RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓSCIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso. PARACATU-MG 2011 FACULDADE TECSOMA CURSO DE FISIOTERAPIA RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓSCIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso. Trabalho de conclusão de curso apresentado á Faculdade Tecsoma, Paracatu/Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientadora: M Sc Michelle Faria Lima. Orientadora: M Sc Cecília Maria Dias Nascimento PARACATU-MG 2011 SILVA, Ricardo Gonçalves. Reabilitação Fisioterapêutica em Paciente Pós-Cirúrgico de Fratura de Rádio Distal: estudo de caso./Ricardo Gonçalves da Silva. Paracatu, 2011. 88f. Orientadora: Michelle Faria Lima Monografia (bacharelado) – Faculdade Tecsoma – FATEC, Paracatu – Minas Gerais, Bacharelado em fisioterapia. Bibliografia 1. Fratura de Rádio; 2. Reabilitação; 3. Protocolo. I. Faria, Michelle Lima; II. Faculdade Tecsoma; III. Título. CDU:615.8 1. 2. RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓSCIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, Paracatu/Minas Gerais, como pré-requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Banca Examinadora Orientador Geral: ___________________________________________________________ M Sc. Michelle Faria Lima Faculdade Tecsoma Orientador Metodológico: ___________________________________________________________ M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento Faculdade Tecsoma Paracatu-MG, 07/11/2011. Dedico a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a realização deste trabalho, em especial minha mãe Luzia de Fátima. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por tudo que conquistei ate agora em minha vida, sei que não foi nada fácil, mas passei por tudo sem me dar o luxo de ao menos pensar uma vez em desistir, mais ainda peço a ele para que me dê força e sabedoria para conquistar muito mais e alcançar objetivos maiores. Agradeço aos meus pais José Levino e Luzia de Fátima pelo apoio e amor nas horas fáceis e difíceis. Agradeço aos meus irmãos Elizângela e Leonardo pelo afeto e carinho. Agradeço minha vó Maria pelo amor, carinho e todo apoio dado a mim, durante essa difícil etapa da minha vida. Agradeço a minha noiva Ráida pelo amor, respeito e companheirismo. Agradeço aos meus sobrinhos Hyara, Lara, Hyasmim, e Murilo que tive a felicidade e a oportunidade de conviver e vê-los crescer. Agradeço aos meus colegas e amigos que estiveram sempre ao meu lado compartilhando um pouco desse sofrimento e sempre me apoiando nas horas difíceis. Agradeço ao paciente participante da pesquisa pela compreensão e respeito. “Agradeço “a minha mãe” postiça” dona Rosaria pelo amor e carinho a mim dados como de um filho. Agradeço aos professores Jomayer Facundini, Sheila Pimentel, Júnia Benedita e Vanessa Mansur pela mão estendida ao longo desses quatros anos, hora seja para abraçar ou para punir, porém sempre para nos ensinar a sermos uma pessoa melhor. Agradeço as orientadoras Michelle Faria, Cecília Nascimento, e Sheila Pimentel por terem contribuído nesse trabalho e na minha formação pessoal. “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. Fernando Sabino RESUMO A fratura do radio distal é uma lesão de comum ocorrência no membro superior, acometendo normalmente indivíduos jovens e ocorre devido a uma queda onde o corpo é projetado sobre a mão espalmada, e a força é transmitida ao longo da diáfise resultando na fratura. Dentre as fraturas de radio distal, a fratura de Colles é a mais comum, ocasionada geralmente por uma queda sobre o cotovelo estendido, exercendo uma força sobre o braço para trás e para cima. Uma lesão menos comum também encontrada seria a fratura de Smith, com um trauma mediante uma flexão palmar do punho. Esta lesão é muito encontrada entre jogadores de futebol, lutadores, ciclistas entre outros. As fraturas distais de rádio ocorrem com muita freqüência, sendo a maior parte dessas fraturas tratadas pelo método conservador, seja pelo uso de gesso ou por outros tipos de imobilizadores tendo bons resultados em geral. A fratura distal de rádio poderá ter diversas classificações, mais o importante para um bom tratamento e saber identificar a fratura se é intra-articular ou extra articular ou se apresentará deslocamento ou não, simples ou cominutiva ou se esta aberta ou fechada .Durante o tempo de imobilização deve-se manter a amplitude total das outras articulações, após a remoção do gesso devem ser iniciados alongamentos e movimentos passivos e ativos de antebraço, punho e polegar para evitar possíveis complicações. A reabilitação fisioterapêutica é indicada na prevenção de complicações e deformidades que possam vir a surgir após a fratura distal do rádio, objetivando restaurar a força, elasticidade dos tecidos vivo e a melhora da coordenação motora do paciente, de forma que realize suas atividades funcionais sem dor ou limitação, além disso visa também possibilitar o retorno mais breve do paciente à suas atividades diárias normais sem grandes perdas funcionais para o mesmo. Palavras Chaves: Fratura do rádio distal. Fratura de Colles. Fratura de Smith. Reabilitação Fisioterapêutica. ABSTRACT The distal radius fracture is an injury common occurrence in the upper limb, usually affecting young adults and occurs due to a fall where the body is projected onto the outstretched hand, and the force is transmitted along the shaft resulting in fracture. Among the distal radius fractures, Colles' fracture is the most common, usually caused by a fall on the elbow extended, exerting a force on the arm backward and upward. A less common injury was also found Smith's fracture, with a trauma through a palmar flexion of the wrist. This injury is very found among soccer players, boxers, cyclists and others. Fractures of the distal radio occur very frequently, and most of these fractures treated by conservative method, or the use of plaster or other types of immobilizers with good results overall. The fracture of the distal radio may have different classifications, the more important for a good treatment and be able to identify the fracture is intra-articular or extra articular displacement or present or not, simple or comminuted or if it's open or closed. During the time immobilization should keep the full range of other joints, after removing the plaster should be started stretching and passive and active movements of the forearm, wrist and thumb to avoid possible complications. The rehabilitation physical therapy is indicated for the prevention of complications and deformities that may arise after the fracture of the distal radio, aiming to restore strength, elasticity of living tissue and improvement of coordination of the patient in order to conduct their activities without pain or functional limitation also aims also to enable faster return of patients to their normal daily activities without major functional losses for the same. Keywords: Distal radius fracture. Colles fracture. Smith fracture. Physiotherapeutic Rehabilitation. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Escala análogo-visual da dor durante o tratamento .................................................... 50 Figura 2 – Radiografia pós-cirúrgica com fixação percutânea com fios de Kirschner ................ 80 Figura 3 – Escala análogo-visual da dor....................................................................................... 84 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Tabela demonstrativa da perimetria obtida nas três avaliações de membro superior direito a partir do processo estiloide da ulna ................................................ 