PASSE.EB2-3 Manual do Dinamizador da Dimensão Curricular da EB2-3 Débora Cláudio Rui Tinoco Nuno Pereira de Sousa Versão de trabalho 2013 Departamento de Saúde Pública 1 Este Manual faz parte integrante do programa PASSE, galardoado em 2011 com o Nutrition Awards – na categoria de Saúde Pública. Ficha Técnica Título: PASSE.EB 2-3 – Manual de Trabalho com Grupos de Docentes Autores: Débora Cláudio, Rui Tinoco, Nuno Pereira de Sousa Versão de trabalho, junho 2013 Porto: Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. Departamento de Saúde Pública Rua Anselmo Braancamp, 144 – Porto [email protected] www.passe.com.pt O conteúdo deste manual, bem como de todo o material desenvolvido pelo PASSE, encontra-se devidamente registado, não estando autorizada a utilização do mesmo em contextos que não o do próprio Programa. 2 Índice I – Introdução --------------------------------------------------------- 5 II – PASSE.net -------------------------------------------------------- 7 1. És mais esperto que a indústria? ----------------------------------- 9 2. Campeonato StoPASSE + -------------------------------------------10 3. Jogo PASSE Teen ----------------------------------------------------11 4. Revista: Leitura & Escrita ------------------------------------------ 12 5. Fazendo spots PASSE Bem!----------------------------------------- 13 6. Publicidade Alimentar: o que está a dar? --------------------------14 7. Sms cusca: vermelho como um tomate --------------------------- 15 8. Quem decide sou eu! ---------------------------------------------- 16 9. Aprender a comprar ------------------------------------------------ 17 10. Quem admiramos ------------------------------------------------- 18 11. Mitos & Ditos ------------------------------------------------------ 19 12. Dias Alimentares Saudáveis -------------------------------------- 20 13. Pequeno-almoço à lupa ------------------------------------------- 21 14. A cor da água ----------------------------------------------------- 22 15. Debate & Escrita -------------------------------------------------- 23 16. 1, 2, 3, 4, 5… Partida! -------------------------------------------- 24 17. 7+1 ---------------------------------------------------------------- 25 18. Alimentação Saudável, o que é? --------------------------------- 26 19. O pequeno-almoço ------------------------------------------------ 27 20. Detetives na net --------------------------------------------------- 28 Cartão PASSE.net ----------------------------------------------------- 29 Check-list das atividades PASSE.net para professor ---------------- 30 3 As atividades PASSE.net e os anos letivos --------------------------- 31 III – Promoção da saúde: instruções de aplicação ------------ 32 Alinhamento 7º Ano --------------------------------------------------- 32 Alinhamento 8º Ano --------------------------------------------------- 60 Questionário PASSE.EB 2-3 ------------------------------------------- 79 IV – Bibliografia ---------------------------------------------------- 81 V - Bibliografia PASSE ------------------------------------------- 83 4 I- Introdução O presente manual contém dois instrumentos diversos. Pretendemos aqui disponibilizar ferramentas que permitam uma intervenção no que respeita à educação para a saúde, na área alimentar na sua área abrangente no nível escolar que vai desde o 5º ao 9º ano, assim como da promoção da saúde restrito aos 7º e 8º anos, servindo como anos motores para a implementação desta vertente do programa. Deste modo, prevemos a adoção de uma série de atividades que podem abarcar o segundo e terceiro ciclos na sua totalidade. As atividades abordam a área dos comportamentos alimentares numa perspetiva holística, como vem sendo apanágio do programa. Pretendemos rentabilizar aqui uma série de instrumentos e plataformas já existentes como os videojogos ou o site PASSE. Pretendemos ainda tornar claras algumas adaptações que nos parecem indispensáveis relativamente ao livro Atividades Lúdicas na Área dos Comportamentos Alimentares. Consideramos importante a sua aplicação ao nível do 7º e 8º ano dando realce à dimensão da tomada de decisão. Assim, tendo apenas em linha de conta a dimensão curricular do programa, descrevemos atividades para se poder trabalhar a nível da educação para a saúde, usando instrumentos e ambientes de aprendizagem apelativos – como os jogos ou a interação com o site do programa. Já no que concerne à promoção da saúde a aplicação 5 das sessões previstas na obra que referimos, e que serve de natural complemento a este documento, servirá esse propósito. Chamamos a atenção para a importância de se considerar a intervenção ao nível da EB 2-3 na sua complexidade. No decorrer destas páginas, serão chamadas para aqui as dimensões comunitária e ecológica do programa – não só nos manuais que as operacionalizam mas também os instrumentos que podem para isso concorrer. Referimos já os videojogos e o site mas existem outros como por exemplo o Selo PASSE, os cartazes de Educação Alimentar ou o kit PASSE na Rua. 6 II – PASSE.net Atividades de educação para a saúde O presente capítulo do manual apresenta um conjunto de atividades relacionadas com a educação alimentar, assim como outras áreas que são fulcrais para o programa PASSE encontrando sinergias com o curriculum escolar. Pensamos nomeadamente na publicidade televisiva, no incentivo à atividade da escrita, exploração de informação relativa a determinados alimentos, assim como atividades na esfera familiar, além de que também são propostas atividades na área do consumo responsável e dos ídolos. Pretendemos sobretudo que todos os anos em que exista possibilidade de instrumentos e rentabilizados. desenvolvimento plataformas Referimo-nos (www.passe.com.pt), às que de atividades já existem, concretamente atividades que ao lá PASSE possam site são estes do ser PASSE propostas e disponibilizadas. O site inclui uma série de fichas e propostas de atividades que podem ser, neste momento, trabalhadas com os professores em contexto de sala de aula, em contexto familiar pelos alunos em casa ou outro que seja considerado pertinente. Assim, e concretizando um pouco, prevê-se: - a rentabilização dos videojogos do programa nomeadamente o PASSE.teen; - a exploração de uma revista interativa e contribuição por parte dos alunos com textos para o site do programa; - a exploração crítica dos spots PASSE Bem!; 7 Existe também a possibilidade, que é incentivada, de partilha online de experiências através da presença do PASSE no facebook.com ou através de vídeos disponibilizados no canal do youtube.com. Chamamos a atenção para a importância de se poder articular o nível de intervenção para todos os anos da EB2,3 com outros manuais de intervenção previstos no programa. Referimo-nos concretamente à intervenção com docentes (prevista no manual PASSE.doc – Manual de Trabalho com Grupos de Docentes) e dos níveis comunitários e ecológicos previstos nos manuais (PASSE.com - Manual da Dimensão Comunitária; EcoPASSE Manual da Dimensão Ecológica; PASSE EE - Manual do Dinamizador Encarregados de Educação). Assim cumpre, uma vez mais, manter uma visão estratégica e holística da intervenção em contexto escolar. Especificamente relembramos aqui alguns instrumentos importantes, que podem mobilizar e cativar sinergias: - os jogos previstos no PASSE na Rua cujos alunos podem ser por exemplo, monitores para jogos aplicados ao 1º ciclo; - o Selo PASSE que poderá ser conferido a atividades de grupos de alunos deste nível de ensino. As atividades poderão ser desenvolvidas em contexto de um clube de saúde específico para as atividades do programa e que, a ser ele o contexto do desenvolvimento das atividades que de seguida propomos, chamar-se-á Clube PASSE. No caso de eventos realizados na escola, na dimensão ecológica poderá ser criado o Dia PASSE. 8 PASSE.net 1.És mais esperto que a indústria? Objetivo PASSE: explorar anúncios televisivos, relacionando-os com a literacia do consumerismo. Alinhamento da atividade: 1 - Consulta o link e descarrega o documento que dá o nome a esta atividade. http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/smscusca/mais_esperto. pdf 2 - Analisa o texto quanto às estratégias que as empresas da indústria alimentar utilizam. Reflete sobre o quanto tu e os teus colegas estão conscientes das técnicas e instrumentos usados na publicidade e no apelo ao consumismo. Pensa no conceito do consumerismo e explora vantagens e inconvenientes. 3 - Depois, procura bem se existem mensagens de publicidade alimentar na tua escola? Quais? Onde? 4 - Escreve um pequeno texto para ser publicado no jornal do agrupamento escolar/escola, blog ou no jornal de parede com as tuas reflexões. 5 - A tua turma deve agora decidir qual o texto a ser publicado. Se tiveres vários meios de comunicação ao teu dispor (blog, jornal de parede, jornal da escola, etc), escolham um texto diferente para cada um deles! 6 - Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 9 PASSE.net 2. Campeonato StoPASSE + Objetivo PASSE: explorar e conhecer melhor as Famílias da Roda de Alimentos e os seus alimentos Alinhamento da atividade: 1- Consulta o seguinte link e descarrega o documento que dá o nome a esta atividade. http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/cenascurtidas/STOPasse _plus.pdf 2 – Imprime a página 1 para participares no campeonato StoPASSE +. A tua turma deve dividir-se em 4 grupos de alunos, jogando cada grupo no seu dia, na mesma semana: - Grupo 1: 2ª feira - Grupo 2: 3ª feira - Grupo 3: 4ª feira - Grupo 4: 5ª feira Na sexta-feira, joga-se a grande final com os vencedores de cada um dos Grupos. 2 - Propomos que jogues a variante Stopasse Rápido, mas se a tua turma preferir outra, também poderá ser. Envia uma mensagem via facebook(FB) para a nossa página do FB (http://www.facebook.com/passe.dsp) com um comentário a dizernos que a tua turma jogou e quem venceu. 3 - Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 10 PASSE.net 3. Jogo PASSE Teen Objetivo PASSE: divulgação do videojogo “PASSE Teen” da coleção 3xPASSE e das mensagens alimentares que lhe estão subjacentes. Alinhamento da atividade: 1- Vai a http://www.passe.com.pt/public/upload/jogos/index.html e joga o PASSE Teen. 2 - Compara os pontos que fizeste com pelo menos dois dos teus colegas. Quem é o campeão? 3- Envia uma mensagem para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp) com uma imagem do teu nível preferido, com um comentário a dizer-nos que a tua turma jogou e qual o teu alimento da roda preferido. Podes pedir ao teu professor que envie a mensagem pela conta FB da turma ou da escola, caso a tenham criado. 4 – Podes falar com o teu professor sobre as mensagens, em termos de educação alimentar e de atividade física, que o jogo transmite. 5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 11 PASSE.net 4. Revista: Leitura & Escrita Objetivo PASSE: discussão e consolidação de conhecimentos na área da educação para a saúde, nomeadamente no tema da alimentação. Alinhamento da atividade: 1 – Consulta o seguinte link http://www.passe.com.pt/public/upload/revistas/alimentacao_web.sw f 2 – Lê com os teus amigos esta revista interativa sobre alimentação. Escolhe um dos artigos para comentar. 3 - Que artigo escreverias tu para uma revista como esta? Envia-nos para: [email protected] 3 – Os melhores textos serão publicados no nosso site. Podes partilhar a experiência enviando uma mensagem pelo FB para a nossa página do facebook: (http://www.facebook.com/passe.dsp) 4 - Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 12 PASSE.net 5.Fazendo spots PASSE Bem! Objetivo PASSE: desenvolvimento de competências na área da publicidade alimentar saudável. Alinhamento da atividade: 1 – Consulta o seguinte link http://www.youtube.com/playlist?list=PL4090A669E76BC41C 2 – Vê com atenção os 5 spots PASSE Bem! 3 – Inventa com os teus amigos spots divertidos sobre alimentação saudável dirigidos aos teus colegas, utilizando algum programa de apresentações no teu computador. 4 - Filma-os em sequência com o teu telemóvel ou câmara. 5 - Carrega-os para o youtube e envia-nos o endereço dos mesmos. Os que obtiverem mais likes/gostos, terão direito a links no nosso site (www.passe.com.pt) e página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 13 PASSE.net 6.Publicidade Alimentar: o que está a dar? Objetivo PASSE: desenvolvimento de competências na área da literacia mediática. Alinhamento da atividade: 1 – Consulta o seguinte link http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/abrincarabrincar/Publicid ade.pdf analise o documento que dá o nome a esta atividade. 