Coef. de Difusão (cont.) Difusividade Mássica em Sólidos 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 101 Coef. de Difusão (cont.) Análise teórica para a determinação das difusividades em sólidos é mais complexa do que aquela para o caso de líquidos. Na Difusão em Sólidos, os movimentos atômicos são dificultados devido a ligação dos átomos em posições de equilíbrio. Existem, fundamentalmente, dois tipos de processos de transporte em sólidos: 1. difusão de um fluido através dos poros de um sólido – é aquele comumente encontrado em processos catalíticos da Engenharia Química. 2. difusão (Inter-) de constituintes do sólido através de movimentos atômicos - investigada mais freqüentemente por engenheiros metalúrgicos (átomos dentro dos sólidos). 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 102 Coef. de Difusão (cont.) Difusão de um Fluido através dos Poros de um Sólido Pode ocorrer por um ou mais mecanismos: • Difusão de Fick • Difusão de Knudsen • Difusão de Superfície 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 103 Coef. de Difusão (cont.) Difusão de Fick Poros grandes relativamente catálise, os e gás denso. Na caminhos de difusão são tortuosos (canais irregulares) e o fluxo é menor do que se os poros fossem Difusão tortuosa em um sólido poroso uniformes. Fluxo mássico é descrito em termos do coeficiente de difusão “efetivo”: 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna → J A = −cDA,eff ∇y A (72) 104 Coef. de Difusão (cont.) A magnitude dos coeficientes depende das variáveis influenciando a fase difusiva como a temperatura e pressão e as propriedades do catalisador (espaço vazio fracional ou porosidade (θ ou ε), fator de comprimento angular (L`) , fator de forma (S`)). Logo, tem-se : τ D A,eff = D AB θ ´ ´ 2L S = D AB θ τ (73) é a tortuosidade - fator que descreve a relação entre o comprimento real relativo ao comprimento nominal do meio poroso. Valores experimentais de θ,τ, DA,eff – Satterfield(1980) 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 105 Coef. de Difusão (cont.) Transferência em sólidos porosos 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 106 Coef. de Difusão (cont.) Difusão de Knudsen Suportada pela teoria cinética dos gases Aplicada quando uma corrente gasosa difunde sobre um catalisador cujo diâmetro dos poros é muito pequeno (poro cilíndrico) ou para baixa pressão. Efeito da difusão nos poros 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 107 Coef. de Difusão (cont.) Se o percurso livre médio das moléculas de gás (λ) é maior que o diâmetro do poro (dp), as moléculas irão colidir com mais frequência com a parede do que entre si. Assim, a resistência para a difusão através do poro é devido, primariamente, a colisão molecular com a parede do que entre as moléculas (difusão ordinária). Número de Knudsen (Kn) é definida por : Kn = λB dp (74) Percurso livre médio das moléculas (λ) λ B = 3,08.10 −7 2º sem. de 2011 T σ2 P onde: λ : percurso livre médio da molécula, [cm] T : temperatura, [K] (75) P : pressão, [atm] σ : diâmetro de colisão, [Angstroms] Katia Tannous e Rafael F. Perna 108 Coef. de Difusão (cont.) Considerações a respeito da difusão de Knudsen : Se Kn > 10 → predomina apenas a difusão de Knudsen. O coeficiente de difusão é calculado por: D A ,K n = 4850d P onde: DA, Kn : dP : rp: T: MA : S: ρB: ε T MA (76) rp = 2ε Sρ B (77) difusividade de Knudsen, [cm2/s] diâmetro médio do poro, [cm] raio médio do poro, [cm] temperatura, [K] massa molar do soluto, [g/mol] área superficial do sólido poroso, [cm2] densidade global, [g/cm3] porosidade do meio [ - ] 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 109 Coef. de Difusão (cont.) Se 0,1 < Kn < 10 → deve-se calcular a difusão real (Dreal), mediante o somatório das resistências: difusão ordinária (DAB) e de Knudsen (DKn) : 1 D Re al = 1 1 + D AB D K n Estimada pela correlação de Fuller, Schettler e Giddings (1966) (78) Se Kn < 0,1 → predomina apenas a difusão molecular, onde o coeficiente de difusão (DAB) é estimado pela correlação de Fuller, Schettler e Giddings (1966). 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 110 Coef. de Difusão (cont.) Difusão de Superfície Ocorre quando as moléculas adsorvidas são transportadas ao longo da superfície resultando em um gradiente de concentração. Quanto mais finamente dividido estiver este sólido, maior será a sua eficiência em adsorver as moléculas presentes no meio. ** Temperatura, natureza da substância presente no meio, pressão do gás/líquido, ou da concentração do fluido. 