mulher transtornos do humor

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MULHER
TRANSTORNOS DO HUMOR
Estudo Diatésico e Tratamento
Homeopático
Embora nosso objetivo inicial, seja específicamente voltado para os Transtornos do Humor na
Mulher – estudo diatésico e tratamento Homeopático, iniciaremos nossa pesquisa,
analisando as Causalidades Intrínsecas e Extrínsecas determinantes dos principais
desequilíbrios Psicológicos e Psiquiátricos apresentados pela MULHER, na clínica de
Ginecologia e Homeopatia, priorizando os Transtornos do Humor mais freqüentes em
cada fase da Vida da Mulher: Adolescência, Menacme, Climatério e Menopausa e
relacionando-os com as patologias próprias dessas fases da Vida (diagnósticos Clínicos),
suas fisiopatologias determinadas por fatoresIntrínsecos (diáteses) e Extrínsecos
(detonadores), suas repercussões no diagnóstico constitucional da Mulher. Finalmente ,
estabelecer relação de semelhança entre o transtorno natural (desequilíbrio – doença
funcional e/ou orgânica) e o transtorno artificial(patogenesias), tão importantes na
prevenção e tratamento da Mulher.Vamos nos nortear pelas modernas classificações
internacionais: pelo CID 10 e pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações
Mentais - publicação da American Psychiatric Association, Washington D.C., na sua 4ª
edição conhecida pela designação “DSM-IV” (instrumento de trabalho de referência para
os profissionais da saúde mental).Provavelmente nos próximos anos surgirão novos
subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Os
Transtornos do Humor inclui os transtornos que têm como característica predominante
uma perturbação no humor. É importante conhecer as características dos episódios de
humor (Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco, Episódio Misto e Episódio
Hipomaníaco), para conveniência de diagnósticos dos vários Transtornos do Humor.
Estes episódios não têm seus próprios códigos diagnósticos nem podem ser
diagnosticados como entidades distintas; entretanto, eles servem de “blocos de
construção” para o diagnóstico dos Transtornos do Humor (p. ex., Transtorno Depressivo
Maior, Transtorno Distímico, Transtorno Bipolar I). Os conjuntos de critérios para a maior
parte dos Transtornos do Humor exigem presença ou ausência dos episódios de humor.
Porque? O que? Quanto? Como?
Porque? Mulheres são mais vulneráveis e mais predispostas a
desenvolverem Transtornos do Humor?
O que? causa as discrepâncias de Sexo/Gênero?
Como? podemos identificar melhor as Mulheres que estão
sob risco? desenhar melhores Intervenções e Tratamentos
específicos para as Mulheres?
Que medidas preventivas podem ser adotadas?
Pesquisas epidemiológicas envolvendo crianças e adolescentes demonstraram que a diferença
de gênero na incidência de depressão maior se manifesta primeiramente entre os 11 e 14
anos, assim se mantendo no decorrer da vida adulta, o que pode sugerir um papel
determinante dos hormônios sexuais, especialmente considerando que outras situações de
variação hormonal também têm sido associadas a humor depressivo, como o período prémenstrual, puerpério, menopausa, uso de contraceptivos orais e terapia de reposição
hormonal. No entanto, revisões sistemáticas têm falhado em identificar associações entre
esses fatores e taxas mais elevadas de depressão maior em mulheres. Além disso, o efeito da
gravidez na incidência e recorrência de depressão tem se mostrado insignificante. A única
exceção parece ser o período pós-parto, associado a aumento substancial das taxas de
depressão. Os casos que irrompem pela primeira vez nesse período ocorrem com maior
freqüência em mulheres que têm forte história familiar de depressão, comparados com os
quadros recorrentes. Vulnerabilidade poderia ser entendida como resultado da combinação
entre mudanças decorrentes da flutuação hormonal e fatores e circunstâncias externas, os
quais não são propriamente função do ciclo menstrual, mas que podem modular e influenciar
a maneira como a mulher reagirá e administrará as mudanças ao longo do ciclo. Embora não
seja um resultado consensual, uma associação entre piora dos sintomas pré-menstruais
durante situações adversas ou experiências estressantes tem sido documentada em
algumas investigações, condizendo com a experiência clínica de profissionais envolvidos com
o atendimento e pesquisa da síndrome pré-menstrual. Expectativas negativas em relação à
menstruação, aprendidas no ambiente social da mulher, também são citadas como um fator
determinante.
Women's mental health:
what don't we know?
Saúde mental da mulher
O que não sabemos?
Steiner Meir. Women's mental health: what
don't we know?. Rev. Bras. Psiquiatr.
2006 Associação Brasileira de Psiquiatria
(ABP)
Uma recente edição da revista Science, marcando seus 125 anos, foi dedicada a 125
questões "O que não sabemos?". Uma das perguntas inquiria sobre a relevância da
variação genética na saúde pessoal, reconhecendo que a análise genética de doenças
como câncer, asma e doença cardíaca está crescendo exponencialmente, ao passo que o
progresso em outras doenças, como a depressão, é muito lento. Avaliando os impactos
físicos, sociais e mentais da doença, a depressão foi a quarta causa mais importante
da lista Global Burden of Illness em 1990 e se prevê que será a causa mais importante
em 2020. A morbidade associada à depressão nas mulheres é ainda maior. Não somente
o dobro de mulheres sofre desse transtorno em comparação aos homens, mas elas
possuem também um índice mais alto de condições comórbidas, tanto físicas como
mentais. A partir da idade da menarca até bem após a menopausa, as mulheres também
sofrem de transtornos de humor específicos, incluindo disforia pré-menstrual,
depressão perinatal e perimenopáusica, assim como transtornos de humor e de
ansiedade associados à infertilidade e a gestações abortadas. As mulheres sofrem
mais de transtornos alimentares, transtorno de ansiedade generalizada (TAG),
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e doenças auto-imunes. As mulheres
são também menos tolerantes ao uso de álcool e possuem uma maior prevalência
de transtornos de dor. São influenciadas em maior grau pela sazonalidade, sofrem mais
de problemas advindos da mudança de fuso horário nas viagens e do trabalho em turnos
rotativos e, por último, mas não em importância, metabolizam as drogas de forma
diferente dos homens. A maior parte dessas informações muito valiosas somente foi
coletada nos últimos 30 anos, mas muito mais precisa ser conhecido. Algumas das
perguntas mais importantes a serem respondidas são óbvias: por que as mulheres são
mais vulneráveis e correm mais riscos de desenvolverem tais transtornos? O que
causa as discrepâncias de sexo/gênero? Como podemos identificar melhor as
mulheres que estão sob risco? Que medidas preventivas podem ser adotadas? E
por último, mas não menos importante: como podemos desenhar melhores
intervenções/tratamentos específicos para as mulheres? Além disso, a questão, ainda
muito discutida, sobre a origem biológica x criação (nature versus nurture) parece ser
ainda mais relevante para a maior prevalência de transtornos do humor e de
ansiedade entre as mulheres. A perspectiva evolucionista sugere que possíveis
assimetrias entre homens e mulheres na preferência por certos tipos de relações, no
investimento diferenciado na reprodução e no cuidado das crianças, bem como nas
opções sociais (ou a falta delas), contribuem em conjunto para que as mulheres sejam
mais vulneráveis a transtornos do humor (depressão maior e distimia) bem como
de ansiedade (especialmente TAG e TEPT). As mulheres estão mais expostas a
estressores incontroláveis, tanto psicológicos como físicos, incluindo violência,
abuso e estupro, a partir de uma idade precoce, muito mais freqüentemente do que
os homens.
Prevalência
Maior predisposição genética?
Maior vulnerabilidade a eventos estressantes?
Modulação do S. Neuroendócrino pela
flutuação dos hormônios gonadais ?
Combinação de alguns ou de todos estes
fatores?
Steiner e al.,2003- Psiquiatra e Neurocientista
Observada a partir da Puberdade e menos evidente após a Menopausa (Weissman e
al.,1995).Porém ocorre em ambos os sexos – presumindo-se que existam fatores comuns para
o seu desenvolvimento= Steiner e al.2003. O Principal Constituinte Dessa Teoria
Unificadora Parece Ser Predisposição Genética .A despeito de muitas incertezas, as
evidências têm apontado para o fato de o estrogênio, que é sintetizado nos ovários,
placenta, tecido adiposo e também no cérebro, AFETAR O HUMOR E A COGNIÇÃO,
atuando não só no hipotálamo, mas também no hipocampo e cerebelo (Li e Shen, 2005;
Seeman, 1997). Suas Múltiplas Ações No Sistema Nervoso Central Relacionam-se Com
Crescimento e Diferenciação de Dendritos e Axônios No Cérebro Em Desenvolvimento,
Com Arborização Dendrítica e Sinaptogênese no Cérebro Maduro, Com a Modulação da
Produção e Liberação de Neurotransmissores e Como Protetor Contra Citotoxicidade
Glutamatérgica (Li e Shen, 2005). Já se argumentou que a ciclicidade na liberação de
estrogênio, com grande flutuação de suas quantidades circulantes, típica do funcionamento
da mulher entre a menarca e a menopausa, poderia ser mais importante que os níveis
absolutos de hormônio circulante, enquanto Causa da Vulnerabilidade ao Estresse e
Indiretamente à Depressão (Seeman,1997). ?? Aparentemente, o estrogênio favorece tanto
a neurotransmissão serotonérgica quanto a noradrenérgica (Parker e Brotchie, 2004) e
não parece lógico que a vulnerabilidade a sintomas afetivos ocorresse por causa de sua
maior
disponibilidade
no
organismo
de
mulheres
em
idade
fértil.??
A progesterona parece interferir de modo aproximadamente oposto ao estrogênio, inclusive
aumentando a atividade da monoaminoxidase (Parker e Brotchie, 2004). Assim, os hormônios
gonadais circulantes modulam os fenômenos de neurotransmissão cerebral e participam
da regulação dos estados de humor em diferentes situações que envolvem sintomas
depressivos. Existem diversas alterações Hormonais e de Neurotransmissores no controle do
Humor e Comportamento.. Os Hormônios esteróides gonadais alteram direta ou indiretamente
os sistemas de neurotransmissores: glutamato, ácido gama-aminobutírico(Gaba), acetilcolina,
serotonina, dopamina, noradrenalina e neuropeptídeos
Trabalho:
Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na
Mulher
Laura Helena S. G. De Andrade
Maria Carmen Viana
Camila Magalhães Silveira
RevPsiq - IPq-HC-FMUSP
Transtornos Mentais representam um sério problema de saúde pública
Publicação OMS e por pesquisadores da
Universidade de Harvard, em 1994 (Lopez e Murray, 1998)
Utilizando como medida uma combinação do número de anos vividos com incapacidade, e
conseqüente deterioração da qualidade de vida, e do número de anos perdidos por
morte prematura causada pela doença (medidos pela unidade Disability Adjusted Life Years
– DALYs), verificou-se que doenças como transtornos depressivos e transtornos
cardiovasculares estão rapidamente substituindo a desnutrição, complicações perinatais e
doenças infecto contagiosas em países subdesenvolvidos, onde vivem quatro quintos da
população do mundo. Em países da Ásia e da América Latina, essa transição epidemiológica
vem ocorrendo sem a devida adequação do planejamento de serviços e assistência à saúde
pública (Thornicroft e Maingay, 2002). Das dez principais causas de incapacitação, cinco
delas são transtornos psiquiátricos, sendo a depressão responsável por 13% das
incapacitações, alcoolismo por 7,1%, esquizofrenia por 4%, transtorno bipolar por 3,3% e
transtorno obsessivo-compulsivo por 2,8% (Lopez e Murray, 1998). Na idade adulta emergem
grandes diferenças entre homens e mulheres em relação aos transtornos mentais. A mulher
apresenta vulnerabilidade marcante a sintomas ansiosos e depressivos, especialmente
associados ao período reprodutivo. A depressão é, comprovadamente, a doença que mais
causa incapacitação em mulheres, tanto em países desenvolvidos como naqueles em
desenvolvimento. No mundo, a morte por suicídio é a segunda causa de morte para mulheres
na faixa de 15 a 44 anos de idade, sendo precedida somente por tuberculose.