45 Tabela 2 – Tabela demonstrativa dos resultados do teste de força muscular de Kendall............. 46 Tabela 3 – Goniometria ativa da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo obtidos nas três avaliações do paciente. ...................................................................... 48 Tabela 4 – Goniometria passiva da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo obtidos nas três avaliações do paciente. ...................................................................... 48 Tabela 5 – Questionário de avaliação das atividades de vida diária. ........................................... 51 LISTA DE ABREVIATURAS FRC Flexor radial do carpo FUC Flexor ulnar do carpo ADM Amplitude de movimento FSD Flexor superficial dos dedos FPD Flexor profundo dos dedos FLP Flexor longo do polegar SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 13 1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 17 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 18 1.2.1 Objetivos Gerais .................................................................................................................. 18 1.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................................... 18 2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................... 19 2.1 ANATOMIA DO BRAÇO ..................................................................................................... 19 2.1.1 Músculos Flexores de Cotovelo .......................................................................................... 19 2.1.2 Músculos Extensores do Cotovelo ...................................................................................... 19 2.1.3 Músculos Flexores do Antebraço ........................................................................................ 20 2.1.4 Músculos Extensores do Antebraço .................................................................................... 22 2.1.5 Estruturas Musculoesquelética do Antebraço ..................................................................... 23 2.2 CINESIOLOGIA DO ANTEBRAÇO .................................................................................... 25 2.3 FRATURAS ........................................................................................................................... 27 2.4 TRATAMENTO CIRÚRGICO .............................................................................................. 29 2.5 AVALIAÇÃO......................................................................................................................... 30 2.5.1 Escala análogo visual da dor ............................................................................................... 30 2.5.2 Teste de Força Muscular ..................................................................................................... 31 2.5.3 Perimetria ............................................................................................................................ 31 2.5.4 Goniometria ......................................................................................................................... 32 3 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA FRATURA DE RÁDIO .......................................... 33 3.1 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .............................................................................. 33 3.1.1 Crioterapia ........................................................................................................................... 35 3.1.2 Alongamento ....................................................................................................................... 36 3.1.3 Mobilização Articular .......................................................................................................... 38 3.1.4 Fortalecimento Muscular ..................................................................................................... 39 4 METODOLOGIA .................................................................................................................... 43 4.1 MÉTODO ............................................................................................................................... 43 4.2 POPULAÇÃO PESQUISADA .............................................................................................. 43 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................. 45 6 CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 54 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 56 APÊNDICES ............................................................................................................................... 61 ANEXOS ..................................................................................................................................... 82 13 1 INTRODUÇÃO A fratura da cabeça do rádio é a mais comum do membro superior, acometendo normalmente os jovens e ocorre devido a uma queda onde o corpo é projetado sobre a mão espalmada, e a força é transmitida ao longo da diáfise resultando na fratura (ADAMS; HAMBLEN, 1994). A parte distal do rádio é o osso mais comumente fraturado dos ossos do corpo, devido a um reflexo de proteção onde na tentativa de impedir uma queda, leva a mão em extensão ao chão ocorrendo à fratura acima da extremidade do carpo, esse tipo de fratura foi descrito pela primeira vez por Abraham Colles, cirurgião Irlandês (GOULD III, 1993). Dentre as fraturas de radio distal, a fratura de Colles é a mais comum, ocasionada geralmente por uma queda sobre o cotovelo estendido, exercendo uma força sobre o braço para trás e para cima. Uma lesão menos comum também encontrada seria a fratura de Smith, com um trauma mediante uma flexão palmar do punho. Esta lesão é muito encontrada entre jogadores de futebol, lutadores, ciclistas entre outros (PETERSON; RENSTROM, 2002). A fratura localizada no terço distal do rádio se tornou a mais conhecida das lesões de membro superior, chegando a um sexto das fraturas atendidas em prontos-socorros. Sendo a forma anatômica do terço distal do rádio achatada no sentido ântero-posterior, sendo constituído de tecido esponjoso recoberto por uma camada fina de osso cortical, o que torna a região mais susceptível a uma fratura por trauma direto ou indireto (HEBERT et al., 2003). A fratura de rádio pode ocorrer em qualquer faixa etária, geralmente ocorre devido a uma queda sobre a mão a onde no momento do impacto o punho se encontrava em extensão, dessa forma quanto maior for o grau de complexidade maior serão as lesões de tecidos moles, 14 com isso o tratamento dependerá do tipo de fratura e o grau de complexidade. O tratamento fisioterapêutico será indicado a fim de se prevenir as possíveis complicações ocasionadas pela fratura (BARBOSA et al., 2009). De uma forma geral todas as fraturas do colo do rádio que demostrarem desvios com mais de quinze graus, deverão ser reduzidas, a colocação de hastes intramedulares serão indicadas nas que apresentarem desvios de grau três ou naquelas com uma perda considerável de fragmentos ósseos (VOLPON, 2008). Uma articulação é definida pela união de um ou mais ossos, sendo divididas em três grupos que são as sinartroses articulações fibrosas imóveis as anfiartroses articulações semimóveis cartilaginosas e as diartroses as sinoviais de grande movimento. O rádio é um osso longo que se situa ao lado da ulna articula-se com úmero e