EB 2/3 - PASSE: Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar

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PASSE.EB2-3
Manual do Dinamizador da Dimensão
Curricular da EB2-3
Débora Cláudio
Rui Tinoco
Nuno Pereira de Sousa
Versão de trabalho
2013
Departamento de Saúde Pública
1
Este Manual faz parte integrante do programa PASSE, galardoado em 2011 com o
Nutrition Awards – na categoria de Saúde Pública.
Ficha Técnica
Título: PASSE.EB 2-3 – Manual de Trabalho com Grupos de Docentes
Autores: Débora Cláudio, Rui Tinoco, Nuno Pereira de Sousa
Versão de trabalho, junho 2013
Porto: Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.
Departamento de Saúde Pública
Rua Anselmo Braancamp, 144 – Porto
[email protected]
www.passe.com.pt
O conteúdo deste manual, bem como de todo o material desenvolvido pelo PASSE, encontra-se
devidamente registado, não estando autorizada a utilização do mesmo em contextos que não o do
próprio Programa.
2
Índice
I – Introdução --------------------------------------------------------- 5
II – PASSE.net -------------------------------------------------------- 7
1. És mais esperto que a indústria? ----------------------------------- 9
2. Campeonato StoPASSE + -------------------------------------------10
3. Jogo PASSE Teen ----------------------------------------------------11
4. Revista: Leitura & Escrita ------------------------------------------ 12
5. Fazendo spots PASSE Bem!----------------------------------------- 13
6. Publicidade Alimentar: o que está a dar? --------------------------14
7. Sms cusca: vermelho como um tomate --------------------------- 15
8. Quem decide sou eu! ---------------------------------------------- 16
9. Aprender a comprar ------------------------------------------------ 17
10. Quem admiramos ------------------------------------------------- 18
11. Mitos & Ditos ------------------------------------------------------ 19
12. Dias Alimentares Saudáveis -------------------------------------- 20
13. Pequeno-almoço à lupa ------------------------------------------- 21
14. A cor da água ----------------------------------------------------- 22
15. Debate & Escrita -------------------------------------------------- 23
16. 1, 2, 3, 4, 5… Partida! -------------------------------------------- 24
17. 7+1 ---------------------------------------------------------------- 25
18. Alimentação Saudável, o que é? --------------------------------- 26
19. O pequeno-almoço ------------------------------------------------ 27
20. Detetives na net --------------------------------------------------- 28
Cartão PASSE.net ----------------------------------------------------- 29
Check-list das atividades PASSE.net para professor ---------------- 30
3
As atividades PASSE.net e os anos letivos --------------------------- 31
III – Promoção da saúde: instruções de aplicação ------------ 32
Alinhamento 7º Ano --------------------------------------------------- 32
Alinhamento 8º Ano --------------------------------------------------- 60
Questionário PASSE.EB 2-3 ------------------------------------------- 79
IV – Bibliografia ---------------------------------------------------- 81
V - Bibliografia PASSE ------------------------------------------- 83
4
I- Introdução
O
presente
manual
contém
dois
instrumentos
diversos.
Pretendemos aqui disponibilizar ferramentas que permitam uma
intervenção no que respeita à educação para a saúde, na área
alimentar na sua área abrangente no nível escolar que vai desde o 5º
ao 9º ano, assim como da promoção da saúde restrito aos 7º e 8º
anos, servindo como anos motores para a implementação desta
vertente do programa.
Deste modo, prevemos a adoção de uma série de atividades que
podem abarcar o segundo e terceiro ciclos na sua totalidade. As
atividades abordam a área dos comportamentos alimentares numa
perspetiva holística, como vem sendo apanágio do programa.
Pretendemos
rentabilizar
aqui
uma
série
de
instrumentos
e
plataformas já existentes como os videojogos ou o site PASSE.
Pretendemos ainda tornar claras algumas adaptações que nos
parecem indispensáveis relativamente ao livro Atividades Lúdicas na
Área dos Comportamentos Alimentares. Consideramos importante a
sua aplicação ao nível do 7º e 8º ano dando realce à dimensão da
tomada de decisão.
Assim, tendo apenas em linha de conta a dimensão curricular do
programa, descrevemos atividades para se poder trabalhar a nível da
educação para a saúde, usando instrumentos e ambientes de
aprendizagem apelativos – como os jogos ou a interação com o site
do programa. Já no que concerne à promoção da saúde a aplicação
5
das sessões previstas na obra que referimos, e que serve de natural
complemento a este documento, servirá esse propósito.
Chamamos a atenção para a importância de se considerar a
intervenção ao nível da EB 2-3 na sua complexidade. No decorrer
destas páginas, serão chamadas para aqui as dimensões comunitária
e
ecológica
do
programa
–
não
só
nos
manuais
que
as
operacionalizam mas também os instrumentos que podem para isso
concorrer. Referimos já os videojogos e o site mas existem outros
como por exemplo o Selo PASSE, os cartazes de Educação
Alimentar ou o kit PASSE na Rua.
6
II – PASSE.net
Atividades de educação para a saúde
O presente capítulo do manual apresenta um conjunto de
atividades relacionadas com a educação alimentar, assim como
outras áreas que são fulcrais para o programa PASSE encontrando
sinergias com o curriculum escolar. Pensamos nomeadamente na
publicidade televisiva, no incentivo à atividade da escrita, exploração
de informação relativa a determinados alimentos, assim como
atividades na esfera familiar, além de que também são propostas
atividades na área do consumo responsável e dos ídolos.
Pretendemos sobretudo que todos os anos em que exista
possibilidade
de
instrumentos
e
rentabilizados.
desenvolvimento
plataformas
Referimo-nos
(www.passe.com.pt),
às
que
de
atividades
já
existem,
concretamente
atividades
que
ao
lá
PASSE
possam
site
são
estes
do
ser
PASSE
propostas
e
disponibilizadas.
O site inclui uma série de fichas e propostas de atividades que
podem ser, neste momento, trabalhadas com os professores em
contexto de sala de aula, em contexto familiar pelos alunos em casa
ou outro que seja considerado pertinente. Assim, e concretizando um
pouco, prevê-se:
- a rentabilização dos videojogos do programa nomeadamente o
PASSE.teen;
- a exploração de uma revista interativa e contribuição por parte
dos alunos com textos para o site do programa;
- a exploração crítica dos spots PASSE Bem!;
7
Existe também a possibilidade, que é incentivada, de partilha online de experiências através da presença do PASSE no facebook.com
ou através de vídeos disponibilizados no canal do youtube.com.
Chamamos a atenção para a importância de se poder articular o
nível de intervenção para todos os anos da EB2,3 com outros
manuais
de
intervenção
previstos
no
programa.
Referimo-nos
concretamente à intervenção com docentes (prevista no manual
PASSE.doc – Manual de Trabalho com Grupos de Docentes) e
dos
níveis
comunitários
e
ecológicos
previstos
nos
manuais
(PASSE.com - Manual da Dimensão Comunitária; EcoPASSE Manual da Dimensão Ecológica; PASSE EE - Manual do
Dinamizador Encarregados de Educação).
Assim cumpre, uma vez mais, manter uma visão estratégica e
holística
da
intervenção
em
contexto
escolar.
Especificamente
relembramos aqui alguns instrumentos importantes, que podem
mobilizar e cativar sinergias:
- os jogos previstos no PASSE na Rua cujos alunos podem ser
por exemplo, monitores para jogos aplicados ao 1º ciclo;
- o Selo PASSE que poderá ser conferido a atividades de grupos
de alunos deste nível de ensino.
As atividades poderão ser desenvolvidas em contexto de um
clube de saúde específico para as atividades do programa e que, a
ser ele o contexto do desenvolvimento das atividades que de seguida
propomos,
chamar-se-á
Clube
PASSE.
No
caso
de
eventos
realizados na escola, na dimensão ecológica poderá ser criado o Dia
PASSE.
8
PASSE.net
1.És mais esperto que a indústria?
Objetivo PASSE: explorar anúncios televisivos, relacionando-os com a
literacia do consumerismo.
Alinhamento da atividade:
1 - Consulta o link e descarrega o documento que dá o nome a esta
atividade.
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/smscusca/mais_esperto.
pdf
2 - Analisa o texto quanto às estratégias que as empresas da
indústria alimentar utilizam. Reflete sobre o quanto tu e os teus
colegas estão conscientes das técnicas e instrumentos usados na
publicidade e no apelo ao consumismo. Pensa no conceito do
consumerismo e explora vantagens e inconvenientes.
3 - Depois, procura bem se existem mensagens de publicidade
alimentar na tua escola? Quais? Onde?
4 - Escreve um pequeno texto para ser publicado no jornal do
agrupamento escolar/escola, blog ou no jornal de parede com as tuas
reflexões.
5 - A tua turma deve agora decidir qual o texto a ser publicado. Se
tiveres vários meios de comunicação ao teu dispor (blog, jornal de
parede, jornal da escola, etc), escolham um texto diferente para cada
um deles!
6 - Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
9
PASSE.net
2. Campeonato StoPASSE +
Objetivo PASSE: explorar e conhecer melhor as Famílias da Roda de
Alimentos e os seus alimentos
Alinhamento da atividade:
1- Consulta o seguinte link e descarrega o documento que dá o nome
a esta atividade.
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/cenascurtidas/STOPasse
_plus.pdf
2 – Imprime a página 1 para participares no campeonato StoPASSE
+.
A tua turma deve dividir-se em 4 grupos de alunos, jogando cada
grupo no seu dia, na mesma semana:
- Grupo 1: 2ª feira
- Grupo 2: 3ª feira
- Grupo 3: 4ª feira
- Grupo 4: 5ª feira
Na sexta-feira, joga-se a grande final com os vencedores de cada um
dos Grupos.
2 - Propomos que jogues a variante Stopasse Rápido, mas se a tua
turma preferir outra, também poderá ser.
Envia uma mensagem via facebook(FB) para a nossa página do FB
(http://www.facebook.com/passe.dsp) com um comentário a dizernos que a tua turma jogou e quem venceu.
3 - Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
10
PASSE.net
3. Jogo PASSE Teen
Objetivo PASSE: divulgação do videojogo “PASSE Teen” da coleção
3xPASSE e das mensagens alimentares que lhe estão subjacentes.
Alinhamento da atividade:
1- Vai a http://www.passe.com.pt/public/upload/jogos/index.html e
joga o PASSE Teen.
2 - Compara os pontos que fizeste com pelo menos dois dos teus
colegas. Quem é o campeão?
3- Envia uma mensagem para a nossa página do facebook
(http://www.facebook.com/passe.dsp) com uma imagem do teu nível
preferido, com um comentário a dizer-nos que a tua turma jogou e
qual o teu alimento da roda preferido. Podes pedir ao teu professor
que envie a mensagem pela conta FB da turma ou da escola, caso a
tenham criado.
4 – Podes falar com o teu professor sobre as mensagens, em termos
de educação alimentar e de atividade física, que o jogo transmite.
5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
11
PASSE.net
4. Revista: Leitura & Escrita
Objetivo PASSE: discussão e consolidação de conhecimentos na área
da educação para a saúde, nomeadamente no tema da alimentação.
Alinhamento da atividade:
1 – Consulta o seguinte link
http://www.passe.com.pt/public/upload/revistas/alimentacao_web.sw
f
2 – Lê com os teus amigos esta revista interativa sobre alimentação.
Escolhe um dos artigos para comentar.
3 - Que artigo escreverias tu para uma revista como esta? Envia-nos
para:
[email protected]
3 – Os melhores textos serão publicados no nosso site. Podes
partilhar a experiência enviando uma mensagem pelo FB para a
nossa página do facebook:
(http://www.facebook.com/passe.dsp)
4 - Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
12
PASSE.net
5.Fazendo spots PASSE Bem!
Objetivo PASSE: desenvolvimento de competências na área da
publicidade alimentar saudável.
Alinhamento da atividade:
1 – Consulta o seguinte link
http://www.youtube.com/playlist?list=PL4090A669E76BC41C
2 – Vê com atenção os 5 spots PASSE Bem!
3 – Inventa com os teus amigos spots divertidos sobre alimentação
saudável dirigidos aos teus colegas, utilizando algum programa de
apresentações no teu computador.
4 - Filma-os em sequência com o teu telemóvel ou câmara.
5 - Carrega-os para o youtube e envia-nos o endereço dos mesmos.