Além da depressão, dentre as dez principais causas de mortalidade prematura e incapacitação
em mulheres em países desenvolvidos no ano de 1990, a esquizofrenia ficou em segundo
lugar, o transtorno afetivo bipolar, em quarto, transtorno obsessivo-compulsivo, em
quinto, abuso de álcool, em sexto e suicídio, em nono lugar. As mesmas condições
aparecem entre as 15 principais causas de sobrecarga global em regiões subdesenvolvidas,
porém em diferente ordenação, e suicídio sobe para a quarta colocação. Tabagismo, abuso
de drogas ilícitas e sexo desprotegido foram outras condições que se mostraram, direta ou
indiretamente, associadas a transtornos mentais da mulher e que se constituem em
importantes fatores de risco para outras condições deletérias à saúde.
Diferenças do Cérebro
Masculino e Feminino
Fatores Culturais
- Aptidões tipicamente masculinas ou femininas.
Anatômica, Química e Funcionalmente distintos,
nas áreas do cérebro envolvidas
Emoção, Cognição, Memória e Comportamento.
A prevalência de depressão em mulheres é duas vezes maior que os
homens
(Young et al.,2000).
A maioria das nossas decisões é influenciada por emoções. Alguns especialistas vão além
e afirmam que o êxito nas distintas áreas da vida e o sucesso em nossos objetivos não são
conseguidos apenas com a razão, mas sobretudo com o coração, por meio de nossa
capacidade de canalizar os sentimentos. Compreender os demais, conhecer o que se sente,
controlar as próprias reações, se auto-motivar e decidir com intuição são fatores decisivos
para o êxito e a satisfação pessoal, familiar, laboral e social e para ter boa saúde,
segundo os defensores da inteligência emocional (IE), uma idéia que iniciou sua caminhada
há alguns anos e que avança dia-a-dia. Segundo um dos criadores do conceito, o psicólogo
Daniel Goleman, da Universidade de Harvard, nos EUA, "a abundância das qualidades da
IE origina uma maior capacidade de auto-motivação e autodisciplina, preocupação com
os demais e colaboração, o que faz com que a vida seja mais satisfatória". Além das
especificidades biológicas, outras teorias têm sido exploradas para explicar as diferenças de
gênero na prevalência de depressão, como, por exemplo, maior persistência dos
episódios depressivos em mulheres que em homens, permeada pela influência de
pressões sociais, estresse crônico e baixo nível de satisfação associados ao desempenho de
papéis tradicionalmente femininos, ou pela forma diferencial entre gêneros de lidar com
problemas e buscar soluções. Fatores de risco associados à depressão têm sido
identificados, incluindo história familiar, adversidade na infância, aspectos associados à
personalidade, isolamento social e exposição a experiências estressantes. Pesquisas de
enfoque genético envolvendo o estudo de gêmeos têm demonstrado forte e equivalente
hereditariedade para depressão em homens e mulheres. Há, ainda, indicação de que
fatores genéticos possam influir na vulnerabilidade para eventos depressogênicos de
modo diferencial em meninas pós-puberais comparadas a meninas pré-puberais e a
meninos pré e pós-puberais. O perfil de comorbidade também parece diferir entre gêneros,
com mulheres apresentando maiores taxas de ansiedade associada à depressão e
homens mostrando maior abuso de substâncias psicoativas e transtornos de conduta.
História familiar, principalmente parental, de depressão foi mais comum neste subgrupo, assim
como abuso sexual e negligência na infância. Na análise desses dados, o sintoma
“sensibilidade à rejeição interpessoal” surgiu como um aspecto importante do quadro, assim
como a presença de sintomas ansiosos e reatividade do humor associada à irritabilidade,
ficando a hipersônia e o ganho de peso como sintomatologias não específicas.
“Genes e Ambiente: O Comportamento”
“Genética do Comportamento”
“Epidemiologia e Genética dos Distúrbios de Humor”
Dr Oswaldo Frota-Pessoa,
Biólogo e Doutor em Genética,
Professor titular do Depto de Biologia da USP
Trabalhos publicados respectivamente em
1986/1989 /1990
Transição entre Distúrbios do Humor
Comorbidades
Influência de Genes
Transtornos recorrentes
e
* Estresse
Fatores Ambientais
Efeitos Interativos
Multifatorial poligênica
“Regras epigenéticas moduladas pelo
enraizadas nos genes, orientam nosso
mental e constroem nosso estilo”
Ambiente, mas
desenvolvimento
Prof.Dr.Oswaldo Frota-Pessoa - 1990
Mulheres apresentam maior comorbidade entre DEPRESSÃO E TRANSTORNOS DE
ANSIEDADE, particularmente transtorno de pânico e fobias simples. Em “Epidemiologia e
Genética dos Distúrbios de Humor” - trabalho publicado no Jornal Brasileiro de Psiquiatria de
Julho de 1990 vol 39, Dr Oswaldo Frota – Pessoa, biólogo e doutor em genética, professor
titular do Depto de Biologia da USP “Explica-se como se localizaram três genes moduladores
da predisposição aos distúrbios de humor (doenças afetivas, psicose maníaco-depressiva): um
deles no cromossomo 11 e dois no cromossomo X. Apresenta-se a classificação moderna dos
distúrbios do humor. Revêem-se os dados sobre filhos adotivos e sobre gêmeos, que provam a
influência de genes e de fatores ambientais na etiologia dessas afecções. Conclui-se que o
distúrbio de humor tem determinação multifatorial poligênica, o que dá conta da transição
contínua que existe entre as formas reconhecidas de distúrbio de humor. Com base nesse tipo
de herança, propõe-se uma explicação para as contradições que têm ocorrido no campo da
localização molecular de genes de predisposição ao distúrbio de humor e à esquizofrenia”. A
alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e
a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e da
atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. A maioria destes
transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode
freqüentemente. estar relacionada com situações ou fatos estressantes. Avança-se, por fim, a
hipótese dos poligenes e polimenes comutativos para explicar a concentração concomitante do
distúrbio de humor e de alcoolismo nas mesmas famílias.
www.psiquiatriageral.com.br/. ../indice_humor.jpg
Formação e Organização de Comportamentos
Sistemas Funcionais
Atividade Psíquica.
Processos Psicológicos
Nosso cérebro - recolhe, compara, analisa, sintetiza, e usa as
Emoções e as Intuições - abstrações novas e inusitadas.
Impulsos Nervosos que geram a Percepção e o Pensamento Potenciais de Ação, movem-se através do Córtex.
Controle de suas execuções a partir do próprio corpo do
indivíduo.
LURIA, A. R. Fundamentos de neuropsicologia. RJ, LTC/EDUSP, 1984.
SISTEMA LÍMBICO
É a principal fonte de nossos humores e emoções, de nossos interesses. Papel importante
no comportamento emocional do indivíduo.Com certo grau de plasticidade no sentido de
aprendizado e soluções de problemas com base na experiência imediata. É a parte do
Córtex que se desenvolve primeiro. 0 neocórtex, que surge depois, é dividido nos lobos
frontal, temporal, parietal e occipital, que são separados por sulcos. Os impulsos
nervosos que geram a percepção e o pensamento, conhecidos como potenciais de ação,
movem-se através do córtex. Nosso cérebro faz muito mais que recolher, ele compara,
analisa, sintetiza, e como nenhum computador usa as emoções e as intuições, gerando
abstrações novas e inusitadas, projeta-nos no futuro, liberta-nos do presente. O estudo
do cérebro ocorre dentro de um princípio holístico (A. R. Luria), Baseia-se na idéia de que
processos psicológicos em larga escala operam em sistemas funcionais intimamente
integrados. Desempenham cada qual um papel na atividade psíquica. São responsáveis pela
manutenção do tono do córtex, estado indispensável para o correto recebimento,
processamento, elaboração e conservação da informação, assim como Processos de formação
e organização de comportamentos e também pelo controle de suas execuções a partir do
próprio corpo do indivíduo. LURIA, A. R. Fundamentos de neuropsicologia trad. de Juarez Aranha Ricardo.
RJ, LTC/EDUSP, 1984. 346p.
A porção alta do tronco encefálico (substância reticular, mesencéfalo) e gânglios da base, tem centros
com participação importante na procriação, na predação, no instinto de território e no modo de vida
gregário (evolui há centenas de milhões de anos). Intimamente relacionado e circulando parte destas
estruturas está o sistema límbico, que tem papel importante no comportamento emocional do indivíduo,
apresenta certo grau de plasticidade no sentido de aprendizado e soluções de problemas com base na
experiência imediata. É a principal fonte de nossos humores e emoções, de nossos interesses e cuidados
com os jovens (evolui há dezenas de milhões de anos). Século XX: década de 40: Von Euler - vínculo da
Neuroquímica e comportamento
Sistema Funcional de P. K. Anokhin
Aferência de retorno
Memória
Aferência
Situacional
Aferência
Detonadora
Tomada de
Decisão
Aparelho receptor
do resultado da
Ação
Parâmetros
Resultado
Programa
de
Ação
Ação
Motivação Dominante
SÍNTESE AFERENTE
EXCITAÇÕES EFERENTES
Anokhin, K.P. – Problemas do Centro e da periferia na Fisiologia do Sistema Nervoso - 1935
Para isso nossa ABORDAGEM CLÍNICA tanto micro e macroscópica será SISTÊMICA
baseada na TEORIA DOS SISTEMAS FUNCIONAIS IDEALIZADA POR ANOKHIN
que em seu laboratório em Moscou criou as BASES PARA ESTUDO DA MODERNA
FISIOLOGIA que é dinâmica e integrada.Esta teoria foi introduzida e ampliada na
Homeopatia pelo Prof. Romeu Carillo Jr., que emitiu, através dela importante teoria
para explicar a AÇÃO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO, mostrando-nos como a
mesma se encaixa de maneira particularmente perfeita à Homeopatia, por seu caráter
holístico-dinâmico. Depreende-se daí como fica lógico entender os complexos
mecanismos e sistemas funcionais envolvidos na coordenação do CICLO
MENSTRUAL NA MULHER.
O sistema funcional é definido como aparelho fisiológico concreto, centro periférico,
cíclico, que se encontra na base da auto-regulação . Parte do príncipio da autoregulação fundamentada no resultado de sua atividade.
Qualquer que seja o desvio de tais resultados, através de vias neurológicas ou
humorais, ou por meio de excitações eletivas de diferentes setores do sistema nervoso
Central, ocorrerá inclusão seletiva de diferentes orgãos e processos, cuja atividade
conjunta deverá promover a homeostase.
Estresse
Síndrome Geral de Adaptação
Reação de Alarme
Fase de Exaustão
Processamento
Instabilidade
Fase de Resistência
Adaptação
Hans Selye- Fisiologista canadense, 1936
Definiu "stress"
Hans Selye- fisiologista canadense, 1936 introduziu o termo "stress" no campo da saúde para
designar a resposta geral e inespecífica do organismo a um estressor ou a uma situação
estressante. Posteriormente, o termo passou a ser utilizado tanto para designar esta resposta
do organismo como a situação que desencadeia os efeitos desta.
Frente a uma situação estressora, o tipo de resposta de cada indivíduo depende, não somente
da magnitude e freqüência do evento de vida estressor, como também da conjunção de fatores
ambientais e genéticos. Mesmo as capacidades individuais de interpretar, avaliar e elaborar
estratégias de enfrentamento parecem ser geneticamente influenciadas. A resposta de
enfrentamento ao evento estressor, selecionada a partir dos componentes cognitivo,
comportamental e fisiológico, caso consiga eliminar ou solucionar a situação estressora
provocará uma diminuição da cascata fisiológica ativada. Se a resposta ao estresse gerar
ativação fisiológica freqüente e duradoura ou intensa, pode precipitar um esgotamento
dos recursos do sujeito com o aparecimento de transtornos psicofisiológicos diversos,
podendo predispor ao aparecimento de transtornos de ansiedade entre outros
transtornos mentais. O desenvolvimento de um transtorno está diretamente relacionado à
freqüência e duração de respostas de ativação provocadas por situações que o sujeito avalia
como estressoras para si. Diversos estudos avaliaram a relação entre a ocorrência de eventos
de vida estressores e o surgimento de sintomas depressivos. No entanto, poucos dados são
encontrados na literatura em relação a sintomas ansiosos frente a estes eventos. Os autores
sugerem que mais estudos de enfoque etiológico sejam realizados, avaliando a relação causal
entre a exposição a diferentes eventos de vida estressores e o surgimento de sintomas de
ansiedade, bem como de transtornos ansiosos. O reconhecimento desta relação causal terá
implicações práticas tão relevantes como a prevenção de transtornos ansiosos e o
estabelecimento de estratégias de tratamento.