a ulna na parte proximal e na parte distal com os ossos do carpo e a parte distal da ulna (MIRANDA, 2000). A fratura distal de rádio poderá ter diversas classificações, mais o importante para um bom tratamento e saber identificar a fratura se é intra-articular ou extra articular ou se apresentará deslocamento ou não, simples ou cominutiva ou se esta aberta ou fechada. As fraturas extra-articulares simples não deslocadas tendem a se consolidar com a imobilização do segmento afetado, e terá o retorno total ou quase total dos movimentos após o tratamento. Enquanto as intra-articulares ou cominutiva haverá uma diminuição da probabilidade do retorno total do movimento. O tratamento após a fratura do radio será semelhante, não importando qual método de tratamento seja utilizado seja conservador ou cirúrgico. O ganho de amplitude de movimento e controle de edema é de fundamental importância na reabilitação fisioterapêutica (PRENTICE; VOIGHT, 2003). A articulação úmero radial está localizado lateralmente à articulação umeroulnar, sendo composta pelo o epicôndilo do úmero e a extremidade proximal do rádio, também sendo classificada como deslizante. A articulação radioulnar proximal é unida pelo ligamento 15 anular que une a cabeça do rádio a chanfradura radial da ulna, é uma articulação em pivô que realiza pronação e supinação do antebraço quando realiza rotação interna e externa do antebraço promovendo o deslizamento do rádio sobre a ulna. A articulação rádiocárpica é uma articulação condilóidea, onde se articula com os ossos escafóides, semilunar e piramidal. Essa articulação realiza no plano frontal os movimentos de flexão, extensão, desvio radial e ulnar (HALL, 2000). Os músculos flexores do antebraço encontram-se situados na parte anterior do antebraço e são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e a ulna, e nos dois terços distais pela membrana Interóssea. Os tendões dos músculos flexores estão localizados na parte anterior do punho e são estabilizados pelo ligamento carpal palmar e pelo retináculo dos músculos flexores que são divididos em três grupos. • Camada superficial: composto por quatro músculos pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo todos fixados na região proximal por um tendão comum; • Camada intermediária: composta pelo flexor superficial dos dedos; • Camada profunda: composto por três músculos flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e pronador quadrado (MOORE; DALLEY, 2007). Os ossos, articulações e tecidos moles sofrem perdas consideráveis devido à imobilização. Com a inatividade resultará em perda de massa muscular e perda da densidade óssea, tornado o osso mais suscetível a fratura. Os ligamentos apresentaram alterações a partir de duas semanas de imobilização. Nas articulações haverá diminuição da elasticidade do tecido conjuntivo, sendo uma das mais suscetíveis a alterações por sua nutrição ocorre através do movimento das articulações (DELISA et al., 2002). Os ossos se movem um em relação ao outro através de conexões articulares, isso graças às forças exercidas pelos os músculos, dessa forma qualquer lesão ou contratura dos 16 tecidos moles que envolvem as estruturas articulares irão interferir na amplitude de movimento completo daquele membro afetado. Para que se mantenha a amplitude normal de um membro afetado é necessário constante movimentos das articulações em sua amplitude total. • Amplitude de movimento passiva: é o movimento produzido totalmente por uma força externa sem haver contração muscular voluntaria, a movimentação passiva pode ser exercida pelo fisioterapeuta, pela gravidade, por um aparelho ou pela própria pessoa com outra parte do corpo; • Amplitude de movimento ativa: movimento produzido de forma voluntaria, através da contração muscular ativa dos músculos que cruzam as articulações; • Amplitude de movimento ativo-assistido: movimento produzido por uma força externa no auxilio do movimento ativo dos músculos, devido à necessidade do mesmo em completar o movimento (KISNER; COLBY, 1998). Crioterapia é uma das modalidades terapêuticas mais baratas e mais utilizadas na reabilitação de lesões traumáticas. A crioterapia significa de forma literal, terapia com frio. Dessa forma qualquer método que venha utilizar gelo com fins terapêuticos se denomina crioterapia. A crioterapia é utilizada na redução da dor, edema, lesões agudas e auxílio no alongamento do tecido conjuntivo. Os maiores benefícios da crioterapia durante a reabilitação fisioterapêutica é a diminuição da dor e do espasmo muscular dessa forma acelerando o processo de recuperação, pois possibilita a mobilização precoce da área afetada prevenindo perda funcional (KNIGHT, 2000). O tratamento poderá ser conservador ou cirúrgico isso dependerá do tipo de fratura. Durante o tempo de imobilização deve-se manter a amplitude total das outras articulações, após a remoção do gesso devem ser iniciados alongamentos e movimentos passivos e ativos de antebraço, punho e polegar para evitar possíveis complicações (GOULD III, 1993). 17 A reabilitação fisioterapêutica é indicada na prevenção de complicações e deformidades que possam vir a surgir após a fratura distal do radio, além de possibilitar o retorno mais breve do paciente à suas atividades diárias normais sem grandes perdas funcionais para o paciente (BABOSA et al., 2009). 1.1 JUSTIFICATIVA A reabilitação fisioterapêutica é bastante utilizada no tratamento de fratura distal do rádio, tal abordagem requer baixo custo e vem demonstrando cada vez mais que se torna muito viável para as clínicas de fisioterapia, pois a fratura de rádio é um tipo de lesão de grande ocorrência e acomete grande parte da população de ambos os sexos. A reabilitação Fisioterapêutica tem por finalidade prevenir complicações, deformidades e restaurar suas funções de forma precoce afim de que o paciente retorne a realizar suas atividades de vida diária sem limitações funcionais ou dor, o que garante resultados satisfatórios e proporciona uma melhora na qualidade de vida do mesmo. 18 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivos Gerais Demonstrar a eficácia de uma reabilitação fisioterapêutica no tratamento de um paciente com fratura distal do rádio, e proporcionar o retorno precoce as suas atividades de vida diária sem limitações funcionais. 1.2.2 Objetivos Específicos • Avaliar o ganho de amplitude de movimento através da goniometria; • Verificar o ganho de força muscular do paciente submetido à reabilitação fisioterapêutica, através da escala de Kendall; • Realizar perimetria para avaliar o ganho de massa muscular e a diminuição de edema durante o tratamento fisioterapêutico; • Quantificar a dor do paciente através da escala análogo visual da dor. • Constatar se o paciente realiza com independência as atividades de vida diária após o tratamento fisioterapêutico. 19 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ANATOMIA DO BRAÇO 2.1.1 Músculos Flexores de Cotovelo O braquial é um musculo uniarticular que não e afetado pela posição do antebraço ou ombro, e participa de todo movimento de flexão do cotovelo. Já o bíceps braquial é um músculo biarticular que atravessa o ombro e o cotovelo e insere perto do eixo de movimento do rádio atua como supinador do antebraço e mais efetivamente como flexor do cotovelo entre 80 e 100 graus. Braquiorradial funciona como estabilizador da articulação do cotovelo (KISNER; COLBY, 1998). 