Mênon: um diálogo platônico sobre o ensino da virtude

Resumo registrado no evento sob nº 1391
ISSN 1807-3441
Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
17 a 20 de outubro de 2006
MÊNON: UM DIÁLOGO PLATÔNICO SOBRE O ENSINO DA VIRTUDE
EDUARDO ALEXANDRE SANTOS DE OLIVEIRA
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LUCAS MARCANTI
Orientador Prof. JOSE FERREIRA SOBRINHO
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
Palavras-chave: PLATÃO, SÓCRATES, MÊNON, VIRTUDE, ENSINO
Grande Área: Ciências Humanas
Área: Filosofia
O Mênon é um dos diálogos da maturidade de Platão, onde faz dialogar Sócrates e Mênon
sobre o ensino da virtude. Sócrates acredita que há um conceito único de virtude e pede a
Mênon que o diga, mas este é incapaz de fazê-lo entrando em contradição várias vezes.
Sócrates com sua filosofia negativa retira seus interlocutores das bases seguras nas
quais pensam encontrar-se quando discutem sobre determinados assuntos. Aqui, a ironia
socrática é notória, pois ele mostra por meio deste método de filosofar o contrário do
que se está dizendo. Partindo da contradição, Sócrates busca no conceito de virtude uma
idéia universalmente válida. Neste momento somos levados a reconhecer a teoria das idéias
Mênon, quando este diz que nada aprendemos, mas apenas
recordamos o já aprendido por meio de reminiscências, dada a nossa capacidade de reter
coisas na memória. Pois segundo Platão, o conhecimento é fruto do rememoramento daquilo
que já havia na memória (no mundo das idéias que habita nossa alma). Desse modo, educar
para Platão é despertar o individuo para o que ele já sabe, mostrando-lhe que o conceito
de virtude é algo universalmente válido, assim como a coragem, a justiça, entre outros,
que já se encontram alojados na alma e por isso mesmo são independentes das opiniões dos
homens. Ou seja, para além das minhas verdades (relativas) existe a verdade (absoluta).
Além do que considero bom, verdadeiro e justo existe o Bem, a Verdade e a Justiça.
Assim, para Platão, a sabedoria é constituída de uma ordem de conduta guiada pela razão
e a virtude uma disposição firme e habitual para o bem, aproximando-se ao máximo da
aretè.
de
Platão
nas
páginas
do