superior e do ponto A e o aumento, em espessura, do pogônio tegumentar,
que contribuem na camuflagem ortodôntica da
má-oclusão de classe II.
051 – Comparação dos efeitos
dentoesqueléticos da expansão rápida
convencional e diferencial da maxila
em pacientes com fissura labiopalatina
completa e bilateral: análise de modelos
digitais
Raquel Silva Poletto; Louise Resti Calil; Camila
da Silveira Massaro; Guilherme Janson; Arthur
César de Medeiros Alves; Daniela Gamba
Garib (FOB-USP)
Introdução: o objetivo deste estudo foi avaliar e
comparar os efeitos dentoalveolares da expansão rápida da maxila (ERM) diferencial e convencional em pacientes com fissura completa
bilateral (FLPCB). Material e métodos: a amostra foi composta por 50 crianças com fissura
labiopalatina completa e bilateral que apresentavam atresia maxilar e necessidade de expansão maxilar previamente ao procedimento de
enxerto ósseo alveolar secundário, provenientes de um único centro de reabilitação. O grupo
expansor convencional (GC) foi composto por
25 pacientes (média de idade 8,6 anos), tratados com expansores Hyrax. O grupo expansor
diferencial (GD) foi composto por 25 pacientes
(média de idade 8,8 anos), tratados com o expansor com abertura diferencial (EAD). Modelos
dentários digitais foram obtidos imediatamente
pré-expansão (T1) e seis meses após a expansão (T2). A largura, perímetro e comprimento
do arco, profundidade do palato e inclinação
vestibulolingual dos dentes posteriores foram
medidos em T1 e T2. As alterações interfases
foram avaliadas pelo teste t pareado. Compa-
rações intergrupos foram realizadas pelo teste t
independente (p < 0,05). Resultados: ambos os
expansores causaram um aumento da largura
e perímetro do arco, uma ligeira diminuição do
comprimento do arco e profundidade do palato,
e uma inclinação vestibular dos caninos. Verificou-se maior aumento transversal da largura intercanino e perímetro do arco para o expansor
com abertura diferencial. A inclinação vestibular
dos caninos superiores foi maior para os expansores convencionais em comparação ao expansor diferencial. Conclusões: o expansor com
abertura diferencial é uma alternativa adequada
aos expansores convencionais para expansão
rápida maxilar em pacientes com FLPCB, quando há a necessidade de uma maior quantidade
de expansão na região anterior, principalmente
na presença de apinhamento na região anterior
da maxila.
052 – Estudo comparativo das alterações do
tratamento da má-oclusão de classe II com
os aparelhos propulsores Jasper Jumper
e Twin Force Bite Corrector, associados ao
aparelho fixo
Deborah Brindeiro de Araújo Brito; Fernanda
Pinelli Henriques; Daniela Cubas Pupulin;
Lorena Vilanova Freitas de Souza; Arnaldo
Pinzan; José Fernando Castanha Henriques
(FOB-USP)
Os métodos para correção da má-oclusão de
classe II, primeira divisão, são bem diversificados: tratamento com extrações dentárias ou
sem extrações, por meio da ancoragem extrabucal, aparelhos removíveis ortopédicos funcionais ou mecânicos, aparelhos intrabucais fixos
ou elásticos intermaxilares. A escolha por aparelhos funcionais fixos, para a correção desse
tipo de má-oclusão, vem se tornando bastante
interessante, pois independe da colaboração do
paciente para o uso, o que reduz o tempo de
tratamento. Objetivou-se comparar dois protocolos para correção da má-oclusão de classe II,
primeira divisão: tratamentos com os aparelhos
Jasper Jumper e Twin Force Bite Corrector, associados ao aparelho ortodôntico fixo. A amostra
foi composta por 120 telerradiografias iniciais e
finais de 60 pacientes: grupo 1 (G1), constituído por 20 pacientes com idade inicial média
de 12,39 anos, tratados por meio do aparelho
Jasper Jumper associado ao aparelho fixo, por
um período médio de 2,42 anos; grupo 2 (G2),
contendo 20 pacientes com idade inicial média
de 11,83 anos, tratados com o aparelho Twin
Force associado ao aparelho fixo, com tempo
médio de tratamento de 2,59 anos; grupo-controle (GC), composto por 20 jovens, com idade
30
inicial média de 12,13 anos, observados por um
período médio de 2,21 anos. As alterações foram comparadas entre os grupos, por meio da
análise de variância e do teste de Tukey. Observou-se efeito restritivo na maxila, melhora
significante da relação maxilomandibular e rotação horária do plano oclusal para G1 e G2.
O G1 promoveu uma significante limitação do
desenvolvimento vertical dos molares superiores em relação aos outros grupos. Os incisivos
inferiores exibiram maior protrusão e uma extrusão dos molares inferiores em G1 e G2. Ambos
os aparelhos melhoraram significantemente a
relação maxilomandibular, os trespasses horizontal, vertical e a relação molar. Os protocolos
de tratamento promoveram retrusão dos lábios
superiores. Concluiu-se que os protocolos de
tratamento promoveram correção da má-oclusão de classe II de forma semelhante.
053 – Comparação das alterações
dimensionais dos arcos dentários entre
o aparelho convencional e o sistema
autoligável Damon
Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas
Falcão; Naiara Carolina Jacob Lima; Rodrigo
Hermont Cançado; Fabrício Pinelli Valarelli;
Clóvis Manoel Zamuner Júnior; Karina Maria
Salvatore de Freitas (Faculdade Ingá)
Proposição: o objetivo deste trabalho foi comparar as alterações nas dimensões dos arcos dentários superior e inferior de casos tratados sem
extrações com aparelho convencional e sistema
de braquetes autoligáveis Damon. Material e métodos: a amostra consistiu em modelos de gesso
iniciais (T1) e finais (T2) de 45 pacientes com
má-oclusão de classe I, tratados sem extrações
e com apinhamento leve a moderado, divididos
em dois grupos: grupo 1 – 21 pacientes tratados
com aparelho autoligável Damon, com idade inicial média de 18,37 anos e tempo de tratamento
médio de 2,11 anos; grupo 2 – 24 pacientes tratados com aparelho convencional, com idade inicial média de 19,50 anos e tempo de tratamento
médio de 1,99 anos. Foram realizadas medidas
dos arcos superior e inferior das distâncias intercaninos, interpré-molares (primeiros e segundos pré-molares), intermolares e comprimento
do arco. A comparação intergrupos foi realizada com testes t independente e Mann Whitney.
Resultados: o grupo Damon apresentou um aumento nas distâncias transversais superior significantemente maior que o grupo convencional. A
alteração do comprimento do arco superior não
apresentou diferença entre os grupos. Com relação ao arco inferior, o grupo Damon apresentou
um aumento significantemente maior nas distân-
cias intercaninos e interprimeiros pré-molares do
que o grupo convencional. No comprimento do
arco inferior, o aumento maior e significante, foi
constatado no grupo de pacientes tratados com
aparelho convencional. Conclusões: o tratamento realizado com o aparelho Damon resultou em
um aumento significantemente maior das dimensões transversais do arco superior, comparado
ao aparelho convencional. No arco inferior, as
distâncias intercaninos e interpré-molares também apresentaram maior aumento no aparelho
Damon do que no convencional. O aumento do
comprimento do arco inferior foi maior no grupo
convencional do que no grupo Damon.
054 – Rugosidade de fios ortodônticos após
desafios cariogênicos e erosivos simulados
em um modelo in situ
Gregorio Antonio Soares Martins; José Augusto
Rodrigues; Cecilia Turssi (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
O presente estudo in situ investigou o efeito de
desafios cariogênicos (DC) e erosivos (DE) na
rugosidade de fios ortodônticos fabricados a
partir de diferentes ligas. Após aprovação pelo
CEP (CAAE 42840915.2.0000.5374) e atendimento aos critérios de inclusão, oito voluntários
participaram deste estudo com delineamento
cruzado, utilizando dispositivos mandibulares
confeccionados em resina acrílica e contendo
nichos nos quais foram acondicionados fios ortodônticos de aço (A’Company), NiTi (A’Company), CuNiTi (Ormco) e TMA (A’Company).
Os fios ortodônticos utilizados haviam sido previamente cortados em segmentos de 10 mm e
submetidos a cinco leituras de rugosidade superficial (Ra). Durante 14 dias, os voluntários
utilizaram o dispositivo contendo todos os tipos
de fios e, oito vezes ao dia, gotejavam sobre
eles solução de sacarose para simular uma
condição de alto desafio cariogênico. Em uma
segunda fase (14 dias), os mesmos voluntários
submeteram novos fios a desafios erosivos, realizados duas vezes por dia, em uma solução
de ácido cítrico (0,05 M, pH 2,3). Na terceira
e última fase (14 dias), os dispositivos foram
apenas expostos à saliva natural, na própria
cavidade oral. Os fios foram, então, analisados quanto à Ra final. A análise de variância (p
< 0,001) e o teste de Tukey demonstraram que
inicialmente os valores de Ra entre os fios de
aço e de NiTi não diferiram entre si, e foram significativamente menores que dos fios de CuNiTi,
enquanto o fio TMA apresentou os maiores valores. Após o tempo de permanência na cavidade oral, os fios tiveram aumento nos valores de
Ra, deixando de diferir estatisticamente entre
31
si. Porém, havendo desafios cariogênicos ou
erosivos, o fio de aço revelou os maiores aumentos de Ra, enquanto os demais fios não
apresentaram danos maiores que os proporcionados pela saliva. Concluiu-se que na cavidade oral, fios ortodônticos metálicos sofrem
aumento de rugosidade, que se mostrou mais
expressivo diante de desafios cariogênicos e
erosivos, mas apenas quando utilizados fios de
aço inoxidável.
055 – Estabilidade dos mini-implantes
ortodônticos após carregamento in vitro
Flavia Almeida Barbosa; Alexandre Barboza
de Lemos (Faculdade de Odontologia – São
Leopoldo Mandic)
Os mini-implantes ortodônticos são amplamente utilizados na Ortodontia como controle de ancoragem durante o tratamento ortodôntico. Representam um avanço muito grande no controle
da ancoragem. O objetivo deste estudo foi avaliar se após o carregamento mecânico dos mini-implantes através de molas de aço, haveria
perda de estabilidade mecânica. Foram utilizados neste estudo, 25 mini-implantes autoperfurantes da marca Conexão Sistema de Prótese,
com 1,6 mm de diâmetro e 6 mm de comprimento, os quais foram divididos em três grupos.
No primeiro grupo de dez mini-implantes, foi
aplicada uma carga em torno de 200 g através
de molas de aço que ficaram estendidas entre
dois mini-implantes durante cinco semanas. No
segundo grupo de dez mini-implantes não foi
aplicada carga. No terceiro grupo com cinco
mini-implantes foi aplicada uma carga dinâmica
em torno de 500 g, caracterizando força ortopédica, e foram aplicados 56.000 ciclos simulando
abertura e fechamento da boca durante quatro
semanas. Todos os mini-implantes foram inseridos em costelas de porco de 300 mm de comprimento. Os torques de inserção e remoção
foram medidos e submetidos a testes estatísticos. Os resultados demonstraram que apenas
houve diferença estatística entre os torques de
inserção e remoção, depois de 56.000 ciclos, o
que demonstra influência do método dinâmico
na estabilidade dos parafusos (p=0,006).
056 – Avaliação do perfil facial em
pacientes com síndrome de Richieri-CostaPereira
Rayane de Oliveira Pinto; Adriano Porto
Peixoto; Siulan Vendramini-Pittoli; Gisele da
Silva Dalben (HRAC-USP)
Introdução: a SRCP é uma rara desordem autossômica recessiva que afeta principalmente
a face, esqueleto axial e laringe. Os principais
sinais clínicos são: baixa estatura, fissura e
anomalias da mandíbula e sequência de Robin
(SR), a qual tem como características retrognatia, glossoptose e fissura de palato. Problemas
respiratórios e de alimentação são frequentes
no período neonatal, causada principalmente
pela micrognatia e glossoptose. Assim, vários
protocolos para o tratamento precoce têm sido
sugeridos, com base na gravidade dos problemas respiratórios, incluindo o tratamento postural, intubação nasofaríngea, glossopexia, distração osteogênica, e traqueostomia. Objetivo:
descrever as características cefalométricas de
indivíduos portadores da síndrome de Richieri-Costa-Pereira (SRCP), comparados a um
grupo-controle de pacientes classe I, pareados
por gênero e idade. Métodos: foram analisadas
telerradiografias laterais de nove indivíduos de
8 a 13 anos de idade com SRCP no software
Radiocef Studio 2, utilizando um grupo-controle de indivíduos classe I de Angle, padrão I,
pareados por idade. Discussão: dentre as estruturas estudadas (maxila, mandíbula, hioide,
perfil e lábio) apenas não foram encontrados
resultados estatisticamente significantes na
maxila, que obteve valores semelhantes com
o grupo-controle, de acordo com o descrito na
literatura. Conclusão: são necessários mais
estudos com metodologias mais específicas
para que as anomalias da SRCP sejam melhor
conhecidas, favorecendo principalmente o processo reabilitador destes pacientes.
057 – Avaliação das forças produzidas por
elásticos ortodônticos em meio seco e úmido
Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino;
Reginaldo Victor Pereira dos Santos; Silvia
Américo Albertin; Júlio de Araújo Gurgel; Ana
Carla Souza Costa; Fausto Silva Bramante
(Universidade Ceuma)
A Ortodontia é a área da Odontologia que busca devolver a função mastigatória adequada e
a estética dentária e facial ao paciente. Para
atingir esses objetivos terapêuticos, a Ortodontia lança mão de aparelhos fixos, móveis e
dispositivos auxiliares que conduzem ao êxito
e ao resultado final esperado de um tratamento
ortodôntico. Entre os dispositivos auxiliares que
compõem esse arsenal do profissional, os elásticos intra ou extrabucais são considerados elementos ativos que o profissional disponibiliza.
Esses elásticos são encontrados em uma grande variedade e diferem em tamanhos e forças.
Para obter uma força de movimentação dentária
eficiente e segura, o profissional deve considerar as características físicas e mecânicas dos
32
mesmos, sendo isso um dos parâmetros para
a seleção dos elásticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro três marcas de elásticos
ortodônticos (Morelli, TP Orthodontics e Orthometric) e em duas configurações (3/16 e 5/16),
usados na prática e rotina clínica dos ortodontistas. Para o teste, os elásticos foram distendidos três vezes seu diâmetro interno e medida
sua magnitude de força, com auxílio de um dinamômetro digital, ao início, 24, 48 e 72 horas,
testados em campo seco e úmido (saliva artificial). A estatística foi realizada utilizando os
testes Anova one-way e post hoc de Tukey. O
resultado obtido foi a existência de uma degradação significativa em todos os tempos avaliados entre as marcas comerciais, sendo essa
degradação mais marcante nos elásticos que
foram testados em meio úmido. Os elásticos
Morelli foram os que perderam menos magnitude de força ao final das 72 horas, seguido do
TP e por fim o Orthometric.
058 – Degradação de força de elásticos
ortodônticos intermaxilares
Georgia Coelho da Cunha; Betina Ramos;
Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin; Ana
Cláudia de Castro Ferreira Conti; Danilo Pinelli
Valarelli (Universidade Sagrado Coração –
USC-Bauru)
Devido à interferência de diversos fatores na
degradação da força dos elásticos intermaxilares utilizados nos tratamentos ortodônticos,
muitos estudos ainda são realizados para determinar a frequência de troca desses elásticos pelo paciente, para se conseguir forças
constantes e resultados ideais, porém, os
estudos apresentam resultados controversos.
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a
quantidade de degradação de forças dos elásticos em relação ao tempo, quando distendidos em saliva artificial, a fim de buscar parâmetros clínicos para o uso de um protocolo
sobre a frequência de troca desses elásticos
nas terapias ortodônticas. Para isso, foram
utilizados dois grupos contendo 30 elásticos
cada. O grupo 1 foi composto por 30 elásticos
da marca Morelli de força média e diâmetro de
3/16”, e o grupo 2 por trinta elásticos também
da marca Morelli, de força média e diâmetro de
1/4” .Eles foram distendidos por 4 cm, submersos em saliva artificial e mantidos em estufa a
37ºC. Eles tiveram sua força mensurada com
dinamômetro ortodôntico logo após a imersão,
e nos intervalos de 24, 48, 72 e 120 horas após
a imersão. A avaliação da degradação da força
foi realizada calculando o percentual de força
perdida em relação à força inicial em cada in-
tervalo de tempo. Os elásticos 3/16” sofreram
perdas de 20%, 24%, 28% e 32% (24, 48, 72 e
120 horas). Os elásticos 1/4” sofreram perdas
de 16%, 24%, 27% e 30% (24, 48, 72 e 120 horas). Para os dois grupos testados, as perdas
de força foram maiores nas primeiras 24 horas,
seguindo-se com perdas menores até 120 horas após o início. Dessa forma, aconselha-se a
troca desses elásticos após dois dias de uso,
para que a força seja intermitente e próxima da
ideal para a movimentação dentária.
059 – Avaliação tomográfica do
comprimento radicular dos incisivos ao
final do alinhamento e nivelamento com
braquetes autoligáveis: estudo prospectivo
Victor França Didier; Ricardo Vieira Pinto;
Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin;
Maurício de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli
Valarelli; Ana Claudia de Castro Ferreira
Conti (Universidade Sagrado Coração – USCBauru)
O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de
reabsorção radicular em incisivos superiores e
inferiores de pacientes tratados com braquetes
autoligáveis, por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A
amostra desta pesquisa foi composta por imagens tomográficas de 20 pacientes, com média
de idade de 16 anos e cinco meses, sendo oito
do sexo masculino e 12 do sexo feminino, portadores do padrão facial I, classe I, em fase de
dentadura permanente, com apinhamento superior e inferior, com indicação de tratamento sem
extração. Foram realizadas imagens de TCFC
inicial, antes da montagem do aparelho (T1) e ao
final do alinhamento e nivelamento (T2) com fio
0,019’’ x 0,025’’ de aço, com tempo médio de tratamento de 16,3 meses (entre T1 e T2). O grau
de reabsorção radicular foi calculado pela diferença (T2-T1) no comprimento radicular medido
do ápice radicular até a junção amelocementária. As imagens de TCFC foram analisadas por
meio do programa InVivoDental Aplication 5.3.1,
por um único examinador, previamente calibrado. O teste t pareado foi utilizado para analisar
as alterações encontradas pré e pós-nivelamento, adotando um valor de p < 0,05. Dos dentes
avaliados, 73,75% apresentaram algum grau
de reabsorção radicular; 61,87% apresentaram
reabsorção de menos de 1 mm; 10,62%, de 1
mm até 2 mm; apenas 1,25% exibiram reabsorções de mais de 2 mm e 26,25% dos dentes não
apresentaram nenhum grau de reabsorção. Os
dentes que mais sofreram reabsorções foram
os incisivos laterais inferiores e os centrais superiores. Os resultados permitiram concluir que
33
as reabsorções radiculares ocorreram de forma
estatisticamente significante e, embora tenham
sido uma constante, os valores foram baixos o
suficiente para não terem significância clínica.
060 – Avaliação facial subjetiva em norma
frontal em pacientes amarelos, adultos
jovens, padrão I e oclusão normal
Luiz Fernando Tadano Miguita; Rafael Jurca
da Silva; Ana Cláudia de Castro Ferreira
Conti; Danilo Pinelli Valarelli; Renata
Rodrigues de Almeida-Pedrin; Leopoldino
Capelozza Filho (Universidade Sagrado
Coração – USC-Bauru)
Objetivo: realizar a análise facial subjetiva na
norma frontal em pacientes brasileiros amarelos adultos jovens, considerados normais para
a face, com o crescimento finalizado. Material
e métodos: foram utilizadas 42 fotografias frontais de indivíduos amarelos, sendo 42 mulheres e 40 homens, com idade média de 26 anos,
com o crescimento finalizado, sem tratamento
ortodôntico cirúrgico prévio, musculatura equilibrada e considerado normal para a face. As fotografias foram avaliadas por 35 examinadores
heterogêneos separados em cinco grupos, foi
pedido que dessem uma nota de um a nove de
acordo com a agradabilidade facial, em esteticamente desagradável, aceitável e agradável,
indicando as estruturas responsáveis pelo perfil
desagradável. Resultado: 69,4% foram considerados aceitáveis, 19% foram considerados
agradáveis e 11,6% desagradáveis. Conclusão:
a maioria dos avaliadores considerou os indivíduos aceitáveis, sendo que a avaliação dos
leigos xantodermas encontrou a maior porcentagem de indivíduos esteticamente aceitáveis.
Nos pacientes esteticamente desagradáveis o
nariz e o queixo foram as estruturas que mais
impactaram nas notas. Foi possível observar
que a análise facial subjetiva é mais um instrumento auxiliar no diagnóstico. Este método
valoriza o parâmetro pelo qual o paciente e as
pessoas com as quais ele convive vão avaliar
sua face pré e pós-tratamento.
061 – Alterações dimensionais do arco
inferior em pacientes tratados com sistemas
Damon e MBT
Andrea Del Cisne Gavela Guaman; Maria
Veronica Bravo Lopez; Manuel Estuardo
Bravo Calderón; Maribel Llanes Serantes
(Universidade de Cuenca – Equador)
Atualmente, existem controvérsias relacionadas
às alterações dimensionais em pacientes tratados com Ortodontia convencional ou com técni-
cas de autoligado passivo. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar essas alterações
dimensionais do arco inferior em dois sistemas
de tratamento: Damon e MBR, para determinar qual deles produzem ou não excedem a
expansão transversal, longitude da arcada e
protrusão incisiva, como alterações não planificadas ao final do tratamento. Foram selecionados modelos pré-tratamento e pós-tratamento:
20 para o sistema Damon e 19 para o sistema
MBT com números iguais de radiografias cefálicas laterais digitais iniciais e finais de pacientes
que receberam alta por residentes da clínica de
pós-graduação em Ortodontia da Universidade
de Cuenca, Equador. Foram determinados os
valores programados referentes ao diâmetro
transversal, expansão transversal, protrusão incisiva e aumento de longitude da arcada com
a técnica de ponte de Wala em nível intercanino, interprimeiros pré-molares, intersegundos
pré-molares e intermolares e se comparou com
os resultados reais. Os dados foram processados estatisticamente mediante o software SPSS
versão 22, com os testes de Sahpiro Wilk, t de
student e U de Mann-Withney. Concluiu-se que
o sistema Damon produz um incremento estatisticamente significativo da distância intermolar
e protrusão incisiva após o tratamento, e realiza
uma expansão autolimitada com um final previsível mantendo-se dentro ou com diferenças
não significativas dos valores programados ao
início do tratamento. O sistema MBT não produz
diferenças pré e pós-tratamento estatisticamente significativas em nível intercanino, mas sim
em nível interprimeiros pré-molares.
062 – Limites periodontais da
movimentação ortodôntica dos incisivos
superiores
Ana Paula Barbisan da Rosa; Esteban Danilo
Dávila Guerra; Fernando Moreira de Araújo
Júnior; Camille Floriano Ferreira; Acácio Fuziy;
Ana Carla Raphaelli Nahás Scocate (Unicid)
Um protocolo de limite máximo de movimentação ortodôntica para os incisivos superiores,
por meio de TCFC, foi criado. Analisaram-se 15
imagens tomográficas, com voxel de 0,1 mm, de
pacientes com oclusão normal. Seis simulações
de mecânicas ortodônticas foram estabelecidas: limite de movimentação vestibular da borda com centro de rotação (Crot) em centro de
resistência (CR) (LMVB_Crot_CR), e no ápice
(LMVB_Crot_Ápice); limite de movimentação
vestibular do ápice com Crot em CR (LMVA_
Crot_CR) e na borda (LMVA_Crot_Borda); limite de movimentação lingual da borda com
Crot no ápice (LMLB_Crot_Ápice); e limite de
34
movimentação lingual do ápice com Crot na borda (LMLA_Crot_Borda). Após a estatística (p <
0,05), a maior média obtida para o LMVB_Crot_
CR foi de 3,64 mm para os incisivos centrais
(IC) e 3,12 mm para os laterais (IL) comparado
com o Crot no ápice (1,80 mm IC; 1,64 mm IL),
considerando como limite de reabsorção 1 mm
de altura óssea alveolar da crista vestibular. O
LMVA_Crot_CR (1,84 mm IC; 1,95 mm IL) foi
maior comparado com o LMVA_Crot_Borda
(0,80 mm IC; 0,82 mm IL), e entre LMLA (2,58
mm IC; 2,07 mm IL) e LMLB (2,46 mm IC; 1,97
mm IL), não houve diferença estatisticamente
significante, com 1 mm de reabsorção óssea
na altura alveolar cervical lingual. A correlação
de Spearman entre os tipos de movimentação
e as espessuras dos terços das corticais ósseas mostrou uma forte correlação linear positiva
(quanto maior a espessura do osso alveolar,
maior a movimentação permitida). As melhores
mecânicas em termos de maior movimentação
para LMVB como para LMVA, é quando o Crot
está em CR.
063 – Comparação da percepção de
diferentes especialistas odontológicos e
leigos quanto à exposição dentogengival
no sorriso
Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Eliane
Cristina Carrera Eleres Vergan; Ricardo
Gabriel Calvet Campelo; Júlio de Araújo
Gurgel; Meire Coelho Ferreira; Fausto da Silva
Bramante (Universidade Ceuma)
Uma preocupação cada vez maior com a estética, não apenas nos aspectos relacionados ao
corpo, mas também à face, tem sido observada na sociedade. Atualmente, muitos pacientes consultam o cirurgião-dentista em busca de
melhorias estéticas relacionadas aos dentes ou
mesmo ao sorriso. Na literatura odontológica, o
sorriso agradável é definido como aquele que
expõe completamente os dentes superiores e
aproximadamente 1 mm do tecido gengival. Os
casos em que a exposição gengival excede 3
mm, são classificados como sorriso gengival e,
comumente, considerados esteticamente desagradáveis. Entretanto, ressalta-se que o conceito de beleza é subjetivo e varia nos diferentes
grupos sociais e também ao longo do tempo. A
percepção estética é individual e sofre influência
dependendo do julgamento daqueles com quem
se interage. Sendo assim, a análise do sorriso
constitui-se em um desafio na clínica odontológica. A necessidade de correção do sorriso gengival pode ser sugerida pelo próprio paciente ou
indicada pelo clínico geral, periodontista, reabilitador protético, ortodontista ou pelo cirurgião
bucomaxilofacial. Entretanto, torna-se importante conhecer não apenas a opinião em relação
à agradabilidade do sorriso dos profissionais ligados à Odontologia, mas também dos leigos.
Esta preocupação possibilita aos profissionais
da área não tratarem, desnecessariamente,
pequenas discrepâncias que muitas vezes não
são reconhecidas pelos pacientes. Desta forma,
o objetivo do presente estudo foi o de avaliar a
exposição gengival na estética do sorriso, comparando as avaliações dos leigos com a dos
cirurgiões-dentistas, e também as avaliações
entre os diferentes especialistas. Fotografias de
portadores de sorriso gengival foram realizadas
e posteriormente manipuladas no computador,
utilizando-se o programa Adobe Photoshop CS
4, alterando-se a altura do lábio superior em
relação à margem cervical dos incisivos centrais superiores. As imagens foram impressas
e montadas em um álbum, em ordem aleatória.
O álbum juntamente com uma escala analógica visual foi apresentado aos avaliadores. Os
escores foram medidos em milímetros com um
paquímetro digital. Os resultados indicaram que
não houve um consenso entre os leigos e os cirurgiões-dentistas das diferentes especialidades
avaliadas, sendo os profissionais mais críticos
em relação às alterações na exposição gengival.
064 – Avaliação da deflexão de fios
estéticos de níquel-titânio recobertos por
ródio e resina epóxi
Kleist Christian Costa Lima; Júlio de Araújo
Gurgel; Fausto da Silva Bramante; Melissa
Proença Nogueira Fialho; Célia Regina Maia
Pinzan Vercelino (Universidade Ceuma)
Este estudo teve como objetivo comparar a propriedade mecânica de deflexão entre os fios
estéticos de níquel-titânio (NiTi) recobertos por
ródio e por resina epóxi. O cálculo amostral indicou a necessidade mínima de 11 segmentos de
fio por grupo avaliado. Definiu-se o uso de 48
segmentos de fios de calibre 0,018”, da mesma
marca comercial, divididos igualmente em quatro grupos: GR – fio de NiTi termoativado recoberto por ródio; GE – fio de NiTi recoberto por
resina epóxi; GC – fio de NiTi convencional; e
GT – fio NiTi termoativado. Os fios foram avaliados quanto à propriedade carga x deflexão,
em uma máquina universal de ensaios (Instron
3342), de acordo com o teste de qualidade preconizado pela norma ISO15841. Para verificar
se os dados possuíam distribuição normal aplicou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. Como
as medidas avaliadas não demonstraram desvios significativos da normalidade, para a comparação entre os grupos foi aplicado o teste
35
Anova, seguido pelo post hoc de Tukey. O nível
de significância adotado foi de 5%. Os resultados indicaram que os fios GR, GE e GT liberaram forças estatisticamente significantes mais
leves que os do grupo GC.
065 – Avaliação da força de atrito estático e
dinâmico em diferentes tipos de braquetes
Márcia Gonçalves Fahd; Cláudia Gonçalves
Fahd; Meire Coelho Ferreira; Célia Regina
Maio Pinzan-Vercelino; Fausto Silva Bramante;
Edson Yoshihiro Mada (Universidade Ceuma)
Com o aumento da procura por tratamento ortodôntico por adultos desde meados dos anos
1980, a busca por estética tem influenciado o
surgimento de novos materiais no mercado
odontológico, desencadeando o estudo sobre
fatores que influenciam no atrito provocado entre o fio e braquetes. O presente estudo teve
como objetivo, avaliar a força de atrito estática e
dinâmica em cinco diferentes braquetes metálicos e estéticos. Os braquetes utilizados foram:
Agile (3M Unitek), Synergy (RMO), Composite
(Morelli), Gemini Clear (3M Unitek) e Purelucent
(Ortho Classic) e dois tipos de fios: .016” de NiTi;
e .019”x .025” de aço. Uma máquina de testes
universal EMIC DL 200 MF avaliou o atrito. Foram realizadas análises estatísticas (Anova e
teste de t de Student). Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente
significante entre as forças estática e dinâmica
obtidas nos diferentes braquetes com fio .016” e
com fio .019”x.025”. Quando comparado os diferentes braquetes com fio .016” e .019” x.015”,
observou-se que os maiores valores de força
de atrito estática foram dos braquetes policristalinos (Gemini Clear) e monocristalino (Purelucent). O menor valor tanto na força de atrito
estática quanto na dinâmica foi observado para
o braquete de policarbonato (Composite), o qual
diferiu estatisticamente dos demais braquetes.
Concluiu se que o braquete do tipo policarbonato, apresentou o menor coeficiente de atrito,
no entanto, é preciso avaliar a relação custo-benefício na escolha do material a ser utilizado no
tratamento ortodôntico.
066 – Avaliação da necessidade de
tratamento ortodôntico em jovens
brasileiros entre os anos de 2003 e 2010
Talyta Jardim Lima Nunes; Aguinaldo Silva
Garcez Segundo; Hideo Suzuki (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
Este estudo foi conduzido para identificar tendências do padrão das más-oclusões e da necessidade de tratamento ortodôntico em jovens
brasileiros entre os anos 2003 e 2010. Foram
utilizados dados provenientes de levantamentos
epidemiológicos realizados pelo Ministério da
Saúde nos respectivos anos, o SBBrasil 2003
e o SBBrasil 2010. Por meio do índice de estética dental (DAI – Dental Aesthetic Index) foram comparadas em amostras de jovens de 12
e de 15 a 19 anos de idade, a prevalência das
más-oclusões, a distribuição da severidade das
más-oclusões e da necessidade de tratamento
ortodôntico, e a distribuição dos componentes
do DAI nos anos de 2003 a 2010. A análise dos
dados mostrou que, entre os anos, houve uma
significativa melhora das condições de oclusão
dentária nos jovens de 12 anos e de 15 a 19
anos, de ambos os sexos, em todas as regiões
do Brasil. Essa melhora, entre os anos de 2003
e 2010, foi vista pela diminuição da média do
DAI, também pelo aumento da porcentagem de
jovens sem necessidade de tratamento ortodôntico e uma diminuição de aproximadamente
50% na frequência de jovens com necessidade
de tratamento ortodôntico (oclusopatias severas
e muito severas). Verificou-se uma importante
tendência à melhoria do padrão das más-oclusões e da necessidade de tratamento ortodôntico nos jovens de 12 anos e de 15 a 19 anos de
idade entre os anos de 2003 e 2010.
067 – Padrão de crescimento craniofacial:
estudo comparativo cefalométrico das
análises Ricketts e USP
Fatima Roneiva Alves Fonseca; Germana
Queiroz Tavares Borges Mesquita; Maria
Carolina Bandeira Macena; Gilvangelo Neves
Ferreira (Universidade Federal de Campina
Grande - UFCG)
É de suma importância para o diagnóstico, planejamento e tratamento ortodôntico a maneira
pela qual a face cresce. Avaliando essa forma
de crescimento, pode-se ter o conhecimento
das possibilidades e limitações do caso e pesquisar a melhor época para o início do tratamento e até mesmo o tipo e o tempo de contenção
necessária. Objetivo: o presente estudo objetivou avaliar o padrão de crescimento craniofacial
em indivíduos apresentando sua prevalência
predominante e comparando as análises de Ricketts e USP. Metodologia: a amostra utilizada
no estudo foi composta por 60 telerradiografias
cefalométricas coletadas aleatoriamente das fichas dos pacientes do sexo masculino de até
18 anos de idade, e feminino de até 15 anos
de idade do curso de pós-graduação em Ortodontia das Faculdades Integradas de Patos.
Resultados: a prevalência de padrão facial foi
predominante em mesofacial (60%) em ambas
36
as análises. O perfil facial predominante foi convexo (50%) em ambas as análises. O crescimento maxilar em USP foi predominante protrusivo (50%) e em Ricketts predominante normal
(50%). O crescimento mandibular apresentou
predominância em crescimento normal em USP
(60%) e Ricketts (50%). A relação molar foi
classificada em classe I sendo 60% em USP e
50% em Ricketts. Conclusão: o padrão facial,
perfil facial e relação molar obtiveram comparação compatível nas análises de Ricketts e USP,
apresentando predominância no padrão mesofacial, perfil convexo e má-oclusão classe I, respectivamente. O crescimento maxilomandibular
apresentou diferenças significativas em suas
análises. Na maxila, enquanto USP indicou predominância no crescimento normal, Ricketts
apresentou predominância de protrusão. Na
mandíbula, apesar de haver diferença em sua
porcentagem, ambos indicaram predominância
de crescimento normal.
068 – Análise de oclusopatias em indivíduos
por meio da classificação de Angle
Fatima Roneiva Alves Fonseca; José Diego
Pereira Lima; Germana Queiroz Tavares
Borges Mesquita; Estefânia Queiroga Santana
de Alencar; Fatima Roneiva Alves Fonseca
(Universidade Federal de Campina Grande –
UFCG)
O sistema estomatognático é composto por
ossos, dentes, periodonto, tecidos moles, articulações temporomandibulares e elementos
neuromusculares. Alterações no desenvolvimento dentário podem ocorrer tanto na dentição
decídua quanto na permanente, sendo que, durante a fase de dentição mista, algumas destas
alterações podem representar um aspecto temporário com possibilidade de autocorreção. As
oclusopatias são conhecidas como problemas
de crescimento e desenvolvimento dos ossos
maxilares e mandibulares durante a infância e
a adolescência, podendo acarretar alterações
funcionais, estéticas ou psicossociais. A má-oclusão tem etiologia multifatorial, com uma série
de influências que englobam problemas congênitos, morfológicos, biomecânicos e ambientais.
A má-oclusão dentária pode causar impacto
estético nos dentes e na face, assim como na
mastigação, respiração, fala e postura. A elaboração da classificação de Angle, em 1899, foi
um importante avanço no desenvolvimento da
Ortodontia, não por classificar somente as oclusopatias, mas por também incluir o primeiro conceito simples e claro de oclusão normal da dentição natural. Esse método provavelmente tem
sido o instrumento mais utilizado para registrar
oclusopatias até o momento. Angle classificou
as más-oclusões em classe I, classe II, primeira
e segunda divisão e classe III. O estudo teve
como objetivo investigar oclusopatias em indivíduos por meio da classificação de Angle. Foi
realizada uma pesquisa do tipo descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa e quantitativa, desenvolvida por meio dos arquivos da
Clínica Escola de Odontologia das Faculdades
Integradas de Patos, do município de Patos/PB,
no período de janeiro a fevereiro de 2016. A coleta dos dados foi realizada através da aplicabilidade de questionário, a fim de identificar os
fatores mencionados no referido tema. A análise
se deu através de estatística descritiva e os dados foram organizados em tabelas e gráficos.
Como resultados observou-se o predomínio do
gênero feminino, com média de idade de 20,84
anos (± 6,89), o tipo de respiração foi o nasal
e não apresentaram hábitos não nutritivos. Na
relação linha média dente/dente, dente superior
e inferior no plano sagital médio apresentaram
normalidades com percentual de 85%, 96% e
88%, respectivamente. Na avaliação da classificação de Angle foi visto que 52% dos indivíduos possuíam oclusopatia classe I. Concluiu-se
que a oclusopatia mais prevalente foi a classe I
seguida da classe II nos dois gêneros e ausência de hábito não nutritivo envolvido, bem como
servir para a continuidade de novas pesquisas
nesta área.
069 – Grau de severidade das más-oclusões
em escolares da rede municipal de Patos/PB
Fatima Roneiva Alves Fonseca; Francisco
Tarllyson Inácio Gomes; Maria Carolina
Bandeira Macena Guedes (Universidade
Federal de Campina Grande – UFCG)
Introdução: a avaliação da oclusão, considerando os aspectos de saúde pública, tem
como objetivos principais determinar a necessidade e prioridade de tratamento e obter
informações para o planejamento adequado
dos recursos necessários ao tratamento da
população. Desta forma, este trabalho teve
por objetivo estimar o grau de severidade das
más-oclusões em escolares da rede municipal
de Patos/PB. Métodos: a amostra constituiu-se de 256 escolares, com idade de 12 anos,
de ambos os sexos. A coleta dos dados foi realizada em ambiente escolar, sobre fonte de
luz artificial, com a criança sentada em uma
cadeira, de frente para o examinador. Utilizou-se o índice de estética dental (DAI) com a
finalidade de estimar o grau de severidade e
necessidade de tratamento ortodôntico na população estudantil. Resultados: observou-se
37
que 75% das crianças apresentavam algum
tipo de má-oclusão. O grau de maior severidade, onde o tratamento ortodôntico é imprescindível, foi encontrado em 42 escolares
(16,5%) da amostra total. A maioria (54,6%)
das crianças apresentou relação molar normal. O apinhamento no segmento anterior foi
a alteração oclusal mais frequente (48,8%),
seguido do overjet maxilar anterior acentuado
(47,2%). A má-oclusão com menor prevalência foi o overjet mandibular acentuado (1,5%).
Conclusão: a maioria dos escolares avaliados
se enquadra no grau de severidade II, onde a
má-oclusão é definida e o tratamento ortodôntico é eletivo. Devido à alta prevalência, medidas interceptativas e programas continuados
de saúde coletiva se fazem necessários.
070 – Mordida aberta anterior diagnóstico
diferencial
Mariana Manzoli Dadalto; Vanessa Miranda;
Luis Eduardo Alessio Junior (Unesc)
Introdução: a mordida aberta anterior é uma
das más-oclusões de maior comprometimento estético-funcional, o seu desenvolvimento
ocorre a partir de diversos fatores etiológicos.
Objetivo: foi realizada uma revisão da literatura para determinar a classificação e a severidade no diagnóstico da mordida aberta
anterior. Discussão e conclusão: diferenciar
a mordida aberta anterior é importante, para
um correto planejamento e posteriormente um
tratamento e, sendo assim, apresentar maior
estabilidade do caso.
071 - Distalizador de molar Jones Jig
Nayane Gama de Resende; Luís Eduardo
Alessio Junior (Unesc)
Introdução: entre tantos aparelhos intrabucais
de distalização de molares superiores, a utilização do Jones Jig é uma opção de tratamento
ortodôntico para a correção da má-oclusão de
classe II, não sendo necessário fazer avanço
mandibular, extração dentária ou a instalação
de um aparelho extrabucal, que depende exclusivamente da colaboração do paciente. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da
literatura para verificar as alterações dentárias
após o tratamento com o aparelho Jones Jig
para distalização dos molares superiores. Discussão e conclusão: o aparelho promove uma
extrusão dos primeiros molares, assim como
sua inclinação e rotação da coroa para distal,
além de ocorrer uma protusão e inclinação mesial de pré-molares e dente anteriores, sendo
essencial um diagnóstico correto para evitar fu-
turos efeitos colaterais indesejáveis.
072 – Efeitos da mastigação unilateral
Poliane Cristina de Lima Moreira; Anália de Faria
Godinho; Matheus Bastos Guimarães de Faria;
Marcelo Matêus Costa de Faria (ABO-MG)
Foi realizada uma revisão da literatura em
mastigação unilateral e reabilitação neuroclusal, com objetivo de mostrar aos cirurgiões-dentistas os efeitos da mastigação unilateral
no desenvolvimento do sistema estomatognático, ressaltando a importância do diagnóstico
precoce e demonstrando seus efeitos por meio
de diagramas e figuras. A mastigação é o que
estimula o desenvolvimento ósseo facial, por
isso, o conhecimento do lado que o paciente
mastiga é importante no diagnóstico de alterações craniofaciais e no tratamento ortopédico
e/ou ortodôntico. E, a falta de uma mastigação
vigorosa alternada e bilateral pode impedir o
correto ciclo mastigatório devido ao desenvolvimento deficiente do sistema estomatognático (Planas, 1988; Simões, 1998). Para diagnosticar esta patologia, dispomos de alguns
métodos, como a observação direta de mastigação usada por fonoaudiólogo; a técnica das
paralelas funcionais e ângulo crânio-escapular (Scarlati, 1998); o ângulo funcional mastigatório de Planas – AFMP (Planas, 1980); a
teoria do circuito das forças (Almeida, 1998); e
análise de modelos gnatostáticos. Alterações
no AFMP mostram alterações na mastigação
bilateral alternada. Segundo Ferreira (2003),
como consequência da mastigação unilateral
foram encontradas alterações verticais, horizontais e transversais no lado de trabalho e
de balanceio. Podemos destacar as seguintes
alterações: deslocamento da órbita, movimento da maxila para cima no lado de trabalho, e
para baixo no lado de balanceio; crescimento
lateral no lado de trabalho; encurtamento da
mandíbula no lado de trabalho e crescimento no lado de balanceio; crescimento em espessura da mandíbula no lado de trabalho e
redução da espessura no lado de balanceio;
encurtamento do ramo da mandíbula no lado
de trabalho; crescimento longitudinal da mandíbula no lado de balanceio; rotação maxilar
para o lado de balanceio e mandibular para o
lado de trabalho; desvio da linha média inferior para o lado de trabalho. Assim, o diagnóstico precoce é importante para evitar sequelas
maiores e de difícil correção.
073 - Interdisciplinaridade Ortodontia
versus Fonoaudiologia
Fernanda Alves Macharelli; Juliana Gaschler;
Sérgio Iafigliola; Gilberto Bezerra; Maxwell
Albuini (EAP-APCD)
38
A interdisciplinaridade é o campo no qual atuam
uma ou mais disciplinas ou ramos do conhecimento. Um trabalho interdisciplinar entre Fonoaudiologia e Ortodontia necessita de comunicação
entre os profissionais envolvidos, a fim de possibilitar padronização dos registros e contemplar
os objetivos terapêuticos no atendimento aos
pacientes. Tal interação se dá pela complexidade do sistema estomatognático, que é um
conjunto formado por unidades anatômicas e
funcionais que compreende quase toda a região craniocervical. Dentre seus componentes
básicos, estão os ossos do crânio e da face, os
dentes e seus elementos de suporte, a articulação temporomandibular (ATM) e os músculos
mastigatórios e da mímica facial. A ação conjunta ou isolada desses elementos é responsável
pelas funções da mastigação, fala, deglutição,
sucção, respiração, gustação e da postura da
cabeça e do pescoço. Nos tratamentos ortodônticos em que é necessário o restabelecimento
do equilíbrio da musculatura orofacial, o auxílio
do fonoaudiólogo é fundamental, uma vez que
forma e função estão intimamente correlacionadas. Se não houver adequação da musculatura orofacial, haverá pressão muscular, levando à recidiva do tratamento ortodôntico. Assim,
também nos tratamentos fonoaudiológicos que
visam o equilíbrio da motricidade orofacial, é
fundamental o estabelecimento de uma harmonia dentoesquelética por parte do ortodontista,
para que a musculatura possa se adequar.
074 – Reabsorção de raiz externa apical de
incisivos e caninos superiores e inferiores
submetidos a tratamento ortodôntico em
fase inicial
Janeth Mariela Prado Segovia; Pamela
Elizabeth Ruiz Reascos; Manuel Estuardo
Bravo Calderón; Diego Mauricio Bravo
Calderón (Universidade de Cuenca – Equador)
A reabsorção radicular externa apical (RREA)
é um processo inflamatório comum associado
ao tratamento ortodôntico, considerado como
um efeito colateral do tratamento ortodôntico
que poderia resultar em um encurtamento do
ápice da raiz. Objetivo: estabelecer o grau
de RREA dos seis dentes anterossuperiores
e inferiores, submetidos a movimento ortodôntico com a técnica de autoligado passivo, e
sua diferença com o grau de RREA causada
pela técnica convencional e sistema biofuncional QR em etapas iniciais do tratamento.
Materiais e métodos: estudo observacional e
longitudinal. A amostra consistiu em 23 casos
de pacientes com idades entre 12 e 27 anos.
Grupo 1: utilizando braquetes autoligados pas-
sivos (Damon Q, Ormco); grupo 2: braquetes
convencionais prescrição Roth e MBT; grupo 3:
utilizando braquetes QR. Os pacientes foram
tratados por estudantes de pós-graduação na
especialidade de Ortodontia da Universidade
do estado de Cuenca, Equador. Resultados:
em geral se observou que 42% das peças
(13,22, 33,41,42) Damon apresentou menor
reabsorção do que as outras 42% (12, 11, 21,
23 e 32), o sistema QR apresentou menor reabsorção em 16% restante. Por outro lado, o
sistema convencional apresentou menor reabsorção. Assim, em geral não se pode concluir
que um sistema prevaleça sobre o outro. Discussão: a reabsorção do sistema biofuncional
QR foi ligeiramente mais baixa se comparada
com outras técnicas, no entanto, o teste Anova
não encontrou nenhuma diferença significativa
ao comparar a média de reabsorção de cada
peça por tipo de braquete utilizado ou tratamento realizado (p > 0,05), exceto no caso da
peça 33 (p=0,02). Estes dados estão de acordo os resultados desta pesquisa. Conclusões:
em geral a reabsorção radicular externa apical,
em média, aparece mais quando extrações são
realizadas do que quando não executadas. A
reabsorção radicular em incisivos e caninos
superiores foi ligeiramente menor com a técnica biofuncional QR, se comparada com outras
técnicas. Com a técnica Damon, sem extrações, a reabsorção foi ligeiramente menor se
comparada com outras técnicas. As raízes de
alto risco – dado sua forma (triangular, pipeta,
dilacerada), apresentaram maior grau de reabsorção radicular apical externa. Já as cristas
ósseas amplas correm maior risco de reabsorção radicular apical externa. Portanto, não foram estatisticamente significativas as diferenças dos três braquetes em provocar maior ou
menor reabsorção na raiz externa apical.
075 – Avaliação do atrito dos fios de
níquel-titânio e termoativados
Joseli Santos de Almeida Giunco; Alcides
Gonini Júnior; Murilo Baena Lopes; Renato
Rodrigues de Almeida; Márcio Rodrigues de
Almeida (Unopar)
Introdução: o objetivo do presente estudo foi
avaliar a força de atrito em sistemas de deslizamento por três fios ortodônticos diferentes
com diâmetro .016” x .022” de níquel-titânio.
Material e métodos: 1) blue-tie; 2) black-tie e
3) NiTi termoativado, usados para correção
de apinhamentos dentários, sendo analisados
com o braquete autoligado. Para cada tipo de
fio, dez amostras de 30 mm de fios diferentes
foram testados. Esses fios foram adaptados
39
no braquete, sem angulação e com angulação
de 5º. Ambos foram fixados em um conector
de PVC com resina acrílica. A máquina usada
foi a EMIC, com célula de carga de 5 N, com
velocidade de 5 min e 10 mm de deslocamento, e como protocolo, foi seguida a norma ISO
15.841. Estatística: foram utilizados os testes: normalidade Shapiro Wilk, Kruskal Wallis
e pós-teste Dunn. Resultado: os testes mostraram que o fio de NiTi blue foi o que apresentou menor atrito com média de 0,052 Mpa,
arco termo ativado com média de 1,352 Mpa e
o black com média de 1,374 Mpa. Em relação
à variável testada (o atrito) que esses arcos
apresentaram, podemos mencionar os diferentes comportamentos que os arcos apresentam
quando comparamos o black com o blue e o
o black com o termoativado. Conclusão: esse
trabalho mostrou que, dos três tipos fios de
NiTi de mesmo calibre (0,16” x 0,22”) o fio blue
foi o que apresentou menor atrito, tanto com
angulação 0º e quanto com 5º de angulação,
proporcionando uma mecânica de deslize mais
eficaz e controlada, seguidos dos arcos black
e termoativado.
076 – Quantificação da queratinização
e inflamação no epitélio gengival com
o uso de dispositivos ortodônticos
termoplastificados – estudo clínico
randomizado
Bruna Cristina do Nascimento Rechia; Estela
Maris Losso; Alexandre Moro; Kerstin Dums;
Luiza Cristina do Nascimento; Ricardo Cesar
Moresca (Universidade Positivo, Curitiba/PR)
O objetivo deste estudo clínico randomizado foi avaliar os efeitos causados ao epitélio
gengival, pelo dispositivo termoplastificado
do Sistema Essix Dentsply, analisando entre
os grupos e entre os momentos de avaliação
a variação do índice de células córneas e a
quantidade de neutrófilos. Dois grupos foram
avaliados, um de voluntários que usou o dispositivo por 8 horas/dia e o outro que usou por
17 horas/dia, por 30 dias. Houve três coletas,
uma antes do uso do dispositivo (T0), outra
com 15 dias de uso (T1) e a última com 30
dias de uso (T2). A amostra foi constituída de
36 voluntários no grupo 1 e 33 no grupo 2. As
coletas foram avaliadas por citologia esfoliativa em meio líquido. A leitura das lâminas foi
feita por microscopia convencional, para cada
amostra foi obtido o número de neutrófilos e
a porcentagem de células córneas (queratinizadas) entre 200 células. Comparações entre
grupos e momentos foram submetidas à Anova. O teste t de Student foi usado na compa-
ração dos grupos em relação aos resultados
no T0. A variável neutrófilos não apresentou
valores estatísticos significativos (p > 0,05).
A variável células córneas obteve valores significativos (p < 0,05) para as análises intragrupos. O dispositivo termoplastificado não
causou inflamação ao epitélio gengival dos
voluntários de pesquisa deste estudo. Houve
aumento de queratinização entre T0 e T1, e
posterior diminuição entre T1 e T2 nos dois
grupos. No grupo 2 também houve diminuição
da queratinização entre T0 e T2.
077 – Estudo in vitro da resistência adesiva
na interface de resina entre a base PAD e o
cimento resinoso, utilizado na cimentação
indireta da técnica lingual
Anhaly Carolina Montalvo Jaramillo; Maritza
Alexandra Balarezo Gutiérrez; Manuel
Estuardo Bravo Calderon; María Daniela
Andrade Solís (Universidade de Cuenca –
Equador)
A fim de reduzir os atrasos em razão de qualquer acessório para tratamento ortodôntico lingual, considerou-se que a força de ligação é
muito importante, especialmente quando está
localizado em diferentes interfaces presentes
entre o suporte e a resina do PAD; entre a resina, a almofada e o cimento resinoso fotopolimerizável e entre o cimento e o esmalte dental. Então, este estudo centrou-se sobre como
determinar a resistência adesiva na segunda
interface localizada entre a resina base PAD
e cimento de resina fotopolimerizável, usando
ácido fluorídrico e óxido de alumínio como pré-tratamento de superfície para a cimentação
indireta da técnica lingual. O tipo de estudo foi
experimental in vitro. Uma amostra de 30 corpos-de-prova feito com resina Transbond XT,
usando para a sua preparação, uma bolha de
colchetes, seguidos de três diferentes protocolos: G1 sem qualquer preparação; G2 com
aplicação de óxido de alumínio, 50 mícrons por
10 segundos na superfície do corpo-de-prova;
G3 com aplicação de ácido fluorídrico 9% na
superfície do corpo-de-prova por dez minutos.
Antes do teste de resistência adesiva, foram
realizados cortes de precisão em cada corpo-de-prova, obtendo-se assim 45 de tiras-teste,
cada uma das amostras foi anexada a um portal para microteste de tração, que foi realizada
com o modelo de minicisalhamento em máquina universal 5942, a uma velocidade de deformação constante de 0,5 mm/min. A resistência
adesiva foi comparada entre os grupos por meio
da análise de variância. Para todas as análises,
o nível de significância foi 5% (p < 0,05) com um
40
nível de confiança de 95% (95% CI). São considerados estatisticamente significativos valores
abaixo de 0,05. Os resultados do teste Anova
revelaram que o tratamento de superfície fator
F(2,12)=2,52; p=0,12 não é significativo, portanto, pode concluir-se que os diferentes tratamentos de superfície utilizados são equivalentes ao grupo-controle, indicando que eles
exercem influência significativa sobre os valores de resistência adesiva (RA) nessa interface.
078 – Indicações e contraindicações de
tratamento ortodôntico com exodontias de
primeiros ou segundos molares
permanentes
Sarah Ramos Souza; Fauze Badreddine;
Mario Cappellette (Associação Brasileira de
Odontologia – Santos)
Este trabalho teve como objetivo apresentar
uma abordagem alternativa para o tratamento
ortodôntico com exodontia de primeiros e segundos molares permanentes em pacientes,
mesmo sabendo que esse procedimento é tecnicamente mais complexo e desafiador por inúmeros fatores. Através da revisão da literatura
foi possível investigar, em trabalhos científicos,
quais são as indicações e as contraindicações
para estas abordagens, bem como avaliar os
efeitos do perfil e no complexo dentofacial de
pacientes submetidos a este tipo de protocolo
clínico. O resultado desta pesquisa mostrou que
essas exodontias não são um procedimento de
rotina, e que, para sua indicação, deve-se avaliar e diagnosticar cada caso individualmente
para o sucesso do tratamento.