2.1.2 Músculos Extensores do Cotovelo A cabeça longa do tríceps braquial cruza ombro e o cotovelo, as outras duas são uniaxial. A cabeça longa funciona de forma mais efetiva durante a extensão do cotovelo com o ombro fletido simultaneamente. Enquanto o ancôneo estabiliza o antebraço durante o 20 movimento de supinação e pronação e auxilia na extensão de cotovelo (KISNER; COLBY, 1998). 2.1.3 Músculos Flexores do Antebraço O primeiro grupo muscular superficial é composto pelos músculos, pronador redondo que realiza pronação e flexão do antebraço na articulação do cotovelo, origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere no meio da face lateral do rádio, sendo inervado pelo nervo mediano. (FRC), flexor radial do carpo realiza flexão e abdução da mão (no punho), origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere na base do segundo metacarpal. Músculo palmar longo realiza flexão da mão e tensiona a aponeurose palmar, origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere na parte distal do retináculo e ápice da aponeurose palmar. (FUC), flexor ulnar do carpo realiza flexão e abdução da mão (no punho), origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere no quinto metacarpal sendo inervado pelo nervo ulnar (MOORE; DALLEY, 2007). O músculo supinador é um músculo profundo que esta em volta da articulação do cotovelo na parte posterior até a face anterior. Origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere na face posterior do terço superior da diáfise do rádio, entre a tuberosidade do rádio e a inserção do músculo pronador redondo. Realiza a supinação do antebraço sendo inervado pelo nervo radial. O músculo braquiorradial recebe esse nome devido suas duas fixações sendo uma no úmero e outra no rádio, tem origem no terço proximal da crista supra-epicondilar lateral do úmero, inserindo na face lateral do processo estiloide do rádio. Auxilia na flexão de 21 cotovelo e na pronação e supinação do antebraço, sendo inervado pelo nervo radial (LIPPERT, 2003). Os músculos pronador redondo e quadrado do antebraço auxiliam na flexão de cotovelo e no movimento de prono e supino do antebraço. O pronador redondo origina sua cabeça umeral acima do epicôndilo medial do úmero, e a porção ulnar tem origem no lado medial do processo coronóide da ulna e insere no meio da superfície lateral do rádio, auxiliando na flexão de cotovelo e pronação do antebraço, sendo inervado pelo nervo mediano. O Pronador quadrado origina-se na parte medial anterior do quarto distal da ulna, inserindo na parte lateral da superfície anterior do quarto distal do rádio. Realiza pronação do antebraço, sendo inervado pelo nervo mediano (KENDALL et al., 2007). Os músculos flexores da mão são compostos pelos músculos flexores radial do carpo que tem origem no epicôndilo medial do úmero é insere no segundo e terceiro metacarpo, auxilia na pronação do antebraço, flexão e abdução do carpo, sendo inervado pelo nervo mediano. Palmar longo que origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere na aponeurose palmar, realiza flexão do carpo, sendo inervado pelo nervo mediano (MARQUES, 2005). Os músculos flexores ulnar do carpo na sua porção umeral origina-se no epicôndilo medial do úmero, e sua porção ulnar da borda medial do olécrano inserindo no osso pisiforme, realiza flexão e adução do carpo. Flexores superficiais dos dedos que na sua porção umeral tem origem no epicôndilo medial do úmero, a porção ulnar na face lateral do processo coronóide e sua porção radial na margem anterior do rádio, inserindo quatro tendões na base da falange média dos quatro últimos dedos, realiza flexão do carpo e flexão falange média e proximal, sendo inervado pelo nervo mediano. Flexores profundos dos dedos originam-se na parte medial da diáfise da ulna, na parte medial do processo coronóide, e na margem posterior da ulna e na parte anterior da membrana Interóssea, realiza flexão do carpo e flexão das 22 falanges distal, média, e da proximal sobre o metacarpo, sendo inervado pelo ramo anterior do nervo mediano e de um ramo do nervo ulnar (FERNANDES et al., 2002). O músculo flexor longo do polegar realiza flexão das falanges do polegar, origina-se na face anterior do rádio e membrana interóssea adjacente e insere na base da falange distal do polegar sendo inervado pelo nervo mediano. Pronador quadrado realiza pronação do antebraço, origina-se no quarto distal da face da ulna e insere no quarto distal da face anterior do rádio (MOORE; DALLEY, 2007). 2.1.4 Músculos Extensores do Antebraço Os músculos extensores do antebraço são compostos pelo extensor radial longo do carpo que se origina no terço distal da crista supra-epicondilar na parte lateral do úmero e insere na face dorsal da base do segundo metacarpo, auxilia na flexão de cotovelo e realiza extensão e abdução do carpo, sendo inervado pelo nervo radial (KENDALL et al., 2007). O músculo Extensor radial curto do carpo origina-se no epicôndilo lateral do úmero e insere na parte posterior da base do terceiro metacarpo, auxilia flexão de cotovelo e realiza a extensão e abdução do carpo, sendo inervado pelo nervo radial. Extensor ulnar carpo tem origem no epicôndilo lateral do úmero e na margem posterior da ulna, inserindo na base do quinto metacarpo, auxilia na extensão de cotovelo e realiza extensão e adução do carpo, sendo inervado pelo nervo radial. O extensor dos dedos origina-se no epicôndilo lateral do úmero e insere quatro tendões na face posterior da base das falanges média e distal dos quatro últimos 23 dedos, realiza extensão do carpo e dos dedos, sendo inervado pelo nervo radial (FERNANDES et al., 2002). 2.1.5 Estruturas Musculoesquelética do Antebraço Os ossos têm como função a proteção de órgãos vitais e a sustentação do corpo, facilita a ação muscular e o movimento corporal. Os ossos podem ser classificados de acordo com sua morfologia em longos, curtos e chato. As regiões específicas de um osso têm seus nomes próprios, os ossos longos são definidos por suas diáfises, metáfises e epífises. A diáfise é o corpo do osso longo, a metáfise é a dilatação nas pontas e a epífise é a ponta arredonda das articulações (SCHENCK, 2003). O rádio está localizado lateralmente a ulna, sendo osso mais curto do antebraço. Possui uma extremidade proximal curta, o colo e a tuberosidade do rádio são voltados medialmente. A face proximal superior é lisa e a discóide é côncava e articula-se com úmero realizando flexão e extensão de cotovelo. A tuberosidade do rádio é oval localizado distalmente à parte medial do colo do rádio e separa a extremidade proximal do corpo. A diáfise do rádio aumenta gradualmente de tamanho no sentido distal ao contrário da ulna. A extremidade distal do rádio forma uma concavidade, que abriga à cabeça da ulna à incisura ulnar, sua face lateral distal é semelhante a uma crista, terminando no processo estilóide do rádio, projetando-se dorsalmente, o tubérculo dorsal do rádio que se situa entre os sulcos 24 superficiais para a passagem dos tendões e dos músculos do antebraço (MOORE; DALLEY, 2007). A sustentação do cotovelo medial é dada pelo ligamento colateral ulnar enquanto os ligamentos colateral radial, colateral ulnar lateral e colateral lateral acessório, sustenta a parte lateral do cotovelo (STARKEY; RYAN, 2001). A articulação radiocarpal do punho é uma articulação biaxial elipsoidal. O rádio articula-se com o escafóide e o semilunar. Sendo que porção distal do rádio não é reta e, sim angulada, em direção da ulna de 15º a 20º. O semilunar e o piramidal articulam-se também com o disco cartilaginoso triangular. O disco cartilaginoso atua como uma mola para articulação do punho na dissipação de cargas