EXPEDIENTE Índice 03 EDITORIAL Saúde e bem-estar, direitos de todos! 04 CONVIDADO ESPECIAL, Suel Abujamra Os desafios do atendimento oftalmológico no SUS 06 IOM SOCIAL O trabalho do IOM Social no atendimento dos projetos do Sistema Único de Saúde 10 ARTIGO Saúde ocular na infância 13 O INSTITUTO Investimento em educação continuada fortalece a equipe do IOM Produzido por Selles & Henning Comunicação Integrada 14 Mais esclarecimento, menos receio Animais domésticos e saúde ocular: uma relação que demanda cuidados! Projeto Gráfico Julio Leiria 16 SAÚDE OCULAR Dieta saudável e o controle da DMRI, o que isso tem a ver? 18 POR DENTRO DO IOM Cuidados imunológicos que começam em casa Diretoria Diretor-Geral Dr. Allan T. Barbosa CRM 2229 Diretor Médico Dr. Carlos Paes CRM 200 Editoração Eletrônica Luiz Felipe Beca Jornalistas responsáveis Márcia Asevedo 34423/RJ Aline Ferreira 35448/RJ IOM - INSTITUTO DE OLHOS DE MACEIÓ Avenida Comendador Palmeira, 122 Farol – Maceió – AL. CEP: 57051-150 Tel.: (82) 2126-3600 www.iom-al.com.br Responsável Técnico Dr. Allan T. Barbosa CRM 2229 02 Revista do Instituto de Olhos de Maceió Planos de saúde credenciados EDITORIAL Saúde e bem-estar, direitos de todos! Dr. Allan T. Barbosa Diretor-Geral A lém de prestar um serviço oftalmológico considerado de referência no estado de Alagoas, o IOM disponibiliza parte de sua estrutura para realização de projetos sociais, juntamente com os governos federal, estadual e municipais. O objetivo é suprir as demandas da população, que são atendidas pelo Sistema Único de Saúde. Nesta edição, vamos falar um pouco mais sobre como funcionam esses projetos e você, leitor, poderá conferir toda a dinâmica de funcionamento do IOM pelo Sistema Único de Saúde. Dando uma abrangência maior ao tema, entrevistamos o Dr. Suel Abujamra, que fala sobre os desafios do atendimento pelo SUS, de acordo com suas experiências como especialista. Seguindo nossa postura de valorizar a prevenção da saúde ocular, distribuímos o tema entre algumas matérias que prestarão mais esclarecimentos sobre como evitar problemas oculares em situações comuns do dia a dia, com o intuito de deixar o leitor mais atento a alguns comportamentos que podem preservar a visão – um dos sentidos mais importantes na vida do homem. Como exemplos, a atenção à higiene dos animais domésticos e a importância da alimentação contra os avanços da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), doença que afeta milhões de pessoas no mundo; além de um artigo sobre os cuidados com a saúde ocular na infância. Vamos compartilhar, também, nosso zelo com a equipe que trabalha no Instituto de “Nesta edição, vamos falar um pouco mais sobre como funcionam esses projetos e você, leitor, poderá conferir toda a dinâmica de funcionamento do IOM pelo Sistema Único de Saúde.” Olhos de Maceió. Entendemos que os cuidados com a saúde de nossos colaboradores é nossa prioridade, para tanto, realizamos uma campanha de vacinação preventiva que visa a imunizar cada um de doenças perfeitamente evitáveis. Na seção “Por Dentro do IOM”, você vai poder conferir que praticamos aquilo que entendemos ser o melhor para todos. Estamos atentos às necessidades de aperfeiçoamento da equipe e, por isso, periodicamente realizamos uma reunião com nossos colaboradores para melhor atender às demandas diárias apresentadas nas dependências do IOM. Preparamos esta edição para você, que tem o interesse de nos conhecer melhor e poder usufruir de uma consulta mais produtiva, munindo de informações importantes para sua saúde ocular. Boa leitura! 