Estresse
Extressores
Resposta
Internos
Fisiológica
Externos
Psicológica
Comportamental
Adaptação
Ajustamento
“PROGRAMAS DE AÇÃO”
“INPUTS”
Busca de soluções, selecionando condutas adequadas e
preparando o organismo para agir de maneira rápida e vigorosa.
O Estresse que é definido como: resposta fisiológica, psicolólgica e comportamental para adaptarse e ajustar-se às pressões intrínsecas e extrinsecas, e que é uma referência comum no Consultório,
pela pacientes. As aferências situacionais (agentes estressores) a que a Mulher de hoje está exposta
leva ao quadro do Estresse e a frequentes mecanismos adaptativos. É o modelo ideal dentro da
Concepcão Sistêmica de Doença. Leva paradoxalmente, a importante idéia da doença como “forma de
solução de problemas”. A idéia da doença como um meio de enfrentar situações estressantes na
vida leva naturalmente à noção do significado de doença, ou da “mensagem” transmitida por uma
doença – transformação do padrão organizacional do sistema através da Autopoiese, baseados na
Cognição e da Adaptação.
Doença: instabilidade do processo vital, que pode resultar no seu aniquilamento, deterioração ou
adaptação. (Carillo, Jr)
Estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos – estressores(detonadores) capazes
de provocar num organismo, complexo conjunto de respostas orgânicas, mentais, psicológicas
e/ou comportamentais
Geraldo J. Ballone: Estresse – Curso de Psicopatologia)
Adaptação Biológica Cognitiva e Social
Dissociação
Processamento
Inputs Internos
Inputs Externos
Físicos
Psíquicos
Sociais
Instabilidade - Aprendizado
Eliminações
Eficientes
Transformação do padrão organizacional do sistema através da Autopoiese, baseados
na Cognição e da Adaptação.Neurotransmissores e estresse :Diferentes substâncias têm sido
estudadas visando a compreender a neurofisiologia que envolve a ansiedade e o estresse.
Entre elas as aminas biogênicas, como a noradrenalina, a dopamina e a serotonina;
aminoácidos, como o ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e o glutamato;
peptídeos, como o fator de liberação de corticotropina (CRF), o hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH) e a colecisticinina (CCK) e esteróides, como a
corticosterona. No SNC, neurônios que sintetizam noradrenalina estão situados nas regiões
bulbar e pontina, sendo que o grupo mais importante situa-se no locus ceruleus. As células
do locus ceruleus, quando ativadas por estímulos estressantes, ameaçadores, produzem uma
reação comportamental cardiovascular característica de medo. Acredita-se que o locus
ceruleus funcione como um "sistema de alarme", ou seja, exerce a função de atenção,
monitorando continuamente o ambiente e preparando o organismo para situações de
6,7
emergência. De todos os transtornos de ansiedade, o transtorno do pânico e o estresse
pós-traumático são os que apresentam evidências mais contundentes de uma
anormalidade do sistema noradrenérgico. A noradrenalina tem sido relacionada também
com experiências intrusivas. O locus ceruleus inerva hipocampo, amigdala e neocortex
temporal, que são algumas das estruturas neuroanatômicas envolvidas no processo
associativo. Na resposta aguda ao estresse, há um aumento importante de noradrenalina
8
na fenda sináptica, resultando num aumento da resposta monosináptica evocada. Com
relação à dopamina, o estresse aumenta a liberação e o metabolismo deste
neurotransmissor no córtex pré-frontal, uma área envolvida na produção de respostas
9
ao estresse . O envolvimento da dopamina com estados de hipervigilância já está bem
estabelecido. Sabe-se que a diminuição da função serotonérgica pode resultar em
aumento da função da dopamina, promovendo hipervigilância nas situações de estresse.
Acredita-se atualmente que a serotonina exerça um duplo papel na regulação do
comportamento de defesa. Os sinais de perigo estimulariam o sistema de defesa através da
amígdala e, ao mesmo tempo, ativariam os neurônios serotonérgicos do núcleo dorsal da rafe.
Estes, por vias nervosas diferentes, inervam tanto a amígdala quanto a MCP. A serotonina
facilitaria as reações ativas de defesa na amígdala e as inibiria na MCP. As respostas
mediadas pela serotonina teriam, portanto, um sentido adaptativo, já que para níveis de
perigo potencial ou distal é conveniente que os comportamentos de luta e fuga sejam inibidos,
possibilitando que o indivíduo adote estratégias mais adequadas, como exploração cautelosa e
7
inibição comportamental. Poder-se-ia dizer, ainda, que a serotonina aumenta a ansiedade
atuando na amígdala e contém o pânico agindo na MCP. O GABA (acido gamaaminobutírico) é o principal neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central. No
núcleo dorsal da rafe, exerce uma inibição tônica sobre os neurônios serotonérgicos. Na
MCP e colículos superiores, exerce um controle inibitório sobre o substrato neural do
medo. No teto mesencefálico, controla aspectos motores relacionados ao
6,7
comportamento de fuga . Os receptores benzodiazepínicos (BZD) e o GABA estão
presentes em toda parte no SNC, afetando diversos sistemas funcionais. Estudos
mostram também que o sistema GABA – BZD da amígdala regula não apenas a ansiedade,
mas a memória emocional, já que à amígdala também é atribuída a ação amnésica dos
6,7
compostos BZD. Resumindo, nas situações em que o perigo está próximo, o indivíduo
irá reagir com comportamentos vigorosos de luta ou fuga. Para tal, fazem-se necessárias
alterações cardiovasculares, constituindo em elevação da pressão arterial, taquicardia,
vasoconstrição na pele e nas vísceras e vasodilatação nos músculos estriados, bem
como hiperventilação. O sistema neural responsável por tais manifestações comportamentais
e neurovegetativas de defesa ativa seria a MCP dorsal e o hipotálamo medial. O hipotálamo,
uma vez estimulado, libera o fator liberador de corticotrofina (CRF), vasopressina e outros
neuropeptídeos reguladores. A liberação de CRF promove, entre outras, a secreção do
hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual leva à liberação do cortisol pelas adrenais (eixo
10
hipotálamo-hipófise-adrenal) . Níveis de cortisol cronicamente elevados podem interferir
11
na estrutura e função hipocampal, produzindo alterações de memória e cognição .
Estresse
Transtornos do Humor
Estresse e Função Reprodutora Feminina:- Rev.Bras. Saúde Mater. Infant. Vol.5 no1 Recife Jan/Mar.2005
Depto de Morfologia e Fisiologia UF-RN
A Interação entre os SISTEMAS HORMONAIS GONADAL X ADRENAL = vem sendo
apontada como um dos sensibilizadores para a ocorrência de DEPRESSÃO no período
repr. da vida feminina
Entretanto, hoje se pensa que diferentes mecanismos neurais e endócrinos estão envolvidos
2
na resposta ao estresse e que podem ser ativados seletivamente. Labrador e cols. (1994)
distinguem três eixos de atuação da resposta fisiológica ao estresse:
• O EIXO NEURAL, o qual se ativa imediatamente, frente a uma situação de estresse. Implica
a ativação principalmente do sistema nervoso autônomo (feixe simpático) e do sistema nervoso
periférico. Seus efeitos são: aumento do ritmo cardíaco (SNA), aumento da pressão arterial
(SNA), secura na boca (SNA), sudorese intensa (SNA), "nó" na garganta (SNA), formigamento
dos membros (SNP), dilatação das pupilas (SNP) e dificuldade para respirar. • O EIXO
NEUROENDÓCRINO é mais lento em sua ativação e necessita de condições de estresse
mais duradoras. Seu disparo ativa a medula das suprarrenais, provocando a secreção de
catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), o que ajuda a aumentar e manter a atividade
adrenérgica somática, produzindo efeitos similares aos gerados pela ativação simpática.
É o eixo de luta e fuga, pois prepara o organismo para uma intensa atividade muscular, quando
a pessoa percebe que pode fazer algo para controlar a situação (seja enfrentar ou fugir). Seus
efeitos são: aumento da pressão arterial, do aporte sangüíneo para o cérebro, do ritmo
cardíaco, da estimulação dos músculos estriados, de ácidos graxos, triglicerídeos e
colesterol no sangue; secreção de opióides endógenos e diminuição do fluxo sangüíneo
nos rins, no trato gastrointestinal e na pele. Esta resposta aumenta o risco de
hipertensão, de formação de trombos, de angina do peito, em pessoas propensas.
Também aumenta o risco de arritmias, elevando a possibilidade de morte súbita.
• O EIXO ENDÓCRINO caracteriza-se por disparo mais lento e por efeitos mais duradouros
que os anteriores e necessita de que a situação de estresse mantenha-se por mais tempo.
Este eixo é disparado quando a pessoa não dispõe de estratégias de enfrentamento na
situação de estresse. Seus principais efeitos são: aumento da glicogênese, aumento da
produção de corpos cetônicos, exacerbação de lesão gástrica, aumento da produção de
uréia, aumento da liberação de ácidos graxos livres no sistema circulatório, aumento da
suscetibilidade a processos ateroscleróticos, aumento da suscetibilidade à necrose
miocárdica, supressão de mecanismos imunológicos, diminuição do apetite.
Estresse Patológico
Persistentes
Esforços
Adaptativos
Conflito, Ansiedade, Angústia, Depressão
Desestabilização Emocional.
Imunidade e Emoções
Investigações sobre as contribuições do bom humor para a saúde são mais recentes e menos
numerosas que os estudos sobre os efeitos danosos da tristeza, da angústia e da raiva.Mas
um recente estudo sobre a atividade das células tipo Natural Killer (NK), importantes na
imunidade contra tumores, mostrou os efeitos de programas que estimulam o riso e o bom
humor no aumento da atividade desses componentes imunológicos, ao mesmo tempo em que
os estados depressivos enfraqueciam esse aspecto da defesa orgânica (Takahashi, 2001). Em
pacientes com doenças malignas e submetidos à provas de função cerebral (PET) houve
significativa correlação entre as atividades dessas células da defesa imunológica, ansiedade e
estresse, e atividade do córtex pré-frontal ínfero-lateral, córtex órbito-frontal e córtex temporal
anterior. Esses resultados ofereceram dados que servem de suporte para uma hipótese de que
a interação psico-imune possa ser mediada também pelo córtex cerebral e pelo Sistema
Límbico. Esta resposta biológica ao estressor é complexa e sistêmica e criativa - visando a
propiciar uma melhor percepção da situação e de suas demandas, assim como um
processamento mais rápido da informação disponível, possibilitando uma busca de
soluções, selecionando condutas adequadas e preparando o organismo para agir de
maneira rápida e vigorosa. Via de regra o organismo humano vai reagindo fisiologicamente
através de uma série de respostas sistêmicas na tentativa de adaptar-se às circunstâncias.
Instabilidades
Dissociação
Processamento
Deficiente
Eliminações
deficientes
Inputs Internos
Inputs Externos
Físicos
Psíquicos
Sociais
Instabilidade - Deterioração / Aniquilamento
Resposta ao estressor compreende aspectos cognitivos, comportamentais e fisiológicos,
visando a propiciar uma melhor percepção da situação e de suas demandas, assim como um
processamento mais rápido da informação disponível, possibilitando uma busca de
soluções, selecionando condutas adequadas e preparando o organismo para agir de
maneira rápida e vigorosa. A sobreposição destes três níveis (fisiológico, cognitivo e
comportamental) é eficaz até certo limite, o qual uma vez ultrapassado, poderá
2
desencadear um efeito desorganizador . Assim, diferentes situações estressoras ocorrem
ao longo dos anos, e as respostas a elas variam entre os indivíduos na sua forma de
apresentação, podendo ocorrer Manifestações Psicopatológicas diversas como
sintomas inespecíficos de depressão ou ansiedade, ou transtornos psiquiátricos
definidos, como por exemplo o Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Do ponto de vista
evolutivo, a ansiedade e o medo, assim como o estresse, têm suas raízes nas reações de
defesa dos animais, que ocorrem em resposta aos perigos encontrados em seu meio ambiente.