2 – Realiza a atividade com os teus encarregados de educação. Podes registar quais os spots de publicidade em que tiveste a mesma opinião que os teus encarregados de educação e quais os que discordaram. 3 - Compartilha connosco as vossas conclusões enviando uma mensagem pelo Facebook para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 14 PASSE.net 7. Smscusca: vermelho como um tomate Objetivo PASSE: aumentar nível de conhecimento na área da alimentação. Alinhamento da atividade: 1 – Consulta o seguinte link: http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/smscusca/Tomate.pdf Lê tudo o que querias e não querias saber sobre o tomate. 2 – Publica na página do facebook da tua escola, caso tenham criado uma e envia-nos uma mensagem para a nossa página do Facebook: http://www.facebook.com/passe.dsp referindo-nos que publicaste receitas para deliciosos lanches da manhã ou da tarde onde um dos alimentos seja o tomate. Se nos mandares fotos dos lanches, ainda melhor. 3 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 15 PASSE.net 8. Quem decide sou eu! Objetivo PASSE: trabalhar a parentalidade e a comunicação na área dos comportamentos alimentares. Alinhamento da atividade: 1 - Os teus encarregados de educação costumam decidir os assuntos de que se fala ao jantar? Esta é a semana em que quem decide és tu! Para cada um dos dias da semana, escolhe um tema para todos conversarem. E, mesmo que eles não estejam muito interessados no tema que escolheste, podes sempre lembrá-los que este é um dos teus trabalhos de casa. 2 - Conta-nos de que temas falaram, enviando uma mensagem para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). Falaram algum dia sobre alimentação saudável? 3 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 16 PASSE.net 9. Aprender a comprar Objetivo PASSE: desenvolver competências na área do consumerismo. Alinhamento da atividade: 1 - Vai a : http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/passe_net/Compras.pdf 2 - Preenche a folha de acordo com as instruções. 3 - Conta-nos o que aconteceu enviando uma mensagem via FB para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 17 PASSE.net 10. Quem admiramos Objetivo PASSE: aumentar a consciência do motivo porque admiramos as outras pessoas e em que medida isso influencia o nosso próprio comportamento. Alinhamento da atividade: 1- Consulta o seguinte link: http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/passe_net/Idolos.pdf 2 – Depois de impressa, preenche a folha, de acordo com as instruções. 3 - Diz-nos que características positivas partilhas com o teu ídolo enviando uma mensagem via FB para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 18 PASSE.net 11. Mitos & Ditos Objetivo PASSE: trabalhar e desconstruir mitos na área da alimentação e dos comportamentos alimentares. Alinhamento da atividade: 1- Consulta o seguite link : http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/Ficha%20Mitos%20e %20Ditos_Alta%20Resolucao_1.jpg 2- Depois de impressa a página, preenche, de acordo com as instruções. 3 - Tiveste alguma surpresa? Partilha connosco enviando uma mensagem via FB para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 19 PASSE.net 12. Dias Alimentares Saudáveis Objetivo PASSE: construção de um dia alimentar saudável. Alinhamento da atividade: 1 – Consulta o seguinte link: http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/Ficha%20DiasAlim_Al ta%20Resolucao_2.jpg 2 – Depois de impressa, preenche a folha, de acordo com as instruções. 3 – Preenche um dia alimentar para um dia de férias. É igual? 4 - Partilha as tuas ideias através de uma mensagem enviada para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 20 PASSE.net 13. Pequeno-almoço à lupa Objetivo PASSE: salutogénicas aumentar relacionadas com conhecimento o sobre pequeno-almoço decisões e a sua importância. Alinhamento da atividade: 1- Consulta o seguinte link http://www.passe.com.pt/public/upload/Fichas/Ficha%20PeqAlmoco_ Alta%20Resolucao_1.jpg 2 – Depois de impressa, preenche a primeira folha, de acordo com as instruções. 3 - Quem se portou melhor? Tu ou os adultos? Conta-nos tudo enviando uma mensagem via FB para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 21 PASSE.net 14. A cor da água Objetivo PASSE: promoção da água como bebida de rotina. Alinhamento da atividade: 1- Pergunta a 10 amigos quais são as características da água que mais gostam quando a bebem. 2 – Discute os resultados com a tua turma. Façam uma imagem publicitária a uma marca de água inventada que realce essas características e enviem-na como anexo da mensagem para a nossa página do facebook (http://www.facebook.com/passe.dsp). 3 – Se possível, afixem um poster na vossa escola com a imagem e mensagens sobre a água. 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 22 PASSE.net 15. Debate & Escrita Objetivo PASSE: sensibilização para os cuidados a ter com os alimentos hipercalóricos. Alinhamento da atividade: 1 - Deveríamos comer alimentos que não estão na roda apenas em ocasiões especiais. Porquê? Muitos deles são hipercalóricos. Uma pequena quantidade desses alimentos já pode significar uma ingestão enorme de calorias. Porquê? 2 - Então, por que razão existem tantos alimentos desses em tamanho XXXL? O que achas disto? 3 - Organiza com a tua turma um debate sobre este assunto. Não te esqueças que para argumentar deves ter um painel de alunos a favor e outro contra. Depois os painéis devem trocar de posição argumentativa. Retirem conclusões e escrevam-nos uma mensagem via FB para a nossa página do facebook: (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 23 PASSE.net 16. 1, 2, 3, 4, 5… Partida! Objetivo PASSE: trabalhar de forma lúdica alguns aspetos importantes relacionados com a alimentação saudável, como o consumo de fruta e hortícolas. Alinhamento da atividade: 1 – Vai a http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/abrincarabrincar/5_Parti da.pdf e descarrega o documento. 2 – Imprime a página 4 do documento, o tabuleiro; se não tiveres dado para jogar não te esqueças de construir o teu próprio dado (imprime a página 5 e constrói-o). 3 – Queres partilhar o que achaste do jogo e o que aprendeste com ele? Conta-nos tudo enviando uma mensagem para a nossa página do facebook: (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 24 PASSE.net 17. 7+1 Objetivo PASSE: aprender de forma lúdica algumas mensagens relacionadas com a roda dos alimentos e seus grupos. Alinhamento da atividade: 1 – Vai a http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/cenascurtidas/setemaisu m.pdf e descarrega o documento. 2 – Lê as instruções e constrói o teu jogo. De seguida joga-o com os teus colegas. 3 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste com o jogo? Contanos tudo na enviando uma mensagem para a nossa página do facebook: http://www.facebook.com/passe.dsp. 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 25 PASSE.net 18. Alimentação saudável, o que é? Objetivo PASSE: trabalhar mensagens importantes na área da alimentação saudável. Alinhamento da atividade: 1 – Consulta o seguinte link: http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/clubedossabichoes/alime ntacao_saudavel.pdf . Descarrega o documento. Trata-se de uma ficha de leitura do Clube dos Sabichões relacionada com mensagens importantes na área da alimentação saudável. 2 – Lê e discute com os teus colegas as mensagens que achaste mais importantes. Como podes adaptar estas mensagens a jovens e adultos? 3- Se for possível, faz um cartaz em grupo com que consideram imprescindível não esquecer. 4 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste? Conta-nos tudo enviando uma mensagem para a nossa página do Facebook anexando as imagens dos cartazes que a tua turma achou mais conseguidos. (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 26 PASSE.net 19. O Pequeno-Almoço Objetivo PASSE: trabalhar mensagens importantes relacionadas com o pequeno-almoço. Alinhamento da atividade: 1 – Vai a http://www.passe.com.pt/public/upload/pdf/clubedossabichoes/pequ eno_almoco.pdf descarrega e imprime o texto. 2 – Trata-se de um texto do Clube dos Sabichões. Lê e discute com os teus colegas as mensagens que achaste mais importantes. Como podes adaptar estas mensagens tornando-as mais apelativas a jovens e adultos? 3 - Se for possível, faz um cartaz com o teu grupo sublinhando as mensagens que consideram imprescindíveis não esquecer. 4 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste? Conta-nos tudo enviando uma mensagem para a nossa página do facebook e anexa imagens dos cartazes que a tua turma achou mais conseguidos. (http://www.facebook.com/passe.dsp). 4 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 27 PASSE.net 20. Detetives na net Objetivo PASSE: aumentar conhecimento e literacia tecnológica na área da alimentação saudável. 1 – Pesquisa na internet, com a ajuda do teu professor, conhecimentos relacionados com a alimentação saudável. 2 – O objetivo é conseguires identificar três links para mensagens que consideras verdadeiras e três links para mensagens que consideras falsas. 3 – Debate com a tua turma o que conseguiste encontrar. Escolhe os três locais mais informativos e três locais que têm mensagens falsas ou enganosas. 4 – Queres partilhar o que achaste e aprendeste? Conta-nos tudo enviando uma mensagem para a nossa página do facebook. (http://www.facebook.com/passe.dsp). 5 – Terminada esta atividade, não te esqueças da validar junto do professor que tem a checklist PASSE.net. 28 Cartão PASSE.net O PASSE.net serve para sensibilizar vários anos deste nível de ensino, ao nível da educação para a saúde, relativamente ao núcleo de temáticas consideradas importantes ao longo de todos os manuais e níveis de intervenção do programa PASSE. De forma a garantir algum nível de intervenção mínimo disponibilizamos de seguida uma check-list que servirá de guia ao professor responsável pela aplicação do PASSE.net. Poderá ser usado o cartão de missões do PAS31 utilizado nesse manual. Neste caso, cada aluno recebe um cartão de missões que será preenchido conforme estes alunos atinjam um mínimo para cada nível, a saber: Mínimos para a intervenção PASSE.net - Nível azul: 10 atividades - Outros níveis: 4 ações para os outros níveis Sendo que o nível azul corresponde à aplicação das atividades propriamente ditas e os outros níveis ao envolvimento dos alunos com o site do programa, as redes sociais e ações de disseminação do programa para além da turma a que pertencem. Esta ação pode cruzar-se com as dimensões ecológica e comunitária do PASSE. Nota importante: pode haver crianças ou adolescentes cujos pais se oponham à presença dos filhos nas redes sociais. Pode existir a alternativa do uso de contas conjuntas ou de contas abertas em nome da turma ou do Agrupamento de Escolas. Tinoco, R., Cláudio, D., & Pereira de Sousa, N. (2009). PAS3 - Promoção de Alimentação Saudável no 3º ano. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. 1 29 Check-list das atividades PASSE.net para professor Realizei a Fui ao site Fui à rede Partilhei com atividade? PASSE? social? a escola? 1.A publicidade televisiva 2. Campeonato StoPASSE 3.Jogo PASSE Teen 4.Revista: Leitura & Escrita 5.Fazendo spots PASSE Bem! 6.Publicidade Alimentar: o que está a dar? 7.Smscusca: vermelho como um tomate 8.Quem decide sou eu! 9.Aprender a comprar 10.Quem admiramos 11.Mitos & Ditos 12.Dias Alimentares Saudáveis 13.Pequeno-almoço à lupa 14.A cor da água 15.Debate & Escrita 16. 1, 2, 3, 4, 5… Partida! 17. 7+1 18. Alimentação Saudável, o que é? 19. O pequenoalmoço 20. Detetives na net Nome Aluno _________________________ Turma ____ Número __ 30 As atividades PASSE.net e os anos letivos Nome da atividade passe.net 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Disciplinas onde dinamizar 1.A publicidade televisiva 2. Campeonato StoPASSE x x x x x Português; EV ou EVT; TIC; x x x x x 3.Jogo PASSE Teen x x x x x x x x x Português, Matemática; Ciências; TIC, Biblioteca; Ciências; Português; Ciências x x 4.Revista: Leitura & Escrita 5.Fazendo spots PASSE Bem! 6.Publicidade Alimentar: o que está a dar? 7.Smscusca: vermelho como um tomate 8.Quem decide sou eu! 9.Aprender a comprar 10.Quem admiramos 11.Mitos & Ditos x x x x x x x x x x x x x História, Geografia; Português; Ciências; TIC Português; Ciências; DT; x x x x x Ciências; Matemática; EVTs; x x x x x História; Português; EF; x x x Ciências; Português; Matemática; EVs Ciências; Português; História; Geografia; EVs, TIC Ciências, Português, Matemática EVs, Matemática; português; Ciências; Quimica; TIC; Geografia Português; Matemática; EVT 12.Dias Alimentares Saudáveis 13.Pequenoalmoço à lupa x x x x x x x x x x 14.A cor da água x x x x x x x x 15.Debate & Escrita 16. 