6ª edição - 2014 03 CONVIDaDO eSPeCIaL por Márcia Asevedo Os desafios do atendimento oftalmológico no SUS S egundo os resultados de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o maior número de reclamações dos usuários atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é a falta de médicos. Mais de 50% das pessoas entrevistadas consideraram esse o maior problema do SUS, e o segundo maior resultado foi a demora deste atendimento nos postos, centros de saúde e hospitais (35,9%). A mesma pesquisa aponta que, quando conseguem chegar ao consultório médico, os usuários ficam satisfeitos com o serviço prestado. O SUS tem como principal objetivo promover a saúde e melhorar a qua- Dr. Suel abujamra lidade de vida da população brasileira. Os serviços disponibilizados pelo Sistema são administrados pelos governos federal, estadual e municipal, Ex-Presidente da Sociedade assegurando atendimento a todos os cidadãos brasileiros. Inclusive, a po- Brasileira de Retina e Vítreo pulação é quem financia os serviços oferecidos a partir dos pagamentos de e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Experiência em Oftalmologia de alta complexidade, com ênfase em retina e vítreo clínica e cirúrgica. impostos e contribuições sociais. Mas por que levar atendimento público de qualidade à população apresenta tantos desafios? Em entrevista, o oftalmologista Suel Abujamra nos fala o seu ponto de vista sobre o serviço prestado ao cidadão brasileiro. Revista do IOM: O que dificulta o demanda reprimida. Faltam recursos atendimento pelo Sistema Único de para o pronto atendimento. Altos cus- Saúde à população? tos operacionais. Dr. Suel abujamra: Fatores como a 04 Revista do Instituto de Olhos de Maceió complexidade das patologias em fase Revista do IOM: Para o atendimento avançada da doença; as condições oftalmológico no SuS, que serviço é sistêmicas dos pacientes; baixos re- considerado necessário e prioritário? cursos financeiros e distanciados dos Dr. Suel abujamra: Aqueles serviços pacientes limitam medicações e retor- que preencham as prerrogativas do nos aos serviços. Regulações e restri- SUS, atendimento universal, integral ções dos gestores de saúde. Grande e gratuito. CONVIDaDO eSPeCIaL Revista do IOM: Como as instituições (clínicas, hospitais aos pacientes que, muitas vezes, não são o foco dessas etc.) planejam este tipo de atendimento? normativas. Dr. Suel abujamra: Resolvendo os problemas médicos e sociais dos pacientes. Eles são o foco de qualquer política Revista do IOM: Como é a demanda no atendimento oftal- de saúde. Infelizmente os gestores nem sempre colaboram mológico pelo SuS? com as Instituições privadas para o bom atendimento. Dr. Suel abujamra: A demanda é grande, porém reprimida. Revista do IOM: Como o processo burocrático da rede pú- Revista do IOM: Como aliar o baixo custo nos serviços blica pode interferir no atendimento oftalmológico aos prestados com qualidade no atendimento? pacientes do SuS? Dr. Suel abujamra: O custo é alto e a remuneração é baixa. Já é Dr. Suel abujamra: Lamentamos ter que apresentar de- o momento de leis de isenção dos pesados tributos do Poder Pú- zenas de documentos e respeitar regulações dos gesto- blico sobre as entidades de iniciativa privada, prestadoras de ser- res para sermos autorizados a prestar socorro médico viços para o SUS. Reavaliação da hierarquização ou Tabela SUS. Importante! A população pode participar da gestão do SUS através dos Conselhos de Saúde, onde opinam e discutem melhorias para o melhor funcionamento dos serviços de saúde prestados pelo SUS. Saiba mais no site: www.conselho.saude.gov.br “O custo é alto e a remuneração é baixa. Já é o momento de leis de isenção dos pesados tributos do Poder Público sobre as entidades de iniciativa privada, prestadoras de serviços para o SUS. Reavaliação da hierarquização ou Tabela SUS.” 6ª edição - 2014 05 IOM SOCIaL Por Aline Ferreira e Márcia Asevedo O trabalho do IOM Social no atendimento dos projetos do Sistema Único de Saúde V isando a um atendimento médico oftalmológico mais eletivas, exames diagnósticos e cirurgias oftalmológicas. democrático e de forma mais abrangente, o Instituto Além disso, o IOM Social atua em parceria com as Secre- de Olhos realiza regularmente consultas, cirurgias e tarias de Saúde como polo na participação de projetos do exames diagnósticos em pacientes vindos do Sistema Único