Quando um animal se depara com uma ameaça ao seu bem estar, à sua integridade física,
ou até mesmo à sua sobrevivência, ele experimenta uma série de respostas
comportamentais e neurovegetativas, que caracterizam a reação de medo. Estresse
denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional
e, ao pertubarem a homeostasia, disparam um processo de adaptação caracterizado,
entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina produzindo diversas
manifestações sistêmicas, com distúrbios fisiológico e psicológico. O termo estressor
1
por sua vez define o evento ou estímulo que provoca ou conduz ao estresse. nas
situações em que o perigo está próximo, o indivíduo irá reagir com comportamentos vigorosos
de luta ou fuga. O sistema neural responsável por tais manifestações comportamentais e
neurovegetativas de defesa ativa seria a MCP dorsal e o hipotálamo medial. O hipotálamo,
uma vez estimulado, libera o fator liberador de corticotrofina (CRF), vasopressina e outros
neuropeptídeos reguladores. A liberação de CRF promove, entre outras, a secreção do
hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual leva à liberação do cortisol pelas adrenais (eixo
10
hipotálamo-hipófise-adrenal) . Níveis de cortisol cronicamente elevados podem interferir na
11
estrutura e função hipocampal, produzindo alterações de memória e cognição .
Transtornos de Humor e Ansiedade
Depressão
Disforia
Perinatal
Pré-Menstrual
Perimenopáusica
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG),
Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT)
Transtornos Alimentares
Doenças Auto-imunes.
A partir da Menarca até bem após a Menopausa
Doenças Auto-imunes: Forte tensão, Sentimentos de insegurança, Retraimento social,
Dificuldade para expressar sentimentos e Sensibilidade afetiva muito aumentada.
Transtornos do Humor Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do
humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de
uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global
de atividade, e a maioria dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do
humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. A maioria
destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode
freqüentemente
estar
relacionada
com
situações
ou
fatos
estressantes.
Este agrupamento contém as seguintes categorias de três caracteres:
F30.0 - Hipomania
F31 - TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
F32 - Episódios Depressivos
F33 - Transtorno Depressivo Recorrente
F33 - Transtorno Persistente do Humor
F34.0 - Ciclotimia
F34.1 - Distimia
F34.8 Outros transtornos do humor (afetivos) persistentes
F34.9 Transtorno do humor (afetivo) persistente não especificado
F38 Outros transtornos do humor (afetivos)
F38.0 Outros transtornos do humor (afetivos) isolados
F38.1 Outros transtornos do humor (afetivos) recorrentes
F38.8 Outros transtornos especificados do humor (afetivos)
F39 Transtorno do humor (afetivo) não especificado
F39 Transtorno do humor (afetivo) não especificado
Sazonalidade
Mudança de fuso horário nas viagens e
trabalho em turnos rotativos
Doenças Ginecológicas:-Anovulação / Distúrbios Menstruais
Doenças Obstétricas :-
Infertilidade / Abortamentos
Interferência do Estresse sobre o Ciclo Menstrual. Relação entre evento estressor e
Amenorréia.Transtornos da Alimentação, Infertilidade e Disfunção do ciclo menstrual ocorrem
com freqüência em mulheres transtornos da Alimentação
Transtornos do Humor
As Várias Categorias Diagnósticas são
doenças com
Fisiopatologias distintas ou
Variantes Sintomáticas da mesma condição
?
Livro:- Recuperação em depressão: Moreno, H.D; Bernik, Marcio; Mattos, P.Cordás,A.T.
Baseando em nossos estudos fisiopatológicos da depressão e do tratamento homeopático:
Teoria das doenças cronicas de Samuel Hahnemann
Neurofisiológica de Anoklin
Teoria da Ação do medicamento homeopático de Carillo
Chegamos as seguintes proposta, que deverá ser avaliada, pelo levantamento dos casos
protocolados.
Reconhecer completamente a origem do distúrbio da saúde que se pretende tratar e ter a
capacidade de realizar diagnósticos diferenciais com precisão.
Não basta portanto reconhecer sintomas, mas também sua origem ou fisiopatologia,
estabelecendo a relação entre os sistemas funcionais sensibilizados.
Identificar os orgãos afetados tanto na patogenesia quanto no indivíduo a ser tratado.
Concepção Hahnemanniana
Intrínsecos
Extrínsecos
Psora
Psíquicos
Sifilinismo
Higienodietéticos
Ambientais
Sicose
Medicamentosos
Tuberculinismo
(concepção não
hahnemanniana)
Tóxicos
Infecciosos, etc
Suceptibilidade / Predisposição Mórbida
Doente x Doença - aspecto dinâmico desta relação.
Cada “Miasma”- Diátese : diferente forma de Prescrição
“O conhecimento da “Tendência Mórbida” do indivíduo a ser tratado ditava a
forma de prescrever”
Samuel Hahnemann
Vulnerabilidade estejam correlacionados com diferentes manifestações sintomáticas, ou seja, em
resposta ao mesmo agente precipitante, mulheres com vulnerabilidades diversas apresentariam sintomas
também variados. Igualmente, flutuações no estado de vulnerabilidade responderiam pela considerável
variação na apresentação dos sintomas, tanto na intensidade quanto no momento de aparecimento, que
tem sido verificada em ciclos consecutivos.
Nesse sentido, embora uma associação entre disforia pré-menstrual e depressão seja assunto de
interesse de longa data, só recentemente tem sido aventado o mesmo em relação aos transtornos
ansiosos. Por exemplo, mulheres com disforia pré-menstrual também são mais propensas a desenvolver
sintomas ansiosos em resposta à infusão de lactato102,103 e inalação de dióxido de carbono,104
estímulos considerados capazes de distinguir grupos de voluntários sadios de pacientes com transtorno
do pânico. foi sugerido que mulheres com mudanças disfóricas associadas ao período pré-menstrual
teriam um traço de vulnerabilidade ao desenvolvimento de estados disfóricos, o qual se manifestaria
como transtornos depressivos ou ansiosos.105 Assim, algumas delas seriam mais suscetíveis a
desenvolver predominantemente sintomas ansiosos no período pré-menstrual e também, transtornos
ansiosos ou do pânico, enquanto outras seriam mais vulneráveis a apresentar sintomas depressivos no
pré-menstrual, e eventualmente transtorno depressivo. Dessa maneira, a natureza e a constelação dos
sintomas estariam associados a particularidades da predisposição individual.
Características da Concepção Hahnemanniana
Doenças Crônicas
Movimentos ineficazes do
Resultado de interações entre
organismo,
tendências hereditariamente
na tentativa de restabelecer
transmitidas
a
e
harmoniosa função vital,
fatores extrínsecos
tanto com relação às
desencadeantes.
sensações quanto funções.
Samuel Hahnemann
Concepção Sistêmica – Sistemas Complexos
Doença
Tratamento
Medicamento atua
Instabilidade
pela Ação Primária
do organismo,
Lei da Semelhança
que pode levar
Aniquilamento
Do que é feito?
Deterioração
Como funciona?
Adaptação
Qual o padrão?
Estabelecimento da
Saúde
Aprendizado
Adaptação
Carillo, Jr. 2005
Distúrbio da Saúde
Classificação das Instabilidades
quanto as suas Origens
I. Predominantemente Extrínsecas
Agudas
Mecânicas
Indisposições
Crônicas
Ambientais
Higienodietéticas
Medicamentosas - intoxicações
Profissionais
II. Mistas(Coletivas): Intrínsecas e Extrínsecas
III. Predominantemente Intrínsecas
Agudas
Crônicas:- Psora Sicose Tuberculinismo Sifilinismo
Carillo, Jr. 2005
Doença: instabilidade do processo vital, que pode resultar no seu aniquilamento, deterioração ou
adaptação. Na visão sistêmica: conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas e comportamentais,
na tentativa da manutensão do equilíbrio interno(adaptação). O tempo da doença, intensidade
pode levar ao aniquilamento e deterioração. Vamos tomar como exemplo o Estresse que geralmente
uma referência inicial e frequente , pelos pacientes, nos consultórios em geral, e em meu consultório,
pelas mulheres em particular. A análise desse estresse referido, quando analisado, baseando-se na
moderna classificação das Instabilidades(Carillo Jr), nos permite um raciocínio individualizado das
interferências predominantemente extrínsecas, mistas e predominantemente intrínsecas que a mulher
está submetida e consequentemente da abordagem sistêmica, que devemos dispensar ao caso. Do ponto
de vista SISTÊMICO, o fenômeno do estresse ocorre quando uma ou diversas variáveis de um
organismo são forçadas até seu limite extremo, o que induz a um aumento de rigidez em todo
sistema. Num organismo saudável, as outras variáveis conspirarão para que todo sistema retome
seu equilíbrio e restabeleça sua flexibilidade. O aspecto notável dessa resposta é que ela é
bastante estereotipada.Os sintomas de estresse fisiológico – garganta apertada, pescoço tenso,
respiração superficial, pulsação acelerada, etc. – são virtualmente idênticos em animais e seres
humanos, e inteiramente independentes da fonte do estresse. Preparação do organismo para
enfrentar o desafio – resposta de luta- ou – fuga. Uma vez que o individuo tenha passado a ação:
Lutando ou fugindo – retornará ao estado de relaxamento e finalmente a homeostase: “SUSPIRO
DE ALÍVIO” . Se a resposta de LUTA OU FUGA for prolongada ou não pode passar à ação para se
livrar do estresse, PODE ADOECER(não houve adaptação): criando alterações físicas e/ou
psicológicas, ou seja alterações do seu equilíbrio fisiopatológico – INSTABILIDADES
PARTICULARES DE ACORDO COM SUAS INDIVIDUALIDADES – dinâmicas agudas e cronicas, de
causas predominantemente extrínsecas/ mistas ou predominantemente intrínsecas.As situações
estressantes decorrem não apenas apenas de traumas emocionais pessoais, ansiedades e frustrações,
como também do meio ambiente inseguro criado por nosso sistema social e econômico.
MODERNA CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS =I NSTABILIDADES BASEADAS NA CONCEPÇÃO
SISTÊMICA, DETERMINADAS POR INTERFERÊNCIAS EXTRÍNSECAS E INTRÍNSECAS
Instabilidades por Interferência :Predominantemente Extrínsecas ao Sistema
AGUDAS: Mecânicas - Compressão/ Ferimentos/ Fraturas/ Obstrução/ Queimaduras/ Rupturas. O
organismo avalia e monta Programas de ação inatos e adquiridos: Toma uma decisão, no sentido de
preservar a Estrutura.