079 – Avaliação científica em portadores de
más-oclusões classe II esquelética
Danielle B. dos Santos Reis; Christiane
Vasconcelos Cruz; Antonio Carlos de Oliveira
Ruellas; José Vinícius Bolognesi Maciel;
Marcelo de Castro Costa (UFRJ)
Avaliar os principais componentes da má-oclusão classe II esquelética e os subfenótipos com
características comuns para auxiliar o diagnóstico e estudos em genética. Foram avaliados 502
prontuários de indivíduos atendidos na clínica
de mestrado em Ortodontia do Depto. de Odontopediatria e Ortodontia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no período de agosto de
2015 a janeiro de 2016. Para isso, foram incluídos 40 prontuários de indivíduos portadores de
má-oclusão de classe II esquelética, caracterizados com ângulo ANB > 4°. Foram excluídos
portadores de síndromes, fenda labiopalatina,
prontuários incompletos e radiografias iniciais
de paciente portando aparelho ortodôntico de
tratamento prévio. Para análise estatística foram
aplicados os testes Qui-quadrado e/ou exato de
Fisher (significância 95%), regressão logística
multivariada (p < 0,05), análise dos componentes principais (PCA) e método de Cluster.
41
Painéis Científicos
Categoria – Caso Clínico
081 – Tratamento da má-oclusão de classe III
com uso de elásticos intermaxilares
Cristina A. Paschotto Pezzo Marin; Fabricio
Pinelli Valarelli; Soraya Rolim Mouammar;
Leonardo Ribeiro Mazzarolo; Mayara Paim
Patel; Danilo Pinelli Valarelli (Icos – Instituto
Catarinense de Odontologia e Saúde)
083 – Tratamento de classe II esquelética
com uso de aparelhos ortopédicos e fixo
Cristina A. Paschotto Pezzo Marin; Danilo
Pinelli Valarelli; Farah Diba Cardoso Brabo;
Fabricio Pinelli Valarelli; Soraya Rolim
Mouammar; Mayara Paim Patel (Icos - Instituto
Catarinense de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe III, geralmente, promove
nos pacientes um perfil facial côncavo, desagradável esteticamente, sendo frequente o cruzamento da mordida anterior. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de má-oclusão
de classe III dentária com mordida cruzada anterior tratado ortodonticamente com aparelho fixo e
elásticos intermaxilares. A primeira etapa do tratamento consistiu na expansão rápida da maxila
com uso de Hyrax. Após a irrupção dos permanentes, instalou-se o aparelho fixo, completando-se o tratamento com uso de elásticos intermaxilares. Os resultados encontrados foram a correção
da má-oclusão, com descruzamento de mordida
anterior, além de leve melhora do perfil facial do
paciente. Concluiu-se que o uso de aparelho fixo
e de elásticos intermaxilares é eficiente no tratamento da má-oclusão de classe III dentária.
O uso de aparelhos ortopédicos mecânicos e
funcionais são utilizados pelos ortodontistas por
sua eficácia e por apresentar bons resultados,
principalmente se tratados precocemente. O
objetivo deste trabalho foi apresentar um caso
clínico de paciente classe II completa associada
à deficiência mandibular. O tratamento precoce
foi realizado por meio dos aparelhos ortopédicos Herbst e Bionator de Balters, e aparelho
fixo corretivo posteriormente. O uso do aparelho
ortopédico mecânico de Herbst por 11 meses
estimulou o avanço mandibular contínuo, melhorando o plano sagital, e o aparelho funcional
Bionator de Balters foi utilizado por seis meses
como contenção ativa. O aparelho fixo promoveu o alinhamento e nivelamento dos arcos dentários, além de corrigir pequenos diastemas e
movimentação dentária com o intuito de finalizar
corretamente a oclusão. O uso dos aparelhos
ortopédicos na primeira fase do tratamento contribuiu para o prognóstico favorável na segunda
fase do uso do aparelho fixo. A discrepância esquelética e dentária foi corrigida, com excelente
resultado estético e funcional.
082 – Tratamento ortodôntico da classe II, primeira
divisão, da dentadura mista à permanente
Cristina A. Paschotto Pezzo Marin; Grassiele Asquel;
Rodrigo H. Higa; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Paim
Patel; Rogério Almeida Penhavel (Icos - Instituto
Catarinense de Odontologia e Saúde)
Intervir na má-oclusão de classe II, primeira divisão, durante o período de crescimento puberal
torna possível a correção ou a melhora da desarmonia esquelética geralmente associada. Esse
caso clínico apresenta o tratamento de uma paciente com má-oclusão de classe II, primeira divisão, tratada durante o período de crescimento da
dentadura mista à permanente. Foram utilizados
os aparelhos: expansor Hyrax para expansão ortopédica maxilar, arco em W inferior para expansão dentoalveolar inferior e AEB conjugado para
correção sagital da classe II, seguido de terapia
ortodôntica fixa, sem extrações dentárias, para o
alinhamento e nivelamento dentário, assim como
corrigir a sobremordida profunda, overjet e diastemas no arco superior. Ao final do tratamento
obteve-se oclusão ideal, com função adequada e
estética agradável.
084 – Tracionamento de canino incluso
bilateral
Laynara Bueno; Soraya Rolim Mouammar;
Danilo Pinelli Valarelli; Adriano Bandeca;
Rodrigo Stankiewicz; Rogério Almeida
Penhavel (Icos - Instituto Catarinense de
Odontologia e Saúde)
O canino superior permanente é o segundo em
prevalência de impacção dentária na literatura
(aproximadamente 3%), perdendo apenas
para os terceiros molares inferiores. A sua
incidência é maior no sexo feminino, e ocorre
mais de maneira unilateral. Para se realizar
o diagnóstico adequado é necessário fazer
uma avaliação clínica e radiográfica criteriosa,
para comprovar a presença do canino, e a
sua posição intraóssea, a fim de auxiliar no
planejamento e escolha da melhor terapia
42
ortodôntica. Neste trabalho é relatado um caso
clínico de uma paciente do sexo feminino de 13
anos de idade, com a persistência dos caninos
decíduos superiores. Ao exame radiográfico,
percebeu-se a presença intraóssea dos caninos
permanentes superiores, ambos com suave
alteração no trajeto irruptivo. O tratamento
consistiu de montagem de aparelho fixo de
nivelamento, abertura de espaço e posterior
tracionamento após acesso cirúrgico para
colagem de acessório ortodôntico. Devido
ao correto diagnóstico e utilização de uma
mecânica ortodôntica eficaz, os caninos foram
posicionados no arco dentário com sucesso.
085 – Tratamento da classe II subdivisão
com abertura de espaço inferior para
implante de um terceiro pré-molar
Laynara Bueno; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara
Paim Patel; Fabricio Pinelli Valarelli; Luana
Beatriz Scholz; Cristina Almeida Paschotto
Pezzo Marin (Icos - Instituto Catarinense de
Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe II se caracteriza pelo
posicionamento mais distal do primeiro molar
inferior em relação ao primeiro molar superior,
fazendo com que o paciente na maioria das
vezes possua um perfil mais convexo, porém,
na má-oclusão de classe II, divisão II, o perfil
do paciente se apresenta mais reto devido à inclinação lingual dos incisivos centrais superiores e sobremordida profunda presentes. Neste
caso clínico, a paciente possuía má-oclusão de
3/4 de classe II, divisão II, subdivisão esquerda,
com desvio de linha média inferior em relação
ao plano sagital mediano da face. Optou-se
pela abertura de espaço inferior do lado esquerdo com mola aberta para posterior implante de um terceiro pré-molar para a correção da
linha média e obtenção da chave de oclusão de
caninos. Ao final do tratamento observou-se a
correta oclusão e bela estética do sorriso.
086 – Tratamento da classe II subdivisão
por meio de extrações assimétricas
Laynara Bueno; Adriano Garcia Bandeca;
Fabricio Pinelli Valarelli; Soraya Rolim
Mouammar; Eryca Mainardi; Cristina Almeida
Paschotto Pezzo Marin (Icos - Instituto
Catarinense de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe II é uma das principais
queixas dos pacientes que buscam o tratamento ortodôntico, pois gera comprometimentos estéticos e funcionais que comprometem a autoestima do paciente. As más-oclusões de classe II
subdivisão, que representam cerca de 50% de
todas as más-oclusões de classe II, apresentam
dificuldades na sua correção ortodôntica em
consequência da relação oclusal assimétrica e
da dificuldade em se identificar os fatores responsáveis pela má-oclusão. Sabe-se que em
sua grande maioria, a má-oclusão de classe II
subdivisão, em uma face que apresente assimetria subclínica, a linha média dentária inferior
é que se apresentará desviada para o lado da
classe II em relação ao plano sagital mediano,
em consequência do posicionamento mais distal do molar inferior deste lado. Nestes casos
uma das melhores opções de tratamento consistirá da extração de dois pré-molares superiores e
de um pré-molar inferior do lado da classe I, desde
que o perfil do paciente permita certa retração
dos incisivos superiores e dos incisivos inferiores. O objetivo deste trabalho foi apresentar um
caso clínico da correção da má-oclusão de classe II subdivisão direita, por meio da extração
dos dentes 14, 24 e 34. Ao término do tratamento, observou-se uma oclusão final com o lado da
classe I terminando em classe I de molar e de
canino, enquanto que no lado da classe II, o molar terminou em classe II e o canino em classe I,
com as linhas médias dentárias superior e inferior coincidentes entre si e com o plano sagital
mediano. Também pode-se observar melhora
do perfil facial do paciente devido à melhora da
protrusão dentária. O paciente ficou satisfeito
com a estética do perfil facial e do sorriso ao
final do tratamento.
087 – Tratamento da má-oclusão de classe
II com aparelho Twin Force em paciente
adulto
Laynara Bueno; Danilo Pinelli Valarelli;
Rogério Almeida Penhavel; Cristina de
Almeida Paschotto Pezzo Marin; Adriano
Garcia Bandeca; Mayara Paim Patel (Icos Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe II, primeira divisão, é
a mais prevalente no consultório odontológico
em decorrência do prejuízo estético e funcional
que apresenta como o mais frequente fator
etiológico, a deficiência mandibular. Em
pacientes adultos a correção desta má-oclusão
irá sobrecair em um tratamento compensatório
ou tratamento ortocirúrgico, dependendo da
queixa, severidade e motivação do paciente.
Muitos dispositivos e técnicas para o tratamento
das alterações dentoesqueléticas e funcionais
da má-oclusão de classe II são descritos na
literatura, porém, independente da opção
escolhida, sabe-se que os resultados almejados
apenas serão alcançados se puder contar
com a colaboração do paciente. Baseado
43
nesta premissa, a Ortodontia moderna tem
buscado alternativas que possam ser capazes
de promover protocolos de tratamento
mais eficientes e que dependam menos da
cooperação do paciente, sendo o aparelho
Twin Force Bite Corretor uma destas opções.
Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi
apresentar um caso clínico com a utilização do
aparelho funcional fixo Twin Force Bite Corretor
(TBC) para o tratamento ortodôntico de uma
paciente adulta com má-oclusão de classe II,
que apresentava um perfil facial satisfatório e
que recusou o planejamento ortocirúrgico.
088 – Tratamento da má-oclusão de classe
III com elásticos intermaxilares na fase de
dentadura mista
Kelly Chiqueto; José Renato Prietsch; Karina
Mundstock; Telmo Berthold; Guilherme
Janson; Sérgio Estelita Cavalcante Barros
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Introdução: paciente com 9,8 anos, do sexo
masculino, buscou tratamento ortodôntico. O
terço médio da face mostrava deficiência da
projeção zigomática e do posicionamento anteroposterior da maxila (A-Nperp -2 mm). O terço
inferior da face apresentava-se com altura normal e padrão de crescimento equilibrado (SN.
Gn 67º). A mandíbula estava bem posicionada
no sentido anteroposterior (P-Nperp -4 mm). A
relação maxilomandibular era deficiente (Wits
-7 mm), ressaltando o padrão esquelético de
classe III com perfis ósseo e tegumentar retos.
Os incisivos superiores (1.NA 21º) e inferiores
(1.NB 26º) estavam bem posicionados. Na avaliação intrabucal, observou-se relação de classe III na região dos caninos, além de mordida
aberta anterior (MAA) com overbite e overjet de
-2 mm e -0,5 mm, respectivamente. Objetivo:
principalmente a interceptação dos problemas
anteroposterior (classe III) e vertical (MAA). O
tratamento foi finalizado com Ortodontia corretiva na fase de dentadura permanente. Métodos
e resultados: realizou-se expansão rápida da
maxila, seguida por mecânica 4 x 2, associada
a elástico intermaxilar de classe III. Os elásticos
intermaxilares foram conectados ao arco inferior
por um segmento de fio (Ø1,2 mm), soldado às
bandas dos primeiros molares e colado na face
vestibular dos caninos inferiores. No arco superior, uma mola fechada foi posicionada entre
molares e incisivos, mantendo o comprimento
do arco durante a utilização dos elásticos de
classe III. Após a obtenção de um overjet adequado, utilizou-se um aparelho progênico com
grade palatina para estabilização da correção
anteroposterior e correção da MAA. Ao final da
dentadura mista, a correção anteroposterior estava estável e a MAA tinha sido fechada. Discussão: um dos protocolos mais aceitos e difundidos para a correção da classe III na dentadura
mista é a tração reversa da maxila com máscara
facial. Com o intuito de reduzir os efeitos dentoalveolares deste protocolo, sugeriu-se o uso de
elásticos de classe III ancorados em miniplacas.
O sucesso do tratamento com máscara facial é
frequentemente impedido pelo aspecto antiestético deste aparelho. Embora a característica
intrabucal dos elásticos intermaxilares possa
favorecer a colaboração do paciente, os procedimentos cirúrgicos para inserção e remoção
das miniplacas aumentam significantemente
o ônus biológico e financeiro para o paciente.
Considerando as limitações destes protocolos,
este relato sugere uso de elásticos intermaxilares ancorados nos arcos dentários, eliminando
o aspecto antiestético da máscara facial, bem
como as desvantagens associadas às miniplacas. Conclusão: apesar do predomínio dos
efeitos dentoalveolares, os resultados são encorajadores, pois de um ponto de vista clínico, o
aspecto estético e oclusal ao final do tratamento
não parece denotar o tipo de protocolo que foi
utilizado para a correção, levantando a questão
sobre o custo-benefício dos protocolos mais
onerosos e de maior risco e desconforto para
o paciente.
089 – Kissing molars: uma impacção rara,
tratada sem extração e com nova estratégia
para verticalizar molares com mini-implante
Kelly Chiqueto; Carolina Machado; Rômulo
Machry; Guilherme Janson; Cassiano
Rösing; Sérgio Estelita Cavalcante Barros
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Introdução: paciente com 11 anos de idade,
sexo feminino, apresentou-se com uma condição rara de impacção dos molares inferiores,
denominada na literatura de kissing molars
(KM), onde os molares envolvidos compartilham um único folículo, as suas faces oclusais
se tocam e os ápices radiculares estão voltados em direções opostas. A maioria dos casos
de KM ocorre entre segundos e terceiros molares, mas excepcionalmente em terceiros e
quartos molares (supranumerários), bem como
os primeiros e segundos molares podem ser
acometidos, conforme reportado nesta paciente. Embora sua etiopatogenia não esteja bem
definida, em geral o tratamento de KM envolve
extração de um ou ambos os molares envolvidos. Adicionalmente, a paciente apresentava
má-oclusão de classe II e trespasse vertical
aumentado. Objetivo: o plano de tratamento
44
teve como objetivo inicial a desimpacção dos
molares, sem realização de extrações dentárias. A posição horizontal do segundo molar requeria um amplo movimento de verticalização, e
para alcançar este objetivo sem causar efeitos
indesejáveis sobre os dentes de ancoragem,
optou-se por uma ancoragem esquelética com
mini-implante. Discussão: embora o tratamento de kissing molars envolva a extração de um
ou ambos os molares, a extração de ambos os
molares não foi cogitada em razão da imprevisibilidade quanto ao adequado desenvolvimento
do terceiro molar, além da posição mais favorável do primeiro molar. A extração do segundo molar deveria ser realizada sob a premissa
de sua substituição pelo terceiro molar, cujo
estágio inicial de calcificação ainda gerava incertezas, além de requerer extenso período de
acompanhamento e provável intervenção ortodôntica futura para seu correto posicionamento
e fechamento de espaços residuais. A extração
do primeiro molar foi a hipótese menos provável
devido à posição mais desfavorável do segundo
molar, requerendo extensa verticalização e tratamento em longo prazo para mesialização do
segundo e terceiro molares. Considerando que
o estágio de formação do terceiro molar não o
tornava um obstáculo à verticalização do segundo molar, e que um eventual insucesso deste
procedimento ainda deixaria disponível todas a
opções de tratamento já mencionadas, julgou-se sensato o planejamento sem extrações. A
elaboração de uma nova estratégia de verticalização de molares e o uso de mini-implante
para evitar movimentos intrusivos indesejáveis
foi fundamental para o sucesso do tratamento.
Além disso, a colaboração da paciente com o
uso dos elásticos intermaxilares permitiu a total
correção da classe II. Conclusão: a mecânica
ortodôntica apresentada para a correção de
kissing molars envolvendo primeiro e segundo
molar representa uma opção mais conservadora, que pode restabelecer melhor e mais rapidamente a normalidade da oclusão com menos
ônus, sequelas e trauma ao paciente, desde
que a época de intervenção e as condições clínicas sejam similares às reportadas.
ção de alterações de posicionamento dental e
de comprometimento da estética facial. A alta
prevalência de apinhamentos dentais coloca
os ortodontistas frente a um constante dilema,
optar por um tratamento com ou sem extração.
Algumas técnicas têm sido sugeridas para a
resolução de casos com apinhamento anteroinferior, tais como: movimento distal de dentes
posteriores, expansão da arcada, projeção de
incisivos, desgaste interproximal de dentes, extração de pré-molares e extração de um incisivo
inferior. A extração de um incisivo inferior pode
ser uma opção terapêutica bastante eficaz, em
casos criteriosamente selecionados. A decisão
da conduta deve estar baseada em alguns aspectos, como a discrepância total encontrada,
perfil facial, relação sagital das bases ósseas e
o padrão facial.
090 – Extração de incisivo inferior no
tratamento ortodôntico
Lucimara Corassari; Carolina Ninin Xavier de
Andrade; Claudia Poli; Larissa Silva; Patricia
Tobita Benini; Pedro Andrade Junior (CeaoAciepe/Unicsul)
Aparelhos de propulsão mandibular são alvos de
pesquisa, estudo e desenvolvimento pelos ortodontistas. O objetivo deste trabalho foi apresentar a evolução de um caso clínico de má-oclusão
com 1/2 classe II, primeira divisão, com sobressaliência e sobremordida submetido a tratamento utilizando propulsor Twin Force Bite Corrector,
associado ao aparelho fixo convencional. Foi utilizada mola aberta entre os dentes 11 e 13 para
obter espaço para inclusão do dente 12. Para
As extrações de dentes permanentes, apesar
de não serem populares entre os pacientes,
constituem importante alternativa na corre-
091 – Aparelho distalizador T-Rex
Lucimara Corassari; Carolina Ninin Xavier de
Andrade; Claudia Poli; Larissa Silva; Patricia
Tobita Benini; Eduardo Prado (Ceao-Aciepe/
Unicsul)
A distalização de molares é uma abordagem
que visa a correção da relação molar de classe
II sem a necessidade de extrações dentárias, a
fim de ganhar mais espaço nos arcos dentários.
A utilização de aparelhos intrabucais para distalização de molares na má-oclusão de classe
II tem sido cada vez mais frequente, permitindo a distribuição de forças leves e constantes.
Verifica-se que a melhor época para aplicação
desses aparelhos é antes da irrupção dos segundos molares superiores. A utilização do aparelho distalizador T-Rex é uma das alternativas
de tratamento.
092 – Proposta terapêutica com propulsor
mandibular Twin Force para tratamento da
classe II
Claudia Fiorini da Silva; Maria Fernanda
Antonio da Silva; Danilo Pinelli Valarelli;
Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique
da Costa Grec; Fabricio Pinelli Valarelli (IOPG/
Facsete – Bauru)
45
correção da curva de Spee foram utilizados arcos de aço com reversão e acentuação.
Após a correção da sobremordida, utilizou-se
arco retangular de aço com torque vestibular
resistente no arco superior e torque lingual resistente no arco inferior, além do elástico em cadeia, mecanismos necessários para minimizar
o efeito colateral da mecânica com propulsor
mandibular. Após a remoção do propulsor iniciou-se a utilização de elástico de classe II, para
contenção do resultado obtido, e para finalizar
a correção da má-oclusão inicial. Com a vantagem de manter a ancoragem recíproca do arco
superior, o protocolo de tratamento, mesmo em
fase única, mostrou-se mais eficiente que o uso
convencional exclusivo de elásticos por minimizar a necessidade da cooperação do paciente,
favorecendo resultados mais rápidos.
093 – Tratamento de má-oclusão de classe II
Aline França Méza; Mauricio dos Santos
Souza; Marco Antonio Rocco; Eric Murata;
Wilson Humio Murata (NAP-Cruzeiro do Sul)
A má-oclusão de classe II de Angle é caracterizada por uma discrepância dentária anteroposterior podendo ou não estar associada a alterações esqueléticas. A má-oclusão de classe II,
primeira divisão, apresenta diversas características, e a determinação do planejamento mais
adequado deve ser em função do problema específico de cada paciente, com base em suas
evidências clínicas e cefalométricas. Neste
caso, o paciente possui uma característica incomum: a ausência congênita de dois incisivos
inferiores. Este caso clínico tem como objetivo
demonstrar o tratamento com aparelho autoligado na busca de obtenção de espaço para os
elementos 41 e 31, e futura correção protética.
094 – Avaliação das mudanças dos
padrões respiratórios, dentoesqueléticas
e das ATMs, por meio de nasofibroscopia,
cefalometria e ressonância magnética em
crianças com má-oclusão de classe III,
tratadas com expansão e tração extrabucal
da maxila
Daniella Torres Tagawa; Bruna Maluza Florez;
Rosângela Alo Maluza Florez; Helio Kiitiro
Yamashita; Daniel Paganini Inoue; Luis Antonio
de Arruda Aidar (Universidade Santa Cecilia Unisanta)
A má-oclusão classe III de Angle é caracterizada por discrepâncias anteroposteriores dentárias e faciais. O diagnóstico e tratamento precoce contribuem para um bom relacionamento
oclusal, facial e psicossocial, favorecendo o
crescimento e desenvolvimento normal da
criança. Este relato de caso clínico teve como
objetivo avaliar o padrão respiratório, as mudanças dentoesqueléticas e das ATMs, por
meio de nasofibroscopia, cefalometria e ressonância magnética. O tratamento realizado com
expansão rápida e tração da maxila resultou em
avanço do ponto A, e rotação da mandíbula no
sentido horário melhorando a convexidade da
face. O padrão respiratório piorou pela presença de rinite alérgica e aumento das adenoides.
Não ocorreram mudanças na posição e forma
do disco articular e da cabeça da mandíbula. O
tratamento ortopédico foi eficiente na correção
da má-oclusão, não causando efeitos adversos
no sistema estomatognático.
095 – Tracionamento ortodôntico de dente
impactado por odontoma composto
Daísa Guerreiro Bernardes; Silvia Amelia Lorenzetti
Stoppa; Claudia Cristina da Silva; Mayara Paim
Patel; Roberto Henrique da Costa Grec; Fabricio
Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete, Bauru)
O presente trabalho teve o objetivo mostrar o tratamento de um paciente que buscou tratamento
ortodôntico queixando-se do atraso na erupção do
primeiro molar inferior direito. Avaliando o perfil do
paciente, observou-se boas proporções entre os
terços faciais, selamento labial satisfatório, perfil
reto com pequena alteração da linha média dentária em relação a linha média da face. Na análise
intrabucal verificou-se que o paciente estava no
segundo período transitório com erupção dos pré-molares. Na radiografia panorâmica observou-se
que o dente 46 se encontrava na borda inferior
da mandíbula e próximo ao rebordo havia uma
massa dentária não identificada. Após análise das
imagens, notou-se a presença de um odontoma
composto bloqueando o trajeto do dente 46 que
se formou próximo à cortical mandibular inferior,
causando uma dilaceração radicular em contato com o canal do nervo mandibular. A causa da
impacção foi um odontoma composto, sendo definido como uma má formação benigna, em que
as células alcançam completa diferenciação. Os
odontomas compostos atingem o estágio no qual
todos os tecidos dentais estão representados. O
tratamento para este tipo de lesão é a exérese cirúrgica e o prognóstico é excelente, sendo raros
os casos de recidiva, e a reparação óssea, realizada com certa facilidade. Pôde-se concluir, a partir
do caso clínico, que os dentes impactados devem
ter sua etiologia avaliada para definir a proposta
de tratamento, e que o tracionamento pode ser
considerado uma tentativa de tratamento eficiente
quando bem acompanhado, sempre avaliando a
posição das raízes dentárias.
46
096 – Intrusão de molares usando
dispositivos de ancoragem temporária
Alexandre Magno dos Santos; Bernardo
Magno dos Santos; Renato Magno dos Santos;
Vanessa Lima Soares; Isabella Simões Holz;
Mauricio de Almeida Cardoso (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
O uso de dispositivos de ancoragem temporária (DATs) vem se tornando muito comum
nas mecânicas ortodônticas, devido às suas
várias aplicações clínicas. O objetivo deste
trabalho foi mostrar a eficiência do seu uso na
mecânica de intrusão dental, pois se trata de
uma ancoragem esquelética. É essencial um
bom planejamento, que inclui a determinação
do centro de resistência e da linha de ação das
forças, levando em consideração o local de instalação e a seleção dos DATs. O sucesso do
tratamento com mini-implantes depende de
adequado diagnóstico e plano de tratamento,
sempre buscando alcançar a estética, função,
saúde periodontal e estabilidade.
097 – Tração reversa da maxila associada à
disjunção maxilar ortopédica
Cristiane Cammarota Barbeta; Ronaldo
Henrique Shibuya; Silvia M. Chagas; Desirée
Monteiro; Jorge Luiz de Castro; Ricardo
Colombo Penteado (Esfera – Centro de Ensino
Odontológico)
Este painel apresenta um relato de caso clínico
de um paciente de sete anos de idade, do sexo
masculino. No exame extrabucal apresentava
um perfil côncavo, padrão III com deficiência
maxilar. No exame intraoral observou-se início
do primeiro período transitório da dentadura
mista, mordida cruzada anterior e degrau mesial
para a mandíbula. A cefalometria indicuo retrusão da maxila SNA 79° e protrusão mandibular
SNB 82°, o ANB negativo mostrou o mau relacionamento das bases ósseas, principalmente
quando considerada a idade do paciente. O
tratamento realizado foi uma expansão rápida,
associada à protração maxilar. A correção da
má-oclusão foi conseguida com o uso de um
disjuntor maxilar Hyrax modificado, já com ganchos para ao uso da máscara de Petit. Foram
realizadas quatro ativações iniciais no parafuso
disjuntor, e mais uma ativação por dia até completar 15 ativações, permitindo uma resposta
mais positiva das suturas frente às forças de
protração. A máscara foi utilizada 14 horas por
dia, com um elástico 5/16 pesado de cada lado,
com 350 g em cada elástico, durante dez meses. Depois de encerrada essa primeira fase
de tratamento o paciente foi acompanhado em
intervalos de seis meses e, hoje, aos dez anos
de idade, apresenta perfil ligeiramente convexo,
padrão I, final do primeiro período transitório da
dentadura mista e está em controle.
098 – Tratamento compensatório da classe III
Mary Guimarães de Menezes Castalde; Carolina
Nazif Rasul; Dino Lopes de Almeida; Hedibertos
Alves de Aguiar; Leonardo Graboski de Castro;
Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO –
Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa)
A classe III é uma das más-oclusões menos
prevalentes, porém, a mais desafiadora para o
ortodontista, principalmente quando relacionados diagnóstico, tratamento e estabilidade. Em
pacientes adultos dispõe-se de duas opções de
tratamento: a compensação, ou camuflagem
ortodôntica, realizada com os aparelhos fixos;
e o tratamento ortodôntico associado à cirurgia ortognática. No entanto, nos deparamos na
maioria das vezes com pacientes relutantes em
relação à cirurgia ortognática, principalmente
pelos custos e riscos que envolvem esse procedimento. Porém, para esses pacientes, o tratamento compensatório é uma alternativa que
pode apresentar resultados satisfatórios. Desta
forma,este trabalho visa apresentar o tratamento de uma má-oclusão de classe III esquelética
com mordida de topo na região anterior. Entre
as opções de tratamento disponíveis, o tratamento compensatório foi a opção escolhida.
A prescrição de braquetes biofuncionais para
classe III, com torque lingual nos incisivos superiores e torque vestibular nos incisivos inferiores, foi utilizada. Elásticos de classe III foram
utilizados para a compensação da discrepância
anteroposterior de classe III. A colaboração do
paciente com o uso dos elásticos intermaxilares
foi excelente, e resultados oclusais e estéticos
satisfatórios foram obtidos.
099 – Mesialização de molar superior
utilizando mini-implante
Mary Guimarães de Menezes Castalde;
Marcela Rebeca Bedin; Carolina Nazif Rasul;
Dino Lopes de Almeida; Leonardo Graboski de
Castro; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete,
RO – Sistema Odontológico de Ensino e
Pesquisa)
A ancoragem ortodôntica tem sido um dos motivos
de preocupação para os ortodontistas, visto que
uma terapia ortodôntica bem-sucedida depende de um correto planejamento de ancoragem.
A construção de um sistema de forças eficiente em Ortodontia tem por objetivo obter máxima
movimentação dentária em menor tempo, com a
47
mínima geração de forças. Nessas questões, diversos fatores devem ser avaliados, como: má-oclusão presente; a integridade do osso e das
raízes; o tempo de tratamento e a geometria do
posicionamento dentário. Com a criação dos
mini-implantes, as probabilidades desta abordagem terapêutica cresceram, pois o efeito adverso da perda de ancoragem pode ser eliminado
e, com isso, o paciente pode ser beneficiado.
No entanto, os outros fatores abarcados, assim
como a mecânica do movimento, requerem um
especial cuidado. O objetivo deste trabalho foi
apresentar um caso clínico de tratamento ortodôntico com a utilização de mini-implante para
mesialização de molares superiores, mostrando alguns detalhes importantes dessa mecânica e apontando a eficiência do tratamento.
100 – Mini-implantes ortodônticos versus
intrusão de molares superiores: diferentes
posições e formas de tratamento
Juliana Amador Comaru; Silvia Maria Chagas;
Ricardo Colombo Penteado; Desirée Saddi;
Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya
(Esfera – Centro de Ensino Odontológico)
É muito comum a extrusão de molares superiores devido à ausência dos elementos antagonistas, sendo esse um dos maiores obstáculos
na Ortodontia. Existem na literatura diversas
formas ortodônticas de se realizar a intrusão de
tais elementos, seja com aparelhos fixos ou móveis. Alguns autores já até relataram a indicação
de tratamento endodôntico do molar superior e
desgaste da coroa para reposição do elemento
inferior. Outros descrevem a intrusão cirúrgica
em bloco para casos mais complexos. Visando
o conceito conservacionista e minimizando os
efeitos colaterais, o presente estudo teve como
objetivo apresentar diferentes técnicas de intrusão de molares superiores com a utilização de
mini-implantes ortodônticos. Desta forma, este
trabalho objetivou mostrar a utilização clínica
dos mini-implantes ortodônticos como alternativa para a intrusão de molares superiores. Para
isso utilizou-se mini-implantes posicionados em
diferentes posições na maxila. Recomenda-se
a utilização de mini-implantes de pelo menos 8
mm na maxila na região dos molares, pelo fato
desta região ter um osso mais medular e menos corticalizado. Na vestibular, pode-se utilizar
mini-implantes de perfil transmucoso de 1 mm,
devido a mucosa vestibular ser fina e delgada, e
na palatina de 2 mm ou 3 mm, pelo fato da mucosa ser mais espessa por palatino. Para a correta intrusão de molar superior é necessário ter
ao menos um mini-implante instalado por vestibular e um por palatina, para que os efeitos da
resultante de força sejam verticais no longo eixo
do dente. Evitando, portanto, uma intrusão com
vestibularização (quando se utiliza apenas um
mini-implante por vestibular) ou uma intrusão
com palatinização (quando se utiliza somente
um mini-implante por palatina). O movimento
de intrusão do mini-implante deve ser realizado
lentamente, e as forças aplicadas na mecânica,
de leve intensidade. Diversos posicionamentos
dos mini-implantes são aceitos para diferentes
resoluções e diferentes problemas, sendo que
uma correta análise dos locais a serem colocados os mini-implantes, bem como um ótimo planejamento por parte do ortodontista, determina
o sucesso do tratamento.
101 – Ortodontia interceptora: uma
realidade ao nosso alcance
Juliana Amador Comaru; Silvia Maria Chagas;
Ricardo Colombo Penteado; Desirée Saddi;
Jorge Luiz de Castro; Ronaldo Henrique Shibuya
(Esfera – Centro de Ensino Odontológico)
A essência do tratamento precoce, indiscutivelmente, consiste no aproveitamento do crescimento dos pacientes jovens para favorecer a correção das deformidades dentoesqueléticas. Os
ortodontistas devem evitar tratamentos prolongados e complexos, como ocorria no passado,
quando não podiam melhorar as discrepâncias
esqueléticas severas em crianças e realizavam
a correção da má-oclusão apenas na dentadura
permanente completa, por meio de compensações ou camuflagem ortodôntica. Este trabalho
objetivou discutir o tratamento ortodôntico precoce, com vistas a fundamentar as atitudes profissionais com relação à época de tratamento das
más-oclusões. Apresentamos neste trabalho um
caso clínico de um paciente de sete anos e 11
meses, cuja dentição encontrava-se no primeiro período transitório, com atraso na irrupção
do dente 11 e mordida cruzada posterior direita.
Foi realizada inicialmente a disjunção maxilar
com um aparelho de Hirax modificado, e posterior controle com aparelho móvel de Hawley
com expansor e mola digital para vestibularizar
o dente 22. A presente discussão sobre o tratamento precoce confirma a citação de Charles
Tweed, de que “o conhecimento irá, gradualmente, substituir a mecânica severa, e em um
futuro muito próximo à grande maioria dos tratamentos ortodônticos será executada durante
o período da dentição mista, do crescimento e
desenvolvimento craniofacial, antes da difícil idade da adolescência”. A abordagem preventiva e
interceptora das más-oclusões tem demonstrado
vantagens indiscutíveis, e apenas o comodismo
ou o desconhecimento são capazes de ignorá-la.
48
102 – Tratamento precoce de sobremordida
Bruna Gonçalves Peron; Bruna Lorena dos
Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Marcus
Vinicius Crepaldi; João Wagner Pascoso;
Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
A sobremordida é uma má-oclusão de etiologia multifatorial,classificada por um trespasse
vertical entre a borda dos incisivos superiores
e inferior. Quando a mandíbula é levada para
a posição de oclusão cêntrica é considerada
excessiva, e necessita de um diagnóstico diferencial elaborado e específico. As principais
estratégias de tratamento são: a extrusão dos
dentes posteriores, a intrusão de dentes anteriores ou a combinação de ambos, essas estratégias são baseadas no diagnóstico facial,
cefalométrico e dentário. O objetivo deste estudo foi apresentar, através do caso clínico de
paciente do sexo feminino, 13 anos de idade,
que buscou a clínica de especialização em Ortodontia da Faipe com sobremordida na dentadura mista. O tratamento foi realizado com stop
guia nos elementos 11 e 21, associado com levante nos elementos 36 e 46 e curva reversa.
103 – Tratamento da classe III assimétrica
Adriana de Fatima Lazaro Oliveira Souza;
Juliane Demenech; Leniana Neves; Karina
Maria Salvatore de Freitas; Fabricio Pinelli
Valarelli; Rodrigo Hermont Cançado (Uningá)
O tratamento da má-oclusão de classe III representa um grande desafio ao ortodontista.
Diversos estudos mostram que a etiologia da
classe III é multifatorial, sendo o componente
hereditário o mais atuante. Em um grande número de casos, os pacientes que apresentam
essa má-oclusão exibem uma compensação
dentoalveolar ao início do tratamento, com a
vestibuloversão dos incisivos superiores e a
linguoversão dos incisivos inferiores, muitas
vezes causando um desvio de linha média.
Este caso clínico teve como objetivo apresentar um caso de má-oclusão de classe III, subdivisão direita, com presença de apinhamento
anteroinferior e desvio para esquerda da linha
média dentária inferior em relação à linha sagital mediana.
104 – Mini-implantes ortodônticos para
intrusão de segundo molar superior. Relato
de caso com extrusão severa
Luciana Andrea Moura Noya; Silvia M.
Chagas; Ricardo C. Penteado; Desirée
Monteiro; Tommy Mory Niño; Ronaldo
Henrique Shibuya (Esfera – Centro de Ensino
Odontológico)
O uso de mini-implantes para a intrusão de molar é um valioso e eficaz recurso para tratar a
extrusão de dentes posteriores, decorrentes de
perdas dentárias no arco antagonista. Neste
reato de caso, paciente com 30 anos de idade,
sexo feminino, apresentou uma extrusão severa do dente 27. Clinicamente, observou-se
que o dente chega a tocar o rebordo inferior.
Nesse caso, a opção foi preservar a integridade do dente em questão, não fazendo desgastes e nem tratando endodonticamente. Sendo
assim, o tratamento escolhido foi a utilização
de mini-implantes para a intrusão desse elemento. Foram escolhidos os mini-implantes de
acordo com a região a serem utilizados, o guia
radiográfico foi realizado com fio de amarrilho
0,030 mm para um posicionamento adequado
dos mesmos. Neste caso, foram utilizados dois
mini-implantes por vestibular e um por palatino,
sendo todos de 8 mm de comprimento por 1,5
mm de diâmetro e 1,0 mm de perfil transmucoso, de modo que a força fosse realizada no
longo eixo do dente, para que o mesmo não
inclinasse durante a intrusão. Um resultado
excelente foi alcançado, sem efeitos colaterais e sem a necessidade da colaboração do
paciente, o que gera um melhor sucesso no
tratamento. O uso de mini-implantes trouxe
novas perspectivas para o tratamento ortodôntico, possibilitando a resolução de casos que
seriam inviáveis de serem corrigidos com as
mecânicas convencionais. Nesse contexto, o
uso de mini-implantes para intrusão de molares tem sido cada vez mais frequente devido à
sua praticidade e efetividade.
105 – Extração de primeiros molares
superiores como alternativa a tratamentos
de mordida aberta
Luciana Andrea Moura Noya; Silvia M. Chagas;
Ricardo C. Penteado; Desirée Monteiro;
Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique Shibuya
(Esfera – Centro de Ensino Odontológico)
Paciente do sexo feminino, dolicofacial, mordida aberta anterior, overjet acentuado, classe II
dentária e ausência dos primeiros pré-molares
superiores e inferiores. A paciente já havia sido
submetida a tratamento ortodôntico e havia extraído os primeiros pré-molares superiores e
inferiores, recusou o tratamento com cirurgia
ortognática e, como já havia extraído quatro
pré-molares, optou-se por realizar a extração
dos dentes 16 e 26 para resolver o problema
da classe II e da mordida aberta. Foi realizada
a retração dos dentes anteriores e a mesialização dos dentes 17 e 27. Os terceiros molares
superiores estavam em boa situação clínica,
49
porém, estavam inclusos e foram tracionados,
alinhados e nivelados no arco para que pudessem ajudar a compor corretamente a oclusão. O
caso foi tratado corretamente e o resultado final
foi de sucesso total, inclusive com êxito no tracionamento dos terceiros molares superiores. O
tratamento da mordida aberta anterior em indivíduos adultos, representa um grande desafio
para o ortodontista. Quando a origem da má-oclusão é esquelética, aumenta ainda mais a
dificuldade na sua correção e na estabilidade do
resultado final. O ideal seria o tratamento com
cirurgia ortognática, embora muitos pacientes
recusem essa alternativa e prefiram o tratamento compensatório. Na compensação, em algumas situações, quando não é possível distalizar
molares, a extração de primeiros molares superiores pode ser mais apropriada e vantajosa,
desde que se tenha um diagnóstico correto e
todas as vantagens e desvantagens de tal procedimento sejam observadas.
106 – Anquilose severa de segundo
molar decíduo inferior – intervenção para
recuperação de espaço
Cristina Silva Constâncio; Juliana Maria Barone
Camargo; Isabel Cristina Santana de Melo
Prata; Marcia Yuri Kawauchi; Eduardo Álvares
Dainesi (Faipe – Unidade Bauru, e.Orto)
A infraoclusão de molares decíduos por meio
de anquilose apresenta-se como um fenômeno
pouco frequente, ocorrendo uma prevalência
maior no arco inferior. As opções de tratamento
variam desde o simples acompanhamento, até
a necessidade de extração destes dentes. A anquilose representa uma anomalia de erupção,
na qual o dente decíduo não irromperá, permanecendo impactado. Caso o diagnóstico não
seja realizado precocemente, algumas complicações podem surgir, como a impacção do pré-molar sucessor e perda de espaço no arco com
mesialização do primeiro molar permanente.
Este trabalho apresenta um caso de anquilose
severa com infraoclusão de um molar decíduo,
tratada com recuperação de espaço e posterior
exodontia do dente anquilosado para o irrompimento do pré-molar sucessor.
107 – Correção ortodôntica da mordida
aberta anterior em paciente adulto
Ana Flavia Grandini Sanson; Gabriela Cristina
de Oliveira; Ana Flávia Betoni Roberto;
Eduardo Álvares Dainesi; Marcia Yuri Kawauchi
(Faipe – Unidade Bauru, e.Orto)
A mordida aberta anterior apresenta-se como
um problema ortodôntico de difícil correção de-
vido aos vários fatores etiológicos que podem
contribuir para o seu surgimento. Deste modo,
há várias abordagens terapêuticas a serem
consideradas, como fonoterapia, tratamento
ortopédico, tratamento cirúrgico e tratamento
ortodôntico com extrusão dos dentes anteriores e/ou intrusão dos posteriores. A extrusão de
dentes anteriores deve ser muito bem avaliada,
pois pode interferir na estética do sorriso e há
grande possibilidade de perda de estabilidade
se não for bem conduzida. Tratamento em adultos requer mecanoterapia com forças suaves e
fonoterapia, concomitantemente, podendo-se
atuar mecanicamente com acentuação e reversão da curva de Spee, elásticos anteriores, com
esporões linguais e/ou intrusão de molares.
Este trabalho apresenta um caso de correção
da mordida aberta anterior em paciente adulta,
tratada com acentuação e reversão da curva de
Spee, com arcos travados e elásticos anteriores, para corrigir a rotação dos planos oclusais.
Durante todo o tratamento, a paciente fez fonoterapia para adequação da postura lingual e articulação fonética.
108 – Caninos inclusos: quando a exodontia
é a terapêutica de escolha
Fabiana Paula de Andrade; Mateus de Abreu
Pereira; Marco Antonio Mattar; Thais Fernanda
Mendes Molinari; Alexandre Urso Annibal;
Fabio Schemann Miguel (ABO Osasco)
A prevalência de caninos inclusos na população é baixa, em torno de 2% a 3%, e predominantemente em mulheres. Porém, nas clínicas
ortodônticas, pacientes com esta condição são
frequentemente vistos com prevalência de 15%
a 20%. Para o correto diagnóstico de caninos
inclusos, lançamos mão do exame clínico, de
radiografias (panorâmicas, oclusais e periapicais) e da tomografia computadorizada – técnica do feixe cônico. Em muitos casos, a opção
terapêutica é o tracionamento do elemento incluso, entretanto, de acordo com a posição que
o mesmo se encontra no osso e sua relação de
proximidade com os elementos adjacentes, a
opção terapêutica pode ser a exodontia implicando no fechamento do espaço ou reabilitação
com implantes/próteses. Objetivou-se revisar a
literatura sobre diagnósticos e terapêuticas para
caninos inclusos e descrever um caso clínico no
qual a opção de tratamento foi a exodontia do
elemento 23. Recebemos no curso de especialização em Ortodontia da ABO Osasco, paciente
do sexo feminino, 18 anos de idade, com queixa
de espaço entre os dentes anteriores superiores. Após exame clínico e análise da documentação ortodôntica, observou-se ausência do
50
elemento 23 na cavidade bucal e presente na
radiografia panorâmica. Após analisar a tomografia computadorizada da maxila, verificou-se
que o elemento 23 estava entre os elementos
22 e 21 com relação de contato da coroa do 23
com a raiz do 22, e angulação bem acentuada
em relação ao plano sagital mediano, contraindicando seu tracionamento. A opção terapêutica
adotada pela equipe, explicada e aceita pela paciente foi a exodontia do elemento 23. Iniciou-se
o tratamento com montagem de aparelho fixo
prescrição MBT. Solicitou-se a exodontia do elemento 23 e iniciou-se o fechamento dos espaços com perda de ancoragem. A preocupação
em reabilitar o canino retido é devido à importância estratégica deste na oclusão, toda via,
falhas no planejamento podem resultar em reabsorção externa das raízes dos dentes adjacentes. A literatura científica estabelece referências
de acordo com as radiografias panorâmicas na
decisão de tracionamento ou exodontia de caninos inclusos. A angulação do longo eixo do dente impactado em relação ao plano sagital mediano da paciente ABS mede 47°. Outra medida
estudada aponta que a incisal do canino incluso
encontra-se além da mesial do incisivo central,
passando por completo na largura do incisivo lateral. A tentativa de tracionamento do elemento
23 poderia gerar danos ao elemento 22 segundo imagens da tomografia. Concluímos que a
terapêutica a ser adotada, baseada em exames
radiográficos e principalmente o tomográfico
frente a um canino incluso, depende do posicionamento vertical e horizontal em relação aos
dentes adjacentes e ao plano sagital mediano.
O caso clínico apresentado demonstrou preocupação em se preservar os dentes adjacentes
que poderiam ser danificados. A paciente não
apresentou deficiências estéticas graves nem
funcionais e será acompanhada.
109 – Correção ortopédica da discrepância
transversal em adulto com expansor palatino
apoiado em mini-implantes
Cibele Braga de Oliveira; Israel de Lima
Rodrigues; Adarliene Rodrigues Aguiar de
Matos; Mauricio dos Santos Souza; Jose Alberto
Silva; Wilson Humio Murata (Coesp – Centro
Odontológico de Estudo e Pesquisa)
A expansão rápida da maxila (ERM) tradicional, realizada com aparelho dentossuportado,
gera forças elevadas que são transmitidas aos
dentes posteriores e região alveolar adjacente
ocasionando o efeito benéfico de abertura da
sutura palatina, porém, acompanhada de efeito
colateral indesejado de vestibularização acentuada dos dentes de suporte. O aparelho expansor
palatino apoiado em mini-implantes ortodônticos
é um dispositivo ortodôntico e permite a correção
da discrepância transversal com mínimos efeitos
colaterais de vestibularização dos dentes e por
isso, pode ser indicado para expansão ortopédica da maxila em pacientes adultos que apresentam mordida cruzada posterior com dentes de
suporte já vestibularizados, tipo periodontal desfavorável ou periodonto com reabsorções ósseas
e recessões, além de pacientes com ausências
dentárias posteriores. Este trabalho teve o objetivo de descrever um caso clínico que utilizou
um expansor palatino apoiado em mini-implantes
para correção ortopédica da discrepância transversal de uma paciente adulta. A paciente de 24
anos de idade, sexo feminino, apresentava atresia maxilar com mordida cruzada posterior unilateral do lado direito e ausência dos pré-molares
e molares superiores esquerdos. Um expansor
palatino apoiado em mini-implantes foi instalado
e ativado, obtendo-se uma expansão total de
8 mm. Foram realizadas tomografias computadorizadas antes e após a expansão ortopédica,
mostrando como resultado uma abertura da sutura palatina. Os resultados clínicos mostraram
o surgimento de diastema entre incisivos superiores e o descruzamento posterior da mordida
sem efeito colateral de vestibularização dos dentes posteriores. Este caso clínico evidencia que a
ERM, quando realizada com um aparelho expansor ancorado em mini-implantes, pode produzir
resultados ortopédicos bem-sucedidos, mesmo
em pacientes adultos.
110 – Verticalização e mesialização
de molares inferiores com auxílio de
ancoragem esquelética
Ludmila Mangialardo Lima; Fabrício Pinelli
Valarelli; Bruno da Silva Vieira; Fabiola Esther
Alvarez Avila; Arnaldo Pinzan; Danilo Pinelli
Valarelli (FOB-USP)
O número de pacientes adultos na busca do
tratamento ortodôntico aumentou em média
35% nos últimos anos. Portanto, o ortodontista em sua rotina clínica se depara frequentemente com molares angulados mesialmente
devido à perda precoce dos primeiros molares permanentes. A utilização de dispositivos
de ancoragem esquelética facilitou a mecânica
de verticalização e mesialização, diminuindo
os efeitos colaterais e proporcionando resultados previsíveis e satisfatórios. Esse caso relata
tratamento de paciente, 33 anos de idade, que
apresentou perfil reto; selamento labial passivo;
má-oclusão de três quartos de classe II, subdivisão direita; trespasse vertical positivo de 3 mm;
linha média dentária superior coincidente com o
51
plano sagital mediano e linha média dentária inferior desviada 2 mm para a direita; ausência dos
primeiros molares inferiores com consequente extrusão dos primeiros molares superiores e
mesialização dos molares inferiores. Para este
caso foi planejado o alinhamento e nivelamento
dos arcos, instalação de mini-implantes no arco
superior por vestibular entre os elementos 15-16
e 26-27, por palatino entre os elementos 16-17
e 25-26 considerando os espaços inter-radiculares, com o objetivo de realizar a intrusão dos
elementos 16 e 26. Para realizar a verticalização e mesialização dos molares inferiores com
movimento de corpo, foram instalados mini-implantes na vestibular entre os elementos 34-35 e
43-44, associado com cantiléveres modificados
confeccionados com fio 0,017” x 0,025” de titânio-molibdênio (TMA) e elásticos correntes dos
cantiléveres aos mini-implantes. Para a correção
da má-oclusão de classe II, utilizou-se elástico
intermaxilar unilateral (lado direito) 3/16” médio.
Ao final do tratamento, foi confeccionado no arco
superior placa de contenção (wraparound) e no
arco inferior contenção fixa 3 x 3. O caso clínico
apresentou, ao final do tratamento, uma oclusão
estática e dinâmica satisfatórias com a relação
de molares e caninos em classe I e trespasse
horizontal e vertical corrigidos sem o comprometimento do perfil facial.
111 – Tratamento compensatório do
padrão II com extração de primeiros
pré-molares superiores e retração com
ancoragem esquelética utilizando mecânica
de baixo atrito
Jamile Lima Silva Santos; Carolina Nogueira
Carvalho; Valba Luz; Antônio França (Ceno)
A má-oclusão classe II caracteriza-se por uma
relação deficiente entre os arcos dentários e/
ou por alterações esqueléticas. Para correção
compensatória desta má-oclusão, tem-se a
opção da extração de pré-molares superiores,
onde a arcada inferior deverá estar estável e
arcada superior possuir apinhamento de moderado a severo. Para ancoragem da mecânica
de retração deste tipo de planejamento, é muito empregada a ancoragem máxima esquelética com mini-implantes. A escolha do braquete
para correção da má-oclusão é imprescindível,
e nos casos de necessidade de extensos movimentos dentários, como nos casos com extrações de pré-molares, o sistema de braquetes
autoligados terá um excelente desempenho no
deslizamento e fechamento de espaços. Este
presente trabalho relata um caso clínico de
uma paciente adulta classe II dentária e esquelética, com ligeiro prognatismo maxilar, onde
foi realizada a exodontia de dois primeiros pré-molares superiores, utilizando uma mecânica
de baixo atrito, com aparelhos autoligados e
retração com ancoragem máxima esquelética
por meio de mini-implantes.
112 – Abertura de espaços em pacientes
adultos com agenesia de laterais: uma
nova abordagem
Gladistone Cadete Meros; Selly Sayuri Suzuki;
Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade
de Odontologia – São Leopoldo Mandic)
Apresentar uma alternativa de mecânica ortodôntica, para abertura de espaços para implante de incisivos, em pacientes com agenesias
bilaterais de incisivos laterais, através da distalização de dentes, feita com auxílio de miniplacas de ancoragem esquelética associadas
a um sistema de braquetes autoligados. Tal
opção de tratamento baseou-se na queixa estética da paciente, no seu padrão facial equilibrado, na anatomia dos caninos (volumosos no
sentido vestibulolingual), e no desejo de melhorar o engrenamento dentário a fim de prevenir maiores abfrações e desgastes incisais.
Para obtenção de espaço na região posterior,
foi solicitado à cliente remover os terceiros molares superiores (18 e 28). Com a instalação
de duas miniplacas de ancoragem, foi possível
distalizar todos os dentes, com auxílio de molas
de tração de niquel-titânio, sliding-jigs, e seda
elástica (Elastomerics), sem precisar da colaboração da paciente quanto ao uso de elásticos ou outros dispositivos distalizadores intra
ou extrabucais. Foram utilizados braquetes autoligados a fim de diminuir o atrito dos dentes
posteriores e facilitar a movimentação de todos
dentes para distal. Durante a movimentação
foram instalados provisórios de acrílico com
braquetes colados, sobre o fio ortodôntico, a
fim de mascarar os espaços antiestéticos. Ao
final de 19 meses, o caso estava concluído,
com molares e caninos em classe I, guias de caninos recuperados e a paciente estava liberada
para confecção das próteses definitivas sobre
implantes e demais complementos estéticos.
113 – Tratamento integrado na agenesia de
incisivos laterais superiores
Nayara Thiago Semenara; Mayara Paim Patel;
Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique
da Costa Grec; Danilo Pinelli Valarelli; Fabricio
Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru)
O objetivo deste trabalho foi apresentar um
caso clínico de agenesia dos incisivos laterais
superiores conduzindo o tratamento ortodôntico
52
para o fechamento dos espaços e tratamento restaurador dos caninos superiores. A paciente buscou tratamento ortodôntico com a
queixa da presença de espaços no arco superior. Inicialmente, houve o alinhamento e
nivelamento dos dentes e, após essa fase, iniciou-se o fechamento dos espaços superiores
e inferiores com elástico corrente médio. Na
fase de finalização foram utilizados elásticos
de intercuspidação, 3/16 médio, para melhorar o trespasse vertical. Antes da remoção do
aparelho, a paciente realizou o tratamento
estético transformando os caninos superiores em incisivos laterais. Observou-se que
o tratamento eleito proporcionou um sorriso
estético sem alteração funcional e com uma
oclusão estável, além de não apresentar alteração no perfil facial. A paciente também se
mostrou satisfeita com o resultado obtido. De
acordo com este caso clínico, conclui-se que
o fechamento de espaços devido à agenesia
de incisivos laterais superiores, resultante de
um tratamento ortodôntico integrado ao procedimento estético, proporciona um excelente resultado estético e funcional, além de ser
uma opção de mais viável.
114 – Tratamento da apneia obstrutiva
do sono: há movimentos dentários
colaterais?
Gabriela Cristina de Oliveira; Ana Flavia
Grandini Sanson; Alexandre Silveira Arrabal;
Eduardo Álvares Dainesi; Marcia Yuri
Kawauchi (Faipe – Unidade de Bauru, e.Orto)
A síndrome da apneia obstrutiva do sono
(Saos) caracteriza-se por repetidos episódios
de parada momentânea da respiração durante
o sono, e promove severas alterações psicossomáticas a seus portadores, tais como sonolência diurna, disfunção sexual, perda de
concentração, alterações cardiopulmonares
e cerebrovasculares. Na Saos suave ou moderada pode-se indicar uma terapia com aparelhos de avanços mandibulares, associados
ou não aos CPAPs. Há relatos na literatura
indicando o surgimento de mordida cruzada
na região dos pré-molares e diminuição do
overjet e do overbite, devido à lingualização
dos incisivos superiores e vestibularização
dos inferiores, principalmente se o período de
utilização do aparelho intrabucal for maior que
três anos. Este trabalho apresenta um caso
de tratamento da Saos com aparelho intrabucal de avanço mandibular, em um paciente
adulto, e algumas medidas cefalométricas das
possíveis alterações dentárias devido a este
tratamento.