1, 2, 3, 4, 5… Partida! 17. 7+1 18. Alimentação Saudável, o que é? 19. O pequenoalmoço 20. Detetives na net TIC; Ciências; EV/EVT; História; Português; TIC; EVs; Português; x x EV; EF; Ciências; Português x x x x Português, EV, TIC x x Português; TIC; EV x x EVs; Português, Ciências x x TIC, Português, Ciências 31 III - Promoção da saúde: PAS7.8 - instruções de aplicação O livro Actividades Lúdicas na Área dos Comportamentos Alimentares foi previsto inicialmente para ser aplicado em dois anos diferentes – funcionando o segundo como uma espécie de bloco de reforço das aprendizagens e decisões efetuadas. O 7º ano é um ano de transição e charneira que é por isso privilegiado em muitos programas de promoção de estilos de vida saudáveis. Alinhamento relativo ao 7º ano No sétimo ano prevemos a aplicação das sessões relativas ao módulo geral e de saúde mental, assim como algumas sessões relativas ao módulo informativo. O alinhamento termina com a aplicação de duas sessões do módulo da tomada de decisão por forma a garantir a consolidação das aprendizagens, assim como uma reflexão tendente à modificação de comportamentos. O alinhamento perfaz um total de 9 sessões. 7º ano Sessão 1 - Vamo-nos conhecer Sessão 2 - Diferentes mas iguais Sessão 3 - Os meus ídolos Sessão 4 - Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és Sessão 5 - Também há famílias entre os alimentos Sessão 7 - Quem vê caras não vê alimentos Sessão 9 - O equilíbrio da vida Sessão10 - O que vamos comer hoje? Sessão12 - A ementa perfeita 32 7º ano Sessão 1 - Vamo-nos conhecer 1. Objectivos gerais: Apresentação do programa e diagnóstico dos hábitos alimentares do grupo. 2. Objectivos específicos: a. Diagnóstico qualitativo de hábitos alimentares do grupo via um instrumento de avaliação (agenda alimentar); b. Promoção de coesão grupal e interconhecimento do grupo; c. Estabelecimento de regras de funcionamento 3. Metodologia a utilizar: - Passagem de questionário; Dinâmicas de grupo; Trabalho em pequeno grupo com partilha em grande grupo. 4. Planificação da sessão: Primeira fase - Apresentação do programa através do filme “PASSE” e da planificação das sessões, nomeando os títulos das diferentes sessões. Segunda fase - Passagem do questionário Terceira fase Condução das dinâmicas de grupo: 1. “Conheço a Turma” – ordenar alfabeticamente a turma sem falar 2. “O Novelo” - algo sobre mim, ficando ligado em rede de lã 3. Agrupamentos – por cor, signo, local de nascimento, clube de futebol preferido, desporto favorito, disciplinas preferidas, … 4. Escalas gradativas – por gostar muito ou pouco da escola; por disciplinas de preferência 5. Estátuas de relação – entre professor e aluno ou relativamente à adaptação à escola. Serão feitas várias estátuas para um maior envolvimento dos alunos. Quarta fase - Trabalho de grupo: cada grupo regista em folha de papel 8 comportamentos a observar e 8 comportamentos a evitar nas sessões do PASSE, no momento e espaço PASSE a dinamizar na turma. Em grande grupo seleccionam os mais importantes que constituirão a aliança de trabalho. Além do registo no quadro, 33 deve ficar registado no caderno e de preferência 1 exemplar afixado em sala de aula. 5. Súmula: Sublinhar que os alunos conseguiram o estabelecimento de regras de funcionamento do grupo ou Aliança de Trabalho. Esta súmula deverá incluir além das regras que o grupo escolheu observar, as potencialidades de trabalho em grupo, sublinhando o que se poderá ganhar com este tipo de funcionamento. 6. Actividades de consolidação O professor pede aos alunos que produzam um diário alimentar durante uma semana no qual se registarão os hábitos alimentares normalmente seguidos por cada aluno. Poderão incluir hábitos desportivos e de atividade física. Esta informação serve para o professor poder escolher aspetos a sublinhar melhor durante a execução do programa e eventualmente passar alguma informação pertinente à equipa de saúde PASSE. 7. Operacionalização da sessão A sessão visa agilizar o primeiro contacto do PASSE com o grupo de alunos, bem como a delimitação do espaço e momento PASSE, em sala de aula, com o estabelecimento da Aliança de Trabalho que acompanhará todo o desenrolar das sessões. Na 1ª fase, o dinamizador deverá relacionar os objetivos do programa com as sessões, nomeadamente enfatizando o título. Pretende-se que os títulos metafóricos das sessões possam potenciar as aprendizagens. O filme PASSE pretende mostrar a amplitude e dimensões trabalhadas pelo Programa na região Norte de Portugal, com o sentimento de pertença de inclusão num programa regional. Na 2ª fase proceder-se-á à passagem do questionário simplificado de avaliação do programa que será repetido mais completo, no final das sessões neste ano letivo e inicia-se o registo do primeiro dia da “Agenda Alimentar” de deve ser preenchida por cada aluno todos os dias de uma semana sem feriados ou dias especiais. Na 3ª fase conduzem-se as dinâmicas de grupo como quebragelo e promotoras de coesão grupal: Para começar: A primeira dinâmica intitula-se “Conheço a minha turma”. Dá-se como instrução ao grupo que em pé e sobre uma linha imaginária no chão em que numa ponta é a letra A e na outra ponta a letra Z, os alunos se devem colocar, em absoluto silêncio, ordenados por ordem alfabética. Introduz-se de seguida a dinâmica O Novelo. Este quebra-gelo inicia-se com os alunos sentados em círculo. Um aluno apresenta-se ao grupo com uma característica de si que pense que os outros 34 desconhecem (ie: prato preferido ou música detestada, ou sei tocar viola de arco ou outra que considerem interessante). Agarrando numa ponta do fio de lã, esse aluno atira o novelo a outro colega, o qual, por sua vez, dirá algo sobre si, e assim sucessivamente. A cada passagem, a pessoa que se apresenta mantém-se ligada ao fio de lã. Forma-se deste modo uma teia que simbolizará os laços que nos ligam ao grupo. A 3ª fase prossegue através de agrupamentos de alunos com características semelhantes em determinadas áreas da sala em que decorre a dinâmica. Propõe-se agrupamentos em torno da cor preferida, signos do zodíaco, cor que mais gosta, local de nascimento, clube de futebol preferido, desporto favorito, disciplinas preferidas, … Ao mesmo tempo que prossegue o jogo, os alunos começam a familiarizar-se com o tipo de métodos empregues durante o programa. Seguem-se as escalas gradativas em relação à adesão à escola e às disciplinas de preferência, nas quais os alunos se posicionam numa linha imaginária, cujas pontas são o 100%, de gostar muito e a outra o 0%, de não gostar nada. Esta actividade permite o diálogo em relação às escolhas e aos gostos de cada um, que se explorará de forma mais ou menos detalhada, conforme o tempo disponível. Esta etapa da sessão termina com o jogo seguinte que consiste em idealizar uma estátua da relação entre aluno e professor na escola. Nesta actividade, pretende-se que um aluno manuseie duas pessoas que não se mexem (e que constituem a estátua), de modo a que consigam exprimir o sentimento do grupo face à relação pedagógica na instituição em que aprendem. O aluno que faz de escultor coloca os braços e mãos das estátuas na posição que entende melhor exprimir o que pretende mostrar. Sugere-se que, em casos de turmas grandes, se numerem os alunos aleatoriamente (1, 2, 3, 4,...) e que se trabalhe em pequeno grupo – deste modo, o grupo dos números 1 constroem uma estátua, o grupo dos números 2 realiza outra e assim sucessivamente. A 4ª fase é constituída por trabalho de grupo, no qual os diversos grupos vão propor uma série de comportamentos a observar e a evitar para que este tipo de programa possa funcionar com o mínimo de problemas associados. No alinhamento da sessão, propõe-se grupos de dois se vão associando em grupos maiores através da selecção dos comportamentos mais importantes. Se, todavia, existir pouco tempo para a implementação desta fase, podem manter-se os grupos da numeração aleatória utilizada para a construção das estátuas e a partilha imediata do trabalho desses grupos em contexto de turma. Qualquer que seja a opção tomada, o principal objectivo é a constituição da aliança de trabalho, a qual servirá de linha de conduta ao longo de todas as sessões a realizar. Esta será regida 35 numa folha de papel que será afixada na sala e relembrada nos momentos PASSE futuros. A súmula deverá realçar a possibilidade de se aprender “saúde “ com este tipos de jogos, mas que, se se quer realmente que as coisas corram bem, a aliança de trabalho tem de ser respeitada. Finalmente, conforme a disponibilidade de tempo, far-se-á referência ao trabalho que outros professores poderão desenvolver com os alunos ao longo da semana, através do preenchimento de fichas e a condução de outras actividades curriculares ou extracurriculares como o PASSE.net em EcoPASSE ou PASSE.com. 8. Materiais necessários - Questionário de diagnóstico de hábitos alimentares (agenda alimentar e questionário simplificado); - Listagem de agrupamentos sugeridos; - Novelo de lã - Papel e canetas. Questionário PASSE.EB 2-3 simplificado Identifica três erros alimentares que costumas fazer Os meus três erros alimentares são 1 - _______________________________________________ 2 - _______________________________________________ 3 - _______________________________________________ O que preciso fazer para corrigir esses erros? Erro 1 ____________________________________________ Erro 2 ____________________________________________ Erro 3 ____________________________________________ 36 Agenda Alimentar 37 Sessão 2 – Diferentes, mas iguais 1.Objectivos gerais: - reconhecimento da importância da unicidade individual. 2. Objectivos específicos: - compreensão das dimensões psicológicas e do que elas têm de único e de especial para cada indivíduo; compreensão da importância do corpo próprio e da sua importância para se ter um bem-estar físico e psicológico. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmicas de grupo. 4. Planificação da sessão: 1º fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2º fase – condução da dinâmica “Dinis diz…”* 3ª fase – condução da dinâmica “A bola de sabão”;* 4º fase – condução da dinâmica “Eu sou...”;* 5ª fase – discussão em grande grupo. * Dinâmicas retiradas e adaptadas do livro: Manual de Jogos Educativos de Donna Brandes e Howard Phillips, mas nos últimos dois casos os jogos foram bastante transformados. 5. Súmula: Esta sessão está pensada de modo a poder realçar a importância da aceitação do que cada um é. O momento de reflexão conjunta, socorrendo-se da conversa e da troca de ideias, ao estilo não directivo deve reforçar as conclusões quer ao nível das qualidades e defeitos trabalhados na dinâmica “Eu sou...”, quer no que respeita ao jogo “A bola de sabão” e às dimensões mais corporais que ele evoca. 6. Actividades de consolidação: Os alunos serão desafiados a reflectir sobre o modo como corpos são apresentados na publicidade televisiva ou ainda identificar casos de pessoas que não aceitam bem o seu corpo que, apesar de ter um corpo que possa suscitar sentimentos rejeição, vivem bem com o facto e aceitam-se a si mesmos. os a ou de 38 7. Operacionalização da sessão Depois da reapresentação da aliança de trabalho (1ª fase), conduz-se a dinâmica “Dinis diz” em que se pede um voluntário que começando as frases por Dinis diz…, dá uma série de ordens (Dinis diz ponham-se todos de cócoras; todos ao pé coxinho, levantem o braço direito, entre outros). No entre cada uma das ordens os alunos andam pela sala. Termina assim a 2ª fase que serve de aquecimento às etapas seguintes. A 3ª fase da sessão é dedicada à condução da dinâmica “A bola de sabão”. Neste jogo o dinamizador explica aos participantes que devem percorrer a sala e tentar ocupar o maior espaço possível, sem tocarem em ninguém. Pode haver lugar a uma breve explicação sobre o espaço pessoal que cada um tem e ao qual tem direito, a tal bola de sabão. O dinamizador pode ainda dar as seguintes ordens: “a bola está muito pequena”; “a bola está normal”; e “a bola está gigante”. Na continuidade, formam-se pares que sejam diferentes em altura ou outra característica corporal: aos pares fazem nova bola de sabão, e depois cada um dos pares tenta fazer a bola de sabão do outro. No final desta fase, em grupo ou em conversa em que toda a turma participa pode-se trabalhar as seguintes questões: - consigo ser como a bola de sabão do meu colega?; - quero alterar alguma coisa no meu corpo?; - os corpos são todos iguais? Numa das aplicações deste jogo aproveitámos um par de alunos que contrastavam muito em termos de altura e volume corporal para trabalhar estas questões – cada um estava satisfeito por ser o que era. A 4ª fase inicia-se com a condução da dinâmica “Eu sou...”