Agudas: Indisposições - Alimentares/ Climáticas e Sobrecargas
Instabilidades de caráter temporário interessando fundamentalmente o componente dissipativo de
inputs não requisitados. Interferências no equilíbrio ecológico - Contaminação ambiental: no ar que
respiramos- que afeta os seres humanos e os sistemas ecológicos de quem dependemos / nos alimentos
que comemos e na água que bebemos - desastre ecológico. A superpopulação e a tecnologia
industrial têm contribuido de várias maneiras para uma grave deterioração do meio ambiente
natural, do qual dependemos completamente ( Capra pg 21) .........levando o organismo a
instabilidades contínuas e permanentes de caráter agudo e crônico(Maísa).........nossa saúde e bem
estar estão seriamente ameaçados (Capra)
Extrínsecas Crônicas: Instabilidades oriundas da tentativa de adaptação do sistema a inputs não
requisitados(extrínsecos), persistentes de ação direta ou através do produto da dissipação
impropriamente assimilado com possivéis consequências sobre a autopoiese, a estrutura e o próprio
padrão de organização. Em fase tardia com a persistência da interferência há uma alteraçào do
processo cognitivo- memória e vias cognitivas, com elaboração de um programa de ação com a
finalidade de adaptação . Os sistemas envolvidos se tornam mais dominantes(priorização de
sistemas), quanto maior for o comprometimento autopoiético, estrutural ou dissipativo e mais vitais
forem as estruturas ou os referidos processos acometidos. Na Resposta Ao Estresse em relação ao
NÍVEL COGNITIVO: Modo de responder diante da situação estressora e a forma como o mesmo será
afetado pelo ESTRESSE (frequência e duração de respostas de ativação - provocadas por situações
que o sujeito avalia como estressoras para si). Frente a uma Situação Estressora, o tipo de
resposta de cada indivíduo depende, não somente da magnitude e freqüência do evento de vida
estressor, como também da conjunção de fatores ambientais e genéticos(extrins e intríns.) Mesmo as
capacidades individuais de interpretar, avaliar e elaborar estratégias de enfrentamento parecem ser
geneticamente influenciadas. A resposta de enfrentamento ao evento estressor, selecionada a partir dos
componentes cognitivo, comportamental e fisiológico, caso consiga eliminar ou solucionar a situação
estressora provocará uma diminuição da cascata fisiológica ativada. Se a resposta ao estresse gerar
ativação fisiológica freqüente e duradoura ou intensa, pode precipitar um esgotamento dos recursos do
sujeito com o aparecimento de transtornos psicofisiológicos diversos, Os problemas são sistêmicos, isto é
estão intimamente interligados e são interdependentes, podendo ser implementada uma resolução se a
estrutura da própria teia for mudada, o que envolverá transformações profundas em nossas instituições
sociais, em nossos valores e idéias. A visão sistêmica e dinâmica, corresponde uma conexão profunda
entre crise: perigo e mudança: oportunidade – Desafio/resposta. Um desafio do ambiente natural ou social
provoca uma resposta criativa numa sociedade, ou num grupo social. O padrão inicial de desafio-eresposta é repetido em sucessivas fases de crescimento, pois cada resposta bem sucedida produz um
desequilíbrio que requer novos ajustes criativos.
Depressão
Psora
Humor deprimido
Distimia
Apetite alterado
Ignatia Amara
Lycopodium
Sono alterado
Psorinum
Fadiga
Baixa auto-estima
Concentração alterada
Dificuldade para decisões
Desesperança
Distimia: Os traços essenciais são o estado depressivo leve e prolongado, além de outros sintomas comumente
presentes. Pelo critério norte americano são necessários dois anos de período contínuo predominantemente
depressivo para os adultos e um ano para as crianças sendo que para elas o humor pode ser irritável ao invés de
depressivo. Importante excluir fases de exaltação do humor como a mania ou a hipomania, assim como a depressão
maior. Causas externas também anulam o diagnóstico como as depressões causadas por substâncias exógenas.
Durante essa fase de dois anos o paciente não deverá ter passado por um período superior a dois meses sem
os sintomas depressivos. O início da distimia pode ocorrer na infância caracterizando-a por uma fase anormal.
O próprio paciente descreve-se como uma criança diferente, brigona, mal humorada e sempre rejeitada pelos
coleginhas. Nessa fase a incidência se dá igualmente em ambos os sexos. A distimia é sub-dividida em precoce e
tardia, precoce quando iniciada antes dos 21 anos de idade e tardia após isso. Os estudos até o momento mostram
que o tipo precoce é mais freqüente que o tardio. Por outro lado estudos com pessoas acima de 60 anos de idade
mostram que a prevalência da distimia nessa faixa etária é alta, sendo maior nas mulheres .
Para preencher o diagnóstico de depressão os pacientes além do sentimento de tristeza prolongado precisam
apresentar dois dos seguintes sintomas: Falta de apetite ou apetite em excesso /Insônia ou hipersonia /Falta de
energia ou fadiga /Baixa da auto-estima/Dificuldade de concentrar-se ou tomar decisões /Sentimento de falta
de esperança.Estudos mostram que o sentimento de inadequação e desconforto é muito comum, a generalizada
perda de prazer ou interesse também, e o isolamento social manifestado por querer ficar só em casa, sem
receber visitas ou atender ao telefone nas fases piores são constantes. Esses pacientes reconhecem sua
inconveniência quanto à rejeição social, mas não conseguem controlar. Geralmente os parentes exigem dos pacientes
uma mudança positiva, mas isso não é possível para quem está deprimido, não pelas próprias forças. A irritabilidade
com tudo e impaciência são sintomas freqüentes e incomodam ao próprio paciente. A capacidade produtiva fica
prejudicada bem como a agilidade mental. Assim como na depressão, na distimia também há alteração do apetite,
do sono e menos freqüentemente da psicomotricidade. Os mais velhos apresentaram mais queixas físicas
enquanto os mais novos mais queixas mentais. A distimia começa sempre de forma muito gradual, O próprio paciente
tem dificuldade para determinar quando seu problema começou, a imprecisão gira em torno de meses a anos. Como
na maioria das vezes a distimia começa no início da idade adulta a maioria dos pacientes tende a julgar que seu
problema é constitucional, ou seja, faz parte do seu ser e não que possa ser um transtorno mental, tratável.
Última Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Psychiatry Research 2001; 103:219-228
Clinical Features of Dysthymia and Age
Silvio Bellino
Psora
Ansiedade
Ciclotimia
Distimia
Distúrbios Alimentação
Transtornos Neuróticos,
2.aria situações Estressantes e
Somatomorfos
Episódios Depressivos e
Episódios de Ansiedade
No Transtorno de Ajustamento
(ou Reação Neurótica Aguda)
Uma revisão de estudo epidemiológico concluiu que a diferença de prevalência entre os
sexos para a depressão maior surge na adolescência, quando ocorrem mudanças
hormonais. No entanto, quando alterações comparáveis ocorrem em outros momentos de
vida da mulher, como gravidez, menopausa e durante o uso de anticoncepcionais, estas
não teriam influência significativa nas taxas de prevalência de depressão (Kessler, 2003). A
clarificação do que é válido e relevante nas diferenças de gênero para as depressões pode ser
importante para várias ações científicas e assistenciais, inclusive com melhora da capacidade
diagnóstica e maior adequação de tratamentos. Até o presente momento, as controvérsias
ainda são mais freqüentes do que as conclusões bem fundamentadas
http://www.homeopatias.com/jornal_2004_fisica.jsp
Sicose
Hialuronidase
Infecções Crônicas
IgA
Vacinação
Hipersuprarenalismo
Trauma de Crâneo
Hipotireoidismo
Hidrogenismo
Estênica
Transição
Edema
Retardo das Trocas
e N.T.
Astênica
Bloqueio
Depressão
Sicose
Depressão Atípica
Reatividade do humor
THUYA CCIDENTALIS
Ganho de peso
Aumento do apetite
NATRUM SULPHURICUM
Hipersonia
NATRUM CARBONICUM
Paralisia “de chumbo”
CAUSTICUM
Sensibilidade persistente
STAPHYSAGRIA
à rejeição pessoal
SEPIA
O conceito de Depressão Atípica (DeA) surgiu com o trabalho de West e Dally, em 1959,
estudando pacientes responsivos e irresponsivos a IMAO (Inibidores da Mono-Amino-Oxidase)
e notando a presença do histórico de fobias, de "conversões histéricas" e de ausências de
sintomas neurovegetativos melancólicos entre os pacientes responsivos a IMAO6,7. Desde
então, temos até hoje divergências quanto à possibilidade da depressão atípica ser uma
categoria diagnóstica única e constante. Diversos autores8-10 em trabalhos atuais contestam a
validade dos atuais critérios do DSM-IV-TR, principalmente quanto à permanência do Critério A
(humor reativo) como necessário para validar os achados do Critério B (duas das seguintes:
ganho de peso, hipersonia, paralisia "de chumbo" e sensibilidade à rejeição interpessoal.).
Estes pacientes não podem ter critérios para melancolia ou depressão psicóticas (Critério
C).7,10. Outro quadro mais comum em mulheres é a depressão atípica, caracterizada
principalmente por sintomas vegetativos reversos, como hipersonia e hiperfagia. No estudo
NCS, os casos detectados de depressão atípica foram comparados com os de depressão não
atípica (39% de todos os casos detectados de depressão). A porcentagem de mulheres foi
maior no grupo com depressão atípica e a idade de início foi mais precoce. O grupo com
depressão atípica apresentou maiores índices de sintomas depressivos, idéias e
tentativas de suicídio, comorbidade psiquiátrica (pânico, fobia social e dependência a
substâncias psicoativas), maior incapacitação e uso de recursos de saúde
Tuberculinismo
Toxinas
Dist. S.R.E Hepático
de linfócitos T
Doenças anergisantes
Hiposuprarenalismo
Alt. higienodietéticas
Hipertireoidismo
Desidratação
Desmineralização
Hipersensibidade nervosa/ Enfraquecimento nervosoAstenia
Instabilidade nervosa
Depressão
Tuberculinismo
Depressão Melancólica
Humor depressivo
PHOSPHORUS
Perda do prazer
NATRUM MURIATICUM
Falta de reatividade
PULSATILLA NIGRICANS
Agrava pela manhã
SILICEA
Despertar muito cedo
Anorexia ou perda de Peso
Culpa excessiva ou inadequada
Retardo ou agitação Psicomotora
Sifilinismo
Alcoolismo
Insuf. Hepática
Cirrose
Sífilis
Alt. Arteriais
Epilepsia
Tu cerebrais
Alt. Sangue
Glandulares
Ossos
Metabolismo precário
S.R.E.
Desnutrição
Trauma crâneo
Paralisia Geral
D. Infecciosas
Deficiência do Metabolismo Intermediário
Sifilinismo: impregnação hereditária pela “toxina sifilínica”~ manifestações patogenéticas - Mercurius e Luesinum.Tais
manifestações tb estariam em concordância com os sintomas encontrados no grupo de medicamentos ditos sifilínicos –
utilidade prática à teoria. Estado luético tem sido interpretado como modalidade reacional orgânica frente a agente
agressor, “toxina sifilínica” ou agente mórbido similar, que possam originar reações orgânicas semelhantes.Portanto
além da chamada “toxina sifilínica”encontrar-se iam outros fatores na gênese do sifilinismo, tais como os que
pudessem resultar em crescimento deficiente, infecções com reação ganglionar ou óssea, alcoolismo, paludismo,
abscessos de repetição e a tuberculose. No alcoolismo, vemos uma necessidade compulsiva de certos indivíduos
ingerirem alcool constantemente e compulsivamente: indicando predisposição constitucional. Apresentam de forma
constitucional: Cirrose, insuficiência hepática, pancreática, de uma ou mais glandulasendócrinas ou
hipotálamo.Metabolismo precário, onde o alcool fornece as calorias necessárias – qdo vai substituindo as refeições
colabora para a deficiências metabólicas. Alcoolismo e sífilis ~: IHC e deficiência do armazenamento do Glicogênio e
Ferritina.Subst tóxicas e/ou subprodutos da alimentação e do metabolismo=ações deletéricas ~diminuição da
capacidade desintoxicante do fígado: hepatócitos(isso tb ocorre na reticuloendoteliose hepatica caract do
tuberculinismo). Outra causa intrínseca de alcoolismo, tb de origem sifilínica, é de natureza psíquica *nos heterozigotos
epilépticos, i.e que não apresentam “ataques”(ref. Epilepsia, Depressão e Transtornos do Humor- J. Epilepsy Clin
Neurophysiol 2004; 10(4suppl2):59-63. (Os transtornos do Humor são uma comorbidade frequente entre pacientes com
epilepsia com importantes implicações) Tais pacientes: angústia: sensação estranha de que algo iminente está para
acontecer(utilizam o alcool como depressor do S.N.). Alcool ~Sifilinismo pode levar a doenças
neurológicas(comprometimento do encéfalo e cerebelo) e inibição das funções psíquicas elevadas: diminui a
autocrítica, a modéstia, prudência: Audaz ~Merc.Desrespeito pela vida alheia ou própria, de onde a “coragem”para
agredir , matar ou mesmo suicidar-se. Fase Mania(~estímulo inicial da cortex cerebral pelo alcool) depressão=.Nos
quadros mais avançados do Sifilinismo: deterioração da inteligência e das emoções. Um dos mais dramáticos:
Psicose de Korsakoff- 1853-1900, =conjunto de alterações psíquicas e neurológicas=intenso enfraquecimento
da memória, dificuldade e lentidão de percepção, falta de impressão da realidade, que deixa a mente vazia, a
qual é pre enchida por ilusões de falsas reminiscências, com diminuição do senso crítico. Retrocede, perde a
noção de família. Formas semelhantes: Paralisia geral: No início estado de ansiedade e irritabilidade:
neuratênica. Seguem pertubações da memória e do julgamento. Astenia: cansaço físico e mental, com
alterações da conduta, descuidos pessoais. Transtornos da afetividade e desaparecimento progressivo da
atividade voluntária, levando a apatia ou impulsividade.