governo, como Glaucoma (distribuição de colírios aos por- de Saúde (SUS). O público atendido compreende a população tadores desta doença); Catarata (diagnóstico e tratamento, em geral, incluindo alunos do Ensino Fundamental, por meio por meio da cirurgia eletiva); Olhar Maceió (atendimento do IOM Social – um projeto em parceria com o governo do Es- oftalmológico nas escolas, do 1º ao 5º ano do Ensino Fun- tado. Para realizar este atendimento de forma mais organiza- damental – na faixa etária de 6 a 16 anos); e Olhar Brasil da, em 1999 o Instituto criou uma extensão – o Programa IOM (identificação e correção de problemas visuais dos alunos Social –, com o objetivo de alterar a situação de desigualdade da rede pública de ensino da Educação Básica). “Para nós, na assistência à saúde ocular da população. esse trabalho é muito importante, pois, além de divulgar- Coordenado por Carla Bárbara Beltrão, o Programa mos o setor social da nossa unidade de saúde, podemos conta com uma equipe de 28 pessoas que atuam com uma colaborar com a saúde ocular da população”, declarou Car- estrutura independente. O trabalho consiste em consultas la Beltrão. Recepção de pacientes IOM Social. “Não temos interesse apenas no crescimento científico, nos preocupamos, sobretudo, com a saúde ocular da população. Para nós, o aspecto social é uma responsabilidade do médico brasileiro e o IOM Social nos possibilita levar esse atendimento, colaborando com a sociedade alagoana.” (Dr. allan teixeira Barbosa, diretor-geral do IOM, sobre um dos compromissos do Instituto, que é a preservação da saúde ocular essencial para todos, independente da classe que façam parte). 06 Revista do Instituto de Olhos de Maceió IOM sOCIAL Atendimento móvel na prevenção à saúde ocular dos alagoanos Para funcionar plenamente como extensão do Instituto, o posto por um corpo clínico com 05 médicos oftalmologistas, 02 IOM Social conta com o Projeto de Assistência Médica Ambula- auxiliares de enfermagem, 02 atendentes e 01 motorista. Entre torial Móvel (AMAM) para levar o atendimento do Instituto de os atendimentos realizados estão: consultas, exames – refração Olhos de Maceió para regiões mais afastadas. Atuando desde computadorizada –, exame de fundo de olho e a tonometria 2006, a Unidade Móvel é um ônibus totalmente equipado e (verificação da pressão intraocular). Os casos que necessitam adaptado para servir como consultório médico itinerante, com- de cirurgia são encaminhados para o bloco cirúrgico do IOM. 1.Barra de Santo Antonio 2.Arapiraca 3.Batalha 4.Boca da Mata 5.Branquinha 6.Cajueiro 7.Coqueiro Seco 8.Delmiro Gouveia 9.Flexeiras 10.Girau do Ponciano 11.Ibateguara 12.Jéquia da Praia 13.Paripueira 14.Pilar 15.Poço das Trinxeiras 16.Porto Calvo 17.Porto de Pedras 18.Messias 19.Santana do Ipanema 20.Santana do Mundaú 21.São Luiz do Quitunde 22.São Sebastião 23.Traipú 24.Lagoa da Canoa 25.Coururipe 26.Satuba 27.Estrela de Alagoas Desde a sua criação, o IOM Social já realizou uma mé- de colírios. Por meio da sua extensão o Instituto já se fez dia de 120 mil atendimentos. Estima-se que, mensalmente, presente em cerca de 30% dos municípios alagoanos, aten- tenham beneficiado cerca de 1500 pacientes consideran- dendo à solicitação de suas prefeituras. A meta é continuar do as consultas, cirurgias, exames, tratamentos e entregas avançando até alcançar todo estado. 6ª edição - 2014 07 IOM sOCIAL Em entrevista para esta publicação, a coordenadora administrativa do IOM Social, Carla Beltrão, nos fala um pouco da história e do desenvolvimento do trabalho do IOM com o SUS. Como é desenvolver um trabalho social num Instituto de atendimento privado como o IOM? Identifico-me muito com o trabalho que realizo como supervisora do IOM Social. Mantemos um bom relacionamento com as Secretarias Municipal e Estadual e interiores, pois sempre acontecem muitas mudanças e precisamos estar atentos e em contato com tudo relacionado ao SUS. A direção do Instituto participa atentamente de todas