impostas ao punho e como estabilizador importante da articulação radioulnar distal (MAGEE, 2005). A articulação radiocárpica é uma articulação condilóide, que se encontra situada entre a parte distal do rádio e os três ossos da primeira fileira do carpo, sendo que a ulna nem o pisiforme participam, pois a ulna esta separada dos ossos do carpo por um anel fibrocartilaginoso. Os principais ligamentos do punho são o ligamento ulnocárpico palmar e o ligamento radiocárpico (RASCH; BURKE, 1986). Os ligamentos do punho funcionam como estabilizadores da articulação, guiando os movimentos e limitando os movimentos das articulações, também realizam transmissão da força da mão ao antebraço, e para prevenir luxação dos ossos durante o movimento. São compostos pelos ligamentos extrínsecos que conectam o rádio a ulna, e os metacarpianos aos ossos do carpo, e os ligamentos intrínsecos que se encontram apenas entre os ossos carpais (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997). Os ligamentos mais importantes do punho para estabilidade e controle dos movimentos são os ligamentos radiocarpiano palmar, que se origina da superfície anterior do rádio distal e avança obliquamente e medialmente, se dividindo em três segmentos 25 individuais, sendo que cada um receberá o nome da estrutura que se insere, conhecidos como ligamentos radiocapitato, radiotríquetro e radioescafóide. Juntos tem a finalidade manter o alinhamento das estruturas articulares e a limitação do movimento de hiperextensão do punho e da mão. Medialmente encontra-se o ligamento radiocarpiano dorsal sendo o único ligamento importante da superfície dorsal do punho, com origem na superfície posterior distal do rádio e processo estilóide, se inserindo ao lunar e tríquetro, tendo como função limitar o movimento de flexão. Ainda encontram-se no punho, os ligamentos colateral radial que se origina no processo estilóide é insere no escafóide e trapézio, tendo como função limitar o desvio ulnar e o ligamento colateral ulnar que se origina no processo estilóide da ulna e que se insere no tríquetro dorsalmente, tendo como função limitar o movimento de flexão e extensão (STARKEY; RYAN, 2001). 2.2 CINESIOLOGIA DO ANTEBRAÇO Os movimentos articulares do punho permitem quase todos os tipos de movimentos com exceção da rotação. O desvio radial é compreendido pela inclinação do punho para lado do polegar. Já o movimento de inclinação do punho para lado do dedo mínimo, é chamado de desvio ulnar. A inclinação do punho, de modo que a palma da mão se aproxime da parte anterior do antebraço é denominada como flexão e o movimento oposto é denominado extensão (RASCH; BURKE, 1986). 26 O movimento de flexão e extensão do cotovelo depende da articulação umeroulnar e umeroradial enquanto que para a realização dos movimentos de supinação e pronação do antebraço são necessárias às articulações úmeroradial, radioulnar superior e inferior (STARKEY; RYAN, 2001). A articulação umeroulnar é uma articulação em dobradiça, onde o movimento primário é flexão e extensão de cotovelo. Já a articulação umerorradial é em dobradiça do tipo pivô realizando flexão, extensão de cotovelo e supinação e pronação do antebraço. A articulação radioulnar é uma articulação distinta onde a margem convexa da cabeça do rádio articula-se com a incisura côncava radial da ulna e à medida que ocorre a pronação e supinação do antebraço a cabeça do rádio desliza-se para o lado oposto ao movimento do osso. A articulação radioulnar distal inferior é separada anatomicamente na extremidade distal do rádio e da ulna e à medida que o antebraço roda, a cabeça do rádio desliza na mesma direção que o movimento fisiológico (KISNER; COLBY, 2005). A articulação mediocarpal é composta pelas fileiras proximal e distal do carpo, sendo que o escafóide articula-se com trapézoide, trapézio e capitato, já o semilunar articula-se com capitato, piramidal e com hamato. A articulação radiocarpal é formada pela parte distal bicôncava do rádio e as superfícies dos ossos escafóide e semilunar. A extremidade distal do rádio e da ulna é fixada por um anel fibrocartilaginoso triangular, que prende um ao outro e separa as articulações radioulnar distal e a ulna da articulação radiocarpal. O punho realiza os movimentos de flexão, extensão, desvio radial e ulnar através da articulação radiocarpal e mediocarpal (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997). A articulação do punho realiza os movimentos de flexão, na direção anterior, aproximando a superfície palmar à superfície anterior do antebraço atingindo aproximadamente 80° graus de amplitude. E o movimento de extensão é realizado na direção posterior aproximando o dorso da mão à superfície posterior do antebraço atingindo 27 aproximadamente 70° graus de amplitude de movimento. Os movimentos de desvio radial e ulnar são realizados no plano sagital atingindo aproximadamente 35° graus de desvio radial e 20° em desvio ulnar. Já o movimento de circundação é a junção de todos os movimentos juntos (KENDALL et al., 2007) 2.3 FRATURAS A fratura do rádio em geral é proveniente de graves lesões. Devido a um trauma direto ocasionando fratura no mesmo nível, normalmente quando ocorrer à fratura do rádio haverá luxação da articulação mais próxima, como o rádio e a ulna são fortemente unidos pela membrana Interóssea a fratura de um estará associado à luxação do outro. A fratura distal do rádio é comum em jovens e adultos. As fraturas com mais de dois centímetros são denominadas como fratura de Colles, sendo a mais frequente do antebraço. A fratura ocorre devido a uma queda com o membro superior em extensão, onde no momento da queda o indivíduo estende a mão para aliviar o impacto ao membro superior, acarretando assim a fratura do rádio geralmente resultando em fratura cominutiva (MOORE; DALLEY, 2007). A fratura pode ser considerada como uma interrupção total de um osso, de sua continuidade ou apenas uma separação parcial. São classificadas de acordo com sua etiologia sendo divididas em três grupos: O primeiro por traumas (são causadas por choques direto ou indireto), o segundo grupo são as fraturas por estresse ou fadiga (ocorre devido ao estresse repetitivo em longo prazo) e o último grupo são as fraturas patológicas que ocorrem devido a 28 uma doença que se instalou na estrutura óssea, dessa forma, debilitando aquela estrutura, ocasionando a fratura (ADAMS; HAMBLEN, 1994). A maioria das fraturas ocorre devido a uma força aplicada quando o punho se encontra em extensão e com antebraço estendido embora não sejam claros os mecanismos exatos da fratura (HEBERT et al., 2003). A extremidade distal do rádio é a mais suscetível à fratura do que qualquer outra estrutura óssea do corpo. Ocorre quando o indivíduo sofre uma queda com braço estendido e a mão apoiada sobre o chão em extensão. Com isso os músculos braquiorradial e pronador quadrado produzem um grande estresse na junção do osso cortical com osso esponjoso na extremidade do rádio (GOULD III, 1993). Abrahan Colles foi o primeiro cirurgião a descrever a fratura de extremidade distal do rádio, sendo compreendida como uma fratura no ângulo dorsal a cinco centímetros da extremidade distal do rádio. Sendo semelhante a fratura de Smith se diferenciando apenas na forma do ângulo que é voltado para face palmar (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000). As fraturas distais de rádio ocorrem com muita freqüência. Sendo a maior parte dessas fraturas tratadas pelo método conservador, seja pelo uso de gesso ou por outros tipos de imobilizadores tendo bons resultados em geral (BARBIERI et al., 2001). As fraturas distais de rádio são comumente encontradas por ortopedistas em prontos socorros atingindo em geral todas as faixas etárias estando relacionado à queda sobre mão com o punho em extensão no momento do impacto. São várias as classificações quanto à fratura de rádio, porém a mais utilizada é a de Frykman que determina que quanto maior for o algarismo romano que classifica a fratura maior será sua complexidade e complicações em geral. A fratura de rádio pode trazer diversas complicações entre elas a perda de força muscular, perda de amplitude de movimento, instabilidade articular distrofia simpática reflexa e alterações neuro-motoras, isso, devido a lesões do nervo mediano (BARBOSA et al., 2009). 