Os que obtiverem mais likes/gostos, terão direito a links no nosso
site (www.passe.com.pt) e página do facebook
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
13
PASSE.net
6.Publicidade Alimentar: o que está a dar?
Objetivo PASSE: desenvolvimento de competências na área da
literacia mediática.
Alinhamento da atividade:
1 – Consulta o seguinte link
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/abrincarabrincar/Publicid
ade.pdf analise o documento que dá o nome a esta atividade.
2 – Realiza a atividade com os teus encarregados de educação. Podes
registar quais os spots de publicidade em que tiveste a mesma
opinião que os teus encarregados de educação e quais os que
discordaram.
3 - Compartilha connosco as vossas conclusões enviando uma
mensagem
pelo
Facebook
para
a
nossa
página
do
facebook
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
14
PASSE.net
7. Smscusca: vermelho como um tomate
Objetivo PASSE: aumentar nível de conhecimento na área da
alimentação.
Alinhamento da atividade:
1 – Consulta o seguinte link:
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/smscusca/Tomate.pdf
Lê tudo o que querias e não querias saber sobre o tomate.
2 – Publica na página do facebook da tua escola, caso tenham criado
uma e envia-nos uma mensagem para a nossa página do Facebook:
http://www.facebook.com/passe.dsp
referindo-nos que publicaste
receitas para deliciosos lanches da manhã ou da tarde onde um dos
alimentos seja o tomate. Se nos mandares fotos dos lanches, ainda
melhor.
3 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
15
PASSE.net
8. Quem decide sou eu!
Objetivo PASSE: trabalhar a parentalidade e a comunicação na área
dos comportamentos alimentares.
Alinhamento da atividade:
1 - Os teus encarregados de educação costumam decidir os assuntos
de que se fala ao jantar? Esta é a semana em que quem decide és tu!
Para cada um dos dias da semana, escolhe um tema para todos
conversarem. E, mesmo que eles não estejam muito interessados no
tema que escolheste, podes sempre lembrá-los que este é um dos
teus trabalhos de casa.
2 - Conta-nos de que temas falaram, enviando uma mensagem para
a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp).
Falaram algum dia sobre alimentação saudável?
3 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
16
PASSE.net
9. Aprender a comprar
Objetivo
PASSE:
desenvolver
competências
na
área
do
consumerismo.
Alinhamento da atividade:
1 - Vai a :
http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/passe_net/Compras.pdf
2 - Preenche a folha de acordo com as instruções.
3 - Conta-nos o que aconteceu enviando uma mensagem via FB para
a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
17
PASSE.net
10. Quem admiramos
Objetivo
PASSE:
aumentar
a
consciência
do
motivo
porque
admiramos as outras pessoas e em que medida isso influencia o
nosso próprio comportamento.
Alinhamento da atividade:
1- Consulta o seguinte link:
http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/passe_net/Idolos.pdf
2 – Depois de impressa, preenche a folha, de acordo com as
instruções.
3 - Diz-nos que características positivas partilhas com o teu ídolo
enviando uma mensagem via FB para a nossa página do facebook
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
18
PASSE.net
11. Mitos & Ditos
Objetivo
PASSE:
trabalhar
e
desconstruir
mitos
na
área
da
alimentação e dos comportamentos alimentares.
Alinhamento da atividade:
1- Consulta o seguite link :
http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/Ficha%20Mitos%20e
%20Ditos_Alta%20Resolucao_1.jpg
2- Depois de impressa a página, preenche, de acordo com as
instruções.
3 - Tiveste alguma surpresa? Partilha connosco enviando uma
mensagem
via
FB
para
a
nossa
página
do
facebook
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
19
PASSE.net
12. Dias Alimentares Saudáveis
Objetivo PASSE: construção de um dia alimentar saudável.
Alinhamento da atividade:
1 – Consulta o seguinte link:
http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/Ficha%20DiasAlim_Al
ta%20Resolucao_2.jpg
2 – Depois de impressa, preenche a folha, de acordo com as
instruções.
3 – Preenche um dia alimentar para um dia de férias. É igual?
4 - Partilha as tuas ideias através de uma mensagem enviada para a
nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp).
5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
20
PASSE.net
13. Pequeno-almoço à lupa
Objetivo
PASSE:
salutogénicas
aumentar
relacionadas
com
conhecimento
o
sobre
pequeno-almoço
decisões
e
a
sua
importância.
Alinhamento da atividade:
1- Consulta o seguinte link
http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/Ficha%20PeqAlmoco_
Alta%20Resolucao_1.jpg
2 – Depois de impressa, preenche a primeira folha, de acordo com as
instruções.
3 - Quem se portou melhor? Tu ou os adultos? Conta-nos tudo
enviando uma mensagem via FB para a nossa página do facebook
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
21
PASSE.net
14. A cor da água
Objetivo PASSE: promoção da água como bebida de rotina.
Alinhamento da atividade:
1- Pergunta a 10 amigos quais são as características da água que
mais gostam quando a bebem.
2 – Discute os resultados com a tua turma. Façam uma imagem
publicitária a uma marca de água inventada que realce essas
características e enviem-na como anexo da mensagem para a nossa
página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp).
3 – Se possível, afixem um poster na vossa escola com a imagem e
mensagens sobre a água.
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
22
PASSE.net
15. Debate & Escrita
Objetivo PASSE: sensibilização para os cuidados a ter com os
alimentos hipercalóricos.
Alinhamento da atividade:
1 - Deveríamos comer alimentos que não estão na roda apenas em
ocasiões especiais. Porquê? Muitos deles são hipercalóricos. Uma
pequena quantidade desses alimentos já pode significar uma ingestão
enorme de calorias. Porquê?
2 - Então, por que razão existem tantos alimentos desses em
tamanho XXXL? O que achas disto?
3 - Organiza com a tua turma um debate sobre este assunto. Não te
esqueças que para argumentar deves ter um painel de alunos a favor
e
outro
contra.
Depois
os
painéis
devem
trocar
de
posição
argumentativa. Retirem conclusões e escrevam-nos uma mensagem
via FB para a nossa página do facebook:
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
23
PASSE.net
16. 1, 2, 3, 4, 5… Partida!
Objetivo
PASSE:
trabalhar
de
forma
lúdica
alguns
aspetos
importantes relacionados com a alimentação saudável, como o
consumo de fruta e hortícolas.
Alinhamento da atividade:
1 – Vai a
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/abrincarabrincar/5_Parti
da.pdf e descarrega o documento.
2 – Imprime a página 4 do documento, o tabuleiro; se não tiveres
dado para jogar não te esqueças de construir o teu próprio dado
(imprime a página 5 e constrói-o).
3 – Queres partilhar o que achaste do jogo e o que aprendeste com
ele? Conta-nos tudo enviando uma mensagem para a nossa página
do facebook: (http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
24
PASSE.net
17. 7+1
Objetivo PASSE: aprender de forma lúdica algumas mensagens
relacionadas com a roda dos alimentos e seus grupos.
Alinhamento da atividade:
1 – Vai a
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/cenascurtidas/setemaisu
m.pdf e descarrega o documento.
2 – Lê as instruções e constrói o teu jogo. De seguida joga-o com os
teus colegas.
3 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste com o jogo? Contanos tudo na enviando uma mensagem para a nossa página do
facebook: http://www.facebook.com/passe.dsp.
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
25
PASSE.net
18. Alimentação saudável, o que é?
Objetivo PASSE: trabalhar mensagens importantes na área da
alimentação saudável.
Alinhamento da atividade:
1 – Consulta o seguinte link:
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/clubedossabichoes/alime
ntacao_saudavel.pdf . Descarrega o documento. Trata-se de uma
ficha
de
leitura
do
Clube
dos
Sabichões
relacionada
com
mensagens importantes na área da alimentação saudável.
2 – Lê e discute com os teus colegas as mensagens que achaste mais
importantes. Como podes adaptar estas mensagens a jovens e
adultos?
3- Se for possível, faz um cartaz em grupo com que consideram
imprescindível não esquecer.
4 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste? Conta-nos tudo
enviando uma mensagem para a nossa página do Facebook anexando
as imagens dos cartazes que a tua turma achou mais conseguidos.
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
26
PASSE.net
19. O Pequeno-Almoço
Objetivo PASSE: trabalhar mensagens importantes relacionadas com
o pequeno-almoço.
Alinhamento da atividade:
1 – Vai a
http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/clubedossabichoes/pequ
eno_almoco.pdf descarrega e imprime o texto.
2 – Trata-se de um texto do Clube dos Sabichões. Lê e discute com
os teus colegas as mensagens que achaste mais importantes. Como
podes adaptar estas mensagens tornando-as mais apelativas a jovens
e adultos?
3 - Se for possível, faz um cartaz com o teu grupo sublinhando as
mensagens que consideram imprescindíveis não esquecer.
4 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste? Conta-nos tudo
enviando uma mensagem para a nossa página do facebook e anexa
imagens dos cartazes que a tua turma achou mais conseguidos.
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
27
PASSE.net
20. Detetives na net
Objetivo PASSE: aumentar conhecimento e literacia tecnológica na
área da alimentação saudável.
1
–
Pesquisa
na
internet,
com
a
ajuda
do
teu
professor,
conhecimentos relacionados com a alimentação saudável.
2 – O objetivo é conseguires identificar três links para mensagens
que consideras verdadeiras e três links para mensagens que
consideras falsas.
3 – Debate com a tua turma o que conseguiste encontrar. Escolhe os
três locais mais informativos e três locais que têm mensagens falsas
ou enganosas.
4 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste? Conta-nos tudo
enviando uma mensagem para a nossa página do facebook.
(http://www.facebook.com/passe.dsp).
5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do
professor que tem a checklist PASSE.net.
28
Cartão PASSE.net
O PASSE.net serve para sensibilizar vários anos deste nível de
ensino, ao nível da educação para a saúde, relativamente ao núcleo
de temáticas consideradas importantes ao longo de todos os manuais
e níveis de intervenção do programa PASSE.
De forma a garantir algum nível de intervenção mínimo
disponibilizamos de seguida uma check-list que servirá de guia ao
professor responsável pela aplicação do PASSE.net.
Poderá ser usado o cartão de missões do PAS31 utilizado nesse
manual. Neste caso, cada aluno recebe um cartão de missões que
será preenchido conforme estes alunos atinjam um mínimo para cada
nível, a saber:
Mínimos para a intervenção PASSE.net
- Nível azul: 10 atividades
- Outros níveis: 4 ações para os outros níveis
Sendo que o nível azul corresponde à aplicação das atividades
propriamente ditas e os outros níveis ao envolvimento dos alunos
com o site do programa, as redes sociais e ações de disseminação do
programa para além da turma a que pertencem. Esta ação pode
cruzar-se com as dimensões ecológica e comunitária do PASSE.
Nota importante: pode haver crianças ou adolescentes cujos
pais se oponham à presença dos filhos nas redes sociais. Pode existir
a alternativa do uso de contas conjuntas ou de contas abertas em
nome da turma ou do Agrupamento de Escolas.
Tinoco, R., Cláudio, D., & Pereira de Sousa, N. (2009). PAS3 - Promoção de
Alimentação Saudável no 3º ano. Porto: Administração Regional de Saúde, IP.
1
29
Check-list das atividades PASSE.net para professor
Realizei a
Fui ao site
Fui à rede
Partilhei com
atividade?
PASSE?
social?
a escola?
1.A publicidade
televisiva
2. Campeonato
StoPASSE
3.Jogo PASSE Teen
4.Revista: Leitura &
Escrita
5.Fazendo spots
PASSE Bem!
6.Publicidade
Alimentar: o que está
a dar?
7.Smscusca:
vermelho como um
tomate
8.Quem decide sou
eu!
9.Aprender a comprar
10.Quem admiramos
11.Mitos & Ditos
12.Dias Alimentares
Saudáveis
13.Pequeno-almoço à
lupa
14.A cor da água
15.Debate & Escrita
16. 1, 2, 3, 4, 5…
Partida!
17. 7+1
18. Alimentação
Saudável, o que é?