115 – Intervenção precoce da
sobremordida profunda com aparelho
Occlus-o-Guide
Isabel Cristina Santana de Melo Prata; Ana
Flavia Betoni Roberto; Eduardo Álvares
Dainesi; Marcia Yuri Kawauchi (Faipe –
Unidade de Bauru, e.Orto)
Muitos ortodontistas consideram a sobremordida profunda como uma má-oclusão de difícil
abordagem, principalmente devido à sua etiologia multifatorial e ao seu grande potencial
recidivante. A intervenção precoce da sobremordida profunda previne problemas futuros
como desordens da ATM e colapsos periodontais, permitindo um desenvolvimento facial e oclusal equilibrados. A necessidade do
tratamento durante a dentadura permanente
pode ser eliminada ou minimizada se houver uma irrupção dentária guiada, reduzindo
discrepâncias esqueléticas, por meio do redirecionamento do crescimento facial. Na correção precoce da sobremordida profunda, a
indicação do aparelho Occlus-o-Guide objetiva alcançar um trespasse vertical adequado antes da formação das fibras colágenas
maduras, ou seja, antes da irrupção completa
dos caninos e pré-molares. Este trabalho exibe a correção precoce da sobremordida profunda com o aparelho Occlus-o-Guide, durante a fase de dentadura mista.
116 – Tratamento de mordida cruzada
posterior com arco auxiliar de expansão e
elásticos intermaxilares
Silvia Amélia Lorenzetti Stoppa; Augusto Cesar
Rodrigues de Souza; Claudia Cristina da Silva;
Mayara Paim Patel; Roberto Henrique da Costa
Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete –
Bauru)
No tratamento da mordida cruzada posterior
em adultos existem duas opções de tratamento: cirúrgico ou compensatório. No caso
presente, após a recusa da paciente pela cirurgia, optou-se pelo tratamento compensatório com arco auxiliar de expansão e elásticos intermaxilares. Este tratamento só é
possível quando a mordida cruzada é dentoalveolar. Neste caso tinha-se inclinação dos
dentes superiores posteriores para palatina
e ainda inclinação dos inferiores posteriores
para vestibular. Por isso os elásticos foram
associados ao arco de expansão para corrigir a má-oclusão. Após dois anos e meio de
tratamento, observou-se a correção da má-oclusão inicial com excelente resultado estético e funcional. Houve expansão da arcada
53
superior e desinclinação dos dentes posteriores superiores e inferiores. No controle de quatro anos, após o término do tratamento, pôde-se
observar a estabilidade a longo prazo da correção da má-oclusão. Sendo possível concluir
que o tratamento compensatório da mordida
cruzada posterior é uma boa opção quando o
problema inicial é dentoalveolar.
117 – Verticalização de terceiro molar
inferior com biomecânica 3D
Juliana Maria Barone Camargo; Cristina Silva
Constâncio; Marcia Yuri Kawauchi; Eduardo
Álvares Dainesi (Faipe – Unidade de Bauru,
e.Orto)
A presença de terceiros molares inferiores impactados que necessitam ser verticalizados
requer um tratamento muito bem planejado.
A impacção pode resultar de diversos fatores
como a deficiência de crescimento mandibular, mecânica ortodôntica, alteração da via de
erupção, comprimento inadequado do arco
inferior e tamanho dentário excessivo. Há
vários procedimentos para a correção deste
problema como o reposicionamento cirúrgico,
extração com transposição do terceiro molar
inferior ou simplesmente deixando o terceiro
molar irromper na posição do segundo. Porém,
sugere-se que a conduta mais segura seja a
correção da angulação por meio de mecânica de verticalização. Este trabalho descreve
o reposicionamento adequado de um terceiro
molar inferior, no local do segundo molar, por
meio de biomecânica 3D de verticalização –
controle tridimensional do movimento. Este
processo demonstrou ser seguro e eficaz, sem
causar anquilose ou reabsorções radiculares
e ósseas, com um mínimo de desconforto ao
paciente, preservação da vitalidade pulpar e
também sem ocasionar uma extrusão dentária
excessiva do dente verticalizado.
118 – Tratamento ortodôntico de máoclusão classe III associada à mordida
aberta anterior severa em paciente adulto
Victor de Miranda Ladewig; Carlos Eduardo
Nassif Makluf; Fernando Pedrin Carvalho
Ferreira; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin;
Danilo Pinelli Valarelli; Ana Claudia de Castro
Ferreira Conti (Universidade Sagrado Coração
– USC-Bauru)
Um dos maiores desafios para o Ortodontista é o tratamento da classe III. Quando diagnosticado precocemente, o profissional pode
lançar mão de alternativas ortopédicas para
minimizar o impacto dessa alteração craniofa-
cial. Em pacientes adultos, a cirurgia ortognática acaba sendo o tratamento de eleição, porém,
muitos indivíduos recusam tal proposta, devendo o ortodontista ter capacidade de realizar um
tratamento compensatório, muitas vezes de alta
complexidade, quando possível. O presente trabalho, apresenta o caso clínico de um paciente
com má-oclusão classe III com overjet de 5 mm,
associado à 5 mm de mordida aberta anterior
e mordida cruzada posterior. A opção de tratamento ortocirúrgica foi recusada pelo paciente,
de modo que foi realizada inicialmente a disjunção palatina cirurgicamente assistida, seguida
pelo tratamento ortodôntico compensatório com
auxílio de mini-implantes de ancoragem para intrusão dos dentes posteriores e mecânica com
elásticos classe III. Ao final do tratamento, foi obtido um excelente resultado estético e funcional.
119 – Sobremordida: relato de caso
Gyslainne Aparecida Rodrigues de Aguiar;
Nayanne de Jesus Bárbara; Marcus Vinícius
Crepaldi; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena
dos Santos Oliveira; Carolina Mattar da Cruz
(Faipe)
A sobremordida pode causar danos à estética,
desgastes dentários, alterações periodontais
e alterações nas articulações temporomandibulares. Este tipo de má-oclusão pode acometer tanto jovens quanto adultos, em ambos
caracteriza-se pelo trespasse vertical acentuado entre os dentes anteriores, pela falta de
desenvolvimento vertical dentoalveolar posterior e/ou pela deficiência esquelética anterior vertical. Para a correção da sobremordida
profunda existem várias opções de tratamento
que devem ser escolhidas de acordo com o
diagnóstico e objetivo do tratamento. A correção pode ser através da extrusão de dentes
posteriores e/ou intrusão dos dentes anterossuperiores. Em casos severos de sobremordida esquelética em indivíduos adultos, a única
opção satisfatória de tratamento é a cirurgia
ortognática. Após a finalização do tratamento
os dentes devem ser contidos em suas novas
posições através de contenções, até as estruturas do sistema estomatognático se adaptarem às suas novas posições. O objetivo deste
artigo foi relatar um caso clínico de um paciente com mordida profunda corrigida com
uso de aparelho fixo convencional e levante
de mordida com o auxilio do stop guia para
extrusão dos dentes posteriores.
54
120 – Correção da inclinação frontal do
plano oclusal por meio de ancoragem
absoluta
Carolina Nazif Rasul; Virgílio de Miranda
Camargo; Leonardo Graboski Castro; Juliana
Volpato Curi Paccini; Bruno Sá; Fabrício
Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema
Odontológico de Ensino e Pesquisa)
O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso
clínico do tratamento da inclinação do plano oclusal anterior com a utilização de mini-implantes.
Ao término do tratamento, observou-se que
houve compensações dentárias para a devida
correção da inclinação do plano oclusal e da
má-oclusão com excelente resultado estético e
funcional. A paciente ficou muito satisfeita com
a estética do sorriso e com a perceptível alteração em relação ao perfil facial. Conclui-se que
casos de inclinação do plano oclusal frontal
podem ser eficientemente tratados com ancoragem esquelética através do uso de mini-implantes, otimizando os resultados ortodônticos
através da diminuição da complexidade da mecânica, da menor dependência da colaboração
do paciente e do menor tempo de tratamento,
evitando assim a necessidade de intervenção
cirúrgica.
121 – Arco de torque e máscara facial na
correção da mordida cruzada anterior
Maurício Guilherme Lenza; Amara Mariana
Lourenço Araújo de Oliveira; Milena Moraes de
Oliveira Lenza; Eduardo Beaton Lenza; Marcos
Augusto Lenza; João Batista de Souza (UFG)
A má-oclusão de classe III por deficiência maxilar pode ser tratada ortopedicamente ainda na
dentição mista. O presente caso clínico relata
o tratamento interceptivo de paciente do sexo
feminino, com sete anos e nove meses de idade. A paciente apresentava perfil ligeiramente
côncavo, terço médio da face deficiente e lábio
superior levemente retruído. Em exame clínico,
a paciente encontrava-se em dentição mista,
com molares permanentes em classe I e mordida cruzada anterior com overjet de -3 mm. Optou-se pela expansão maxilar e máscara facial.
Para melhorar o overjet e overbite, além de vestibularizar os incisivos centrais superiores, foi indicado arco de torque encaixado nos braquetes
dos dentes 11 e 21; amarrado na região posterior próximo do 16 e 26 com força intrusiva de
40 g de cada lado a, aproximadamente, 30 mm
dos incisivos, confeccionado com fio de TMA
0,017’’ x 0,025’’. Após a remoção do arco de torque, foi solicitado à paciente mantivesse o uso
da máscara facial de uso noturno como conten-
ção. Ao final da primeira fase de tratamento, foi
observada a sobrecorreção dos molares, overbite e overjet ideais, significante melhora facial
e correção total da mordida cruzada anterior.
Neste caso, o arco de torque provou-se um dispositivo eficiente e eficaz como mecânica auxiliar na correção da mordida cruzada anterior. A
paciente está sendo acompanhada até a troca
total da dentição, para verificar se será necessária outra intervenção para posterior avaliação
da necessidade de uma intervenção corretiva e/
ou mesmo cirúrgica.
122 – Tratamento compensatório em adultos
Julia Mattar; Marcus Vinícius Crepaldi; Bruna
Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de
Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
A mordida aberta anterior é uma má-oclusão
definida por um trespasse vertical negativo entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Facilmente reconhecida,
causa grandes problemas estéticos e funcionais
ao indivíduo. Sua etiologia é multifatorial, ou
seja, inúmeros fatores podem desencadeá-la e
esses diversos fatores, agindo juntos, definem
a gravidade da mesma. Segundo a literatura,
existem fatores relacionados com o diagnóstico, plano de tratamento e mecânica ortodôntica
que podem influenciar o sucesso do tratamento
por compensação dentária desta má-oclusão.
São eles: posicionamento diferenciado dos
acessórios, utilização de grade palatina fixa ou
esporões durante a mecânica, realização de
extrações dentárias, intrusão de dentes posteriores por meio de dispositivos de ancoragem
absoluta, utilização de elásticos verticais na região anterior e ao final do tratamento, o uso de
contenções ativas para garantir a estabilidade
dos resultados. (Janson et al, 2014). O presente
trabalho descreveu o tratamento ortodôntico de
paciente do sexo feminino, 40 anos e seis meses
de idade, classe II esquelética, mordida aberta
anterior, maxila fortemente atrésica e ausência
do dente 36, onde o planejamento foi realizar o
tratamento compensando dentariamente.
123 – Verticalização de terceiros molares impactados, vale a pena arriscar?
Tanara Prux Fehlberg; Heraldo Luís Dias da
Silveira (Universidade Federal do Rio Grande
do Sul)
A verticalização de terceiros molares inferiores
impactados é uma prática bastante discutível na
literatura e um tanto incomum, mas pode ser uma
alternativa extremamente interessante em determinados casos. Este caso apresenta paciente
de 28 anos, sexo feminino, com apinhamento
55
severo nos arcos superior e inferior, desvio de
linha média superior, perda precoce dos primeiros molares inferiores, mordida cruzada em Brodie no 17 e plano oclusal superior transverso.O
objetivo inicial do tratamento era a correção do
apinhamento e da oclusão, sem pretensão do
fechamento do espaço dos dentes ausentes.
Entretanto, a medida que o tratamento evoluiu,
o caso acabou mostrando-se favorável, tanto
para a mesialização do 37 e 47, quanto para a
verticalização dos terceiros molares. O plano de
tratamento proposto inicialmente foi a extração
dos dentes 14 e 24, possibilitando a correção do
apinhamento e do desvio da linha média, build
ups no lado esquerdo para o uso de elástico
crossbite invertido no 17 e 47, além de elásticos triangulares nos dentes 23 e 25 almejando
uma melhora no plano oclusal, distalização dos
pré-molares inferiores para a correção do apinhamento inferior. Com a evolução favorável
do tratamento, e após a avaliação radiográfica
de controle, optou-se por buscar a verticalização dos terceiros molares inferiores, para isso
procedeu-se a colagem de tubos e a inclusão
destes no arco de alinhamento e nivelamento
com fios de NiTi termoativados calibre 0,016”
x 0,022”. Os tubos colados inicialmente angulados foram sendo corrigidos no decorrer do
alinhamento. Posteriormente, foram utilizados
elásticos intermaxilares de classe II para potencializar a perda de ancoragem inferior e para o
ajuste de oclusão. Os braquetes do hemiarco
esquerdo superior foram recolados em uma posição mais cervical afim de auxiliar a correção
do plano oclusal, melhorando o aspecto final do
sorriso.O protocolo de contenção utilizado foi a
placa de acetato de uso contínuo e 3 x 3 inferior fixa colada em todos os dentes, além de
contenções fixas por vestibular dos segundos
pré-molares inferiores até os terceiros molares.O fechamento total dos espaços edêntulos
a partir da verticalização dos terceiros molares e
a inclusão destes no arco levou a um resultado
extremamente positivo, com uma considerável
melhora na oclusão e estética facial da paciente.
oclusal nos incisivos adjacentes e em alguns
casos, problemas na articulação temporomandibular. Quando esse dente se encontra ausente
após o termino de erupção de seu correspondente, o denominamos como dente incluso ou
retido. São vários os motivos que levam a esse
quadro e de acordo com eles, várias opções
de tratamento. Se a erupção não ocorre naturalmente é preciso então realizar uma manobra
ortodôntica de tracionamento onde deve-se tomar uma série de cuidados. Este trabalho relata
um caso clínico no qual foi realizado o tracionamento de um incisivo central superior direito. A
exposição do dente onde foi colado o dispositivo
para a manobra foi feita com laser de alta potência de diodo para otimizar o processo de colagem e braquetes autoligados foram utilizados
nos demais dentes superiores.
124 – Tracionamento de incisivo central
superior com exposição de coroa realizado
com laser de alta potência de diodo
Patricia Frias Dutra; Marco Antonio Rocco;
Rosangela Andrade Rocha de Campos; Alyne
M. Hofstetter; Lilian Massucci Marciano Buelau;
Wilson Humio Murata (Universidade Cruzeiro
do Sul – Unicsul)
126 – Alterações da cavidade nasal e do
padrão respiratório após expansão rápida
da maxila avaliados por rinometria acústica
e rinomanometria
Maíra de Andrade Pascoal; Ilma Aparecida
Paschoal; Paulo Ferreira; Romulo Moraes;
Eulália Sakano; Carlos Emílio Levy
(Universidade Estadual de Campinas)
A ausência de um incisivo central superior leva
à problemas estéticos, de fonação, mastigação,
deglutição, nos movimentos protrusivos, trauma
O estudo da respiração bucal é de suma importância ao ortodontista, assim como o correto
diagnóstico, que pode ser complementado com
125 – Tratamento compensatório de
paciente classe III postural
Lilian Massucci Marciano Buelau; Mauricio
dos Santos Souza; Alyne M. Hofsteter; Patricia
F. Dutra; Kamila Pinto; Wilson Humio Murata
(NAP-Cruzeiro do Sul)
Para o tratamento da má-oclusão de classe III
postural, é necessário levar em consideração
alguns fatores importantes, entre eles destaca-se o estágio da dentição, presença de crescimento ativo, agradabilidade facial, relação entre
as bases ósseas e a remoção do agente causal.
O paciente aqui apresentado, 18 anos de idade,
sexo masculino, braquifacial severo, classe III,
mordida cruzada anterior, incisivos superiores
retruídos e lingualizados, e incisivos inferiores
protruídos e vestibularizados causado provavelmente por uma irrupção ectópica dos incisivos
superiores, associada por uma retenção prolongada dos dentes decíduos. O paciente foi submetido ao tratamento ortodôntico corretivo com
aparelho fixo autoligado e levantamento oclusal
(bite ramp) e posterior bite plane, a fim de eliminar esse tipo de má-oclusão, evitando assim
que ela se tornasse esquelética e cirúrgica.
56
a rinometria acústica e rinomanometria, e o tratamento adequado, para não interferir na matriz
funcional de crescimento crânio facial. A atresia
maxilar, que pode ser resultado da respiração bucal, produz a diminuição do diâmetro do arco maxilar. Um dos tratamentos propostos para atresia
maxilar é a expansão rápida da maxila (ERM).
O objetivo desse trabalho foi revisar a literatura
sobre o assunto e ilustrar por meio de um relato
de caso clínico, os efeitos da ERM na morfologia
e no padrão respiratório. A resistência média na
narina esquerda, durante a inspiração, caiu de
2,218 Pa/cm3 ± 0,162 para 0,915 Pa/cm3 ± 0,111.
Do lado direito a resistência respiratória caiu de
0,83 Pa/cm3 ± 0,264 para 0,697 Pa/cm3 ± 0,090.
A resistência expiratória da narina esquerda caiu
de 1,747 Pa/cm3 ± 0,105 para 0,691 Pa/cm3 ±
0,084. Enquanto que a resistência expiratória na
narina direita foi de 0,697 Pa/cm3 ± 0,099 para
0,828 Pa/cm3 ± 0,082. A resistência inspiratória
total foi de 0,579 Pa/cm3 para 0,396 Pa/cm³. A
resistência expiratória total foi de 0,498 Pa/cm3
para 0,377 Pa/cm3. Como visto, a resistência
maior observada foi na narina esquerda, sugerindo que ela respondeu ao procedimento de ERM.
O fluxo em cm3/s na narina esquerda era de 40
e na direita de 123. Após o procedimento, o fluxo
na narina esquerda era de 102 e na direita de
156. O fluxo total (direito + esquerdo), antes do
procedimento, foi de 163 cm3/s. O fluxo total (direito + esquerdo), após o procedimento foi de 258
cm3/s. Como visto por meio dos números acima,
o procedimento parece ter tido efeito considerável na resistência e fluxos nasais. Deve-se levar
em consideração que as medidas foram realizadas uma semana após o procedimento de ERM
e isso, portanto, não nos permite prever como as
estruturas estarão em longo prazo. Há, portanto,
necessidade de um acompanhamento longitudinal para ver se essa melhora será persistente.
127 – Distalizador Pendulum: eficiente
método para obtenção de espaço
Layane Cristina de Figueiredo; Paolla
Nascimento Pereira; Mayara Paim Patel;
Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Andréia Cotrim
Ferreira; Andréa Louzada Suster (Instituto
Vellini)
A má-oclusão de classe II é uma das mais comuns no Brasil e, com isso, seu diagnóstico passa a ser bastante recorrente na rotina da prática
clínica do Ortodontista. Trata-se sempre de um
desafio corrigir a má-oclusão de classe II sem
a necessidade de exodontias, aparelhos de tração mandibular ou com ancoragem extrabucal,
uma vez que o uso destes dispositivos necessita
de maior aceitação pelo paciente e cooperação
durante o tratamento. Neste trabalho relatar-se
o caso clínico de um paciente de 22 anos, sexo
feminino, que compareceu à Clínica de Especialização em Ortodontia do Instituto Vellini para
corrigir a mordida e alinhar os dentes. Ao exame
clínico extrabucal foi verificado que a paciente
apresentava perfil reto com padrão dolicofacial
e ausência de selamento labial. Ao exame intrabucal, foi verificado que a paciente possuía
má-oclusão de meia classe II, segunda divisão,
subdivisão direita, além de apinhamento dentário, rotações dentárias e curva de Spee normal.
O planejamento do tratamento possibilitou o uso
do aparelho Pendulum de Hilgers para correção
da má-oclusão de classe II e obtenção de espaço – atuando como distalizador dos molares
superiores a partir de ancoragem intrabucal e
intramaxilar – sendo continuado por mecânicas
ortodônticas com aparelho fixo corretivo superior
e inferior para correção dos apinhamentos, rotações dentárias e nivelamento do plano oclusal.
Quanto ao tempo e evolução do tratamento, tem-se que sua duração total foi de 35 meses, sendo
que a obtenção de espaço por meio do distalizador ocorreu durante dois meses, sob uma ativação de 250 g de força, em média, no lado direito,
e todo o restante do período com realização da
mecânica ortodôntica corretiva para correção dos
demais problemas dentoalveolares. Ao longo do
tratamento foi constatado que a paciente apresentava inadequado posicionamento da língua e,
por isso, foi necessário acompanhamento com fonoaudiólogo. Ao final do tratamento obtiveram-se
resultados satisfatórios, possibilitando finalizar o
caso com relação molar de classe I, bom posicionamento dos elementos dentários anteriormente
girovertidos e nivelamento do plano oclusal, além
de correto posicionamento da língua na cavidade bucal. Após o tratamento ortodôntico corretivo
ser finalizado, fez-se necessária a instalação da
contenção ortodôntica, optando-se pelo arco de
Hawley removível superior com orifício palatino,
procurando obter melhor posicionamento da língua. A partir do sexto mês pós-tratamento ortodôntico, orientou-se a paciente sobre a utilização
da contenção somente para o período noturno.
128 – Classe II, mordida aberta com o uso da
técnica Meaw
Alyne Machado Hofstetter; Patricia F. Dutra;
Lilian M. M. Buelau; Marco Antonio Rocco;
Mauricio S. Souza; Wilson Humio Murata (NAPCruzeiro do Sul)
Paciente de 13 anos idade, sexo masculino,
padrão I, mesofacial, classe II de Angle, inicialmente foi tratado com aparelho autoligado interativo prescrição Roth 22. Ao término da fase
57
de alinhamento e nivelamento foi solicitada a extração dos elementos 38 e 48, devido à impactação do 37 e 47. Após a erupção dos segundos
molares inferiores, aos 14 anos, instalou-se a
mordida aberta anterior, neste caso optou-se
por utilizar a técnica do Meaw (Multiloop Edgewise Archwire), confeccionada com fios Blue
Elgiloy 16 x 22, associados ao uso de elásticos
intermaxilares com 180 g de força no sentido da
classe II. Após seis meses de tratamento a mordida foi fechada e a classe II corrigida.
129 – Utilização de ancoragem esquelética
como auxiliar na fase de retração do
segmento anterior
Marcella Rodrigues Ueda Fernandes; Cassiano
Arashiro; Selly Sayuri Suzuki; Hideo Suzuki;
Denise Fujii; Aguinaldo Silva Garcez Segundo
(Faculdade de Odontologia – São Leopoldo
Mandic)
Introdução: o objetivo deste estudo foi comprovar a eficácia dos mini-implantes como ancoragem esquelética no tratamento de classe I
com biprotrusão, ou classe II esquelética com
extração de pré-molares por meio do tratamento. Paciente do sexo feminino, 30 anos de
idade, classe II esquelética e má-oclusão de
Angle classe II, primeira divisão, submetida a
tratamento ortodôntico com extração dos quatro
primeiros pré-molares e mecânica de retração
com mini-implantes. Relato de caso: tratamento de retração do segmento anterior realizado
com mini-implantes bilaterais instalados na região entre as raízes do segundo pré-molar e
primeiro molar, superiores, analisado através de
análises clínicas por meio de fotografias intra e
extrabucais associadas à radiografias. Resultados: fechamento completo dos espaços das
extrações, diminuição da sobressaliência, melhora da relação interincisivos, perfil facial mais
harmonioso e ângulo nasolabial mais obtuso.
Conclusão: os mini-implantes são eficientes
no tratamento com mecânica de retração e intrusão simultâneas do segmento anterior, além
de fornecer máxima ancoragem, sem necessitar da colaboração do paciente para o sucesso
do tratamento.
130 – Tratamento interdisciplinar
de agenesia de incisivos laterais
superiores com fechamento de espaço e
reanatomização dos caninos
Milla Barros de Menezes Magalhães; Cimon
Tulio Magalhães Souza; Humberto Nazareth
Costa Júnior (ABO-GV Minas Gerais)
O presente trabalho relata caso clínico de age-
nesia de incisivos laterais superiores. Paciente
adulto, 46 anos de idade, sexo feminino. Foi
feito o planejamento digital do sorriso (DSD),
Ortodontia fixa e após a finalização do tratamento ortodôntico, foi realizada a reanatomização dos caninos em laterais usando laminados
de dissilicato de lítio e posterior ajuste oclusal.
Essa abordagem de fechamento de espaço é
considerada biológica com bom prognóstico em
longo prazo.
131 – Correção do desvio de linha média
superior por meio de extração assimétrica e
ancoragem absoluta
Ana Paula Pereira Santiago dos Santos Lages;
Hideo Suzuki; Luís Henrique Rodrigues Lages;
Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade
de Odontologia – São Leopoldo Mandic)
O desvio de linha média maxilar interfere negativamente na estética do sorriso. Alguns artigos
sugerem que a coincidência entre as linhas médias dentárias com a facial, seja um dos principais fatores que contribuem para a beleza ao
sorrir. Devido a isto, o planejamento para correção de desvio de linha média (principalmente
do arco superior) deve ser bastante cauteloso.
Um correto diagnóstico deve ser executado
para que a escolha da forma de tratamento seja
a mais correta possível, visto que fatores como
padrão de crescimento, convexidade de perfil,
má-oclusão associada, presença ou não de apinhamento, dentre outros, interferem diretamente no sucesso ao final do tratamento. O objetivo
deste trabalho foi relatar um caso clínico de tratamento de classe II, subdivisão esquerda (Angle), em paciente do sexo masculino, 18 anos
de idade. No arco superior, o paciente apresentava acentuado apinhamento assimétrico e
desvio de linha média para direita (sendo estas
suas queixas principais). No arco inferior, suave apinhamento da região anterior. Planejou-se
para tratamento do caso, extração assimétrica
de um pré-molar superior do lado esquerdo para
correção da linha média. Devido à severidade
da classe II do molar deste lado, foi necessária
ancoragem absoluta, sendo utilizado um mini-implante para esta finalidade. Para realização
da mecânica ortodôntica, utilizou-se aparelho
metálico convencional com ligaduras elásticas,
prescrição MBT. A primeira fase da mecânica ortodôntica foi a retração inicial do canino superior
esquerdo apoiado no mini-implante para criar
espaço para dissolver o apinhamento do arco
superior e ao mesmo tempo corrigir o desvio da
linha média superior. Esse planejamento tinha
como finalidade alcançar alinhamento e nivelamento dos arcos dentários superior e inferior,
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engrenamento oclusal (com caninos em classe
I, molares direitos em classe I e esquerdos em
classe II) e linhas médias dentárias coincidentes com a facial sem alteração do perfil facial
do paciente, visto que o mesmo já apresentava
um perfil pobre ao início do tratamento. Correto
planejamento e bom controle da mecânica, permitiram que, ao final do tratamento ortodôntico,
o paciente apresentasse as condições planejadas. A partir do caso clínico apresentado, pode-se concluir que o desvio da linha média superior
tem influência direta na estética do sorriso e o
planejamento para sua correção deve ser baseado em um correto diagnóstico, levando-se em
consideração o perfil do paciente, a severidade
da má-oclusão, a quantidade de apinhamento e
a necessidade ou não de ancoragem.
132 – Estabilidade na correção da classe II
tratada com distalizador Jones Jig seguido
de aparelho fixo corretivo
Jéssica Ferreira de Almeida; Jose Fernando
Castanha Henriques; Karina Maria Salvatore
de Freitas; Andrea Louzada Suster; Flavio
Augusto Cotrim-Ferreira; Mayara Paim Patel
(Instituto Vellini)
A combinação de discrepâncias dentárias e esqueléticas resultando em uma classe II é uma das
principais razões pela qual o paciente procura o
tratamento ortodôntico. O tratamento dessa má-oclusão pode variar de acordo com as características do paciente quanto ao fator etiológico, idade,
padrão de crescimento, severidade da má-oclusão, queixa principal, habilidade do profissional e
cooperação do paciente. O tratamento da má-oclusão de classe II é um dos mais investigados e
controversos assuntos da Ortodontia. Isso se deve
à sua variabilidade de estratégias de tratamento
devido às suas características morfológicas. Suas
técnicas de tratamento incluem extrações dentárias, aparelhos ortopédicos e aparelhos distalizadores intra e extrabucal. Os distalizadores, de
uma forma geral, tem como princípio a dissipação
de uma força em direção distal, porém, efeitos
adversos ocorrem em consequência dessa força,
como angulação dos molares distalizados, perda
de ancoragem, mesialização dos pré-molares e
dentes anteriores exacerbando o apinhamento
anterossuperior. Todos esses efeitos variam
de acordo com a região da força dissipada e o
reforço de ancoragem empregado. Aparelhos
distalizadores possuem predominantemente
um efeito dentoalveolar, sendo que a relação
de classe I alcançada no tratamento ortodôntico
é mantida pela compensação dentoalveolar no
crescimento maxilomandibular.
133 – Verticalização de segundos molares
inferiores com ancoragem dentária
convencional e esquelética
Nathalia Coelho Torres; Sara Maria Arantes
Campos; Lucineide Lima; Renata Nasciben;
Marlos Eurípedes de A. Loiola (Instituto Agenor
Paiva de Pós-graduação – Iappem/Funorte)
Dentes inclinados ou impactados são facilmente
encontrados em pacientes adultos, devido a vários fatores etiológicos. O fator principal e mais
frequente é a perda de elementos dentários, geralmente o primeiro molar inferior permanente.
O segundo fator é a doença periodontal, seguido por cáries extensas, fraturas coronárias, iatrogenias, e falta de espaço nas arcadas. Como
consequência disso os dentes posteriores tendem a mesioinclinar-se, favorecendo o aparecimento de defeitos ósseos verticais e bolsas
infraósseas na região mesial dos molares, migração para distal dos pré-molares, extrusão do
molar antagonista, contatos prematuros, além
de dificultar a adaptação e ajuste de próteses.
Para obter um posicionamento dentário ideal
com periodonto saudável, torna-se necessário
a verticalização do molar. Para tanto, o ortodontista pode lançar mão de algumas mecânicas de
verticalização com utilização de dispositivos ortodônticos como cantiléveres ou mini-implantes.
O objetivo deste trabalho foi demonstrar, por
meio de um relato clínico, diferentes mecânicas
de verticalização de segundos molares inferiores, com ancoragem dentária convencional e
esquelética apoiada sobre mini-implante.
134 – Proposta terapêutica para correção da
mordida aberta anterior
Luísa Garcia Couto Souza; Daniela Olívia
Ferrari Carvalho; Marcela Cardoso; Dino Lopes
de Almeida; Juliana Volpato Curi Paccini;
Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO –
Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa)
A mordida aberta anterior pode ser definida
como um trespasse vertical negativo entre as
bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Essa condição possui diversas
etiologias e diferentes formas de diagnóstico,
podendo estar associada à problemas como:
hábito de sucção não nutritiva, respiração bucal, obstruções das vias aéreas, interposição
lingual, padrão de crescimento vertical, anomalias do desenvolvimento do processo frontonasal, traumatismos na região da pré-maxila. O
plano de tratamento ideal será determinado de
acordo com a idade do paciente e a severidade
má-oclusão, podendo o tratamento ser cirúrgico
ou não cirúrgico.
59
135 – Diagnóstico diferencial do canino
incluso com imagens geradas por
tomografia cone-beam
Inamari Souza de Almeida; Lucineide Lima dos
Santos; Luciano da Hora França; Andressa
Freire; Ingrid Martins; Marlos Eurípedes de
Andrade Loiola (Iappem/Funorte)
A impactação das unidades dentárias é uma
questão clínica de grande interesse do ortodontista, por necessitar de um plano de tratamento ortodôntico e cirúrgico consistente. Dentre
os dentes, os caninos superiores são os mais
afetados, perdendo somente para os terceiros
molares. O diagnóstico e plano de tratamento
requerem uma criteriosa avaliação. Os exames
clínicos e radiográficos são recursos largamente utilizados pelo ortodontista, no entanto, com o
surgimento da tomografia computadorizada cone-beam houve diminuição dos custos e níveis
de radiação, e este método passou a se apresentar como uma ferramenta diagnóstica. O
objetivo deste trabalho foi demonstrar a importância e a aplicação da utilização da tomografia cone-beam no diagnóstico e planejamento
ortodôntico e cirúrgico de um canino impactado,
através de um relato de caso da clínica do Instituto Agenor Paiva de Pós-graduação, Salvador/
BA. Nos achados clínicos e radiográficos, foi notada que, além da retenção prolongada da unidade 53, a unidade 13, encontrava-se inclusa e
impactada. Na tomografia computadorizada cone-beam foi possível observar que a unidade 13
encontrava-se com proximidade à fossa nasal e
seio maxilar, em uma posição oblíqua, com coroa por vestibular. Os estudos concordam que
imagens produzidas pelas tomografias de caninos impactados podem determinar localização
dos caninos, a proximidade 3D e a reabsorção
de raízes de dentes adjacentes, o que foi percebido em alguns aspectos do caso estudado. A
tomografia cone-beam apresenta-se como uma
importante ferramenta diagnóstica, pois permite
a construção de um planejamento ortodôntico
e cirúrgico consistente para os casos de caninos impactados. No caso clínico apresentado,
a tomografia possibilitou à equipe construir esse
planejamento com segurança, desde a cirurgia
quanto à direção da mecânica de tracionamento.
136 – Correção da mordida aberta com
mecânica de arcos de curva reversa
Andrea Posada Ugaz; Patricia Garibay
Rodríguez; Diana Becerra Nuñez (Universidade
Peruana Cayetano Heredia, Lima – Peru)
O tratamento da mordida aberta anterior representa uma tarefa desafiante pela inter-relação
dos distintos fatores etiológicos. A intrusão dos
dentes posteriores representa uma alternativa
difícil em pacientes mais idosos, portanto, as opções de tratamento são limitadas. A cirurgia ortognática é indicada em casos de mordida aberta
severa e desproporções faciais alteradas. Para
o tratamento de casos limite, em indivíduos que
não aceitam o tratamento cirúrgico, a busca de
um tratamento efetivo continua. O método disponível para o tratamento da mordida aberta é o
arco Edgewise Multiloop, desenvolvido por Kim.
A técnica envolve o uso de dobres de Gable nos
arcos, conjuntamente com o uso de elásticos
verticais na região dos caninos. O objetivo da
técnica inclui a correção da inclinação dos planos
oclusais, alinhamento dos incisivos maxilares em
relação a linha labial e correção das inclinações
axiais dos dentes posteriores. Usando a técnica, Goto et al e Sato, reportaram resultados de
tratamentos bem-sucedidos. Enacar et al modificaram a técnica de Kim utilizando os arcos de
curvatura acentuada de 0,016” x 0,022” no arco
superior e arcos de curva reversa NiTi no arco inferior, com elásticos intermaxilares na região dos
caninos. Eles sugeriram que os arcos de curva
acentuada e de curva reversa são uma opção
simples e higiênicas em comparação com os arcos multiloop, além de outros benefícios como a
redução de trabalho durante a atenção da cadeira dental e conforto para os pacientes. Reportou-se que os resultados obtidos foram semelhantes
aos obtidos pelo sistema de Kim. O objetivo do
presente caso foi avaliar as mudanças das estruturas dentofaciais no tratamento de um paciente
do sexo masculino, 20 anos de idade, que apresentava má-oclusão classe I com alteração vertical, tratado com arcos NiTi com curva acentuada
superior e curva reversa inferior conjuntamente a
elásticos intermaxilares.
137 – Tratamento ortodôntico reabilitador
para agenesia de incisivos laterais
superiores: cinco anos de controle
Honório Tóttoli; Maurício de Almeida Cardoso;
Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti; Renata
Rodrigues de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli
Valarelli (Universidade Sagrado Coração – USCBauru)
A agenesia dentária é a anomalia de desenvolvimento mais prevalente em humanos, tendo
caráter genético e hereditário em sua etiologia.
Em casos de ausência de incisivos laterais superiores, o objetivo terapêutico pode ser direcionado de duas formas: a manutenção do espaço para reabilitação protética, ou fechamento
do espaço mediante mesialização dos dentes
posteriores. Fatores como padrão facial, idade
60
do paciente, espaços disponíveis, tamanho e
forma dos dentes irão definir diretrizes para o
tratamento. O presente trabalho relata o tratamento de um paciente do sexo masculino,
15 anos de idade, braquifacial, apresentando
má-oclusão de classe I e agenesia de incisivos laterais superiores. A meta terapêutica foi
o tratamento ortodôntico corretivo, com a manutenção dos espaços para reabilitação com
próteses sobre implantes. Conclusão: o tratamento da agenesia de incisivo lateral é sempre
um desafio na clínica diária. Após 16 meses,
tem-se a má-oclusão tratada, os espaços distribuídos proporcionalmente e as coroas definitivas instaladas, conferindo estética e função
adequada. A estabilidade é vista em acompanhamento de cinco anos pós-tratamento.
138 – Intrusão de molar com auxílio de
microparafuso ortodôntico
Suelen Gomes de Souza; Carolina Mattar;
Marcus Vinícius Crepaldi; Ana Paula de
Aguiar; João Wagner Pascoto; Bruna Lorena
dos Santos Oliveira (Faipe)
Dentre os movimentos dentários induzidos o
de intrusão é sem dúvida um dos mais difíceis
de serem conseguidos. A mecânica intrusiva
convencional apesar de viável é complexa, no
que diz respeito ao controle de seus efeitos
colaterais. Isso, em grande parte, refere-se
à dificuldade em se obter uma ancoragem
satisfatória. Os microparafusos ortodônticos
de titânio fornecem ancoragem esquelética
para os tratamentos ortodônticos, viabilizando movimentações dentárias de forma mais
controlada, minimizando os efeitos colaterais
e possibilitando que a mecânica ortodôntica
independa da colaboração do paciente. Este
novo dispositivo tem grande aplicabilidade
clínica, com destaque para a intrusão de molares, devido à eficiência e simplicidade da
mecânica, quando comparada à mecânica ortodôntica convencional. Paciente compareceu
à clínica Faipe, Cuiabá, apresentando extrusão do elemento 26 devido à perda do 46 e foi
solicitada a intrusão do mesmo para reabilitação do dente 46 com implante. O tratamento
proposto foi a colocação de mini-implante na
região vestibular entre 25 e 26, e na região
palatina entre 26 e 27. Após seis meses foi
possível observar a intrusão completa e recuperação do espaço protético. O uso dos microparafusos trouxe novas perspectivas para
os tratamentos ortodônticos.
139 – Tratamento de mordida aberta na
dentadura permanente com exodontia de
quatro pré-molares
Elen Caroline Ferreira Alves; Dino Lopes
de Almeida; Andréia Regina Boff Lemos;
Hedibertos Alves de Aguiar; Juliana Volpato
Curi Paccini; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/
Facsete, RO – Sistema Odontológico de
Ensino e Pesquisa)
O objetivo deste trabalho foi apresentar um
caso clínico do tratamento ortodôntico de má-oclusão de mordida aberta anterior e classe
II do lado direito com extração de quatro pré-molares e elástico de classe II. Após a fase
de alinhamento e nivelamento, realizou-se a
exodontia de quatro pré-molares (dois superiores e dois inferiores), iniciando a mecânica
de fechamento de espaços com os fios retangulares 0,019” x 0,025” de aço e elástico corrente no arco superior e inferior. Para a correção da classe II, lançou-se mão da mecânica
de elástico de classe II. Após a finalização do
tratamento e a remoção do aparelho, pôde-se
observar uma mudança no perfil da paciente
e a má-oclusão foi corrigida satisfatoriamente,
tornando o sorriso mais harmônico. A paciente
ficou satisfeita com a estética do sorriso ao final do tratamento.
140 – Tratamento da má-oclusão de classe
II em adulto por meio de extrações atípicas
Elen Caroline Ferreira Alves; Pamela Roberta
Conte; Dino Lopes de Almeida; Andréia
Regina Boff Lemos; Leonardo Graboski
de Castro; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/
Facsete, RO – Sistema Odontológico de
Ensino e Pesquisa)
Dentre as opções de tratamento da má-oclusão
de classe II podemos destacar a extração de
pré-molares, que tem sido utilizada como protocolo para correção desta má-oclusão, tendo
em vista que alcança o sucesso da correção da
má-oclusão sem depender da colaboração ativa do paciente. Os protocolos podem incluir a
extração de dois, três, ou quatro pré-molares.
Entretanto, em alguns casos, extrações atípicas
de molares permanentes são indicadas com
objetivo de extrair um dente comprometido e
em contrapartida manter um dente sadio. Esta
abordagem tem obtido resultados favoráveis e
estabilidade no tratamento de pacientes adultos em longo prazo. O objetivo deste trabalho é
apresentar um caso clínico do tratamento ortodôntico da má-oclusão de classe II, subdivisão
direita, por meio da extração atípica do primeiro
molar permanente.
61
141 – Estabilidade do tratamento precoce
da mordida aberta anterior com quatro
dispositivos
Flaviana Alves Dias; Márcio Rodrigues de
Almeida; Paula Vanessa Pedron OltramariNavarro; Flavia Diane Assis Urnau; Paulo
Henrique Rossato; Thais Maria Freire
Fernandes (Universidade Norte do Paraná)
Introdução: a mordida aberta anterior (MAA)
pode ser definida como um trespasse vertical
negativo entre os dentes anteriores superiores
e inferiores. Esta má-oclusão possui diferentes
características e fatores etiológicos múltiplos,
levando a problemas estéticos e funcionais. Se
uma mordida aberta não é tratada precocemente podem ocorrer alterações esqueléticas e,
consequentemente, uma abordagem mais complexa será necessária. Objetivo: interceptação
precoce da MAA durante um ano e avaliação da
estabilidade de resultados de quatro diferentes
dispositivos (esporão, mentoneira, grade fixa
e grade removível), após dois anos. Métodos:
foram utilizados quatro dispositivos (grade palatina fixa, grade palatina removível, esporão
e mentoneira), isoladamente, para tratamento
precoce da MAA. Estes casos clínicos descrevem a estabilidade após dois anos da interceptação destes pacientes que inicialmente apresentavam mordida aberta anterior maior que 3
mm, idade entre sete e nove anos, dentadura
mista, classe I de Angle e ausência de mordida
cruzada posterior. Resultados: ao final do tratamento, os pacientes apresentaram trespasse
vertical positivo e após dois anos mantiveram
a mesma condição, demonstrando estabilidade.
Conclusão: as observações destes casos mostram que diferentes protocolos de tratamento,
empregados em período adequado de desenvolvimento, possuem resultados estáveis, mas
dependem da cooperação do paciente.
142 – Tratamento precoce da mordida
aberta anterior
Ione Rafaela Arroyo Motta; Bruna G. Peron;
Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna Lorena dos
Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Carolina
Mattar da Cruz (Faipe)
A mordida aberta é uma má-oclusão complexa
distinta e de difícil tratamento, pois o controle da
dimensão vertical desta má-oclusão requer cooperação do paciente e experiência do profissional. Os fatores hereditários como tendência de
crescimento vertical e alterações na orofaringe
leva a uma respiração deficiente, mau posicionamento da língua e da deglutição, e também
fatores ambientais como a presença de hábi-
tos deletérios, sendo os mais comuns o uso de
chupeta, sucção de polegar e interposição que
podem agravar esta má-oclusão. Os tratamentos podem ser a grade palatina, forças ortopédicas, ajuste oclusal, camuflagem com ou sem
exodontias, mini-implantes ou miniplacas e cirurgia ortognática. Esta má-oclusão requer uma
intervenção imediata, pois quanto mais precoce
for o diagnóstico e o tratamento, melhor, mais
eficiente, rápido e estável será o resultado. O
objetivo do presente estudo foi apresentar, através de um caso clínico de paciente do sexo feminino, nove anos de idade, que buscou a clínica de especialização em Ortodontia da Faipe,
com atresia de maxila, mordida aberta anterior
e hábito de sucção do polegar. O tratamento foi
realizado com aparelho expansor de maxila e
grade palatina.
143 – Classe II esquelética tratada
precocemente com ortopedia funcional
Alexandre Silveira Arrabal; Marcia Yuri
Kawauchi; Eduardo Álvares Dainesi (Faipe –
Unidade de Bauru, e.Orto)
A má-oclusão de classe II pode exibir vários fatores etiológicos. Em relação aos fatores esqueléticos, a deficiência do crescimento mandibular
mostra-se como a causa mais comum. Uma
intervenção precoce com ortopedia funcional,
durante a fase de crescimento, pode promover
uma melhora considerável da face e da oclusão.
Evita maiores problemas estéticos e elimina a
possibilidade de uma abordagem cirúrgica futura. O aparelho de Fränkel mostra-se como uma
ótima opção, pois, diferentemente dos demais
aparelhos ortopédicos, promove o avanço mandibular, atuando primariamente na musculatura,
por meio de seus escudos, permitindo um desenvolvimento equilibrado e estável dos tecidos
ósseos. A ação sobre a musculatura facial melhora o tônus muscular, possibilitando uma estética facial mais agradável e natural. Assim, este
trabalho apresenta uma paciente com má-oclusão de classe II esquelética por deficiência de
crescimento mandibular, tratada com o aparelho
de Fränkel. Os resultados mostraram-se totalmente favoráveis, possibilitando a adequação
da musculatura e consequentemente melhora
do perfil facial.
144 – Tratamento ortodôntico-cirúrgico da
má-oclusão de classe III esquelética
Marcos Alexandre Casimiro de Oliveira;
Jessyca de F. Leandro; Taciana C. de Queiroz
Juaçaba; Cibele Braga de Oliveira; José
Alberto Silva; Wilson Humio Murata (Centro
Odontológico de Estudos e Pesquisa)
62
O tratamento ortodôntico-cirúrgico das más-oclusões envolvendo indivíduos padrão III visa
corrigir não apenas a oclusão, mas sim, a desarmonia facial. Nesses casos o preparo ortodôntico é realizado visando a cirurgia ortognática,
onde posiciona-se corretamente os dentes em
suas respectivas bases ósseas e, após a cirurgia
ortognática, procede-se aos movimentos necessários para uma perfeita intercuspidação. Este
trabalho teve por objetivo apresentar um relato
de caso clínico, no qual a paciente se submeteu ao tratamento ortodôntico-cirúrgico visando
obter melhoria das suas relações oclusais e faciais. Para tanto, foram utilizados durante o
tratamento ortodôntico braquetes interativos
In-ovation Cerâmico (GAC International), prescrição Roth, slot 22. A fase de alinhamento, nivelamento e ajuste de torques teve a duração
de dez meses. O tratamento cirúrgico envolveu
maxila, mandíbula e mento. Dois meses após a
intervenção, foram avaliados o posicionamento
dentário e o aspecto facial. Os resultados alcançados vieram ao encontro das expectativas
da paciente.
145 – Tratamento compensatório de classe
III com controle tomográfico
Clovis Manoel Zamuner Junior; Karina Maria
Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont
Cançado; Victor Prado Curvello; Thais Marchini
de Oliveira; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade
Ingá)
A má-oclusão de classe III é caracterizada por
uma discrepância esquelética anteroposterior,
acompanhada ou não por alterações verticais,
mas geralmente envolvendo também alterações transversais das bases ósseas. Apesar da
baixa incidência na maioria das populações, o
estudo deste tipo de desarmonia esquelética
é motivado por suas marcantes características
de expressão. Os objetivos da camuflagem ortodôntica são melhorar os trespasses vertical
e horizontal, o posicionamento dos incisivos e
propiciar ao paciente uma melhora na oclusão,
proporcionando uma mastigação e fonética mais
adequadas. Como o paciente não possuía queixa relacionada à sua estética facial, o tratamento
compensatório atingiu as expectativas evitando
o procedimento cirúrgico e suas possíveis complicações. Entretanto, para avaliar corretamente
o posicionamento dos incisivos inferiores foram
realizados exames tomográficos iniciais e finais,
confirmando o sucesso do tratamento. O objetivo deste trabalho foi apresentar um tratamento
compensatório de classe III realizado com sucesso estético e funcional, e comparar os resultados com medidas precisas de exames tomográficos iniciais e finais.
146 – Verticalização de segundo molar
inferior com ancoragem em mini-implante
Ellen Mello Lucena; Rosielle Santos das
Neves; Ariane da Silva Carvalho Barbosa;
Renata Cristina Sobreira França; Cristina Yuri
Okada; Maria Kimiyo Okada (Coesp)
A inclinação mesial de molares inferiores é comum devido à perda de dentes adjacentes, levando a problemas oclusais e funcionais.
A procura por tratamento ortodôntico para correção desta inclinação, possibilitando a posterior
reabilitação protética, é frequente. O movimento de verticalização dos molares para recuperação do espaço, sem provocar sua extrusão e inclinação dos pré-molares, é de difícil realização
e, frequentemente, produz contatos prematuros
e abertura de mordida. O emprego da ancoragem com mini-implantes tem sido indicado por
apresentar o mínimo de efeitos indesejáveis.
Este trabalho objetivou relatar um caso clínico
de verticalização de molar com mini-implante
de paciente com 32 anos de idade, sexo masculino, leucoderma, com perda do dente 46 e
inclinação mesial do 47. O processo de ancoragem consistiu na instalação de mini-implante
ortodôntico para ancoragem absoluta (Morelli,
Sorocaba/SP), com dimensões de 6 mm de
comprimento e 1,5 mm de diâmetro, entre o 43
e 44, associado a um cantiléver confeccionado
com fio de titâniomolibdênio (0,018” x 0,025”)
inserido no tubo do 47 e apoiado com 115 g
no mini-implante. Observou-se a verticalização
por inclinação distal da coroa, em torno do centro de resistência, em três meses, mantendo a
mecânica por mais dois meses para sobrecorreção. Concluiu-se que o uso de mini-implantes
representa uma alternativa efetiva de ancoragem ortodôntica na verticalização de molares
inferiores sem provocar sua extrusão e inclinação dos pré-molares.
147 – Retratamento ortodôntico cirúrgico
Wilson Humio Murata; Cristiano Borges
Piacezzi; Eric Murata; Marco Antonio Rocco;
Mauricio S. Souza (NAP-Unicsul)
Paciente do sexo feminino, submetida à cirurgia ortognática há seis anos, evoluiu com
assimetria facial significativa, com desvio de
linha média maxilar, rotação de arcada e desnivelamento de eixo X, com severa protrusão
maxilar. Devido à queixa da paciente perante
os resultados obtidos, foi solicitado novo planejamento ortodôntico cirúrgico. Após preparo
ortodôntico com braquetes autoligados intensivos Inovation C (GAC Internacional) prescrição
Roth, slot 22, submeteu-se a paciente à nova
63
cirurgia ortognática, realizando osteotomia
sagital mandibular bilateral para recuo, ajuste de
eixo Z e rotação de arcada, osteotomia Le Fort I
maxilar para recuo, impacção, ajuste de eixo Z
e rotação de arcada. O pós-operatório decorreu conforme esperado e a paciente ficou satisfeita com os resultados obtidos.
148 – Tratamento ortodôntico corretivo com
aparelho autoligado híbrido com a técnica
Meaw modificada
Wilson Humio Murata; José A. Silva; Cibele
B. Oliveira; Marco Antonio Rocco; Mauricio S.
Souza (NAP-Unicsul)
Paciente do sexo masculino, 13 anos de idade,
padrão I dolicofacial, atresia maxilar, apinhamento
severo. Início de tratamento com expansão rápida
da maxila, utilizando-se disjuntor tipo Haas. Decorridos seis meses da disjunção iniciou-se o tratamento ortodôntico corretivo com a utilização de
braquetes autoligados híbridos Empower (American Orthodontics), prescrição Roth, slot 22. Após
a fase de alinhamento e nivelamento dentário
superior e inferior, observa-se mordida aberta
anterior dentária, quando optou-se por concluir o
tratamento com a técnica Meaw (Multi-Loop Edgwise Arch Wire) modificada, utilizando-se arco
Gummetal (Rocky Mountain Morita Coporation)
19 x 25 e elásticos intermaxilares.
149 – Dando sobrevida a um incisivo
severamente impactado e dilacerado na
fase de dentadura mista
Sérgio Estelita Cavalcante Barros; Vitória
Chami; Eduardo Ferreira; Guilherme Janson;
Deise Ponzoni; Kelly Chiqueto (Universidade
Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS)
Diagnóstico: paciente com sete anos de idade, sexo feminino, na fase de dentadura mista
buscou tratamento na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul com indicação do SUS para a extração de
um incisivo central superior direito (dente 11). O
dente 11 estava impactado em posição invertida, com o bordo incisal justaposto ao assoalho
nasal, além de mostrar uma severa dilaceração
vestibular (90º), que iniciava na região da junção amelocementária. A paciente relatou trauma e perda precoce do incisivo central decíduo
correspondente (dente 51), fato que, provavelmente, gerou o deslocamento da porção coronária do germe do incisivo permanente com
consequente dilaceração em relação à porção
radicular. A paciente apresentava molares decíduos com degrau mesial, relação dos molares
permanentes e caninos decíduos em classe I e
discrepância de espaço negativa. Tratamento:
utilizou-se expansão rápida da maxila (ERM),
seguida por mecânica 4 x 2 com mola aberta entre os dentes 12 e 21 para obter espaço
para o dente 11. Após a abertura do espaço,
o dente 11 foi exposto cirurgicamente e colado
(técnica de erupção fechada). Uma força ortodôntica de 60 g com direção oclusal e palatina
foi aplicada por meio de uma mola para tracionar o incisivo em direção ao rebordo alveolar.
A mola foi construída com fio retangular .018
x .025, e uma de suas extremidades foi inserida num tubo retangular (.022 x .028) soldado
ao parafuso do aparelho expansor tipo Hyrax,
enquanto sua extremidade oposta foi presa ao
fio de tracionamento para transmitir a direção
e a intensidade da força ao incisivo impactado. Esta mecânica mostrou-se altamente eficiente e foi proposta pelo autor em razão dos
benefícios que a ERM pode proporcionar na
recuperação do perímetro do arco e na ancoragem da força de tração. Após o surgimento
do incisivo na cavidade bucal o tracionamento
foi finalizado com aparelho fixo para um melhor
posicionamento do dente no arco. Resultados:
os resultados obtidos nesta fase interceptativa
foram considerados satisfatórios. Aos 11 anos
de idade, a paciente apresenta o dente 11 com
condições clínicas e radiográficas estáveis, boa
saúde periodontal, ausência de mobilidade e
estética agradável. Conclusões: considerando
os resultados deste tratamento e a literatura
pertinente, pôde-se concluir que dar sobrevida
a estes incisivos superiores severamente comprometidos pode ser de grande valor para o
sucesso dos tratamentos vindouros, bem como
para o desenvolvimento psicossocial das crianças portadoras de tal anomalia. O tratamento
precoce aumenta a probabilidade de sucesso
do tracionamento e redirecionamento da rizogênese. Porém, deve-se alertar, sobretudo os
pais, sobre o risco de insucesso frente à severidade do caso.