as mudanças, sempre apoiando e buscando melhorias no ambiente no lado social, e no capital intelectual da empresa, investindo em treinamentos. Qual a dinâmica de trabalho entre os colaboradores? Os colaboradores trabalham em sistema de rodízio para que estejam preparados para assumir qualquer setor relacionado ao IOM Social. Acredito que para chegar a um atendimento de excelência é preciso estar interessado pelo ser humano e por seu problema, não importando a classe social, para que um dia, quem sabe, possa acabar com a visão de que Carla Bárbara Beltrão, Coordenadora Administrativa do IOM Social. o atendimento aos pacientes oriundos do SUS não é bom. Há quanto tempo o IOM realiza o trabalho com o Sistema Único de Saúde? No início, eram feitas apenas as triagens para realização de cirurgias. O “Setor do SUS”, como era chamado, havia uma recepção para todos os atendimentos propostos. A partir de 2001, o trabalho cresceu e passou a se chamar IOM Social; esse crescimento se deu com o início dos Projetos Glaucoma e Olhar Brasil. Agora, podemos contar com um setor de faturamento apenas para o Social, três recepções, sala equipada para exames de diagnóstico, arquivo e uma central telefônica. Nós atendemos somente os pacientes beneficiários do Sistema Único de Saúde. Qual o objetivo do trabalho desenvolvido? O Instituto presta estes serviços em prol da saúde ocular da população de todo o estado de Alagoas, buscando atender às demandas e obter a satisfação dos nossos pacientes. Quantas pessoas estão envolvidas no trabalho com o SUS? Temos uma equipe com um total de 14 médicos e 14 colaboradores. Todo esse trabalho mostra o quanto o Instituto de Olhos de Maceió é diferenciado e nos motiva a desempenhar nosso papel dentro da empresa com prazer. 08 Revista do Instituto de Olhos de Maceió Atendimento do Projeto Glaucoma. IOM sOCIAL Equipe do IOM Social. Recepção do IOM Social. Atendimento do Projeto Olhar Brasil. Dra. Maíra Nogueira em atendimento. 6ª edição - 2014 09 aRtIGO por Dr. Maíra Cano Ribeiro Nogueira Saúde ocular na infância A Oftalmologia Pediátrica é uma subespecialidade da Oftalmologia, que tem o objetivo de cuidar da saúde ocular das crianças. Essa atenção especial aos olhos durante a infância é necessária porque, nesta fase da vida, a visão está em desenvolvimento. Qualquer alteração neste período, se não for devidamente tratada, pode causar prejuízo à visão para o resto da vida. Os dois primeiros anos de vida são responsáveis por 90% do desenvolvimento visual. Durante este período, a criança aprende a fixar a visão, a mover os olhos conjuntamente e a ver em profundidade (visão tridimensional). Os 10% restantes do desenvolvimento ocorrem até 7-9 anos de idade. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, 80% da cegueira infantil poderia ser evitada. Estima-se 400.000 crianças cegas no mundo e, no Brasil, entre Maíra Cano Ribeiro Nogueira Oftalmologista 25.000 e 30.000. Marcos do desenvolvimento visual • Visão embaçada (visão de vultos); Primeiro mês de vida • A criança pode apresentar estrabismo (desalinhamento dos olhos) por alguns instantes. Segundo mês Quarto mês Oitavo mês 7-9 anos de idade 10 Revista do Instituto de Olhos de Maceió • Melhora na visão de cores (capacidade de distinguir tons parecidos). • Maior nitidez visual; • Percepção de visão em profundidade. • Clareza e visão de profundidade semelhante ao adulto, porém incapaz de enxergar a longas distâncias. • Encerramento do desenvolvimento visual. aRtIGO Doenças oftalmológicas mais comuns na infância 1) eRROS ReFRaCIONaIS 2) eStRaBISMO A miopia, a hipermetropia e o astigmatismo são alterações O estrabismo é uma doença que provoca desalinha- do sistema óptico dos olhos, que provocam o embaçamento vi- mento dos olhos por desequilíbrio da musculatura res- sual a distância (miopia), próximo (hipermetropia) e distorção de ponsável pela movimentação dos mesmos. Há diversas imagem em todas as distâncias (astigmatismo). Na infância, essas