19. O pequenoalmoço
20. Detetives na net
Nome Aluno _________________________ Turma ____ Número __
30
As atividades PASSE.net e os anos letivos
Nome da
atividade
passe.net
5º
Ano
6º
Ano
7º
Ano
8º
Ano
9º
Ano
Disciplinas onde dinamizar
1.A publicidade
televisiva
2. Campeonato
StoPASSE
x
x
x
x
x
Português; EV ou EVT; TIC;
x
x
x
x
x
3.Jogo PASSE Teen
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Português, Matemática;
Ciências;
TIC, Biblioteca; Ciências;
Português; Ciências
x
x
4.Revista: Leitura
& Escrita
5.Fazendo spots
PASSE Bem!
6.Publicidade
Alimentar: o que
está a dar?
7.Smscusca:
vermelho como um
tomate
8.Quem decide
sou eu!
9.Aprender a
comprar
10.Quem
admiramos
11.Mitos & Ditos
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
História, Geografia;
Português; Ciências; TIC
Português; Ciências; DT;
x
x
x
x
x
Ciências; Matemática; EVTs;
x
x
x
x
x
História; Português; EF;
x
x
x
Ciências; Português;
Matemática; EVs
Ciências; Português; História;
Geografia; EVs, TIC
Ciências, Português,
Matemática
EVs, Matemática; português;
Ciências; Quimica; TIC;
Geografia
Português; Matemática; EVT
12.Dias
Alimentares
Saudáveis
13.Pequenoalmoço à lupa
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
14.A cor da água
x
x
x
x
x
x
x
x
15.Debate &
Escrita
16. 1, 2, 3, 4, 5…
Partida!
17. 7+1
18. Alimentação
Saudável, o que é?
19. O pequenoalmoço
20. Detetives na
net
TIC; Ciências; EV/EVT;
História; Português;
TIC; EVs; Português;
x
x
EV; EF; Ciências; Português
x
x
x
x
Português, EV, TIC
x
x
Português; TIC; EV
x
x
EVs; Português, Ciências
x
x
TIC, Português, Ciências
31
III - Promoção da saúde: PAS7.8 - instruções de aplicação
O livro Actividades Lúdicas na Área dos Comportamentos
Alimentares foi previsto inicialmente para ser aplicado em dois anos
diferentes – funcionando o segundo como uma espécie de bloco de
reforço das aprendizagens e decisões efetuadas.
O 7º ano é um ano de transição e charneira que é por isso
privilegiado em muitos programas de promoção de estilos de vida
saudáveis.
Alinhamento relativo ao 7º ano
No sétimo ano prevemos a aplicação das sessões relativas ao
módulo geral e de saúde mental, assim como algumas sessões
relativas ao módulo informativo. O alinhamento termina com a
aplicação de duas sessões do módulo da tomada de decisão por
forma a garantir a consolidação das aprendizagens, assim como uma
reflexão tendente à modificação de comportamentos.
O alinhamento perfaz um total de 9 sessões.
7º ano
Sessão 1 - Vamo-nos conhecer
Sessão 2 - Diferentes mas iguais
Sessão 3 - Os meus ídolos
Sessão 4 - Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és
Sessão 5 - Também há famílias entre os alimentos
Sessão 7 - Quem vê caras não vê alimentos
Sessão 9 - O equilíbrio da vida
Sessão10 - O que vamos comer hoje?
Sessão12 - A ementa perfeita
32
7º ano
Sessão 1 - Vamo-nos conhecer
1. Objectivos gerais:
Apresentação do programa e diagnóstico dos hábitos alimentares
do grupo.
2. Objectivos específicos:
a. Diagnóstico qualitativo de hábitos alimentares do grupo
via um instrumento de avaliação (agenda alimentar);
b. Promoção de coesão grupal e interconhecimento do
grupo;
c. Estabelecimento de regras de funcionamento
3. Metodologia a utilizar:
-
Passagem de questionário;
Dinâmicas de grupo;
Trabalho em pequeno grupo com partilha em grande grupo.
4. Planificação da sessão:
Primeira fase - Apresentação do programa através do filme
“PASSE” e da planificação das sessões, nomeando os títulos das
diferentes sessões.
Segunda fase -
Passagem do questionário
Terceira fase Condução das dinâmicas de grupo:
1. “Conheço a Turma” – ordenar alfabeticamente a turma
sem falar
2. “O Novelo” - algo sobre mim, ficando ligado em rede
de lã
3. Agrupamentos – por cor, signo, local de nascimento,
clube de futebol preferido, desporto favorito,
disciplinas preferidas, …
4. Escalas gradativas – por gostar muito ou pouco da
escola; por disciplinas de preferência
5. Estátuas de relação – entre professor e aluno ou
relativamente à adaptação à escola. Serão feitas várias
estátuas para um maior envolvimento dos alunos.
Quarta fase - Trabalho de grupo: cada grupo regista em folha de
papel 8 comportamentos a observar e 8 comportamentos a
evitar nas sessões do PASSE, no momento e espaço PASSE a
dinamizar na turma.
Em grande grupo seleccionam os mais importantes que
constituirão a aliança de trabalho. Além do registo no quadro,
33
deve ficar registado no caderno e de preferência 1 exemplar
afixado em sala de aula.
5. Súmula:
Sublinhar que os alunos conseguiram o estabelecimento de
regras de funcionamento do grupo ou Aliança de Trabalho. Esta
súmula deverá incluir além das regras que o grupo escolheu
observar, as potencialidades de trabalho em grupo, sublinhando
o que se poderá ganhar com este tipo de funcionamento.
6. Actividades de consolidação
O professor pede aos alunos que produzam um diário alimentar
durante uma semana no qual se registarão os hábitos
alimentares normalmente seguidos por cada aluno. Poderão
incluir hábitos desportivos e de atividade física. Esta informação
serve para o professor poder escolher aspetos a sublinhar
melhor durante a execução do programa e eventualmente
passar alguma informação pertinente à equipa de saúde PASSE.
7. Operacionalização da sessão
A sessão visa agilizar o primeiro contacto do PASSE com o grupo de
alunos, bem como a delimitação do espaço e momento PASSE, em
sala de aula, com o estabelecimento da Aliança de Trabalho que
acompanhará todo o desenrolar das sessões.
Na 1ª fase, o dinamizador deverá relacionar os objetivos do
programa com as sessões, nomeadamente enfatizando o título.
Pretende-se que os títulos metafóricos das sessões possam
potenciar as aprendizagens. O filme PASSE pretende mostrar a
amplitude e dimensões trabalhadas pelo Programa na região
Norte de Portugal, com o sentimento de pertença de inclusão
num programa regional.
Na 2ª fase proceder-se-á à passagem do questionário
simplificado de avaliação do programa que será repetido mais
completo, no final das sessões neste ano letivo e inicia-se o
registo do primeiro dia da “Agenda Alimentar” de deve ser
preenchida por cada aluno todos os dias de uma semana sem
feriados ou dias especiais.
Na 3ª fase conduzem-se as dinâmicas de grupo como quebragelo e promotoras de coesão grupal:
Para começar:
A primeira dinâmica intitula-se “Conheço a minha turma”. Dá-se
como instrução ao grupo que em pé e sobre uma linha imaginária no
chão em que numa ponta é a letra A e na outra ponta a letra Z, os
alunos se devem colocar, em absoluto silêncio, ordenados por ordem
alfabética.
Introduz-se de seguida a dinâmica O Novelo. Este quebra-gelo
inicia-se com os alunos sentados em círculo. Um aluno apresenta-se
ao grupo com uma característica de si que pense que os outros
34
desconhecem (ie: prato preferido ou música detestada, ou sei tocar
viola de arco ou outra que considerem interessante). Agarrando
numa ponta do fio de lã, esse aluno atira o novelo a outro colega, o
qual, por sua vez, dirá algo sobre si, e assim sucessivamente. A cada
passagem, a pessoa que se apresenta mantém-se ligada ao fio de lã.
Forma-se deste modo uma teia que simbolizará os laços que nos
ligam ao grupo.
A 3ª fase prossegue através de agrupamentos de alunos com
características semelhantes em determinadas áreas da sala em que
decorre a dinâmica. Propõe-se agrupamentos em torno da cor
preferida, signos do zodíaco, cor que mais gosta, local de nascimento,
clube de futebol preferido, desporto favorito, disciplinas preferidas, …
Ao mesmo tempo que prossegue o jogo, os alunos começam a
familiarizar-se com o tipo de métodos empregues durante o
programa.
Seguem-se as escalas gradativas em relação à adesão à escola e
às disciplinas de preferência, nas quais os alunos se posicionam numa
linha imaginária, cujas pontas são o 100%, de gostar muito e a
outra o 0%, de não gostar nada. Esta actividade permite o diálogo
em relação às escolhas e aos gostos de cada um, que se explorará de
forma mais ou menos detalhada, conforme o tempo disponível.
Esta etapa da sessão termina com o jogo seguinte que consiste
em idealizar uma estátua da relação entre aluno e professor na
escola.
Nesta actividade, pretende-se que um aluno manuseie duas
pessoas que não se mexem (e que constituem a estátua), de modo a
que consigam exprimir o sentimento do grupo face à relação
pedagógica na instituição em que aprendem. O aluno que faz de
escultor coloca os braços e mãos das estátuas na posição que
entende melhor exprimir o que pretende mostrar.
Sugere-se que, em casos de turmas grandes, se numerem os
alunos aleatoriamente (1, 2, 3, 4,...) e que se trabalhe em pequeno
grupo – deste modo, o grupo dos números 1 constroem uma estátua,
o grupo dos números 2 realiza outra e assim sucessivamente.
A 4ª fase é constituída por trabalho de grupo, no qual os
diversos grupos vão propor uma série de comportamentos a observar
e a evitar para que este tipo de programa possa funcionar com o
mínimo de problemas associados.
No alinhamento da sessão, propõe-se grupos de dois se vão
associando em grupos maiores através da selecção dos
comportamentos mais importantes. Se, todavia, existir pouco tempo
para a implementação desta fase, podem manter-se os grupos da
numeração aleatória utilizada para a construção das estátuas e a
partilha imediata do trabalho desses grupos em contexto de turma.
Qualquer que seja a opção tomada, o principal objectivo é a
constituição da aliança de trabalho, a qual servirá de linha de
conduta ao longo de todas as sessões a realizar. Esta será regida
35
numa folha de papel que será afixada na sala e relembrada nos
momentos PASSE futuros.
A súmula deverá realçar a possibilidade de se aprender “saúde “
com este tipos de jogos, mas que, se se quer realmente que as coisas
corram bem, a aliança de trabalho tem de ser respeitada.
Finalmente, conforme a disponibilidade de tempo, far-se-á
referência ao trabalho que outros professores poderão desenvolver
com os alunos ao longo da semana, através do preenchimento de
fichas e a condução de outras actividades curriculares ou extracurriculares como o PASSE.net em EcoPASSE ou PASSE.com.
8. Materiais necessários
- Questionário de diagnóstico de hábitos alimentares (agenda
alimentar e questionário simplificado);
- Listagem de agrupamentos sugeridos;
- Novelo de lã
- Papel e canetas.
Questionário PASSE.EB 2-3 simplificado
Identifica três erros alimentares que costumas fazer
Os meus três erros alimentares são
1 - _______________________________________________
2 - _______________________________________________
3 - _______________________________________________
O que preciso fazer para corrigir esses erros?
Erro 1 ____________________________________________
Erro 2 ____________________________________________
Erro 3 ____________________________________________
36
Agenda Alimentar
37
Sessão 2 – Diferentes, mas iguais
1.Objectivos gerais:
- reconhecimento da importância da unicidade individual.
2. Objectivos específicos:
-
compreensão das dimensões psicológicas e do que
elas têm de único e de especial para cada indivíduo;
compreensão da importância do corpo próprio e da
sua importância para se ter um bem-estar físico e
psicológico.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmicas de grupo.
4. Planificação da sessão:
1º fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2º fase – condução da dinâmica “Dinis diz…”*
3ª fase – condução da dinâmica “A bola de sabão”;*
4º fase – condução da dinâmica “Eu sou...”;*
5ª fase – discussão em grande grupo.
* Dinâmicas retiradas e adaptadas do livro: Manual de Jogos
Educativos de Donna Brandes e Howard Phillips, mas nos últimos dois
casos os jogos foram bastante transformados.
5. Súmula:
Esta sessão está pensada de modo a poder realçar a
importância da aceitação do que cada um é. O momento de reflexão
conjunta, socorrendo-se da conversa e da troca de ideias, ao estilo
não directivo deve reforçar as conclusões quer ao nível das
qualidades e defeitos trabalhados na dinâmica “Eu sou...”, quer no
que respeita ao jogo “A bola de sabão” e às dimensões mais corporais
que ele evoca.