Sindrome do Pânico: Aconitum napellus
Suicídio: Alumina, Argertum nitricum, Aurum metallicum, Capsicum, Naja, Nux vomica, Natrum, Lac
vaccinum defloratum, Thea, Terebentina, Zea Italica, Ornithogalum umbellatum, Prumus cerasifera,
Rauwolfia serpentina, Rumex crispus
Ansiedade: Arsenicum album, Argentum nitricum, Belladonna, Cactus grandiflorus, Graphites, Hyosciamus,
Psorinum, Rhus toxicodendron, Thuya occidentalis.
Humores oscilantes: Lachesis, Cimicifuga, Ignatia amara, Moschus, Pulsatilla nigricans, Ambra grisea.
Esquizofrenia: Anacardium, Alumina, Illecebrum paronichia, Valeriana, Haloperidol.
Transtorno Bipolar: Veratrum album, Stramonium, Zincum.
Compulsividade : Syphilinum, Lac caninum.
Anorexia: Ilex paraguayensis, Latrodectus katipo.
Transtornos do Humor
Sifilinismo
MERCURIUS
AURUM METALLICUM
DEPRESSÃO MAIOR
ARSENICUM ALBUM
ARGENTUM NITRICUM
STRAMONIUM
DEPRESSÃO BIPOLAR
ANACARDIUM
HYOSCIAMUS
LACHESIS
DEPRESSÃO PSICÓTICA
Episódio Depressivo Maior - : alterações no apetite ou no peso, no sono e na atividade psicomotora; diminuição da
energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões; pensamentos
recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio. Os sintomas devem persistir na maior
parte dos dias, praticamente todos os dias. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente
significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O episódio não
deve decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso ou um medicamento. Também não deve decorrer
de uma condição médica geral e nem ser melhor explicado por luto. A abordagem da epilepsia tem sido muito
diferente entre as duas disciplinas médicas que se ocupam do problema: a neurologia e a psiquiatria.
Neurologicamente a epilepsia pode ser entendida como uma disritmia cerebral paroxística capaz de provocar
alterações no sistema nervoso central e, conseqüentemente, em todo organismo. Sob o ponto de vista
psiquiátrico, também se entende a epilepsia como uma disritmia cerebral paroxística, com alterações
funcionais do sistema nervoso central e, conseqüentemente, manifestações no comportamento, nas emoções
e nos padrões de reações do indivíduo.O termo Epilepsia refere-se a uma condição crônica de ataques periódicos ou
repetidos, causados por uma condição fisiopatológica da função cerebral, resultante da descarga espontânea e
excessiva de neurônios corticais. Entretanto, não se deve entender a epilepsia como uma doença exclusivamente
convulsiva. A convulsão é apenas um dos sintomas da doença, o qual traduz a existência ocasional de uma descarga
excessiva e desordenada do tecido nervoso sobre os músculos do organismo. A epilepsia porém, deve ser conceituada
atualmente, como uma síndrome com um conjunto de sinais e sintomas decorrentes desta disritmia cerebral
paroxística. Nesta síndrome portanto, a convulsão propriamente dita, pode até estar ausente, como se acredita que
aconteça
na
maioria
dos
pacientes
disrítmicos.Índice
de
Comportamento
Violento
Na disritmia cerebral o distúrbio no padrão elétrico da atividade neuronal mostra-se paroxisticamente e pode ser
oriundo de qualquer parte do sistema nervoso central. Entretanto, alguns estudos iniciais pela tomografia de emissão
de pósitrons têm mostrado que os focos epilépticos são hipometabólicos nos períodos intercrises, ou seja, o foco será
hiperativo durante as crises e hipometabólicos fora das crises, o que significa não funcionarem bem em nenhum
momento. Quando a localização do foco epileptógeno é no lobo temporal, esta atividade disrítmica se mostra mais
relevante para a psiquiatria. Neste caso será denominada Epilepsia Parcial Complexa, Epilepsia do Lobo Temporal ou
Epilepsia Psicomotora.Em estudo realizado no Canadá em 1994 (Nathaniel J.Pollone e James J. Hennessy), num
grupo de 372 homens presos de um hospital mental judiciário de segurança máxima, 20 % tinham anormalidades
focais temporais do eletroencefalograma, e 41% tinham alterações patológicas da estrutura cerebral no lobo temporal.
Isso sugere um relevante papel dos danos neurológicos na formação do comportamento violento. Os dados mostraram
uma proporção de 21:1 para agressivos habituais, ou seja, 21 portadores de alterações neurológica para cada 1
agressivo sem essas alterações. Em relação à população normal a incidência foi de 4:1, ou seja, 4 vezes mais
freqüente os agressores com as alterações neurológicas que os agressores sem elas
Ansiedade e Estresse – CID 10
F40 Transtornos de Ansiedade fóbica
F41 Outros transtornos de Ansiedade: Transtorno de
Agorafobia/Fobias sociais/Fobias
pânico /Transtorno de ansiedade generalizada(TAG)
Transtorno misto ansioso-depressivo.
F43 Reacões a estresse grave e transtornos de
adaptacão
F48 Outros transtornos neuróticos: Neurastenia.
Transtorno de despersonalizacão-desrealizacão.
F40.0Agorafobia.F40.1Fobias sociales.F40.2Fobias específicas (aisladas).F40.8Otros trastornos de
ansiedad fóbica.F40.9Trastorno de ansiedad fóbica sin especificación.Trastornos por ansiedade que
acontecem exclusivamente ou predominantemente em certas situacões bem definidas ou por fatores
(externos ao enfermo) que não são generalmente perigosos por si só. En consecuencia, éstos se evitan de un
modo específico o si acaso son afrontados con temor. La ansiedad fóbica no se diferencia, ni vivencial, ni
comportamental, ni fisiológicamente, de otros tipos de ansiedad y su gravedad puede variar desde una
ligera intranquilidad hasta el terror pánico.).
La mayor parte de los trastornos fóbicos son más frecuentes en las mujeres que en los varones.
F41 Otros trastornos de ansiedad
F41.0Trastorno
de
pánico
(ansiedad
paroxística
episódica).F41.1Trastorno
de
ansiedad
generalizada.F41.2Trastorno mixto ansioso-depresivo.F41.3 Otro trastorno mixto de ansiedad.F41.8Otros
trastornos de ansiedad especificados.F41.9Trastorno de ansiedad sin especificación.El síntoma principal de
estos trastornos es la presencia de una ansiedad, que no se limita a ninguna situación ambiental en
particular. También pueden presentarse síntomas depresivos y obsesivos, e incluso algunos elementos de
ansiedad fóbica, con tal de que éstos sean claramente secundarios o menos graves.
F42 Trastorno obsessivo-compulsivoF42.0Con predominio de pensamientos o rumiaciones
obsesivas.F42.1Con predominio de actos compulsivos (rituales obsesivos).F42.2Con mezcla de
pensamientos y actos obsesivos.F42.8Otros trastornos obsesivo-compulsivos.F42.9Trastorno obsesivocompulsivo sin especificación.La característica esencial de este trastorno es la presencia de
pensamientos obsesivos o actos compulsivos recurrentes. Para un diagnóstico definitivo deben estar
presentes y ser una fuente importante de angustia o de incapacidad durante la mayoría de los días al
menos durante dos semanas sucesivas, síntomas obsesivos, actos compulsivos o ambos. Los síntomas
obsesivos deben tener las características siguientes: Neurosis obsesivo-compulsiva.
Neurosis obsesiva. Neurosis anancástica.
F43.0 Reacción a stress agudo.F43.1Trastorno de stress post-traumático.F43.2Trastornos de
adaptación.F43.8
Otras
reacciones
a
estrés
grave.F43.9Reacción
a
estrés
grave
sin
especificación.Incluye trastornos que se identifican no sólo por la sintomatología y el curso, sino
también por uno u otro de los dos factores siguientes: antecedentes de un acontecimiento biográfico,
excepcionalmente estresante capaz de producir una reacción a estrés agudo o la presencia de un
cambio vital significativo, que de lugar a situaciones desagradables persistentes que llevan a un
trastorno de adaptación. Aunque situaciones de estrés psicosocial más leve ("acontecimientos vitales")
puedan precipitar el comienzo o contribuir a la aparición de un amplio rango de trastornos
clasificados en otras partes de esta clasificación, su importancia etiológica no siempre es clara y en
cada caso se encontrará que dependen de factores individuales, a menudo propios de su idiosincrasia,
tales como una vulnerabilidad específica. En otras palabras, el estrés no es un factor ni necesario ni
suficiente para explicar la aparición y forma del trastorno. Por el contrario, los trastornos agrupados
en esta categoría aparecen siempre como una consecuencia directa de un estrés agudo grave o de una
situación traumática sostenida. El acontecimiento estresante o las circunstancias desagradables
persistentes son un factor primario y primordial, de tal manera que en su ausencia no se hubiera
producido el trastorno. Las reacciones a estrés grave y los trastornos de adaptación se presentan en
todos los grupos de edad, incluyendo niños y adolescentes, y por lo tanto deben codificarse de
acuerdo con las pautas de esta categoría.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Dificuldade para relaxar / Cansa-se com facilidade
Sensação que vai estourar/ limite do nervosismo
Dificuldade de concentração e memória
Irritabilidade / Tensão muscular
Dificuldade para adormecer ou sono insatisfatório
Marcante sofrimento : pessoal, social e familiar.
Preocupação ou ansiedade excessivas, ou com motivos injustificáveis ou
desproporcionais ao nível de ansiedade observado
Uma das maneiras de diferenciar a ansiedade generalizada da ansiedade normal é através do tempo de duração dos
sintomas. A ansiedade normal se restringe a uma determinada situação, e mesmo que uma situação problemática
causadora de ansiedade não mude, a pessoa tende a adaptar-se e tolerar melhor a tensão diminuindo o grau de
desconforto com o tempo, ainda que a situação permaneça desfavorável. Assim uma pessoa que permaneça
apreensiva, tensa, nervosa por um período superior a seis meses, ainda que tenha um motivo para estar ansiosa,
começa a ter critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada. Transtornos de ansiedade: Os estudos
epidemiológicos apresentados anteriormente evidenciaram que os transtornos de ansiedade ocorrem com maior
freqüência em mulheres que em homens, sendo essas diferenças mais acentuadas para as fobias, principalmente
fobias de animais, escuro e lugares fechados. Fobias de altura, avião e sangue não se apresentam diferentemente
entre os sexos. Para fobia social, embora as prevalências sejam maiores nas mulheres, a procura de tratamento é
maior por homens. Diferenças em relação ao sexo também são encontradas no curso e evolução desses transtornos.
Yonkers et al. (2003), em estudo longitudinal no qual os pacientes foram avaliados a cada seis meses, durante oito
anos, constataram que as mulheres com transtorno de pânico apresentavam mais comorbidades com depressão e
agorafobia e três vezes mais recaídas que os homens. Para o transtorno de ansiedade generalizada, os achados
caminham nessa mesma direção. Dados coletados em quatro importantes estudos epidemiológicos realizados no
Brasil, Holanda, Canadá e Estados Unidos estimaram a prevalência ao longo da vida para o transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), que variou de 1,9% a 5,3% (prevalência combinada = 3,9%) e de 1,0% a 2,9% (prevalência
combinada = 2,1%) no ano anterior. A razão entre as taxas de prevalência em mulheres e homens foi de
aproximadamente 2:1 e teve como idade de início o final da adolescência e meados da vida adulta (Kessler et al.,
2002).