causas relacionadas ao estrabismo, sendo a congênita e a alterações devem ser corrigidas, pois a baixa visual provocada por acomodativa (por necessidade de óculos) as mais comuns. essas patologias pode interferir no bom desenvolvimento da vi- O tratamento depende da causa. Uso de óculos, quando são. O tratamento consiste em uso de lentes corretoras (óculos). necessário, ou cirurgia. opia). Estrabismo convergente (esotr 3) CONJuNtIVIte aLÉRGICa Muito frequentemente associada a outras alergias (rinite, dermatite atópica etc.), caracteriza-se por coceira nos olhos, associada à vermelhidão e fotofobia (sensibilidade à luz). O tratamento deve ser feito com colírio antialérgico. É importante também identificar fatores que provoquem as crises alérgicas, tentando afastar os mesmos da presença da criança. Conjuntivite alérgica. 11 aRtIGO 4) RetINOBLaStOMa Tumor maligno mais frequente na infância e requer diagnóstico e tratamento imediatos. O quadro clínico é a leucocoria (mancha branca no olho). Localiza-se na retina, a camada mais interna dos olhos. O tratamento depende da extensão do tumor e do estado geral do paciente. Leucocoria no olho direito. 5) RetINOPatIa Da PReMatuRIDaDe Doença relacionada à prematuridade, mais frequente em crianças nascidas com peso inferior a 1500g ou idade gestacional inferior a 32 semanas que foram expostas a tratamento com oxigênio. Consiste em alterações na vascularização da retina por imaturidade da mesma ao nascimento. Em estágio mais avançado, pode provocar descolamento de retina e cegueira. O tratamento nas fases iniciais é com aplicação de laser na retina e, nos casos mais avançados, cirurgia. 6) tOXOPLaSMOSe CONGÊNIta Doença infecciosa, transmitida pela mãe durante a gravidez, a toxoplasmose pode provocar alterações sistêmicas e oculares. Nos olhos, pode ser responsável por lesão no fundo do olho (coriorretinite), responsável por baixa visual importante em um ou em ambos os olhos. A prevenção deve ser feita durante acompanhamento pré-natal. Em casos de infecção da mãe durante a gravidez, a mesma deve fazer tratamento com medicamentos específicos para evitar transCicatriz de coriorretinite por toxoplasmose. missão ao feto. Referências Bibliográficas: 1) Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) www.sbop.com.br 2) Oftalmologia Pediátrica. Dantas, AM; Moreira ATR, segunda edição, Cultura Médica. 3) Centro Brasileiro de Estrabismo www.cbe.org.br 12 Revista do Instituto de Olhos de Maceió O INStItutO por Márcia Asevedo Investimento em educação continuada fortalece a equipe do IOM P eriodicamente, o departamento de gestão de pes- sunto é relativo à necessidade do momento. O gestor de soas do IOM reúne seus colaboradores num espa- cada setor do IOM indica o assunto considerado mais pro- ço de integração e diálogo. Este ano, no mês de dutivo. Como exemplo, na próxima reunião será discutido março, os encontros tiveram início com um almoço e cada um comportamento: dependência digital. Há a percepção participante contribuiu com uma iguaria. Na ocasião, os de que o uso de celulares no ambiente de trabalho vem assuntos discutidos foram: batidas de ponto e banco de aumentando. Por isso, foi considerado importante discu- horas. Em abril, formalmente a primeira reunião do ano, o tir sobre o tema com a equipe. foco foi a discussão sobre faltas e declarações justificadas, assim como a integração entre os colaboradores e a come- Segundo Stella, o clima das reuniões é sempre de união moração da Páscoa. e descontração. “Nas reuniões os funcionários ficam à vontade para colocar suas ideias e dar sugestões para o Os assuntos abordados pela gestora de recursos humanos crescimento do Instituto”. Como benefício percebido, está são sempre voltados para o alinhamento do trabalho com a importância da união entre os colaboradores para desen- relação à proposta da empresa, visando ao crescimento volver um bom trabalho em equipe. E, dessa forma, reali- na qualidade dos serviços prestados e seu