6. Actividades de consolidação:
Os alunos serão desafiados a reflectir sobre o modo como
corpos são apresentados na publicidade televisiva ou ainda
identificar casos de pessoas que não aceitam bem o seu corpo
que, apesar de ter um corpo que possa suscitar sentimentos
rejeição, vivem bem com o facto e aceitam-se a si mesmos.
os
a
ou
de
38
7. Operacionalização da sessão
Depois da reapresentação da aliança de trabalho (1ª fase),
conduz-se a dinâmica “Dinis diz” em que se pede um voluntário que
começando as frases por Dinis diz…, dá uma série de ordens (Dinis
diz ponham-se todos de cócoras; todos ao pé coxinho, levantem o
braço direito, entre outros). No entre cada uma das ordens os alunos
andam pela sala. Termina assim a 2ª fase que serve de aquecimento
às etapas seguintes.
A 3ª fase da sessão é dedicada à condução da dinâmica “A bola
de sabão”. Neste jogo o dinamizador explica aos participantes que
devem percorrer a sala e tentar ocupar o maior espaço possível, sem
tocarem em ninguém. Pode haver lugar a uma breve explicação sobre
o espaço pessoal que cada um tem e ao qual tem direito, a tal bola
de sabão. O dinamizador pode ainda dar as seguintes ordens: “a bola
está muito pequena”; “a bola está normal”; e “a bola está gigante”.
Na continuidade, formam-se pares que sejam diferentes em altura ou
outra característica corporal: aos pares fazem nova bola de sabão, e
depois cada um dos pares tenta fazer a bola de sabão do outro.
No final desta fase, em grupo ou em conversa em que toda a
turma participa pode-se trabalhar as seguintes questões:
- consigo ser como a bola de sabão do meu colega?;
- quero alterar alguma coisa no meu corpo?;
- os corpos são todos iguais?
Numa das aplicações deste jogo aproveitámos um par de alunos
que contrastavam muito em termos de altura e volume corporal para
trabalhar estas questões – cada um estava satisfeito por ser o que
era.
A 4ª fase inicia-se com a condução da dinâmica “Eu sou...”.
Nesta dinâmica pede-se a cada um dos participantes que escrevam
várias frases que se iniciem desse modo. É fornecida uma folha de
papel a cada aluno com colunas para preencher com as
características listadas. De seguida, numera-se os alunos e pede-se
que se levantem, à vez, os 1, os 2 e assim em diante. O dinamizador
pede que se agrupem por frases iguais ou ideias iguais (exactamente
iguais). No final desta dinâmica, em grande grupo, pode-se discutir a
ideia de que cada um é diferente dos outros e que não há pessoas
exactamente iguais. Pode-se ainda dizer aos participantes que se
agrupem por pessoas com mais características em comum e
identificar casos em que há mais diferenças. Pode-se ainda trabalhar
em pequeno ou em grande grupo as seguintes questões:
- devo aceitar-me como sou?;
- o que posso melhorar?
- é possível mudar ou não?
39
A 5ª fase dedica-se à discussão em grande grupo das
impressões relacionadas não só com esta dinâmica, mas com a
dinâmica anterior. A sessão, com efeito, trabalha a individualidade
em aspectos psicológicos e físicos. Pode-se ainda lançar o repto de: e
o que isto tem que ver com a alimentação?
8. Materiais necessários
- fazer listagem de ordens para “Dinis diz…”;
- Ficha “Diferentes, mas iguais”
40
Sessão 3 – Os meus ídolos
1.Objectivos gerais:
- estimular a tomada de consciência do modo como idealizamos
os outros.
2. Objectivos específicos:
- conhecimento da importância dos ídolos e do modo
como se escolhem os ídolos;
-escolher ídolos é dizer algo de nós mesmos.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª
2ª
3ª
4ª
fase
fase
fase
fase
–
–
–
–
reapresentação da aliança de trabalho;
brainstorming sobre o que é um “Ídolo”;
condução do jogo “Os ídolos e os planetas”;
reflexão em grande grupo.
5. Súmula:
A reflexão deve sistematizar as aprendizagens e conclusões
efectuadas nas diversas fases da sessão. Concretamente, o
dinamizador deve sublinhar que não existe um ídolo mas vários,
conforme os ideais e as escolhas que cada um faz. Os planetas
imaginários servem um pouco para evidenciar a ligação entre o que é
subjectivo e o que é projecto nas figuras idealizadas dos ídolos e dos
heróis existentes, de uma forma ou de outra, em todas as sociedades
humanas.
6. Actividades de consolidação:
No seguimento das actividades de consolidação propostas na sessão
anterior, podem pedir-se aos alunos que reflictam sobre o modo
como os ídolos e as pessoas famosas aparecem na televisão. Podem
ainda sugerir-se a criação de listas de características em comum
entre os vários ídolos listados na sessão ou em trabalho de casa.
41
7. Operacionalização da sessão
Na 1ª fase como é habitual apresenta-se a aliança de trabalho,
assim como se faz alguma reflexão sobre o funcionamento do grupo
nas últimas sessões. De seguida apresenta-se o nome da sessão e
explora-se de uma forma geral o assunto “ídolos”.
A 2ª fase: Após se terem formado pares de trabalho, estes
dedicam-se a uma colecta de ideias sobre o que é um ídolo; o qual é
o seu papel na sociedade; exemplos de ídolos; suas características.
Todas estas ideias serão apontadas no quadro por um porta-voz de
um ou mais pequenos grupos.
Após a realização desta tarefa, dividem-se os participantes em
quatro grupos (início de 3ª fase). A cada um desses grupos serão
distribuídos cartões com planetas imaginários, a saber: Planeta dos
Aviões (grupo1); Planeta dos Anões (grupo 2); Planeta dos Azuis
(grupo 3); Planeta dos Carros (grupo 4). Para cada situação o grupo
deverá inventar três a quatro personagens que serão os ídolos das
suas comunidades ou planetas. Quando esta tarefa tiver sido
terminada numeram-se os participantes de cada grupo de 1 a 4 e são
formados novos grupos em que cada participante veio de um Planeta
diferente. Dão-se instruções no sentido de se chegar a um consenso
sobre as características de um ídolo. Cada grupo escreve as principais
características (mínimo 3) e escolhe 1 relator que as comunica ao
grande grupo. Deve também conhecer-se os ídolos escolhidos por
cada grupo e compará-los com os ídolos enumerados na etapa
anterior.
O plenário em grande grupo marca a 4ª fase da sessão em que
se sistematizam as aprendizagens e se desenvolvem ideias como: as
influências nas escolhas; como se vê o mundo e como se escolhe; as
preferências; as simpatias; os ídolos; o que se quer ser e o que se
come. Esta sistematização é construída a partir das expressões dos
diferentes grupos ao longo da sessão.
8. Materiais necessários
- Quadro para sistematização da colecta de ideias da 2ª fase;
- 4 cartões com descrição dos planetas imaginários.
- Folha branca e canetas
42
Sessão 4 - Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és
1.Objectivos gerais:
- conhecimento qualitativo dos hábitos alimentares
2. Objectivos específicos:
- conhecimento dos hábitos alimentares de cada aluno;
- sistematização desses hábitos e primeira reflexão sobre eles.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo, seguida de súmula das aprendizagens em
pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – condução de dinâmicas de grupo
1. Agrupar por elementos em comum
2. Escala gradativa
- por alimentos preferidos e detestados (os cinco mais
e os cinco menos da fase anterior);
- por bebidas preferidas e detestadas (idem);
- por aceitação do bar da escola.
3ª fase - Construção individual dia alimentar.
4ª fase – Em grupos de dois e posteriormente de quatro os alunos
deverão listar oito comportamentos correctos e oito incorrectos; na
segunda fase, seleccionar cinco. Sistematização dos resultados e
feedback do dinamizador, que sublinha os resultados encontrados na
turma e os confronta com as recomendações de organismos nacionais
e internacionais na área da saúde.
5. Súmula
Esta súmula deverá incluir um apontamento mais teórico sobre a
importância da alimentação, procurando responder à questão: por
que comemos?;
Em paralelo deverá existir uma reflexão sobre os resultados
registados com os agrupamentos de alunos em relação aos seus
hábitos alimentares.
Muitos erros e perguntas ficarão ainda por responder, tomando
devida nota das questões mais pertinentes algumas das quais terão
resposta dada pela execução de sessões em datas posteriores.
43
Finalmente um ponto de situação sobre as recomendações de estilos
de vida saudáveis que incluem uma alimentação saudável e a prática
regular de atividade física.
6. Actividades de consolidação:
Os alunos poderão, a partir de uma semana alimentar construída
em actividade de consolidação anterior(ie passe.net), identificar
comportamentos correctos e incorrectos que eles próprios praticaram.
Poderão ainda fazer uma lista de hábitos alimentares das suas
famílias, distinguindo as refeições quotidianas das refeições festivas.
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho.
Caso seja necessário, pode dedicar-se nesta 1ª fase algum tempo
para o diálogo: toda a gente concorda?; Alguém tem mais alguma
coisa a acrescentar?; terminando assim a 1ªfase da sessão.
A 2ª fase consiste no agrupamento de alunos por hábitos ou
comportamentos alimentares e por escalas gradativas em relação a
alimentos preferidos e detestados. Conforme o grupo, poderá ser
adoptada uma posição mais ou menos directiva. Por exemplo, os
agrupamentos serão livres, mas se tal gerar confusão ou necessidade
de organização, o próprio condutor da sessão pode designar locais
para cada agrupamento específico. Tal actividade poderá constituir
uma forma qualitativa de avaliar conhecimentos e comportamentos.
Abre também espaço a uma comunicação informal sobre hábitos e
estereótipos face à alimentação e a determinados alimentos
(preferências e incompatibilidades alimentares, por exemplo).
Os alunos tomam consciência de hábitos alimentares do grupo,
das semelhanças e das diferenças dentro do grupo. Os alunos são
agrupados pelas recomendações ou incorrecções mais frequentes,
pelo que ficam com uma referência de recomendação ou de hábitos
incorrectos mais frequentes.
Em relação às escalas gradativas, como se fez numa sessão
anterior, o dinamizador propõe uma linha imaginária com os
extremos do gostar muito (100%) e do não gostar nada (0%) em
relação a alimentos preferidos e detestados, entre outros.
Proporciona-se aqui um outro espaço de discussão. Sublinha-se
também a oportunidade de seleccionar os alimentos preferidos e
detestados na fase dos agrupamentos (os grupos maiores sinalizam
os alimentos preferidos...).
A nível individual, na 3ª fase, constrói-se o “dia alimentar tipo”
ou, se existir demasiada dificuldade, do dia alimentar anterior à data
em que a sessão se está a realizar. Estes dados servirão de base de
44
trabalho para a 4ª fase da sessão, na qual, em grupos de 2 e
posteriormente de 4, se tentam detectar oito comportamento
correctos e incorrectos. Conforme a disponibilidade de tempo, poderá
prescindir-se dos grupos de 2 e trabalhar imediatamente em grupos
de 4 com partilha imediata em grande grupo. Ter dois níveis de
trabalho de grupo permite uma maior discussão e a selecção das
correcções e dos erros realmente importantes.
Quer os agrupamentos, quer os dias alimentares poderão ser
objecto de estudo em termos de análise do impacto que o programa
poderá ter, em conjunto com a equipa de saúde. Nesta sessão,
fornecem à equipa uma ideia do nível de conhecimentos e de
comportamentos dos alunos face à alimentação. Para os
agrupamentos, propomos uma grelha de observação que
disponibilizamos em seguida. Em relação aos dias alimentares, a
equipa poderá recolher o que foi escrito para posterior análise.
Em relação à súmula, o dinamizador poderá sistematizar as
conclusões: atitudes mais comuns que observou na sessão,
observações pertinentes e, eventualmente, divulgar alguma
informação, que será a seu tempo trabalhada e descoberta pela
própria turma nos jogos e nas actividades que poderão fazer ao longo
da intervenção nas sessões ou com outros professores. É também o
momento oportuno para se realizar uma reflexão sobre a razão da
sessão ter o nome que tem. O feedback em relação às
recomendações é aqui fornecido. Quantos alunos comem as 3 a 5
peças de fruta diária, quantos ingerem sopa, legumes ou salada 2
vezes por dia, quantos fazem sempre o pequeno-almoço completo;
quantos consomem pelo menos 1,5L de água por dia, quantos não
consomem doces diariamente e quantos não consomem alimentos
demasiado ricos em gordura, açúcar e sal diariamente.