150 – Uso do Twin Force Bite Corrector no
tratamento da classe II
Dino Lopes de Almeida; Milena Fernandes
Quelhas Hinojosa; Célio Percinoto; Juliana
Volpato Curi Paccini; Carolina Nazif Rasul;
Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO –
Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa)
A utilização do aparelho Twin Force para tratamento da má-oclusão de classe II, caracterizada
por alterações dentárias e/ou esqueléticas têm
mostrado resultados finais eficientes e satisfatórios para o paciente e o profissional. Dentre as
principais vantagens da sua utilização podemos
64
destacar a independência da colaboração do
paciente no uso de elásticos de classe II, o
tratamento da má-oclusão em um tempo relativamente curto, não requerer a montagem e
tampouco confecção em fase laboratorial. O
aparelho funcional é fixado no arco de aço superior e inferior utilizando tubo do próprio propulsor
fixo (sem remover o fio), permite movimentação
lateral e não requer outros ajustes durante o tratamento, funciona tanto na correção da classe II
quanto da classe III e elimina a necessidade de
ancoragem extrabucal. O objetivo deste trabalho
foi apresentar o relato de um caso clínico ortodôntico da correção da má-oclusão de classe II com
a utilização do aparelho de protração mandibular
Twin Force Bite Corrector.
151 – Relevância das extrações em
Ortodontia
José Eduardo dos Santos; Renata Cristina
Faria Ribeiro de Castro (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
Este trabalho apresenta o retratamento de caso
clínico de paciente do sexo feminino, 33 anos
de idade, com biprotrusão dentária. Insatisfeita
com os resultados do primeiro tratamento e preocupada com seu perfil, em que se queixa que
seus dentes anteriores e lábios estavam muito
para frente e com dificuldades para vedamento.
Foram propostas as extrações com utilização
de arco dupla chave, DKL para retração do seguimento anterior.
152 – Aumento da qualidade de vida com o
tratamento precoce da classe III
Vanessa de Couto Nascimento; Oswaldo de
Vasconcellos Vilella; Beatriz de Souza Vilella
(Universidade Federal Fluminense – UFF)
Uma face equilibrada ajuda a desenvolver a autoestima e a autoconfiança dos indivíduos. O ortodontista deve levar em consideração a queixa
psicológica do paciente em relação à má-oclusão. Também deve-se dar importância à solicitação da criança em iniciar o tratamento, pois
a percepção sobre a gravidade da má-oclusão
está associada com a baixa autoestima. Além
disso, a atratividade facial e a boa aparência
dentária de crianças e adolescentes foram associadas pelos professores aos alunos mais inteligentes e com melhores notas, e ainda com
as melhores relações sociais, de acordo com
os colegas de turma. Portanto, o tratamento ortodôntico dos indivíduos com má-oclusão classe III deve ser realizado precocemente quando
afetar a estética, a função e, por conseguinte a
autoestima e a qualidade de vida. O tratamento
foi realizado em uma paciente, sexo feminino,
com cinco anos de idade, pele clara, má-oclusão de classe III, que procurou tratamento ortodôntico tendo como queixas principais a mordida cruzada anterior e a projeção da mandíbula.
O tratamento proposto foi expansão rápida da
maxila (ERM) + tração maxilar (TM). A ativação
do parafuso expansor foi de 3⁄4 de volta no primeiro dia, para efeito ortopédico, mantendo-se
uma ativação de 1⁄4 pela manhã e 1⁄4 à noite
até a separação dos incisivos centrais superiores. A partir daí a ativação foi de 1⁄4 de volta por
dia. Os ganchos para apoio dos elásticos ficaram na região posterior do aparelho. A máscara
facial foi usada durante e após a ERM, tendo
como objetivo potencializar o deslocamento da
maxila para baixo e para frente. A força aplicada
foi a maior que a paciente pôde suportar, durante 12 horas por dia. Tratamentos de disjunção e
tração em pacientes classe III permitem maiores alterações cefalométricas, principalmente
na dentadura decídua e no início da dentadura
mista, proporcionando equilíbrio facial e modificando o crescimento e o desenvolvimento maxilofacial. Além disso, facilitam a erupção dos
caninos e pré-molares em uma relação normal,
eliminam a oclusão traumática dos incisivos e
aumentam a autoestima da criança. Para as
crianças e os adolescentes, o nível de autoavaliação da atratividade da região dentofacial é
mais importante para o seu bem estar do que
a severidade da má-oclusão. Outrossim, más-oclusões no segmento anterior foram associadas com impacto negativo na qualidade de
vida. Mesmo na infância este tipo de anomalia já pode ser motivo de bullying. Desde muito
cedo, as crianças começam a desenvolver percepções sobre sua aparência dental e adquirem critérios semelhantes aos dos adultos em
relação à sua autoimagem. Após o tratamento,
os pais relataram aumento da autoestima e da
qualidade de vida da paciente.
153 – Tratamento ortocirúrgico de
deslocamento posterior de disco articular
associado à má-oclusão de classe II,
primeira divisão
Debora do Canto Assaf; Paula Guerino; Bruna
Torrel; Renésio Armindo Grehs; Miguel Angelo
Ribeiro Scheffer; Vilmar Antônio Ferrazzo
(Grupo de Estudos Ortodônticos e Serviços)
O objetivo desse estudo foi relatar um caso clínico de classe II, primeira divisão, agravado por
mordida aberta anterior e DTM causada por deslocamento posterior do disco articular, no qual
optou-se por tratamento ortocirúrgico. Paciente
do sexo masculino, 24 anos de idade, possuía
65
classe II esquelética por retrusão mandibular,
perfil convexo, crescimento maxilomandibular
excessivo no sentido vertical, maxila atrésica,
mordida aberta anterior com interposição lingual lateral esquerda e deslocamento posterior do disco articular, o qual lhe causava dor
na região da ATM e estalidos na abertura bucal.
Além disso, segundos pré-molares superiores
erupcionados por palatino e apinhamento suave
inferior. O tratamento consistiu em expansão
maxilar lenta com aparelho de Haas, com duração de seis meses, seguido de tratamento ortodôntico corretivo pré-cirúrgico com exodontia
de quatro pré-molares (elementos 15, 25, 34 e
44). Após, foi realizada a cirurgia ortognática
com impactação maxilar, avanço mandibular,
reposicionamento do disco articular e mentoplastia. O tratamento ortocirúrgico possibilitou
ao paciente conforto, normalidade da oclusão,
funções adequadas e estética agradável.
154 – Tratamento de má-oclusão de classe
II, primeira divisão, por meio do AEB
conjugado
Aurilania Isaias Nogueira; Mayara Paim Patel;
Andréia Cotrim Ferreira; Flavio Augusto
Cotrim-Ferreira; Guilherme Abrantes Carvalho;
Andrea Louzada Suster (Instituto Vellini)
A má-oclusão de classe II foi definida por Angle
como uma relação mesiodistal deficiente dos
arcos dentários, com todos os dentes inferiores ocluindo distalmente em relação ao padrão
normal, propiciando uma desarmonia acentuada na região dos incisivos e nas linhas faciais.
A má-oclusão de classe ll tem um envolvimento
das bases ósseas no sentido sagital, vertical
e transversal, caracterizada morfologicamente
por uma discrepância maxilomandibular, por
um mal relacionamento dos arcos superior e
inferior ou por uma combinação destes fatores.
Portanto, esta má-oclusão pode comprometer
a harmonia facial em diversos graus, de acordo
com a intensidade da sobressaliência dentária
e de sua interação com as estruturas adjacentes de tecidos moles, interferindo na imagem
e autoestima do paciente, assim o tratamento
desta má-oclusão é importante para a ressocialização do paciente. Paciente do sexo masculino, nove anos e cinco meses de idade, procurou por tratamento ortodôntico queixando-se
dos dentes tortos. O paciente apresentava face
desequilibrada, perfil reto e ausência de selamento labial passivo, com padrão mesofacial.
Encontra-se na fase de dentadura mista e com
má-oclusão de classe ll, primeira divisão de Angle, além de sobressaliência levemente acentuada, mordida profunda, apinhamento ante-
rior superior e apinhamento inferior moderado,
linha média ligeiramente desviada, curva de
Spee apresentava-se acentuada e destruição
do elemento 75. Os tecidos moles intrabucais
não apresentavam nenhuma anormalidade. No
exame clínico verificou-se a ATM (articulação
temporomandibular) normal, à palpação sem
sinais e sintomas aparentes da disfunção articular. Apresentava boa saúde geral, respiração
mista e deglutição atípica. Através do disjuntor
de Hyrax, obteve-se a expansão rápida da maxila aumentando o perímetro do arco, e com a instalação do aparelho ortopédico mecânico, obteve-se uma relação dos dentes em normoclusão,
linha média coincidente, ótimo alinhamento e
nivelamento dos dentes, e selamento labial passivo. O paciente ficou satisfeito com a estética
do sorriso ao final do tratamento e apresentou
alterações no perfil facial. De acordo com esse
caso clínico, concluiu-se que o tratamento ortopédico com AEB conjugado pode proporcionar
excelentes resultados ao tratamento de casos
de pacientes em crescimento.
155 – Tratamento ortodôntico com
o sistema autoligável em paciente
com atresia das arcadas dentárias e
apinhamento severo
Rita Cátia Brás Bariani; Wilana da Silva
Moura; Cristina Lucia Ortolani Feijó
(Universidade Paulista – Unip)
A expansão dentoalveolar dos arcos dentários
constitui uma alternativa para casos que apresentam falta de espaço e não são favoráveis a
extrações principalmente devido ao perfil facial
do paciente. Essa terapia promove o aumento no perímetro do arco, permite a correção
de problemas transversais e possibilita que o
nivelamento e alinhamento dentário sejam realizados. Para realizar a expansão dentoalveolar, alguns dispositivos podem ser utilizados
como aparelhos removíveis para expansão,
quadrihélice, barra transpalatina, placa lábio
ativa, expansor mandibular de Prieto e aparelhos fixos autoligados. Algumas vantagens atribuídas ao sistema autoligável são: eliminação
dos módulos elastoméricos; redução do atrito,
permitindo a aplicação de forças mais leves e
resultando em menos efeitos colaterais; menor
tempo de inserção do arco, com consequente
menor tempo de cadeira; tratamento mais rápido; menor dor e menor número de consultas.
O objetivo deste trabalho foi demonstrar os resultados clínicos do uso do sistema autoligado passivo em uma paciente que apresentava
perfil reto, má-oclusão de classe I, apinhamento severo de 8 mm e atresia dos arcos maxilar
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e mandibular. Concluiu-se que, após 26 meses
de tratamento, o sistema autoligado foi eficiente na correção, com biomecânica simples sem
necessidade de extração.
156 – Protocolo de tratamento com Forsus
em paciente adulto classe II por deficiência
mandibular
Fernando André Barth; Maurício de Almeida
Cardoso; Leopoldino Capelozza Filho; Renata
Rodrigues de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli
Valarelli; Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti
(Universidade Sagrado Coração – USC-Bauru)
Entre os tratamentos ortodônticos propostos
para corrigir a má-oclusão de classe II em pacientes adultos, o protocolo com a compensação
dentoalveolar se destaca. A terapia a ser aplicada está relacionada com a gravidade do erro sagital adicionada à desarmonia facial, ambas identificadas pelo paciente e ortodontista. Embora o
tratamento compensatório não tenha por objetivo
corrigir o perfil facial do paciente, uma mecânica
de avanço mandibular permite a protrusão dentoalveolar do arco inferior, propiciando uma redução no desvio sagital que pode, consequentemente, contribuir para o equilíbrio facial. Assim, o
presente caso clínico relata o tratamento de uma
paciente adulta (idade inicial de 29 anos e nove
meses), que apresentava má-oclusão de classe
II de Angle, deficiência mandibular, terço inferior
da face reduzido e agradabilidade relativa do
perfil facial. Foi indicado tratamento ortodôntico
corretivo fixo, associado ao propulsor mandibular
Forsus, visando particularmente a inclinação dos
incisivos inferiores, a fim de diminuir o erro sagital, aumentar a dimensão vertical do terço médio
da face, bem como a melhora das relações oclusais e o posicionamento dos tecidos peribucais.
Os resultados, após 18 meses de tratamento,
mostraram uma melhora das relações oclusais
e uma mudança suave na agradabilidade facial,
mesmo com o padrão facial sendo comprometido pela deficiência mandibular. Estes resultados
mantiveram-se estáveis durante dois anos pós-tratamento, tanto para oclusão como no perfil facial. Assim, o tratamento compensatório provou
ser uma mecanoterapia adequada para corrigir a
classe II em pacientes adultos, permitindo melhora no equilíbrio da relação oclusal associada aos
contornos faciais e tecidos moles.
157 – Influência da tecnologia de impressão
3D no tratamento de caninos inclusos
Tanisa Carla Toscano Viana; Luiz Guedes
Carvalho Neto; Fatima Roneiva Alves Fonseca;
Maria Carolina Bandeira Macena Guedes
(Universidade Estadual da Paraíba)
Os caninos são dentes de localização e função
essenciais ao bom funcionamento do sistema
estomatognático, porém, impacções estão associadas, entre outros fatores, à sua complexa
trajetória de erupção. O diagnóstico e planejamento do tratamento de caninos inclusos podem ser mais difíceis quando utilizados apenas
métodos radiográficos convencionais 2D, o que
nos leva a lançar mão de exames tomográficos, que possibilitam a construção de imagens
e modelos físicos em 3D. Os biomodelos proporcionam visualização tridimensional com percepção táctil da área estudada e suas relações
de proximidades com estruturas adjacentes,
como nenhum outro exame fornece. O objetivo
deste trabalho foi mostrar um caso de caninos
superiores inclusos, a princípio com indicação
de extração, segundo a literatura, que após ser
avaliado com exames tomográficos e biomodelo, teve seu plano de tratamento modificado
pela equipe multidisciplinar – bucomaxilofacial e
ortodontista – que se sentiu motivado a realizar
o tracionamento, o que ocorreu com sucesso,
sem apresentar reabsorções dos caninos, nem
de dentes adjacentes.
158 – Tratamento de mordida aberta anterior
com extração de pré-molares superiores
Nayanne de Jesus Barbara; Gyslainne
Aparecida Rodrigues de Aguiar; Ana Paula de
Aguiar; Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna Lorena
dos Santos Oliveira; Carolina Mattar da Cruz
(Faipe)
A mordida aberta anterior está entre as más-oclusões de maior comprometimento estético-funcional, sendo definido como a presença de
um trespasse vertical negativo entre as bordas
incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores (Maia et al, 2008). Sua etiologia é multifatorial e a conduta terapêutica a ser seguida está
diretamente relacionada com a etiologia e com
a época de intervenção, sendo o protocolo de
tratamento diferenciado de acordo com a fase
de crescimento dentário do paciente. Pode-se
encontrar na literatura uma diversidade de formas de tratamento apoiadas em diferentes mecanismos terapêuticos. Têm-se os aparelhos
interceptores e funcionais, aparelho ortodôntico
fixo associado ou não a exodontias, elásticos
intermaxilares, aparelhos extrabucais, mentoneiras verticais, bite-blocks e tratamento ortodôntico-cirúrgico. Desta forma, este artigo teve por
objetivo, relatar um caso clínico de uma paciente adulta classe II com mordida aberta anterior,
que foi corrigida com exodontia de dois pré-molares superiores.
67
159 – Aplicação de laser de baixa potência
combinado com aparelho de propulsão
mandibular para correção da distoclusão
mandibular
Vitor Hugo Panhóca; Vanderlei Salvador
Bagnato (IFSC-USP)
A terapia com laser de baixa potência (TLBP)
tem sido muito estudada na Odontologia moderna. Podemos encontrar vários estudos na
literatura com o uso da TLBP em analgesia
na movimentação ortodôntica. O objetivo deste trabalho foi mostrar um caso clínico em que
foi utilizado aparelho de propulsão mandibular
combinado à TLBP para estimulação óssea na
cabeça da mandíbula para correção de distoclusão mandibular. Foi utilizado um aparelho fixo
de propulsão mandibular idealizado pelo autor
e aplicado TLBP (780 nm, 70 mW, 105 J/cm2,
60 s, 2.8 J, 1,7 W/cm2 por ponto), em quatro
pontos ao redor das ATMs do paciente. Ao final
deste tratamento ortodôntico e ortopédico facial,
ocorreu correção da distoclusão mandibular. O
aparelho de propulsão mandibular combinado à
TLBP mostraram-se eficazes na correção ortopédica e dentoalveolar da má-oclusão de classe II
conseguindo-se oclusão normal e funcional.
160 – Protração maxilar associada à
expansão rápida da maxila para tratamento
de classe III
Michele Soares Brandão; Cristiane Régis
Navarro; Karla Poliana Batista da Silva; Maria
Kimiyo Okada; Cristina Yuri Okada (Coesp)
Em uma má-oclusão de classe III pode-se encontrar retrusão maxilar e/ou prognatismo mandibular, além de uma associação com atresia
maxilar. Nos casos com envolvimento maxilar,
pode ser necessária a expansão rápida da maxila (ERM) seguida de protração maxilar. Esse
tratamento deve ser realizado o mais precocemente possível, isto é, antes ou por volta do
surto de crescimento puberal para que os resultados obtidos apresentem maior estabilidade.
Este trabalho objetivou relatar um caso clínico
de protração maxilar associada à ERM no tratamento de classe III. Paciente do sexo masculino, melanoderma, com 11 anos e cinco meses de imagem, acompanhado por seus pais,
procurou tratamento ortodôntico apresentando
dentição permanente, perfil côncavo, falta de
projeção do zigomático, má-oclusão de classe
III, e mordida cruzada posterior e anterior. Para
a correção da classe III foi realizada ERM de 5
mm, utilizando aparelho Hyrax modificado com
uma extensão de fio 0,80 mm passando por lingual dos dentes anteriores, seguido do uso da
máscara facial de Petit para protração maxilar.
Foi observada clinicamente a correção da mordida cruzada posterior e anterior. Cefalometricamente foram observados: melhoria na convexidade facial; aumento do SNA; aumento do ANB;
aumento do comprimento efetivo da maxila e,
rotação horária da mandíbula. Essas observações permitiram concluir que a ERM seguida da
protração maxilar representa uma forma eficiente de tratamento de classe III.
161 – Intrusão anterior inferior com
braquete duplo slot
Rafael Liotto Soligo; Temístocles Uriarte
Zucchi; Thaer Hamid; Chune Avruch Janovich;
Ângela Osdeberg; Rafael Liotto Soligo
A intrusão ortodôntica de um ou vários dentes
exige uma mecânica com forças leves e bom
controle dos movimentos indesejados. A utilização de mini-implantes ou aparelhos acessórios para reforço da ancoragem são opções
para a resolução deste problema, mas que
muitas vezes são desconfortáveis, complexos
de serem ajustados ou necessitam da colaboração do paciente. A proposta deste trabalho
foi apresentar um caso clínico onde foi utilizada
uma mecânica de intrusão dentária eficiente e
simplificada utilizando os braquetes autoligados duplo slot.
162 – Intrusão de molar inferior utilizando
mini-implantes como ancoragem
Leonardo Graboski de Castro; Graziela
Lavorato Lima; Andreia Regina Boff Lemos;
Juliana Volpato Curi Paccini; Hediberton Alves
de Aguiar; Fabricio Pinelli Valarelli (Soep/
Facsete, RO – Sistema Odontológico de
Ensino e Pesquisa)
Atualmente é bastante frequente a procura
por tratamento ortodôntico de pacientes que
apresentam extrusão de molares por perda
de dentes antagonistas. As consequências
dessa extrusão são diversas, e podem acarretar problemas como distúrbios funcionais e
impossibilidade de reabilitação protética do
dente antagonista. A literatura tem mostrado
inúmeros trabalhos a respeito da intrusão de
molares superiores por meio de ancoragem
esquelética. Entretanto, há uma escassez de
trabalhos que mostram a intrusão de molares
inferiores previamente extruídos por perda do
antagonista, e as dificuldades encontradas relativas à mecânica ortodôntica empregada no
procedimento intrusivo.
68
163 – Mesialização dos molares inferiores
com o uso dos mini-implantes
Carlos Roberto Dutra; Fabrício Pinelli Valarelli;
Karina Maria Salvatore de Freitas; Claudia
Cristina da Silva; Rodrigo Hermont Cançado
(Uningá – Maringá/PR)
A procura do tratamento ortodôntico por pacientes adultos tem aumentado nos dias atuais. Os
espaços edêntulos, por perdas prematuras de
dentes permanentes, tem levado os profissionais a uma avaliação minuciosa para saber
qual é a melhor opção para reabilitar esses pacientes, ou seja, com próteses ou através do
fechamento dos espaços pela movimentação
dos dentes adjacentes. Este artigo teve por objetivo relatar um caso clínico onde foi realizada
a mecânica de mesialização de segundos e
terceiros molares inferiores, como opção para
o tratamento do fechamento de espaços pela
perda dos primeiros molares inferiores. Foram
instalados dois mini-implantes na região dos
pré-molares inferiores, para a eliminação dos
efeitos colaterais provenientes da mesialização
dos molares. A escolha por esse tratamento se
deu principalmente pela objeção da paciente à
reabilitação com prótese sobre implante. O tratamento obteve resultados bastante satisfatórios, com o completo fechamento dos espaços
e sem efeitos colaterais.
164 – Classe III de Angle com correção
cirúrgica
Izabelle Gino David Jorge; Pedro Eduardo de
Sousa; Alessandra Pires Duarte; Selly Sayuri
Suzuki; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez
Segundo (Faculdade de Odontologia – São
Leopoldo Mandic)
A cirurgia ortognática é utilizada para o tratamento de más-oclusões em que as bases
ósseas estão mau posicionadas entre si, e o
paciente já não pode mais utilizar aparelhos
ortopédicos para a correção. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso clínico em que
foi realizada a cirurgia ortognática para o reposicionamento dos maxilares para melhorar a
estética. Paciente com30 anos de idade, sexo
feminino, compareceu à Odontoclin com a
queixa principal de que os dentes de baixo estavam à frente dos de cima, e ausências dentárias. Na cefalometria observou-se uma discrepância entre os maxilares e a base do crânio.
A paciente foi então preparada para a cirurgia
ortognática utilizando-se a mecânica de deslize para o fechamento dos espaços, braquetes
straight wire slot .022'', e foi descompensada
para depois ser submetida à cirurgia. As ba-
ses ósseas foram colocadas na posição ideal, seguindo o padrão de beleza brasileiro. A
paciente ficou muito satisfeita com o resultado
e continua fazendo o controle necessário pós-cirúrgico. A cirurgia ortognática é uma ótima
opção, quando bem indicada, planejada e executada em pacientes que desejam melhorar a
estética e a função.
165 – Tratamento de paciente padrão face
curta com uso de propulsor Power Scope
Izabelle Gino David Jorge; Alexandre Magno
dos Santos; Stephanie Lorraine de Lima
Urbano; Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez
Segundo (Faculdade de Odontologia – São
Leopoldo Mandic)
A má-oclusão de classe II mandibular pode ser
tratada através de forças ortopédicas sagitais,
sendo que o aparelho de protração mandibular desempenha essa função quando fixo, tornando o mecanismo livre da colaboração do
paciente, e projetando a mandíbula constantemente durante suas funcionalidades e repouso.
Como resultado, tem-se o efeito ortopédico, remodelação da ATM e um grau variado de compensação dentoalveolar. O objetivo deste relato
de caso é evidenciar como a utilização de propulsores mandibulares reposiciona os dentes
nas bases ósseas para uma posição mais favorável e, por consequência, torna o perfil do paciente mais harmonioso. Paciente com 18 anos
de idade, sexo feminino, compareceu ao consultório odontológico para tratamento ortodôntico. Durante análise das fotos extrabucais foi
classificada como padrão face curta, birretrusa,
com perfil pouco convexo e dimensão vertical
diminuída. No exame clínico intrabucal constatou-se que a paciente estava em fase de dentição permanente e apresentava relação dentária de classe II, subdivisão esquerda, pequenos
apinhamentos no arco inferior e dente 23 em
vestibuloversão. Foi proposto o alinhamento e
nivelamento progressivo superior e inferior (até
o arco 0,019” x 0,025” de aço), e a utilização do
propulsor mandibular fixo do tipo Power Scope.
Foi instalado o aparelho fixo superior a fim de
promover o alinhamento e nivelamento, e após
três meses o aparelho inferior. Ambos os arcos
foram progredidos até o arco 0,019’’ x 0,025’’
de aço. Em seguida, foi instalado o aparelho
Power Scope, sendo solicitado ao paciente simular a protrusão mandibular levando os incisivos até a uma posição de topo de modo que a
linha média superior e inferior estivessem coincidindo. O aparelho encaixa-se diretamente ao
arco e pode-se observar uma total desoclusão
da mordida posterior no momento da ativação.
69
O tratamento com o Power Scope instalado durou quatro meses e, após a remoção, um elástico de classe II e de intercuspidação foi utilizado
durante três meses para melhorar o encaixe
posterior e estabilizar o resultado. O tempo total
de tratamento foi de 18 meses, onde foi observada a correção completa da classe II, melhora
da birretrusão dentária, esta, claramente evidenciada nas medidas cefalométricas, no fechamento do ângulo interincisal e na comparação
das telerradiografias iniciais e finais. Concluiu-se
que o fechamento do ângulo interincisal é fundamental para a estabilidade da birretrusão e da
sobremordida de pacientes padrão face curta. O
Power Scope pode ser uma excelente ferramenta para obtenção destes resultados.
166 – Condutas clínicas no tracionamento de
incisivo superior: estabilidade de 24 meses
Bianca Zeponi Fernandes de Mello; Claudia
Cristina da Silva; Mayara Paim Patel; Maria
Aparecida Andrade Moreira Machado; Thais
Marchini de Oliveira; Fabricio Pinelli Valarelli
(IOPG/Facsete, Bauru)
Quando a irrupção dos incisivos permanentes
não acontece no tempo esperado, é indispensável que o clínico determine a etiologia desta
condição e proponha um plano de tratamento
adequado para o paciente. Para se obter um
diagnóstico preciso é necessário um adequado
exame clínico e radiográfico. O objetivo deste
trabalho foi relatar o tratamento realizado em um
paciento do sexo masculino, nove anos de idade,
que apresentava atraso na irrupção do incisivo
permanente superior esquerdo. Foram realizados exames radiográficos e a tomografia computadorizada, que mostraram a posição horizontal
intraóssea deste dente e revelou a possibilidade
do tracionamento para obtenção da sua posição
normal no arco. O tratamento proposto foi a utilização de uma placa removível de tracionamento
com batente oclusal a partir do uso de elástico se
apoiando na placa e em um botão na face palatina do dente 21. Depois de visualizada a coroa
do dente na cavidade bucal, foi possível realizar
a colagem do aparelho fixo para atingir o posicionamento correto dos incisivos superiores, possibilitando uma oclusão aceitável e um sorriso harmônico para o paciente. O diagnóstico precoce e
o tratamento adequado possibilitaram a irrupção
e o posicionamento natural do dente incluso, evitando técnicas cirúrgicas invasivas e resultando
em uma boa condição estética e periodontal.
167 – O uso da tomografia computadorizada
no diagnóstico de canino retido
Domingos Augusto Alonso Vieira; Karina
Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont
Cançado; Claudia Cristina da Silva; Marcelo
Junior Zanda; Fabricio Pinelli Valarelli
(Faculdade Ingá – Maringá/PR)
Além dos exames radiológicos, outros métodos
de diagnóstico mais precisos podem ser utilizados para localização de dentes impactados.
A presença desses dentes é fator de risco para
reabsorções radiculares e pode causar danos irreversíveis aos dentes adjacentes, caso estejam
em uma posição desfavorável ao tracionamento.
É de suma importância utilizar-se de imagens
precisas para se chegar a um correto posicionamento dos dentes impactados. A tomografia computadorizada possibilita ao ortodontista visualizar
tridimensialmente todas as regiões da boca, e
com isso elaborar um plano de tratamento. Neste caso clínico, a tomografia computadorizada foi
essencial para elaboração de um correto plano
de tratamento, sem causar danos a estruturas
adjacentes e ao dente, possibilitando uma correta
mecânica ortodôntica e consequente sucesso do
plano de tratamento. No exame clínico intrabucal,
foi constatada a presença de mordida cruzada
posterior unilateral do lado direito e má-oclusão
de classe II, primeira divisão, subdivisão direita.
Na vista oclusal, verificou-se um apinhamento
moderado na região anteroinferior, com a ausência do canino superior direito. Após a análise da
documentação ortodôntica, foi pedida uma tomografia computadorizada da maxila, para melhor
visualização do canino retido e a sua relação com
os dentes e estruturas adjacentes. Após avaliação da tomografia computadorizada, verificou-se
que o canino impactado estava bem próximo do
incisivo lateral, porém, sem nenhuma alteração
nos dentes e estruturas adjacentes. Dessa forma,
foi planejado o tratamento com expansor Hyrax,
abertura de espaço na área do canino retido com
mola aberta e alinhamento, nivelamento, tracionamento e intercuspidação. Ao final do tratamento, foi observada relação de classe I bilateral. Os
dentes apresentavam um bom alinhamento/nivelamento e boa intercuspidação. A paciente apresentava estética do sorriso e boa harmonia facial.
A tomografia computadorizada mostrou-se uma
ferramenta de diagnóstico indispensável nos
dias atuais para os casos de dentes impactados, pois fornece uma imagem tridimensional,
favorecendo a visualização dos dentes adjacentes e a correta posição do canino. Sendo assim,
pode ser elaborado um plano de tratamento preciso e seguro e consequentemente um melhor
resultado final do tratamento.
70
168 – Tratamento da classe II em paciente
vertical
Domingos Augusto Alonso Vieira; Karina
Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont
Cançado; Maria Fernanda Antônio Silva;
Danilo Pinelli Valarelli; Fabricio Pinelli Valarelli
(Faculdade Ingá – Maringá/PR)
A má-oclusão de classe II é uma das mais encontradas nos consultórios de Ortodontia, sendo
que, quando relacionada à pacientes com padrão facial vertical, torna-se um desafio para
o profissional. O diagnóstico e o planejamento devem ser bem executados. Nesse trabalho será apresentado o tratamento em uma
paciente vertical, pós-puberal, realizado em
duas fases, na primeira com o AEB tração alta
associado com o ativador, e posteriormente o
tratamento com aparelho fixo convencional.
No final do tratamento foi obtida a correção
da má-oclusão com melhora do perfil da paciente. Houve melhora do sorriso com grande
harmonia da face. Na radiografia panorâmica
observou-se a presença dos terceiros molares
e o aspecto normal dos dentes e estruturas
adjacentes. Após a análise da documentação
ortodôntica, foi pedida uma radiografia carpal
da mão direita, para um melhor estudo da fase
de crescimento. Após avaliação, verificou-se
que essa paciente encontrava-se na fase
pós-puberal de crescimento, observado pela
presença do processo ganchoso. No início do
tratamento foi proposto o uso do ativador de
Andreasen. O ativador consiste em um aparelho removível com arco vestibular, e o parafuso expansor no palato com placa acrílica
que no decorrer do tratamento foi desgastado
conforme as necessidades. O ativador foi usado por 12 meses. Mensalmente foi realizada
a ativação de 2/4 de voltas, e o desgaste da
placa acrílica com o objetivo de guiar a erupção dentária. Simultaneamente ao ativador foi
utilizado o AEB de tração alta com o objetivo de controlar o desenvolvimento vertical da
parte posterior da maxila. Após um ano de tratamento removeu-se o aparelho ativador. Foi
realizada a colagem dos braquetes superiores
e inferiores, prescrição Roth 0,022” X 0,028”.
O alinhamento e o nivelamento foram efetuados com a sequência de arcos de níquel titânio do 0,012” ao 0,020”. Foi utilizado elástico
de classe II 3/16” de força média (uso noturno) bilateral e elásticos em cadeia para fechamento de espaços. Obteve-se a relação molar
e canino de classe I bilateral. A paciente teve
melhora no selamento labial e o perfil apresentou-se mais harmonioso. Os componentes
esqueléticos não sofreram alterações, porém,
os incisivos superiores sofreram lingualização
e os molares distalização. Após o término do
tratamento foi removido o aparelho e instalado
o 3 x 3 inferior e a Hawley superior. No final do
tratamento foi obtida a correção da má-oclusão
com a melhora do perfil da paciente. Houve
melhora do sorriso com grande harmonia da
face. Seu sucesso está relacionado ao correto
diagnóstico clínico. Os objetivos foram alcançados. A correta aplicação de diferentes vetores de força no aparelho extrabucal corrigiu a
má-oclusão de classe II sem agravar o padrão
facial vertical da paciente.
169 – Distrator osteossuportado na
expansão cirúrgica da maxila
Domingos Augusto Alonso Vieira; Victor Prado
Curvêllo; Karina Maria Salvatore de Freitas;
Rodrigo Hermont Cançado; Thais Marchini de
Oliveira; Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade
Ingá – Maringá/PR)
A correção da deficiência esquelética transversal da maxila nos pacientes adultos é vista
como um grande desafio pelos ortodontistas.
Convencionalmente, os parafusos expansores são ancorados nos dentes posteriores. Os
dentes e os tecidos adjacentes podem sofrer
efeitos colaterais e grandes sequelas, principalmente em pacientes com problemas periodontais. Este trabalho teve como objetivo relatar o
tratamento de um paciente adulto com mordida
cruzada bilateral utilizando a técnica de osteotomia tipo Le Fort I associada ao uso do distrator osteossuportado. Esses distratores são
posicionados diretamente no osso palatino durante o procedimento cirúrgico com a finalidade
de direcionar as forças aplicadas e minimizar as
injúrias causadas pelo protocolo de expansão.
No exame clínico intrabucal, foi diagnosticada
uma má-oclusão classe III de subdivisão direita
com mordida aberta anterior, mordida cruzada
posterior bilateral e sobressaliência acentuada.
A expansão maxilar foi realizada em ambiente
hospitalar. O parafuso de fixação do distrator foi
fixado entre as raízes dos dentes 14 e 15, 24 e
25 com parafuso de 14 mm. O distrator utilizado foi o Smile 3 Distractor (Titamed). Iniciou-se
a osteotomia tipo Le Fort I liberando os pilares
caninos, zigomáticos e pterigomaxilares bilateralmente, e seguiu-se com a liberação da sutura
maxilar. Após cinco dias da cirurgia, iniciou-se
a ativação do distrator: 0,3 mm de manhã e 0,3
mm à noite. Ao atingir a sobrecorreção da mordida cruzada (12 mm neste caso), travou-se a
movimentação do parafuso. Aguardou-se um
período de seis meses, onde obteve-se o reparo
ósseo na região da sutura maxilar.
71
No período de estabilidade da expansão e
formação óssea, iniciou-se a colagem dos
acessórios ortodônticos para alinhamento e
nivelamento dentário. O paciente apresentava
recessões generalizadas nos dentes posteriores, diagnosticadas previamente ao procedimento de expansão. O uso dos distratores
convencionais dentossuportados, levaria à
sequelas indesejáveis ao periodonto. A técnica
escolhida foi a expansão cirúrgica junto com o
uso do distrator osteossuportado. O aparelho
propicia uma expansão mais segura e previsível, quando comparada com os métodos tradicionais sendo, desta forma, uma boa opção
para o profissional que deseja corrigir a deficiência transversal do paciente sem correr os
riscos de se obter movimentações dentárias indesejadas, e aumentar os danos periodontais.
A expansão esquelética ou expansão palatal
rápida assistida cirurgicamente, com o uso do
distrator osteossuportado é, sem dúvida, a melhor opção de tratamento para os casos de histórico de problemas periodontais.
170 – Expansão rápida da maxila com
aparelho de Haas modificado para
tracionamento de incisivo central retido.
José Gregorio Pelayo Guerra; Adriano Lia
Mondelli; Karine Laskos Sakoda; Maria Dorotéa
Pires Neves Cury; Sérgio Elias Neves Cury
(Instituto Mondelli de Odontologia)
A retenção dos incisivos superiores é uma anomalia que requer interceptação precoce e é um
desafio na clínica ortodôntica. Dentre os elementos dentários que são acometidos por essa
condição, os incisivos superiores são os mais
facilmente diagnosticados pelos pais e pelas
próprias crianças na fase da dentadura mista.
Além disso, devido à localização dos incisivos,
quando retidos, representam um fator determinante na deterioração da estética. Quando os
incisivos não irromperem no tempo esperado,
é extremamente importante para o clínico determinar a etiologia e formular o planejamento
mais apropriado. As alternativas de tratamento para induzir a irrupção dos incisivos retidos
incluem: 1) induzir a irrupção em sua posição
correta com um tracionamento ortodôntico; 2)
extração do incisivo retido e fechamento de espaços pela substituição do incisivo lateral pelo
incisivo central, com a posterior restauração
protética; 3) extração do dente retido e reposição cirúrgica do mesmo; 4) extração do dente
retido e realização de um transplante autólogo
de um pré-molar; 5) extração do incisivo retido
e reabilitação com um implante. O objetivo deste estudo foi apresentar o caso clínico de um
paciente do sexo masculino, 10 anos e 8 meses
de idade, que apresentava um incisivo central
superior direito retido, e uma atresia transversal maxilar, tratada por meio de uma expansão
rápida da maxila com disjuntor de Haas modificado, para o tracionamento do incisivo. Foi indicada uma ativação de três quartos de volta
por dia (0,75 mm) até obter uma relação transversal posterior ideal interarcos, e consequentemente uma melhora no comprimento do perímetro ósseo. Quando a quantidade de espaço
foi atingida, o paciente foi encaminhado para o
cirurgião para expor o incisivo retido. Depois de
uma semana foi começado o tracionamento do
incisivo por meio de um elástico intermaxilar um
quarto leve conectado a um amarilho metálico
0,010”, e tracionado com uma força de 60 g/
força até o gancho colocado no acrílico palatino do Haas. Depois, foi trocado por um elástico corrente mantendo a mesma força inicial
até atingir o posicionamento vertical desejado.
Seguiu-se com a remoção do botão e o encaminhamento para a área de Dentística para fazer uma restauração, devolvendo a anatomia
correta, e permitindo o posicionamento do braquete corretamente, para finalmente remover o
Haas. Pôde se concluir que, a exposição cirúrgica conservadora e tracionamento ortodôntico,
é um tratamento efetivo quando se apresenta
uma atresia de maxila, que pode ser combinado com uma expansão rápida de maxila escolhendo o aparelho de Haas por apresentar uma
estrutura facilmente modificável.
171 – Verticalização de segundos molares
inferiores com mini-implante em ramo
ascendente
Daniel Ferraz Biesemeyer; Mauricio dos Santos
Souza; Juliana O. D'Icarahy Araki; Wilson
Humio Murata (Universidade Cruzeiro do Sul –
Unicsul)
Paciente com 11 anos e cinco meses de idade,
apresentava discrepância posterior negativa
com retenção dos segundos molares inferiores bilateralmente, devido à mesioinclinação e
infraoclusão dos elementos mencionados. Ambos os terceiros molares inferiores não estavam
totalmente formados, porém, já apresentavam
mesioinclinação, o que impediria a erupção dos
segundos molares, agravando mais a discrepância posterior da paciente. Foi decidido pela
exodontia precoce dos terceiros molares inferiores, direito e esquerdo. Durante o ato cirúrgico
foram instalados mini-implantes bilateralmente
no ramo ascendente da mandíbula. Ainda no
mesmo ato cirúrgico, foram expostas as coroas
clínicas dos segundos molares inferiores direito
72
e esquerdo por meio de laser cirúrgico de alta
potência (DMC) para diminuir o sangramento e
facilitar a colagem de botão, para o tracionamento desses elementos. Os elásticos foram
trocados mensalmente e o botão foi reposicionado apenas uma vez bilateralmente. Após
sete meses de tratamento, ambos os segundos
molares inferiores já haviam corrigido suas inclinações, e estavam aptos a colar o tubo vestibular para serem incluídos no arco.
172 – Abordagem da impactação do canino
permanente superior por palatino
Lucia Hatsue Yamamoto Nagai; Flavio
Toshiki Shido; Mario Cappellette; Roberta
Lopes Gomes Cesário; Renata Fonseca
Lacerda Muniz; Luciana Cappellette Monteiro
Fernandes (Soesp)
Não obstante, ainda existem profissionais que
evitam qualquer tipo de máscara facial. Este
caso clínico demonstra como este dispositivo é
extremamente eficiente, quando o caso for bem
diagnosticado e planejado.
174 – Tratamento da mordida aberta anterior
com Multiloop Edgewise Arch Wire (Meaw)
Arón Aliaga-Del Castillo; Luciano Soldevilla;
Lorena Souza; Guilherme Janson; Luis Angel
García-Gonzales (FOB-USP)
Uma sequência favorável, ou mesmo o trajeto
de erupção dentária, pode ser quebrada por
algum distúrbio durante o período da dentadura mista, conduzindo a impactação de dentes
permanentes. Estudos relatam que o canino
superior permanente é o segundo, depois dos
terceiros molares, na prevalência de dentes
impactados, especialmente na região palatina
(80% a 90%), mesmo na presença de espaço
suficiente para o seu alinhamento na arcada
dentária. Na impossibilidade do diagnóstico
precoce, esforços serão empregados para reposicionar o dente no arco dentário dada a sua
importância no estabelecimento e manutenção
da forma e função do arco dentário, sendo sua
presença fundamental para o estabelecimento
de uma oclusão funcional balanceada, além da
estética e harmonia facial. O objetivo foi relatar
caso clínico abordando as fases de diagnóstico,
exposição cirúrgica e colocação de um acessório para posterior tracionamento.
A mordida aberta anterior é uma má-oclusão
difícil de tratar devido à sua etiologia multifatorial. Com o passar dos anos, vários protocolos
de tratamento foram desenvolvido. A terapia
com Multilloop Edgewise Arch Wire (Meaw) baseia-se na eliminação da discrepância posterior, reconstrução do plano oclusal e no reposicionamento mandibular. O objetivo do presente
trabalho foi relatar o caso de um paciente do
sexo masculino, 13 anos e seis meses de idade, diagnosticado com hábito de interposição
lingual, mordida aberta anterior severa e classe II esquelética, sobressaliência de 12 mm,
mordida aberta anterior de 7 mm e padrão de
crescimento vertical. O paciente apresentava
histórico de terapia com expansão rápida da
maxila e grade palatina. O objetivo principal do
tratamento foi corrigir a mordida aberta anterior
e promover uma adequada intercuspidação.
Após as fases de alinhamento e nivelamento,
os arcos Meaw foram utilizados juntamente
com elásticos anteriores e de classe II. A correção da mordida aberta anterior e da relação
sagital foi obtida aos dez meses de tratamento,
atingindo resultados estéticos e funcionais. A
terapia com Meaw mostrou-se uma alternativa
eficiente para o tratamento da mordida aberta
anterior severa.
173 – Máscara facial
Bruna Silva da Rocha; Camilla Macedo Couto
Bedran de Castro; Elisabeth Mendes Lima
Carrascoza Brito; Mateus de Abreu Pereira;
Marco Antonio Mattar; Fábio Schemann-Miguel
(ABO Osasco)
175 – Distalização de molares superiores
com a utilização de mini-implantes no
palato
Arón Aliaga-Del Castillo; Lorena Souza;
Guido Marañón-Vásquez; Luciano Soldevilla;
Guilherme Janson (FOB-USP)
A má-oclusão esquelética de classe III, quando diagnosticada tardiamente, pode ter como
consequência uma intervenção cirúrgica. Deste
modo, um diagnóstico precoce possibilita uma
intervenção ortopédica; que é feita na maioria
dos casos com a máscara facial. Esta, apesar
de ser considerada desconfortável e não estética, quando bem empregada e com a colaboração do paciente, apresenta resultado final
satisfatório, tanto no aspecto funcional como
estético, melhorando a autoestima do paciente.
Dentre as diversas formas de tratar a má-oclusão de classe II, está a distalização de molares
superiores com dispositivos intrabucais fixos,
que é uma mecânica rápida e principalmente com baixa dependência da colaboração do
paciente. No entanto, estes aparelhos apresentam efeitos indesejáveis como a perda de
ancoragem caracterizada pela mesialização
dos pré-molares e inclinação vestibular dos
dentes anteriores. Para reduzir estes efeitos,
73
distalizadores com dispositivos de ancoragem
esquelética são utilizados. O distalizador Dual
Force ancorado a mini-implantes, além que
preservar ancoragem anterior, exerce força por
vestibular e por palatino, anulando efeitos de
rotação no molar superior. O objetivo deste trabalho foi apresentar o caso de uma paciente
do sexo feminino, 17 anos e um mês de idade,
perfil convexo, relação molar de meia classe
II, com suave retrognatismo mandibular. Não
havendo grande discrepância esquelética e
queixa do perfil facial, optou-se por tratar a
má-oclusão de classe II com distalização dos
molares superiores. A distalização foi realizada
com o Dual Force ancorado a mini-implantes
instalados no palato concomitante à utilização
do aparelho ortodôntico fixo convencional. O
período de distalização durou 5,5 meses e o
tempo total de tratamento foi de dois anos e
quatro meses. Os objetivos do tratamento foram alcançados e o Dual Force com ancoragem esquelética foi efetivo na movimentação
distal dos molares superiores, minimizando os
efeitos indesejáveis da mecânica de distalização e a necessidade de colaboração por parte
da paciente.
quanto no perfil facial, nesse caso a mentoplastia é usada no tratamento de deformidades do queixo. Proposição: o objetivo deste
trabalho foi apresentar o caso clínico de uma
abordagem multidisciplinar no tratamento de
um paciente adulto jovem. Relato do caso: paciente, 32 anos de idade, classe II esquelética,
apresentando biprotrusão dentoalveolar, perdas dentárias inferior posterior e sorriso gengival. O plano de tratamento foi dividido em
três etapas: primeiramente foi solicitada instalação de implantes dentários na região inferior
posterior para ancoragem dentária com coroas provisórias para servirem como ancoragem
durante a retração anterior inferior; posteriormente foram instalados mini-implantes para
intrusão de molares superiores; e na terceira
fase mini-implantes superiores para ancoragem e retração superior após exodontia dos
elementos 14 e 24. Resultados: na fase final
do tratamento, a paciente foi submetida à correção cirúrgica de mentoplastia. Conclusão: o
tratamento ortodôntico multidisciplinar representa uma abordagem eficiente no tratamento de
indivíduos com discrepâncias dentárias, esqueléticas e múltiplas perdas dentárias associadas.
176 – Tratamento multidisciplinar em uma
paciente adulta com biprotrusão, sorriso
gengival e perdas dentárias
Isabela Maria Laubenstein Pereira; Hideo
Suzuki; Selly Sayuri Suzuki; Aguinaldo Silva
Garcez Segundo (Faculdade São Leopoldo
Mandic)
177 – Extração de primeiros molares
permanentes
Adriana de Fatima Lazaro Oliveira Souza;
Fabrício Pinelli Valarelli; Rodrigo Hermont
Cançado; Fabiana Lopes Pazian; Déric
Meschiari Batista; Karina Maria Salvatore de
Freitas (Uningá)
Introdução: o tratamento em pacientes adultos com diversas ausências dentárias é um
grande desafio para o ortodontista, uma vez
que o correto diagnóstico e planejamento do
caso são de fundamental importância para o
sucesso do tratamento, pois, muitas vezes,
envolve um tratamento multidisciplinar. Em
diversas ocasiões, as perdas dentárias resultam em movimentações dentárias adjacentes
dificultando a reabilitação protética. Nesses
casos, os mini-implantes auxiliam o ortodontista a realizar intrusão dentária e ancoragem
esquelética, quando necessária. Os implantes
dentários são uma opção para a reabilitação
dos espaços edêntulos e podem ser usados
como pilar de ancoragem durante o tratamento ortodôntico. Contudo, apesar das intervenções ortodônticas e protéticas, muitas vezes a
estética facial ainda não foi alcançada. A beleza facial depende da forma, proporção e harmonia das bases ósseas que formam a face.
O mento ocupa uma posição de destaque no
terço inferior da face, tanto na visão frontal,
A extração de primeiros molares permanentes
não deve ser o procedimento terapêutico de
excelência, porém, situações que apresentam
comprometimento desses dentes requerem
uma reflexão acerca desta proposta. É comum a presença de pré-molares hígidos associados a primeiros molares com algum tipo
de alteração, que podem ser cáries extensas,
tratamento endodôntico, problemas periodontais ou periapicais, ou mesmo a ausência de
um ou mais primeiros molares. Nestes casos,
e a partir de um diagnóstico criterioso, a extração de primeiros molares permanentes pode
ser uma excelente via de tratamento. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de
paciente biprotrusa tratada ortodonticamente
com extração dos quatro primeiros molares
permanentes. Os resultados obtidos foram
o apinhamento solucionado, a protrusão dos
dentes diminuída, o perfil diminuiu a convexidade e melhorou a harmonia da face e do sorriso da paciente, com estabilidade após nove
meses do término do tratamento.
74
178 – Tratamento da mordida aberta
anterior com o auxílio da ancoragem
esquelética absoluta (mini-implantes)
Ana Lucia Fernandes da Silva; Paula Cotrin;
Joubert de Souza Melo; Karina Maria
Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont
Cançado; Fabricio Pinelli Valarelli (Uningá)
O tratamento ortodôntico da mordida aberta
anterior em indivíduos adultos apresenta muitas limitações, e a terapêutica adequada seria
a cirurgia, mas por razões econômicas ou psicológicas alguns indivíduos a rejeitam como forma
de tratamento. Diante da necessidade desses
indivíduos, resta a possibilidade do tratamento
ortodôntico compensatório. O presente trabalho
teve por objetivo apresentar o tratamento de um
caso clínico de mordida aberta anterior usando
mini-implantes como ancoragem.
179 – Uso de mini-implantes ortodônticos
na intrusão simultânea do segundo prémolar e primeiro molar superiores direitos
Eduardo Chen Yhung Wong; Silvia M.
Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree
Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique
Shibuya (Esfera – Centro de Ensino
Odontológico)
Introdução: o uso de mini-implantes ortodônticos oferece a possibilidade de se realizar
uma ancoragem esquelética trazendo novas
perspectivas para alcançar um bom resultado
nos tratamentos ortodônticos atuais, principalmente nos casos em que é necessário realizar
a intrusão de um dente ou de um grupo de
dentes simultaneamente. A necessidade de
intrusão dos dentes posteriores ocorre, principalmente, em função da perda de unidade
antagonista ou quando há excesso vertical na
região posterior. Quando comparada à intrusão de dentes anteriores, a intrusão na região
posterior é um movimento mais difícil de ser
obtido, devido ao maior volume radicular dos
molares e pré-molares, o que proporciona
maior reação do osso alveolar e maior tempo
de tratamento. O controle tridimensional da
posição dos dentes é fundamental para o sucesso da intrusão posterior. Objetivo: mostrar
a utilização clínica dos mini-implantes ortodônticos como alternativa para a intrusão de pré-molar e molar superiores. Métodos: utilizou-se dois mini-implantes da marca Conexão de
8 mm de comprimento, 1,5 mm de diâmetro e
1,0 mm de perfil transmucoso na vestibular, e
mais dois mini-implantes de 8 mm de comprimento, 1,5 mm de diâmetro e 2,0 mm de perfil
transmucoso na palatina, mostrando efetivi-
dade e grande sucesso no trabalho realizado.
Conclusão: o uso de mini-implantes para intrusão de molares e pré-molares superiores
como elementos de ancoragem esquelética
permite empregar uma mecânica ortodôntica
mais simples, trazendo novas perspectivas
para os tratamentos ortodônticos. Porém, exige conhecimento de biomecânica para sua
correta aplicação.
180 – Colagem indireta do aparelho
ortodôntico: moldeiras de cola quente
versus placa dupla de silicone e acetato
Eduardo Chen Yhung Wong; Silvia M.
Chagas; Ricardo C. Penteado; Desiree
Saddi; Tommy Mory Niño; Ronaldo Henrique
Shibuya (Esfera – Centro de Ensino
Odontológico)
Introdução: o emprego da colagem indireta tem
se tornado a cada dia mais útil na clínica ortodôntica, visto que possibilita um posicionamento
mais adequado dos braquetes, diminuindo o risco de efeitos indesejados durante o tratamento, efetiva aplicação da biomecânica, utilização
total do potencial dos aparelhos ortodônticos e
finalização adequada do caso. Objetivo: apresentar um caso clínico com a utilização de colagem indireta de duas formas, sendo uma na
arcada superior e outra na inferior, descrevendo
o passo a passo da colagem indireta. Caso clínico: 1) fez-se as demarcações do longo eixo dos
dentes e da altura para a colagem dos braquetes, e para a fixação dos braquetes no modelo
utilizou-se neste trabalho resina Transbond XT
(3M Unitek) na arcada superior e cola solúvel
(cola branca) na arcada inferior. Arcada superior: a) placa de silicone de 1 mm em uma máquina Vacuum Forming; b) o modelo foi lubrificado com silicone em spray; c) placa de acetato
de 1,5 mm por cima da placa anterior. Moldeira
pronta, segmentada em três partes, uma anterior e duas posteriores. Arcada inferior: a) cola
quente nos braquetes de modo que os cubra –
obtenção da moldeira; b) moldeira pronta: segmentou-se em duas partes (central e pré-molares de cada lado); c) removeu-se a moldeira, os
braquetes foram limpos com acetona pura comprada em farmácia de manipulação. 2) profilaxia
prévia com taça de borracha e pasta profilática,
condicionamento da superfície do esmalte com
ácido fosfórico a 37% durante 30 segundos; 3)
a colagem dos braquetes nos dentes foi realizada com resina fotopolimerizável na base dos
braquetes; 4) utilizou-se o fotopolimerizador por
cerca de 40 segundos por dente. 5) Removeu-se as moldeiras que foram fotopolimerizadas
por mais 40 segundos por dente. Conclusão: em
75
ambas as técnicas foi possível observar sucesso na colagem dos braquetes, contudo, o que
difere uma técnica da outra foi a facilidade tanto
de confecção quanto de instalação dos braquetes utilizando-se a moldeira de cola quente.
181 – Correção da má-oclusão de classe II em
paciente jovem com propulsor mandibular
João Antonio Silva Medeiros; Rogério de
Almeida Penhavel; Cristina Almeida Paschotto
Pezzo Marin; Eduardo Ledoux Gava; Fabricio
Pinelli Valarelli; Adriano Garcia Bandeca (Icos –
Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe II representa um dos
problemas mais comuns da Ortodontia. É caracterizada por um posicionamento mais posterior dos dentes inferiores e/ou da mandíbula em relação aos dentes superiores e/ou da
maxila. Essa discrepância sagital pode ocorrer
por fatores diferentes, sendo assim, a abordagem do tratamento irá variar e depender de um
correto diagnóstico e planejamento. O relato
do presente caso clínico visa descrever a utilização do aparelho funcional fixo Twin Force
Bite Corrector (TFBC), um propulsor mandibular indicado para os casos de má-oclusão de
classe II, em que a sua resolução se dará por
compensação dentoalveolar inferior.
182 – Tratamento da má-oclusão de classe II
utilizando aparelho funcional fixo Twin Force
João Antonio Silva Medeiros; Soraia Hopfner
Canani; Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Paim
Patel; Rogério Almeida Penhavel; Adriano
Garcia Bandeca (Icos – Instituto Catarinense
de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe II representa um dos
problemas mais comuns na prática ortodôntica,
na maioria dos casos, ocasionada por retrusão
mandibular. O objetivo deste trabalho foi apresentar o tratamento de uma má-oclusão de três
quartos de classe II utilizando um aparelho funcional fixo, o Twin Force. Paciente do sexo masculino, 14 anos de idade, com presença de três
quartos classe II, apinhamentos e sobremordida
profunda. No primeiro momento foi realizado
alinhamento e nivelamento dos arcos, após 13
meses de tratamento foi instalado o Twin Force
para a correção da classe II, após três meses
o dispositivo foi removido e foi inserido o uso
de elásticos intermaxilares para controle. Ao final do tratamento pode-se observar a correção
da má-oclusão, grande melhora do perfil do paciente e a estética e função restabelecidas.