posicionamen- zar um atendimento de maior qualidade para os pacientes. to no mercado. A gestora, Stella Leão, conta como começaram as reuniões: “A ideia surgiu devido à necessidade Danielle Albuquerque trabalha no Instituto há dez meses de integração dos colaboradores. O objetivo principal é e já pode perceber o valor de participar das reuniões: “Pra passar informações específicas do Instituto e conscienti- mim é muito gratificante fazer parte dessa empresa. Nas zá-los da importância do trabalho em equipe”. reuniões e nos treinamentos que o Instituto nos oferece, o principal intuito é nos ensinar a ser mais unidos, para Durante os encontros, são realizadas dinâmicas e exibidos que possamos trabalhar em equipe e ter mais capacitação vídeos relacionados ao tema a ser desenvolvido. Cada as- em prol do melhor atendimento para os pacientes”. equipe após treinamento. 6ª edição - 2014 13 MAIS ESCLARECIMENTO, MENOS RECEIO Por Aline Ferreira Animais domésticos e saúde ocular: uma relação que demanda cuidados! S egundo estatísticas, cerca de 70% dos lares bra- cia tão estreita pode trazer alguns perigos para a nossa sileiros possuem animais. Na maioria dos casos, saúde, em especial para as crianças. O pelo, a saliva, as eles são tratados como membros da família e patas, as fezes e a urina dos animais abrigam diversos participam da rotina da casa. Mas bichos de estimação micro-organismos capazes de provocar doenças e pro- podem trazer danos à saúde? Embora os famosos “pets” blemas oculares. E no que diz respeito à saúde ocular, sejam sinônimo de alegria e diversão, essa convivên- todo cuidado é pouco. Toxocaríase Ocular Toxoplasmose Ocular Também conhecida como Síndrome da Larva Migrans Conhecida popularmente como “doença de gato”, a To- Visceral (SLMV), a Toxocaríase pode se manifestar de duas xoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, formas: Visceral e Ocular, sendo causada pelo parasita To- presente nas fezes de gatos e pássaros. As manifestações da xocara canis e Toxocana cati, encontrado normalmente nos doença em sua forma clássica podem ser confundidas com os intestinos de cães e gatos. Embora tenha como hospedeiro sintomas da gripe. Em alguns casos, ela se manifesta na forma definitivo os animais, o parasita pode atacar o homem aci- ocular, atingindo os olhos e causando algumas alterações de dentalmente, quando este entra em contato com alimento, acordo com a região atingida, como: visão turva e diminuída, objeto e/ou areia contaminada. Uma vez ingerido, os ovos inflamação no fundo do olho, floaters (manchas), dor, foto- do parasita se transformam em larvas, podendo atingir di- fobia (intolerância à luminosidade), deslocamento da retina ferentes partes do organismo, inclusive a visão. Quando as e até perda da visão central. É fundamental que as mulheres larvas atingem os olhos, chamamos de Toxocaríase Ocular. gestantes realizem durante o pré-natal o exame de toxoplas- Nesses casos, sua maior incidência ocorre a partir dos 06 mose, uma vez que nos primeiros três meses de gravidez a anos de idade, uma vez que as crianças têm costume de doença pode provocar aborto ou levar a criança a nascer com brincar com a areia. Entre os principais sintomas da doen- toxoplasmose congênita – uma das formas mais graves. Nes- ça, estão: diminuição progressiva da visão, hiperemia ocular ses casos, os bebês podem ter sequelas como encefalite, le- (excesso de sangue no branco dos olhos), estrabismo, leuco- sões cicatriciais, problemas oculares, perda potencial da visão cória (pupila branca), endoftalmia crônica (que é, de forma e retardo mental. O diagnóstico é feito por meio do exame de simplificada, o afundamento do globo ocular), entre outros. sangue aliado ao exame de fundo de olho, no qual através das Quando não diagnosticada precocemente, a doença pode lentes especiais o oftalmologista é capaz de observar direta- resultar em catarata, atrofia ocular e até cegueira. Não há mente a retina e visualizar possíveis lesões compatíveis com comprovação científica para o tratamento da doença, porém a toxoplasmose. O tratamento é feito com drogas antiparasi- os sintomas podem ser tratados e drogas podem ser minis- tárias específicas e anti-inflamatórias via oral. Em casos mais tradas para que atuem nas larvas, reduzindo a quantidade graves, em que o vítreo fica muito opaco, é necessário realizar delas no organismo. uma cirurgia chamada vitrectomia para sua remoção. 