Ao terminar a sessão, relembrar-se-á a importância do trabalho
de consolidação a desenvolver ao longo da semana, eventualmente
com outros professores que participem no projecto.
45
8. Materiais necessários
- Fichas “Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és!”
– refeições e comportamentos corretos e incorretos.
- questionário-guia para dinamizador para agrupamentos
46
Sessão 5 – Também há famílias entre os alimentos!
1.Objectivos gerais:
- consolidar conceitos sobre a roda dos alimentos.
2. Objectivos específicos:
- promover conhecimento específico sobre as diferentes
componentes da roda dos alimentos;
- promover conhecimento e reflexão sobre os hábitos dos
alunos em relação a cada grupo da roda dos alimentos.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo seguido de súmula das aprendizagens em
pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – Jogo “Também há famílias entre os alimentos”;
3ª fase - Escala de preferências ou gradativa dentro de cada
segmento da roda dos alimentos;
4ª fase - Trabalho em pequeno grupo (por grupos da roda dos
alimentos):
- reflexão sobre os que não entraram na roda;
- as características (incluindo os nutrientes principais)
de cada agrupamento de alimentos;
- quais os hábitos do grupo em relação àqueles
alimentos;
- quais os hábitos da família;
- sistematização.
5ª fase - Trabalho em grande grupo:
- Unanimidade;
- Pontos de discórdia
5. Súmula:
A súmula reflete sobre:
a) os conhecimentos básicos de nutrição que o grupo tem (distinguir
alimentos de nutrientes; conhecer as funções básicas dos nutrientes
e o valor energético produzido por 1 g de HC, Lípidos e Prótidos, …);
b) a roda dos alimentos, as fatias da roda, as porções recomendadas
e as mensagens principais;
c) a importância da construção de um código comum, para se
chamar os mesmos nomes a nutrientes iguais, a fim de se falar a
47
mesma
linguagem
(ex:
carbono=glícidos=glúcidos=açúcares)
hidratos
de
6. Actividades de consolidação
Os alunos poderão ser incentivados a pedir um talão das
compras da semana da família de origem e classificarem os alimentos
segundo das categorias existentes na roda dos alimentos, bem como
identificar quais os alimentos que a ela não pertencem.
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se, como habitualmente, com a representação da
aliança de trabalho que, neste momento da implementação do
programa, deverá já ser pacífica. O dinamizador explicita ainda os
objectivos para esta sessão, bem como explora o nome da sessão
(1ª fase).
A 2ª fase da dinâmica passa pela condução do jogo que dá o
nome à sessão. No jogo, uma reprodução de cada alimento é
colocada nas costas de cada participante, sem que ele saiba qual é o
alimento que lhe foi aleatoriamente distribuído. Em cada uma dessas
reproduções deverão constar as suas características, em termos de
nutrientes e outras informações necessárias. Os alunos que
pertencerem ao mesmo grupo de alimentos deverão unir-se, o que
permitirá constituir uma roda dos alimentos humana. Para o jogo ser
mais divertido e não de resolução imediata, os alunos não deverão
identificar os alimentos, mas sim descrever as suas características,
numa lógica de dar pistas e não fornecer soluções.
Finda a etapa de agrupamento, deverá dedicar-se algum espaço ao
diálogo. Algumas ideias poderão ser colocadas à discussão. Por
exemplo, por que é que há grupos maiores e menores na roda dos
alimentos?; Porque é que é um círculo ? O que é a roda dos
alimentos? Os alimentos dentro da mesma fatia podem ser trocados
uns pelos outros?; entre outros. Termina aqui a 2ª fase.
A 3ª fase determina a condução de escalas gradativas em
relação à preferência dos alunos por alguns alimentos no interior de
cada família dos alimentos.
A 4ª fase propõe trabalho em pequeno grupo sobre
determinados tópicos em relação a cada grupo da roda dos
alimentos. Aproveitamos aqui para acrescentar mais um pormenor no
que diz respeito ao nosso jogo: está previsto que alguns alimentos
não se consigam agrupar, como, por exemplo, a água, uma bolacha
ou um cachorro quente. Porquê?, é a reflexão que se propõe aos
48
grupos. Caso a turma seja pequena e estes alimentos não tenham
sido utilizados, na etapa da implementação do jogo, propomos que os
suportes sejam entregues nesta fase e que sejam objecto de
reflexão. As conclusões serão partilhadas e discutidas em contexto de
turma ou grande grupo.
A súmula deverá sublinhar as principais discussões e conclusões
realizadas ao longo da sessão e preparar já a próxima sessão.
Mais uma vez, com a sessão prestes a terminar, sugere-se a
reforço da importância dos trabalho a desenvolver com os
professores parceiros (outros professores que estão a aplicar este
manual na mesma turma).
8. Materiais necessários
Fichas: “Também há famílias entre os alimentos!”
49
Sessão 7 – Quem vê caras, não vê alimentos
1.Objectivos gerais:
- desconstrução de ideias feitas e preconceitos em relação a
alguns alimentos.
2. Objectivos específicos:
- leitura e análise de rótulos de géneros alimentícios;
-confrontação de ideias preconcebidas com diferentes
realidades.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo, seguida de
conhecimentos em pequeno e grande grupo.
estruturação
dos
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – condução do jogo “Que alimento é?”.
3ª fase – tarefa de desvendar os rótulos: correspondem aos
alimentos que pensamos estar a comer? Rótulos de áreas específicas:
iogurtes; bebidas; bolachas; entre outros exemplos.
4ª fase – reflexão sobre a rotulagem alimentar
5. Súmula
- síntese dos conteúdos;
- feedback de um nutricionista convidado para esta sessão com
exemplos de rótulos reais - preferencial;
- lista de ingredientes disposta por ordem decrescente de
quantidade. Chamada de atenção para a composição nutricional;
chamada de atenção para a comparação entre composição por
100g/100 ml e o peso líquido do produto ou da porção que
usualmente se ingere; menções obrigatórias; comparações
principais em relação a composição esperada e real ( bolachas –
comparação de teor de gordura, açúcar e fibra, por exemplo)
6. Actividades de consolidação:
No final desta sessão os alunos poderão trabalhar e recolher
informações e reflexões sobre a publicidade nos media (revistas,
televisão...) Poder-se-á guiar a pesquisa em termos de músicas
usadas, imagens usadas, linguagem usada, correspondência entre
mensagem veiculada e as características reais do produto.
50
7. Operacionalização da sessão
A 1ª fase, como habitualmente, relembra a aliança de trabalho,
podendo,
inclusivamente,
fazer-se
uma
reflexão
sobre
o
comportamento que o grupo tem vindo a apresentar. Também no
início da dinâmica dever-se-á apresentar o nome com que esta
sessão está baptizada.
A 2ª fase consiste na condução do jogo “Que alimento é?”.
Neste jogo, um voluntário de cada vez, após lhe serem vendados os
olhos, tem de adivinhar o nome dos alimentos reais ou em 3D que
lhe são entregues; no final, fornece-se uma embalagem (pack) para
adivinhar (tarefa impossível). No final desta fase fornece-se ao aluno
um rótulo que é impossível de adivinhar o que é. Estará então
lançada a curiosidade para a tarefa seguinte.
Na 3ª fase, serão entregues a grupos de 3 a 4 elementos um
conjunto de rótulos de embalagens que serão objecto de estudo.
Realçamos a importância da reunião dos rótulos em grandes áreas
temáticas, a saber: rótulos de iogurtes; de bolachas; de bebidas;
de guloseimas, entre outros... Para cada um desses agrupamentos
de rótulos, os grupos deverão identificar a composição, a lista de
ingredientes, o ingrediente principal e relatar se existiram surpresas
(casos em que o ingrediente principal não é o que eles estavam à
espera). No agrupamento de refrigerantes e sumos devem ainda
procurar a percentagem de fruta existente. No agrupamento de
iogurtes e queijinhos devem procurar além da percentagem de fruta
e cereais quando exista, o teor de açúcar e gordura. No agrupamento
de bolachas e barras de cereais devem procurar o teor de fibra, de
gordura e de açúcar. No agrupamento de guloseimas devem procurar
o teor de açúcar, gordura quando exista e aditivos.
A 4ª fase será dedicada à reflexão sobre a rotulagem e sobre a
dificuldade de decidir o que comer, se não sabemos o que estamos
realmente a ingerir. Nesta fase, o relembrar o nome da sessão
poderá ajudar a condensar a aprendizagem.
Em relação à súmula, serão recapitulados os momentos mais
importantes da sessão, bem como os contributos mais relevantes. Em
termos de preparação para a sessão seguinte, poderá ser lançada a
questão: que mais obstáculos ou factores podem influenciar ou
condicionar as nossas decisões acerca do que comemos? Introduz-se,
assim, a ideia da publicidade como algo que deve ser pensado.
Para finalizar, reforçamos o papel dos Professores Parceiros e da
actividade que deverá ser realizada entre esta e a próxima sessão.
51
8. Materiais necessários
- vários alimentos reais ou de material plástico ou outro em 3D,
de fácil identificação;
- rótulos de géneros alimentícios e representações pictográficas
de alimentos de difícil identificação (exemplos marcantes). Os rótulos
e as embalagens devem ser em número suficiente que permitam a
constituição dos grupos de iogurtes, bolachas, bebidas e guloseimas
previstos na fase respetiva.
52
Sessão 9 – O equilíbrio da vida
1.Objectivos gerais:
-
saber construir refeições equilibradas
2. Objectivos específicos:
-
conhecer os hábitos alimentares dos alunos, em
relação às refeições do dia
sistematização desses hábitos e reflexão sobre eles.
3. Metodologia a utilizar:
-
dinâmica de grupo;
discussão em grupo;
sistematização em grupo e didáctica.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – condução do jogo “O equilíbrio da vida”;
3ª fase – apresentação da noção de equivalentes;
4ª fase – tarefa de substituição de alimentos na refeição por
outros equivalentes, seguida de sistematização dos resultados em
pequeno e grande grupo;
5ª fase – Jogo “Se vivo assim, o que como eu?”.
5. Súmula:
-
-
feedback técnico- as refeições completas fraccionadas
pelo dia; a razão do fraccionamento alimentar; o peso
relativo do valor energético de cada refeição e a
distribuição de alimentos ricos em HC de absorção lenta;
os equivalentes alimentares e a Roda dos alimentos como
referência base; as trocas possíveis e impossíveis.
síntese do conteúdo nutricional
sistematização dos conteúdos abordados
6. Actividades de consolidação:
Aproveitando a semana alimentar construída paralelamente às
primeiras sessões, os alunos poderão fazer exercícios de substituição
de alimentos por outros equivalentes, bem como aplicarem a noção
de porção existente no folheto da Roda dos Alimentos.
53
7. Operacionalização da sessão
A sessão chamada “O equilíbrio da vida” inicia-se com a
reapresentação da aliança de trabalho. Da mesma forma, poder-se-á
apresentar o título da sessão e fazer uma breve contextualização da
sessão no contexto do programa. Como vimos anteriormente, esta
sessão marca uma mudança estratégica, ao dirigir-se principalmente
aos comportamentos alimentares que estão errados e que podem ser
melhorados (1ª fase).
A 2ª fase dedica-se à condução do jogo “O equilíbrio da vida”.
Este jogo é semelhante, em termos de dinâmica, ao “Também há
famílias entre os alimentos”. O mesmo tipo de suportes é colocado
nas costas dos participantes. Desta feita, porém, os alunos devem
agrupar-se por refeições. Uma vez realizado este jogo, o grande
grupo deverá ter noção de que está perante um dia equilibrado.
A 3ª fase, mais expositiva, centra-se em torno do conceito de
equivalente alimentar. Uma vez bem compreendido o conceito a nível
de grupo (é de aconselhar manter os grupos formados no jogo
anterior, isto é, por refeições equilibradas), os alunos deverão
substituir os alimentos por outros de valor nutricional equivalente, ou
seja, idealizar refeições equilibradas idênticas às fornecidas no jogo.