Existem várias explicações para essas diferenças entre os gêneros nas prevalências dos transtornos
de ansiedade. Além de fatores como maior aceitação cultural do medo e comportamento de esquiva em
mulheres e diferente padrões adaptativos, os homens tendem a usar substâncias, como a nicotina e o álcool, como
automedicação, o que poderia mascarar a sintomatologia primária. Para Barlow (2002), as mulheres são mais
susceptíveis a eventos estressantes na infância e adolescência, o que, associado à percepção que seus
comportamentos causam pouco impacto no ambiente, causaria um sentimento de descontrole e o conseqüente
desenvolvimento de padrões pessimistas desadaptativos de avaliação da realidade. Esses fatores associados à
vulnerabilidade biológica geneticamente determinada de ser reativo biologicamente às mudanças ambientais
explicariam a maior ocorrência desses transtornos em mulheres.
Transtorno de Estresse pós-traumático
Existência de um evento traumatizante
Predisposições pessoais a este problema
Mecanismos de enfrentamento e suporte são fracos ou os
estímulos são fortes demais.
Resposta marcante de medo, desesperança ou horror
imediatamente após o evento traumático
Recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas)
do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu
ou percebeu enquanto vivia o evento traumático
O estresse pós-traumático se diferencia dos demais transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos
mentais por ser causado a partir de um fator externo. Isso provavelmente ocorre, quando os mecanismos de
enfrentamento e suporte contra estresse são fracos ou quando os estímulos são fortes demais. Observa-se que
num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não. Essas variações nos levam a
julgar que existem também predisposições pessoais a este problema, o que de fato tem sido constatado..
O primeiro aspecto a ser definido é a existência de um evento traumatizante. Aquele suficientemente marcante,
não há dúvidas quanto a ser ameaçador à vida ou à integridade individual, como os seqüestros, assaltos violentos,
estupros. Os sintomas têm que estar diretamente relacionados ao evento estressante, as imagens, as recordações e
as revivescência têm que ser a respeito do ocorrido e não sobre outros fatos quaisquer ainda que ameaçadores..
Quando esse evento ocorre é necessário também que a pessoa tenha apresentado uma resposta marcante de
medo, desesperança ou horror imediatamente após o evento traumático. Depois isso o indivíduo deve passar a
ter recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou,
sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático. Podem ocorrer pesadelos baseados no tema. Sentir como
se o evento fosse acontecer de novo, chegando a comportar-se como se estivesse de fato vivendo de novo o evento
traumático. Nesses eventos é possível que o paciente tenha flashbacks ou alucinações com as imagens do evento
traumático. As situações que lembram o evento causam intenso sofrimento e são evitadas. Ter de expor-se
novamente ao local pode ser insuportável para o paciente. Por isso o paciente passa a evitar os assuntos que lembrem
o evento, como também as conversas, pessoas, objetos e sensações, tudo que se relacione ao trauma. A recordação
dos aspectos essenciais do trauma pode também ser apagada da memória. A pessoa pode afastar-se do convívio
social e outras atividades mesmo que não relacionadas ao evento. Pode passar a sentir-se diferente das outras
pessoas. Pode passar a ter dificuldade de sentir determinadas emoções, como se houvesse um embotamento geral
dos afetos. Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a viver como se
fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso. Outros sintomas podem ser também
insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, respostas exageradas a estímulos normais ou banais.
Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só não se pode dar esse diagnóstico.
Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos paciente com estresse pós-traumático
como dor de cabeça, problemas gastrintestinais, problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito,
desconfortos. Os tratamentos preconizados ainda não são plenamente satisfatórios ou estão em início de
investigação. Até recentemente a única medicação autorizada oficialmente para tratamento do estresses póstraumático nos EUA era a sertralina, que continua sendo indicada. Uma medicação promissora talvez mais eficaz que a
sertralina é o topiramato. As primeiras investigações com ele mostraram uma resposta altamente satisfatória. Quem
não obteve resposta com o tratamento convencional pode experimentar esse novo anticonvulsivante e estabilizador do
humor.
Psychiatry Res. 1998; 81: 179-193
Epidemiological and Phenomenological Aspects of Post-Traumatic Stress Disorder
Michael Maes
Transtornos do Comportamento
F50 Transtornos na Conduta Alimentar
F51 Transtornos do Sono – não orgânico
F52 Disfunção sexual – não orgânica
F53 Transtornos Mentais e do Comportamento no Puerpério
F54 Fatores psicológicos e do Comportamento em transtornos
ou outras enfermidades
F55 Abuso de substâncias que não produzem dependências
F59 Transtornos do comportamento associados a
disfunções fisiológicas e a fatores somáticos
Os transtornos alimentares são mais prevalentes em adolescentes e adultos jovens pertencentes a
todos os grupos étnicos, sendo aproximadamente dez vezes mais comuns em mulheres que em
homens. Esses transtornos estão associados a conseqüências clínicas e psicológicas devastadoras,
incluindo retardo no crescimento e desenvolvimento, infertilidade, osteoporose e morte. Os
transtornos alimentares são particularmente comuns em mulheres com diabetes tipo I, em que mais de
um terço delas desenvolve transtornos alimentares. Logo, essas mulheres devem ser vistas com maior
rigor, em razão do risco aumentado para complicações microvasculares e metabólicas. Problemas
de infertilidade e disfunção do ciclo menstrual ocorrem com freqüência em mulheres com
comportamentos alimentares anormais,mesmo sem evidência clínica de transtorno alimentar. Na verdade,
58% das mulheres amenorréicas ou oligomenorréicas que vão a clínicas de infertilidade apresentam
transtorno alimentar. As mulheres com amenorréia hipotalâmica funcional apresentam altos índices de
características psicológicas associadas aos transtornos alimentares, tais como: sensação de
inadequação, insegurança, perda de controle em relação à vida e confusão em identificar e responder a
diferentes estados emocionais e a sensações do corpo relacionadas à alimentação (Hadigan et al., 2000).
Mesmo que o peso corporal tenha se restabelecido parcial ou inteiramente, a presença de transtornos
alimentares subclínicos pode contribuir para a persistência da amenorréia. Alguns estudos associam
história familiar de transtorno do humor em parentes de primeiro grau como fator de risco. A anorexia
nervosa (AN) caracteriza-se por recusa em manter o peso corporal dentro do mínimo esperado para a
idade e a altura, medo intenso de engordar ou de se tornar obeso (mesmo apresentando déficit e
desnutrição), distorção da imagem corporal ou negação da gravidade de sua condição nutricional,
amenorréia primária ou secundária. De acordo com o tipo de comportamento alimentar, a AN é também
dividida nos subtipos restritivo e purgativo. A bulimia nervosa (BN) define-se pela presença freqüente de
compulsão alimentar, com ingestão, em um período curto de tempo (inferior a 2 horas), de grande
quantidade de alimento. Esses episódios são acompanhados de sentimento de perda do controle sobre a
quantidade de alimentos ingeridos e seguidos freqüentemente de eventos compensatórios para
prevenção de ganho de peso (vômitos provocados, uso de laxantes, diuréticos, inibidores de apetite,
enemas, realização de exercício excessivo e de jejum). As pacientes com BN podem assemelhar-se muito
às que têm NA, visto que possuem medo de ganhar peso, desejam perder peso, apresentam nível
equivalente de insatisfação com o próprio corpo e a distorção da imagem corporal também pode estar
presente, entretanto um diagnóstico de BN não deve ser dado quando a perturbação ocorrer apenas
durante episódios de anorexia nervosa.
Adolescência
Transtornos do Humor
Instabilidade do Humor
Gravidez
Meio ambiente X Ciclo reprodutivo X Psiquismo
Diátese “depressogênica” feminina na adolescência
Cyranowski et al., 2000; Seeman, 1997).
Estudo com 303 adolescentes, de ambos os sexos, entre 12 e 13 anos,
avaliados anualmente por quatro anos:
Eventos estressores X Transtornos de Ansiedade X Depressão
Reuter e cols. (1999)
•
Flutuação dos hormônios sexuais: início da menarca
Hipotalâmico-hipófise-adrenal - vulnerável aos estressores
psicossociais externos, à privação do sono e vícios
Steiner al.,2003.
Essas mudanças biológicas, com estímulos ambientais, têm sido associadas ao surgimento da
DIÁTESE “depressogênica” feminina na adolescência (Cyranowski et al., 2000; Seeman, 1997).
Diferenças biológicas, especialmente as de caráter endócrino, são sugestivas não só da
autenticidade da distinção entre depressões de homens e de mulheres, mas também levam a
pensar que parte da diferença seja devida a hormônios sexuais. Os estudos disponíveis na literatura,
freqüentemente, apresentam resultados discrepantes quando tentam correlacionar transformações
hormonais na adolescência e sintomas afetivos, mas isso ocorre possivelmente em virtude de
questões metodológicas (Hayward e Sanborn, 2002). A flutuação dos hormônios sexuais que marca o
início da menarca e o estabelecimento dos ciclos menstruais acarreta uma ampla mudança no padrão
hormonal, ao qual todo o resto do sistema tem que se ajustar. Nesse período, o eixo hipotalâmicohipófise-adrenal encontra-se em amadurecimento e sofre uma série de novos mecanismos de feedback.
Esse tb é um momento em que o eixo encontra-se mais vulnerável aos estressores psicossociais
externos, à privação do sono e ao início do uso de nicotina, álcool e outras drogas, ocasionando uma
maior incidência de irregularidades e maior instabilidade do humor (Steiner e al.,2003).
Sintomas Pré Menstruais
75% das Mulheres da Menarca- Menopausa
3 - 8 % - DDPM
• Irritação
46,2%
•Depressão
30,8%
• Nervosismo 27,1%
•Tensão
Alterações do Humor
• Hiperatividade 9,7%
• Ansiedade
4,9%
• Euforia
3,6%
27,1%
Humor depressivo X Ansiedade
Tensão e Humor eufórico X Hiperatividade e Irritabilidade.
Tensão Pré menstrual - (Frank, 1931),
Angst e al.,2001 – Frequência e Prevalência de sintomas perimenstruais por um período de 8 anos
No CID10 (OMS) apresenta uma definição mais abrangente de transtorno pré-menstrual. Requer
somente um sintoma incapacitante.. O importante é determinar o padrão temporal dos sintomas
em relação à menstruação, devendo haver uma clara mudança de intensidade nos períodos pré e
pós-menstruais e serem clinicamente significativos. As estimativas de Prevalência de Sintomas Prémenstruais chegam A 75% para Mulheres entre Menarca e Menopausa e as de Transtorno de
Disforia pré-menstrual (TDPM) oscilam entre 3% e 8% para essas mesmas mulheres, e ambas as
condições são caracterizadas por francas alterações do humor, com acentuada gravidade no
TDPM (Steiner et al., 2003). Entretanto, inúmeros estudos têm documentado uma associação específica
entre mudanças pré-menstruais e transtornos depressivos. A presente revisão tem como objetivo
sintetizar os resultados a respeito da semelhança dos sintomas depressivos no TDPM e nos transtornos
depressivos, co-morbidade, história familiar e variáveis biológicas. Evidências de que os sintomas prémenstruais seriam expressão de vulnerabilidade ao desenvolvimento de estados disfóricos (depressão e
ansiedade), assim como as implicações diagnósticas dessa proposta são comentados.
Os aspectos psiquiátricos da síndrome, todavia, foram sendo gradativamente enfatizados e o
reconhecimento da síndrome pré-menstrual, na qual as mudanças disfóricas do humor (depressão,
irritabilidade, ansiedade) são os sintomas mais marcantes, firmava-se como questão importante dentro
do campo da saúde mental. Em 1985, foi constituída uma comissão de assessores da Associação
Psiquiátrica Americana (APA) com o objetivo de considerar a inclusão, na terceira edição revisada do
Manual Diagnóstico e Estatístico - DSM III-R,7 de uma categoria diagnóstica para um subgrupo de
mudanças pré-menstruais, caracterizado por predomínio de sintomas emocionais e alterações
comportamentais, com gravidade clinicamente significativa, e acompanhados de conseqüências
incapacitantes nas atividades familiar, ocupacional e social.
www.pcarp.usp.br/.../ 699/images/pelicanoTPM.jpg
Sindrome Pré Menstrual
DDPM – DSM-IV
3% e 8%
Predomínio de sintomas emocionais e alterações comportamentais, com
gravidade clinicamente significativa, e acompanhados de
conseqüências incapacitantes nas atividades familiar, ocupacional e
social.