29 2.4 TRATAMENTO CIRÚRGICO O objetivo do tratamento das fraturas distais do rádio são o retorno dos diversos componentes ou fragmentos ósseos a sua posição anatômica inicial, existindo vários métodos que possibilitem a correção da fratura. A fixação percutânea é uma opção comum no tratamento, porque tem inúmeras vantagens quando comparada com imobilização gessada, pois proporciona maior estabilidade e a manutenção da redução até consolidação, além de apresentar número menor de complicações quando comparado a outros métodos (HEBERT et al., 2003). A escolha do tratamento cirúrgico dependerá do tipo da fratura. A fixação percutânea com fios Kirschner é utilizada frequentemente em fraturas extra-articulares e intraarticulares, quando ocorre separação dos fragmentos ósseos. Os fios são colocados na região dorsal distal do rádio, promovendo a fixação dos fragmentos e favorecendo a consolidação da fratura (CAMPBELL et al., 2006). O objetivo do tratamento consiste em manter o comprimento do rádio e a inclinação palmar, para possibilitar uma mecânica funcional. Os fios de Kirschner são dispositivos metálicos finos que proporcionam a imobilização parcial no local da fratura. A fixação percutânea é indicada nas fraturas instáveis distal do rádio, intra-articulares e extra-articulares. Ajudam na estabilização da fratura e favorecem a consolidação e apresenta poucas complicações quando comparada a outras técnicas, sendo uma técnica de fácil aplicação e baixo custo (MONTEIRO; SANTANA, 2006). A fixação percutânea é uma opção terapêutica comum, podendo ser realizadas por meios de várias técnicas a mais conhecida e a técnica de Kapandji que utilizava dois fios 30 Kirschner, porém um terceiro fio foi acrescentado com objetivo de aumentar a estabilidade. Após a cirurgia ocorrerá a colocação de tala gessada que deve ser mantida durante a primeira semana. Após á primeira semana o paciente deve ser orientado a retirar a tala gessada uma vez ao dia e a realizar movimentos de flexão, extensão, desvio radial e ulnar até o limite da dor. Estando a fratura consolidada a tala e os fios de Kirschner são removidos e o paciente e encaminhado à fisioterapia (HEBERT et al 2009). 2.5 AVALIAÇÃO 2.5.1 Escala análogo visual da dor A dor é um fenômeno complexo, difícil de ser avaliado e quantificado, por ser subjetiva. Para avaliação da dor são usadas escalas análogas visuais que avaliam a dor do paciente, sendo testes rápidos e simples que auxiliam no tratamento. Essa escala consiste de uma linha que varia de zero a dez, cuja s as extremidades são adotadas para representar a dor. A extremidade zero é caracterizada pela ausência de dor e a dez como dor mais forte. Pede-se ao paciente que assinale um ponto que represente a intensidade de sua dor, as escalas devem ser preenchidas pré e após o tratamento, sendo essas escalas uma fonte de dados que pode ajudar métodos terapêuticos mais eficazes na redução da dor (PRENTICE; VOIGHT, 2003). 31 2.5.2 Teste de Força Muscular O teste de força muscular manual e utilizado com objetivo de determinar capacidade do músculo ou de grupos musculares na realização do movimento através da contração ativa. Os testes são definidos em graus. O grau normal demonstra a capacidade do músculo em vencer uma resistência forte imposta pelo fisioterapeuta. Enquanto o grau bom significa a capacidade do músculo em vencer uma resistência moderada. O grau regular significa que o músculo consegue manter uma força contra resistência da gravidade, porém não consegue vencer uma resistência imposta pelo fisioterapeuta. O grau ruim significa que o músculo necessita de ajuda para vencer a força da gravidade, não conseguindo realizar o movimento completo no plano sagital. O grau vestigial significa que o músculo apresenta contração fraca que pode ser sentida com a palpação, porém não realiza nenhum movimento articular visível. O grau zero significa que o músculo não possui qualquer contração muscular sentida ou vista no musculo (KENDALL et al., 2007). 2.5.3 Perimetria Na fisioterapia a perimetria terá como objetivo proporcionar ao profissional dados através da mensuração da circunferência do membro afetado e do membro ileso onde servirá como base de dados para diagnosticar volume de massa muscular e edemas. A avaliação é 32 realizada através de uma fita métrica, essa técnica deve ser realizada sempre que necessário à implementação de um programa de exercícios terapêuticos e para verificação do progresso durante o tratamento. O aumento ou a diminuição na perimetria indica um aumento ou uma diminuição da massa muscular ou a presença de edemas (ANDREWS; HARRELSON; WILK, 2005). 2.5.4 Goniometria Goniometria é a utilização de instrumentos para medir a amplitude de movimento das articulações do corpo. Os goniômetros podem ser compostos por plásticos ou metal com diferentes tamanhos. Possuem um corpo e dois braços sendo um móvel e outro fixo. A avaliação da amplitude de movimento inicial servirá de base para determina um plano de tratamento, e as reavaliações durante o tratamento serviram para determinar melhora da funcionalidade durante tratamento (MARQUES, 2003). 33 3 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA FRATURA DE RÁDIO 3.1 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO A cinesioterapia é definida pelo tratamento reabilitativo por meios de exercícios de alongamento e fortalecimento para resgatar a harmonia do conjunto muscular. E a técnica mais comumente utilizada por fisioterapeutas em clinicas de reabilitação. A reabilitação vai depender da habilidade do sistema nervoso central para direcionar e coordena o movimento de amplitude de movimento articular, integridade e estado que o tecido muscular se encontra e o grau de incapacidade apresentado pelo paciente (LIANZA, 2007). A fisioterapia é de fundamental importância no tratamento das lesões por trauma, tendo como objetivo restaurar a força, elasticidade dos tecidos vivo e a melhora da coordenação motora do paciente, de forma que realize suas atividades funcionais sem dor ou limitação. A imobilização por longos períodos pode gerar rigidez e contraturas articulares, afetando os movimentos finos realizados pelo membro afetado, com isso além de realizar exercícios para ganho de amplitude de movimento e força muscular, também deveram ser enfatizados exercícios voltados para restauração dos movimentos com destreza (PETERSON; RENTRÖM, 2002). O tratamento fisioterapêutico é importante para manter e ganhar amplitude de movimento apropriado, melhorar as atividades funcionais cotidianas, preserva alinhamento mecânico e manter a força. As metas do tratamento serão promover analgesia, reduzir o 34 processo inflamatório, restaurar amplitude de movimento, promover ganho de força e retorno gradual ás atividades de vida diária