Estas substituições devem ser bem treinadas até não existirem mais
dúvidas ou hesitações, pois esta competência é essencial para as
decisões de escolhas alimentares (4ª fase).
Finalmente (5ª fase) conduz-se o jogo “Se vivo assim, o que
como eu?”. O objectivo do jogo é relacionar os hábitos alimentares
com o estilo de vida. A dinâmica decorre da seguinte forma: com os
grupos formados na tarefa anterior, distribuem-se várias imagens ou
situações problema (sugere-se: homem obeso; uma menina ou
menino de aparência anoréctica; um desportista, entre outros...).
Segue-se a construção, em pequeno e grande grupo, de um suposto
dia alimentar de cada uma das figuras apresentadas. Cada grupo
deve responder às seguintes questões: 1ª quais os aspectos positivos
e negativos desta pessoa?; 2ª o que é que esta pessoa pensa e como
se sente?; 3ª De que forma é que o que pensa e sente influencia as
suas escolhas de alimentos?
Para terminar a sessão, o dinamizador deverá fazer um sumário
dos principais contributos e aprendizagens realizadas, focalizando a
influência dos pares, dos amigos. De seguida, e após relembrar o
nome da sessão, preparar-se-á terreno para as próximas
intervenções. Da mesma forma, recordar-se-á a importância da
colaboração de toda a turma nas actividades que forem propostas
54
pelos Professores Parceiros ao longo da semana. Esta é uma sessão
que igualmente beneficiará com a presença de um nutricionista
convidado.
8. Materiais necessários
- Fichas “ O equilíbrio da vida” – refeições e situações-problema
55
Sessão 10 – O que vamos comer hoje?
1.Objectivos gerais:
-
conhecimento dos erros alimentares individuais;
aprender a decidir o que vamos comer.
2. Objectivos específicos:
-
conhecer possibilidades de decisão;
conhecer modos de implementar essas decisões.
3. Metodologia a utilizar:
- trabalho individual com partilha em grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – representação em gráfico “teia “do dia alimentar;
3ª fase – identificação de erros e possibilidades de decisão;
4ª fase – pequeno e grande grupo “As consequências dos erros
alimentares”
5. Súmula:
-
os erros alimentares e o efeito na saúde;
levantamento de possíveis aspectos a modificar;
ênfase nas decisões que cada um pode tomar, tendo
em linha de conta a prossecução de um estilo de vida
alimentar mais saudável e equilibrado.
6. Actividades de consolidação:
Para trabalhar o conceito de decisão os alunos, numa noutra aula
ou como trabalho para casa, poderão listar decisões que tomem no
seu quotidiano, bem como listar as suas consequências positivas e
negativas.
7. Operacionalização da sessão
A sessão O que vamos comer hoje? problematiza a questão dos
hábitos alimentares individuais e em que medida eles podem ser
mudados através de decisões e de mudanças de cada um. Estes
objectivos serão complementados pelos da sessão seguinte.
56
A 1ª fase da sessão centra-se na representação da aliança de
trabalho e na contextualização dos objectivos específicos no devir
natural do programa de promoção de saúde. Também se deverá
realçar a natureza diferente desta sessão, a qual apostará, de facto,
em muito mais trabalho individual que colectivo. De seguida,
individualmente, cada aluno preenche a sua teia alimentar (do dia
anterior ou de um dia alimentar típico). Conforme o nível etário dos
alunos, esta dinâmica tem de ser mais ou menos dirigida. O
preenchimento do gráfico teia é feito a partir do total de porções do
dia alimentar individual, em relação a cada fatia da roda de
alimentos, pelo que a primeira instrução é a listagem de cada
ingrediente de cada refeição do dia alimentar. Pode usar-se o dia
alimentar da sessão 4. A segunda instrução é a definição de porções
com que cada refeição contribui; a 3ª instrução é o somatório de
porções do dia, correspondente a cada fatia da roda e finalmente o
preenchimento do gráfico teia, no qual já está desenhado o
recomendado pela roda para aquele grupo de adolescentes (2ª
fase).
A 3ª fase dedica-se à identificação dos erros alimentares e
possibilidades de decisão, no sentido de melhoria desses mesmos
erros. Conforme o grupo, o dinamizador pode optar por uma
apresentação individual para a turma ou, se preferir, fazer
agrupamentos sucessivos de dois e quatro alunos para identificar
erros mais frequentes e possibilidades mais comuns de os corrigir.
A fase final serve para, em grupo, os alunos debaterem as
consequências desses erros, com partilha posterior em grande grupo.
Nesta fase, o dinamizador fará o feedback das conclusões, evitando
sempre que possível a exposição teórica, mas privilegiando a
discussão e os exemplos que os próprios alunos acabam por fornecer
(4ª fase).
8. Materiais necessários
- Ficha “A minha teia alimentar”.
Note-se que este gráfico de teia tem as porções da roda dos
alimentos portuguesa recomendadas para adolescentes.
57
Sessão 12 – A ementa perfeita
1.Objectivos gerais:
- tomada de consciência das dificuldades em se fazer uma refeição
equilibrada.
2. Objectivos específicos:
- levantamento das dificuldades e obstáculos que existem para
se observar uma dieta alimentar equilibrada;
- reflexão sobre os pontos de vista de diversos actores sobre as
refeições equilibradas.
3. Metodologia a utilizar:
- roleplaying;
- discussão em pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª
2ª
3ª
4ª
fase
fase
fase
fase
–
–
–
–
reapresentação da aliança de trabalho;
condução do roleplaying em pequeno ou grande grupo;
reflexão sobre as escolhas realizadas na fase anterior;
sistematização das aprendizagens efectuadas.
5. Súmula:
- reforço das regras da alimentação saudável;
- trabalhar ingredientes das refeições apresentadas no
roleplaying;
- consolidar o conceito de porções e a Roda de Alimentos como
modelo
6. Actividades de consolidação:
Os alunos poderão listar os obstáculos na escolha da ementa
familiar, isto é pretende-se explorar as dificuldades que os filhos mas
também os pais têm em seguir uma alimentação saudável.
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se como habitualmente com a apresentação da
aliança de trabalho e a reflexão sobre algum incumprimento mais
grave observado em sessões anteriores. Também se pode fazer uma
súmula da sessão anterior e jogar com os nomes metafóricos das
58
sessões. A que agora nos ocupamos denomina-se “A ementa perfeita”
pelo que se pode lançar o repto da reflexão: por que é que a sessão
de hoje se chama assim? (1ª fase)
A 2ª fase é constituída por um roleplaying em que um grupo de
alunos desempenha dos papéis de director da escola, chefe da
cantina; aluno glutão e aluno saudável, cada um com indicações
específicas de comportamento. A este grupo de alunos é dada a
tarefa de escolher a ementa da escola. Para essa tarefa a equipa de
dinamizadores fornece uma lista de alimentos e bebidas para cada
componente de uma refeição (sopas - 3 diferentes; bebidas - 3
diferentes; prato principal - 3 diferentes; sobremesa - 3 diferentes).
A tarefa de dramatização pode ser feita apenas por um grupo de
alunos, constituindo a restante turma a plateia, ou numa série de
pequenos grupos. Aconselhamos a primeira opção. As escolhas do
grupo de dramatização são registadas no quadro. Existiram casos em
que toda a turma quis fazer a escolha por intermédio de votação.
A 3ª fase e 4ª fase dedicam-se, respectivamente, à reflexão
sobre as escolhas realizadas no roleplaying, com recurso à função ou
papel que determinado componente da refeição tem (ex: sopa como
principal fornecedor de legumes e hortícolas) tendo como modelo a
Roda de Alimentos, assim como à sistematização das aprendizagens
efectuadas. Nestas etapas, o diálogo em grande grupo e o feedback
científico constituem as ferramentas nucleares.
8. Materiais necessários
Fichas “ A ementa Perfeita” – 3 ementas possíveis + papeis a
desempenhar no role play. Director da Escola, Chefe da cantina,
Criança glutona e Criança Saudável
59
Alinhamento relativo ao oitavo ano
O alinhamento relativo ao 8º ano reinicia-se com a sessão 10
que é o momento de ensaio de tomada de decisão. Esta sessão serve
como elemento de ligação entre os dois anos de intervenção.
Seguem-se algumas sessões de cariz informativo e de consolidação
da tomada de decisão.
Este alinhamento perfaz um total de 7 sessões, sendo que a
última consiste na passagem do instrumento de avaliação.
8º ano
Sessão 10 – O que vamos comer hoje?
Sessão 6 - O que é uma dieta?
Sessão 8 - Vamos aprender a ver
Sessão 11 - Os pratos da balança
Sessão 13 - O que diz o chocolate?
Sessão 14 – O que aprendi nestas sessões?
Sessão 15 – Finalização e Passagem dos instrumentos de
avaliação
60
Sessão 10 – O que vamos comer hoje?
1.Objectivos gerais:
-
conhecimento dos erros individuais em termos de
alimentação;
aprender a decidir o que vamos comer.
2. Objectivos específicos:
-
conhecer possibilidades de decisão;
conhecer modos de implementar essas decisões.
3. Metodologia a utilizar:
- trabalho individual com partilha em grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – representação em gráfico “teia “do dia alimentar;
3ª fase – identificação de erros e possibilidades de decisão;
4ª fase – pequeno e grande grupo “As consequências dos erros
alimentares”
5. Súmula:
-
os erros alimentares e o efeito na saúde;
levantamento de possíveis aspectos a modificar;
ênfase nas decisões que cada um pode tomar, tendo
em linha de conta a prossecução de um estilo de vida
alimentar mais saudável e equilibrado.
6. Actividades de consolidação:
Para trabalhar o conceito de decisão os alunos, numa noutra aula
ou como trabalho para casa, poderão listar decisões que tomem no
seu quotidiano, bem como listar as suas consequências positivas e
negativas.
7. Operacionalização da sessão
A sessão O que vamos comer hoje? problematiza a questão dos
hábitos alimentares individuais e em que medida eles podem ser
mudados através de decisões e de mudanças de cada um. Estes
objectivos serão complementados pelos da sessão seguinte.
61
A 1ª fase da sessão centra-se na representação da aliança de
trabalho e na contextualização dos objectivos específicos no devir
natural do programa de promoção de saúde. Também se deverá
realçar a natureza diferente desta sessão, a qual apostará, de facto,
em muito mais trabalho individual que colectivo. De seguida,
individualmente, cada aluno preenche a sua teia alimentar (do dia
anterior ou de um dia alimentar típico). Conforme o nível etário dos
alunos, esta dinâmica tem de ser mais ou menos dirigida. O
preenchimento do gráfico teia é feito a partir do total de porções do
dia alimentar individual, em relação a cada fatia da roda de
alimentos, pelo que a primeira instrução é a listagem de cada
ingrediente de cada refeição do dia alimentar. A segunda instrução é
a definição de porções com que cada refeição contribui; a 3ª
instrução é o somatório de porções do dia, correspondente a cada
fatia da roda e finalmente o preenchimento do gráfico teia, no qual já
está desenhado o recomendado pela roda para aquele grupo de
adolescentes (2ª fase).
A 3ª fase dedica-se à identificação dos erros alimentares e
possibilidades de decisão, no sentido de melhoria desses mesmos
erros. Conforme o grupo, o animador pode optar por apresentação
individual para a turma ou, se preferir, fazer agrupamentos
sucessivos de dois e quatro alunos para identificar erros mais
frequentes e possibilidades mais comuns de os corrigir.
A fase final serve para, em grupo, os alunos debaterem as
consequências desses erros, com partilha posterior em grande grupo.
Nesta fase, o dinamizador fará o feedback científico das conclusões,
evitando sempre que possível a exposição teórica, mas privilegiando
a discussão e os exemplos que os próprios alunos acabam por
fornecer (4ª fase).
8. Materiais necessários
- suporte em papel com a teia alimentar. Note-se que este
gráfico de teia tem as porções da roda dos alimentos portuguesa
recomendadas para adolescentes.
62
GORDURAS
12
OUTROS
9
Roda
LEITE
Roda
6
3
FRUTA
0
HORTICOLAS
CARNE, PESCADO E OVOS
LEGUMINOSAS
CEREAIS
63
Sessão 6 – O que é uma dieta?
1.Objectivos gerais:
- trabalhar as expectativas dos alunos face ao que é entendido
como uma dieta.