. Nesta dinâmica pede-se a cada um dos participantes que escrevam várias frases que se iniciem desse modo. É fornecida uma folha de papel a cada aluno com colunas para preencher com as características listadas. De seguida, numera-se os alunos e pede-se que se levantem, à vez, os 1, os 2 e assim em diante. O dinamizador pede que se agrupem por frases iguais ou ideias iguais (exactamente iguais). No final desta dinâmica, em grande grupo, pode-se discutir a ideia de que cada um é diferente dos outros e que não há pessoas exactamente iguais. Pode-se ainda dizer aos participantes que se agrupem por pessoas com mais características em comum e identificar casos em que há mais diferenças. Pode-se ainda trabalhar em pequeno ou em grande grupo as seguintes questões: - devo aceitar-me como sou?; - o que posso melhorar? - é possível mudar ou não? 39 A 5ª fase dedica-se à discussão em grande grupo das impressões relacionadas não só com esta dinâmica, mas com a dinâmica anterior. A sessão, com efeito, trabalha a individualidade em aspectos psicológicos e físicos. Pode-se ainda lançar o repto de: e o que isto tem que ver com a alimentação? 8. Materiais necessários - fazer listagem de ordens para “Dinis diz…”; - Ficha “Diferentes, mas iguais” 40 Sessão 3 – Os meus ídolos 1.Objectivos gerais: - estimular a tomada de consciência do modo como idealizamos os outros. 2. Objectivos específicos: - conhecimento da importância dos ídolos e do modo como se escolhem os ídolos; -escolher ídolos é dizer algo de nós mesmos. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª 2ª 3ª 4ª fase fase fase fase – – – – reapresentação da aliança de trabalho; brainstorming sobre o que é um “Ídolo”; condução do jogo “Os ídolos e os planetas”; reflexão em grande grupo. 5. Súmula: A reflexão deve sistematizar as aprendizagens e conclusões efectuadas nas diversas fases da sessão. Concretamente, o dinamizador deve sublinhar que não existe um ídolo mas vários, conforme os ideais e as escolhas que cada um faz. Os planetas imaginários servem um pouco para evidenciar a ligação entre o que é subjectivo e o que é projecto nas figuras idealizadas dos ídolos e dos heróis existentes, de uma forma ou de outra, em todas as sociedades humanas. 6. Actividades de consolidação: No seguimento das actividades de consolidação propostas na sessão anterior, podem pedir-se aos alunos que reflictam sobre o modo como os ídolos e as pessoas famosas aparecem na televisão. Podem ainda sugerir-se a criação de listas de características em comum entre os vários ídolos listados na sessão ou em trabalho de casa. 41 7. Operacionalização da sessão Na 1ª fase como é habitual apresenta-se a aliança de trabalho, assim como se faz alguma reflexão sobre o funcionamento do grupo nas últimas sessões. De seguida apresenta-se o nome da sessão e explora-se de uma forma geral o assunto “ídolos”. A 2ª fase: Após se terem formado pares de trabalho, estes dedicam-se a uma colecta de ideias sobre o que é um ídolo; o qual é o seu papel na sociedade; exemplos de ídolos; suas características. Todas estas ideias serão apontadas no quadro por um porta-voz de um ou mais pequenos grupos. Após a realização desta tarefa, dividem-se os participantes em quatro grupos (início de 3ª fase). A cada um desses grupos serão distribuídos cartões com planetas imaginários, a saber: Planeta dos Aviões (grupo1); Planeta dos Anões (grupo 2); Planeta dos Azuis (grupo 3); Planeta dos Carros (grupo 4). Para cada situação o grupo deverá inventar três a quatro personagens que serão os ídolos das suas comunidades ou planetas. Quando esta tarefa tiver sido terminada numeram-se os participantes de cada grupo de 1 a 4 e são formados novos grupos em que cada participante veio de um Planeta diferente. Dão-se instruções no sentido de se chegar a um consenso sobre as características de um ídolo. Cada grupo escreve as principais características (mínimo 3) e escolhe 1 relator que as comunica ao grande grupo. Deve também conhecer-se os ídolos escolhidos por cada grupo e compará-los com os ídolos enumerados na etapa anterior. O plenário em grande grupo marca a 4ª fase da sessão em que se sistematizam as aprendizagens e se desenvolvem ideias como: as influências nas escolhas; como se vê o mundo e como se escolhe; as preferências; as simpatias; os ídolos; o que se quer ser e o que se come. Esta sistematização é construída a partir das expressões dos diferentes grupos ao longo da sessão. 8. Materiais necessários - Quadro para sistematização da colecta de ideias da 2ª fase; - 4 cartões com descrição dos planetas imaginários. - Folha branca e canetas 42 Sessão 4 - Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és 1.Objectivos gerais: - conhecimento qualitativo dos hábitos alimentares 2. Objectivos específicos: - conhecimento dos hábitos alimentares de cada aluno; - sistematização desses hábitos e primeira reflexão sobre eles. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo, seguida de súmula das aprendizagens em pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – condução de dinâmicas de grupo 1. Agrupar por elementos em comum 2. Escala gradativa - por alimentos preferidos e detestados (os cinco mais e os cinco menos da fase anterior); - por bebidas preferidas e detestadas (idem); - por aceitação do bar da escola. 3ª fase - Construção individual dia alimentar. 4ª fase – Em grupos de dois e posteriormente de quatro os alunos deverão listar oito comportamentos correctos e oito incorrectos; na segunda fase, seleccionar cinco. Sistematização dos resultados e feedback do dinamizador, que sublinha os resultados encontrados na turma e os confronta com as recomendações de organismos nacionais e internacionais na área da saúde. 5. Súmula Esta súmula deverá incluir um apontamento mais teórico sobre a importância da alimentação, procurando responder à questão: por que comemos?; Em paralelo deverá existir uma reflexão sobre os resultados registados com os agrupamentos de alunos em relação aos seus hábitos alimentares. Muitos erros e perguntas ficarão ainda por responder, tomando devida nota das questões mais pertinentes algumas das quais terão resposta dada pela execução de sessões em datas posteriores. 43 Finalmente um ponto de situação sobre as recomendações de estilos de vida saudáveis que incluem uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física. 6. Actividades de consolidação: Os alunos poderão, a partir de uma semana alimentar construída em actividade de consolidação anterior(ie passe.net), identificar comportamentos correctos e incorrectos que eles próprios praticaram. Poderão ainda fazer uma lista de hábitos alimentares das suas famílias, distinguindo as refeições quotidianas das refeições festivas. 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho. Caso seja necessário, pode dedicar-se nesta 1ª fase algum tempo para o diálogo: toda a gente concorda?; Alguém tem mais alguma coisa a acrescentar?; terminando assim a 1ªfase da sessão. A 2ª fase consiste no agrupamento de alunos por hábitos ou comportamentos alimentares e por escalas gradativas em relação a alimentos preferidos e detestados. Conforme o grupo, poderá ser adoptada uma posição mais ou menos directiva. Por exemplo, os agrupamentos serão livres, mas se tal gerar confusão ou necessidade de organização, o próprio condutor da sessão pode designar locais para cada agrupamento específico. Tal actividade poderá constituir uma forma qualitativa de avaliar conhecimentos e comportamentos. Abre também espaço a uma comunicação informal sobre hábitos e estereótipos face à alimentação e a determinados alimentos (preferências e incompatibilidades alimentares, por exemplo). Os alunos tomam consciência de hábitos alimentares do grupo, das semelhanças e das diferenças dentro do grupo. Os alunos são agrupados pelas recomendações ou incorrecções mais frequentes, pelo que ficam com uma referência de recomendação ou de hábitos incorrectos mais frequentes. Em relação às escalas gradativas, como se fez numa sessão anterior, o dinamizador propõe uma linha imaginária com os extremos do gostar muito (100%) e do não gostar nada (0%) em relação a alimentos preferidos e detestados, entre outros. Proporciona-se aqui um outro espaço de discussão. Sublinha-se também a oportunidade de seleccionar os alimentos preferidos e detestados na fase dos agrupamentos (os grupos maiores sinalizam os alimentos preferidos...). A nível individual, na 3ª fase, constrói-se o “dia alimentar tipo” ou, se existir demasiada dificuldade, do dia alimentar anterior à data em que a sessão se está a realizar. Estes dados servirão de base de 44 trabalho para a 4ª fase da sessão, na qual, em grupos de 2 e posteriormente de 4, se tentam detectar oito comportamento correctos e incorrectos. Conforme a disponibilidade de tempo, poderá prescindir-se dos grupos de 2 e trabalhar imediatamente em grupos de 4 com partilha imediata em grande grupo. Ter dois níveis de trabalho de grupo permite uma maior discussão e a selecção das correcções e dos erros realmente importantes. Quer os agrupamentos, quer os dias alimentares poderão ser objecto de estudo em termos de análise do impacto que o programa poderá ter, em conjunto com a equipa de saúde. Nesta sessão, fornecem à equipa uma ideia do nível de conhecimentos e de comportamentos dos alunos face à alimentação. Para os agrupamentos, propomos uma grelha de observação que disponibilizamos em seguida. Em relação aos dias alimentares, a equipa poderá recolher o que foi escrito para posterior análise. Em relação à súmula, o dinamizador poderá sistematizar as conclusões: atitudes mais comuns que observou na sessão, observações pertinentes e, eventualmente, divulgar alguma informação, que será a seu tempo trabalhada e descoberta pela própria turma nos jogos e nas actividades que poderão fazer ao longo da intervenção nas sessões ou com outros professores. É também o momento oportuno para se realizar uma reflexão sobre a razão da sessão ter o nome que tem. O feedback em relação às recomendações é aqui fornecido. Quantos alunos comem as 3 a 5 peças de fruta diária, quantos ingerem sopa, legumes ou salada 2 vezes por dia, quantos fazem sempre o pequeno-almoço completo; quantos consomem pelo menos 1,5L de água por dia, quantos não consomem doces diariamente e quantos não consomem alimentos demasiado ricos em gordura, açúcar e sal diariamente. Ao terminar a sessão, relembrar-se-á a importância do trabalho de consolidação a desenvolver ao longo da semana, eventualmente com outros professores que participem no projecto. 45 8. Materiais necessários - Fichas “Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és!” – refeições e comportamentos corretos e incorretos. - questionário-guia para dinamizador para agrupamentos 46 Sessão 5 – Também há famílias entre os alimentos! 1.Objectivos gerais: - consolidar conceitos sobre a roda dos alimentos. 2. Objectivos específicos: - promover conhecimento específico sobre as diferentes componentes da roda dos alimentos; - promover conhecimento e reflexão sobre os hábitos dos alunos em relação a cada grupo da roda dos alimentos. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo seguido de súmula das aprendizagens em pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – Jogo “Também há famílias entre os alimentos”; 3ª fase - Escala de preferências ou gradativa dentro de cada segmento da roda dos alimentos; 4ª fase - Trabalho em pequeno grupo (por grupos da roda dos alimentos): - reflexão sobre os que não entraram na roda; - as características (incluindo os nutrientes principais) de cada agrupamento de alimentos; - quais os hábitos do grupo em relação àqueles alimentos; - quais os hábitos da família; - sistematização. 