14 Revista do Instituto de Olhos de Maceió MaIS eSCLaReCIMeNtO, MeNOS ReCeIO Siga as dicas e garanta sua saúde ocular: • Redobre os cuidados com relação à higiene; caso tenha • Caso seja gestante, realize um pré-natal adequado, contato com gatos, estes devem ser desvermifugados, do com exames de sangue no 1º e no 3º trimestre de ges- contrário as crianças não devem ter acesso aos felinos; tação, para garantir que doenças como a Toxoplasmose não passem para os seus filhos; • Fique atento às caixas de areia onde os gatos frequentam por representarem um perigo para as crianças, pois estas • Procure sempre um oftalmologista em caso de sus- podem estar contaminadas pelas fezes destes animais; peita de alteração na visão. • Mantenha as mãos sempre higienizadas, pois são o maior meio de transmissão da doença; Fontes: Instituto de Moléstias Oculares (IMO) / Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (Soblec). 6ª edição - 2014 15 SAÚDE OCULAR Por Aline Ferreira Dieta saudável e o controle da DMRI, o que isso tem a ver? A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) sintomas: perda gradual da capacidade de ver objetos nitida- é uma doença ocular que afeta, segundo a Organi- mente, visão borrada, diminuição da sensibilidade aos con- zação Mundial de Saúde (OMS), entre 25 e 30 mi- trastes de luz, dificuldade de adaptação ao escuro e apareci- lhões de pessoas em todo o mundo. Associada ao envelhe- mento de uma área escura ou vazia no centro da visão, sendo cimento, sendo uma das principais causas de cegueira em esta irreversível. pacientes acima de 65 anos, a DMRI acomete a área central da retina – chamada de mácula, responsável pela visão em O que muitas pessoas não sabem é que a melhor forma de detalhes – prejudicando desta forma a percepção com niti- se prevenir contra a degeneração macular é adotar uma dieta dez das imagens. saudável. Existem diversos alimentos que mantêm a boa funcionalidade dos olhos, melhoram a capacidade de enxergar e Na fase inicial a perda visual costuma ser pouco perceptível. À medida que a doença evolui, são notados os seguintes ajudam a controlar e retardar o aparecimento de problemas oculares, como a DMRI. Cardápio que ajuda a controlar a DMRI: Frutas, legumes e verduras Ovos Ricos em vitaminas e sais minerais, as frutas, legumes A gema do ovo contém substâncias como a luteína e a ze- e verduras de pigmentação amarela e verde são fontes de axantina, que protegem a mácula lútea, que é muito sensí- carotenoides, substâncias que previnem a deterioração da vel aos raios ultravioleta. Segundo um estudo publicado no mácula, ponto responsável por nos permitir enxergar cores. The American Journal of Clinical Nutrition, consumir de dois São encontrados em alimentos como: laranja, maçã, cenou- a quatro ovos por dia durante cinco semanas reduz o risco de ra, mamão papaia, tangerina, brócolis e couve. Frutas ver- degeneração macular em idosos. melhas como morango, framboesa, amoras e cerejas são alimentos antioxidantes e, portanto, combatem os radicais livres, sendo fontes de vitamina C e de flavonoides. Azeite virgem Rico em ômega 3, o azeite virgem previne contra degeneração macular. Segundo o estudo publicado na Revista Archives Peixes of Ophtalmology, recomenda-se que sejam ingeridos 100 ml Sardinha, bacalhau, salmão e atum são alguns exemplos de azeite por semana a fim de se prevenir ou reduzir a doença. de peixes ricos em ômega 3, gordura essencial para a saúde ocular, que melhora, inclusive, a secura nos olhos. Além dis- Açúcar e produtos