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 111 Coef. de Difusão (cont.) Transporte em Cristais Na tentativa de descrever o processo de difusão em sólidos, pesquisadores tem proposto uma variedade de mecanismos que dependem da estrutura dos sólidos e da natureza do processo. Intersticial Lacunas Difusão em cristais Troca de moléculas adjacentes 2º sem. de 2011 Substitucional Katia Tannous e Rafael F. Perna 112 Coef. de Difusão (cont.) Difusão por Lacuna Todos os cristais, no equilíbrio térmico, com temperaturas acima do zero absoluto, possuem alguns locais de rede não ocupados. Um átomo pode “saltar” de uma posição de lacuna dentro de uma vizinhança disponível, conforme figura abaixo : 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 113 Coef. de Difusão (cont.) Difusão Intersticial O átomo move-se pelo “salto” de um sítio intersticial para uma vizinhança, podendo dilatar ou distorcer a rede; O tratamento matemático envolvendo a teoria da taxa unimolecular de Eyring é também usado para definir a difusividade intersticial. 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 114 Coef. de Difusão (cont.) Difusão Substitucional Empurrando uma vizinhança da rede de átomos dentro de um sítio intersticial adjacente, o átomo intersticial pode mover para a superfície de um sítio de rede normal. 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 115 Coef. de Difusão (cont.) Difusão por Troca de Moléculas Adjacentes Este mecanismo é proposto para explicar a própria difusão de metais e ligas, envolvendo a troca direta de mais átomos. O mecanismo do anel não ocorre em qualquer metal ou liga, mas tem sido sugerido como um mecanismo na qual pode explicar algumas anomalias aparentes dos coeficientes de difusão para metais com redes em corpos centrados. A A' 2º sem. de 2011 A'' Katia Tannous e Rafael F. Perna 116 Coef. de Difusão (cont.) Exemplos de Aplicação 1. Endurecimento de aços e ligas 2. Dopagem de semi-condutores 3. Oxidação de metais 4. Formação de compostos a partir dos componentes individuais 5. Sinterização (materiais cerâmicos) 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 117 Coef. de Difusão (cont.) • Uma análise mais aprofundada destas teorias foge ao escopo desta disciplina e está relativamente bem explorado na bibliografia sugerida. • A Tabela D.3 apresenta alguns valores de difusividades em sólidos. 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 118 T.M. Convectiva Transferência de Massa Convectiva 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 119 T.M. Convectiva A T.M. devido a convecção envolve a transferência: a. entre um movimento de fluido e uma superfície; b. entre dois fluidos imiscíveis. Este modo de transferência depende: a. propriedades de transporte; b. características dinâmicas do escoamento do fluido. 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 120 T.M. Convectiva Similaridade Transferência de Calor Dois tipos de escoamento Movimento do fluido através de uma bomba externa ou outro equipamento similar Convecção forçada Movimento devido a densidade (dif. de concentração ou temperatura) Convecção natural ou livre 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 121 T.M. Convectiva Analogia e Similaridade entre T.C. e T.M. Lei de Newton para o resfriamento Transferência de Massa q = h∆T A N A = k c ∆C A q = taxa por T.C. convectiva (W ou BTU/h) A = área normal a direção ao fluxo de NA = T.M. molar da espécie A relativa as coords. fixas espaciais (mol/cm2.s) calor (m2 ou ft2) ∆CA = dif. de concs. (conc. limite de ∆T = temperatura entre a superfície e o superfície e a média da corrente fluido (K ou ºF) h = coefc. de T.C. convectiva BTU/h.ft2.ºF) 2º sem. de 2011 (79) fluida da espécie difusiva A (W/m2.K ou (mol/cm3) kc = Katia Tannous e Rafael F. Perna coef. de T.M. convectiva (cm/s) 122 T.M. Convectiva A eq. (79) define: a. coef. kc em termos mássicos; b. diferença de conc. (∆CA) do começo ao final do percurso da difusão. kc inclui características das regiões laminares e turbulentas do fluido em qqs. proporções. Em geral é função do sistema geométrico, das propriedades do escoamento e do fluido, e da diferença de concentração (∆CA). Caps. 28 e 29 do Welty consideram os métodos de determinação desses coefcs.. 2º sem. de 2011 Katia Tannous e Rafael F. Perna 123