5ª fase - Trabalho em grande grupo: - Unanimidade; - Pontos de discórdia 5. Súmula: A súmula reflete sobre: a) os conhecimentos básicos de nutrição que o grupo tem (distinguir alimentos de nutrientes; conhecer as funções básicas dos nutrientes e o valor energético produzido por 1 g de HC, Lípidos e Prótidos, …); b) a roda dos alimentos, as fatias da roda, as porções recomendadas e as mensagens principais; c) a importância da construção de um código comum, para se chamar os mesmos nomes a nutrientes iguais, a fim de se falar a 47 mesma linguagem (ex: carbono=glícidos=glúcidos=açúcares) hidratos de 6. Actividades de consolidação Os alunos poderão ser incentivados a pedir um talão das compras da semana da família de origem e classificarem os alimentos segundo das categorias existentes na roda dos alimentos, bem como identificar quais os alimentos que a ela não pertencem. 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se, como habitualmente, com a representação da aliança de trabalho que, neste momento da implementação do programa, deverá já ser pacífica. O dinamizador explicita ainda os objectivos para esta sessão, bem como explora o nome da sessão (1ª fase). A 2ª fase da dinâmica passa pela condução do jogo que dá o nome à sessão. No jogo, uma reprodução de cada alimento é colocada nas costas de cada participante, sem que ele saiba qual é o alimento que lhe foi aleatoriamente distribuído. Em cada uma dessas reproduções deverão constar as suas características, em termos de nutrientes e outras informações necessárias. Os alunos que pertencerem ao mesmo grupo de alimentos deverão unir-se, o que permitirá constituir uma roda dos alimentos humana. Para o jogo ser mais divertido e não de resolução imediata, os alunos não deverão identificar os alimentos, mas sim descrever as suas características, numa lógica de dar pistas e não fornecer soluções. Finda a etapa de agrupamento, deverá dedicar-se algum espaço ao diálogo. Algumas ideias poderão ser colocadas à discussão. Por exemplo, por que é que há grupos maiores e menores na roda dos alimentos?; Porque é que é um círculo ? O que é a roda dos alimentos? Os alimentos dentro da mesma fatia podem ser trocados uns pelos outros?; entre outros. Termina aqui a 2ª fase. A 3ª fase determina a condução de escalas gradativas em relação à preferência dos alunos por alguns alimentos no interior de cada família dos alimentos. A 4ª fase propõe trabalho em pequeno grupo sobre determinados tópicos em relação a cada grupo da roda dos alimentos. Aproveitamos aqui para acrescentar mais um pormenor no que diz respeito ao nosso jogo: está previsto que alguns alimentos não se consigam agrupar, como, por exemplo, a água, uma bolacha ou um cachorro quente. Porquê?, é a reflexão que se propõe aos 48 grupos. Caso a turma seja pequena e estes alimentos não tenham sido utilizados, na etapa da implementação do jogo, propomos que os suportes sejam entregues nesta fase e que sejam objecto de reflexão. As conclusões serão partilhadas e discutidas em contexto de turma ou grande grupo. A súmula deverá sublinhar as principais discussões e conclusões realizadas ao longo da sessão e preparar já a próxima sessão. Mais uma vez, com a sessão prestes a terminar, sugere-se a reforço da importância dos trabalho a desenvolver com os professores parceiros (outros professores que estão a aplicar este manual na mesma turma). 8. Materiais necessários Fichas: “Também há famílias entre os alimentos!” 49 Sessão 7 – Quem vê caras, não vê alimentos 1.Objectivos gerais: - desconstrução de ideias feitas e preconceitos em relação a alguns alimentos. 2. Objectivos específicos: - leitura e análise de rótulos de géneros alimentícios; -confrontação de ideias preconcebidas com diferentes realidades. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo, seguida de conhecimentos em pequeno e grande grupo. estruturação dos 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – condução do jogo “Que alimento é?”. 3ª fase – tarefa de desvendar os rótulos: correspondem aos alimentos que pensamos estar a comer? Rótulos de áreas específicas: iogurtes; bebidas; bolachas; entre outros exemplos. 4ª fase – reflexão sobre a rotulagem alimentar 5. Súmula - síntese dos conteúdos; - feedback de um nutricionista convidado para esta sessão com exemplos de rótulos reais - preferencial; - lista de ingredientes disposta por ordem decrescente de quantidade. Chamada de atenção para a composição nutricional; chamada de atenção para a comparação entre composição por 100g/100 ml e o peso líquido do produto ou da porção que usualmente se ingere; menções obrigatórias; comparações principais em relação a composição esperada e real ( bolachas – comparação de teor de gordura, açúcar e fibra, por exemplo) 6. Actividades de consolidação: No final desta sessão os alunos poderão trabalhar e recolher informações e reflexões sobre a publicidade nos media (revistas, televisão...) Poder-se-á guiar a pesquisa em termos de músicas usadas, imagens usadas, linguagem usada, correspondência entre mensagem veiculada e as características reais do produto. 50 7. Operacionalização da sessão A 1ª fase, como habitualmente, relembra a aliança de trabalho, podendo, inclusivamente, fazer-se uma reflexão sobre o comportamento que o grupo tem vindo a apresentar. Também no início da dinâmica dever-se-á apresentar o nome com que esta sessão está baptizada. A 2ª fase consiste na condução do jogo “Que alimento é?”. Neste jogo, um voluntário de cada vez, após lhe serem vendados os olhos, tem de adivinhar o nome dos alimentos reais ou em 3D que lhe são entregues; no final, fornece-se uma embalagem (pack) para adivinhar (tarefa impossível). No final desta fase fornece-se ao aluno um rótulo que é impossível de adivinhar o que é. Estará então lançada a curiosidade para a tarefa seguinte. Na 3ª fase, serão entregues a grupos de 3 a 4 elementos um conjunto de rótulos de embalagens que serão objecto de estudo. Realçamos a importância da reunião dos rótulos em grandes áreas temáticas, a saber: rótulos de iogurtes; de bolachas; de bebidas; de guloseimas, entre outros... Para cada um desses agrupamentos de rótulos, os grupos deverão identificar a composição, a lista de ingredientes, o ingrediente principal e relatar se existiram surpresas (casos em que o ingrediente principal não é o que eles estavam à espera). No agrupamento de refrigerantes e sumos devem ainda procurar a percentagem de fruta existente. No agrupamento de iogurtes e queijinhos devem procurar além da percentagem de fruta e cereais quando exista, o teor de açúcar e gordura. No agrupamento de bolachas e barras de cereais devem procurar o teor de fibra, de gordura e de açúcar. No agrupamento de guloseimas devem procurar o teor de açúcar, gordura quando exista e aditivos. A 4ª fase será dedicada à reflexão sobre a rotulagem e sobre a dificuldade de decidir o que comer, se não sabemos o que estamos realmente a ingerir. Nesta fase, o relembrar o nome da sessão poderá ajudar a condensar a aprendizagem. Em relação à súmula, serão recapitulados os momentos mais importantes da sessão, bem como os contributos mais relevantes. Em termos de preparação para a sessão seguinte, poderá ser lançada a questão: que mais obstáculos ou factores podem influenciar ou condicionar as nossas decisões acerca do que comemos? Introduz-se, assim, a ideia da publicidade como algo que deve ser pensado. Para finalizar, reforçamos o papel dos Professores Parceiros e da actividade que deverá ser realizada entre esta e a próxima sessão. 51 8. Materiais necessários - vários alimentos reais ou de material plástico ou outro em 3D, de fácil identificação; - rótulos de géneros alimentícios e representações pictográficas de alimentos de difícil identificação (exemplos marcantes). Os rótulos e as embalagens devem ser em número suficiente que permitam a constituição dos grupos de iogurtes, bolachas, bebidas e guloseimas previstos na fase respetiva. 52 Sessão 9 – O equilíbrio da vida 1.Objectivos gerais: - saber construir refeições equilibradas 2. Objectivos específicos: - conhecer os hábitos alimentares dos alunos, em relação às refeições do dia sistematização desses hábitos e reflexão sobre eles. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo; discussão em grupo; sistematização em grupo e didáctica. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – condução do jogo “O equilíbrio da vida”; 3ª fase – apresentação da noção de equivalentes; 4ª fase – tarefa de substituição de alimentos na refeição por outros equivalentes, seguida de sistematização dos resultados em pequeno e grande grupo; 5ª fase – Jogo “Se vivo assim, o que como eu?”. 5. Súmula: - - feedback técnico- as refeições completas fraccionadas pelo dia; a razão do fraccionamento alimentar; o peso relativo do valor energético de cada refeição e a distribuição de alimentos ricos em HC de absorção lenta; os equivalentes alimentares e a Roda dos alimentos como referência base; as trocas possíveis e impossíveis. síntese do conteúdo nutricional sistematização dos conteúdos abordados 6. Actividades de consolidação: Aproveitando a semana alimentar construída paralelamente às primeiras sessões, os alunos poderão fazer exercícios de substituição de alimentos por outros equivalentes, bem como aplicarem a noção de porção existente no folheto da Roda dos Alimentos. 53 7. Operacionalização da sessão A sessão chamada “O equilíbrio da vida” inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho. Da mesma forma, poder-se-á apresentar o título da sessão e fazer uma breve contextualização da sessão no contexto do programa. Como vimos anteriormente, esta sessão marca uma mudança estratégica, ao dirigir-se principalmente aos comportamentos alimentares que estão errados e que podem ser melhorados (1ª fase). A 2ª fase dedica-se à condução do jogo “O equilíbrio da vida”. Este jogo é semelhante, em termos de dinâmica, ao “Também há famílias entre os alimentos”. O mesmo tipo de suportes é colocado nas costas dos participantes. Desta feita, porém, os alunos devem agrupar-se por refeições. Uma vez realizado este jogo, o grande grupo deverá ter noção de que está perante um dia equilibrado. A 3ª fase, mais expositiva, centra-se em torno do conceito de equivalente alimentar. Uma vez bem compreendido o conceito a nível de grupo (é de aconselhar manter os grupos formados no jogo anterior, isto é, por refeições equilibradas), os alunos deverão substituir os alimentos por outros de valor nutricional equivalente, ou seja, idealizar refeições equilibradas idênticas às fornecidas no jogo. Estas substituições devem ser bem treinadas até não existirem mais dúvidas ou hesitações, pois esta competência é essencial para as decisões de escolhas alimentares (4ª fase). Finalmente (5ª fase) conduz-se o jogo “Se vivo assim, o que como eu?”. O objectivo do jogo é relacionar os hábitos alimentares com o estilo de vida. A dinâmica decorre da seguinte forma: com os grupos formados na tarefa anterior, distribuem-se várias imagens ou situações problema (sugere-se: homem obeso; uma menina ou menino de aparência anoréctica; um desportista, entre outros...). Segue-se a construção, em pequeno e grande grupo, de um suposto dia alimentar de cada uma das figuras apresentadas. Cada grupo deve responder às seguintes questões: 1ª quais os aspectos positivos e negativos desta pessoa?; 2ª o que é que esta pessoa pensa e como se sente?; 3ª De que forma é que o que pensa e sente influencia as suas escolhas de alimentos? Para terminar a sessão, o dinamizador deverá fazer um sumário dos principais contributos e aprendizagens realizadas, focalizando a influência dos pares, dos amigos. De seguida, e após relembrar o nome da sessão, preparar-se-á terreno para as próximas intervenções. Da mesma forma, recordar-se-á a importância da colaboração de toda a turma nas actividades que forem propostas 54 pelos Professores Parceiros ao longo da semana. Esta é uma sessão que igualmente beneficiará com a presença de um nutricionista convidado. 8. Materiais necessários - Fichas “ O equilíbrio da vida” – refeições e situações-problema 55 Sessão 10 – O que vamos comer hoje? 1.Objectivos gerais: - conhecimento dos erros alimentares individuais; aprender a decidir o que vamos comer. 2. Objectivos específicos: - conhecer possibilidades de decisão; conhecer modos de implementar essas decisões. 3. Metodologia a utilizar: - trabalho individual com partilha em grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – representação em gráfico “teia “do dia alimentar; 3ª fase – identificação de erros e possibilidades de decisão; 4ª fase – pequeno e grande grupo “As consequências dos erros alimentares” 5. Súmula: - os erros alimentares e o efeito na saúde; levantamento de possíveis aspectos a modificar; ênfase nas decisões que cada um pode tomar, tendo em linha de conta a prossecução de um estilo de vida alimentar mais saudável e equilibrado. 