Porque? algumas mulheres respondem de maneira diferenciada ao
mesmo estímulo - níveis normais de esteróides sexuais e sua flutuação e exibem
Mudanças no humor em fases específicas do ciclo menstrual,
principalmente
Depressão e Ansiedade, com maior possibilidade da Síndrome prémenstrual em pacientes com Depressão maior (Graze,1990).
Demonstração de Fatores Genéticos envolvidos
(Kendler et al.-1998)
Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) é caracterizado por uma constelação de sintomas emocionais e
alterações comportamentais, que se manifesta com um padrão temporal cíclico em associação com o período
pré-menstrual. Algumas das mulheres que procuram tratamento para a TPM apresentam piora, nessa fase do ciclo,
de outros transtornos emocionais pré-existentes, como por exemplo, a bulimia, distimia, transtorno de ansiedade e
abuso de substâncias, entre outros (Endicott, 1994).O critério do DSM-IV requer cinco sintomas de uma lista de dez,
sendo obrigatório um dos quatro primeiros (humor depressivo ou disforia, ansiedade ou tensão, labilidade afetiva,
irritabilidade, diminuição do interesse pelas atividades habituais,dificuldade de concentração, significativa falta de
energia, mudanças importantes de apetite – como excessos alimentares ou episódios de voracidade –, hipersônia ou
insônia, sensação de estar “no limite” e outros sintomas físicos, como sensibilidade mamária ou inchaço). Os sintomas
devem interferir nas atividades habituais, não ser a exacerbação de transtornos preexistentes e ser verificados
prospectivamente por dois ciclos menstruais. Essa definição é tão restritiva que somente os casos de maior gravidade
são reconhecidos por esse critério. Já a 10a edição da Classificação Internacional de Doenças (OMS) apresenta uma
definição mais abrangente de transtorno pré-menstrual. Requer somente um sintoma incapacitante. A maioria das
mulheres que procuram ajuda se situa nesses dois extremos de definição. O importante é determinar o padrão
temporal dos sintomas em relação à menstruação, devendo haver uma clara mudança de intensidade nos períodos pré
e pós-menstruais e serem clinicamente significativos.Kendler et al. (1998) demonstraram que existem fatores genéticos
envolvidos. Tanto a supressão temporária da atividade hormonal dos ovários como a menopausa cirúrgica estariam
associadas à melhora ou eliminação das queixas pré-menstruais. A atividade ovariana normal seria responsável pela
deflagração de eventos bioquímicos no sistema nervoso central e outros tecidos-alvo, causando os sintomas em
mulheres vulneráveis. A existência de sintomas de disfunção serotoninérgica comuns para TDPM, ansiedade e
depressão, tais como diminuição do controle dos impulsos, humor depressivo, irritabilidade e aumento
da necessidade de consumo de carboidratos, assim como o efeito terapêutico de drogas que aumentam a
disponibilidade desse neurotransmissor (inibidores de recaptação de serotonina), são fortes evidências Os traços de
personalidade mais comuns nas mulheres que apresentavam sintomas com humor depressivo foram labilidade
autonômica e agressividade. A importância deste trabalho de Angst consiste em demonstrar que existe um grande
componente
de
depressão
no
critério
de
transtorno
disfórico
pré-menstrual
do
DSM-IV.
Tensão Pré-menstrual (TPM) aparecem em 1931 (Frank, 1931), onde se notava que as mulheres na última fase do
ciclo menstrual experimentavam tensão emocional e desconforto físico (Soares, 2000). Foram aventadas teorias
psicológicas para explicar o fenômeno, incluindo condições neuróticas, de identidade feminina, conflitos, estressores,
etc., como a base desse transtorno.Síndrome Pré-menstrual (SPM), onde os principais sintomas físicos seriam o
dolorimento e tumefação das mamas (mastalgia), cefaléia e alterações do humor, os quais acometeriam cerca de 75%
das mulheres durante 3 a 10 dias anteriores à menstruação. A partir do DSM-IV este distúrbio passou a se chamar:
Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) - Nesta classificação o TDPM está incluído em Transtornos
Depressivo Sem Outra Especificação. . Sobre o TDPM o DSM.IV diz: " Transtorno disfórico pré-menstrual: na
maioria dos ciclos menstruais durante o ano anterior, sintomas (por ex., humor acentuadamente deprimido,
ansiedade acentuada, acentuada instabilidade afetiva, interesse diminuído por atividades) ocorreram
regularmente durante a última semana da fase lútea (e apresentaram remissão alguns dias após o início da
menstruação). Estes sintomas devem ser suficientemente severos para interferir acentuadamente no trabalho, na
escola ou atividades habituais e devem estar inteiramente ausentes por pelo menos 1 semana após a
menstruação."
Puerpério
“Blues“
26-85%
condição benigna
Início: 1.os dias Pós-parto
Duração: curta
Intensidade: leve
Depressão pós-parto
10-15%
depressão pp.dita
prolongada e incapacitante.
Inicio:- até 6 meses pós parto
Sintomas não limitantes
• Sentimento de tristeza
• Choro fácil
Sintomas limitantes
Variações hormonais pp. ditas
Resposta individual anormal às
variações hormonais
Estudo de 86 puérperas no Brasil, Síndrome
de Hipersensibilidade Emocional da Mulher.
Rohde et al. (1997)
Psychiatry Res. 2001; 51: 659-663
Evelien Brouwers
Joel Rennó Jr – Psiq – HC-HPsiq-SP-Pró mulher
A Tristeza Pós-parto (Blues) Atinge Entre 26% E 85% das Parturientes, E A Depressão Maior Pósparto chega A 15% (Steiner Et Al., 2003). Vale Lembrar Das Alterações Bruscas De Balanço De
Estrogênio E Progesterona Sindromes depressivas verdadeiras são frequentes no puerpério e raras na
gravidez. Quanto mais próximo do parto, maior a possibilidade de ser provocada por alterações
endócrinas, tão mais fatalmente evoluem patologias do gênero e podem corresponder a ciclotimias
bifásicas verdadeiras.Quanto mais tarde após o parto, tanto mais decisivos são os fatores psicoreativos.
Quadro clínico endócrino: patologia do humor provocada. Medicamentos: Agn/ Aur/Bell/Cimic/Natm/Plat/Puls/Verat .Estudos epidemiológicos têm estimado que a depressão pós-parto ocorre em
10% a 15% das puérperas em países desenvolvidos ocidentais e que a maioria dos casos se
resolve espontaneamente em 3 a 6 meses (Boyce, 2003). O quadro clínico de depressão pós-parto
apresenta, com freqüência, curso flutuante, maior instabilidade do humor e sintomas intensos de
ansiedade, incluindo ataques de pânico. Nos episódios depressivos mais graves, pode haver
ideação suicida, pensamentos obsessivos envolvendo violência contra a criança e agitação
psicomotora intensa. Sintomas psicóticos, especialmente delírios, também podem ocorrer e,
geralmente, envolvem o recém-nascido.
Transtornos mentais associados a
Perimenopausa e Menopausa
E o jardim tinha flores
e que não me sei lembrar...
Fernando Pessoa
Alterações do Humor
Irritabilidade, Labilidade Emocional, Episódios
Freqüentes de Choro Imotivado, Ansiedade, Humor
Depressivo, Falta de Motivação e Energia,
Dificuldade de Concentração e Memorização e
Insônia.
Parecem ocorrer com maior freqüência quando há
flutuações drásticas nos níveis hormonais, e não em
função de sua diminuição gradativa
A relação entre falência funcional ovariana e manifestações psíquicas não é bem
compreendida, mas estas parecem ocorrer com maior freqüência quando há flutuações
drásticas nos níveis hormonais, e não em função de sua diminuição gradativa. Estudos
epidemiológicos de base populacional não identificam maior incidência de depressão em
mulheres nessa faixa etária; no entanto, estudos realizados em serviços de ginecologia têm
sistematicamente identificado uma prevalência elevada, maior do que a esperada, de sintomas
depressivos durante a perimenopausa e menopausa. Pesquisadores da Universidade de
Harvard, em um acompanhamento prospectivo de 996 mulheres durantes 3 anos, identificaram
que a presença de história prévia de depressão mostrou-se um fator de risco para o início mais
precoce de sintomas perimenopausais (Harlow et al., 1999).
Complexidade Feminina
Vivência Feminina
Biologia Complexa
Pessoal e Familiar
"Muito do que se passa no Corpo da Mulher ainda está para ser
respondido pela Ciência”.
Neurologicamente a Epilepsia pode ser entendida como uma disritmia cerebral paroxística capaz de provocar
alterações no sistema nervoso central e, conseqüentemente, em todo organismo. Sob o ponto de vista psiquiátrico,
também se entende a epilepsia como uma disritmia cerebral paroxística, com alterações funcionais do sistema nervoso
central e, conseqüentemente, manifestações no comportamento, nas emoções e nos padrões de reações do indivíduo.
O termo Epilepsia refere-se a uma condição crônica de ataques periódicos ou repetidos, causados por uma condição
fisiopatológica da função cerebral, resultante da descarga espontânea e excessiva de neurônios corticais. Entretanto,
não se deve entender a epilepsia como uma doença exclusivamente convulsiva. A convulsão é apenas um dos
sintomas da doença, o qual traduz a existência ocasional de uma descarga excessiva e desordenada do tecido nervoso
sobre os músculos do organismo. A epilepsia porém, deve ser conceituada atualmente, como uma síndrome com um
conjunto de sinais e sintomas decorrentes desta disritmia cerebral paroxística. Nesta síndrome portanto, a convulsão
propriamente dita, pode até estar ausente, como se acredita que aconteça na maioria dos pacientes disrítmicos.
Psicopatologicamente, a violência e a agressão não podem ser considerados patognomônicos de nenhum estado
psicopatológico particular. Sabemos, como também deve saber qualquer profissional da área com bom senso e
observação, das relações entre a Epilepsia do Lobo Temporal e crises de furor e agressividade extremada. Também
lembramos os casos de Embriagues Patológica, como um bom exemplo de agressividade exagerada e responsável por
inúmeros crimes de agressão. Este estado se caracteriza por uma mudança abrupta e profunda na personalidade
motivada pela ingestão de bebida alcoólica (mesmo em pequena dose). Ao todo há em torno de 30 tipos diferentes
tipos de crises epilépticas. As Crises Parciais quando determinam sintomas elementares são denominadas parciais
simples, durante as quais a pessoa pode perceber sensações pouco usuais e estranhas, como movimentos súbitos
inesperados de uma parte do corpo, distorções na visão e audição, desconforto estomacal ou uma sensação repentina
de medo. A consciência não é prejudicada nas Crises Parciais Simples. Se um outro tipo de crise ocorre depois destas
sensações a Crise Parcial passa a ser denominadas de "aura" da próxima crise que está começando. Os estudos
parecem apontar na identificação das disfunções neuropsicológicas relacionadas ao comportamento violento estar
presente no lobo frontal e nos lobos temporais. O Lobo Frontal se relaciona à regulação e inibição de comportamentos,
a formação de planos e intenções, e a verificação do comportamento complexo, suas alterações teriam como
conseqüência dificuldades de atenção, concentração e motivação, aumento da impulsividade e da desinibição, perda
do autocontrole, dificuldades em reconhecer a culpa, desinibição sexual, dificuldade de avaliação das conseqüências
das ações praticadas, aumento do comportamento agressivo e aumento da sensibilidade ao álcool (sintomas
positivamente correlacionados com o comportamento criminoso), bem como incapacidade de aprendizagem com a
experiência (sintoma correlacionado positivamente com a alta incidência de recidivas entre alguns tipos de
criminosos). Os Lobos Temporais regulam a vida emocional, sentimentos, instintos, comandam as respostas
viscerais às alterações ambientais. Alterações nesses lobos resultam em inúmeras conseqüências comportamentais,
das quais se destacam a dificuldade de experimentar algumas emoções, tais como o medo e outras emoções
negativas e, conseqüentemente, uma incapacidade em desenvolver sentimentos de medo das sanções, postura esta
freqüente em criminosos. Esses estudos procuram associar o crime com alterações cerebrais específicas. (Cristina
Queirós, A importância das abordagens biológicas no estudo do crime)
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