183 – Tratamento ortodôntico da mordida
aberta anterior por meio de extrações
dentárias
João Antonio Silva Medeiros; Fabrício Pinelli
Valarelli; Danilo Pinelli Valarelli; Mariana Lopes
Côrrea; Soraya Rolim Mouammar; Mayara
Paim Patel (Icos – Instituto Catarinense de
Odontologia e Saúde)
A mordida aberta anterior é a presença de um
trespasse vertical negativo existente entre as
bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. É uma má-oclusão difícil de
ser tratada e de estabilidade duvidosa, porém,
quando extrações dentárias são cuidadosamente planejadas, o resultado tende a se manter por
mais tempo. O objetivo deste trabalho foi mostrar o tratamento de um caso clínico de má-oclusão de classe II com mordida aberta que foi
tratado com extrações de primeiros pré-molares
superiores e segundos pré-molares inferiores.
Paciente de 25 anos de idade, sexo feminino, procurou por tratamento ortodôntico tendo
como queixa principal a mordida aberta anterior. Foi então encaminhada para extração dos
primeiros pré-molares superiores e segundos
pré-molares inferiores. Foi instalado aparelho
fixo pré-ajustado e em seguida realizou-se o alinhamento e nivelamento dos arcos dentários. A
retração do segmento anterior iniciou-se no arco
retangular de aço associado ao elástico corrente, e elásticos intermaxilares para a correção da
classe II. Ao final do fechamento dos espaços,
foi realizada a finalização com elásticos de intercuspidação. Ao final do tratamento ortodôntico
corretivo observou-se correção no sentido vertical, sagital e transversal. Os caninos e molares
finalizaram em classe I e houve uma sobrecorreção do trespasse vertical a fim de manter estável
a correção da mordida aberta anterior.
184 – Compensação da má-oclusão de
classe III esquelética por meio da prescrição
biofuncional
João Antonio Silva Medeiros; Danilo Pinelli
Valarelli; Rogério Almeida Penhavel; Cristina
de Almeida Paschotto Pezzo Marin; Adriano
Garcia Bandeca; Mayara Paim Patel (Icos –
Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão esquelética de classe III , em sua
grande maioria, apresenta-se acompanhada
de compensações dentoalveolares caracterizada pela lingualização dos incisivos inferiores
e vestibularização dos incisivos superiores. A
exarcebação destas compensações pode trazer
resultados estéticos insatisfatórios, como a planificação ou reversão do smile arc e consequen-
76
te menor exposição dos incisivos superiores no
sorriso. Diferentemente de algumas prescrições
indicadas para compensações da classe III, a
prescrição biofuncional apresenta inclinação
vestibular de coroa nos incisivos inferiores e
inclinação lingual de coroa nos incisivos superiores, além de 0° na angulação dos incisivos
inferiores, que promovem uma força oposta à
forca promovida pelos elásticos intermaxilares
de classe III, durante a fase dos arcos retangulares, exercendo a função de torque resistente.
O resultado ao final do tratamento é a correção
da má-oclusão, com os incisivos em ótima posição em suas bases ósseas e grande harmonia facial e do sorriso. O objetivo deste trabalho
foi apresentar um caso clínico de má-oclusão
de classe III esquelética tratado com a técnica
biofuncional para classe III, após insucesso do
tratamento ortopédico.
185 – Eficiência no tratamento da classe II
por meio da extração de dois pré-molares
superiores
Milene Chehter; Alexandre Moura Serrano;
Mayara Paim Patel; Flavio Augusto CotrimFerreira; Flávio Vellini Ferreira; Andréa
Louzada Suster (Instituto Vellini)
Em sua pesquisa Angle relatou que 19% de sua
amostra, 1.000 caucasianos, foram diagnosticados com má-oclusão classe II de Angle, primeira
divisão. Apesar de não ser a mais frequente, é
a que tem maior procura por tratamento devido ao maior comprometimento estético facial.
Angle, no início do século 20, defendeu o tratamento ortodôntico sem extrações baseando-se no conceito da linha de oclusão. Segundo o
autor, havia potencial para que os 32 dentes se
posicionassem corretamente no arco dentário
e, quando isso acontecia, os tecidos adjacentes (tegumento, osso e músculo) se adaptavam
a essa nova posição. Tweed, um dos mais brilhantes alunos da escola de Angle, durante muitos anos seguiu fielmente os conceitos de seu
mestre, realizando tratamentos sem extrações
dentárias. No entanto percebeu que os objetivos dos tratamentos propostos eram alcançados em apenas 20% dos casos e que muitos
recidivaram, principalmente aqueles em que os
incisivos inferiores não terminavam em posição
vertical em relação à base óssea. Dessa forma, retratou pacientes com extrações de quatro
pré-molares e obteve melhores resultados estéticos e funcionais. A tendência atualmente na
Ortodontia está favorável em relação à extração
de dentes para a correção de algumas más-oclusões. O objetivo deste trabalho foi apresentar
um caso de má-oclusão classe II tratado com
extração dos primeiros pré-molares superiores.
Após as extrações, realizou-se a retração inicial
dos caninos, alinhamento e nivelamento, retração da bateria anterior com o uso de elástico
corrente, intercuspidação e finalização. As extrações em tratamentos ortodônticos, abordagem que já foi muito mal vista na Ortodontia, é
atualmente muito usada, pois alcança um tratamento mais estável, além de ótimos resultados
estéticos e funcionais quando bem indicadas,
como no caso apresentado.
186 – Tratamento ortodôntico de
transposição dentária entre incisivo lateral
superior esquerdo e canino superior
esquerdo
Larice Silva Barreto; Monike Kirchner; Cristina
Almeida Paschotto Pezzo Marin; Adriano
Bandeca; Danilo Pinelli Valarelli; Rogério
Almeida Penhavel (Icos – Instituto Catarinense
de Odontologia e Saúde)
A transposição dentária é considerada um
tipo de irrupção ectópica, na qual dois dentes
permanentes trocam de posição no arco dentário,
levando a problemas funcionais e estéticos. O
diagnóstico precoce é crucial no tratamento da
transposição dentária, podendo ser realizado
por meio de um exame clínico, radiográfico, e
tomografia computadorizada de feixe cônico
(cone-beam), nos casos onde é necessário um
maior detalhe no diagnóstico da localização
dos dentes envolvidos. A transposição entre os
dentes pode ser completa ou incompleta, e a
terapia de escolha dependerá da gravidade do
problema. O objetivo deste trabalho foi relatar
um caso clínico de transposição unilateral entre
um canino e incisivo lateral superior esquerdo,
além da impacção do incisivo central superior
esquerdo, e o respectivo tratamento através
do reposicionamento dos dentes envolvidos.
O diagnóstico foi realizado com auxílio de
tomografia computadorizada de feixe cônico,
visando uma maior precisão de imagem. O
tratamento consistiu no tracionamento dos
incisivos e caninos por meio de uma placa
removível com elásticos. Posteriormente, foi
realizada a instalação de aparelho ortodôntico
fixo de prescrição Roth (slot .022”) para o
alinhamento dos dentes e a conclusão do caso.
187 – O desafio do tratamento ortodôntico
em paciente com anomalias associadas
Larice Silva Barreto; Hemile Schulz; Soraya
Rolim Mouammar; Fabricio Pinelli Valarelli;
Rogério Almeida Penhavel; Cristina Almeida
Paschotto Pezzo Marin (Icos – Instituto
Catarinense de Odontologia e Saúde)
77
O presente trabalho trata acerca do desafio do
diagnóstico e a abordagem ortodôntica das anomalias dentárias, podendo um mesmo defeito
genético originar diferentes manifestações fenotípicas, incluindo agenesias (anomalia de desenvolvimento), microdontias (anomalia de forma),
ectopias e atraso no desenvolvimento (distúrbio
de erupção). O caso clínico apresentado teve
como objetivo enfatizar a mecânica ortodôntica
necessária quando tais adversidades e anomalias dentárias estão presentes no paciente. As
implicações clínicas são muito relevantes, uma
vez que o diagnóstico precoce pode alertar o clínico sobre a possibilidade de desenvolvimento
de outras anomalias associadas no mesmo paciente ou em outros membros da família, permitindo a intervenção ortodôntica em época oportuna resultando em uma melhora significante
da condição oclusal e consequente aumento da
autoestima do paciente.
188 – Tratamento da classe II em paciente
adulto com aparelho propulsor mandibular
Twin Force Bite Corrector
Larice Silva Barreto; Mayara Paim Patel;
Rogerio Almeida Penhavel; Cristina de Almeida
Paschotto Pezzo Marin; Danilo Pineli Valarelli;
Adriano Garcia Bandeca (Icos – Instituto
Catarinense de Odontologia e Saúde)
Os aparelhos ortopédicos funcionais fixos,
como os propulsores mandibulares têm sido
utilizados para promover compensações dentoalveolares e a correção sagital, e representam uma alternativa eficiente para correção da
má-oclusão de classe II em pacientes adultos.
O objetivo deste trabalho foi apresentar o tratamento ortodôntico de uma paciente adulta, 55
anos de idade, padrão horizontal, com má-oclusão de classe II completa bilateral, trespasse
horizontal acentuado e sobremordida profunda
que utilizou o aparelho funcional fixo Twin Force
Bite Corrector (TFBC). Após o alinhamento e nivelamento dos arcos dentários, o aparelho propulsor foi instalado e a correção da má-oclusão
de classe II foi observada três meses depois.
Ao final do tratamento observou-se correção da
má-oclusão, melhora do perfil facial e satisfação
do paciente. Conclui-se que o Twin Force Bite
Corrector representou uma alternativa eficiente
para a correção da má-oclusão, de fácil instalação e boa aceitação do paciente.
189 – Alternativa de tratamento de máoclusão dentária de classe II com propulsor
mandibular híbrido
Larice Silva Barreto; Milany Grein Faustino
Janani; Fabricio Pinelli Valarelli; Mayara Paim
Patel; Rogério Almeida Penhavel; Adriano
Garcia Bandeca (Icos - Instituto Catarinense de
Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe II afeta grande parte da
população, sendo um dos problemas mais encontrados na clínica ortodôntica. Dentre as várias formas de tratamento compensatório para
essa a má-oclusão, destacam-se as exodontias,
nos casos que o perfil permite sua realização,
ou a compensação dentoalveolar através de
propulsor mandibular e elásticos intermaxilares.
Neste relato de caso, a paciente de 12 anos de
idade, com perfil agradável, apresentava três
quartos de classe II, segunda divisão. Optou-se
pela utilização do propulsor mandibular Twin
Force, que corrigiu de maneira eficiente e sem
a dependência da colaboração da paciente, não
influenciando a estética facial da paciente que já
apresentava um perfil harmônico.
190 – Tratamento da sobremordida profunda
Mayara Pires Vágula; Dino Lopes de Almeida;
Juliana Volpato Curi Paccini; Moacir Tadeu
Vicente Rodrigues; Ricardo Lincoln Fernandes
da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/
Facsete, RO – Sistema Odontológico de
Ensino e Pesquisa)
A sobremordida é um tipo de má-oclusão vertical onde os incisivos superiores recobrem os
incisivos inferiores em níveis maiores que o
padrão. A etiologia dessa má-oclusão pode estar associada a alterações de crescimento na
mandíbula e/ou maxila, modificações na função
de lábios e língua e a alterações dentoalveolares. A relação adequada do sorriso é aquela na
qual os lábios superiores repousam na margem
gengival dos incisivos centrais superiores, ou
quando o lábio superior se posiciona expondo
toda a coroa dos incisivos centrais superiores e
até 2 mm de gengiva. O diagnóstico dessa má-oclusão é importante para definir a melhor estratégia de tratamento do paciente e conseguir
uma melhor estabilidade dos casos. O objetivo
deste trabalho foi apresentar um caso clínico
do tratamento ortodôntico de má-oclusão de
classe II, subdivisão direita, com sobremordida
na fase de transição da dentadura mista para a
dentadura permanente.
78
191 – Mordida aberta anterior interceptada
precocemente: um caso clínico com 30
anos de estabilidade
Livia Eisler Pompeia; Walderez T. Testa;
Cristina L. F. Ortolani; Kurt Faltin Junior (Unip)
A mordida aberta anterior pode ser definida
como uma discrepância vertical na qual há ausência de contato entre os incisivos, enquanto
o paciente se encontra em relação cêntrica. De
origem multietiológica, apresenta dificuldade de
tratamento e, por vezes, prognóstico desfavorável e com alta taxa de recidiva. É uma má-oclusão frequente na população e existem inúmeras
opções para a sua interceptação e correção,
objetivando sempre resultados estáveis. O presente caso clínico descreve o diagnóstico e tratamento precoce de uma paciente portadora de
mordida aberta anterior, equilibrando-se as funções neuromusculares através do Bionator de
Balters, apresentando resultados estáveis por
mais de 30 anos.
192 – Abordagem conservadora de incisivo
central superior permanente retido por
sequela de trauma em seu antecessor
decíduo
Vitor Augusto de Oliveira Fonseca; Paulini
Malfei de Carvalho Costa; Mariana Campos
Gonçalves Lumbreras Rocha; Daniele Vieira
Cassol; Gloria Fernanda Castro (Universidade
Federal do Rio de Janeiro)
Este relato propõe apresentar um caso clínico
de incisivo central permanente retido por dilaceração radicular, como consequência de traumatismo severo no elemento dental decíduo
antecessor em que o tratamento foi conservador, optando-se pelo acompanhamento regular
durante 15 meses até seu irrompimento na cavidade bucal. A incidência de injúrias traumáticas
na dentição decídua é alta, o que gera consequências imediatas ou a médio e longo prazo
nos dentes permanentes, devido à proximidade
anatômica de seu germe com as raízes dos elementos dentais antecessores. Uma dessas possíveis sequelas é a dilaceração radicular que
pode ser considerada a principal razão para a
impacção dental. Através dos exames clínicos,
radiográficos e tomografias computadorizadas
realizadas nas consultas de acompanhamento,
observou-se continuidade da formação radicular e potencial eruptivo. Isso permitiu o irrompimento do dente na cavidade bucal em sua
posição normal, evidenciando, portanto, que o
tratamento conservador em pacientes infantis
pode ser uma alternativa viável desde que bem
direcionado e conduzido.
193 – Detecção da síndrome de Gorlin
durante diagnóstico e planejamento do
tratamento ortodôntico
Vitor Augusto de Oliveira Fonseca; Paulini
Malfei de Carvalho Costa; Tatiane Gonçalves
da Silva; Ana Paula Tenório de Sá; Mônica
Tirre de Souza Araujo (Universidade Federal
do Rio de Janeiro – UFRJ)
Introdução: a síndrome de Gorlin é hereditária
autossômica dominante, com alta penetrância
e expressividade variável. É causada por mutações no patched (PTCH), um gene supressor de
tumor. Os principais componentes são múltiplos
carcinomas de células basais da pele, ceratocistos odontogênicos, anomalias das costelas e
vértebras, bem como calcificações intracranianas. Objetivo: este estudo relata o diagnóstico
da síndrome de Gorlin-Goltz realizado durante o
tratamento ortodôntico, através da visualização
em tomografia computadorizada de ceratocistos
nas regiões dos elementos 38 e 34. Relato do
caso: paciente do sexo masculino, nove anos
de idade, bom estado geral de saúde, portador
da má-oclusão classe I de Angle e deficiência
maxilar, iniciou tratamento ortodôntico interceptativo por meio de disjunção maxilar com tração
reversa associado à terapia fonoaudiológica.
Concluída a primeira etapa de tratamento, foram solicitadas tomografia computadorizada e
radiografia de mão e punho para reestudo do
caso e planejamento do tratamento ortodôntico
corretivo. Foram identificadas lesões radiolúcidas intraósseas nas regiões dos dentes 38 e 34,
as quais sofreram marsupialização e enucleação, com análise histopatológica do material coletado positiva para tumor odontogênico ceratocístico. Após um ano, constatou-se recidiva das
lesões, com necessidade de nova intervenção
cirúrgica. Diante da suspeita de quadro sindrômico, associada às reincidentes lesões, foram
solicitados exames aos pais, e o paciente encaminhado aos cuidados do geneticista. A análise
do raio X de tórax, tomografia de coluna e ultrassom dos pés, associados aos achados craniofaciais, são compatíveis com a síndrome de
Gorlin-Goltz, a qual será confirmada com teste
genético molecular. Conclusão: torna-se evidente a necessidade de um correto diagnóstico
para se estabelecer um tratamento adequado e
individualizado, sendo imprescindível a avaliação criteriosa dos achados clínicos e exames
complementares pelos profissionais. Estes devem ser solicitados ao longo do tratamento, com
atuação conjunta de diferentes áreas da saúde.
79
194 – Tratamento de classe II precoce
Rafael Tibaldi de Arruda; Renan Miranda
Ramos; Marcus Vinicius Crepaldi; Bruna
Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Carolina
Mattar da Cruz (Faipe)
O tratamento para correção da classe II é muito
presente na vida clínica do ortodontista devido
a alta procura deste tipo de má-oclusão pelo
paciente, pois a classe II pode comprometer a
harmonia facial em diversos graus, com isso o
tratamento se torna importante ferramenta para
a melhora da autoestima e ressocialização.
Para o tratamento da classe II existem diferentes tipos de aparelhos disponíveis no mercado,
podendo o tratamento ser realizado em uma
única fase, com uso de aparelhos fixos; ou em
duas fases, iniciando com o tratamento ortopédico removível e finalizando com tratamento ortodôntico com aparatologia fixa. No tratamento
precoce em paciente jovem na fase de crescimento e desenvolvimento craniofacial, os aparelhos ortopédicos visam corrigir a discrepância
maxilomandibular nos sentidos anteroposterior,
contribuindo para uma melhora na relação das
bases apicais, da relação dentária e oclusão
com estabilidade e harmonia do perfil facial.
Neste trabalho foi relatado o tratamento ortopédico precoce de uma paciente classe II, com
comprometimento facial, no qual a proposta de
tratamento foi em duas fases, sendo a primeira fase tratada com o aparelho AEB conjugado
modificado com tração alta, realizado no curso
de especialização de Ortodontia da Faipe.
195 – Tratamento da má-oclusão de classe II
subdivisão com extrações assimétricas
Adenilson Silva Chagas; Izabel Cristina de
Mendonça Campos Freitas Falcão; Taise
Schwanck Plucenio; Karina Maria Salvatore de
Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Fabrício
Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá)
Grande parte das más-oclusões de classe II é
assimétrica, ou seja, apresenta maior severidade na relação anteroposterior de um dos lados. Devido a esse motivo, é imprescindível o
conhecimento das possibilidades para o tratamento dessa discrepância que pode apresentar desvio da linha média inferior, superior ou
ambas. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico que inicialmente mostrava
uma classe II, subdivisão esquerda, desvio da
linha média dentária inferior, perfil suavemente
convexo e sobremordida acentuada.
196 – Tratamento precoce da mordida
aberta anterior por meio de esporões
linguais soldados
Adenilson Silva Chagas; Izabel Cristina de
Mendonça Campos Freitas Falcão; Rodrigo
Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de
Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli; Luiz Filiphe
Gonçalves Canuto (Faculdade Ingá)
A mordida aberta anterior (MAA) pode ser definida como um trespasse vertical negativo entre os
dentes anteriores antagonistas, e seu tratamento
representa um dos mais desafiadores, devido à
sua alta recidiva e instabilidade, dependendo da
época da intervenção. Existem várias opções de
aparelhos para a MAA, sendo a grade palatina
(fixa ou removível), atualmente, a de maior escolha. Entretanto, os esporões linguais surgiram
como uma alternativa eficaz e resolutiva àquelas
já empregadas. Sendo assim, o presente trabalho pretende mostrar o emprego destes dispositivos e os resultados favoráveis obtidos, bem
como a boa aceitação por parte dos pacientes.
Este trabalho teve como objetivo relatar um caso
de mordida aberta anterior na dentadura mista,
cujo tratamento ortodôntico foi realizado com a
utilização de esporões linguais soldados.
197 – Tratamento ortodôntico
compensatório: má formação de linha
média
Julianna de Oliveira Lima Parizotto; Tiago
Turri Castro Ribeiro; Mariana Chaves Petri
Feitosa; Carolina Martins Frota; Thaís Lucarelo
Lamonato; Adriano Porto Peixoto (HRAC-USP)
As más formações congênitas envolvendo
a língua e membros são raras e pouco
descritas na literatura. A paciente em
questão, apresenta, além das anomalias nas
extremidades e na língua, agenesia dos quatro
incisivos inferiores permanentes, classe II
esquelética por deficiência mandibular e
irrupção ectópica do canino superior direito.
O diagnóstico está relacionado a síndromes
com manifestações acro-orais e síndrome da
hipogênese oromandibular e de membros,
porém, ainda não foi definido pela equipe de
genética do HRAC. A ausência dos incisivos
inferiores permanentes sugere anomalia na
região de fusão da mandíbula. O objetivo
deste trabalho foi descrever o tratamento
ortodôntico compensatório de uma paciente
com anomalia craniofacial acompanhada
no setor de Ortodontia do Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais.
A abordagem terapêutica adotada iniciouse com o uso de arco palatino soldado às
80
bandas dos primeiros molares permanentes
associados à cantiléver, para tracionamento
do canino superior (dente 13). Após a correção
do canino, uma expansão rápida da maxila foi
realizada com aparelho tipo HAAS associado
a um arco lingual para Herbst, possibilitando
a adaptação do mecanismo de avanço
mandibular. Após o avanço mandibular,
foi realizada a instalação de aparelho fixo
superior e inferior. O nivelamento inferior
foi efetuado com mecânica de protrusão e
mesialização dos caninos inferiores, para o
local das agenesias dos incisivos inferiores
e manutenção de espaço para um implante
na região do dente 42. Depois de alcançados
os objetivos do tratamento, foram instalados
como contenção uma placa de Hawley e uma
barra tipo 3 x 3. A adequada relação oclusal e
harmonia facial obtida ao final do tratamento
derivam da adoção de um diagnóstico
adequado e um plano de tratamento executado
em época oportuna.
198 – Correção do posicionamento axial dos
incisivos superiores por meio do aparelho
Invisalign
Sheila Cristina Teobaldo Hungaro; Rosana
Krause; Andrea Louzada Suster; Danilo Pinelli
Valarelli; Fabrício Pinelli Valarelli; Mayara Paim
Patel (Instituto Vellini)
Atualmente há vários segmentos e materiais com
o objetivo de tratamento para correção de más-oclusões, e cada vez mais a demanda por rapidez
e estética vem fazendo com que os pacientes
busquem em consultórios odontológicos opções
que satisfaçam suas expectativas e resolvam
seus problemas. Métodos e tecnologia estão
indo de encontro à Ortodontia moderna, reduzindo tempo de tratamento e de atendimento, minimizando desconforto ao paciente e melhorando
a higienização, visando a estética e a tecnologia
digital 3D. O sistema Invisalign oferece ao profissional e ao paciente uma nova possibilidade
de tratamento. As más-oclusões envolvendo
apinhamentos e espaçamentos leves a moderados, assim como alguns casos mais complexos vêm sendo tratados com sucesso através
do sistema Invisalign. Baseado em diagnóstico
e determinados objetivos terapêuticos, trata-se
de um eficiente sistema e uma alternativa para
os tratamentos ortodônticos de pacientes na fase
da dentição permanente completa. A presente
descrição de um caso clínico tem como objetivo
demonstrar e avaliar a eficácia e precisão desse
sistema quanto ao planejamento e previsibilidade do tratamento, antes mesmo que se inicie o
tratamento com a ajuda da tecnologia digital.
199 – Tratamento da mordida aberta:
abordagem ortodôntica não punitiva na
dentadura mista
Sheila Cristina Teobaldo Hungaro; Layssa
Karolinne da Silva Medeiros Melo; Mônica
Damasceno Vasconcelos; Andrea Louzada
Suster; Flavio Augusto Cotrim-Ferreira; Mayara
Paim Patel (Instituto Vellini)
Introdução: a mordida aberta é caracterizada
pela falta de contato entre os arcos dentários,
podendo ocorrer tanto na região anterior, quanto na região posterior, dependendo do hábito
adotado pela criança. Os hábitos bucais deletérios potencialmente causadores de más-oclusões são a respiração bucal, a sucção digital e
o pressionamento lingual atípico. Dependendo
da frequência, duração e intensidade, com os
quais esses hábitos estão presentes na vida
da criança, poderão causar danos significativos
tanto na posição dos dentes, quanto na morfologia esquelética facial. A intervenção ortodôntica
em relação aos hábitos bucais deletérios deverá ser iniciada com procedimentos preventivos,
focando a criança, a má-oclusão e o hábito em
si. As grades palatinas fixas são aparelhos ortodônticos preventivos de escolha nos casos de
mordida aberta, funcionando como um obstáculo mecânico à realização de sucção dental ou
interposição lingual. Objetivo: apresentar relatos
de casos clínicos em crianças em fase de dentadura mista, com mordida aberta, por hábitos bucais deletérios de sucção digital e interposição
lingual que foram abordadas ortodonticamente
com a instalação de grades palatinas fixas. Metodologia: foram registrados três casos clínicos
em crianças com idades de oito, nove e dez
anos, duas delas possuíam hábito de sucção
digital apresentando mordida aberta anterior e
mordida cruzada posterior. Como tratamento foi
eleito o uso de disjuntor fixo para descruzar a
mordida posterior e associado a este, uma grade palatina anterior objetivando conter o hábito
de sucção digital. Para a criança que possuía
o hábito de interposição lingual causando mordida aberta posterior bilateral, adotou-se como
tratamento o uso de grades palatinas fixas bilaterais, objetivando conter o hábito e possibilitar
a completa erupção dos dentes. Resultados:
observou-se que o uso do disjuntor maxilar associado à grades palatinas teve excelente resultado na eliminação do hábito de sucção digital
e interposição lingual, e consequentemente no
fechamento de mordidas abertas anteriores e
posteriores, proporcionando ao paciente um resultado funcional e estético satisfatório em um
curto intervalo de tempo. Conclusão: a grade
palatina é um bom dispositivo auxiliar não só
81
na eliminação do hábito postural da língua e da
sucção digital, como também no fechamento da
mordida aberta na fase de dentição mista.
200 – Tratamento multidisciplinar visando
restabelecer função e estética
Rudson Freitas Santos; Leonardo Graboski
Castro; Andréia Regina Boff Lemos; Juliana
Volpato Curi Paccini; Dino Lopes de Almeida;
Fabrício Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO –
Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa)
A Ortodontia está baseada em diagnosticar e
elaborar planos de tratamentos para chegar ao
resultado esperado. Os atuais conceitos utilizados para desenvolver um plano de tratamento
para reabilitação total, requerem conhecimento
avançado de mais de uma especialidade em
Odontologia. Nos casos em que os pacientes são parcialmente edêntulos devido à perda precoce dos molares permanentes, ou até
mesmo aqueles que possuem um comprometimento do sorriso em função de uma classe
II, o objetivo, geralmente, é a reabilitação estética e funcional do sorriso, o que exige esse
conhecimento multidisciplinar do profissional.
O objetivo do presente estudo foi descrever um
caso clínico de reabilitação estética e funcional
sendo iniciado pelo tratamento ortodôntico, e
finalizado com reabilitação de prótese sobre
implante.
201 – Contenção fixa inferior 3 a 3 com fio
de amarrilho. Técnica de confecção
Gustavo Altoé Pandini; Lucas Parreira Alves
de Azevedo; Cristina Yuri Okada; Lícia Aguilar
Freitas; Maria Kimiyo Okada (Associação
Brasileira de Odontologia – ES)
Estabilizar as correções da má-oclusão é um
dos objetivos do tratamento ortodôntico. As
alterações conhecidas como recidivas são frequentes na região de incisivos inferiores após
a terapia ortodôntica. As contenções fixas coladas de canino a canino têm por objetivo preservar o alinhamento dos dentes anteroinferiores. O objetivo deste trabalho foi apresentar
uma técnica de confecção para contenção fixa
lingual inferior de canino a canino. O método
consiste em utilizar 30 cm de fio de amarrilho 0,010” e torcê-lo de forma firme e uniforme com duas pinças Mathieu para aumentar
sua resistência. O fio torcido é contorneado e
adaptado na superfície lingual dos caninos e
incisivos inferiores. São confeccionados dois
helicoides nos caninos para retenção, estando
a contenção pronta para ser instalada. Assim,
é possível obter bons resultados na prevenção
da recidiva do apinhamento anteroinferior após
a finalização do tratamento ortodôntico, eliminando a intervenção do laboratório e reduzindo
custos para o profissional e o paciente.
202 – Expansão rápida e protração da
maxila para tratamento precoce de classe III
Gustavo Altoé Pandini; Susy Carmelita
Pereira do Nascimento; Cristina Yuri Okada;
Lícia Aguilar Freitas; Maria Kimiyo Okada
(Associação Brasileira de Odontologia – ES)
As terapias para tratamento de classe III são
variadas, alterando de acordo com o problema
encontrado, seja ósseo, dentário ou combinado. O tratamento precoce é indicado minimizando ou eliminando alterações faciais na fase
adulta, podendo evitar uma cirurgia ortognática
futura. A ortopedia nesses casos é a primeira
opção de tratamento. As mudanças durante
e pós-tratamento são mais observadas quanto mais precoce for a intervenção. As maiores
alterações são na fase de dentição decídua,
seguida da mista precoce e, por fim, mista tardia. Neste caso foi utilizado um aparelho expansor de McNamara modificado com fios de
aço 0,8 mm até as faces linguais dos incisivos
superiores e uma máscara facial Petit, para
expansão rápida de maxila (ERM) e protração
da maxila, respectivamente. O tratamento foi
minimamente invasivo e sem complicações,
com controle tridimensional das bases ósseas
e dentes.
203 – Cantiléver ancorado à mini-implante
para distalização de molares superiores no
tratamento da má-oclusão de classe II
Lorena Vilanova Freitas de Souza; Mayara
Paim Patel; Roberto Henrique da Costa
Grec; Luiz Sérgio Vieira; Deborah Brindeiro
de Araújo Brito; José Fernando Castanha
Henriques (FOB-USP)
Dentre as diversas formas de tratar a má-oclusão de classe II, a distalização de molares
superiores com aparelhos fixos intrabucais
tem a vantagem de não produzir efeitos ortopédicos, além de exigir a mínima colaboração
do paciente, o que tornam os resultados mais
previsíveis. No entanto, apresentam alguns
efeitos indesejados como a angulação distal
acentuada dos molares e perda de ancoragem anterior. Para minimizar estes efeitos, o
cantiléver para distalização confeccionado no
Depto. de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de
Bauru é ancorado a um mini-implante, aplicando-se uma força o mais próximo do centro de
82
resistência do dente. Ademais, tem o objetivo
de ser um dispositivo simplificado, de fácil confecção, instalação e ativação. Apresenta apoio
na face vestibular do primeiro molar superior e
uma mola de níquel-titânio como unidade ativa
ancorada ao mini-implante. O objetivo deste
trabalho foi apresentar as características deste
distalizador e sua utilização em um paciente do
sexo feminino, 12 anos de idade, sem queixas
do perfil facial, relação molar de três quartos de
classe II, sobremordida e sobressaliência de 5
mm. A relação molar de classe I foi obtida no
período de aproximadamente seis meses, sendo, portanto, eficiente na correção da relação
molar com preservação da ancoragem anterior.
204 – Preparo ortocirúrgico de classe lll
esquelética
Maria dos Reis Serafim Pereira; Adriano
Trevisi; Gonçalo Andrade; Mércia Wu (WM
Cursos Lisboa)
A classe lll esquelética é um tipo de má-oclusão, que apesar de ter baixa incidência na população, tem uma grande procura de tratamento por parte dos pacientes afetados. Este tipo
de má-oclusão caracteriza-se por uma discrepância óssea anteroposterior entre a maxila e
a mandíbula que se encontra mesializada. Esta
discrepância tem graves consequências funcionais, e também em nível do perfil facial do
paciente, prejudicando gravemente a sua estética facial. Torna-se fundamental entender os
diversos tipos de tratamento da classe lll, atendendo ao seu grau de severidade, de forma a
escolher o mais adequado. A responsabilidade
de indicar o paciente para cirurgia ortognática
cabe ao ortodontista, uma vez que este é que
tem o primeiro contato com o paciente. É fundamental para o especialista em Ortodontia um
bom domínio destas más-oclusões de forma a
obter um bom diagnóstico e plano de tratamento. A proposta deste trabalho foi abordar aspetos pertinentes em nível do diagnóstico, plano
de tratamento e tratamento, através do relato
detalhado de um caso clínico de uma paciente
classe lll esquelética tratada por meio de um
cuidadoso preparo ortocirúrgico, prévio à cirurgia ortognática.
205 – A versatilidade dos aparelhos
invisíveis na Ortodontia contemporânea
Cláudia Cristina Machado Araújo; Adriano
Silva Perez (Universidade Metodista de São
Paulo – Umesp)
A crescente busca por métodos ortodônticos
mais estéticos, confortáveis e discretos tem
sido amplamente procurado pela sociedade
contemporânea em todo o mundo. A Ortodontia vem buscando materiais e métodos tecnológicos avançados recorrendo a outras áreas
de atuação profissional. A fim de alcançar tais
objetivos, a Engenharia tem desenvolvido novos tipos de materiais que atendam às novas
demandas mercadológicas.
206 – Cirurgia ortognática de benefício
antecipado para tratamento de classe III
Cláudia Cristina Machado Araújo; Adriano
Silva Perez (Universidade Metodista de São
Paulo – Umesp)
Tratamentos ortodôntico-cirúrgicos combinados, na maioria das vezes, devem esperar o total crescimento e desenvolvimento craniofacial
dos pacientes para que possam ser realizados.
Muitas vezes, as desarmonias faciais podem
representar, do ponto de vista socioemocional
das vidas dos indivíduos portadores destes tipos de alterações faciais, entraves relacionais
de grande representação para os mesmo, e
uma abordagem precoce pode significar um
benefício psicológico de grande impacto.
207 – Distalização de molares superiores
com núcleo de ancoragem esquelética
Ivana Lemos; Renata Mariana Nakamura;
Hideo Suzuki; Aguinaldo Silva Garcez
Segundo; Camilla Juliana Storto; Selly Sayuri
Suzuki (Faculdade São Leopoldo Mandic)
Tendo em vista a grande prevalência da máoclusão de classe II, e que os tratamentos de
distalização do arco superior baseados em
ancoragem dentomucossuportada apresentam
diversos efeitos indesejáveis, os aparelhos
extraorais possuem grande desvantagem
estética e há rejeição dos pacientes frente à
opção de extrações de pré-molares, todos
estes fatores levaram a Ortodontia a buscar
alternativas de ancoragem para a execução
do tratamento, possibilitando resolver essas
más-oclusões com o mínimo de colaboração
e desconforto ao paciente. Assim, atualmente,
mini-implantes ortodônticos têm sido utilizados
como dispositivo auxiliares no tratamento de
diversas más-oclusões. Este relato de caso
teve como objetivo apresentar um método para
distalização de molares superiores por meio
de um novo dispositivo denominado núcleo
de ancoragem esquelética, ancorado à miniimplantes palatinos (Peclab, Belo Horizonte,
Brasil). O planejamento envolveu as exodontias
dos elementos 17 e 27. A distalização dos
molares superior para correção da má-oclusão
83
de classe II, segunda divisão, a qual a paciente
apresentava, foi realizada com um núcleo
de ancoragem instalado no palato apoiado
por dois mini-implantes e ativados com
molas de TMA. Após sete meses, os dentes
posteriores já estavam em relação de classe I.
O movimento distal, sem perda de ancoragem
evitou o movimento anterior desnecessário dos
pré-molares e incisivos, diminuindo o tempo de
tratamento e não prejudicando o perfil facial da
paciente. Conclui-se que o núcleo de ancoragem
esquelética apoiado em mini-implantes se
mostrou eficiente durante a distalização com
controle tridimensional do dente, podendo ser
aplicado uni ou bilateralmente.
208 – Aparelho autoligado: relado de caso
clínico com exodontia de primeiros
pré-molares
Amanda Novais Neves; Jorge L. Castro;
Silvia M. Chagas; Desirée Saddi; Ronaldo H.
Shibuya; Ricardo Colombo Pacheco (Centro de
Ensino Odontológico – Esfera)
Como um diferencial, os braquetes autoligados
foram criados com a intenção de ser um sistema
com menor atrito, proporcionando uma mecânica mais eficaz de deslizamento e alinhamento,
isso torna o movimento dentário mais rápido,
reduzindo assim o tempo de tratamento quando
comparado aos braquetes convencionais. Este
trabalho tem a intenção de mostrar a eficácia
do aparelho autoligado de eleição em técnica
de deslize com extração de quatro pré-molares,
através de relato de caso clínico de paciente
com 19 anos de idade, sexo feminino, padrão
facial ósseo convexo N-A.Pog 11°, hiperdivergismo dos planos faciais S-N.GO-Me39°, crescimento horário S-N.Gn74°, incisivos superiores
vestibularizados e protruídos 1.NA 25°, 1-NA 7
mm e inferiores vestibularizados e protruídos
1.NB 40°, 1-NB 8 mm. O caso encontra-se em
fase de finalização. Além de ágil no fechamento
de espaço, as baixas forças aplicadas para o
deslize não causam efeitos colaterais.
209 – Distrator osteogênico para palato relato de caso clínico de disjunção cirúrgica
da maxila
Kamila Nidal Emad; Ricardo Penteado; Silvia
M. Chagas; Desiree Monteiro; Tommy Mory
Niño; Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de
Ensino Odontológico – Esfera)
Tratamentos de disjunção cirúrgica em adultos
geralmente pedem a utilização de aparelhos
expansores que são colocados no palato, podendo ser cimentados em bandas nos dentes
ou fixados esqueleticamente por meio de mini-implantes, parafusos de fixação cirúrgica ou até
mesmo pelo próprio aparelho. Entre as opções de
tratamento estavam o uso de Hyrax, que deveria
ser instalado antes da disjunção cirúrgica e o distrator osteogênico para palato da KLS Martin, que
possui a grande vantagem de ser instalado no ato
cirúrgico. A escolha para essa paciente foi o distrator, devido à ausência de movimento dentoalveolar, por ser apoiado somente em osso. A análise
dentária mostrou ausência dos dentes 18, 16, 26,
36 e 46, além da mordida cruzada esquelética.
Diversos diastemas causados pelas ausências
dentárias. O dente 11 encontrava-se escurecido,
porém, apresentava boa reação aos testes de vitalidade. Optou-se pelo tratamento de disjunção
cirúrgica, utilizando-se um distrator osteogênico
para palato da KLS Martin, para que o efeito fosse
totalmente esquelético, ao contrário do Hirax que
causaria um efeito dentoesquelético. O resultado
foi altamente satisfatório. Vantagens: 1) apoio estritamente esquelético, ao contrário do Hirax que é
dentoalveolar; 2) pode permanecer quando tempo
for necessário como contensor; 3) pode coexistir
com os braquetes colados nos dentes; 4) sua instalação é no ato cirúrgico.
210 – Tratamento de mordida aberta anterior
com extração dentária
Fabiana Lopes Pazian; Karina Maria Salvatore
de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado;
Guilherme Janson; Claudia Cristina da Silva;
Fabricio Pinelli Valarelli (Faculdade Uningá –
Maringá/PR)
Em indivíduos adultos, o tratamento da mordida
aberta anterior representa um grande desafio
para o ortodontista, tanto para o seu fechamento
como para a estabilidade dos resultados ao final
do tratamento. Este artigo relata o procedimento
da correção de mordida aberta anterior severa,
em um jovem de 17 anos. Como o paciente apresentava resistência a intervenções mais invasivas, optou-se por um tratamento conservador,
sem o auxílio da cirurgia ortognática. A abordagem utilizada para conseguir um fechamento
satisfatório da mordida aberta foi o tratamento
ortodôntico convencional com extrações dentárias, associado ao uso de elásticos intermaxilares na região anterior. Ao final do tratamento o
fechamento da mordida aberta foi alcançado de
maneira satisfatória, atendendo plenamente às
expectativas do paciente e proporcionando uma
grande melhora estética e funcional. Conclui-se
que, mesmo na presença de uma mordida aberta anterior esquelética com grande comprometimento da harmonia da face, pode-se realizar o
tratamento compensatório com sucesso.
84
211 – Tratamento de classe lll por meio da
técnica biofuncional
Déric Meschiari Batista; Karina Maria Salvatore
de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado;
Francisco Eduardo Casaro Nascimento; José
Eduardo Prado de Souza; Fabrício Pinelli
Valarelli (Faculdade Ingá)
Quando a classe lll é de origem esquelética em
pacientes adultos, mesmo sendo evidente a necessidade cirúrgica para a correção da discrepância anteroposterior, muitas vezes o paciente
não tem interesse em se submeter à cirurgia ortognática. Assim, faz-se necessária a utilização
de técnicas compensatórias, na intenção de alcançar uma oclusão satisfatória. As técnicas de
camuflagem dentária resultam em grandes inclinações vestibulares dos incisivos superiores
e linguais dos incisivos inferiores. A prescrição
biofuncional visa a diminuição dos efeitos colaterais na camuflagem dentária, empregando
torque de 0° nos incisivos superiores e +10° nos
incisivos inferiores que contrapõem a força dos
elásticos e geram melhor posicionamentos dentário ao final do tratamento. O presente trabalho
vem apresentar o caso clínico de um paciente
classe lll esquelético, tratado com prescrição
biofuncional, onde ao final do tratamento alcançou-se a correção da discrepância anteroposterior, com incisivos bem posicionados nas bases
ósseas e boa harmonia facial e do sorriso.
212 – Tratamento em duas fases da máoclusão de classe III com mordida aberta
Déric Meschiari Batista; Fabrício Pinelli
Valarelli; Karina Maria Salvatore de Freitas;
Ricardo Cesar Gobbi de Oliveira; Rodrigo
Hermont Cançado; Renata Cristina Gobbi de
Oliveira (Faculdade Ingá)
Dentre os mais desafiadores problemas que o
tratamento ortodôntico contemporâneo visa corrigir, estão os tratamentos de más-oclusões de
classe lll e de mordida aberta, ambos esqueléticos. Devido ao comprometimento do perfil facial
do paciente, o tratamento destas más-oclusões
é preferencialmente ortocirúrgico, entretanto,
pacientes quando tratados em fases precoces
apresentam um redirecionamento do crescimento capaz de eliminar em alguns casos a
necessidade da cirurgia ortognática. O presente
trabalho visa demonstrar o tratamento precoce,
realizado em duas fases, de um paciente classe
lll esquelética com trespasse horizontal negativo, mordida aberta anterior esquelética e mordida cruzada total tratada com expansão rápida
da maxila, máscara facial e aparelho fixo.
213 – Extração de primeiros molares no
tratamento da mordida aberta em adultos
Déric Meschiari Batista; Karina Maria Salvatore
de Freitas; Rodrigo Hermont Cançado; Mayara
Paim Patel; Danilo Pinelli Valarelli; Fabrício
Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá)
O tratamento da mordida aberta em pacientes
adultos é complexo, pois associado a esta má-oclusão existe também um comprometimento
esquelético que normalmente afeta a estética
facial. Há uma tendência de pacientes com face
longa apresentarem maior predisposição para
má-oclusão de mordida aberta devido ao crescimento vertical, esses pacientes apresentam altura facial anteroinferior elevada e um maior giro
da mandíbula no sentido horário. Para correção
da mordida aberta é necessária à verticalização
de dentes anteriores, contudo essa movimentação acaba por aumentar a Afai, e isto é contraindicado em paciente com face longa. Nestes
casos são necessárias extrações superiores e
inferiores, com o intuito de verticalizar os dentes anteriores, fechar a mordida e mesializar os
dentes posteriores para reduzir a Afai.
214 – Retratamento para abertura de
espaços e reabilitação com implantes
Déric Meschiari Batista; Ricardo César Gobbi
de Oliveira; Fabrício Pinelli Valarelli; Karina
Maria Salvatore de Freitas; Rodrigo Hermont
Cançado; Renata Cristina Gobbi de Oliveira
(Faculdade Ingá)
A abertura e o fechamento de espaços são procedimentos comuns em Ortodontia, diversos
protocolos de tratamento tem como filosofia a
extração de dentes permanentes para posterior
fechamento dos espaços e correção da má-oclusão. Contudo, para realizar extrações no
tratamento, deve se haver convicção de sua
necessidade baseada em um diagnóstico muito bem realizado. O diagnóstico equivocado ou
a falta de diagnóstico acarreta em problemas
com o resultado final do tratamento. O caso
aqui descrito demonstra o retratamento ortodôntico de um paciente adulto insatisfeito com os
resultados oclusais e estéticos de seu primeiro
tratamento. O retratamento buscou a reabertura
de espaços fechados durante o primeiro tratamento para reabilitação com implantes, de dois
dentes extraídos sem necessidade.
85
215 – Diagnóstico precoce na transposição
dentária entre canino e pré-molar
Paolla Nascimento Pereira; Keshia Sinisterra
Hinestroza; Andrea Louzada Suster; Flavio
Augusto Cotrim-Ferreira; Guilherme Abrantes
de Carvalho; Mayara Paim Patel (Instituto
Vellini)
A transposição dentária é definida como a mudança de posição de dois dentes permanentes
adjacentes no mesmo lado da arcada dentária,
podendo ser completa ou incompleta, sendo definida pelo posicionamento das coroas, raízes e
ápices dos dentes envolvidos. Algumas publicações classificam a transposição dentária e a consideram como erupção ectópica uma vez que a
relacionam a qualquer tipo de anomalia onde os
dentes tomam um caminho eruptivo anormal. A
etiologia da transposição é controversa, não há
uma causa definida. Evidências sugerem que o
aparecimento dessa anomalia pode estar relacionado à perda precoce ou retenção de dente
decíduo, deslocamento do germe dentário durante a odontogênese, comprimento de arco
inadequado, volume dentário excessivo ou trauma de dente decíduo. Podendo afetar ambos os
sexos, sendo mais encontrada em mulheres. É
mais comum na maxila que na mandíbula sendo
o tipo unilateral mais frequente que o bilateral. O
tratamento das transposições é um desafio para
o profissional. A escolha do tratamento irá depender quase exclusivamente de como o caso
se apresenta, as vertentes mais utilizadas são:
tratamento interceptivo no caso de diagnóstico
precoce, tratamento ortodôntico com alinhamento dos dentes na sua posição transposta, camuflagem da superfície oclusal ou incisal dos dentes
e extração de um ou ambos os dentes transpostos. Este artigo descreve o tratamento de uma
transposição dentária em um paciente do sexo
feminino, dez anos de idade, com dentadura
mista, que foi tratado no curso de especialização
de Ortodontia do Instituto Vellini em São Paulo.
Foi realizada uma radiografia panorâmica, onde
se observou a transposição dentária do canino
superior esquerdo (23) e primeiro pré-molar superior esquerdo (24) e decidido realizar o tratamento ortodôntico para a correção da mesma.
Foi encaminhada ao cirurgião bucomaxilofacial
onde realizou-se a exposição cirúrgica do dente
e feita a colagem de um botão para possibilitar
a sua transposição. Instalou-se um AEB de tração cervical e uma mola aberta entre o canino
superior esquerdo e primeiro molar superior esquerdo, para distalizar os primeiros molares permanentes superiores, melhorar a relação molar,
criar espaços, e para guiar a erupção dentária.
Os tratamentos ortodôntico e ortopédico alcança-
ram a correção desejada promovendo a correção
da transposição dentária, sendo que ao final removeu-se o aparelho fixo. Foram realizados exames radiográficos de controle onde se observou
a presença de todos os elementos dentários em
condições clínicas satisfatórias, exceto o terceiro molar direito, que ainda estava em formação.
Concluiu-se que as transposições dentárias são
um desafio para os ortodontistas, podendo causar danos estéticos e funcionais, pela dificuldade
na decisão do tratamento.
216 – Tracionamento de canino impactado
no palato com auxílio de barra palatina
modificada
Juliana Brandão; Ronaldo Henrique Shibuya;
Desirée Monteiro; Silvia Maria Chagas; Jorge
Luis de Castro; Ricardo Colombo Penteado
(Centro de Ensino Odontológico – Esfera)
Alguns distúrbios ocorridos na transição dos
dentes decíduos para os permanentes podem
ocasionar alterações na sequencia ou até no trajeto de erupção dos dentes, causando impactação dos mesmos. Os caninos são os segundos
dentes com maior prevalência de impactação,
estes apresentam um longo e complexo caminho de erupção, além de demorar duas vezes
mais tempo que outros dentes para erupcionar,
o que aumenta as chances de sofrer alguma alteração em sua trajetória. Uma das formas de
tratar a impactação de caninos superiores é a
exposição cirúrgica e o tracionamento ortodôntico. Este trabalho teve por objetivo descrever um
método de tracionamento do dente 13 retido por
palatino em paciente leucoderma do sexo feminino, 14 anos de idade. Após uma cirurgia para
colagem de um acessório, o tracionamento foi
realizado por meio de uma barra palatina com
braço projetado até a região de impactação, e
uma mola para a ativação. Como vantagens
este método apresenta a direção de tracionamento do canino para longe das raízes dos incisivos, pouco efeito adverso causado nos dentes
de apoio, primeiros molares, e é possível iniciar
o tracionamento já no início do tratamento, não
sendo necessário ter espaço no arco para realização da cirurgia. Após a sua irrupção e verticalização, o canino foi incorporado no nivelamento
e chegou ao seu posicionamento ideal.
217 – Tratamento da mordida cruzada
anterior na dentição mista com aparelho
ortopédico Progenie
Michelle Vachin Conceição Araújo; Bruna
Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula de
Aguiar; João Wagner Pascoto; Marcus Vinícius
Crepaldi; Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
86
As más-oclusões estão se tornando uma preocupação cada vez maior para os pais das crianças,
seja ela uma mordida aberta, mordidas cruzadas,
maxila ou mandíbula protruída. A mordida cruzada anterior é uma das más-oclusões que, se não
tratada precocemente, trará problemas maiores
na vida adulta. É importante saber diagnosticar
e classificar a mordida cruzada anterior, avaliar
toda documentação ortodôntica, conhecer o paciente e sua família, e jamais deixar de avaliar o
perfil do paciente. Para tratar esta má-oclusão,
há inúmeros caminhos. Pode-se escolher aparelhos fixos a removíveis, tudo dependerá da cooperação do paciente e do conhecimento do profissional em escolher a melhor forma de tratar o
caso. Este trabalho relata o caso de uma paciente com mordida cruzada anterior de origem funcional e dentária, em que foi tratada com o aparelho removível Progenie com levante posterior
e mola digital. O caso foi concluído com sucesso
havendo o descruzamento da mordida anterior.
O crescimento da paciente será acompanhado,
pois seu pai possui uma oclusão em classe III.
218 – Expansão rápida da maxila assistida
cirurgicamente
Pollyanna Andrade Góes; Luciano da Hora
França; Jacqueline de Azevedo Reis França;
Bruna Santos Cedraz da Silva; Neidjane
Sampaio Cabral; Marlos Eurípedes de Andrade
Loiola (Iappem-Funorte)
A expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ECM) é indicada principalmente em pacientes que já encerraram o crescimento ou que
tenham tentado, sem êxito, a expansão rápida
ortopédica. A maioria dos fracassos da ERM em
adultos, está ligada a resistência à expansão e
dor durante a expansão (Kennedy et al, 1976).
A ECM pode ser realizada sob anestesia geral
(ambiente hospitalar), sendo a opção decidida
pelo conjunto cirurgião-paciente-ortodontista.
O objetivo deste trabalho foi descrever passo a
passo o protocolo de tratamento de disjunção
voltado ao paciente adulto.
219 – Benefícios da gengivoplastia estética
após a correção da sobremordida profunda
Leonardo Guilherme Floriani Schutz; Helena
Bussolo Cardoso; Roberta Gevaerd; Rodrigo
Menon; Caio do Valle; Karyna Valle-Corotti
(FHO – Uniararas)
A sobremordida profunda representa um desafio
na mecânica ortodôntica. Comumente associado ao trespasse vertical acentuado encontra-se
o sorriso gengival causado pelo excesso vertical
de maxila. Quando indicada, após o tratamen-
to ortodôntico, poderá ser realizada a gengivoplastia para aumento das coroas clínicas com a
diminuição da exposição gengival. No presente
trabalho apresentamos o caso de uma paciente
adulta do sexo feminino, 23 anos de idade, braquifacial, má-oclusão classe I e sobremordida
profunda de 7 mm, associada à coroas clínicas
curtas. Para auxiliar na correção da sobremordida foi utilizado o dispositivo Bite Turbo, colado
na face palatina dos incisivos superiores, que
possibilitou a desoclusão dos dentes posteriores e extrusão dos mesmos. Ao final do alinhamento e nivelamento dos arcos, fechamento
dos espaços e uso dos elásticos intermaxilares,
o tratamento chegou a resultados ortodônticos
satisfatórios, no entanto, do ponto de vista estético, o sorriso continuava comprometido devido
ao excesso de gengiva em exposição durante o
sorriso. Foi realizada a cirurgia estética gengival
no arco superior para alcançar o resultado almejado pela paciente. Conclui-se que o tratamento
ortodôntico associado a condutas periodontais
estéticas, são uma opção importante para o sucesso clínico em casos onde somente a mecânica ortodôntica apresenta-se limitada na correção do sorriso gengival.
220 – Expansão cirúrgica da maxila
associada ao uso da máscara facial em
paciente adulto
Leonardo Guilherme Floriani Schutz; Fernanda
Luchi; Sandra Sedrez; Tatyana Susin; Caio do
Valle; Karyna Valle-Corotti (FHO-Uniararas)
Uma das maiores dificuldades no tratamento
ortodôntico dos pacientes adultos é a correção
da mordida cruzada posterior, ainda mais
quando associada à retrusão maxilar. Dentre
as formas de tratamento pode-se optar pela
expansão assistida cirurgicamente e tração
reversa da maxila, com o objetivo de correção
transversal e anteroposterior. Apresentamos
neste trabalho o caso de uma paciente adulta
do sexo feminino, 43 anos de idade, com
discreta tendência de crescimento vertical,
má-oclusão classe III subdivisão esquerda,
mordida cruzada posterior bilateral incluindo o
dente 12. Na análise facial havia a ausência de
preenchimento dos corredores bucais, desvio
de 4 mm da linha média dentária superior para
esquerda, leve assimetria mandibular e discreta
retrusão maxilar. O tratamento iniciou-se com a
instalação de um disjuntor de Hyrax modificado,
expansão cirúrgica da maxila com ruptura das
suturas palatinas mediana e pterigopalatina
seguido da ativação e uso da máscara facial.
Após a colagem dos braquetes, alinhamento
e nivelamento dos arcos foi realizado, e o
87
fechamento de espaços e uso de elásticos
intermaxilares para intercuspidação. Removido
o aparelho ortodôntico a região edêntula foi
reabilitada com implante osseointegrado e coroa
metalocerâmica. Conclui-se que o tratamento
ortodôntico assistido cirurgicamente associado
ao uso da máscara facial, quando corretamente
indicado, pode ser uma boa opção de tratamento
para casos de atresia maxilar e discreta retrusão
maxilar em pacientes adultos.