6. Actividades de consolidação: Para trabalhar o conceito de decisão os alunos, numa noutra aula ou como trabalho para casa, poderão listar decisões que tomem no seu quotidiano, bem como listar as suas consequências positivas e negativas. 7. Operacionalização da sessão A sessão O que vamos comer hoje? problematiza a questão dos hábitos alimentares individuais e em que medida eles podem ser mudados através de decisões e de mudanças de cada um. Estes objectivos serão complementados pelos da sessão seguinte. 56 A 1ª fase da sessão centra-se na representação da aliança de trabalho e na contextualização dos objectivos específicos no devir natural do programa de promoção de saúde. Também se deverá realçar a natureza diferente desta sessão, a qual apostará, de facto, em muito mais trabalho individual que colectivo. De seguida, individualmente, cada aluno preenche a sua teia alimentar (do dia anterior ou de um dia alimentar típico). Conforme o nível etário dos alunos, esta dinâmica tem de ser mais ou menos dirigida. O preenchimento do gráfico teia é feito a partir do total de porções do dia alimentar individual, em relação a cada fatia da roda de alimentos, pelo que a primeira instrução é a listagem de cada ingrediente de cada refeição do dia alimentar. Pode usar-se o dia alimentar da sessão 4. A segunda instrução é a definição de porções com que cada refeição contribui; a 3ª instrução é o somatório de porções do dia, correspondente a cada fatia da roda e finalmente o preenchimento do gráfico teia, no qual já está desenhado o recomendado pela roda para aquele grupo de adolescentes (2ª fase). A 3ª fase dedica-se à identificação dos erros alimentares e possibilidades de decisão, no sentido de melhoria desses mesmos erros. Conforme o grupo, o dinamizador pode optar por uma apresentação individual para a turma ou, se preferir, fazer agrupamentos sucessivos de dois e quatro alunos para identificar erros mais frequentes e possibilidades mais comuns de os corrigir. A fase final serve para, em grupo, os alunos debaterem as consequências desses erros, com partilha posterior em grande grupo. Nesta fase, o dinamizador fará o feedback das conclusões, evitando sempre que possível a exposição teórica, mas privilegiando a discussão e os exemplos que os próprios alunos acabam por fornecer (4ª fase). 8. Materiais necessários - Ficha “A minha teia alimentar”. Note-se que este gráfico de teia tem as porções da roda dos alimentos portuguesa recomendadas para adolescentes. 57 Sessão 12 – A ementa perfeita 1.Objectivos gerais: - tomada de consciência das dificuldades em se fazer uma refeição equilibrada. 2. Objectivos específicos: - levantamento das dificuldades e obstáculos que existem para se observar uma dieta alimentar equilibrada; - reflexão sobre os pontos de vista de diversos actores sobre as refeições equilibradas. 3. Metodologia a utilizar: - roleplaying; - discussão em pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª 2ª 3ª 4ª fase fase fase fase – – – – reapresentação da aliança de trabalho; condução do roleplaying em pequeno ou grande grupo; reflexão sobre as escolhas realizadas na fase anterior; sistematização das aprendizagens efectuadas. 5. Súmula: - reforço das regras da alimentação saudável; - trabalhar ingredientes das refeições apresentadas no roleplaying; - consolidar o conceito de porções e a Roda de Alimentos como modelo 6. Actividades de consolidação: Os alunos poderão listar os obstáculos na escolha da ementa familiar, isto é pretende-se explorar as dificuldades que os filhos mas também os pais têm em seguir uma alimentação saudável. 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se como habitualmente com a apresentação da aliança de trabalho e a reflexão sobre algum incumprimento mais grave observado em sessões anteriores. Também se pode fazer uma súmula da sessão anterior e jogar com os nomes metafóricos das 58 sessões. A que agora nos ocupamos denomina-se “A ementa perfeita” pelo que se pode lançar o repto da reflexão: por que é que a sessão de hoje se chama assim? (1ª fase) A 2ª fase é constituída por um roleplaying em que um grupo de alunos desempenha dos papéis de director da escola, chefe da cantina; aluno glutão e aluno saudável, cada um com indicações específicas de comportamento. A este grupo de alunos é dada a tarefa de escolher a ementa da escola. Para essa tarefa a equipa de dinamizadores fornece uma lista de alimentos e bebidas para cada componente de uma refeição (sopas - 3 diferentes; bebidas - 3 diferentes; prato principal - 3 diferentes; sobremesa - 3 diferentes). A tarefa de dramatização pode ser feita apenas por um grupo de alunos, constituindo a restante turma a plateia, ou numa série de pequenos grupos. Aconselhamos a primeira opção. As escolhas do grupo de dramatização são registadas no quadro. Existiram casos em que toda a turma quis fazer a escolha por intermédio de votação. A 3ª fase e 4ª fase dedicam-se, respectivamente, à reflexão sobre as escolhas realizadas no roleplaying, com recurso à função ou papel que determinado componente da refeição tem (ex: sopa como principal fornecedor de legumes e hortícolas) tendo como modelo a Roda de Alimentos, assim como à sistematização das aprendizagens efectuadas. Nestas etapas, o diálogo em grande grupo e o feedback científico constituem as ferramentas nucleares. 8. Materiais necessários Fichas “ A ementa Perfeita” – 3 ementas possíveis + papeis a desempenhar no role play. Director da Escola, Chefe da cantina, Criança glutona e Criança Saudável 59 Alinhamento relativo ao oitavo ano O alinhamento relativo ao 8º ano reinicia-se com a sessão 10 que é o momento de ensaio de tomada de decisão. Esta sessão serve como elemento de ligação entre os dois anos de intervenção. Seguem-se algumas sessões de cariz informativo e de consolidação da tomada de decisão. Este alinhamento perfaz um total de 7 sessões, sendo que a última consiste na passagem do instrumento de avaliação. 8º ano Sessão 10 – O que vamos comer hoje? Sessão 6 - O que é uma dieta? Sessão 8 - Vamos aprender a ver Sessão 11 - Os pratos da balança Sessão 13 - O que diz o chocolate? Sessão 14 – O que aprendi nestas sessões? Sessão 15 – Finalização e Passagem dos instrumentos de avaliação 60 Sessão 10 – O que vamos comer hoje? 1.Objectivos gerais: - conhecimento dos erros individuais em termos de alimentação; aprender a decidir o que vamos comer. 2. Objectivos específicos: - conhecer possibilidades de decisão; conhecer modos de implementar essas decisões. 3. Metodologia a utilizar: - trabalho individual com partilha em grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – representação em gráfico “teia “do dia alimentar; 3ª fase – identificação de erros e possibilidades de decisão; 4ª fase – pequeno e grande grupo “As consequências dos erros alimentares” 5. Súmula: - os erros alimentares e o efeito na saúde; levantamento de possíveis aspectos a modificar; ênfase nas decisões que cada um pode tomar, tendo em linha de conta a prossecução de um estilo de vida alimentar mais saudável e equilibrado. 6. Actividades de consolidação: Para trabalhar o conceito de decisão os alunos, numa noutra aula ou como trabalho para casa, poderão listar decisões que tomem no seu quotidiano, bem como listar as suas consequências positivas e negativas. 7. Operacionalização da sessão A sessão O que vamos comer hoje? problematiza a questão dos hábitos alimentares individuais e em que medida eles podem ser mudados através de decisões e de mudanças de cada um. Estes objectivos serão complementados pelos da sessão seguinte. 61 A 1ª fase da sessão centra-se na representação da aliança de trabalho e na contextualização dos objectivos específicos no devir natural do programa de promoção de saúde. Também se deverá realçar a natureza diferente desta sessão, a qual apostará, de facto, em muito mais trabalho individual que colectivo. De seguida, individualmente, cada aluno preenche a sua teia alimentar (do dia anterior ou de um dia alimentar típico). Conforme o nível etário dos alunos, esta dinâmica tem de ser mais ou menos dirigida. O preenchimento do gráfico teia é feito a partir do total de porções do dia alimentar individual, em relação a cada fatia da roda de alimentos, pelo que a primeira instrução é a listagem de cada ingrediente de cada refeição do dia alimentar. A segunda instrução é a definição de porções com que cada refeição contribui; a 3ª instrução é o somatório de porções do dia, correspondente a cada fatia da roda e finalmente o preenchimento do gráfico teia, no qual já está desenhado o recomendado pela roda para aquele grupo de adolescentes (2ª fase). A 3ª fase dedica-se à identificação dos erros alimentares e possibilidades de decisão, no sentido de melhoria desses mesmos erros. Conforme o grupo, o animador pode optar por apresentação individual para a turma ou, se preferir, fazer agrupamentos sucessivos de dois e quatro alunos para identificar erros mais frequentes e possibilidades mais comuns de os corrigir. A fase final serve para, em grupo, os alunos debaterem as consequências desses erros, com partilha posterior em grande grupo. Nesta fase, o dinamizador fará o feedback científico das conclusões, evitando sempre que possível a exposição teórica, mas privilegiando a discussão e os exemplos que os próprios alunos acabam por fornecer (4ª fase). 8. Materiais necessários - suporte em papel com a teia alimentar. Note-se que este gráfico de teia tem as porções da roda dos alimentos portuguesa recomendadas para adolescentes. 62 GORDURAS 12 OUTROS 9 Roda LEITE Roda 6 3 FRUTA 0 HORTICOLAS CARNE, PESCADO E OVOS LEGUMINOSAS CEREAIS 63 Sessão 6 – O que é uma dieta? 1.Objectivos gerais: - trabalhar as expectativas dos alunos face ao que é entendido como uma dieta. 2. Objectivos específicos: - conhecer os vários tipos de regimes alimentares desequilibrados; - analisar diferenças entre “dieta” e alimentação saudável; - prevenção de comportamentos de risco, potenciadores do surgimento de distúrbios alimentares. 3. Metodologia a utilizar: - brainstorming; trabalho em pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1º fase – reapresentação da aliança de trabalho 2º fase – brainstorming sobre a noção corrente de “dieta”; 3ª fase – análise em pequeno grupo dos regimes alimentares (aspectos positivos e negativos detectados em cada uma delas; 4ª fase – análise dos paralelismos entre as situações de regime alimentar desequilibrado (dieta para emagrecimento e alimentação irracional); 5ª fase – plenário de sistematização de resultados. 5. Súmula: - Dieta, como usualmente é entendido pelas revistas e população é um regime alimentar desequilibrado focalizado num ou em mais alimentos em detrimento de outros ou num método de confeção ou de ingestão específico. Em nutrição terapêutica a dieta não cumpre necessariamente as recomendações da roda dos alimentos, pois é prescrita em função de um problema de saúde por um profissional devidamente habilitado, tendo em conta a patologia subjacente. A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar para 64 populações saudáveis. O padrão alimentar subjacente à Roda dos Alimentos é equilibrado, tornando assim as “dietas” que não sigam as indicações, regimes alimentares desequilibrados e, por isso, pouco saudáveis, em termos de população em geral. 6. Actividades de consolidação: - actividades de pesquisa sobre “dietas” em revistas e Internet e reflexão com professor, sobre o que foi analisado nesta sessão 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho (1ª fase). De seguida pode-se fazer uma breve reflexão conjunta sobre o título da sessão e sobre as expectativas que cada aluno tem sobre este assunto (2ª fase). Na terceira fase depois de divididos os alunos em 3 grupos, distribuem-se os três tipos de regimes alimentares, pedindo-se de seguida que cada grupo detete, no regime alimentar que lhe foi atribuído, os aspetos positivos e negativos. É importante sublinhar que os regimes alimentares se dividem em três grandes tipos: dieta de emagrecimento (grupo 1); alimentação saudável (grupo 2); e regime cheio de erros alimentares que provocará, com certeza o malnutrição (grupo 3). É também necessário sublinhar que fornecemos uma oportunidade aos alunos de encontrarem aspectos negativos no regime alimentar saudável, pelo que será de suma importância discutir o feedback obtido. Depois de analisado o regime que foi atribuído a cada grupo, fornecem-se os outros regimes, de modo que todos os grupos tenham os 3 regimes (3ª fase). A quarta fase (4ª fase) aproveita os 2 grupos anteriormente formados para uma análise dos paralelismos entre a dieta para emagrecimento e a alimentação irracional, que são ambos regimes alimentares desequilibrados, frequentemente usados sem qualquer prescrição de um técnico de saúde, pelo que são provavelmente prejudiciais à saúde. O grupo da alimentação equilibrada é dividido pelos outros 2 grupos. Faz-se a análise do grupo 1 com o 2 e do grupo 3 com o 2. Finalmente, existe a última fase em que se faz a partilha em grande grupo dos resultados obtidos. O dinamizador terá o cuidado 65 de produzir um feedback esclarecedor conclusões do grupo. e dialogado, sobre as 8. Materiais necessários - - dia alimentar de três situações: dieta para emagrecimento, alimentação saudável e alimentação irracional; uma cartolina. 