industrializados so, são excelentes fontes de ácidos graxos e vitaminas A, B, D Evite consumir açúcar e produtos industrializados (gulosei- e E. Com a ingestão desses nutrientes, que estimulam a boa mas, biscoitos e salgadinhos), pois estes alimentos provocam circulação sanguínea, todas as estruturas oculares, especial- deficiência de minerais, vitamina B e antioxidantes essenciais mente a retina, recebem bastante oxigênio, possibilitando a ao nosso organismo, o que desencadeia inflamações destruti- visão saudável dos olhos. vas das fibras nervosas e dos vasos sanguíneos. Com isso, uma 16 Revista do Instituto de Olhos de Maceió SAÚDE OCULAR das regiões que mais sofre é o nervo óptico, ou mácula lútea, tegem o organismo da ação danosa dos radicais livres que, em região amarelada na retina, responsável pela visão central. contato com o sistema biológico, geram consequências negativas para a saúde ocular. Dentre os mais utilizados estão os que Suplementos alimentares combatem os radicais livres e ajudam a melhorar a visão. Vale Em geral, os suplementos atuam como antioxidantes e pro- ressaltar que estes só devem ser usados com prescrição médica. Para manter a boa saúde dos olhos, siga as recomendações: • Adote uma dieta saudável e equilibrada. Dê preferência a alimentos que beneficiam a visão; • Vigie outras doenças que aumentam o risco de degeneração macular, como pressão arterial elevada; • Faça regularmente um check-up da vista, o acompanhamento com o oftalmologista é essencial. Fontes: Revista Veja Bem, CBO / Instituto de Moléstias Oculares (IMO) / Retina Brasil 6ª edição - 2014 17 POR DENTRO DO IOM Por Márcia Asevedo Cuidados imunológicos que começam em casa C om o objetivo de preservar a saúde e o bem-estar de seus colaboradores e pacientes, o IOM trabalha pela conscien- tização dos cuidados com a saúde. No final de 2013, em outubro, agentes da Secretaria Estadual de Saúde estiveram na clínica para imunizar os funcionários. Foram aplicadas as vacinas contra gripe e a primeira dose das vacinas contra tétano e hepatite. Trinta dias depois a segunda dose foi administrada e, em abril de 2014, foi aplicada a terceira dose da vacina. Quando se trata de um ambiente cujo serviço prestado é na área da saúde, todo cuidado deve ser pouco! É importante que os funcionários de uma clínica estejam imunizados, pois ficam ex- Campanha de vacinação. postos a várias doenças infectocontagiosas; sendo importan- sua segurança. Um ambiente saudável pode ser conseguido te a vigilância desde o início do processo de seleção, antes com a realização de programas de saúde, que geram mais que o trabalhador entre em seu campo de atuação. produtividade, inclusive diminuindo as faltas ao trabalho e Neste contexto, a imunização se faz necessária a partir de um esquema de vacinação que previna doenças que podem possibilitando uma presença mais produtiva. Questões que aparecem na qualidade dos serviços prestados. comprometer o ambiente onde atua, preservando o bem- Os colaboradores da empresa podem perceber que a ati- -estar tanto do funcionário quanto dos pacientes. O IOM tude do Instituto em prol de sua saúde representa um bene- tem em vista que seu colaborador, antes de tudo, necessita fício, inclusive para sua família. de medidas que evitem o adoecimento, contribuindo para A importância da vacina ocupacional • Hepatite B: a probabilidade de transmissão pelo HBV (vírus que causa a doença) é maior do que pelo vírus da AIDS – aproximadamente 30%. O tipo crônico pode desencadear cirrose, câncer de fígado ou óbito; • Hepatite A: pode evoluir para óbito em cerca de 1% dos casos; • Gripe: representa de 10% a 12% do absenteísmo por suas causas por até duas semanas (OMS); • A vacinação reduz o absenteísmo em 25,2%; • A vacinação reduz entre 25% a 43% os dias de trabalho perdidos por causa da gripe; • A vacinação reduz em 25% o uso de antibióticos; • A vacinação reduz entre 32% a 44% as visitas ao médico. 18 Revista do Instituto de Olhos de Maceió