221 – Reabsorção radicular – tracionamento
ortocirúrgico
Rafael Diogo Pereira; Katia Ferrer (Faculdade
de Odontologia – São Leopoldo Mandic)
Caso clínico envolvendo reabsorção radicular,
tracionamento ortocirúrgico e reabilitação com
facetas de resina e cerâmica.
222 – Tratamento ortodôntico em paciente
com risco de reabsorção radicular
Sofia Catalina Manrique Granados; Raul
Alejandro More Villaseca; Aldo Quiñe Angeles
(Universidade Peruana Cayetano Heredia,
Lima – Peru)
Reabsorção radicular inflamatória induzida pelo
tratamento ortodôntico (RRIIO) tem uma prevalência que varia de 95% a 100%. As forças ideais
para o movimento dentário devem estar dentro
de níveis de pressão capilar (7 g/cm² a 26 g/cm²
por área radicular). A variação genética da interleucina 1β em pacientes tratados representam
ortodonticamente 15% da variação na RRAE.
O 1β interleucina é um estímulo potente da reabsorção óssea e recrutamento de células osteoclastos durante o tratamento ortodôntico. Há
evidências de que raízes que são em forma de
pipeta são mais propensas à reabsorção radicular. O objetivo deste painel científico é entender
as considerações para o tratamento de pacientes
em risco de reabsorção, neste caso, apresenta-se um paciente com uma anomalia de raízes
curtas generalizadas (ARC) diagnosticada por
radiologia, e cujo tratamento ortodôntico foi monitorado clinicamente e radiograficamente. O processo começou com um exame clínico completo
para excluir mobilidade dentária, o planejamento
do tratamento ortodôntico permitiu o uso de uma
técnica segmentada para a retração, fios de NiTi
térmico e intervalos de ativação mais longos,
para evitar o risco de reabsorção. Os resultados
foram considerados muito aceitáveis, relações
interoclusais foram corrigidos e o risco de reabsorção radicular foi reduzida.
223 – Tratamento ortodôntico das
deformidades classe III com a técnica
compensatória
Natâne Foltran Guedes; Marcus Vinicius
Crepaldi; Adriana Ap. Crepaldi; Ana Paula
Aguiar; Bruna Lorena dos Santos Oliveira
(Faipe)
A má-oclusão de classe III é diagnosticada como
portadora de protrusão mandibular, causando
um desequilíbrio entre os componentes craniofaciais e dentobasais, cuja etiologia envolve a
deficiência maxilar, a protrusão mandibular ou
a combinação de ambos. A correção dessa má-oclusão pode envolver procedimentos ortodônticos, cirúrgicos ou associados, que objetivam
melhoras na função, na estética e na manutenção dos resultados alcançados. Para indivíduos
fora da fase de crescimento, com discrepância
esquelética, podem-se realizar movimentos ortodônticos de compensação das posições dos
dentes, com resultados aceitáveis ou mesmo
limitado, e o indivíduo deve estar ciente disso.
Apresentamos este trabalho um tratamento ortodôntico de indivíduos com má-oclusão classe
III esquelética, entre as opções de tratamento
disponíveis o tratamento compensatório foi a
opção escolhida, com uso contínuo de elásticos
intermaxilares obtendo então resultados satisfatórios. Serão discutidos neste trabalho os principais aspectos do diagnóstico, planejamento e
mecânica de tratamentos ideais para os indivíduos com discrepâncias esqueléticas com tratamento compensatório.
224 – Tratamento da mordida aberta
precoce
Juliana Alves Helou; Fabrícia da Silva Felipe;
Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula
de Aguiar; Marcus Vinícius Crepaldi; Carolina
Mattar da Cruz (Faipe)
A mordida aberta pode ser definida por ausência de contato vertical entre os dentes anteriores.
Podendo ser de origem dentoalveolar ou esquelética. Os principais fatores etiológicos dessa
má-oclusão são hábitos anormais de pressão e
postura, destacando-se a sucção digital. Dentre
as más-oclusões, a mordida aberta anterior é
considerada uma das anomalias de mais difícil
correção, sobretudo no que se refere à sua estabilidade. Sendo assim uma abordagem multidisciplinar é necessária para a manutenção da
oclusão normal obtida pelo tratamento ortodôntico. Este trabalho apresenta o relato de um caso
de paciente do sexo feminino, oito anos de idade, que compareceu à clínica da Faipe, Cuiabá/
MT, na fase de dentição mista, portando mordida
88
aberta anterior. A paciente relatou hábito de sucção de polegar e ao exame clínico observou-se
interposição lingual durante repouso, fala e deglutição. O tratamento proposto foi o expansor
maxilar Hyrax, com grade palatina fixa. No decorrer de oito meses uma melhora significativa
foi observada, e no período de 12 meses a completa correção. A paciente foi encaminhada para
o fonoaudiólogo para neuroprogamação postural da língua. O tratamento precoce dessa condição deve ser indicado no intuito de diminuir
más-oclusões complexas no futuro. Diminuindo
a possibilidade de recidiva e aumentando o índice de estabilidade.
225 – Bite Guide associado ao arco base.
Uma boa alternativa na verticalização de
molares inferiores
Fabio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C.
Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño;
Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino
Odontológico – Esfera)
A perda precoce de primeiros molares inferiores e/ou pré-molares inferiores, causa uma
mesioinclinação de segundos e/ou primeiros
molares inferiores. A correção dessa mesioinclinação é um grande desafio para a Ortodontia. Em 1950, Ricketts introduziu o arco base,
também chamado arco utilidade, em sua técnica e mostrou ótimos resultados na correção da
má-oclusão tipo classe II com mordida profunda
e na movimentação individual de dentes, como
molares inferiores mesioinclinados. Este trabalho teve o objetivo demonstrar a correção da
mesioinclinação de molares inferiores através
do uso do arco base concomitante à utilização
do Bite Guide. Foi montado aparelho fixo nos
arcos superior e inferior e instalado o Bite Guide
na face palatina dos elementos 11 e 21. Posteriormente, realizou-se a instalação e ativação
do arco base. O uso associado do Bite Guide
com o arco base mostrou-se extremamente eficiente, principalmente pelo fato do Bite Guide
promover a desoclusão dos molares inferiores,
facilitando a ação do arco base no sentido de
desinclinar molares inferiores.
226 – Extração de incisivo inferior: uma
opção terapêutica
Fabio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C.
Penteado; Desiree Saddi; Jorge Luis de Castro;
Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino
Odontológico – Esfera)
A alta prevalência de apinhamentos dentários
traz inúmeras dúvidas para o ortodontista quanto
à seleção do dente a ser extraído. As escolhas
mais comuns de extração de pré-molares parecem não se encaixar adequadamente em muitos
casos, levando os profissionais a optarem por
extrações atípicas como as dos incisivos inferiores ou a realização de desgastes interdentais generalizados. O objetivo deste trabalho foi mostrar
a extração de um incisivo inferior como uma boa
opção terapêutica em um caso de apinhamento inferior que não permite a extração de quatro
pré-molares. Paciente aos 47 anos e seis meses
de idade, com ausência dos elementos 15, 16 e
25, caninos e pré-molares em classe I, apontou
como principal queixa o apinhamento dos incisivos inferiores. Foi utilizado aparelho fixo nos arcos superior e inferior e realizada a extração do
dente 31 para dissolver o apinhamento inferior. O
dente 41 ficou centralizado na linha média, terminando como dente central ao final do tratamento.
A extração de um incisivo inferior em casos bem
selecionados é uma abordagem eficiente e pouco explorada na literatura. Entretanto, para sua
correta indicação o ortodontista precisa conhecer
as variáveis que envolvem este tipo de terapia, e
a mesma bem empregada, possui enorme utilidade na resolução de muitos casos ortodônticos.
227 – Tracionamento de incisivo impactado:
mecânica segmentada e cinco anos de
controle
Natália Maria Vieira-Barbosa; Ana Cláudia
de Castro Ferreira Conti; Renata Rodrigues
de Almeida-Pedrin; Danilo Pinelli Valarelli;
Leopoldino Capelozza Filho; Mauricio de
Almeida Cardoso (Universidade do Sagrado
Coração – USC-Bauru)
Introdução: a incidência de incisivos superiores
impactados durante a dentadura mista é de aproximadamente 2,5%. Incisivos centrais perdidos
ou impactados têm uma repercussão negativa
na aparência facial e autoestima, além de problemas fonéticos. A etiologia é multifatorial, e inclui
a retenção prolongada de dentes decíduos. Além
disso, a intervenção tardia pode causar desequilíbrio da arcada anterior. O tratamento pode
envolver abertura de espaço, remoção do fator
etiológico, exposição cirúrgica e tracionamento.
O sucesso do protocolo de tratamento depende
de vários fatores, como eliminação da etiologia
da impactação, planejamento adequado, localização do dente, intervenção precoce e a cooperação da paciente. O tracionamento fechado
foi a opção de escolha nesse caso, e o protocolo seguido proporcionou tanto a cooperação da
paciente quanto o acompanhamento de longo
prazo, o que minimiza os riscos de insucesso.
Relato do caso: o presente relato apresenta o
tratamento de uma paciente mesofacial, iniciado
89
aos sete anos de idade, com acompanhamento
até os 12. A paciente apresentava má-oclusão
de classe I, com retenção prolongada do decíduo e não erupção do dente 21. Devido às relações oclusal, interarcos e facial equilibradas, foi
planejado o tratamento em duas fases, sendo
a primeira o tracionamento do dente 21 e a segunda, o tratamento ortodôntico corretivo. Após
a exodontia do dente 61, não ocorreu a erupção
espontânea do 21, e foi então realizado o tracionamento fechado, com mecânica segmentada e elástico corrente. Esta etapa durou cinco
meses e o aparelho foi removido. A paciente foi
acompanhada até que os dentes permanentes
tivessem erupcionado para que então, a segunda fase fosse iniciada. Foi instalado o aparelho
fixo prescrição I de Capelozza (Abzil/3M) e realizado o alinhamento e nivelamento. O caso foi
finalizado com a instalação de contenção fixa 3
x 3 inferior e placa de Hawley superior. A paciente foi acompanhada por cinco anos, onde
se pôde observar o elemento 21 na boca, hígido
e em função. Conclusão: tratamento precoce da
retenção de dentes permanentes favorece um
prognóstico seguro e a interceptação de possíveis desarmonias. O acompanhamento do crescimento é fundamental para a estabilidade, que
pode ser observada após cinco anos.
228 – Canino inferior impactado por
odontoma composto
Pedro Augusto Costa; Renata Rodrigues
de Almeida-Pedrin; Ana Cláudia de Castro
Ferreira Conti; Maurício de Almeida Cardoso;
Leopoldino Capelozza Filho; Danilo Pinelli
Valarelli (Universidade Sagrado Coração –
USC-Bauru)
O presente caso clínico demonstra o tracionamento ortodôntico de um canino inferior impactado por
odontoma composto. Menos comuns na região
mandibular, as impacções dentárias de caninos
podem ocorrer devido à falta de espaços para irrupção, ectopias de germes dentários e obstáculos, sejam mecânicos ou patológicos. Neste caso
clínico entende-se que a provável etiologia da impacção dentária foi a presença de um odontoma
composto, classificado como um obstáculo patológico e o mais comum dos tumores odontogênicos, sendo, portanto, necessária a sua remoção
para o sucesso no tracionamento ortodôntico.
229 – Novo dispositivo de ancoragem em
mini-implantes no palato para diversas
aplicações ortodônticas
Selly Sayuri Suzuki; Denise Nami Fujii;
Luiz Henrique Previdente; Aguinaldo Silva
Garcez Segundo; Hideo Suzuki (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
O uso de dispositivos como os mini-implantes,
que possuem tamanho reduzido e não dependam da colaboração do paciente vem ganhando popularidade na Ortodontia. Mini-implantes
na região do palato são uma alternativa quando
espaços inter-radiculares não são suficientes,
ou quando a localização do mini-implante possa
interferir na direção da movimentação dentária.
O objetivo deste trabalho foi apresentar um novo
dispositivo denominado Núcleo de Ancoragem
Esquelética (Peclab, Belo Horizontel, Brasil)
apoiado em dois mini-implantes posicionados na
região paramediana da sutura palatina, por meio
de apresentações de uma série de casos clínicos.
O núcleo de ancoragem possui um tubo central
para instalação de fios ou braços de extensões,
e um furo para inserção de fios de baixo calibre
ou fios de amarrilhos, que servirão de suporte
para as ativações deste dispositivo nos dentes a
serem movimentados. As aplicações destes dispositivos variam de movimentos de distalização
do arco superior (somente molares ou da arcada
total) para tratamento da classe II, intrusão de
dentes posteriores para tratamento de mordida
aberta e mesialização da arcada superior para
tratamento da classe III. Foi possível concluir que
o núcleo de ancoragem em mini-implantes é um
dispositivo eficaz nos diversos tratamentos ortodônticos, proporcionando mecânica simples e de
fácil instalação com controle da movimentação
dentária nas três dimensões (anteroposterior,
vertical e transversal) e podendo ser usado uni
ou bilateralmente.
230 – Mesialização de molares com auxílio
de miniparafuso
Cristiane Muller; Marcus Vinícius Crepaldi;
Bruna Lorena dos Santos Oliveira; João
Wagner Pascoto; Ana Paula de Aguiar;
Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
Com a demanda de pacientes adultos buscando
o tratamento ortodôntico, muitas vezes a possibilidade de fechamento dos espaços ocasionados
pela perda de dentes permanentes é questionada. A necessidade de realizar a ancoragem absoluta de forma fácil e eficaz é um fator crítico para
o sucesso do tratamento ortodôntico, os miniparafusos ortodônticos representam atualmente
uma das inovações tecnológicas mais relevantes
na prática clínica dos ortodontistas na última década. Tais dispositivos de ancoragem demonstram alta versatilidade clínica, permitem a aplicação de forças contínuas imediatas e eficazes
para movimentação dentária. O movimento de
mesialização dos molares por pacientes adultos
que procuram por um tratamento ortodôntico é
muito requisitado, faz-se necessário então, um
90
sistema de ancoragem eficiente, sem efeitos colaterais que proporcione diminuição no tempo de
tratamento sem depender da colaboração do paciente. Os miniparafusos vêm se mostrando de
grande importância, uma vez que proporciona ao
ortodontista realizar o movimento de mesialização aplicando a força diretamente no centro de
resistência dos molares com muito mais controle da mecânica. Paciente compareceu à clínica
Faipe, com ausência do dente 47 e presença do
dente 48, o tratamento proposto foi a mesialização do dente 48 com a utilização de miniparafuso
colocado entre os dentes 44 e 45, no período de
14 meses pôde-se observar a mesialização completa do dente, substituindo o espaço do dente
47 ausente.
231 – Abordagem ortodôntico-cirúrgica do
reposicionamento da pré-maxila
Carolina Martins Frota; Julianna de Oliveira
Lima Parizotto; Claudia Rezende Leal;
Mariana Chaves Petri Feitosa; Emily Tamie Sá
Nakamura; José Carlos Bastos Júnior (Hospital
de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da
Universidade de São Paulo – HRAC/USP)
Introdução: o tratamento com enxerto ósseo
secundário, simultâneo ao reposicionamento
da pré-maxila em pacientes com fissura transforâmen bilateral completa, é um procedimento
bem reconhecido. A estabilização da pré-maxila reposicionada é fator chave para o sucesso
do enxerto ósseo secundário. Estes pacientes
possuem ausência de osso na área da fissura,
pré-maxila excessivamente protruída e fístula
buconasal que comprometem aspectos estéticos e funcionais. Objetivo: relatar o tratamento
de uma paciente do sexo feminino com fissura
transforâmen bilateral, pré-maxila severamente protruída e extruída afetando a estética facial, funções da mastigação, fala e respiração.
Métodos: tratamento ortodôntico-cirúrgico através de expansão rápida da maxila, cirurgia de
enxerto ósseo alveolar bilateral associada ao
reposicionamento da pré-maxila, instalação de
aparelho fixo para alinhamento e nivelamento
dos segmentos maxilares, e finalização ortodôntica mantendo espaço protético na região
do 22 e do 14 para futura reabilitação. Resultados e conclusão: ao final do tratamento, os
problemas estéticos e funcionais da paciente
foram solucionados. A autoestima restaurada e
inclusão social da paciente foram os melhores
benefícios alcançados.
232 – Tratamento da má-oclusão de classe
III com extração atípica
Maiara Goulart; Ana Cláudia de Castro Ferreira
Conti; Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin;
Maurício de Almeida Cardoso; Danilo Pinelli
Varaleli; Fernando Pedrin Carvalho Pereira
(Universidade do Sagrado Coração – USC-Bauru)
O tratamento da classe III de Angle é bastante
difícil, porque o padrão de crescimento do paciente determina o êxito do tratamento a longo
prazo. O diagnóstico e tratamento precoce ainda
são questões muito discutidas na literatura ortodôntica. Este tipo de intervenção precoce tem
sido indicada com maior frequência, a fim de eliminar os fatores etiológicos primários e impedir
que uma má-oclusão já instalada se torne grave.
No entanto, quando um paciente é diagnosticado
na idade adulta, a manipulação das bases ósseas se torna extremamente limitada, já que não
há mais qualquer potencial de crescimento. Os
tratamentos são restritos a compensações dentárias, quando possível, ou cirurgia ortognática.
No entanto, devido ao alto custo e risco inerente
ao procedimento cirúrgico, esta opção de tratamento é muitas vezes negada pelo paciente.
Nesse caso, o ortodontista sempre que possível
realiza tratamento compensatório para restaurar
uma oclusão funcional e melhorar a estética facial. Este artigo relata um caso de má-oclusão
classe III em um paciente que optou pelo tratamento compensatório com a extração de molar
inferior, que permitiu a correção da linha média e
o overjet, além de uma boa estética facial ao final
do tratamento.
233 – Possibilidades de manejo ortopédico
das más-oclusões do padrão III ao longo do
crescimento
Maiara Goulart; Fábio Pinto Guedes; Luciana
Martinez; Luis Henrique Squillace; Leopoldino
Capelozza Filho; Mauricio de Almeida Cardoso
(Universidade do Sagrado Coração – USCBauru)
O tratamento interceptivo das más-oclusões do
padrão III apresenta metas terapêuticas bem
definidas na Ortodontia contemporânea. O tratamento ortopédico ideal deveria influenciar o
crescimento e a disposição espacial das bases
ósseas (maxila e mandíbula), de forma a obter
o equilíbrio e ser capaz de preservá-lo até o final de crescimento. Essa meta ganha contornos
de utopia, em especial quando o problema envolve a mandíbula e, admitir uma determinante
genética para essa doença, torna difícil predizer
ao certo, durante a fase de crescimento, o quanto ela irá magnificar. Ainda assim, mesmo com
91
um prognóstico incerto, a busca pela função e
uma melhor estética facial, mesmo que temporária, deve ser considerada. Nesse contexto, é
de suma importância atuar em época oportuna e
acompanhar o paciente desde o primeiro período
transitório da dentadura mista até a fase final de
crescimento, agindo terapeuticamente apenas
em momentos estratégicos, e sempre disposto
a capitular diante de discrepâncias que se desenham desagradáveis. O objetivo desse trabalho
foi discorrer sobre esse tema, apoiado no desenrolar do tratamento de uma paciente jovem,
padrão III, com monitoramento de crescimento
desde a dentadura decídua até a idade adulta,
e tratamento realizado em dois momentos, com
o protocolo de ERM e TM. Apesar das limitações
reconhecidas e discutidas, a manutenção da função e qualidade facial foi obtida, com uma relação adequada entre custo e benefício.
234 – Correção de mordida profunda tratada
com alavancas e arcos reversos
Aline Barbosa de Oliveira; Hilana Cahina
Santos de Oliveira; Claudine Sampaio Gurgel;
Lis Monteiro de Carvalho Guerra; Vania Maria
Arruda Bandeira de Melo; Felipe Franco Marçal
(Academia Cearense de Odontologia)
A mordida profunda é uma má-oclusão caracterizada pelo trespasse vertical excessivo na região anterior. A sua etiologia pode ser oriunda
de fatores esqueléticos, dentários ou neuromusculares, o que a torna uma má-oclusão que necessita de um tratamento cauteloso e de maior
preocupação de estabilidade ao longo dos anos.
O objetivo desse trabalho foi apresentar um relato de tratamento ortodôntico de um paciente
com mordida profunda tratada com alavancas e
arcos reversos. Paciente do sexo feminino, 25
anos de idade, compareceu à clínica do curso
de especialização em Ortodontia da Academia
Cearense de Odontologia com a queixa principal de mordida muito profunda. Em sua análise
facial foi observada presença de simetria, terços faciais proporcionais, selamento labial em
repouso, nariz bem posicionado e perfil facial
levemente convexo. No exame intrabucal e de
modelos, observou-se caninos direitos em relação de classe II, incisivos superiores extruídos,
mordida profunda de 95% e curva de Spee acentuada. Na análise de sorriso, a exposição gengival significativa. Dessa maneira, o objetivo do
tratamento foi corrigir a mordida profunda, bem
como a curva de Spee acentuada e adequar as
relações interincisais. Após analise clínica e cefalométrica da paciente, optou-se pelo seguinte plano de tratamento: montagem do aparelho
superior e início do alinhamento e nivelamento
com utilização de fios NiTi (0,012 ao 0,016) com
o uso concomitante de alavancas para intrusão
dos incisivos superiores no início do tratamento.
O perfil dolicofacial associado a uso das alavancas (21 x 25) foi responsável pelo rápido levante
de mordida com extrusão significativa de molares. Após a correção da mordida profunda no
segundo mês, logo o aparelho inferior foi instalado com a mesma sequência de alinhamento e
nivelamento (0,012-0,016). As alavancas foram
removidas e iniciou-se o uso de arco acentuado
superior e reverso inferior em fios de NiTi 0,018,
a fim de manter a sobremordida em uma relação anterior adequada. Após finalização dos arcos de NiTi, foram colocados arcos reversos de
aço 0,018 para estabilização do caso. Após uso
dos fios de aços reversos 0,018 por três meses,
foram iniciados uso e elásticos para classe II
(5/16 médio) para melhor intercuspidação de
pré-molares e relações interincisais. Ao final de
doze meses de tratamento, a paciente apresenta sobremordida inicial sobrecorrigida para melhor controle de estabilidade, melhores relações
intercisisais, caninos e molares em classe I e
menos exposição gengival no sorriso. Portanto,
a associação de mecânicas de tratamento de sobremordida pode oferecer vantagens quanto ao
tempo terapêutico e eficácia de tratamento.
235 – Associação do aparelho de Herbst e
AEB para tratamento de classe II
Brunah de Oliveira Buche; Isis Grande; Marina
Samara Baechtold; Rafaella Saab; Gisele
Maria Correr; Alexandre Moro (Universidade
Positivo)
Introdução: a má-oclusão de classe II é um dos
problemas mais frequentes encontrados no cotidiano da clínica odontológica, ocorrendo em
metade da população brasileira na faixa de 12
anos. Esta má-oclusão caracteriza-se por um
desequilíbrio no sentido anteroposterior entre
as bases ósseas e pode ser resultante de várias
combinações, sendo a mais comum, a retrusão
mandibular. Quanto ao tratamento da má-oclusão de classe II, diversas técnicas têm sido sugeridas. Aparelhos ortopédicos podem ser utilizados como aparelho o de Herbst, e também o
AEB. Além disso, a associação entre eles também é possível. Objetivos: mostrar o tratamento
de uma paciente que possuía má-oclusão de
classe II, primeira divisão estimulando o crescimento mandibular com o aparelho Herbst e restringindo o crescimento da maxila com o AEB.
Além disso, na fase do aparelho fixo foram extraídos quatro primeiros pré-molares. Métodos:
Paciente do sexo feminino, com dez anos de
idade, apresentava classe II, primeira divisão, e
92
tipo facial dolicofacial. Sua mandíbula estava retruída e sua maxila protruída, com um trespasse vertical de 1 mm e um trespasse horizontal
de 12 mm. A radiografia carpal mostrou que ela
se encontrava na fase ascendente da curva de
crescimento puberal. O tratamento foi iniciado
com a instalação do splint superior com o expansor para disjunção maxilar. Um mês após o
travamento do parafuso, instalou-se o aparelho de
Herbst por meio do splint inferior removível. Ele
foi utilizado por 12 meses em associação com o
aparelho AEB com casquete de Interlandi. O AEB
foi utilizado apenas para dormir com direção de
forças nas ranhuras três e cinco, com uma força
de 700 gramas de cada lado. Após a remoção
do aparelho Herbst, montou-se o aparelho fixo
nas arcadas superior e inferior, continuando assim com o alinhamento e nivelamento. Nessa
fase do tratamento a paciente apresentava-se
com uma biprotrusão dentária. Assim, optou-se
pela exodontia dos quatro primeiros pré-molares, e após foi realizada a retração dos dentes
anteriores superiores e inferiores, a coordenação
dos arcos, a intercuspidação, e a remoção do
aparelho. Após 38 meses de tratamento, foi instalada contenção fixa 5 x 5 inferior e uma placa
de Hawley modificada na arcada superior. Conclusão: a combinação de estratégias utilizadas
neste caso permitiu a obtenção de uma grande
modificação facial da paciente por meio da restrição do crescimento da maxila, avanço da mandíbula e retrusão dos dentes anteriores superiores
e inferiores.
236 – Tratamento da classe III com
protração maxilar e técnica biofuncional
Taise Schwanck Plucenio; Rodrigo Hermont
Cançado; Karina Maria Salvatore de Freitas;
Adenilson Chagas; Claudia Cristina da Silva;
Fabrício Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá)
A má-oclusão de classe III é considerada um dos
problemas mais complexos e difíceis de se diagnosticar e tratar, portanto, o tratamento ortodôntico precoce tem sido a principal forma de tratamento para os pacientes que apresentem esta
deformidade, com envolvimento dentário e/ou
esquelético. A utilização da técnica biofuncional
para classe III, com torque lingual nos incisivos
superiores e torque vestibular nos incisivos inferiores representa uma alternativa de tratamento
viável, uma vez que propicia nos resultados oclusais e estéticos satisfatórios.
237 – Verticalização de molares impactados
Taise Schwanck Plucenio; Diego A. Servilha;
Rodrigo Hermont Cançado; Karina Maria
Salvatore de Freitas; Fabrício Pinelli Valarelli
(Faculdade Ingá)
O objetivo deste painel foi mostrar um caso clínico de segundos molares inferiores impactados,
que foram tratados com extração dos quatro
primeiros pré-molares inferiores e superiores, e
mesialização dos primeiros molares e segundos
pré-molares inferiores utilizando mini-implantes.
238 – Intrusão de incisivos superiores com
a utilização de mini-implantes ortodônticos
Fabricio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C.
Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño;
Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino
Odontológico – Esfera)
O uso de mini-implantes ortodônticos oferece a
possibilidade de se realizar uma ancoragem esquelética trazendo novas perspectivas para alcançar um bom resultado nos tratamentos ortodônticos atuais, principalmente nos casos em que é
necessário realizar a intrusão de um dente ou de
um grupo de dentes simultaneamente. A necessidade de intrusão dos dentes anteriores ocorre,
principalmente, em função da presença de mordida profunda. Quando comparada à intrusão de
dentes posteriores, a intrusão na região anterior
é um movimento mais fácil de ser obtido, devido
ao menor volume radicular dos incisivos centrais e
laterais, o que proporciona menor reação do osso
alveolar com menor tempo de tratamento. Este
trabalho teve o objetivo de mostrar a utilização clínica dos mini-implantes ortodônticos como alternativa para a intrusão de incisivos centrais e laterais. Para isso utilizou-se um mini-implante Morelli
de 6 mm de comprimento, 1,6 mm de diâmetro e
1 mm de perfil transmucoso, que foi posicionado
entre as raízes dos incisivos centrais, perpendicular ao tecido ósseo (90º). A técnica apresentou
resultados muito satisfatórios na intrusão de tais
elementos dentários e consequente levante da linha do sorriso. O uso de mini-implantes para intrusão de incisivos centrais e laterais como elementos de ancoragem esquelética permite empregar
uma mecânica ortodôntica mais simples, trazendo
novas perspectivas para os tratamentos ortodônticos. Porém, exige conhecimento de biomecânica
para sua correta aplicação.
239 – Plano inclinado com pista metálica
no tratamento da mordida profunda em
pacientes braquifaciais
Fabricio Igai; Silvia M. Chagas; Ricardo C.
Penteado; Desiree Saddi; Tommy Mory Niño;
Ronaldo Henrique Shibuya (Centro de Ensino
Odontológico – Esfera)
A mordida profunda, também designada como
sobremordida exagerada, é um tipo de má-oclusão de etiologia multifatorial, expressada na
93
condição clínica onde os incisivos superiores recobrem os inferiores mais do que os níveis considerados normais, tal má-oclusão pode estar
associada, dentre outros fatores, a alterações
de crescimento mandibular e ou maxilar, na função de lábios e língua ou ainda alterações dentoalveolares, como a suprairrupção de incisivos,
infrairrupção de molares ou os dois fatores combinados. Recorrente em pacientes braquifaciais
é um problema de resolução complexa e mais
demorada, apesar das várias terapias existentes. Dentre as alternativas de tratamento, uma
que pode ser aplicada é o uso dos aparelhos de
desoclusão posterior associado ao uso de pista
metálica, quando a mordida profunda é diagnosticada como sendo causado por infrairrupção dos
molares, o uso da pista metálica gera uma maior
extrusão dos molares e ainda atua como coadjuvante na correção da mordida tipo classe II por
atuar como guia para a mandíbula. De arquitetura simples, custo baixo e boa estética, apesar de
depender da colaboração do paciente por ser um
aparelho móvel, é um ótimo recurso no tratamento ortodôntico das mordidas profundas.
240 – Tratamento ortodôntico em paciente
adulto com retrusão maxilar, protrusão
mandibular e agenesia dos incisivos laterais
superiores associado à cirurgia ortognática
Marcelus Carlo Nunes Burgarelli; Hideo Suzuki
(Faculdade de Odontologia – São Leopoldo
Mandic)
O crescimento maxilomandibular é direcionado
de acordo com características hereditárias e sofre influências de fatores externos. Quando há
uma discrepância óssea e dentária na fase de
crescimento ósseo, esta pode ser corrigida pelo
ortodontista, através de tratamentos ortopédicos
e ortodônticos compensatórios. Em adultos, que
consequentemente não apresentam mais crescimento ósseo, usa-se a alternativa de reposicionar os ossos da face cirurgicamente. A cirurgia
ortognática está indicada para pacientes com
desarmonias esqueléticas e dentárias, cujo tratamento não pode ser realizado apenas ortodôntico e/ou ortopedicamente. Para a escolha entre o tratamento ortodôntico compensatório ou a
cirurgia ortognática, avalia-se o posicionamento
ósseo através de análises faciais e cefalométricas optando por um ou outro tipo de tratamento,
cada um com suas vantagens e desvantagens.
Em casos de agenesias dos incisivos laterais superiores, a conduta terapêutica pode seguir duas
formas básicas, que são a manutenção dos espaços para a posterior realização de reabilitação
implanto/protética ou o fechamento dos espaços
à custa de movimentos mesiais dos dentes pos-
teriores. A escolha dar-se-á por diversos fatores, tais como: a idade do paciente, a anatomia
dos caninos superiores, o tipo de má-oclusão e
a queixa principal do paciente. O planejamento
ortodôntico-cirúrgico baseou-se na análise facial
e cefalométrica das discrepâncias ósseas e dentárias, assim como a queixa principal do paciente
e a anatomia dos caninos superiores. Foi realizada a instalação de aparelhagem fixa prescrição
Roth, com bandagens dos molares superiores e
inferiores e uso de tubos de molares inferiores
nos molares superiores para facilitar o torque lingual, eliminando a compensação vestibular dos
molares superiores devido ao excessivo crescimento da mandíbula. Foi realizada a exodontia
dos terceiros molares inferiores e após seis meses, o preparo cirúrgico e a cirurgia ortognática
de protrusão maxilar e retrusão mandibular. O
tratamento ortodôntico-cirúrgico foi finalizado
com o uso de elásticos intermaxilares para estabilização óssea e muscular e sessões de Fisioterapia e Fonoaudiologia.
241 – Alternativa de tratamento para máoclusão de classe II subdivisão no padrão
horizontal
Mayara Rizzo; Hediberton de Aguiar;
Guilherme Janson; Fabricio Pinelli Valarelli;
Danilo Pinelli Valarelli; Mayara Rizzo (FOBUSP)
Este trabalho mostra uma alternativa de tratamento da má-oclusão de classe ll assimétrica,
em paciente adulto, com perfil facial reto, braquifacial, com suave apinhamento dentário e desvio da linha média inferior, onde o protocolo de
tratamento com três extrações não era o mais
indicado. A proposta para correção desta patologia oclusal foi a inserção de uma mecânica de
abertura de espaço no lado da má-oclusão de
classe ll para posterior instalação de um implante osseointegrado do tamanho de um pré-molar.
Houve correção da linha média dentária em relação ao plano sagital mediano, assim como correção da discrepância anteroposterior do lado
esquerdo. O tratamento proposto demonstrou
ser eficiente na correção da má-oclusão de classe II, subdivisão esquerda, com desvio de linha
média inferior devendo ser encarado como uma
opção viável e promotora de efeitos benéficos ao
paciente, proporcionando ao mesmo um ganho
na harmonia do sorriso sem efeitos colaterais em
relação ao perfil.
94
242 – Tratamento compensatório da classe
III no adulto
Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas
Falcão; Thais Marchini de Oliveira; Adenilson
Silva Chagas; Rodrigo Hermont Cançado;
Karina Maria Salvatore de Freitas; Fabrício
Pinelli Valarelli (Faculdade Ingá)
A má-oclusão de classe III esquelética representa um dos problemas mais difíceis de serem
tratados, apresentando como alternativas de
tratamento no paciente adulto a camuflagem ortodôntica ou a cirurgia ortognática, cuja escolha
depende da queixa do paciente, do grau de severidade esquelética e da magnitude de compensação dentária presente na má-oclusão. O tratamento compensatório pode ser uma ótima opção
em pacientes adultos, quando a discrepância
esquelética é mínima e as expectativas não estão relacionadas à face. Este trabalho tem como
objetivo relatar um caso de classe III esquelética
suave, cujo tratamento ortodôntico foi realizado
compensatoriamente utilizando a técnica biofuncional e elásticos de classe III.
243 – Tratamento precoce da mordida aberta
anterior por meio de esporões linguais colados
Izabel Cristina de Mendonça Campos Freitas
Falcão; Adenilson Silva Chagas; Rodrigo
Hermont Cançado; Fabrício Pinelli Valarelli;
Karina Maria Salvatore de Freitas; Luiz Filiphe
Gonçalves Canuto (Faculdade Ingá)
A mordida aberta anterior (MAA) representa um
motivo de grande preocupação na clínica ortodôntica pela alta prevalência nas dentaduras
decídua e mista, podendo ser definida como um
trespasse vertical negativo entre os dentes anteriores antagonistas. É muito importante o seu
tratamento precoce devido ao comprometimento estético, funcional e psicossocial, existindo
várias opções de aparelhos para a MAA. No entanto, os esporões linguais surgiram como uma
alternativa eficaz e resolutiva àquelas já empregadas. Assim, este trabalho pretende mostrar o
emprego destes dispositivos e os resultados favoráveis obtidos, bem como a boa aceitação por
parte dos pacientes. O presente trabalho teve
como objetivo relatar um caso de mordida aberta anterior na dentadura mista, cujo tratamento ortodôntico foi realizado com a utilização de
esporões linguais colados na superfície lingual
dos incisivos superiores e inferiores.
244 – Tratamento precoce da classe III: uma
abordagem clássica e eficiente
Bruna Santos Cedraz da Silva; Bruna Santos
Cedraz da Silva; Pollyanna Andrade Góes;
Neidjane Sampaio Cabral; Marlos Eurípedes
de Andrade Loiola (Iappem/Funorte)
A má-oclusão de classe III é determinada pela
discrepância esquelética entre as bases ósseas
e pode ser esquelética, dentária ou ambas. Fácil de tratar quando interceptada precocemente,
evitando um posterior tratamento cirúrgico, a discrepância entre o arco superior e inferior da classe III tem a retrusão ou deficiência maxilar como
fator que mais contribui para o aparecimento
desta má-oclusão. Com uma grande eficiência
quando tratado precocemente, a expansão rápida da maxila com disjuntor e sua posterior tração
com uma máscara facial, garante um equilíbrio
no perfil facial e estético do paciente. O objetivo
deste trabalho foi relatar o tratamento de uma paciente classe III esquelética, com deficiência maxilar no período pré-pico de crescimento puberal,
realizando o tratamento com expansão rápida da
maxila e uso da máscara facial de Petit.
245 – Autoligado: vantagens e
desvantagens
Ana Paula Trevizan; Ana Paula de Aguiar;
Marcus Vinícius Crepaldi; João Wagner
Pascoto; Bruna Lorena dos Santos Oliveira;
Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
Os braquetes autoligados, há tempos estão ao
centro dos debates e publicações científicas no
meio odontológico, o que em muito se deve à introdução de diversos novos sistemas autoligados
no mercado. Com isso, se tornam ótimos alvos
de estudos, discussões e controvérsias desde
que foram adotados como um meio de otimizar o
tratamento ortodôntico nos mais variáveis aspectos. A eficácia da terapia ortodôntica se baseia
no correto diagnóstico e uma boa resposta biológica do paciente à biomecânica proposta pelo
ortodontista, onde a escolha dos materiais tem
papel fundamental. Dentre as vantagens destes
braquetes incluem-se a eliminação dos módulos
elastoméricos, pois traz pontos favoráveis ao tratamento, como a eliminação da potencial contaminação cruzada ocasionada pelas ligaduras, a
inexistência da degradação das forças elásticas,
a diminuição do risco de desmineralização do esmalte pela eliminação dos locais retentivos para
acúmulo de placa, a hipotética redução de atrito
nas mecânicas de deslizamento e a aplicação de
forças mais leves, resultando em menores efeitos colaterais e um menor tempo clínico. Mais
95
pesquisas científicas ainda são necessárias em
relação ao uso dos braquetes autoligados para
comprovar a eficiência e vantagens dos mesmos. Pretende-se, então, neste artigo, descrever
o tratamento da paciente com 26 anos de idade,
que compareceu à clínica de Ortodontia da Faipe
Cuiabá-MT apresentando classe I ,diastemas e
apinhamento. O tratamento consistiu em: alinhamento, nivelamento e fechamento dos espaços.
O aparelho utilizado foi o autoligado da marca
Morelli, observou-se um tempo de atendimento
de manutenção reduzido e baixo acúmulo de
placa bacteriana. O tratamento da paciente teve
duração de 14 meses.
246 – Fechamento de diastemas e retração
anterior com sistema de alinhadores
estéticos
Erika Yukimi Okayama; Luciano Wagner
Ribeiro; Maxwell Albuini; Gilberto Bezerra;
Juliana Gaschler; Sergio Giamas Iafigliola
(APCD)
Relato de caso clínico de fechamento de diastemas e retração de dentes anteriores utilizando-se sistema de alinhadores ortodônticos estéticos
Easy Solution.
247 – Uso de miniplacas para o tratamento
da má-oclusão de classe II sem extrações
com caninos em vestibuloversão
Celha Borges Costa Alves; José Valladares
Neto; Edenize Cristina Vaz; Hianne M. Torres;
Maria Alves Garcia Santos Silva (UFG)
O protocolo de tratamento da má-oclusão
de classe II varia conforme o componente
morfológico e a expressão do crescimento
craniofacial, como a magnitude e direção. É
consensual que a colaboração do paciente e o
planejamento criterioso da ancoragem também
sejam determinantes para o sucesso do
tratamento. O presente relato de caso descreve
o tratamento ortodôntico sem extração de um
paciente adolescente com má-oclusão de
classe II tratado com o emprego de miniplacas.
248 – Relatos de três casos
clínicos de pacientes com espectro
oculoaurículovertebral
Rayane de Oliveira Pinto; Gisele da Silva
Dalben (Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais da Universidade de São Paulo –
HRAC/USP)
Introdução: o espectro oculoauriculovertebral
(EOAV), também conhecido como síndrome de
Goldenhar ou displasia oculoauriculovertebral é
uma condição que afeta as estruturas formadas
a partir do primeiro e segundo arcos faríngeos,
como as orelhas, a mandíbula e as partes moles
da face. Tais estruturas estão afetadas unilateralmente, em graus distintos, o que determina
a aparência assimétrica da face. O tratamento
para esses pacientes é interdisciplinar e complexo. As alternativas de tratamento devem ser
estudadas criteriosamente para a correta indicação a depender das necessidades, limitações
de cada caso e expectativa do indivíduo. O objetivo desse trabalho foi descrever, através de
três casos clínicos, as possibilidades terapêuticas envolvidas na reabilitação, correlacionando
o tratamento adotado à gravidade da má formação mandibular. Métodos: este trabalho utiliza
dados secundários (fotos, radiografias, modelos
e dados de prontuário) provenientes do arquivo do HRAC e dispensa TCLE. Discussão: são
descritas três opções de reabilitação abordadas e suas indicações para cada caso clínico.
Conclusão: de acordo com a gama de soluções
reabilitadoras, a severidade da hipoplasia heminandibular deve ser o principal fator para a
decisão de cada plano de tratamento.
249 – Tratamento do apinhamento primário
definitivo genético em uma paciente com
padrão de crescimento vertical
Mariana Chaves Petri Feitosa; Julianna de
Oliveira Lima Parizotto; Carolina Martins Frota;
Tiago Turri de Castro Ribeiro (Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da
Universidade de São Paulo – HRAC/USP)
O programa de extrações seriadas (PES) é
uma das formas de tratar precocemente a discrepância dente/osso negativa. É usado para a
correção do apinhamento primário e secundário de caráter genético, e tem como vantagens
corrigir a discrepância de modelo com redução
da massa dentária em estágios precoces, visando o bem estar social de pacientes e pais. O
objetivo desse tratamento foi corrigir a discrepância dente/osso negativa, em uma paciente
com crescimento vertical, através de exodontias precoces programadas, visando alcançar
uma oclusão estável respeitando o padrão de
crescimento facial observado. A paciente apresentou-se para avaliação inicial no primeiro
período transitório da dentadura mista. Observou-se ausência de espaço para irrupção dos
dentes permanentes, assim como uma forma
dos arcos inadequada. Sendo assim, durante a
primeira fase do PES, foi indicada a expansão
dos arcos. Após a segunda fase do PES e irrupção dos demais dentes permanentes, estes
foram corretamente alinhados e nivelados. O
96
padrão de crescimento facial foi uma variável
importante na definição do tratamento do apinhamento primeiro definitivo genético, uma vez que
esse tipo facial aceita pouca mecânica expansionista. Optou-se pelo PES nesse caso, e os objetivos do tratamento foram alcançados.
250 – Erro de interpretação radiográfica
confirmado com a técnica da tomografia
computadorizada
Aline Lira Torneri; Sergio Giamas Iafigliola;
Juliana Azevedo Marques Gaschler; Maxwell
Lopes Albuini; Gilberto Bezerra (APCD)
Caso clínico de expansão rápida de maxila,
utilizando um aparelho Hyrax modificado, apresentando no raio X de controle uma lesão radiolúcida bilateral a sutura palatina, onde houve
a confirmação do falso diagnóstico de um raio
X periapical através da tomografia computadorizada, provando que o uso da tomografia na
Odontologia pode ser um ótimo recurso a ser
utilizado para confirmação do diagnóstico em
um possível erro da interpretação radiográfica,
sendo como grande vantagem da tomografia
computadorizada a precisão tridimensional que
a técnica proporciona.
251 – Uso da mecânica straight wire
simplificada para intervenção na dentição
mista em casos com extrações de pré-molares
Fernando César Pereira Costa Aguiar;
Humberto Nazareth Costa Júnior (ABO-GV)
Um dos grandes desafios dos tratamentos ortodônticos na dentição mista é a ancoragem, devido ao fato dos dentes posteriores, pré-molares
e segundos molares estarem ausentes no arco
durante essa fase do desenvolvimento. Esse trabalho apresenta caso clínico de indivíduo do sexo
feminino, com nove anos e dois meses, mesofacial, padrão II, com lábio inferior e mento retruídos.
Encontrava-se na dentição mista com má-oclusão
classe II, subdivisão esquerda, e com incisivos
superiores e inferiores protuídos e vestibularizados. Havia agenesia dos segundos pré-molares
inferiores (elementos 35 e 45) e o comprimento
do corpo mandibular estava ligeiramente aumentado. Era objetivo do plano de tratamento, além
de se alcançar a oclusão funcional, proporcionar
selamento labial passivo e estética facial com
melhor participação do lábio inferior e mento no
perfil, após a correção das posições dos incisivos
superiores e inferiores e quando ocorresse o crescimento mandibular. Foi proposto tratamento com
ortodontia fixa em ambos os arcos e a mecânica
escolhida foi a preconizada pelo professor Messias Rodrigues, a straight wire simplificada. Tal
escolha se deu em função das limitações com a
ancoragem, uma vez que o planejamento incluía
exodontia dos primeiros pré-molares superiores e
segundos molares decíduos inferiores. Além disso, essa mecânica permitiria a retração superior
com o controle da sobremordida, outro fator que
motivou a escolha. Ao término do tratamento, notou-se a melhora na estética facial proporcionada pelo crescimento mandibular e a ocorrência
de selamento labial passivo em função das correções das posições e inclinações dos incisivos
superiores e inferiores. Do ponto de vista oclusal,
percebeu-se a oclusão bem ajustada com sobremordida e sobressaliência que permitiram oclusão
dinâmica livre de interferências. Na radiografia panorâmica final foi possível notar que os molares inferiores encontravam-se sem angulações mesiais,
reforçando a eficiência da técnica para perda de
ancoragem dos molares inferiores, sem o efeito
de mesioangulação indesejável durante esse tipo
de movimento.
252 – Expansão rápida da maxila com
ancoragem esquelética em paciente adulto
Gustavo Favarato Ruy; Neliane Ferreira de
Oliveira; Diego Tezolin; Vitor Hugo Waruar;
Aguinaldo Silva Garcez Segundo (Faculdade
de Odontologia – São Leopoldo Mandic)
Introdução: a expansão rápida da maxila soluciona grande parte dos problemas transversais
de pacientes com atresia maxilar (Lopes et al,
2003). Diante do aumento significativo do número de adultos que procuram tratamento ortodôntico, a técnica da expansão rápida da maxila com
ancoragem óssea apresenta como vantagem,
aumento transversal inteiramente via formação
óssea, sem compensação dentária ou recidiva
óssea, e ausência de dano periodontal, além de
minimizar as inclinações e extrusões dentárias,
traumas e reabsorções radiculares. As desvantagens são, contudo, a necessidade de um segundo
tempo cirúrgico para a remoção dos expansores.
Relado do caso: o objetivo desse painel foi relatar o caso de paciente, 40 anos de idade, sexo
feminino, com mordida cruzada posterior lado esquerdo com sintomatologia dolorosa em ATM. Foi
utilizado um aparelho disjuntor com ancoragem
esquelética, o Marpe (Micro Implant Assisted Rapid Palatal Expansior), ativado com um quarto de
volta pela manhã e à noite, a sutura abriu no 15º
dia, quando o aparelho foi estabilizado por cinco
meses. Resultado: correção da deficiência ósseo
maxilar e da mordida cruzada promovendo alívio
dos sintomas de dor. Conclusão: conclui-se que a
expansão rápida da maxila com ancoragem óssea
é um uma excelente alternativa para correção da
atresia maxilar em adultos.
97
253 – Mordida cruzada anterior dentária
Virgínia Karoline Jardim Martins; Marcus
Vinícius Crepaldi; Carolina Mattar; Ana Paula
de Aguiar; João Wagner Pascoto; Bruna
Lorena dos Santos Oliveira (Faipe)
A mordida cruzada anterior caracteriza-se por
um relacionamento vestibulolingual anormal entre os incisivos superiores e inferiores, no qual
os dentes anteriores inferiores encontram-se
por vestibular aos dentes anteriores superiores.
Quando a mordida cruzada anterior ocorre nas
fases das dentaduras decídua ou mista, é coerente a indicação de tratamento precoce, uma
vez que a mesma pode causar desgastes na
face vestibular dos dentes superiores envolvidos, recessões gengivais nos incisivos inferiores, além de alterar o crescimento normal dos
maxilares no sentido anteroposterior. O diagnóstico correto e o tratamento precoce são fundamentais para obter equilíbrio oclusal, estético
e funcional. A mordida cruzada anterior dentária, geralmente é decorrente da falta de espaço.
Paciente com 11 anos de idade, compareceu à
clínica Faipe, Cuiabá, apresentando mordida
cruzada dentária dos elementos 11 e 12. O tratamento proposto foi: colocação de Hyrax para
criar espaço para alinhamento dos dentes e pista de resina no dente 11. Depois de descruzado o dente 11, foi instalado o aparelho fixo com
mola aberta para obter espaço para alinhamento do dente 12. Os aparelhos Hyrax e fixo foram
removidos e instalou-se uma placa Hawley com
mola digital para vestibularização do dente 12.
Atualmente o paciente encontra-se com aparelho fixo aguardando completa erupção dos dentes permanentes.
254 – Tratamento compensatório de
mordida cruzada anterior com o uso de
alavancas longas
Tereza Tayane Tomaz de Oliveira; Hilana
Cahina Santos de Oliveira; Claudine Sampaio
Gurgel; Vania Maria Arruda Bandeira de Melo;
Lis Monteiro de Carvalho Guerra; Felipe Franco
Marçal (Academia Cearense de Odontologia)
Mordida cruzada é a condição na qual um ou
mais dentes estão anormalmente posicionados para vestibular ou lingual em relação ao(s)
dente(s) antagonista(s). A etiologia das mordidas cruzadas pode estar associada à retenção prolongada e perda prematura dos dentes
decíduos, discrepância óssea dental negativa,
deficiência de crescimento dos ossos, hábitos
bucais, traumas, fissuras palatinas e interferências oclusais. O diagnóstico da mordida cruzada deve ser feito a partir de dados obtidos no
exame clínico (exame extrabucal, intrabucal e
funcional) e radiográfico. Elas podem ser divididas em: mordida cruzada esquelética, dentária
ou funcional. O presente trabalho tem como objetivo, apresentar um caso clínico de tratamento compensatório mordida cruzada anterior em
adulto. Paciente do sexo masculino, 27 anos de
idade, perfil côncavo e mordida cruzada anterior
de canino a canino, compareceu à clínica de Ortodontia para tratamento. A partir da análise cefalométrica foi confirmada etiologia esquelética
para má-oclusão classe III de Angle e, segundo
Andrews, seus caninos apresentam-se da mesma forma, sugerindo assim uma compensação
ortodôntica com descruzamento de mordida
cruzada anterior. Portanto, após análise cefalométrica e facial do paciente, a terapêutica sugerida foi a utilização de alavancas longas para
vestibularização de incisivos superiores, o que
foi conseguido com apenas três meses de tratamento. Após cinco meses, foi conseguido o
total descruzamento da mordida. Na fase de alinhamento e nivelamento finalizou-se com o uso
do fio 0,18 aço, sem que fosse necessário para
finalização o uso de fio de aço retangular. Ao
final do tratamento, o paciente apresentou boa
relação anterior e de caninos, com pré-molares
engrenados, apesar dos incisivos superiores
estarem ligeiramente vestibularizados, porém,
esse resultado é aceitável por se tratar de um
caso compensatório. Portanto, esse caso demonstrou a aplicabilidade das alavancas como
alternativa no tratamento ortodôntico para correção de mordida cruzada anterior.
255 – Diagnóstico tomográfico da
transposição de caninos superiores
Alexandre Faria de Carvalho; Fernanda
Gabriela S. Santana; Emanuelle Santiago;
Alexandre Faria de Carvalho (Núcleo – Pósgraduação em Odontologia)
Clinicamente, a transposição dentária é um tipo
raro de anomalia que acomete de 0,3% a 0,4%
da população, sendo mais prevalente no sexo
feminino, e na maxila, com o canino superior
sendo o dente mais envolvido e sua forma predominante é a unilateral. O objetivo deste artigo
foi apresentar e discutir um caso clínico no qual
um paciente do sexo masculino apresentava
uma transposição dentária entre o canino e o
incisivo lateral superior esquerdo. O diagnóstico
foi realizado por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (cone-beam) visando
uma maior precisão de imagem, constituindo
um diferencial desse caso.
98
256 – Tratamento ortodôntico sem
extrações em paciente com biprotrusão
dentária e apinhamento em região anterior
Hilana Cahina Santos Oliveira; Aline Barbosa
de Oliveira; Felipe Franco Marçal; Claudine
Sampaio Rangel; Vânia Maria Arruda Bandeira
de Mello; Lis Monteiro de Carvalho Guerra
(Academia Cearense de Odontologia)
O apinhamento dental é uma das oclusopatias
mais frequentes na clínica ortodôntica, o qual
compromete não somente a harmonia estética do
sorriso, mas também a função. Tal má-oclusão é
caracterizada pela falta de espaço no arco para
acomodar os elementos dentários de maneira
harmônica. Atualmente, o profissional pode lançar
mão de diversos recursos para solucionar esse e
outros problemas ortodônticos de maneira conservadora. O objetivo do presente trabalho foi apresentar um relato de tratamento ortodôntico sem
extrações frente a um caso clínico de biprotrusão
dentária com apinhamento anterior. Paciente do
sexo feminino, 24 anos de idade, apresentou-se
à clínica do curso de especialização em Ortodontia da Academia Cearense de Odontologia, com
a queixa principal de dentes tortos. Ao exame
clínico, observou-se que a paciente apresentava
simetria facial, com terços proporcionais e perfil
reto. O exame dentário evidenciou a presença de
mordida profunda, apinhamento em região anterior superior e inferior, relação de caninos em
classe II e biprotrusão dentária. Dentre as opções apresentadas à paciente para a correção
do problema, a mesma optou por um tratamento conservador, sem extrações dentárias, com
uso de dispositivos para distalização de molares
associados à ancoragem esquelética por mini-implantes. A sequência de tratamento ocorreu
da forma que segue: montagem da Ortodontia
fixa superior e início do nivelamento com fio NiTi
.012”, continuação do nivelamento com evolução dos fios de NiTi e instalação concomitante
de alavancas superiores para correção de mordida profunda no segundo mês de tratamento,
a partir do fio .014”, com manutenção até o fio
.018”. Com o uso das alavancas, ocorreu a inclinação distal da coroa dos molares superiores,
auxiliando a dissolver o apinhamento superior
anterior junto ao efeito expansor dos arcos
iniciais. O aparato fixo inferior foi instalado no
quinto mês e foi iniciada a mesma sequência
de nivelamento do arco superior, com fios NiTi.
Com o objetivo de promover a distalização do
molar inferior e assim reposicionar o canino, foi
planejada a instalação de mini-implante associado a um cursor na região inferior, por meio de
elásticos intermaxilares (1/4 pesado). A distalização do molar inferior com mecânica de mini-
-implantes dissolveu o apinhamento e reposicionou o molar em relação classe I de Angle, uma
vez que o efeito da alavanca levou o paciente a
um terço de classe III do lado direito. Ao final de
12 meses de tratamento, a paciente finaliza com
classe I de molar e de canino, dentes alinhados e nivelados, overjet e overbite adequados
e guias oclusais ideais. Apesar de alinhados, a
biprotrusão dentária é uma condição que continua ao final do tratamento. Portanto, esse relato
reforça a possibilidade de um tratamento não
extracionista em casos de pacientes com biprotrusão dentária e apinhamento, quando a biprotrusão e seus efeitos tegumentares não sejam
uma queixa da paciente.