66 Sessão 8 – Vamos aprender a ver! 1.Objectivos gerais: - desconstrução da publicidade alimentar 2. Objectivos específicos: - aprendizagem de algumas dimensões importantes na publicidade sobre alimentação. Identificação das principais técnicas e características da publicidade. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo, seguida de conhecimentos em pequeno e grande grupo. estruturação dos 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase - apresentação do conceito de “Armadilha”; 3ª fase – visionamento de vídeo/diapositivos sobre publicidade alimentar; 4ª fase - Trabalho em grupo sobre características das mensagens televisivas (estratégias; linguagem visual e sonora; dimensões simbólicas) com identificação de armadilhas nos anúncios apresentados; 5 ª fase - discussão em grande grupo sobre o vídeo e a linguagem televisiva. 5. Súmula - realçar a importância da linguagem televisiva como condicionante de escolhas; reforçar o conceito de armadilha e a necessidade de pensarmos sobre o que vemos e o que nos escondem. 6. Actividades de consolidação: Entre esta sessão e a próxima os alunos poderão pesquisar e identificar mais armadilhas, bem como ocasiões em que tenham sido surpreendidos com a falta de correspondência entre a publicidade e o que julgam que um alimento é e as informações que surgem a nível de rotulagem. 67 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se, como habitualmente, pela representação da aliança de trabalho. De seguida, a equipa dinamizadora da sessão poderá situar a presente sessão no alinhamento das sessões previstas no programa, tentando contextualizar os objectivos e as dinâmicas que serão efectuadas de seguida (1ª fase). A 2ª fase centra-se na apresentação do conceito de “Armadilha”, a ideia central que se pretende transmitir é que existem numerosas formas de nos enganarmos e que os alimentos podem ser apresentados de forma “trapaceira”. Aliás, a ideia de armadilha pode ser relançada a partir da aprendizagem efectuada na sessão anterior: existiam alimentos que eram outra coisa (exemplo: um suissinho/danoninho é queijo, não iogurte como muitos alunos ainda pensam, entre outras ilustrações). A 3ª fase centra-se no visionamento de vídeos ou diapositivos sobre aprendizagem alimentar. Para esse efeito, a equipa deverá seleccionar uma série de anúncios publicitários em que as estratégias publicitárias sejam bem visíveis (como, por exemplo, “antes tomar o pequeno almoço era uma chatice; agora é mais completa a tua refeição” conforme spot gravado...). A 4ª e 5ª fase centram-se sobretudo em trabalho de grupo; conforme o tempo que a equipa tiver disponível, a discussão pode ser realizada em grande grupo com discussão vídeo a vídeo ou, como está previsto no alinhamento da sessão, com discussão em pequeno e grande grupo. Finalmente, a equipa deverá sintetizar as principais aprendizagens realizadas e os principais contributos. O nome da sessão poderá ser novamente aqui lançado para a arena como metáfora que permitirá ensaiar uma nova atitude face à publicidade. Esta sessão marca uma mudança crucial no programa: - até aqui realizou-se uma desmontagem do que é dado como adquirido; forneceram-se instrumentos que podem ajudar os alunos ou os jovens a alargar o leque de decisões possíveis. - daqui em diante, o exercício será mais o de procurar os hábitos alimentares saudáveis e o modo como eles poderão ser aplicados na vida quotidiana de cada um. 8. Materiais necessários - vídeo/DVD com anúncios alimentares; diapositivos sobre publicidade; Revistas com publicidade alimentar. 68 Sessão 11 – Os pratos da balança 1.Objectivos gerais: - tomar consciência da relação existente entre o que se come e os hábitos de vida que cada um segue; - sensibilização para a importância de uma série de variáveis que influenciam o comportamento alimentar sem, aparentemente, estarem relacionados com ele. 2. Objectivos específicos: - relacionamento dos hábitos alimentares e do estilo de vida - compreensão do conceito de balanço energético; - compreensão da importância da aceitação do corpo próprio e de gostar de si; - compreensão das influências positivas e negativas das amizades. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo; - discussão em pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – em pequeno grupo discussão das diversas situações; 3ª fase – partilha em grande grupo das conclusões retiradas em cada um dos cenários; 4ª fase – consolidação da aprendizagens. 5. Súmula: - ênfase na relação entre estilos de vida e hábitos alimentares - ênfase na importância da aceitação do corpo próprio 6. Actividades de consolidação: Complexificando a actividade de consolidação proposta na sessão imediatamente anterior, os alunos poderão listar obstáculos às decisões que eles identificam nas suas vidas. Poderão ainda reflectir 69 sobre o papel dos obstáculos e o modo que cada um costuma lidar com eles. 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se com a reapresentação da aliança de trabalho e a exposição do nome da presente sessão. Neste momento, pode dedicar-se algum tempo à reflexão sobre o comportamento do grupo, bem como ouvir algumas explicações espontâneas que os alunos possam ter relativamente ao título das dinâmicas de hoje (1ª fase). Na 2ª fase a turma é dividida em diversos grupos a quem são distribuídos diversos cartões de situação. Nesses cartões, exploramse diversos cenários que vão desde pessoas que não se sentem bem com os seus corpos, a cantores de rock a quem se pressiona para realizar uma dieta. Na 3ª fase cada grupo deverá fazer uma análise das situações fornecidas, partilhando depois em grande grupo os aspectos positivos e negativos detectados. A 4ª fase consiste na consolidação de aprendizagens onde o dinamizador sistematiza o feedback, apontando, numa postura de interacção, os erros e as atitudes acertadas que foram sendo detectadas. É essencial estimular a comunicação, reenviar as perguntas feitas para a turma, em vez de responder imediatamente, procurando consensos e “exigindo” reflexão por parte dos alunos, em vez de lhe fornecer imediatamente as soluções. 8. Materiais necessários - cartões de situação “estudos de caso” que devem espelhar diversos estilos de vida e padrões de comportamento alimentar; - Tabela “Os pratos da Balança” para sistematização do trabalho efetuado. Situação I Um jovem está a sofrer porque não gosta de certos detalhes do seu corpo, não quer que ninguém se aproxime dele. Já procurou ajuda mas não sabe com quem falar: não pode fazer perguntas em casa sobre o assunto e os seus colegas riem-se sempre que ele tenta falar sobre o que o preocupa. 70 Situação 2 Uma jovem está descontente com o seu tamanho e o seu peso. Iniciou por isso um esquema diário de exercício físico que foi recomendado por uma amiga que está em grande forma física. Situação 3 Uma jovem tem o peso médio que é esperado para a sua idade mas convenceu-se que tem peso a mais e é muito mais gorda que as suas amigas. Ela come agora o menos possível e diz que se sente bem e que é feliz. Situação 4 Um rapaz é pequeno para a sua idade e quer ter um aspecto mais musculado e em forma. Ele sente-se particularmente atrapalhado nas festas e quando vai a discotecas com amigos. Situação 5 Uma rapariga ainda em crescimento percebeu que os rapazes da sua a turma a descrevem como uma “panqueca”. Ela diz que todas as raparigas que conhece na escola têm um corpo em forma e que ela acaba por não ter nenhuma amiga. Ela está a poupar dinheiro para fazer uma cirurgia plástica o mais rápido possível Situação 6 Um rapaz que gostava de ser cantor acabou de saber que na TV e em vídeo parece 3kg mais pesado. Ficou determinado a perder este peso ou ainda mais se conseguir. O grupo dele diz que tem de conseguir isso o mais rapidamente possível, se quer ter sucesso. * cartões traduzidos de Growing Through Adolescence - A training pack based on a Health Promoting School approach to healthy eating (2005) Glasgow: Health Scotland. 71 Sessão 13 – O que diz o chocolate? 1.Objectivos gerais: - tomar consciência da importância das decisões e da força de vontade na prossecução de uma vida saudável. 2. Objectivos específicos: - identificação de dificuldades em ter uma boa alimentação; - identificação de erros quotidianos e dificuldades em corrigilos; 3. Metodologia a utilizar: - dinâmicas de grupo, seguidas de discussão em grupo; exposição final. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – Reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – Condução do jogo “O senhor, o que quer tomar?”; 3ª fase – Trabalho em pequeno grupos: obstáculos possibilidades de decisão; 4ª fase – Sistematização da aprendizagem. e 5. Súmula: - tomar de consciência dos obstáculos existentes no seguimento de uma dieta alimentar equilibrada; - trabalhar noção das tentações. 6. Actividades de consolidação: O professor pode trabalhar a ideia de como estabelecer objectivos pessoais, assim como a definição de cada aluno do que é um objectivo realista. A ideia passa um pouco por explorar os obstáculos internos ou individuais às decisões no sentido de uma alimentação saudável. 72 7. Operacionalização da sessão A sessão inicia-se, como vem sendo hábito, com a representação da aliança de trabalho. Após esta breve conversa, o dinamizador pede aos grupos entretanto formados que construam duas refeições – almoço e jantar - equilibradas (1ª fase). De seguida, o animador seleciona voluntários para a condução do jogo “O senhor, o que quer tomar?”. O jogo consiste na análise e alteração das refeições construídas pelos grupos em contexto de roleplaying. Os intervenientes têm comportamentos muito estranhos... Cada voluntário é um alimento e esse alimento tem que seguir uma determinada linha de comportamento que dificulta o consenso. Em conjunto, devem tentar preencher analisar as refeições construídas na etapa anterior, podendo-as, inclusive, alterar. A tarefa é extremamente penosa… Cada “pessoa-alimento” possui um papel com o desenho do alimento que está a representar. Como instrução individual, cada um dos alimentos deve seguir comportamentos díspares, por exemplo: “tenta ser consensual e tentar chegar a acordo: no meio-termo é que está a virtude”; “tenta estar presente em todas as refeições, custe o que custar…” As instruções individuais não são mostradas ao grupo; por exemplo, o hambúrguer sabe que tem de ser anarquista, mas tal facto é do desconhecimento do grupo (finda a dramatização termina a 2ª fase). Consultar o ponto seguinte para melhor visualização dos materiais necessários ao role playing. Ao longo de toda a dramatização, o dinamizador deve instigar o grupo ao consenso e ao término da tarefa. Pode haver a necessidade ou a pertinência de se repetirem as dramatizações com outros intervenientes. Na 3ª fase, análise do roleplaying. O dinamizador deve ter a preocupação de sublinhar alguns aspetos: há alimentos que “querem” entrar nas nossas refeições? Aproveitando os grupos formados no início da sessão, lança-se o seguinte trabalho de grupo: “quais as dificuldades e os obstáculos a se ter uma alimentação saudável?”; quais os alimentos que “querem” e os que não querem entrar nas nossas refeições. O dinamizador deve ter a preocupação em enquadrar a sessão no âmbito da Tomada de Decisão – módulo de que esta sessão faz parte. Finalmente, na 4ª fase da sessão procurar-se-á a sistematização das aprendizagens através da partilha em grande grupo do que se acabou de concluir na fase anterior. Na súmula, a equipa poderá realçar as conclusões mais importantes e eventuais erros que se tenham partilhado. 