2. Objectivos específicos:
- conhecer os vários tipos de regimes alimentares
desequilibrados;
- analisar diferenças entre “dieta” e alimentação saudável;
- prevenção de comportamentos de risco, potenciadores do
surgimento de distúrbios alimentares.
3. Metodologia a utilizar:
-
brainstorming;
trabalho em pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1º fase – reapresentação da aliança de trabalho
2º fase – brainstorming sobre a noção corrente de “dieta”;
3ª fase – análise em pequeno grupo dos regimes alimentares
(aspectos positivos e negativos detectados em cada uma delas;
4ª fase – análise dos paralelismos entre as situações de regime
alimentar desequilibrado (dieta para emagrecimento e alimentação
irracional);
5ª fase – plenário de sistematização de resultados.
5. Súmula:
- Dieta, como usualmente é entendido pelas revistas e população é
um regime alimentar desequilibrado focalizado num ou em mais
alimentos em detrimento de outros ou num método de confeção ou
de ingestão específico. Em nutrição terapêutica a dieta não cumpre
necessariamente as recomendações da roda dos alimentos, pois é
prescrita em função de um problema de saúde por um profissional
devidamente habilitado, tendo em conta a patologia subjacente. A
Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar para
64
populações saudáveis. O padrão alimentar subjacente à Roda dos
Alimentos é equilibrado, tornando assim as “dietas” que não sigam as
indicações, regimes alimentares desequilibrados e, por isso, pouco
saudáveis, em termos de população em geral.
6. Actividades de consolidação:
- actividades de pesquisa sobre “dietas” em revistas e
Internet e reflexão com professor, sobre o que foi analisado
nesta sessão
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho
(1ª fase). De seguida pode-se fazer uma breve reflexão conjunta
sobre o título da sessão e sobre as expectativas que cada aluno tem
sobre este assunto (2ª fase).
Na terceira fase depois de divididos os alunos em 3 grupos,
distribuem-se os três tipos de regimes alimentares, pedindo-se de
seguida que cada grupo detete, no regime alimentar que lhe foi
atribuído, os aspetos positivos e negativos. É importante sublinhar
que os regimes alimentares se dividem em três grandes tipos: dieta
de emagrecimento (grupo 1); alimentação saudável (grupo 2); e
regime cheio de erros alimentares que provocará, com certeza o
malnutrição (grupo 3). É também necessário sublinhar que
fornecemos uma oportunidade aos alunos de encontrarem aspectos
negativos no regime alimentar saudável, pelo que será de suma
importância discutir o feedback obtido. Depois de analisado o regime
que foi atribuído a cada grupo, fornecem-se os outros regimes, de
modo que todos os grupos tenham os 3 regimes (3ª fase).
A quarta fase (4ª fase) aproveita os 2 grupos anteriormente
formados para uma análise dos paralelismos entre a dieta para
emagrecimento e a alimentação irracional, que são ambos regimes
alimentares desequilibrados, frequentemente usados sem qualquer
prescrição de um técnico de saúde, pelo que são provavelmente
prejudiciais à saúde. O grupo da alimentação equilibrada é dividido
pelos outros 2 grupos. Faz-se a análise do grupo 1 com o 2 e do
grupo 3 com o 2.
Finalmente, existe a última fase em que se faz a partilha em
grande grupo dos resultados obtidos. O dinamizador terá o cuidado
65
de produzir um feedback esclarecedor
conclusões do grupo.
e
dialogado, sobre
as
8. Materiais necessários
-
-
dia alimentar de três situações: dieta para
emagrecimento, alimentação saudável e alimentação
irracional;
uma cartolina.
66
Sessão 8 – Vamos aprender a ver!
1.Objectivos gerais:
- desconstrução da publicidade alimentar
2. Objectivos específicos:
- aprendizagem de algumas dimensões importantes na
publicidade sobre alimentação. Identificação das principais técnicas e
características da publicidade.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo, seguida de
conhecimentos em pequeno e grande grupo.
estruturação
dos
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase - apresentação do conceito de “Armadilha”;
3ª fase – visionamento de vídeo/diapositivos sobre publicidade
alimentar;
4ª fase - Trabalho em grupo sobre características das mensagens
televisivas (estratégias; linguagem visual e sonora; dimensões
simbólicas) com identificação de armadilhas nos anúncios
apresentados;
5 ª fase - discussão em grande grupo sobre o vídeo e a
linguagem televisiva.
5. Súmula
-
realçar a importância da linguagem televisiva como
condicionante de escolhas;
reforçar o conceito de armadilha e a necessidade de
pensarmos sobre o que vemos e o que nos
escondem.
6. Actividades de consolidação:
Entre esta sessão e a próxima os alunos poderão pesquisar e
identificar mais armadilhas, bem como ocasiões em que tenham sido
surpreendidos com a falta de correspondência entre a publicidade e o
que julgam que um alimento é e as informações que surgem a nível
de rotulagem.
67
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se, como habitualmente, pela representação da
aliança de trabalho. De seguida, a equipa dinamizadora da sessão
poderá situar a presente sessão no alinhamento das sessões
previstas no programa, tentando contextualizar os objectivos e as
dinâmicas que serão efectuadas de seguida (1ª fase).
A 2ª fase centra-se na apresentação do conceito de “Armadilha”,
a ideia central que se pretende transmitir é que existem numerosas
formas de nos enganarmos e que os alimentos podem ser
apresentados de forma “trapaceira”. Aliás, a ideia de armadilha pode
ser relançada a partir da aprendizagem efectuada na sessão anterior:
existiam alimentos que eram outra coisa (exemplo: um
suissinho/danoninho é queijo, não iogurte como muitos alunos ainda
pensam, entre outras ilustrações).
A 3ª fase centra-se no visionamento de vídeos ou diapositivos
sobre aprendizagem alimentar. Para esse efeito, a equipa deverá
seleccionar uma série de anúncios publicitários em que as estratégias
publicitárias sejam bem visíveis (como, por exemplo, “antes tomar o
pequeno almoço era uma chatice; agora é mais completa a tua
refeição” conforme spot gravado...).
A 4ª e 5ª fase centram-se sobretudo em trabalho de grupo;
conforme o tempo que a equipa tiver disponível, a discussão pode ser
realizada em grande grupo com discussão vídeo a vídeo ou, como
está previsto no alinhamento da sessão, com discussão em pequeno
e grande grupo.
Finalmente,
a
equipa
deverá
sintetizar
as
principais
aprendizagens realizadas e os principais contributos. O nome da
sessão poderá ser novamente aqui lançado para a arena como
metáfora que permitirá ensaiar uma nova atitude face à publicidade.
Esta sessão marca uma mudança crucial no programa:
- até aqui realizou-se uma desmontagem do que é dado como
adquirido; forneceram-se instrumentos que podem ajudar os alunos
ou os jovens a alargar o leque de decisões possíveis.
- daqui em diante, o exercício será mais o de procurar os hábitos
alimentares saudáveis e o modo como eles poderão ser aplicados na
vida quotidiana de cada um.
8. Materiais necessários
-
vídeo/DVD com anúncios alimentares;
diapositivos sobre publicidade;
Revistas com publicidade alimentar.
68
Sessão 11 – Os pratos da balança
1.Objectivos gerais:
- tomar consciência da relação existente entre o que se come e
os hábitos de vida que cada um segue;
- sensibilização para a importância de uma série de variáveis
que influenciam o comportamento alimentar sem, aparentemente,
estarem relacionados com ele.
2. Objectivos específicos:
- relacionamento dos hábitos alimentares e do estilo de vida
- compreensão do conceito de balanço energético;
- compreensão da importância da aceitação do corpo próprio e
de gostar de si;
- compreensão das influências positivas e negativas das
amizades.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo;
- discussão em pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – em pequeno grupo discussão das diversas situações;
3ª fase – partilha em grande grupo das conclusões retiradas em
cada um dos cenários;
4ª fase – consolidação da aprendizagens.
5. Súmula:
- ênfase na relação entre estilos de vida e hábitos alimentares
- ênfase na importância da aceitação do corpo próprio
6. Actividades de consolidação:
Complexificando a actividade de consolidação proposta na
sessão imediatamente anterior, os alunos poderão listar obstáculos às
decisões que eles identificam nas suas vidas. Poderão ainda reflectir
69
sobre o papel dos obstáculos e o modo que cada um costuma lidar
com eles.
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho e
a exposição do nome da presente sessão. Neste momento, pode
dedicar-se algum tempo à reflexão sobre o comportamento do grupo,
bem como ouvir algumas explicações espontâneas que os alunos
possam ter relativamente ao título das dinâmicas de hoje (1ª fase).
Na 2ª fase a turma é dividida em diversos grupos a quem são
distribuídos diversos cartões de situação. Nesses cartões, exploramse diversos cenários que vão desde pessoas que não se sentem bem
com os seus corpos, a cantores de rock a quem se pressiona para
realizar uma dieta.
Na 3ª fase cada grupo deverá fazer uma análise das situações
fornecidas, partilhando depois em grande grupo os aspectos positivos
e negativos detectados.
A 4ª fase consiste na consolidação de aprendizagens onde o
dinamizador sistematiza o feedback, apontando, numa postura de
interacção, os erros e as atitudes acertadas que foram sendo
detectadas.
É essencial estimular a comunicação, reenviar as perguntas feitas
para a turma, em vez de responder imediatamente, procurando
consensos e “exigindo” reflexão por parte dos alunos, em vez de lhe
fornecer imediatamente as soluções.
8. Materiais necessários
- cartões de situação “estudos de caso” que devem espelhar
diversos estilos de vida e padrões de comportamento alimentar;
- Tabela “Os pratos da Balança” para sistematização do
trabalho efetuado.
Situação I
Um jovem está a sofrer porque não gosta de certos detalhes do seu
corpo, não quer que ninguém se aproxime dele. Já procurou ajuda
mas não sabe com quem falar: não pode fazer perguntas em casa
sobre o assunto e os seus colegas riem-se sempre que ele tenta falar
sobre o que o preocupa.
70
Situação 2
Uma jovem está descontente com o seu tamanho e o seu peso.
Iniciou por isso um esquema diário de exercício físico que foi
recomendado por uma amiga que está em grande forma física.
Situação 3
Uma jovem tem o peso médio que é esperado para a sua idade mas
convenceu-se que tem peso a mais e é muito mais gorda que as suas
amigas. Ela come agora o menos possível e diz que se sente bem e
que é feliz.
Situação 4
Um rapaz é pequeno para a sua idade e quer ter um aspecto mais
musculado e em forma. Ele sente-se particularmente atrapalhado nas
festas e quando vai a discotecas com amigos.
Situação 5
Uma rapariga ainda em crescimento percebeu que os rapazes da sua
a turma a descrevem como uma “panqueca”. Ela diz que todas as
raparigas que conhece na escola têm um corpo em forma e que ela
acaba por não ter nenhuma amiga. Ela está a poupar dinheiro para
fazer uma cirurgia plástica o mais rápido possível
Situação 6
Um rapaz que gostava de ser cantor acabou de saber que na TV e em
vídeo parece 3kg mais pesado. Ficou determinado a perder este peso
ou ainda mais se conseguir. O grupo dele diz que tem de conseguir
isso o mais rapidamente possível, se quer ter sucesso.
* cartões traduzidos de Growing Through Adolescence - A training
pack based on a Health Promoting School approach to healthy eating
(2005) Glasgow: Health Scotland.
71
Sessão 13 – O que diz o chocolate?
1.Objectivos gerais:
- tomar consciência da importância das decisões e da força de
vontade na prossecução de uma vida saudável.
2. Objectivos específicos:
- identificação de dificuldades em ter uma boa alimentação;
- identificação de erros quotidianos e dificuldades em corrigilos;
3. Metodologia a utilizar:
-
dinâmicas de grupo, seguidas de discussão em
grupo;
exposição final.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – Reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – Condução do jogo “O senhor, o que quer tomar?”;
3ª fase – Trabalho em pequeno grupos: obstáculos
possibilidades de decisão;
4ª fase – Sistematização da aprendizagem.
e
5. Súmula:
- tomar de consciência dos obstáculos existentes no seguimento
de uma dieta alimentar equilibrada;
- trabalhar noção das tentações.
6. Actividades de consolidação:
O professor pode trabalhar a ideia de como estabelecer
objectivos pessoais, assim como a definição de cada aluno do que é
um objectivo realista. A ideia passa um pouco por explorar os
obstáculos internos ou individuais às decisões no sentido de uma
alimentação saudável.