sem desconforto ou limitação funcional (DELISA et al., 2002). O objetivo do tratamento fisioterapêutico das fraturas distal do rádio consiste em proporciona ao punho movimentos estáveis, indolor para realização das atividades de vida diária. A duração esperada de um de um tratamento é de doze semanas, em lesões graves. A reabilitação terá como objetivo restaurar amplitude de movimento, aumentar a força muscular e ganhar coordenação motora na realização dos movimentos, proporcionando ao individuo retorno as suas atividades de vida diária sem limitações funcionais (HOPEENFELD; MURTHY, 2001). Após a cirurgia podem ser iniciados exercícios isométricos intermitentes leves, para prevenir aderências do tendão na bainha ou nos tecidos em volta e alinhamento do tecido regenerado. Após imobilização realizar mobilização passiva dentro da amplitude segura ao paciente, após algumas semanas deve-se iniciar mobilização articular para recuperar a mobilidade articular e prevenir contraturas. O fortalecimento muscular resistido deve se iniciado somente quando o paciente obtenha um nível funcional e flexibilidade. A intensidade dos exercícios devem progredir conforme evolução do paciente até que consiga retornar gradualmente a maioria ou a todas atividades funcionais (KISNER;COLBY, 2005). O tratamento da fratura distal do rádio após a cirurgia deverá ser iniciado com movimentação passiva de antebraço, punho e dedos, progredindo para ativa e depois resistida, devendo associar outras modalidades terapêuticas para diminuição da dor e redução de edema e melhora da mobilidade (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000). A reabilitação das fraturas distais do rádio é fundamental para restaurar funcionalidade. O objetivo principal do tratamento é minimizar o edema e mobilizar o punho 35 assim que possível, inicialmente com movimentos ativos simples. Depois exercícios contra resistência e fortalecimento podem ser progressivamente acrescentados (SCHENCK, 2003). 3.1.1 Crioterapia A crioterapia é utilizada no tratamento de lesões por trauma no estágio agudo e subagudo, auxilia na diminuição de edema e na diminuição do linear da dor, auxiliando na reabilitação do paciente. Os efeitos fisiológicos são a diminuição da temperatura local, diminuição do metabolismo, redução do fluxo sanguíneo, redução de edema, vasoconstrição de arteríolas e capilares e analgesia local. Vários estudos demonstram maior eficácia do frio quando utilizado juntamente com compressas, pois promove redução do metabolismo no tecido lesionado. Durante o tratamento com gelo o paciente irá relatar quatro sensações diferentes à primeira será um desconforto causado pelo frio, em seguida ardência, depois coceira e por última dormência completa, devido à diminuição da velocidade da condução nervosa (PRENTICE, 2004). A aplicação direta do gelo nos tecidos traumatizados deve ser associada à compressão e elevação do membro afetado para melhores resultados na redução do edema. Pois uma vez que a lesão hipóxica secundária tenha ocorrido, a aplicação do gelo será ineficaz na redução do edema, sendo indicada aplicação do gelo como componente único, somente após os primeiros dias da lesão para melhores resultados. A aplicação do gelo promove a diminuição do metabolismo e a permeabilidade vascular reduzindo assim os resíduos teciduais. A 36 compressão aumenta a pressão externa vascular, auxiliando no controle da formação de edema porque acelera a reabsorção do liquido presente no local. A elevação do membro afetado reduz a pressão hidrostática capilar, auxiliando no controle de edema, uma vez que evitará o extravasamento de líquido para fora dos capilares (KNIGHT, 2000). A crioterapia é definida pela utilização do gelo com fins terapêuticos, sua aplicação direta sobre a pele resulta em vasoconstrição cutânea imediata, por mecanismos reflexos simpáticos e pelo estimulo direto da contração muscular. A crioterapia é extremamente eficaz em lesões musculoesqueléticas pós-traumáticas, pois evita a formação de edema e processos inflamatórios articulares, além de ser utilizada também no controle da dor e edema após cirurgias ortopédicas (LIANZA, 2007). A aplicação do frio inicialmente produzirá vasoconstrição que pode ser seguida pela vasodilatação em alguns casos. Aplicação do gelo superficial promove a redução da atividade metabólica, diminui a espasticidade e produz analgesia. Os tratamentos devem durar em média vinte cinco minutos. Aplicação do gelo é indicada em lesões agudas, na redução de edemas, na redução da pressão compartimental após a lesão e no aceleramento da recuperação do paciente durante o tratamento (DELISA et al., 2002). 3.1.2 Alongamento Alongamento é um processo no qual o músculo é alongado até o tolerado pelo paciente, e a posição é mantida nesse comprimento máximo, de forma que o músculo que está 37 sendo alongado sinta uma leve tensão de forma confortável e sem dor. Os objetivos do alongamento é a melhora flexibilidade, aumento da amplitude de movimento, após uma lesão musculoesquelética (BANDY; SANDERS, 2003). Para que a reabilitação fisioterapêutica seja eficaz e de fundamental importância que o fisioterapeuta avalie todo complexo articular, para determina se movimento fisiológico normal apresenta restrições envolvendo as estruturas musculotendíneas, caso o movimento esteja restrito deve-se iniciar um programa de alongamentos para melhorar a flexibilidade. As técnicas de alongamentos apresentam melhores resultados quando realizados além da amplitude normal do movimento, tendo como finalidade restaurar ou manter amplitude de movimento total e prevenir lesões musculares (PRENTICE, 2004). Alongamento é uma técnica fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e, consequentemente amplitude movimento, de estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o tempo. O alongamento deve ser realizado através de uma aplicação de uma força externa de forma sustentada até final da amplitude de movimento, de forma que ocorra alongamento das unidades musculotendíneas encurtada e os tecidos Periarticulares, movendo a articulação restrita para um pouco além da amplitude de movimento (KISNER; COLBY, 2005). A flexibilidade é definida como a amplitude de movimento possível de uma articulação. O objetivo de um programa de reabilitação fisioterapêutico e a restauração da amplitude de movimento de uma articulação, através da extensibilidade das unidades musculotendíneas que produzem o movimento nessa articulação. Os alongamentos estáticos são a técnica mais utilizada por fisioterapeutas para alongamento dessas unidades musculotendíneas, que com o tempo restabelecem a amplitude de movimento possível nas articulações afetadas por lesões traumáticas (PRENTICE; VOIGHT, 2003). 