73 8. Materiais necessários - materiais de suporte ao jogo “O senhor, o que quer tomar?”. A equipa de dinamizadores deve construir material de acordo com as instruções descritas na respectiva fase. - a água: Rosto da folha 1: representação imagética da substância. Rosto da folha 2: “tenta ser consensual e tentar chegar a acordo: no meio termo é que está a virtude.” - o chocolate: Rosto da folha 1: representação imagética da substância. Rosto da folha 2: “tenta estar presente em todas as refeições, custe o que custar…” - a sopa: Rosto da folha 1: representação imagética da substância. Rosto da folha 2: “tenta fazer com que ninguém deste grupo goste de ti… ganha o prémio da antipatia!” - o hambúrguer Rosto da folha 1: representação imagética da substância. Rosto da folha 2: “isto não te diz nada: tanto vale uma coisa como outra… olha: concorda sempre com a última opinião que foi dita”. O rosto da folha 1 deve ser mostrado ao grupo, enquanto que o rosto 2 deve permanecer oculto até ao término da actividade. 74 Sessão 14 – O que aprendi com estas sessões? 1.Objectivos gerais: - levantamento alimentares. qualitativo das mudanças dos hábitos 2. Objectivos específicos: - conhecimento das mudanças dos hábitos alimentares de cada aluno; sistematização desses hábitos e reflexão sobre eles. 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo, seguida de súmula das aprendizagens em pequeno e grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª fase – reapresentação da aliança de trabalho; 2ª fase – agrupar por elementos em comum pela ordem existente na sessão 4. - por número de refeições por dia; 2. Escala gradativa - por alimentos preferidos e detestados (os cinco mais e os cinco menos da fase anterior); - por bebidas preferidas e detestadas (idem); - por aceitação do bar da escola 3ª fase - Grupos de dois e posteriormente de quatro: oito comportamentos correctos e oito incorrectos praticados pela turma; na segunda fase, seleccionar cinco. 4ª fase - Sistematização dos resultados e feedback do dinamizador. Atividades de disseminação. 5. Súmula: - importância da alimentação e comportamentos promotores de saúde reflexão sobre os resultados registados e intenção de dissiminação aos pares 6. Actividades de consolidação: 75 - construção de material de marketing de alimentos para colocar no bar e na cantina; concurso de sopas. 7. Operacionalização da sessão A 1ª fase consiste precisamente na reafirmação da alinaça de trabalho e na exploração do título da sessão de hoje. A 2ª fase da sessão constitui uma repetição da 4ª sessão, pelo que deverá ser consultada a descrição realizada a seu propósito. Apenas acrescentamos que a repetição visa uma primeira avaliação, de carácter qualitativo do programa. Centra-se, então, nas eventuais modificações a nível dos comportamentos e hábitos de cada um. Pode-se também dar as mesmas instruções, mas referindo-se ao que devia ser; testa-se, deste modo, o nível de conhecimentos adquiridos ao longo das sessões. A 3ª fase da sessão consiste na aplicação da metodologia dos grupos crescentes tendo em linha de conta oito comportamentos corretos e oito incorretos que alguns dos participantes tiveram ou têm. Primeiro em grupos de dois e depois de quatro (aqui os quatro elementos seleccionam oito entre os dezasseis que mapearam). Segue-se discussão em grande grupo debatendo os comportamentos que foram escolhidos, os que não o foram e quais as razões. Na 4ª fase da sessão promove-se a intenção de disseminação dos conhecimentos adquiridos e da reflexão sobre hábitos alimentares saudáveis aos restantes alunos da escola, através de concursos, artigos para jornal da escola ou de produção de material de publicidade a alimentos saudáveis para colocar no bar ou na cantina da escola, ou qualquer outro processo que os alunos escolham. 8. Materiais necessários - suporte de papel com grelha para agrupamentos de hábitos e comportamentos alimentares – utilizar o mesmo que na sessão 04. 76 Sessão 15 – Finalização e passagem dos instrumentos de avaliação 1.Objectivos gerais: - avaliação das sessões pelos alunos e do processo de aprendizagem proposto 2. Objectivos específicos: - conhecer a opinião dos alunos sobre o conteúdo e a metodologia usada nas 10 sessões do programa reflectir com os alunos sobre a eficácia do método na aprendizagem 3. Metodologia a utilizar: - dinâmica de grupo, seguida de reflexão e súmula das aprendizagens em grande grupo. 4. Planificação da sessão: 1ª 2ª 3ª 4ª fase fase fase fase – – – – reapresentação da aliança de trabalho; jogo “ Bomba”; Desafio; passagem do questionário. 5. Súmula: - importância da alimentação e comportamentos promotores de saúde reflexão sobre os resultados registados e intenção de disseminação aos pares 6. Actividades de consolidação: - construção de material de marketing de alimentos para colocar no bar e na cantina; concurso de sopas. 77 7. Operacionalização da sessão A sessão constitui a finalização do programa. A sessão inicia-se como normalmente pela reapresentação da aliança de trabalho (1ª fase). O dinamizador pode depois incentivar um diálogo em grande grupo em que vão sendo recordados os jogos e atividades que foram sendo levadas a cabo e as aprendizagens a que corresponderam. Esta atividade enquadr o jogo “bomba” da fase que se segue. No decurso do jogo a “bomba”, (2ª fase) cada aluno vai passando a bola de ténis a outros, quando o dinamizador diz “bomba”, o aluno que tem a bola nesse momento fala sobre um aspecto que o marcou nas sessões, do qual mais gostou ou do qual não gostou ou teve mais dificuldade. O dinamizador pode optar por incentivar uma pequena conversa em que se tenta debater os pontos que o grupo de alunos gostou e não gostou; aspectos a melhorar; entre outros. Cada aluno que fala senta-se e o grupo continua com a bomba até não existirem mais alunos a jogar. Os últimos a ficar com a “bomba são os dinamizadores e os professores. Na 3ª fase pede-se aos pares e depois através de agrupamentos maiores arranjar uma expressão ou título que traduza o trajecto efectuado ao longo destas quinze sessões, se a equipa preferir podese ainda alcançar o mesmo objectivo através de diálogo com o grande grupo. Esta metaforização da aprendizagem facilitará a despedida, ao mesmo tempo que condensa as aprendizagens num todo. Finda tal actividade, procede-se à passagem dos instrumentos escolhidos para avaliação do programa (4ª e última fase). 8. Materiais necessários - bola de ténis para jogo “bomba”; - questionário (instrumento de avaliação escrito). 78 Questionário PASSE.EB 2-3 Por razões pragmáticas, simplificamos o questionário a aplicar no final das sessões do Manual PASSE EB2,3. Pretendemos apenas assinalar se se registam mudanças percepcionadas pelos adolescentes nos seus hábitos alimentares errados. Desta forma o questionário seguinte será aplicado individualmente aos alunos que foram expostos às sessões do 7º e 8 anos, de acordo com o alinhamento proposto para o EB2,3. O professor fará chegar à equipa de saúde os resultados da turma intervencionada. A equipa PASSE fará chegar os resultados à equipa regional. 79 Questionário PASSE.EB 2-3 Identifica três erros alimentares que costumas fazer Os meus três erros alimentares são 1 - _______________________________________________ 2 - _______________________________________________ 3 - _______________________________________________ O que preciso fazer para corrigir esses erros? Erro 1 ____________________________________________ Erro 2 ____________________________________________ Erro 3 ____________________________________________ Já fiz, nos últimos seis meses, alguma dessas correções? Erro 1 ____________________________________________ Erro 2 ____________________________________________ Erro 3 ____________________________________________ 80 IV - Bibliografia Agra, C. (1995). Modos elementares do pensamento sobre as drogas. Toxicodependências número, 3, 47-59. Bennett, P. (2002). Introdução Clínica à Psicologia da Saúde. Lisboa: Climepsi. Bloom, M. (1981). Primary Prevention. New Jersey: Prentice Hal Inc. Bloom, M. (1996). Primary PreventionPractices. Thousand Oaks: Sage Publications. Botvin, G. J. (1996). Substance Abuse Prevention Through Life Skills Training. In R. D. Peters and R. J. McMahon (Eds.) Preventing Childhood disorders, Substance Abuse and Delinquency. Thousand Oaks: Sage Publication, 215-240. Brandes, D. & Phillips (1977). Manual de Jogos Educativos. Lisboa: Edições Morais. Cowen, E. L. (1982). Primary Prevention Research, Needs and Opportunities. Journal of Primary Prevention, 2 (3), 131-137. Felner, R. D.; Silverman & Adix, R. (1991). Prevention of substance abuse and related disorders in childhood and adolescence: a developmentally based and comprehensive ecological approach. Fam. Community Health, 14 (3), 12-22. Growing Through Adolescence - A training pack based on a Health Promoting School approach to healthy eating (2005). Glasgow: Health Scotland. Negreiros, J. N. (1990). Programas de Prevenção sobre Drogas: Modelos e Resultados. Cadernos de ConsultaPsicológica, 6, 4153. Negreiros, J. N. (1991). Prevenção doAbuso de Álcool e Drogas nos Jovens.Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica. 81 Negreiros, J. N. (1995). Avaliação de programas de prevenção do abuso de drogas. Psicologia, X, 3, 143-154. Tinoco, R. (2013). Educação para o uso da internet - uma abordagem através das dinâmicas de grupo. Lisboa: Bubok. Viana, V. (2002). Psicologia, Saúde e Nutrição: Contributo para o estudo do comportamento alimentar. Análise Psicológica, 4, XX, 611-624. 82 V - Bibliografia PASSE Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N., & Tinoco, R. (2009). EcoPASSE Manual da Dimensão Ecológica. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009). Gosto muito de… fruta! Porto: Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP. Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009).Gosto muito de… sopas e saladas coloridas! Porto: Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP. Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009). Gosto muito de… alimentos diferentes! Porto: Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP. Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009). Gosto muito do… pequeno-almoço! Porto: Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP. Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N.; Tinoco, R. & Meneses, A. (2009). Gosto muito de… alimentos divertidos para as festas! Porto: Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP. Cláudio, D.; Pereira de Sousa, N., & Tinoco, R. (2009). EcoPASSEManual da Dimensão Ecológica. Porto: Departamento de Saúde Pública do Norte, ARS IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3884/1/EcoPASSE.pdf Menezes, Â., Pereira de Sousa, N., Cláudio, D., & Tinoco, R. (2009). PASSE MA - Segurança Alimentar a Manipuladores de Alimentos - Manual do Formador de Manipuladores de Alimentos. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3572/3/Passe%20MA.p df Pereira de Sousa, N., Cláudio, D., & Tinoco, R. (2009). PASSE.org Manual da Dimensão Organizacional. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. 83 http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3886/1/PASSEorg.pdf Pereira de Sousa, N., Tinoco, R., & Cláudio, D. (2009). PASSE. com Manual da Dimensão Comunitária. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3885/1/PASSEcom.pdf Tinoco, R., Cláudio, D., & Pereira de Sousa, N. (2009). PAS3 Promoção de Alimentação Saudável no 3º ano. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3546/3/PAS3.pdf Tinoco, R., Cláudio, D., Pereira de Sousa, N., & Meneses, Â. (2009). EA1 - Educação Alimentar no 1º Ciclo do Ensino Básico Manual do Docente da Dimensão Curricular. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3570/3/EA1%20final.p df Tinoco, R., Pereira de Sousa, N., & Cláudio, D. (2010). PASSE EE Estilos Parentais e Promoção da Saúde - Manual do Dinamizador Encarregados de Educação. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3571/3/PASSE%20EE. pdf Tinoco, R., Pereira de Sousa, N., Cláudio, D., & Meneses, Â. (2009). PASSEzinho - Educação Alimentar e Promoção da SaúdeManual do Dinamizador do Jardim-de-Infância. Porto: Administração Regional de Saúde, IP. http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3573/3/PASSE%20JI1. pdf Tinoco, R.; Pereira de Sousa, N. & Cláudio, D. (2010). A gestão das técnicas de dinâmica de grupo em contextos de promoção da saúde: um mapeamento de competências. Peritia, 5, IX, (online). 84