72
7. Operacionalização da sessão
A sessão inicia-se, como vem sendo hábito, com a representação
da aliança de trabalho. Após esta breve conversa, o dinamizador pede
aos grupos entretanto formados que construam duas refeições –
almoço e jantar - equilibradas (1ª fase).
De seguida, o animador seleciona voluntários para a condução do
jogo “O senhor, o que quer tomar?”. O jogo consiste na análise e
alteração das refeições construídas pelos grupos em contexto de
roleplaying.
Os
intervenientes
têm
comportamentos
muito
estranhos...
Cada voluntário é um alimento e esse alimento tem que seguir
uma determinada linha de comportamento que dificulta o consenso.
Em conjunto, devem tentar preencher analisar as refeições
construídas na etapa anterior, podendo-as, inclusive, alterar. A tarefa
é extremamente penosa…
Cada “pessoa-alimento” possui um papel com o desenho do
alimento que está a representar. Como instrução individual, cada um
dos alimentos deve seguir comportamentos díspares, por exemplo:
“tenta ser consensual e tentar chegar a acordo: no meio-termo é que
está a virtude”; “tenta estar presente em todas as refeições, custe o
que custar…” As instruções individuais não são mostradas ao grupo;
por exemplo, o hambúrguer sabe que tem de ser anarquista, mas tal
facto é do desconhecimento do grupo (finda a dramatização termina
a 2ª fase). Consultar o ponto seguinte para melhor visualização dos
materiais necessários ao role playing.
Ao longo de toda a dramatização, o dinamizador deve instigar o
grupo ao consenso e ao término da tarefa. Pode haver a necessidade
ou a pertinência de se repetirem as dramatizações com outros
intervenientes.
Na 3ª fase, análise do roleplaying. O dinamizador deve ter a
preocupação de sublinhar alguns aspetos: há alimentos que “querem”
entrar nas nossas refeições? Aproveitando os grupos formados no
início da sessão, lança-se o seguinte trabalho de grupo: “quais as
dificuldades e os obstáculos a se ter uma alimentação saudável?”;
quais os alimentos que “querem” e os que não querem entrar nas
nossas refeições. O dinamizador deve ter a preocupação em
enquadrar a sessão no âmbito da Tomada de Decisão – módulo de
que esta sessão faz parte.
Finalmente, na 4ª fase da sessão procurar-se-á a sistematização
das aprendizagens através da partilha em grande grupo do que se
acabou de concluir na fase anterior. Na súmula, a equipa poderá
realçar as conclusões mais importantes e eventuais erros que se
tenham partilhado.
73
8. Materiais necessários
- materiais de suporte ao jogo “O senhor, o que quer tomar?”.
A equipa de dinamizadores deve construir material de acordo com as
instruções descritas na respectiva fase.
- a água:
Rosto da folha 1: representação imagética da substância.
Rosto da folha 2: “tenta ser consensual e tentar chegar a acordo:
no meio termo é que está a virtude.”
- o chocolate:
Rosto da folha 1: representação imagética da substância.
Rosto da folha 2: “tenta estar presente em todas as refeições,
custe o que custar…”
- a sopa:
Rosto da folha 1: representação imagética da substância.
Rosto da folha 2: “tenta fazer com que ninguém deste grupo
goste de ti… ganha o prémio da antipatia!”
- o hambúrguer
Rosto da folha 1: representação imagética da substância.
Rosto da folha 2: “isto não te diz nada: tanto vale uma coisa
como outra… olha: concorda sempre com a última opinião que foi
dita”.
O rosto da folha 1 deve ser mostrado ao grupo, enquanto que o
rosto 2 deve permanecer oculto até ao término da actividade.
74
Sessão 14 – O que aprendi com estas sessões?
1.Objectivos gerais:
- levantamento
alimentares.
qualitativo
das
mudanças
dos
hábitos
2. Objectivos específicos:
-
conhecimento das mudanças dos hábitos alimentares
de cada aluno;
sistematização desses hábitos e reflexão sobre eles.
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo, seguida de súmula das aprendizagens em
pequeno e grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho;
2ª fase – agrupar por elementos em comum pela ordem
existente na sessão 4.
- por número de refeições por dia;
2. Escala gradativa
- por alimentos preferidos e detestados (os
cinco mais e os cinco menos da fase anterior);
- por bebidas preferidas e detestadas (idem);
- por aceitação do bar da escola
3ª fase - Grupos de dois e posteriormente de quatro: oito
comportamentos correctos e oito incorrectos praticados pela turma;
na segunda fase, seleccionar cinco.
4ª fase - Sistematização dos resultados e feedback do
dinamizador. Atividades de disseminação.
5. Súmula:
-
importância da alimentação e comportamentos
promotores de saúde
reflexão sobre os resultados registados e intenção de
dissiminação aos pares
6. Actividades de consolidação:
75
-
construção de material de marketing de alimentos
para colocar no bar e na cantina;
concurso de sopas.
7. Operacionalização da sessão
A 1ª fase consiste precisamente na reafirmação da alinaça de
trabalho e na exploração do título da sessão de hoje.
A 2ª fase da sessão constitui uma repetição da 4ª sessão, pelo que
deverá ser consultada a descrição realizada a seu propósito. Apenas
acrescentamos que a repetição visa uma primeira avaliação, de
carácter qualitativo do programa. Centra-se, então, nas eventuais
modificações a nível dos comportamentos e hábitos de cada um.
Pode-se também dar as mesmas instruções, mas referindo-se ao que
devia ser; testa-se, deste modo, o nível de conhecimentos adquiridos
ao longo das sessões.
A 3ª fase da sessão consiste na aplicação da metodologia dos grupos
crescentes tendo em linha de conta oito comportamentos corretos e
oito incorretos que alguns dos participantes tiveram ou têm. Primeiro
em grupos de dois e depois de quatro (aqui os quatro elementos
seleccionam oito entre os dezasseis que mapearam). Segue-se
discussão em grande grupo debatendo os comportamentos que foram
escolhidos, os que não o foram e quais as razões.
Na 4ª fase da sessão promove-se a intenção de disseminação dos
conhecimentos adquiridos e da reflexão sobre hábitos alimentares
saudáveis aos restantes alunos da escola, através de concursos,
artigos para jornal da escola ou de produção de material de
publicidade a alimentos saudáveis para colocar no bar ou na cantina
da escola, ou qualquer outro processo que os alunos escolham.
8. Materiais necessários
- suporte de papel com grelha para agrupamentos de hábitos e
comportamentos alimentares – utilizar o mesmo que na sessão 04.
76
Sessão 15 – Finalização e passagem dos instrumentos de
avaliação
1.Objectivos gerais:
- avaliação das sessões pelos alunos e do processo de
aprendizagem proposto
2. Objectivos específicos:
-
conhecer a opinião dos alunos sobre o conteúdo e a
metodologia usada nas 10 sessões do programa
reflectir com os alunos sobre a eficácia do método
na aprendizagem
3. Metodologia a utilizar:
- dinâmica de grupo, seguida de reflexão e súmula das
aprendizagens em grande grupo.
4. Planificação da sessão:
1ª
2ª
3ª
4ª
fase
fase
fase
fase
–
–
–
–
reapresentação da aliança de trabalho;
jogo “ Bomba”;
Desafio;
passagem do questionário.
5. Súmula:
-
importância da alimentação e comportamentos
promotores de saúde
reflexão sobre os resultados registados e intenção
de disseminação aos pares
6. Actividades de consolidação:
-
construção de material de marketing de alimentos
para colocar no bar e na cantina;
concurso de sopas.
77
7. Operacionalização da sessão
A sessão constitui a finalização do programa. A sessão inicia-se
como normalmente pela reapresentação da aliança de trabalho (1ª
fase). O dinamizador pode depois incentivar um diálogo em grande
grupo em que vão sendo recordados os jogos e atividades que foram
sendo levadas a cabo e as aprendizagens a que corresponderam. Esta
atividade enquadr o jogo “bomba” da fase que se segue.
No decurso do jogo a “bomba”, (2ª fase) cada aluno vai
passando a bola de ténis a outros, quando o dinamizador diz
“bomba”, o aluno que tem a bola nesse momento fala sobre um
aspecto que o marcou nas sessões, do qual mais gostou ou do qual
não gostou ou teve mais dificuldade. O dinamizador pode optar por
incentivar uma pequena conversa em que se tenta debater os pontos
que o grupo de alunos gostou e não gostou; aspectos a melhorar;
entre outros. Cada aluno que fala senta-se e o grupo continua com a
bomba até não existirem mais alunos a jogar. Os últimos a ficar com
a “bomba são os dinamizadores e os professores.
Na 3ª fase pede-se aos pares e depois através de agrupamentos
maiores arranjar uma expressão ou título que traduza o trajecto
efectuado ao longo destas quinze sessões, se a equipa preferir podese ainda alcançar o mesmo objectivo através de diálogo com o
grande grupo. Esta metaforização da aprendizagem facilitará a
despedida, ao mesmo tempo que condensa as aprendizagens num
todo.
Finda tal actividade, procede-se à passagem dos instrumentos
escolhidos para avaliação do programa (4ª e última fase).
8. Materiais necessários
- bola de ténis para jogo “bomba”;
- questionário (instrumento de avaliação escrito).
78
Questionário PASSE.EB 2-3
Por razões pragmáticas, simplificamos o questionário a aplicar no
final das sessões do Manual PASSE EB2,3.
Pretendemos apenas assinalar se se registam mudanças
percepcionadas pelos adolescentes nos seus hábitos alimentares
errados.
Desta forma o questionário seguinte será aplicado individualmente
aos alunos que foram expostos às sessões do 7º e 8 anos, de acordo
com o alinhamento proposto para o EB2,3.
O professor fará chegar à equipa de saúde os resultados da turma
intervencionada.
A equipa PASSE fará chegar os resultados à equipa regional.
79
Questionário PASSE.EB 2-3
Identifica três erros alimentares que costumas fazer
Os meus três erros alimentares são
1 - _______________________________________________
2 - _______________________________________________
3 - _______________________________________________
O que preciso fazer para corrigir esses erros?
Erro 1 ____________________________________________
Erro 2 ____________________________________________
Erro 3 ____________________________________________
Já fiz, nos últimos seis meses, alguma dessas correções?
Erro 1 ____________________________________________
Erro 2 ____________________________________________
Erro 3 ____________________________________________
80
IV - Bibliografia
Agra, C. (1995). Modos elementares do pensamento sobre as drogas.
Toxicodependências número, 3, 47-59.
Bennett, P. (2002). Introdução Clínica à Psicologia da Saúde. Lisboa:
Climepsi.
Bloom, M. (1981). Primary Prevention. New Jersey: Prentice Hal Inc.
Bloom, M. (1996). Primary PreventionPractices. Thousand Oaks:
Sage Publications.
Botvin, G. J. (1996). Substance Abuse Prevention Through Life Skills
Training. In R. D. Peters and R. J. McMahon (Eds.) Preventing
Childhood
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Substance
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and
Delinquency.
Thousand Oaks: Sage Publication, 215-240.
Brandes, D. & Phillips (1977). Manual de Jogos Educativos. Lisboa:
Edições Morais.
Cowen, E. L. (1982). Primary Prevention Research, Needs and
Opportunities. Journal of Primary Prevention, 2 (3), 131-137.
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abuse and related disorders in childhood and adolescence: a
developmentally based and comprehensive ecological approach.
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Promoting School approach to healthy eating (2005). Glasgow:
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Modelos e Resultados. Cadernos de ConsultaPsicológica, 6, 4153.
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através das dinâmicas de grupo. Lisboa: Bubok.
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estudo do comportamento alimentar. Análise Psicológica, 4, XX,
611-624.
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V - Bibliografia PASSE
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Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009).
Gosto muito de… fruta! Porto: Departamento de Saúde Pública
do Norte, ARS IP.
Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A.
(2009).Gosto muito de… sopas e saladas coloridas! Porto:
Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP.
Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009).
Gosto muito de… alimentos diferentes! Porto: Departamento de
Saúde Pública do Norte, ARS IP.
Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009).
Gosto muito do… pequeno-almoço! Porto: Departamento de
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Gosto muito de… alimentos divertidos para as festas! Porto:
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