257 – Tratamento interceptativo em um
paciente em crescimento com mordida
aberta esquelética
Larisse Sales Fernandes; Tereza Tayane Tomas
de Oliveira; Lis Monteiro de Carvalho Guerra;
Vania Maria Arruda Bandeira de Melo; Claudine
Sampaio Rangel; Felipe Franco Marçal (Academia Cearense de Odontologia)
A mordida aberta anterior é uma má-oclusão
de fácil diagnóstico, porém, muitas vezes, de
difícil terapêutica ortodôntica. Na infância, ela
apresenta-se bastante frequente, principalmente em pacientes com hábitos de sucção
digital não nutritiva, tendo esse hábito como
sua principal etiologia nessa fase. A principal
terapêutica é a grade palatina com finalidade
de evitar interposição lingual e objeto de sucção, porém, nem sempre essa terapia é eficaz,
tornando assim os casos complexos e desafiadores. O presente trabalho tem como objetivo
apresentar um caso clínico de mordida aberta
esquelética em um paciente em crescimento.
Paciente pediátrico apresentou-se à clínica de
Ortodontia para tratamento de mordida aberta
anterior, com Afai aumentado, selamento labial
ativo, hipotonicidade labial e hábito de sucção digital não nutritiva. Após cinco meses de uso de
grade palatina, não houve melhora definitiva do
fechamento de espaço anterior. Após reavaliação cefalométrica, foi identificada grande rotação
horária da mandíbula, abertura da base do crânio
e ângulo goníaco aumentado, o que sugere etiologia esquelética para mordida aberta precoce.
Como os incisivos estavam com overjet negativo,
foi utilizado aparelho removível com molas digitais por três meses, até o overjet ficar positivo e
normal. Após essa mecânica, foi instituído então
o bionator fechado com progressivo aumento de
acrílico na mordida posterior (1 mm/mês), similar
ao efeito de um bite-block construído progressivamente, tendo como objetivos terapêuticos de
99
rotacionar a mandíbula no sentido anti-horário,
intruir molar, diminuir Afai e fechamento de mordida aberta anterior. Ao final de um tratamento
de seis meses com esse aparelho ortopédico, o
paciente alcançou os objetivos terapêuticos satisfatórios. O paciente usou mais dois meses o
aparelho como contenção sem adição de acrílico. Em acompanhamento clínico de seis meses,
o paciente encontra-se similar aos resultados
finalizados com o bionator fechado, permitindo
um favorável perfil oclusal para finalização com
ortodontia fixa. Portanto, esse caso demonstrou
a possibilidade de correção precoce de mordida
aberta com etiologia esquelética através de um
tratamento ortodôntico interceptativo.
258 – Intrusão de um molar superior com
mini-implantes: relato de um caso clínico e
acompanhamento durante cinco anos
Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Rosyane
de Souza Gregório; Eliane Cristina Carrera
Eleres Vergani; Fausto da Silva Bramante
(Universidade Ceuma)
Este caso clínico descreve um tratamento multidisciplinar entre Prótese, Implantodontia e Ortodontia. A correção da extrusão dentária dos
molares superiores decorrentes da ausência
dos seus antagonistas encontra-se indicada
na literatura, visto que esta alteração no posicionamento dentário pode causar interferências
oclusais e dificuldades para reabilitar as áreas
edêntulas pela falta de espaço protético vertical.
Há várias possibilidades para o seu tratamento, entre elas, a utilização dos mini-implantes.
O objetivo deste artigo foi o de demonstrar a
correção da extrusão do primeiro molar superior
utilizando-se uma técnica simples e direta, com
o uso de mini-implantes, previamente ao tratamento reabilitador. Observou-se, após cinco
meses de tratamento ortodôntico, uma relação
oclusal adequada para a reabilitação implanto/
protética do primeiro molar inferior antagonista.
259 – Pistas diretas Planas no tratamento da
mordida cruzada posterior funcional
Ana Kátia Altoé Vieira; Heloisa Cristina
Valdrighi; Nelson Faé Junior; Aryadne Cipreste
Mascarelo; Ana Kátia Altoé Vieira (Fundação
Hermínio Ometto – Uniararas)
Introdução: a mordida cruzada é o termo usado para indicar uma relação vestibulolingual
anormal dos dentes (Moyers, 1991). Essas alterações podem interferir na morfologia óssea,
podendo afetar a simetria facial, quando não
interceptada precocemente. Sendo assim, é desejável que se faça tratamento o mais precoce
possível, assim que diagnosticada, pois ela não
se autocorrige e possibilita a irrupção anormal
dos dentes permanentes e interfere no crescimento dos arcos dentários (Bishara et al, 1994).
A persistência de uma função alterada durante
as fases de crescimento promove mudanças
gradativas na estrutura esquelética e dentária
que podem resultar em assimetrias dentofaciais verdadeiras na fase adulta (Pizzol, 2004).
As pistas diretas Planas reúnem características
que as tornam vantajosas para a correção de
mordida cruzada (Garbin et al, 2014). Objetivo:
apresentar um caso clínico de paciente do sexo
feminino, dois anos e 11 meses de idade, que
apresentava mordida cruzada posterior unilateral esquerda funcional. Discussão e conclusão:
o tratamento consistiu na realização de pista direta Planas no canino decíduo 63 e ajuste oclusal com desgaste na cúpide do elemento 73. A
consulta de retorno foi realizada com dez dias, e
as demais foram mensais para ajuste das pistas
durante o período de um ano. Concluiu-se que
o tratamento realizado teve o sucesso esperado com centralização da linha média dentária e
equilíbrio muscular promovendo maior conforto
na mastigação da paciente, que era predominantemente esquerda e tornou-se bilateral.
260 – Estabilidade do tratamento da máoclusão de classe II com o aparelho Forsus
Melissa Lancia; Daniela Cubas Pupulim;
Fernanda Pinelli Henriques; Rafael Pinelli
Henriques; Thais Maria Freire Fernandes; José
Fernando Castanha Henriques (FOB-USP)
Os aparelhos funcionais fixos são utilizados
para o tratamento da má-oclusão de classe II e
apresentam como grande vantagem, a redução
da necessidade de colaboração do paciente.
Nas últimas décadas, diversos aparelhos funcionais fixos foram idealizados e utilizados para
o tratamento da má-oclusão de classe II na dentadura permanente. Dentre esses aparelhos,
destaca-se o aparelho Forsus Fatigue Resistant
Device. Este aparelho de propulsão mandibular
híbrido intrabucal utiliza uma combinação de um
sistema de força flexível e rígido para corrigir a
má-oclusão de classe II por meio da protrusão
mandibular, apresenta fácil instalação, permite
maior liberdade de movimentação da mandíbula, e tem a capacidade de reduzir o tempo de
tratamento, pois o mesmo é realizado em apenas uma fase. Suas principais indicações são
para a correção da má-oclusão de classe II sem
exodontias, correção da classe II residual após
tratamento com exodontias, e como ancoragem
após a distalização dos molares superiores ou
fechamento de espaço em caso de agenesia
100
dos segundos pré-molares inferiores. Dessa
forma, o objetivo deste trabalho é apresentar
por meio de um caso clínico, os efeitos do aparelho Forsus no tratamento da má-oclusão de
classe II e demonstrar a estabilidade das correções alcançadas. Paciente do sexo masculino, 12 anos e um mês de idade, apresentou-se
com má-oclusão de classe II, segunda divisão,
relação molar de meia classe II bilateral, trespasses vertical de 4 mm e horizontal de 3 mm.
O paciente apresentava retrusão mandibular,
perfil convexo, padrão de crescimento vertical.
Iniciou-se o tratamento com o aparelho corretivo
fixo e ancoragem com barra transpalatina. Após
seis meses de alinhamento e nivelamento, no
fio 0,19” x 0,25” de aço, foi instalado o aparelho
Forsus. Após seis meses obteve-se a correção
da classe II e o Forsus foi removido. Em seguida, realizou-se a finalização do tratamento. Durante esta fase, o paciente utilizou elásticos de
classe II para contenção das correções alcançadas. Depois da remoção do aparelho fixo, foram
instaladas uma placa de Hawley e uma barra
tipo 3 x 3 como contenções. O tempo total de
tratamento foi de dois anos e um mês. O aparelho Forsus foi eficaz na correção da má-oclusão de classe II, minimizando a necessidade de
colaboração por parte do paciente e reduzindo
o tempo total de tratamento. Esta correção ocorreu principalmente por alterações dentoalveolares que se mantiveram estáveis após três anos
do término do tratamento.
261 – Exodontias de caninos em tratamento
ortodôntico
Fatima Roneiva Alves Fonseca; Téssia Richelly
Nóbrega Borja de Melo; Poliana de Santana
Costa Fernanda Stella Fernandes de Oliveira
Camboim; Germana de Queiroz Tavares
Borges Mesquita; (FIP – Faculdades Integradas
de Patos)
O canino tem importância tanto por razões funcionais quanto estéticas no complexo dental. O
canino fornece a guia canina e sua presença
leva a uma transição harmoniosa entre o segmento anterior e posterior do arco dentário,
mantendo sua curva e formando a eminência
canina como suporte da base alar e lábio superior. Em uma situação de caninos ectópicos,
quando bem indicada, a exodontia dos caninos
representa uma alternativa viável na prática
ortodôntica, que atende os pré-requisitos estéticos e funcionais, com menor custo biológico
para o paciente. Objetivo: o presente trabalho
ilustra um caso clínico tratado com duas extrações de caninos permanentes, de localização
ectópica, possibilitando a substituição da fun-
ção do canino pelos primeiros pré-molares. Os
objetivos do tratamento consistiam na exodontia dos caninos superiores e seguindo com a
perda de ancoragem dos dentes posteriores,
assim seguindo com o alinhamento e nivelamento dos dentes incisivos apinhados, realizar
a mecânica de intrusão o primeiro molar superior direito, usarem alça de verticalização no
segundo molar inferior direito, finalização com
uso de elásticos intermaxilares para intercuspidação, ajuste oclusal e contenções. Métodos:
paciente do sexo feminino, com 27 anos de
idade. Apresentava terços faciais proporcionais, perfil inferior reto, ângulo nasolabial reto
e selamento labial passivo. O exame intrabucal
revelou uma má-oclusão em classe II do canino
e ectópicos, com recessão gengival acentuada.
Na análise cefalométrica, observou-se um padrão esquelético de classe II com um ANB de
4,34º e IMPA de 98,49º e suave retrusão mandibular. Com relação à posição dos incisivos nos
seus respectivos ossos basais, apresentavam
pequena inclinação vestibular, com discrepância cefalométrica de -12,52 mm. Na radiografia
panorâmica, verificou-se a presença de todos
os elementos dentários superiores e ausência
do terceiro molar inferior direito, e dos primeiros
molares inferiores direito e esquerdo e primeiro
pré-molar inferior direito. A inclinação dos incisivos justificava a extração de dois elementos
dentários e devido à severa recessão gengival que existia nos caninos, comprometendo
a estética, optou-se pelas extrações dos dois
caninos e mesialização dos dentes posteriores,
com os primeiros pré-molares assumindo a função dos caninos. Discussão e conclusão: pode-se observar que a má-oclusão foi corrigida.
Na análise cefalométrica, verifica-se uma face
equilibrada e harmoniosa, bom padrão esquelético no sentido anteroposterior, manutenção
do selamento labial passivo e um perfil muito
agradável. Com relação à posição dos incisivos
nos seus respectivos ossos basais, observam-se bem posicionados. As imagens intraorais
após o fim do tratamento demonstraram que a
extração de caninos ectópicos e a substituição
de sua função pelo os pré-molares pode ser
uma alternativa válida para tratamento ortodôntico, devolvendo ao paciente a sua autoestima.
262 – Tratamento da má-oclusão de classe II
esquelética precoce
Fabricia da Silva Felipe; Juliana Alves Helou;
Ana Paula Aguiar; Marcus Vinícius Crepaldi;
Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Carolina
Mattar da Cruz (Faipe)
101
A má-oclusão da classe II esquelética pode estar relacionada a dois fatores: protusão mandibular, retrusão mandibular, ou a associação
dos dois fatores, embora na maioria dos casos
haja prevalência da retrusão mandibular. O tratamento precoce desta má-oclusão se torna
vantajoso por proporcionar efeitos ortopédicos,
redirecionando o crescimento maxilar e permitindo o desenvolvimento da mandíbula a fim de
corrigir a discrepância entre as bases apicais.
Dentre os aparelhos ortopédicos com a finalidade de promover um avanço mandibular temos o
bionator. O bionator de Balters é uma aparelho
ortopédico funcional que visa a correção postural da mandíbula em relação à maxila, restabelecendo a harmonia das estruturas faciais, aos
dentes relacionados, para que o equilíbrio final
do aparelho mastigatório possa ser alcançado.
Paciente com nove anos de idade, compareceu
à clínica Faipe e, ao exame clínico facial, observou-se uma retrusão mandibular que posteriormente foi confirmada pela cefalometria SNB
71°, padrão dolicofacial suave, e perfil convexo.
Ao exame intraoral observou-se que a paciente apresentava classe II, primeira divisão, com
overjet de 9 mm e sobremordida acentuada. O
tratamento proposto foi a colocação do bionator
de Balters no período de 12 meses. Atualmente, a paciente encontra-se na segunda fase do
tratamento com aparelho fixo. Foi observada
uma melhora significativa na oclusão, no perfil
facial, e na função.
263 – Controle de quatro anos do
tratamento compensatório da classe II com
elásticos intermaxilares
Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Ana Carla
Souza Costa; Fausto Silva Bramante; Julio de
Araújo Gurgel; Letícia Gonçalves Machado;
Arnaldo Pinzan (Universidade Ceuma)
A má-oclusão de classe II está presente em uma
porcentagem significativa dos pacientes atendidos nas clínicas ortodônticas. O alto percentual
de procura para o tratamento, relaciona-se ao
grande desequilíbrio estético e funcional que
esta má-oclusão encontra-se relacionada. Os
protocolos de tratamento propostos relacionam-se às características pertinentes a má-oclusão, à idade, às implicações psicológicas do
paciente, às condições financeiras, aos riscos
de danos aos tecidos dentários e ao periodonto
de sustentação, à complexidade do tratamento,
à duração, à estabilidade, à colaboração e ao
grau de eficiência do tratamento. Para a má-oclusão de classe II com comprometimento
esquelético, retrognatismo mandibular, potencial de crescimento craniofacial reduzido e sem
uma quantidade significativa de apinhamento e/
ou protrusão no arco inferior, os protocolos de
tratamento normalmente se relacionam ao uso
de elásticos intermaxilares, propulsores mandibulares ou tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico. Paciente apresentou-se para tratamento ortodôntico aos 17 anos e cinco meses
de idade, queixando-se da protrusão dentária
no arco superior. A avaliação clínica e radiográfica do paciente demonstrou uma retrusão
mandibular acentuada com um perfil facial convexo. Foi proposto como primeira opção, o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico para
permitir a correção da oclusão e a melhora do
perfil facial, e como segunda opção, o uso de
propulsor mandibular fixo. Porém, por razões
econômicas, o paciente recusou estas opções
e optou pelo tratamento compensatório com
elásticos intermaxilares. Para correção da classe II, os diastemas inferiores foram corrigidos
por meio da mesialização dentária com molas
de níquel-titânio e uso de elásticos de classe II.
O tratamento foi concluído em 21 meses, observando-se a correção na relação dentária,
porém, sem melhora no perfil facial. O caso
foi acompanhado anualmente, durante quatro
anos, demonstrando boa estabilidade oclusal
do protocolo de tratamento utilizado.
264 – Tomografia computadorizada como
auxiliar de diagnóstico no tratamento
ortodôntico
Aryadne Cipreste Mascarelo; Aryadne Cipreste
Mascarelo; Ana Kátia Altoé; Welinton Lemos
Rumão; Nelson Faé Junior; Heloísa Cristina
Valdrighi (Fundação Hermínio Ometto –
Uniararas)
A tomografia computadorizada (TC) utiliza a
radiação X para a obtenção de imagem nos
três planos do espaço (frontal, axial e sagital),
diferente das radiografias convencionais, que
projetam em um só plano todas as estruturas
atravessadas pelo raio X. A TC oferece melhor
delineamento das estruturas ósseas da base
do crânio e esqueleto facial, além de permitir enxergar todas as estruturas em camadas,
sendo assim, um método de diagnóstico muito
importante nos casos de lesões neoplásicas e
traumáticas. O objetivo deste trabalho foi mostrar a eficácia da TC no diagnóstico de imagem
radiolúcida adjacente ao dente 21, ocasionada
por uma variação anatômica do forâmen incisivo, que é a abertura do canal nasopalatino no
teto da cavidade oral. Variações anatômicas na
maxila não são comuns, mas geralmente estão
associados a cistos localizados neste canal.
102
265 – Pequenos movimentos e grandes
soluções na interceptação
Eliziane Cossetin Vasconcelos; Luciana
Caldas; Walter Noronha; Eliziane Cossetin
Vasconcelos (UFS)
As mordidas cruzadas são alterações que devem ser tratadas precocemente, assim que
diagnosticadas, pois trazem consequências
graves para o desenvolvimento dentofacial.
Não se autocorrigem e tendem a agravar-se
com o crescimento, dificultando e piorando o
prognóstico do tratamento. A correção da mordida cruzada dentária na dentição decídua/
mista é recomentada porque elimina os desvios
funcionais, o desgaste nos dentes permanentes já erupcionados e a possível assimetria
dentoalveolar. Através da correção, pode haver
um aumento do perímetro do arco promovendo
mais espaço para os dentes permanentes. Este
caso relata a correção de uma mordida cruzada
posterior em grupo e anterior do dente 62, realizado pelos alunos de graduação da UFS. A
paciente leucoderma, apresentava quatro anos
de idade, comportamento colaborador e bastante motivada, possibilitando a instituição do
tratamento de forma precoce. A análise facial
mostrou proporcionalidade entre os terços da
face e entre as bases apicais, com perfil reto e
uma leve assimetria frontal insinuando o desvio
mandibular. O diagnóstico foi realizado através
do exame clínico, observando-se, os arcos tipo I
de Baume e molares com degrau mesial, desvio
da linha média inferior para o lado da mordida
cruzada, com correção em relação cêntrica, inclinação do longo eixo dos dentes superiores do
lado esquerdo para face palatina e interferência oclusal nos dentes 63 e 73, classificando-se
como mordida cruzada posterior e anterior dentárias, com desvio funcional para o lado esquerdo. O tratamento foi realizado em duas etapas,
primeiro corrigiu-se a mordida cruzada posterior
e depois a anterior. Para a correção transversal
optou-se pela expansão da maxila com um aparelho quadrihélice. A correção foi possível em
dois meses, sem a necessidade de reativação.
O aparelho foi mantido por mais um mês passivo. Em um segundo momento, uma placa de
Hawley com um leve batente posterior e com
uma mola digital pressionando a face palatina
do elemento 62 foi instalada. A movimentação e
correção ocorreram em 40 dias, com duas ativações da mola. Após o descruzamento anterior,
a mola foi seccionada e o espaço preenchido
com resina acrílica. A mesma placa foi utilizada
por mais um mês possibilitando a erupção completa do 62 que, embora estivesse descruzado,
permaneceu em infraoclusão. Após este perío-
do, o dente 62 atingiu o plano oclusal estabilizando a movimentação e dispensando o uso da
contenção. No acompanhamento observam-se
condições favoráveis para o desenvolvimento
de uma oclusão satisfatória na dentição permanente. Considerando as implicações clínicas
relacionadas com a mordida cruzada e o agravamento de sua complexidade quando não resolvida precocemente, destacamos a importância de medidas simples que utilizam pequenas
movimentações, à baixo custo, e que têm uma
resolutividade alta, solucionando problemas os
quais poderiam ser classificados com prognóstico desfavorável e com tratamento ortocirúrgico,
caso não fossem interceptados.
266 – Retratamento ortodôntico em dentes
com reabsorção radicular, uma realidade
clínica
Kleist Christian Costa LIma; Perla Dalei Barros
Madeira; Júlio de Araújo Gurgel; Fausto Silva
Bramante; Célia Regina Maia Pinzan Vercelino
(Universidade Ceuma)
Os pacientes que apresentam reabsorções radiculares severas, por vezes encontram restrições
para a realização de tratamento ortodônticos.
Como uma das principais causas de reabsorção
radicular é o uso de forças para movimentação
dentária, muitos profissionais condenam o uso
do aparelho ortodôntico. Contudo, a observação
de princípios biomecânicos e cuidados adicionais tem tornado possível a realização de correções de más-oclusões nestes pacientes. A descrição deste caso clínico alerta para os aspectos
que devem ser observados para o retratamento
de casos com reabsorção radicular prévia.
267 – Reabilitação protética precoce
utilizando mini-implantes ortodônticos em
criança com hipodontia
Nathália Viegas de Oliveira; Paula
Onofri; Esdras França; Henrique Pretti;
Leniana Santos Neves; Flávia Bartolomeo
(Universidade Federal de Minas Gerais)
Hipodontia é a anomalia de desenvolvimento
dental mais comum na dentição humana e, quando
presente na região anterior, causam problemas
estéticos e fonéticos indesejáveis, exigindo
procedimentos terapêuticos em uma tentativa
de interceptá-los em um momento conveniente.
O uso de mini-implantes ortodônticos mostra-se
como uma alternativa promissora, especialmente
pela sua reabilitação protética imediata. Neste
relato de caso é apresentado um paciente
do sexo masculino, sete anos de idade, com
agenesia de vários elementos dentários, que foi
103
submetido à instalação de dois mini-implantes.
Os implantes foram inseridos no rebordo alveolar
anterior da mandíbula, seguida pela colocação
imediata e estabilização das coroas. O uso de
mini-implantes ortodônticos para ancoragem de
próteses dos incisivos mostrou-se uma alternativa
eficaz para atingir as metas de tratamento que
forneçam contatos fisiológicos e impeçam o
desenvolvimento da atividade parafuncional. Seu
sucesso também depende da estética e melhoria
da qualidade de vida alcançada. Esta alternativa
de tratamento consiste em uma técnica adequada
nos casos de reabilitação protética de pacientes
em crescimento.
trusivo de molares e na tentativa de intrusão
dentária posterior. Deve ser confeccionada com
fio aço 0,8 encaixada nos tubos linguais soldados às bandas. A mesma deve ficar afastada do
palato de 0,5 mm a 1 cm e, após um período
médio de 15 a 30 dias, verificar a efetividade da
mesma através da marca na língua (que deve
fazer pressão no sentido superior). Após isto,
confecciona-se um botão de acrílico com objetivo de promover uma maior área de contato
sem ferir a língua. Sempre que diagnosticada a
projeção lingual, através do método de Fletcher,
esporões colados Nogueira são indicados também na fase de montagem do aparelho.
268 – Tratamento da classe II com incisivos
centrais inferiores fusionados
Monique Santos Diniz; Carolina Nazif Rasul;
Dino Lopes de Almeida; Juliana Volpato Curi
Paccini; Andréia Regina Boff Lemos; Fabrício
Pinelli Valarelli (Soep/Facsete, RO – Sistema
Odontológico de Ensino e Pesquisa)
270 – Alinhadores ortodônticos: protocolo
de instalação
Carolina Manhães de O. Muniz; Vitor Cilento
Waruar; Elisiene Rodrigues Teixeira; Catarina
Guerra Pouzada; Gerusa Massena Pires
Dercy; Rodrigo Sant' Ana Nunes (Odonto Sant
Ana Consultoria e Ensino)
A má-oclusão de classe II é de alto índice em pacientes adultos e apresenta diversos protocolos
de tratamento, para este caso específico, foi utilizado um protocolo com extração de dois pré-molares superiores e dos incisivos centrais inferiores
fusionados. Paciente apresentava má-oclusão
de meia classe II, subdivisão direita, presença de
apinhamento superior e incisivos centrais inferiores fusionados. Realizou-se a retração inicial dos
caninos, alinhamento e nivelamento e intercuspidação. A escolha do protocolo para a correção do
trespasse horizontal proporcionou boa estabilidade oclusal e funcional ao final do tratamento ortodôntico, com ótimo alinhamento e nivelamento
dos dentes. Não houve alterações significativas
em relação ao perfil facial e a paciente ficou satisfeita com a estética do sorriso. Conclui-se que
esta mecânica mostrou ser efetiva, proporcionando resultados satisfatórios sem comprometer
o perfil da paciente.
Os alinhadores ortodônticos podem ser planejados de forma segura e detalhada através de
exames 3D, como a tomografia computadorizada cone-beam e escaneamento de modelos.
Desta forma, o caso pode ser simulado virtualmente do inicio ao fim. Através da reconstrução
3D dos modelos e prototipagem em resina é
possível confeccionar a sequência de alinhadores de forma precisa. E o protocolo de instalação seguido detalhadamente conforme o planejado através da confecção de striping e botões
em resina.
269 – Barra transpalatina baixa no
tratamento vertical
Flavia Rosa; Marcio Tardin; Paulo Filgueiras;
Claudia Ignes; Sarah Poubel de Moraes; Victor
Borges Barbirato (Odonto Sant’Ana Consultoria
e Ensino)
O tratamento compensatório adulto da má-oclusão de mordida aberta deve-se iniciar através
da interceptação mecânica em sua etiologia,
que neste caso são dois fatores determinantes:
componente vertical de crescimento e projeção
lingual. A barra transpalatina baixa, segundo
Burstone, é indicada para eliminar o efeito ex-
271 – Tomografia cone-beam em Ortodontia
Andreia Regina Trindade de Mendonça; João
Moraes; Neliane Ferreira de Oliveira; Flavia
Rosa; Waldir Pereira de Feitas Junior; Rodrigo
Sant' Ana Nunes (Odonto Sant'Ana Consultoria
e Ensino)
Com o advento da tomografia computadorizada
de feixe cônico em Odontologia, o diagnóstico
em situações básicas na rotina da clínica ortodôntica ficou muito mais seguro e o planejamento do caso, assim como o prognóstico, muito
mais previsível e real. As imagens geradas nos
permitem fazer mensurações precisas e avaliar
toda estrutura, e relação anatômica. Dentre as
indicações básicas estão: diagnóstico de dentes
inclusos, dentes extranumerários, reabsorções
radiculares, avaliação de cortical alveolar, avaliação de disjunção palatina. E ainda diagnósticos baseados em cefalometria 3D e reconstruções prototipadas.
104
272 – Intervenção ortodôntica em criança
com síndrome de Williams
Henrique Campos Eto; Davidson Frois; Esdras
França; Alexandre Fortes Drummond; Henrique
Pretti; Leniana Santos Neves (UFMG)
A síndrome de Williams (SW) é uma alteração
genética autossômica dominante no cromossomo sete, no qual há uma deleção de aproximadamente 26 a 28 genes, advindo desta característica a nomeação de “síndrome dos genes
contíguos”, onde há mudanças em genes não
relacionados, mas localizados próximos, consequência disto, um fenótipo bem particular.
Acomete de 1:10.000 a 1:25.000 pessoas no
mundo, não havendo predileção por sexo ou
raça. Como principais alterações sistêmicas,
destacam-se a dificuldade de se alimentar no
primeiro ano de vida, alterações cardíacas,
renais, perda de equilíbrio, atraso psicomotor,
padrão de comportamento particular (hipersociável, comunicativo, loquaz, grande ansiedade),
sensibilidade musical, boa memória, controle do
esfincter alterado, anormalidades geniturinárias
e baixo timbre de voz. Entre as alterações faciais e bucais pode-se citar nariz pequeno e empinado, cabelo encaracolado, lábios volumosos,
dentes pequenos e espaçados, queixo pequeno
e de sorriso fácil. Como meio de identificação
tem-se a análise citogenética e a hibridação
fluorescente in situ (Fish), esta mais eficiente. O prognóstico da síndrome de Williams se
mostra satisfatório, uma vez que diagnosticado
em tempo hábil, realizando tratamento correto
e multidisciplinar. O presente trabalho objetiva
descrever um caso clínico, enfocando a elaboração do planejamento ortodôntico em um paciente portador da síndrome de Williams, além
do acompanhamento para tratamentos ortodônticos e cirúrgicos posteriores, objetivando a
melhora funcional e estética bucofacial do paciente. São descritas características sistêmicas
da síndrome de Williams associadas ao meio
odontológico, traçando um tratamento que vise
um prognóstico adequado.
273 – Tracionamento de canino
Victor Columbano Fantacci Costa; Julliana
Barbosa Garcia; Marcus Vinicius Crepaldi;
Bruna Lorena dos Santos Oliveira; Ana Paula
de Aguiar; Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
O processo de erupção dental e o movimento
do dente à posição funcional final na cavidade
oral dependem de uma série de eventos. Por
razões multifatoriais, quando chegada a época
de erupção, o dente pode ficar recluso parcial
ou totalmente no interior do osso, com manu-
tenção ou não da integridade do saco pericoronário, caracterizando-se como dente retido/
incluso (dente intraósseo ou submucoso), ou
impactado (dente obstruído por algum objeto).
Como fatores gerais, a literatura aponta como
principais causas de retenção de caninos os fatores hereditários e as causas locais sendo as
mais determinantes para a impacção. Estudos
têm revelado que os caninos apresentam alta
frequência de impacção, ou de deslocamento,
sendo a ocorrência da maioria dos casos no
sexo feminino, e em descendentes europeus. A
prevalência de retenção ocorre nas seguintes
condições: de 0,9% a 2,5% com maior frequência unilateral; de 75% a 95% dos casos no
sexo feminino – duas a três vezes mais que no
sexo masculino; de 60 a 80% dos casos estão
localizados por palatino. A impacção de caninos é dez vezes maior na maxila do que na
mandíbula, sendo o lado esquerdo da arcada o
mais afetado. Este trabalho teve o objetivo de
relatar o caso clínico de paciente sexo masculino, melanoderma, com 38 anos e oito meses
de idade, que procurou a Faculdade do IPE
(Faipe) para a realização de um tratamento ortodôntico onde a queixa principal era a impacção do dente 23 (canino superior esquerdo).
274 – Tratamento da biprotrusão
dentoalveolar com extrações de primeiros
molares
Milena Nascimento; Mayara Paim Patel;
Rogério Almeida Penhavel; Otávio Vieira
Marcondes; Adriano Garcia Bandeca;
Cristina Almeida Paschotto Pezzo Marin
(Icos – Instituto Catarinense de Odontologia
e Saúde)
A biprotrusão dentoalveolar é caracterizada
pelo posicionamento mais anterior dos dentes,
ocasionando em muitos pacientes, queixas em
relação ao perfil facial, pois a inclinação axial
exagerada dos incisivos, além de originar um
perfil acentuadamente convexo, também provoca alterações funcionais, como dificuldade
de selamento labial e alterações na tonicidade
muscular perioral. Pacientes com queixas estéticas provocadas pela acentuada posição anterior dos dentes, e que ainda possuem apinhamentos a serem corrigidos, possivelmente terão
em seu plano de tratamento a indicação de extrações. Tradicionalmente os pré-molares são
os dentes de escolha para a extração, devido
ao seu posicionamento na arcada dentária, tamanho e por proporcionar fase de retração mais
curta; entretanto, quando estes dentes apresentam-se hígidos e há outros elementos dentários
com condições que possam comprometer a sua
105
longevidade (cáries extensas, tratamentos endodônticos, grandes restaurações etc.), a extração será melhor indicada para estes dentes.
A decisão pela extração de molares trará como
benefícios a menor visibilidade do espaço edêntulo, o favorecimento da erupção dos terceiros
molares após a exodontia em muitos casos a
menor necessidade de controle de ancoragem.
O presente trabalho tem o propósito de apresentar a correção da biprotrusão dentoalveolar
associada ao apinhamento dentário por meio
da extração conjunta dos primeiros molares
(16 e 46) e primeiro pré-molar inferior esquerdo (34), em paciente com o 26 já ausente ao
início do tratamento. Ao término do tratamento,
observou-se a correção da má-oclusão com excelente resultado estético e funcional. Houve
correção dos arcos superior e inferior com bom
alinhamento e nivelamento dos dentes. A paciente ficou satisfeita com a estética do sorriso
e do perfil facial ao final do tratamento.
275 – Tracionamento de canino incluso
Milena Nascimento; Cristina Almeida Paschotto
Pezzo Marin; Kaio Grein; Fabricio Pinelli
Valarelli; Soraya Rolim Mouammar; Adriano
Garcia Bandeca (Icos – Instituto Catarinense
de Odontologia e Saúde)
A impactação dos caninos superiores permanentes é um assunto pertinente, pois observamos a este com grande frequência nos consultórios dentários devendo-se então, sempre prezar
pelo diagnóstico correto, precoce e de maneira
interceptativa sanar a problemática. A impactação dos caninos superiores permanentes ocorre
em média entre 0,92% e 2,2 % da população.
Apresentado bilateralmente em apenas 8% a
25% dos casos, acometendo mais pessoas do
sexo feminino. Este trabalho teve como objetivo
demonstrar o caso clínico do tracionamento de
canino incluso através do acesso cirúrgico e colagem de um acessório no elemento dental. O
tratamento de caninos impactados é complexo
e o diagnóstico precoce é crucial, o prognóstico do tratamento depende dos exames clínicos
e complementares diagnosticando a presença
ou não de anquilose, dilacerações radiculares
e sua posição.
276 – Como minimizar a complexidade
do tratamento associando mecânicas
ortodônticas ao mini-implante
Milena Nascimento; Danilo Pinelli Valarelli;
Rogério Almeida Penhavel; Soraya Rolim
Mouammar; Fabrício Pinelli Valarelli; Mayara
Paim Patel (Icos – Instituto Catarinense de
Odontologia e Saúde)
A ancoragem esquelética através do uso de
mini-implantes revolucionou os conceitos dos
tratamentos ortodônticos, permitindo movimentações de forma controlada, diminuindo efeitos
colaterais e tornando possível a realização de
diversos movimentos que antes pareciam praticamente impossíveis de serem realizados,
além da simplicidade cirúrgica na hora da instalação, baixo custo, praticidade, boa aceitação
por parte do paciente, tornando os tratamentos
mais eficientes e previsíveis. Esse trabalho tem
como objetivo mostrar que é possível o fechamento de espaços de primeiros molares perdidos precocemente através da mesialização dos
segundos e terceiros molares com ancoragem
esquelética com mini-implantes, possibilitando
uma movimentação sem efeitos colaterais. Os
resultados obtidos com essa mecânica foram
favoráveis e uma boa oclusão final foi obtida,
sem a ocorrência de efeitos indesejados.
277 – Tratamento compensatório da classe
III esquelética: prescrição biofuncional e
implantes protéticos
Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Fausto
Silva Bramante; Ligiane Aparecida Korzune
Maciel Gurgel; Fernanda Angelieri; Kleist
Christian Costa Lima; Júlio de Araújo Gurgel
(Unimar)
Introdução: a correção por compensação dentária da classe III esquelética necessita de uma
eficaz alteração nas inclinações dentárias em
ambos os arcos. Objetivo: descrever os resultados obtidos com o uso da prescrição biofuncional na correção da classe III e da retração
anteroinferior ancorada em implante protético.
Métodos: paciente do sexo masculino, 43 anos
de idade, procurou tratamento ortodôntico para
correção de má-oclusão de classe III esquelética com discrepância sagital de -7 mm. Por
restrições orçamentárias, o paciente recusou
o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico,
sendo aceita a proposta de tratamento compensatório. O aparelho fixo foi instalado (prescrição
biofuncional) e posteriormente foram inseridos
implantes na região edêntula posterior da mandíbula. Discussão e conclusão: ao final do tratamento observou-se a correção da mordida cruzada anterior, fechamento do diastema entre os
incisivos centrais superiores e discreta melhora
no perfil facial. Por meio das alterações dentárias obtidas, observou-se a compensação da
má-oclusão de classe III esquelética, por meio
da associação entre a prescrição biofuncional
e a ancoragem esquelética fornecida pelos implantes protéticos.
106
278 – Tratamento compensatório da
mordida aberta anterior: arco de Meaw e
mini-implantes
Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino; Fausto
Silva Bramante; Ligiane Aparecida Korzune
Maciel Gurgel; Fernanda Angelieri; Eliane
Cristina Carrera Eleres Vergani; Júlio de Araújo
Gurgel (Unimar)
Introdução: a mordida aberta anterior esquelética (MAA) apresenta discrepâncias ósseas que
limitam a correção dentária compensatória ou
que comprometem a estabilidade dos resultados obtidos. O arco de Meaw é uma proposta
de tratamento compensatório da MAA que tem
se mostrado eficaz e estável. Recentemente,
alguns relatos de casos clínicos tem mostrado
a associação de mini-implante com o arco de
Meaw. Objetivo: este painel relata o tratamento
de um caso clínico em que foram utilizados, em
associação, o arco de Meaw e mini-implantes.
Métodos: paciente do sexo feminino, 31 anos,
procurou tratamento ortodôntico para correção
da má-oclusão de mordida aberta esquelética.
Por restrições orçamentárias, a paciente recusou o tratamento combinado ortodôntico-cirúrgico, sendo, portanto, aceita a proposta de tratamento compensatório. O aparelho ortodôntico
fixo utilizado foi com prescrição Roth, ranhura
.022”. Para expansão dentoalveolar da maxila
foi utilizado o arco expansor de TMA, posteriormente foram instalados quatro mini-implantes
na maxila para favorecer a intrusão e os arcos
de Meaw para o fechamento da MAA. Discussão e conclusão: o tratamento foi concluído em
36 meses, observando-se a correção na relação
dentária e melhora no perfil facial. A combinação do arco de Meaw e mini-implante na maxila
permitiu o controle vertical do posicionamento
dos molares superiores.
279 – Extrações atípicas para correção de
severa discrepância de linha média
Patricia Garcia de Moura Grec; Roberto
Henrique da Costa Grec; Guilherme Janson;
Maria Fernanda Antônio Silva; Claudia Cristina
da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG –
Instituto Odontológico de Pós-graduação)
Casos atípicos que fogem da classificação convencional da má-oclusão podem dificultar o ortodontista quanto ao seu diagnóstico e planejamento. Ao se deparar com um paciente classe
II de um lado, e classe III do outro, pode tornar
confusa a definição de quais dentes extrair. O
correto diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico são essenciais para o sucesso do tratamento das más-oclusões, especialmente em
casos de discrepâncias de linha média que exigem extrações assimétricas para sua correção.
O objetivo do presente trabalho foi apresentar
um caso clínico de correção do desvio de linha
média por meio de tratamento ortodôntico com
extrações atípicas. Paciente do sexo feminino,
39 anos, apresentava má-oclusão de classe III
direita e de classe II esquerda, mostrando uma
severa discrepância das linhas médias, superior
e inferior. Planejou-se a extração do primeiro
molar inferior direito para correção da classe III
e a linha média inferior e extração do segundo
pré-molar superior esquerdo, a fim de corrigir a
classe II e a linha média superior. O tratamento ortodôntico foi concluído com sucesso, mostrando oclusão estável e resultados estéticos
satisfatórios. Conclui-se que alinhar as linhas
médias com plano sagital e entre si é fundamental para se obter um sorriso harmônico, e para
alcançar esse resultado, muitas vezes, é necessário incluir extrações atípicas e assimétricas no
plano de tratamento a partir de um diagnóstico
correto da má-oclusão.
280 – Interação entre Ortopedia funcional
dos maxilares (OFM) e Ortodontia para
tratamento das más-oclusões de classe II
por retrusão mandibular
Euflasio Girotto Junior; Milena Lourenço
Girotto
A Ortopedia funcional dos maxilares associada à Ortodontia fixa apresenta-se como uma
grande alternativa no tratamento das classes
II, primeira divisão, por retrusão mandibular,
principalmente nos casos de pacientes com
problemas funcionais e em fase de dentadura mista, onde aparelhos funcionais fixos são
de difícil aplicabilidade, devido à dificuldade de
ancoragem. O caso clínico expõe o sucesso da
terapia aplicada, com estabilidade de 18 anos
após a finalização.
281 – Verticalização e mesialização de
molares inferiores com auxílio de miniimplante
Nathalia Oliveira Rossetto; Danilo Pinelli
Valarelli; Rogerio Almeida Penhavel; Mayara
Paim Patel; Soraya Rolim Mouammar; Fabrício
Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru)
É muito comum na rotina do consultório odontológico o paciente questionar sobre a possibilidade de fechamento de espaços presentes,
ocasionados pela perda de dentes permanentes
e às vezes impossibilitados de fazer uma cirurgia de implante. O ortodontista deve avaliar diversos fatores, como a má-oclusão presente; a
107
integridade do osso e das raízes, que é o que
permite concluir se com o fechamento dos espaços a finalização estará de acordo com os
ideais que regem a Ortodontia. Para que isso
seja possível, o controle de ancoragem ortodôntica se torna essencial. Com o surgimento dos
mini-implantes, as possibilidades desta abordagem terapêutica aumentaram, pois o efeito adverso da perda de ancoragem pode ser eliminado e, com isso, o paciente pode ser beneficiado
com um eficiente método de ancoragem, livre
da necessidade de cooperação resultando em
diminuição do tempo de tratamento, além de
tornar os movimentos mais previsíveis e controlados. O objetivo deste trabalho foi apresentar
um caso clínico de verticalização e mesialização dos segundos molares com a utilização de
mini-implante diante da perda dos primeiros
molares permanentes. Ao término do tratamento, observou-se a correção da má-oclusão com
excelente resultado estético e funcional sem a
necessidade de fazer implantes protéticos, sem
mudanças no perfil do paciente e uma harmonia
facial. Paciente ficou satisfeito com o resultado
e foi bastante colaborador durante o tratamento.
Com o auxílio dos mini-implantes, foi possível
a mesialização de molares inferiores sem movimentação recíproca dos dentes anteriores,
proporcionando a correção ortodôntica sem a
necessidade de elementos protéticos.
282 – Mecânica expansionista na
compensação da má-oclusão de classe III
com mordida cruzada posterior e anterior
Rodrigo Hitoshi Higa; Rogério de Almeida
Penhavel; Fernanda Pinelli Henriques; José
Fernando Castanha Henriques (FOB-USP)
O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso
clínico de um paciente portador de má-oclusão
de classe III, com mordida cruzada posterior
e anterior, tratado com compensação dentária
através da mecânica expansionista. Paciente
adulto, com 35 anos, procurou o consultório ortodôntico com objetivo de melhorar sua oclusão
e a estética de seu sorriso. O paciente possuía
má-oclusão de classe III de caninos em ambos
os lados, com mordida cruzada posterior e anterior, desvio de linha média e segundos pré-molares superiores posicionados muito para palatino.
Não se incomodava com a estética facial e não
queria ser submetido a nenhum procedimento
cirúrgico invasivo. Um aparelho fixo estético de
cerâmica monocristalina foi instalado, primeiramente no arco superior e posteriormente no inferior. Os dentes 15 e 25 não foram incluídos no
arco prontamente. Foram utilizadas molas abertas para obtenção de espaço, e o nivelamento
foi evoluindo até que os dentes mal posicionados pudessem ser tracionados por meio de um
sobrefio 0,012” de níquel-titânio. Os arcos de
nivelamento finais foram utilizados mais abertos
no arco superior e mais fechados no arco inferior, para melhorar a relação interarcos. Elásticos foram utilizados para descruzar a mordida
na região anterior e posterior do lado direito. Os
resultados do tratamento apontaram relação de
caninos de classe I em ambos os lados, boa intercuspidação, overjet e overbite adequados e
correção da mordida cruzada posterior. O protocolo de contenção consistiu em uma placa termoplástica no arco superior e 3 x 3 inferior. O
tempo total de tratamento foi de dois anos e seis
meses. A estética facial não foi alterada, mas o
resultado oclusal foi significante, principalmente
considerando o aspecto inicial do paciente.
283 – Tratamento da mordida aberta
anterior: Ortodontia e Fonoaudiologia
somando forças
João Pedro de Campos Figueiredo; Marcus
Vinícius Crepaldi; Carolina Mattar; Ana Paula
de Aguiar; João Wagner Pascoto; Bruna
Lorena dos Santos Oliveira (Faipe)
A mordida aberta anterior pode ser definida
como um trespasse vertical negativo das bordas incisais dos dentes anteriores, superiores
e inferiores, podendo levar a problemas funcionais e estéticos. Vista como um dos maiores
desafios dos ortodontistas, a mordida aberta
ainda é muito discutida pelos especialistas por
sua origem multifatorial. Essa causa plural deve-se, sobretudo, a uma combinação de muitas
variáveis, congênitas ou adquiridas. A mordida
aberta anterior é mais frequentemente observada em pacientes em crescimento, o que pode
ser explicado pela maior prevalência de hábitos deletérios que geralmente interferem nas
funções de mastigar, deglutir, falar e respirar. A
morfologia da mordida aberta dentária é circular
e circunscrita somente à região anterior. Caracterizando-se por um impedimento no processo
ativo de irrupção dentária, provocando redução
no crescimento alveolar da região anterior da
maxila e da mandíbula. O trabalho da Fonoaudiologia visa, sobretudo, prevenir, habilitar ou
reabilitar as funções estomatognáticas. Sendo
assim, devemos sempre levar em consideração
a tão discutida relação forma X função. Paciente
compareceu à clínica Faipe, Cuiabá, apresentando uma mordida aberta anterior. Ao exame
clínico constatou-se interposição lingual atípica
durante a fala e em repouso, o tratamento inicial proposto foi a colocação de grade palatina e
aparelho fixo, no entanto, a paciente se recusou
108
a usar a grade, sugeriu-se então a colocação
do aparelho fixo com elásticos intermaxilares
e acompanhamento com fonoaudiólogo para
reeducação do posicionamento da língua e do
direcionamento de ar durante a articulação de
determinados fonemas. A Fonoaudiologia é,
realmente, uma grande aliada da Ortodontia,
sendo que ambas as partes tem como objetivo
principal o resultado que pode ser resumido em
um sistema estomatognático equilibrado, estável e uma face mais harmoniosa do ponto de
vista estético.
284 – Correção da má-oclusão de classe III
em paciente adulto
Marcos Fernando Bonadio; Roseane Aparecida
Bau Gomes; Fabricio Pinelli Valarelli; Rodrigo
Hermont Cançado; Karina Maria Salvatore de
Freitas (Uningá – Maringá/PR)
O objetivo desse trabalho foi apresentar
uma forma de tratamento da má-oclusão de
classe III esquelética em paciente adulto do
sexo feminino, com trespasse negativo nos
dentes anteriores e mordida cruzada posterior,
onde o perfil estava comprometido devido às
proporções faciais obedecerem a estruturas
ósseas. O perfil tegumentar apresentava-se de
uma forma côncava devido às bases ósseas
estarem mal relacionadas. O tratamento
iniciou-se com uma disjunção maxilar com
Hyrax e protração maxilar com máscara facial.
Após essa fase, que durou aproximadamente
seis meses, iniciou-se a mecânica ortodôntica
com aparelho fixo, optando-se por uso
de elásticos intermaxilares para correção
anteroposterior da discrepância existente.
Houve melhora significativa na relação entre
as bases ósseas, com melhora no perfil e uma
relação molar de classe I, onde a colaboração
da paciente foi excelente, proporcionando
resultados clínicos satisfatórios.
285 – Tratamento da mordida aberta anterior
em fase precoce
Maria Fernanda Antônio Silva; Nilton Neles de
Souza; Claudia Cristina da Silva; Mayara Paim
Patel; Arsenio Sales Peres; Fabrício Pinelli
Valarelli (IOPG)
A mordida aberta anterior faz parte das más-oclusões verticais, e seu protocolo de tratamento
durante a fase da dentadura mista, que consiste na utilização da grade palatina removível ou
fixa. Podemos defini-la como sendo a presença de um trespasse vertical negativo existente
entre as bordas incisais dos dentes anteriores
superiores e inferiores. Sua etiologia é multi-
fatorial. O prognóstico apresenta-se de bom a
deficiente, dependendo das condições apresentadas: gravidade, etiologia e fase em que se inicia o tratamento. Ela deve ser corrigida o mais
precocemente possível, proporcionando uma
terapêutica mais simples e um prognóstico mais
favorável. A grade palatina fixa é uma barreira
mecânica que impede a sucção do dedo ou da
chupeta, além de manter a língua numa posição
mais retruída, não permitindo sua interposição
entre os incisivos durante a deglutição e a fala.
Com a remoção do hábito ocorre a verticalização dos incisivos inferiores e extrusão dentária
e dentoalveolar fechando a mordida.
286 – Tratamento da mordida aberta anterior
associada com mordida cruzada bilateral
Maria Fernanda Antônio Silva; Carlos
Humberto Rodrigues Junior; Danilo Pinelli
Valarelli; Claudia Cristina da Silva; Roberto
Henrique da Costa Grec; Fabrício Pinelli
Valarelli (IOPG)
No presente trabalho apresenta-se o caso clínico de paciente com problemas de más-oclusões dentárias nos sentidos transversal (mordida cruzada posterior) e vertical (mordida aberta
anterior). Paciente apresentou-se com queixa
de más posições dentárias e mordida muito
aberta, que dificultava sua dicção e consequentemente sua deglutição. O plano de tratamento
foi traçado seguindo os parâmetros, com utilização de um aparelho expansor do tipo Hyrax
para correção do problema transversal e, como
o paciente apresentou ausência do elemento 36, foi solicitado exodontias dos primeiros
molares superiores e o primeiro molar inferior
do lado direito, sendo os superiores responsáveis por auxiliar na correção dos apinhamentos
dentários da maxila. Após a correção da mordida cruzada, foi removido o Hyrax e instalado
aparelho fixo, onde se iniciou a fase de alinhamento e nivelamento de ambos os arcos. Esporões foram instalados na região dos incisivos
superiores para impedir a interposição lingual,
que poderia dificultar o fechamento da mordida aberta anterior. Ao final do alinhamento e
nivelamento, iniciou-se a retração do segmento anterior com objetivo de alcançar a classe I
de Angle. Os espaços foram fechados com sucesso, e os problemas oclusais iniciais foram
corrigidos seguindo a técnica planejada. Sendo
assim, o paciente que ainda não finalizou totalmente seu caso, necessitará de ajustes básicos
até a remoção do aparelho e o mesmo deve ser
instruído quanto às visitas regulares ao dentista
para manutenção de sua nova oclusão, evitando assim que possa ocorrer recidivas.
109
287 – Tratamento da mordida aberta anterior
associada à atresia maxilar em paciente
adulto
Maria Fernanda Antônio Silva; Lilian Negreiros
Fransozo; Guilherme Janson; Arsenio Sales
Peres; Roberto Henrique da Costa Grec;
Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG)
movida a correção da mordida profunda e do
sorriso gengival, resultando na melhora da estética do sorriso. Frente a isso, é possível concluir
que a associação de mecânicas ortodônticas
incluindo intrusões e extrusões dentárias são
eficientes na correção da mordida profunda e
melhora da estética do sorriso.
O objetivo deste trabalho foi descrever um caso
clínico de mordida aberta anterior associada à
atresia maxilar em paciente adulto. Na análise
facial, verificou-se terço inferior aumentado, exposição excessiva dos dentes anterossuperiores, perfil reto e ausência de selamento labial.
Na análise intrabucal, a paciente apresentava
três quartos de classe II, subdivisão direita.
Após a paciente não optar pela opção cirúrgica
oferecida, o tratamento realizado correspondeu
à expansão rápida de maxila utilizando-se o
disjuntor Hyrax, seguido do tratamento ortodôntico corretivo, o qual foi associado a elásticos
intermaxilares para correção da classe II e da
mordida aberta anterior. Em virtude da satisfatória cooperação do paciente, ao final do tratamento, obteve-se um fechamento adequado da
mordida aberta anterior e correção da classe II,
o que proporcionou um sorriso harmonioso e
satisfação da paciente.
289 – Fechamento de espaços com
mini-implantes: minimizando os efeitos
indesejáveis no perfil facial
Maria Fernanda Antônio Silva; Rocio Belen
Acosta Nuñes; Bruno Nicoliello Moreira;
Roberto Henrique da Costa Grec; Claudia
Cristina da Silva; Fabrício Pinelli Valarelli
(IOPG)
288 – Associação de mecanismos
ortodônticos com finalidade de melhorar a
estética do sorriso
Maria Fernanda Antônio Silva; Gerson
Aparecido Foratori Junior; Fabrício Pinelli
Valarelli; José Fernando Castanha Henriques;
Roberto Henrique da Costa Grec; Mayara Paim
Patel (IOPG)
A sobremordida exagerada é um tipo de má-oclusão vertical que apresenta etiologia multifatorial e necessita de um diagnóstico diferencial
elaborado e específico. Essa má-oclusão pode
ser corrigida através da intrusão dos dentes anteriores, extrusão dos dentes posteriores ou a
combinação de ambos. Em pacientes com mordida profunda associada com sorriso gengival,
a intrusão dos dentes anteriores é uma alternativa para compensação do problema esquelético, pois pode levar à melhora da estética do
sorriso. O objetivo deste caso clínico foi relatar
o tratamento de paciente do sexo feminino, 27
anos de idade, com má-oclusão de classe II,
segunda divisão de Angle, mordida profunda e
sorriso gengival. Através da utilização de mini-implantes ortodônticos, os quais permitem uma
ancoragem no tecido esquelético, os incisivos
centrais foram intruídos e, somado ao uso de
arcos com curva reversa e acentuada, foi pro-
O tratamento da classe II pode variar de
acordo com as características dentárias,
esqueléticas e faciais do paciente. Dependendo
da severidade da má-oclusão, desvio da
linha média superior e/ou inferior, do grau de
apinhamento e protrusão desfavorável do tecido
mole, as extrações dentárias são uma opção de
tratamento para a correção dessa má-oclusão.
O objetivo deste trabalho foi apresentar um
caso clínico em que o paciente apresentava um
perfil facial desfavorável para um tratamento
com extrações dentárias e fechamento dos
espaços com mecânica convencional e,
portanto, foi utilizada uma mecânica com miniimplantes. O caso clínico apresentado mostrou
uma excelente relação oclusal ao término do
tratamento, com menor impacto no perfil facial
do paciente devido à mesialização dos dentes
posteriores apoiado nos mini-implantes.
290 – Plano inclinado fixo
Fatima Roneiva Alves Fonseca; Maria Carolina
Bandeira Macena; Leokádia Monise Dantas de
Queiroga; Elizandra Silva da Penha; Renata
Andrea Salvitti de Sá Rocha (Universidade
Federal de Campina Grande – UFCG)
Segundo Proffit (2008), as mordidas cruzadas de
origem dentária se caracterizam pelo deslocamento apenas dos dentes. Apesar de não apresentar
uma repercussão esquelética se faz necessário o
tratamento desta má-oclusão ainda na dentição
mista, para que esse problema não provoque uma
alteração no crescimento dos maxilares, resultando assim em uma desarmonia tanto de ordem
dentária, quanto esquelética. O presente trabalho
teve como objetivo relatar o caso clínico de um paciente infantil diagnosticado com mordida cruzada
anterior, cujo diagnóstico diferencial e intervenção
precoce permitiram a correção do caso, utilizando
plano inclinado fixo
110
291 – Verticalização dos molares inferiores
previamente à inserção de implantes
dentários
Augusto César Rodrigues de Souza; Silvia
Amélia Lorenzetti Stoppa; Claudia Cristina da
Silva; Maria Fernanda Antônio Silva; Bruno
Nicoliello Moreira; Fabrício Pinelli Valarelli
(IOPG/Facsete – Bauru)
A perda dos primeiros molares inferiores resulta em angulação dos segundos molares, assim
como a mesialização dos mesmos quando não se
utiliza dispositivos ortodônticos para evitar a movimentação. Isso dificulta a reabilitação com implante e prótese do espaço, sendo necessário posicionar os segundos molares corretamente antes
de iniciar o tratamento reabilitador. Sendo assim, a
verticalização dos segundos molares antes de realizar os implantes dentários para reabilitação dos
dentes ausentes, se faz necessária. O objetivo do
caso foi verticalizar os molares inferiores com a
finalidade de proporcionar espaço suficiente para
reabilitação com implantes dentários. A paciente
buscou tratamento reabilitador com implantes dos
primeiros molares inferiores, apresentava selamento labial passivo e face ligeiramente convexa.
Na fase de alinhamento e nivelamento foi colocado
mola NiTi aberta para regularizar os espaços dos
primeiros molares. Após nove meses de tratamento os espaços foram definidos para reabilitação e
após 12 meses os implantes foram concluídos
com as coroas. Após a finalização e a remoção
do aparelho, pôde-se observar a confecção das
coroas sobre implantes na posição correta e não
houve alteração facial. O resultado demonstrou a
correção do posicionamento tridimensional dos
molares inferiores, devolvendo os espaços necessários para realização dos implantes dentários e
confecção das coroas metalocerâmicas de forma
proporcional e com saúde periodontal. De acordo
com este caso clínico, conclui-se que a verticalização prévia dos molares inferiores proporcionam o
correto tratamento reabilitador através de implantes dentários.
292 – Estabilidade do fechamento de
espaço da agenesia de incisivos laterais
superiores
Laura Hypollito Nocoletti; Mayara Paim Patel;
Roberto Henrique da Costa Grec; Danilo Pinelli
Valarelli; Ana Eliza Akashi; Fabricio Pinelli
Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru)
Agenesia dentária é definida como a ausência de
um ou mais dentes e ausência dos germes dos
permanentes, ocasionando ao paciente um efeito estético indesejado. O principal fator etiológico
desta anomalia é a genética, por uma falha na
proliferação da lâmina dura dental. Afeta principalmente a dentição permanente, sendo as mulheres
mais afetadas que os homens na proporção de 3:2.
O objetivo deste trabalho foi mostrar a estabilidade
de um caso clínico de uma paciente com agenesia
dos incisivos laterais superiores, realizado com o
fechamento dos espaços por meio de ancoragem
absoluta em mini-implantes, e finalizado com a
estética dos dentes anterossuperiores com resina
composta. Ao término do tratamento, observou-se
que a mecânica utilizada promoveu a correção da
má-oclusão da paciente com fechamento dos espaços sem necessidade de reabilitação com implante, menor custo e satisfação da paciente. Após
quatro anos do término do tratamento, observou-se
que os resultados obtidos mantiveram-se estáveis,
sem abertura de espaços com uma oclusão satisfatória e face harmônica.
293 – Alternativa de tratamento da
má-oclusão de classe II sem extrações
dentárias
Laura Hypollito Nocoletti; Tânia Mara Garcia
Daré; Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina
da Silva: Mayara Paim Patel; Fabrício Pinelli
Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru)
Os casos de assimetrias dentoalveolares representam um desafio na prática ortodôntica.
Os tratamentos mais comuns são extrações
dentárias assimétricas, realização de desgastes interproximais e uso de elásticos de classe
II. Outra maneira, é realizar a distalização dos
molares superiores que, se associado a mini-implantes, aumenta as possibilidades de se
conseguir uma distalização eficiente com maior
controle dos efeitos colaterais. O objetivo deste trabalho foi apresentar a correção de uma
má-oclusão de classe II unilateral tratada com
distalização dos molares superiores, com uso
de ancoragem em mini-implantes. O tratamento durou dois anos e cinco meses, e mostrou
que o uso da mecânica de distalização com
ancoragem esquelética foi uma alternativa de
tratamento da má-oclusão de classe II, no caso
em que não foi possível realizar extração dentária com resultados oclusais satisfatórios sem
impacto no perfil facial da paciente.
294 – Camuflagem ortodôntica no
tratamento de um paciente com classe II
esquelética
Laura Hypollito Nocoletti; Gabrieli Bragatto;
Danilo Pinelli Valarelli; Claudia Cristina da
Silva; Roberto Henrique da Costa Grec;
Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete –
Bauru)
111
A má-oclusão de classe II esquelética em um
paciente adulto é tratada por meio de cirurgia
ortognática, a fim de obter uma harmonia entre
as bases ósseas. Porém, devido a vários fatores, o paciente pode não aceitar esse protocolo de tratamento. Nesses casos, outra opção
seria uma camuflagem ortodôntica com uso de
mecânicas compensatórias. O objetivo deste
trabalho foi apresentar um caso clínico de um
paciente com perfil convexo, classe II dentária
subdivisão direita, que foi corrigido com uso de
elástico unilateral. O tratamento conservador
da má-oclusão de classe II com o uso de elásticos proporcionou excelentes resultados estéticos e funcionais com menor impacto no perfil
facial do paciente.
295 – A importância do planejamento 3D em
pacientes assimétricos
Viviane Ferreira Ramos; Emily Abreu
Guimarães; Michelle Alonso Coutinho; José
Eduardo dos Santos; Leonardo Augustus Peral
Ferreira Pinto (Faculdade de Odontologia –
São Leopoldo Mandic)
Introdução: a cirurgia ortognática se consolida
cada vez mais como procedimento seguro e
de resultados previsíveis. Valendo-se da integração entre planejamento inicial e um preparo
ortodôntico prévio e preciso. Com osteotomias
programadas e técnicas de cirurgia cosmética, a cirurgia ortognática caracteriza-se como
procedimento de correção estética e funcional,
proporcionando ao paciente uma oclusão normal e, principalmente uma harmonia facial. A
fusão de imagens associada à tomografia computadorizada (TC), tomografia computadorizada
cone-beam (TCCB), ressonância magnética e
digitalização da imagem favorecem a geração
de documentação 3D do paciente. Com o objetivo de alcançar o padrão-ouro nos planejamentos virtuais, o planejamento 3D tem uma
indicação muito precisa para os casos de assimetrias faciais. Relato de caso: paciente de
26 anos de idade, apresentando laterognatismo
mandibular, mordida cruzada posterior, deficiência anteroposterior de maxila, mordida aberta
posterior, padrão esquelético classe III de Angle
e excesso vertical do terço inferior. Após avaliação clinica e diagnóstico realizado, optou-se
em realizar um planejamento 3D. Segundo Moreira, a evolução dos conceitos envolvidos no
diagnóstico e plano de tratamento em cirurgia
ortognática tem sido imensurável. Dentre eles,
destaca-se o planejamento cirúrgico digital, o
qual proporciona maior previsibilidade e padronização de toda sequência clínica, além de ser
um método extremamente preciso. Conclusão:
com o planejamento digital é possível maximizar a quantidade de informação que pode ser
obtida antes do procedimento cirúrgico, a fim de
prever e precisar os resultados pós-operatórios,
e com isso minimizar o trauma cirúrgico e os potenciais riscos e complicações para o paciente.
296 – Tratamento multidisciplinar visando a
excelência
Viviane Ferreira Ramos; Leonardo Augustus
Peral Ferreira Pinto; Leandro Lofgren Lázaro;
Viviane Ferreira Ramos (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
O tratamento restaurador funcional visa não somente a reparação dos dentes para proporcionar
uma mastigação mais eficiente, mas também
alcançar uma qualidade estética próxima a excelência. Atualmente, os pacientes já chegam
com uma ideia bem definida do resultado estético que vislumbram ao final do tratamento. No
campo da Odontologia interdisciplinar, o planejamento do tratamento inicia-se com objetivos
funcionais, biológicos e estéticos bem definidos. O presente painel evidencia a importância
do prévio planejamento ortodôntico, cirúrgico e
reabilitador final, buscando resultados excelentes. Relato de caso: paciente com 36 anos de
idade, sexo masculino, exibindo classe I com
mordida aberta anterior. Tratava-se de um retratamento ortodôntico, queixa principal: sorriso gengival e dentes pequenos. O plano de
tratamento interdisciplinar teve como principal
objetivo preparar o paciente para a cirurgia ortognática, onde foi realizada uma segmentação
da maxila, para resolução definitiva da mordida
aberta anterior. Posteriormente, um tratamento
reabilitador protético mais conservador e minimamente invasivo foi realizado. Conforme sequência descrita abaixo. Conclusão: segundo
Spear, quando se almeja uma reabilitação estética de um paciente ortocirúrgico, o ortodontista e o cirurgião devem ter uma abordagem
diagnóstica lógica, que resulte em um plano de
tratamento adequado. Nos dias atuais, os conceitos utilizados para desenvolver um plano de
tratamento para reabilitações estéticas requerem conhecimento avançado de mais de uma
especialidade em Odontologia.
297 – Uso do distrator palatal em paciente
com amelogênese imperfeita e atresia
maxilar
Viviane Ferreira Ramos; Leonardo Augustus
Peral Ferreira Pinto; Emily Abreu Guimarães;
Anamaria Felicari Salgado de Freitas Juncal;
Viviane Ferreira Ramos (Faculdade de
Odontologia – São Leopoldo Mandic)
112
A amelogênese imperfeita é uma alteração de
caráter hereditário que afeta o esmalte dentário
de dentes permanentes e decíduos. A origem
genética da anomalia pode ser resultado de defeitos nas proteínas da matriz do esmalte. Pode
provocar, como consequência, sensibilidade
dentária, perda de dimensão vertical e comprometimento grave a nível estético. Conforme o
grau de severidade de afetação do esmalte, são
vários os protocolos de tratamento. Já a atresia
transversal da maxila é um problema muito comum. Os pacientes apresentam características
como mordida cruzada posterior, palato em forma ogival, apinhamentos dentários e corredor
bucal excessivo. Na fase adulta, o tratamento
para esta deformidade é a ERMCA. Para esta
expansão podem ser utilizados disjuntores de
ancoragem dentária e distratores de ancoragem
óssea. Os disjuntores com ancoragem dentária
podem apresentar várias complicações durante
a expansão óssea, como torque excessivo dos
dentes e problemas periodontais na vestibular dos
dentes em expansão. Os distratores com ancoragem óssea possuem a vantagem de realizar uma
expansão exclusivamente esquelética sem apresentar as complicações que a ancoragem dentária pode causar. O objetivo deste painel foi mostrar
um caso clínico de atresia maxilar com amelogênese imperfeita em uma paciente adulta. Relato
de caso clínico: paciente de 45 anos de idade,
portadora de amelogênese imperfeita, classe III
esquelética e dentária, atresia maxilar acentuada,
mordida cruzada posterior, apinhamento, desvio
de linha média. Optou-se pelo preparo ortocirúrgico em dois tempos, onde a primeira cirurgia de
ERMAC foi realizada com o distrator palatal. A paciente apresenta múltiplas coroas dentárias e um
comprometimento de esmaltes muito severo, impossibilitando o uso de disjuntores dentossuportados. O procedimento foi realizado sob anestesia
geral, com instalação do distrator palatino, realização de osteotomia Le Fort Ie disjunção da sutura mediana com cinzel e martelo. A ativação foi
realizada após 48 horas, seguindo o protocolo de
um terço de volta (0,3 mm) pela manhã e um terço
de volta pela noite (0,3 mm). Após a correção da
deficiência transversa, foi realizado controle radiográfico por quatro meses e então o distrator foi removido sob anestesia local em ambiente ambulatorial. Conclusão: segundo Singaraju et al, o
período de cicatrização óssea é acompanhado
através de radiografia oclusal superior, até que
o calo ósseo seja observado. Concluiu-se que
o distrator esquelético palatal, mostra-se como
excelente opção para correção das deformidades transversas da maxila em pacientes após a
fase de crescimento, portadores de amelogênese imperfeita.
298 – Tratamento da classe II de Angle
com o uso do aparelho AEB conjugado
modificado
Rosilene Oliveira de Freitas; Carolina Mattar
Cruz; Marcus Vinicius Crepaldi; Adriana
Aparecida Crepaldi; Ana Paula de Aguiar;
Bruna Lorena dos Santos Oliveira (Faipe –
Cuiabá/MT)
O tratamento da classe II apresenta-se com
uma variedade muito grande de aparelhos,
tanto nas áreas preventiva, interceptora, como
corretiva, permitindo ao ortodontista muitas opções. Devido a isto o ortodontista deve, antes
de elaborar um planejamento, avaliar todas as
características clínicas e cefalométricas, para
depois selecionar o aparelho indicado. Esta relação de classe II pode variar desde uma retrusão mandibular, uma protrusão maxilar ou até
mesmo uma combinação de fatores, sendo o retrognatismo mandibular considerado como um
dos maiores responsáveis por esta má-oclusão
(Henriques et al, 2007). A intervenção precoce
nesse tipo de má-oclusão, durante a fase de
crescimento e desenvolvimento craniofacial, representa um fator de grande importância para o
sucesso do tratamento, e a aplicação de forças
com aparelhos ortopédicos extrabucais tem sido
um método efetivo para a correção inicial das
desarmonias da relação anteroposterior maxilomandibular (Almeida et al, 2002). A utilização
do aparelho extrabucal conjugado modificado
no tratamento da má-oclusão classe II, primeira
divisão de Angle, exige que os princípios biomecânicos sejam entendidos e requer compreensão do padrão de crescimento do indivíduo e
das alterações cefalométricas relacionadas ao
processo, para que o caso clínico seja conduzido de forma que os efeitos colaterais sejam
diminuídos e os benefícios aumentados (Nouer
et al, 2004). Paciente com nove anos de idade,
que compareceu à clínica de Ortodontia da Faipe, Cuiabá/MT, apresentando maxila protruída,
mandíbula retruída, ANB 7, perfil dolicofacial.
Apresentava overjet significante e overbite. O
tratamento proposto foi o aparelho AEB conjugado modificado. A utilização do aparelho foi de
18 horas a 20 horas por dia, com força em média de 600 gramas, e uso de tala occipital para o
controle vertical. Foi realizado desgaste na parte inferior do acrílico na região de pré-molares e
molares. O tratamento durou oito meses, onde
os molares encontraram-se em classe I. A contenção foi realizada com o próprio aparelho por
quatro meses, apenas para dormir. Após essa
fase, aguardou a erupção de todos os dentes
permanentes para a fase de ortodontia fixa.
113
299 – Expansão rápida da maxila (ERM)
e tratamento ortodôntico corretivo com
braquetes autoligados híbridos
Leandro Yamauchi de Souza; Cinthia
Umemura; Rosangela de Andrade Rocha;
Eduardo Yabuki; Claudio Tordelli; Wilson
Humio Murata (Universidade Cruzeiro do Sul –
Unicsul)
Paciente do sexo masculino, oito anos de idade,
padrão I mesofacial, classe I de Angle, atresia
maxilar e severo apinhamento na arcada superior e inferior. O tratamento foi realizado em
duas fases: na primeira foi utilizado o disjuntor
McNamara para a ERM, e aparelho ortodôntico removível inferior encapsulado com expansor central e escudo labial. Foram colados
braquetes convencionais nos incisivos centrais
e laterais superiores para a correção do severo desalinhamento e desnivelamento durante
cinco meses, seguido de contenção tipo placa
de Hawley com expansor central. Na segunda
fase, para o tratamento ortodôntico corretivo, foram utilizados braquetes autoligados interativos
nos incisivos centrais e laterais superiores e inferiores, e passivos nos caninos e pré-molares
superiores e inferiores, prescrição Roth slot 22
Empower (American Orthodontics).
300 – Tratamento compensatório da classe
II assimétrica associada à mordida aberta
anterior
Claudia Cristina da Silva; Carina Catarina
Fazzolari; Mayara Paim Patel; Roberto
Henrique da Costa Grec; Guilherme Janson;
Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete –
Bauru)
A classe II assimétrica é uma má-oclusão complexa que combina componentes etiológicos
dentoalveolares e/ou esqueléticos. Quando o
componente esquelético apresenta graus severos, uma correta abordagem terapêutica requer um tratamento ortodôntico convencional
associado à cirurgia ortognática. Porém, muitas vezes, por motivos pessoais, o paciente se
recusa a realizar um tratamento ortodôntico-cirúrgico querendo corrigir somente sua oclusão,
tornando o tratamento desafiador e com uma
mecânica complexa de ser realizada. Este trabalho relata o tratamento de um paciente adulto que apresentava má-oclusão de classe II
esquelética assimétrica com desvio da linha
média inferior e mordida aberta, assimetria
da face, porém, sem queixa da estética facial
tratado por meio de mecânica compensatória.
Ao final do tratamento, as linhas médias dentárias, superior e inferior estavam coincidentes
com o plano sagital mediano e foi conseguida
uma boa oclusão estática e funcional, com excelente estabilidade pós-tratamento, além da
estética favorável.
301 – Tratamento de mordida aberta anterior
com elásticos intermaxilares e colagem
diferenciada dos acessórios ortodônticos
Claudia Cristina da Silva; Ana Karolina Vilela
Porto; Guilherme Janson; Danilo Pinelli
Valarelli; Mayara Paim Patel; Fabrício Pinelli
Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru)
A mordida aberta pode ser definida como a presença de um trespasse negativo existente entre
as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. Por ter diferentes etiologias e um
maior comprometimento estético-funcional, além
de alterações dentárias e esqueléticas que outras más-oclusões, seus resultados e sua estabilidade são mais difíceis de serem atingidos, sendo então um dos tratamentos mais desafiadores
da Ortodontia. Algumas estratégias são seguidas
no tratamento de mordida aberta na dentadura
permanente, para favorecer a estabilidade da
correção. O posicionamento diferenciado dos
acessórios ortodônticos, utilização de grade palatina e/ou esporões durante a mecânica, extrações dentárias, intrusão de dentes posteriores,
utilização de elásticos verticais e contenções
ativas são alguns exemplos. O objetivo deste trabalho foi mostrar um caso clínico de tratamento
ortodôntico de mordida aberta anterior dentoalveolar em paciente com dentadura permanente,
com o uso de elásticos intermaxilares e colagem
diferenciada dos acessórios no arco inferior.
302 – Utilização de mini-implantes como
ancoragem para mesialização de molares
no fechamento de espaços da agenesia de
pré-molares
Claudia Cristina da Silva; Leandro de Andrade
Holgado; Mayara Paim Patel; Flavio Monteiro
Amado; Danilo Pinelli Valarelli; Fabricio Pinelli
Valarelli (IOPG/Facsete – Bauru)
A resistência contra a movimentação dentária
não desejada em Ortodontia é definida como
ancoragem. A utilização de mini-implantes para
tal fim tem sido utilizada há alguns anos. As
principais vantagens da utilização deste tipo
de ancoragem remontam dos mais variados tipos como: aplicabilidade em qualquer estágio
de desenvolvimento; utilização de uma força
ótima de tração, independente do número ou
posição do dente; redução no tempo de tratamento; independe da cooperação do paciente,
oferecendo mais conforto ao mesmo e baixo
custo. O presente trabalho teve como objetivo
114
apresentar um caso clínico do tratamento ortodôntico para mesialização dos molares com a
utilização de mini-implantes para fechamento
de espaço oriundo da agenesia de pré-molares. O tratamento instaurado resultou que, a
utilização dos mini-implantes, teve papel preponderante como método de ancoragem absoluta mesializando o segmento posterior e
manutenção da oclusão em classe I sem alterações mais significativas no perfil facial do paciente. Concluiu-se que a utilização de mini-implantes como método de ancoragem absoluta
mostrou-se extremamente eficiente em benefício da movimentação ortodôntica, proporcionando a mesialização do segmento posterior
e fechamento dos espaços originado pela agenesia dos pré-molares.
303 – Ortodontia interceptora e corretiva no
tratamento da avulsão dentária utilizando
mini-implante
Claudia Cristina da Silva; Claudia Pamela Rios
Chyrnia; Maria Fernanda Antonio Silva; Flavio
Monteiro Amado; Roberto Henrique da Costa
Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/Facsete –
Bauru)
Uma das causas comuns da perda de dentes
permanentes em crianças é o traumatismo dentário, e os incisivos centrais superiores estão
entre os dentes mais afetados. O tratamento interceptor tem como objetivo o restabelecimento
estético, psicológico e funcional prevenindo a
instalação de hábitos deletérios como interposição lingual. O tratamento corretivo pode ser
realizado de maneira a manter o espaço para
colocação de implante futuro no local do dente
avulsionado, ou por meio de mecânicas para
fechamento do espaço, que são facilitadas com
a utilização de ancoragem esquelética em mini-implantes. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso clínico de avulsão dentária de
um incisivo central superior em que a opção
escolhida foi o fechamento do espaço com a
utilização de mini-implantes para melhor controle da mecânica. O tratamento consistiu no
fechamento do espaço do dente 11 com utilização de mini-implante, uma vez que o paciente
era muito jovem e teria que esperar muito para
a realização de reabilitação com implante. Conclui-se que esse tipo de abordagem possibilitou
a realização de um tratamento conservador por
meio da mesialização dos dentes posteriores
para fechamento do espaço do dente ausente
eliminando a necessidade de reabilitação protética na região, com menor custo, proporcionando ao paciente oclusão estética e funcional,
e satisfação.
304 – Tratamento ortopédico/ortodôntico
de paciente classe III, padrão III, com tração
reversa e autoligados
Poliane Cristina de Lima Moreira; Rodrigo
Romano (ABO-MG)
O caso relatado trata-se de tratamento compensatório de um paciente padrão III, deficiente maxilar, com crescimento mandibular
vertical. O tratamento ortodôntico teve início
realizando-se a disjunção palatina, com aparelho disjuntor tipo Hirax, associado à tração
reversa com a máscara facial, utilizou-se ainda
nessa primeira fase esporão colado na lingual
dos incisivos inferiores para reeducação do
posicionamento lingual durante a deglutição.
Como resultado desta primeira etapa, houve
um avanço maxilar anterior proporcionando uma
melhora da relação sagital maxilomandibular,
entretanto, a paciente apresentava uma relação
dentária de classe III subdivisão esquerda, somado ao espaço insuficiente para irrupção dos
caninos superiores de ambos os lados. Iniciou-se a fase corretiva com a utilização do aparelho
fixo autoligado, utilizando-se fios CooperNiTi em
diagrama expandido associados a molas abertas NiTi para ganho de espaço na arcada superior, enquanto que na arcada inferior realizou-se
o alinhamento com fios NiTi superelásticos no
diagrama convencional, utilizou-se ainda elásticos com vetor classe III, e na progressão do
tratamento foi confeccionado e instalado cursor
Sliding Jig no tubo acessório do molar inferior
esquerdo para potencializar a força do elástico
e, consequentemente, conseguir a correção da
classe III. Com a abertura do espaço superior,
o canino superior esquerdo erupcionou espontaneamente, enquanto que o canino superior
direito necessitou ser tracionado, realizou-se o
tracionamento com sobrefio. O resultado satisfatório com uma melhora considerável no perfil,
sorriso adequado, e dentariamente, conquistou-se uma boa oclusão em relação classe I com
overjet e overbite dentro da normalidade.
305 – A importância da angulação dos
caninos na extração dos incisivos inferiores
Mariane Porto Righi; Caio Valle; Douglas
Silva; Mônica Orsatto; Evandro Garcia; Karyna
Martins do Valle-Corotti (FHO – Uniararas)
O apinhamento anteroinferior, quando presente na má-oclusão de classe I, apresenta como
possibilidade de tratamento a exodontia de um
incisivo inferior. Essa opção de tratamento, em
detrimento da extração de pré-molares ou de
desgastes interproximais nos dentes envolvidos
115
no apinhamento, tem sido uma escolha importante nos casos em que a relação sagital e a oclusão
na região posterior encontram-se adequadas. No
entanto, o posicionamento dos braquetes dos
caninos inferiores apresenta-se primordial para
o sucesso na finalização. A exodontia de um incisivo inferior pode levar a trespasses horizontal
e vertical aumentados, ausência de desoclusão
pelo canino de um dos lados, desvio de linha média e um dos lados em relação de meia classe II.
A colagem diferencial dos caninos inferiores, com
maior angulação das coroas para a mesial, pode
resolver todos esses efeitos. No presente caso,
o paciente leucoderma, do sexo masculino, 28
anos de idade, com a relação oclusal de classe
I e apinhamento anteroinferior foi tratado com a
exodontia do incisivo inferior e a superangulação
dos caninos. O caso foi finalizado com sucesso
após 12 meses de tratamento, o que demonstra
a eficácia desse protocolo.
306 – Correção de sobremordida com o uso
de stop no sistema autoligado
Milene Angelo Cazzaro Menini; Julio de Araujo
Gurgel; Adriana de Fatima Barchi Gomes; Ana
Cristina Kodama dos Santos; Dagmar Devito
Guerreiro Catasse; Bolivar Pimenta Junior
(Iepo – Instituto de Ensino e Pesquisa em
Odontológica de Marília)
Introdução: paciente com 30 anos de idade, sexo
feminino, apresentou-se para tratamento ortodôntico com a queixa de sobremordida profunda
em decorrência da verticalização dos incisivos
superiores e inferiores. Objetivos: optou-se pela
realização do tratamento ortodôntico almejando
a correção da inclinação axial dos incisivos superiores e inferiores, e a consequente dissolução
do apinhamento dentário. Métodos: foi instalado
o aparelho autoligado interativo com uso de fios
termoativados, stops e levantes de mordida. Foram realizadas as trocas de arcos objetivando o
aumento da secção transversal. Com oito meses
de tratamento, foram removidos os levantes de
mordida posterior e confeccionados os levantes
anteriores. Com dez meses de tratamento, iniciou-se a intercuspidação. Discussão e conclusões: o
uso de stops na mesial dos caninos superiores e
inferiores, permitiu que a deflexão sofrida pelos
fios termoativados redondos promovessem a correção da inclinação axial dos incisivos superiores
e inferiores. A desoclusão obtida por meio do uso
do levante posterior favoreceu o movimento dos
incisivos de modo a corrigir a sobremordida. Em
seguida, o levante anterior permitiu a extrusão dos
dentes posteriores de modo a favorecer a estabilidade da correção da sobremordida. Desse modo,
conclui-se que o sistema autoligado merece um
sequenciamento estratégico da mecânica. Neste caso apresentado observou-se que o uso de
stops em fios termoativados e a troca de posição
dos levantes de mordida foram primordiais para a
correção da má-oclusão da paciente.
307 – Tratamento da má-oclusão de classe III
com a técnica biofuncional de classe III
Cristina Saft Matos Vieira; Christian Zamberlan
Angheben; Alessandra Kichler (Faculdade Ingá
– São Leopoldo)
Um dos objetivos do tratamento compensatório
dos pacientes com má-oclusão de classe III é a
correção da mordida cruzada anterior, quando
esta existe, e o correto posicionamento dentário. Através da técnica biofuncional de classe III,
com braquetes com prescrição biofuncional de
classe III, conseguiu-se uma melhora na posição
dentária, com menos inclinação dos incisivos inferiores, projeção do ponto A e melhora do perfil
facial. O objetivo deste relato de caso foi apresentar um tratamento compensatório em uma
paciente do sexo feminino, com má-oclusão de
classe III, e avaliar, cefalometricamente, a posição do ponto A após a correção da mordida cruzada anterior, além de finalização estética com
facetas de resina nos dentes anterossuperiores.
308 – O uso do aparelho autoligado
associado ao arco de expansão de TMA
Adriana de Fatima Barchi Gomes; Bolivar
Pimenta Junior; Ana Cristina Kodama dos
Santos; Dagmar Devito Guerreiro Catasse;
Milene Angelo Cazzaro Menini; Julio de Araujo
Gurgel (Iepo – Instituto de Ensino e Pesquisa
em Odontológica de Marília)
Introdução: paciente com 15 anos de idade,
apresentou-se para tratamento ortodôntico de
mordida cruzada posterior e mordida aberta anterior. A análise da documentação ortodôntica
evidenciou atresia maxilar dentoalveolar e mordida aberta anterior (MAA) de -2 mm. Objetivo:
dentre as opções de tratamento propostas o paciente optou pelo uso de aparelho fixo associado
a arco de expansão de TMA (AE-TMA) e esporão
lingual. Métodos: o tratamento foi iniciado com a
colagem do aparelho fixo do tipo autoligado ativo com colagem smile arch. Com dois meses de
tratamento foram colados esporões linguais nos
incisivos superiores. No sexto mês de tratamento, foi adaptado ao aparelho fixo o arco de expansão de TMA, que foi utilizado por quatro meses. Observou-se, após um ano de tratamento, a
correção da mordida cruzada posterior (MCP) e
da MAA. Atualmente, o paciente encontra-se em
fase de intercuspidação. Discussão e conclusão:
116
deve-se atentar que a proposta da colagem smile
arch auxilia no fechamento da MAA em associação ao esporão lingual e ao alinhamento realizado pelo aparelho fixo. O AE-TMA possibilitou a
correção da MCP de modo confortável e eficiente
em comparação com outros dispositivos de expansão maxilar dentária. Consideramos que os
resultados obtidos ficaram aquém do desejado,
devido à falta de colaboração do paciente. Durante os 12 meses de tratamento, ocorreram
seis descolagens de acessório, bem como má
higienização e uso insuficiente dos elásticos
intermaxilares. Concluiu-se que, mesmo com a
falta de colaboração do paciente, no período de
um ano foram atingidos quase que a totalidade
da proposta de tratamento.
309 – Correção da linha média com uso de
stops no sistema autoligado
Ana Cristina Kodama dos Santos; Julio de
Araujo Gurgel; Adriana de Fatima Barchi
Gomes; Milene Angelo Cazzaro Menini;
Dagmar Devito Guerreiro Catasse; Bolivar
Pimenta Junior (Iepo – Instituto de Ensino e
Pesquisa em Odontológica de Marília)
Introdução: paciente do sexo feminino, apresentou-se para tratamento ortodôntico com falta de
selamento labial, dolicofacial, classe II, apinhamento anterior e desvio da linha média superior
2 mm para a esquerda. Objetivo: o tratamento
realizado com aparelho ortodôntico fixo objetivou
o alinhamento dentário, correção da linha média
e da má-oclusão de classe II dentária. Métodos:
o aparelho autoligado passivo utilizado contou
com o auxílio de stops na distal do dente 21,
e mesial do dente 25 para a correção da linha
média. Após quatro meses de tratamento, foi
instalado arco superior retangular termoativado
para a conclusão do alinhamento e nivelamento.
Com um ano de tratamento, após a conclusão
do alinhamento do arco inferior, foi iniciado o uso
de elástico de classe II. Discussão e conclusão:
relatos da literatura descrevem a eficácia dos
fios termoativados para o alinhamento dentário.
O sistema autoligado introduziu o uso de stops
como elemento para incrementar o movimento
dentário setorizado. Neste caso clínico observou-se que o uso do fio inicial .014” termoativado, e
o posicionamento estratégico dos stops, resultou
na correção da linha média superior em apenas
dois meses. Temos observado que a correção
da linha média com o sistema passivo mostra-se
mais rápida. Este fato deve-se a maior dimensão
do slot do braquete passivo em comparação ao
interativo. Concluiu-se que o sistema autoligado
com o uso de stops promove a correção da linha
média já na fase de alinhamento. Sendo assim,
o sistema autoligado mostra-se vantajoso em
relação ao aparelho de arco reto.
310 – Tratamento compensatório da classe
III com prescrição biofuncional
Alice Fernandes de Lima; Maria Fernanda
Antonio da Silva; Danilo Pinelli Valarelli;
Claudia Cristina da Silva; Roberto Henrique da
Costa Grec; Fabrício Pinelli Valarelli (IOPG/
Facsete – Bauru)
A primeira opção de tratamento da mordida cruzada anterior esquelética severa no paciente
adulto normalmente é a realização de cirurgia
ortognática associada à correção ortodôntica.
Entretanto, muitos pacientes não aceitam o
tratamento cirúrgico por seu custo elevado,
desconforto no pós-operatório e pelos riscos
inerentes a este. Nestes casos, pode-se optar
por um tratamento baseado somente em compensação dentária através do uso de elásticos
combinados com a prescrição biofuncional dos
braquetes para a correção da classe III, entretanto, o sucesso do tratamento depende muito da colaboração do paciente. O objetivo do
tratamento foi promover a correção da má-oclusão de classe III com compensações dentárias por meio de elásticos, utilizando a prescrição biofuncional para minimizar os efeitos
colaterais da mecânica, obtendo uma oclusão
funcional ideal e harmonia no sorriso. A indicação da prescrição biofuncional no tratamento
da má-oclusão de classe III do paciente adulto
não cirúrgico mostrou resultados satisfatórios
no caso apresentado, sendo uma alternativa
para minimizar os efeitos colaterais da compensação dentária de lingualização dos incisivos inferiores e vestibularização dos incisivos
superiores, causados pelo uso dos elásticos
intermaxilares de classe III.
311 – A efetividade do tratamento para
Saos/Sahos com utilização de aparelhos
intraorais
Ilton Ferreira David Morales; Gilberto da
Cruz Bezerra Jr.; Juliana Azevedo Marques
Gaschler; Maxwell Lopes Albuini; Sergio
Giamas Iafigliola (EAP-APCD Central)
Introdução: atualmente a população apresenta algum tipo de desvio morfológico e/
ou funcional do sistema estomatognático.
Pelo sono humano, com a homeostasia, é
por meio do qual todo organismo, incluindo o
sistema nervoso central, é renovado. Apneia
obstrutiva do sono é complexa, multifatorial,
crônica, progressiva, alto grau de morbidade. Origina-se da obstrução de 30% das vias
117
aérea superiores durante o sono. A utilização
de aparelhos intraorais como tratamento para o
ronco ou a Saos, previne e minimiza o colapso
das vias aéreas, favorecendo maior passagem
de ar. Sendo confirmada a indicação do AIO,
deve-se optar entre um aparelho reposicionador mandibular ou um retentor lingual. Objetivo:
o sono normal, é compreendido dentro de dois
estágios, conhecidos como sono NREM e REM
paradoxal. O ciclo de sono NREM-REM ocorre aproximadamente a cada 90 min, de quatro
a seis ciclos por noite, promovendo o repouso
adequado à atividade cerebral e muscular. O
sono NREM é predominante no primeiro terço
da noite, enquanto que o sono REM predominantemente no último terço. O critério diagnóstico para Saos refere-se à presença de cinco ou
mais episódios de apneia/hipopneia (IAH) por
hora de sono, acompanhado de diminuição da
saturação de oxigênio sanguíneo, < 85%. Os
aparelhos intraorais posicionam as vias aéreas da seguinte forma: parte posterior da língua
e a parte anterior da língua estão inseridas na
sínfise mandibular, com o uso do aparelho, a
mandíbula movimenta a frente, aumentando o
espaço das vias aéreas. Métodos: a Saos envolve consequência de tônus incompetente da
musculatura do palato, língua, faringe, colapso
do tecido mole sobre a via aérea, macroglossia, retrognatia, micrognatia, excesso de tecido
mole, palato ogival, arcadas atrésicas, mordida
cruzada, dobras de mucosas excessivas, acúmulo de gordura submucosa, via aérea obstruída, causando sonolência excessiva, déficits
cognitivos, doenças cardiovasculares, como características craniofaciais atípicas que incluem:
retroposicionamento da mandíbula e maxila, salivação excessiva, plano oclusal desorganizado,
protrusão dos incisivos, ângulo goníaco obtuso,
> altura terço inferior da face (retrolingual e retropalatal). Conclusão: o ortodontista tem como
responsabilidade a escolha do melhor aparelho,
acompanhamento e diálogo com a equipe médica. Os aparelhos mais utilizados no tratamento
Saos/Sahos leve ou moderada, são os de avanço mandibular, como primeira escolha, também,
a opção terapêutica não invasiva, reversível, e
com efeitos colaterais mínimos. Com a pesquisa desse trabalho, conseguiu-se concluir que
cada vez mais esse assunto se torna de grande
importância na Odontologia, em que diversos
artigos citam essa área de grande impacto na
melhoria de qualidade de vida dos pacientes,
elevando muito os índices de satisfação aos
que recebem indicação de uso, inclusive trabalho conjunto com a Medicina.
312 – Tratamento da transposição do canino
superior
Ellyda Camila Bossa; Raquel da Silva Moura;
Marciano Alves de Medeiros; Andréia Regina
Boff Lemos; Leonardo Graboski de Castro;
Fabrício Pinelli Valarelli (SOEP/Facsete, RO –
Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa)
A transposição dentária é uma anomalia de desenvolvimento considerada como irrupção ectópica, essa má-oclusão com etiologia indefinida,
geralmente envolve dois dentes adjacentes em
um mesmo quadrante do arco dentário. Para os
ortodontistas torna-se um desafio tratar essa
má-oclusão, devido principalmente aos riscos
do tratamento, que exige do profissional um
controle eficiente da mecânica ortodôntica, a
transposição pode ser corrigida com sucesso,
desde que seja respeitado o limite fisiológico
do organismo, os cuidados com as estruturas
periodontais e a observância periódica da movimentação dentária, reduzindo dessa forma,
o risco de reabsorções radiculares, para que
o tratamento planejado possa ser revertido em
melhor ganho estético e funcional ao paciente. O objetivo deste trabalho foi apresentar um
caso clínico de transposição do dente canino.
313 – Tratamento mordida aberta anterior
com mesialização de molares
Ellyda Camila Bossa; Dino Lopes de Almeida;
Andréia Regina Boff Lemos; Hediberton
Alves de Aguiar; Juliana Volpato Curi Paccini;
Fabrício Pinelli Valarelli (SOEP/Facsete, RO –
Sistema Odontológico de Ensino e Pesquisa)
A mordida aberta anterior pode ser definida
como a presença de uma dimensão vertical
negativa entre as bordas incisais dos dentes
anteriores superiores e inferiores. Essa má-oclusão é vista como um dos maiores desafios
dos ortodontistas. Sua origem é multifatorial,
e podemos destacar entre esses aspectos a
hereditariedade, hábitos deletérios, à função
ou ao tamanho anormal da língua, à respiração bucal, ao padrão de crescimento e às patologias. Através deste trabalho é apresentada
uma alternativa no tratamento para correção
da mordida aberta anterior (resultante de hábito de sucção polegar), como também o fechamento de espaços posteriores com a mesialização dos molares por meio da mecânica
de mini-implantes. O objetivo deste trabalho foi
apresentar um caso clinico sobre fechamento
de espaços com mini-implante e correção da
mordida aberta anterior.
118
314 – Tratamento ortodôntico-cirúrgico
em paciente com má-oclusão de classe III
esquelética
Adriano Garcia Bandeca; Rogério de Almeida
Penhavel; Fabricio Pinelli Valarelli; Cristina de
Almeida Paschotto Pezzo Marin; Luiz Roberto
de Almeida Filho; Danilo Pinelli Valarelli (Icos –
Instituto Catarinense de Odontologia e Saúde)
A má-oclusão de classe III é caracterizada
pela mesio-oclusão dos molares inferiores
com os superiores, podendo ter componentes somente dentário, esquelético ou ambos.
Quando o componente esquelético se apresenta com maior predominância, o tratamento
ortodôntico-cirúrgico, geralmente, é indicado.
O objetivo deste trabalho foi apresentar um
caso clínico onde o paciente foi submetido a
um tratamento ortodôntico-cirúrgico para correção de má-oclusão de classe III por meio
do avanço maxilar. Paciente com 19 anos de
idade buscou tratamento ortodôntico com o
intuito de corrigir a má-oclusão de classe III.
Analisando as fotos iniciais observou-se uma
face com perfil côncavo, altura facial aumentada, assimetria facial e selamento labial passivo, havendo discrepância entre as bases ósseas e com uma estética facial desfavorável.
Na análise intrabucal foi observada discrepância anteroposterior de classe III, mordida cruzada posterior bilateral. Na primeira fase do
tratamento foi feito alinhamento e nivelamento
dentário nas bases ósseas. A segunda fase do
tratamento consistiu na cirurgia ortognática de
avanço maxilar e a terceira fase do tratamento
foi a finalização ortodôntica. Após a finalização
do tratamento observa-se que o aspecto facial
se apresentou mais harmônico e a má-oclusão
foi corrigida satisfatoriamente.
315 – Tratamento ortocirúrgico de agenesia
de incisivo lateral
Jamille Cristina de Souza Barbosa; Priscila
Cordeiro Moreira; Ruben Merrari Andrade de
Paula; Walker Rocha de Oliveira Júnior; Nayane
Batista Pires; Lucelma Vilela Pieri (Uningá)
tas para o tratamento, destacando as multidisciplinares, implicando em benefícios estéticos
e funcionais ao paciente. As possíveis soluções para casos de ausência de um ou mais
dentes por agenesia incluem fechamento ortodôntico do espaço com restaurações estéticas,
facetas, coroas ou abertura para colocação de
prótese fixa, ou implantes unitários. É um tratamento que conta com a integração de várias
especialidades, dentre elas: Ortodontia, Periodontia, Dentística e Implantodontia. Neste painel iremos tratar de um caso de agenesia do
elemento 12, onde foram realizadas mecânicas
ortodônticas para a abertura do espaço protético para reabilitação com implante unitário.
316 – Tratamento da má-oclusão de classe II
com distalização de molar: aparelho Pendex
Jamille Cristina de Souza Barbosa; Priscila
Cordeiro Moreira; Ruben Merrari Andrade de
Paula; Gleyciane Pinheiro da Silva; Nayane
Batista Pires; Lucelma Vilela Pieri (Uningá)
A má-oclusão de classe II caracteriza-se por um
relacionamento incorreto dos arcos superior e
inferior, tanto por alterações esqueléticas como
por alterações dentárias ou, ainda, por uma
combinação de ambos os fatores. Atualmente,
vários aparelhos com ancoragem intrabucal
vêm se destacando, possibilitando resultados
satisfatórios, requerendo mínima colaboração
do paciente. Dentre os dispositivos intrabucais
destaca-se o aparelho Pendex. O aparelho criado por James Hilgers surgiu em 1992, como um
a nova alternativa para a distalização dos molares superiores, onde o autor objetivou criar um
aparelho que promovesse uma rápida distalização dos molares superiores com forças leves e
contínuas, sem necessidade de colaboração do
paciente. Serão discutidas as vantagens desse aparelho e apresentaremos um caso clinico
de paciente de 11 anos de idade, sexo feminino, classe II dentária, padrão de crescimento
horizontal tratada seis meses com Pendex. E,
posteriormente, foram realizadas mecânicas ortodônticas de alinhamento e nivelamento com
aparelho fixo.
Agenesia dental é uma anomalia caracterizada pela ausência congênita de dentes, desde
que comprovada por meio de radiografias. Por
alguns autores é considerada uma condição
patológica. Hipodontia ou agenesia do incisivo
lateral superior tem sido, juntamente com a do
segundo pré-molar, consideradas as mais frequentes agenesias dentárias. Alguns estudos
tem mostrado que a agenesia dos incisivos laterais tem uma incidência de cerca de 2% da
população, e várias terapias têm sido propos-
119
317 – Placas alinhadoras
Julliana Barbosa Garcia; Bruna Lorena dos
Santos Oliveira; Ana Paula de Aguiar; Marcus
Vinícius Crepaldi; João Wagner Pascoto;
Carolina Mattar da Cruz (Faipe)
As placas alinhadoras são uma revolução no
tratamento odontológico moderno. Essa técnica
não inclui o uso de acessórios como braquetes,
tubos, fios e bandas. Esses aparelhos realizam
pequenas movimentações e já não são novidades no mercado. Sabe-se, entretanto, que a solicitação dos pacientes por esses sistemas tem
ganhado maior repercussão devido ao alto grau
de exigência estética por partes dos pacientes.
O Essix Clear Aligner é uma opção ortodôntica
que proporciona ótimos resultados, fácil execução, totalmente estético com maior conforto e
total controle por parte do profissional. Diferente
de alguns alinhadores disponíveis no mercado,
o sistema possibilita que o ortodontista tenha
total controle sobre a produção do aparelho,
proporcionando maior agilidade no tratamento
e menores custos. Suas ativações realizadas
com alicates especiais devidamente aquecidos,
aceitando repetidas ativações necessárias para
a formidável finalização. Paciente com 23 anos
de idade, compareceu à clínica Faipe, Cuiabá/
MT, com a queixa de recidiva de apinhamento
inferior e superior. O tratamento proposto foi a
utilização da placa Essix, visto que a paciente
não queria se submeter ao tratamento ortodôntico convencional. O aparelho foi instalado,
houve confecção de duas placas. No período
de cinco meses observou-se o alinhamento total
superior e inferior, com a excelente satisfação
do paciente.
120
Regulamento
Prêmio Jovem Cientista SPO
Do objetivo
Art. 1o – Despertar, em jovens cirurgiões-dentistas, o gosto pela pesquisa básica ou clínica
nas áreas de Ortodontia e Ortopedia Funcional
dos Maxilares, premiando os melhores trabalhos e publicando-os em edições futuras da revista OrtodontiaSPO.
Da participação
Art. 2o – Poderão participar cirurgiões-dentistas, alunos de pós-graduação stricto sensu e
lato sensu, especialistas, mestres e doutores.
Art. 3 – O número máximo de autores por trabalho é limitado a 4 (quatro), sendo 1 (um) autor e até 3 (três) coautores.
o
Da inscrição e conteúdo
Art. 4o – O trabalho deverá versar sobre uma
pesquisa epidemiológica, clínica ou laboratorial relacionada ao tema Integração de aspectos clínicos e científicos em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares.
§ 1 – O formato do trabalho, com direito a inscrição e participação no concurso é o de artigo
científico original (OrtoPesquisa), de acordo
com as normas Vancouver utilizadas pela revista OrtodontiaSPO (http://ortociencia.com.br/
NormasDePublicacao).
o
§ 2o – Os autores deverão encaminhar o arquivo do trabalho em formato .DOC/DOCX
contendo todos os elementos de identificação,
como: nome completo dos autores e CPF, endereço e telefones do autor principal.
§ 3o – Os artigos deverão ser encaminhados
para cientifi[email protected], até o dia
20 de julho de 2016. No assunto do e-mail,
digitar “Prêmio Jovem Pesquisador SPO”. Em
caso de dúvida, entre em contato com a Cláudia Pini, na secretaria científica do Orto 2016SPO, pelo telefone (11) 2168-3400 ou pelo
e-mail cientifi[email protected].
§ 4o – Os trabalhos classificados serão publicados na revista OrtodontiaSPO e estarão concorrendo a prêmios em dinheiro, conforme art.
7o, § 1o deste regulamento.
§ 5o – Serão premiados dez (10) trabalhos,
classificados do 1o ao 10o colocados.
§ 6o – Poderão concorrer ao Prêmio Jovem
Pesquisador SPO apenas os trabalhos de pesquisa ainda não publicados, em periódicos nacionais ou internacionais, sob a forma de artigos científicos completos.
§ 7o – Todas as pesquisas deverão estar em
conformidade com os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução CNS no 196/96 do
Ministério da Saúde do Brasil, sendo que o respectivo certificado de aprovação por Comissão
de Ética em Pesquisa deverá ser anexado ao
trabalho submetido à apreciação.
§ 8o – É permitido inscrever somente um trabalho por autor principal. Para coautores, não
haverá restrições.
Art. 5o – Os trabalhos que não se enquadrarem
neste regulamento serão desclassificados e
não poderão concorrer ao prêmio.
Da avaliação dos trabalhos
Art. 6o – Os trabalhos serão analisados por
uma Comissão Avaliadora composta por três
professores vinculados a Programas de Mestrado e/ou Doutorado em Odontologia, sediados em diferentes Estados brasileiros.
§ 1o – Os professores selecionados deverão
possuir obrigatoriamente a titulação mínima de
Doutor em Odontologia.
§ 2o – Todos os trabalhos pré-selecionados
serão encaminhados, sem identificadores,
aos professores avaliadores que, de modo
anônimo, emitirão conceitos em uma escala
de zero a dez para os quesitos relativos aos
seguintes itens:
121
a) Originalidade
b) Aplicabilidade e relevância científica
c) Metodologia
d) Resultados e Discussão
e) Conclusão
§ 3 – Com base nos resultados emitidos pelos
três avaliadores, para cada um dos quesitos,
será calculada a média aritmética dos conceitos alcançados por trabalho. Esta média corresponderá a um conceito final de zero a dez,
com até duas casas decimais após a vírgula,
que será empregado para a classificação do
trabalho em ordem decrescente.
o
§ 4º – Em caso de empate quanto à pontuação
final, os trabalhos pertinentes serão reenviados
aos avaliadores para um segundo julgamento,
com vistas à categorização por ordem de aplicabilidade e relevância científica.
§ 2o – Os autores e coautores dos trabalhos
premiados receberão certificados individuais
referentes às classificações obtidas, além de
troféu comemorativo.
§ 3o – Os vencedores serão laureados e premiados em sessão solene durante a realização
do 20o Congresso Brasileiro de Ortodontia Orto 2016-SPO, programado para o período de
22 a 24 de setembro de 2016, em São Paulo.
Da publicação dos trabalhos
Art. 8o – Todos os autores e coautores dos trabalhos selecionados pela Comissão Avaliadora
deverão assinar um termo de responsabilidade e transferência de direitos autorais sobre o
manuscrito à revista OrtodontiaSPO, não sendo permitida a publicação do mesmo em outro
periódico ou livro, seja em formato impresso ou
eletrônico.
Da apresentação e premiação
Disposições gerais
Art. 7o – As premiações serão concedidas aos
10 (dez) trabalhos que obtiverem os mais elevados conceitos finais, de acordo com o estipulado no artigo 6o, parágrafos 3o e 4o.
Art. 9o – Eventuais situações não previstas neste regulamento serão analisadas pela Comissão
Organizadora do 20o Congresso Brasileiro de
Ortodontia - Orto 2016-SPO.
§ 1o - Premiação em dinheiro
1o lugar.................R$ 3.000,
2o lugar.................R$ 2.000,
3o lugar.................R$ 1.000,
4o e 5o lugar..........R$ 500,
6o ao 10o lugar......R$ 300,
§ Único – Caso nenhum dos trabalhos inscritos atinja um padrão mínimo de qualidade ou
esteja fora das normas deste regulamento, a
Comissão Organizadora do Orto 2016-SPO se
reservará no direito de cancelar esta edição do
Prêmio Jovem Pesquisador SPO.
122
Regulamento
Inscrição de Painéis
Inscrição
Serão aceitas SOMENTE inscrições on-line,
pelo site www.orto2016.com.br.
Siga as instruções para o preenchimento correto do formulário. Ao final, o autor deve anexar
um arquivo em PDF do painel, seguindo o modelo abaixo, para ser avaliado.
Título
(máximo: 250 caracteres)
Nome dos autores
(1 autor, 1 orientador e até 4 coautores)
Introdução
(máximo: 1.500 caracteres)
Objetivo
(máximo: 1.500 caracteres)
Métodos
(máximo: 1.500 caracteres)
Imagens / Tabelas
Discussão / Conclusão
(máximo: 1.500 caracteres)
Referências bibliográficas
A adesão do autor ao Orto 2016-SPO é OBRIGATÓRIA e deve ser confirmada pelo site www.
orto2016.com.br, antes da inscrição do trabalho.
O tamanho do painel é 0,90 m (largura) x 1,20 m
(altura).
Período para inscrição: de 15 de fevereiro de
2016 a 1o de agosto de 2016.
Os painéis podem ser inscritos nas seguintes
categorias:
• Pesquisa (básica ou clínica), com o seguinte
conteúdo:
1. TÍTULO
2. NOME DOS AUTORES e INSTITUIÇÃO
3. INTRODUÇÃO: descrever a natureza e a delimitação do problema estudado
4. OBJETIVOS: relatar a proposição da pesquisa
5. MÉTODOS: listar os materiais e métodos empregados
6. IMAGENS/TABELAS
7. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: descrever os
resultados da pesquisa, dimensionando o seu
interesse e sua originalidade
8. REFERÊNCIAS
• Relato de caso clínico, com o seguinte conteúdo:
1. TÍTULO
2. NOME DOS AUTORES e INSTITUIÇÃO
3. INTRODUÇÃO: descrever a natureza da má-oclusão tratada
4. OBJETIVOS: relatar o objetivo almejado pelo
tratamento
5. MÉTODOS: listar os métodos clínicos e os
dispositivos empregados
6. MAGENS/TABELAS: priorizar o uso de imagens
7. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: descrever os
resultados obtidos
8. REFERÊNCIAS
Aprovação, exposição e publicação do painel
Os autores receberão via e-mail, a partir do dia
10/8/2016, o comunicado de aprovação do painel e informações sobre a exposição do mesmo
durante o Orto 2016-SPO.
Todos os trabalhos serão publicados nos Anais
do Orto 2016-SPO, indexado pelo IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.
Regulamento
Será permitida a inscrição de, no máximo, 5
(cinco) trabalhos por autor.
Ministradores do Orto 2016-SPO poderão inscrever apenas 1 (um) trabalho como autor/apresentador.
Os cancelamentos devem ser solicitados por
e-mail, à secretaria científica do Orto 2016-SPO
(cientifi[email protected]), até o dia 10
de setembro de 2016. Caso não haja o cancelamento previamente, o autor não poderá inscrever o seu trabalho na próxima edição desse
Congresso.
123
Conflito de interesse
IMPORTANTE
Documento eletrônico assinado, enviado junto
com a inscrição on-line, indicando se o apresentador ou sua família possuem interesse financeiro ou algum benefício relacionado ao painel.
Qualquer tipo de alteração nos painéis levará
à proibição da apresentação do trabalho, consequente desqualificação, além da perda do direito ao certificado. Será considerada alteração
qualquer tipo de imagens ou partes coladas,
fita adesiva, adesivos de qualquer natureza, recortes, emendas, montagens, escritos à mão e
qualquer coisa que não seja a impressão original do painel.
Qualquer norma de apresentação dos painéis
que não for cumprida levará à desclassificação
do trabalho e, dependendo da gravidade, à perda do direito ao certificado de apresentação.
A SPO e a VM Comunicação não se responsabilizam pelo teor dos trabalhos apresentados,
assim como por despesas com viagem, hospedagem e alimentação.
Nenhum tipo de propaganda será permitido durante a apresentação de trabalhos, assim como
a promoção comercial de qualquer natureza; a
violação desta implicará na imediata remoção
do trabalho da área do Congresso, assim como
a recusa de inscrição de trabalhos futuros em
congressos e eventos da SPO.
Conflito de interesse - modificação das imagens
Apenas o fundo da imagem poderá ser alterado
(recorte comum que os apresentadores fazem
para colocação dentro do slide).
Enviar documento eletrônico assinado, enviado
junto com a inscrição on-line, indicando que não
houve melhoria, modificação ou alteração das
imagens no painel, pelo apresentador e coautores.
Certificado
Será entregue certificado de participação ao autor, coautores e orientador, durante o Congresso. Os certificados devem ser retirados no local
de exposição dos painéis.
A organização do Orto 2016-SPO não se responsabiliza pelo pagamento de quaisquer taxas, despesas de viagem e hospedagem do
autor do painel.
Nenhum tipo de propaganda será permitido,
bem como a promoção comercial de qualquer
natureza. A violação desta implicará na imediata
remoção do trabalho dos monitores de acesso.
Premiação
Serão premiados os 3 (três) melhores trabalhos
de cada categoria (pesquisa e caso clínico),
como segue:
1o lugar: R$ 2.000,
2o lugar: R$ 1.000,
3o lugar: R$ 500,
124
Promoção
Realização
125
Download