38 3.1.3 Mobilização Articular Amplitude de movimento é definida como a capacidade do corpo humano de executar movimentos livres e sem limitações, possibilitando movimentos efetivos do corpo e suas extremidades. A amplitude movimento e dividida em três grupos de execução: Amplitude de movimento ativo: É a capacidade de movimento articular exercida unicamente pelo paciente através da contração muscular voluntária, sem ajuda de forças externas. Amplitude de movimento ativo assistida: É o movimento articular executado e controlado em parte pelo paciente, recebendo auxílio de uma força externa para realização do movimento desejado. Amplitude de movimento passivo: É o movimento articular executado unicamente por uma força externa, sem a presença de contração muscular voluntária do paciente (BANDY; SANDERS, 2003). A imobilização articular causa aderências intra-articulares, e alterações bioquímicas no ligamento, tendão e na cápsula articular, levando a contraturas e enfraquecimento dos tecidos moles. A mobilização articular passiva e ativa mantém a extensibilidade e a força dos tecidos articulares. Na fisioterapia os exercícios de amplitude de movimento são utilizados para manter a mobilidade das articulações, e minimizar a perda da flexibilidade dos tecidos e a formação de contraturas, auxiliando no processo de reabilitação após uma lesão ou cirurgia (KISNER; COLBY, 2005). As técnicas de mobilização articular devem ser utilizadas sempre que houver estruturas articulares contraídas ou não contráteis. Devem ser utilizadas em todas as 39 amplitudes de movimento que estiverem restritas ao movimento ativo. As técnicas de mobilização articular melhoram a mobilidade articular, reduzem edema e a dor articular, permitindo assim o movimento articular completo, também promove efeitos proprioceptivos que melhoram a consciência corporal do paciente (PRENTICE, 2004). A mobilização articular é utilizada para tratamento da dor e rigidez articular, sendo necessário primeiro o tratamento da dor e depois da rigidez. Para realizar a mobilização articular deve-se realizar a tração da articulação que servirá para separação das superfícies articulares, aumentando assim a mobilidade da articulação. Os princípios para realização da mobilização articular são evitar dor durante o movimento, realizar movimentos uniformes e regulares, repetir a técnica cinco vezes durante a sessão, mobilização diária para alivio da dor e três vezes por semana para melhora da mobilidade (ANDREWS; HARRELSON; WILK, 2005). 3.1.4 Fortalecimento Muscular A força muscular refere-se à capacidade do tecido contrátil de produzir uma tensão, para vencer uma resistência imposta. A força funcional esta relacionada com habilidade do sistema neuromuscular de produzir, reduzir e controlar forças pretendidas de forma suave e coordenado durante a realização de suas atividades funcionais. O exercício resistido e fundamental a qualquer programa de reabilitação para restauração das atividades funcionais do paciente (KISNER; COLBY, 2005). O fortalecimento muscular pode ser obtido por meio de exercícios isométricos ou isotônicos, concêntricos ou excêntricos, ativos livres ou resistidos, ou através de exercícios 40 isocinéticos. O fortalecimento muscular promove hipertrofia muscular devido ao aumento do número de miofibrilas, isso graças ao aumento da síntese protéica e a diminuição da degradação de proteínas. Os exercícios de fortalecimento necessitam de uma resistência contra qual o músculo deve trabalhar que pode ser através da aplicação manual ou por meio de equipamentos terapêuticos (LIANZA, 2007). A contração isométrica é compreendida pela contração muscular que irá produzir uma força sem nenhuma alteração no ângulo da articulação, sendo dividida em concêntrica onde que no momento da contração haverá um encurtamento muscular, já quando o músculo alonga-se durante a contração esta é chamada de excêntrica. Já a contração isotônica é compreendida pela contração muscular que ira produzir uma força, sofrendo alterações no ângulo articular (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997). Força muscular á a força mensurável exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer uma resistência em um esforço máximo. A força resultante pode ser usada na realização do movimento. As contrações isotônicas provocam encurtamento ativo dos músculos com alterações no ângulo articular, já as contrações isométricas produzem tensão muscular sem alterações no ângulo articular. A potência muscular é compreendida pelo trabalho produzido por unidade tempo ou produto de força e velocidade. Já resistência muscular é a habilidade de contrair o músculo por várias vezes durante certo período de tempo (O’SULLIVAM; SCHMITZ, 2004). A contração isotônica é a capacidade dos músculos de se contraírem para levantar e superar uma resistência constante, havendo um pouco de variação na tensão muscular devido amplitude de movimento total, dessa forma sofrendo alterações na amplitude de movimento e no comprimento do músculo (BANDY; SANDERS, 2003). A contração isométrica é realizada contra um objeto imóvel, ou contra uma resistência manual, sem que ocorra qualquer alteração no ângulo articular e com alteração mínima no 41 comprimento muscular. A resistência pode ser imposta pelo fisioterapeuta, a utilidade do exercício tornou-se público no começo dos anos 50 apresentado por dois alemães, Hettinger e Muller. Mostraram o ganho de força muscular em 5% por semana através de contração isométrica diária de seis segundos de duração, com dois terço da força máxima de contração. A força muscular pode ser atingida através de contrações isométricas máximas ou submáximas. De um modo geral o programa de tratamento deve ser realizado com contrações isométricas máximas, com número menor de séries para melhores resultados (DELISA et al., 2002). O fortalecimento muscular deve ser realizado através do aumento gradual de carga, sendo que todos os exercícios ativos de amplitude de movimento devem ser utilizados para fortalecimento com uso de resistência manual, faixas elásticas, halteres, bolas ou qualquer aparelho que auxilie no tratamento, iniciando sempre com uma resistência leve e progredindo durante o tratamento. Os exercícios ativos resistidos de flexão, extensão, desvio radial, desvio ulnar, supinação, pronação e apreensão palmar facilitam o recrutamento da musculatura sinérgica melhorando controle e a coordenação motora para retorno as atividades diárias (ANDREWS; HARRELSON; WILK, 2005). O exercício ativo-resistido e utilizado na reabilitação para ganho de força muscular, potência e resistência, com objetivo de restaurar a função o mais rápido possível. De uma forma geral a sobrecarga durante o tratamento fisioterapêutico tem que impor uma demanda ao organismo na medida em que vai se adaptando aquele peso, mais cargas devem ser adicionadas, aumentando-se também o número de séries e repetições (GOULD III, 1993). Exercício isométrico é definido pela contração muscular, no qual seu comprimento permanece constante, enquanto a tensão atinge a força máxima contra uma carga fixa. Os exercícios isométricos aumentam a força muscular, porém os ganhos são específicos não 42 ocorrendo o aumento da força em outras amplitudes de movimento (PRENTICE; VOIGHT, 2003). 43 4 METODOLOGIA 4.1 MÉTODO Foi realizado um estudo de caso do tipo quantitativo, sendo que o estudo quantitativo supõe uma população de objetos de observação comparável entre si. O método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto das modalidades de coletas de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, as mais complexas. O método quantitativo garante maior precisão dos resultados, evita distorção de análise e interpretação, possibilitando, consequentemente maior segurança quanto às interferências. É frequentemente aplicado nos estudos que procuram descobrir e classificar a relação entre variáveis, bem como nos que investigam a relação de casualidades entre fenômenos (RICHARDSON et al., 2010). 4.2 AMOSTRA PESQUISADA Este estudo foi realizado com um paciente F.F. S, do sexo masculino, 18 anos, solteiro, pardo, vendedor, praticante de atividade física e acometido por fratura distal do rádio 44 residente da cidade de Paracatu-MG. Localizada no Noroeste de Minas com sua população estimada em 84.718 habitantes. O paciente foi selecionado após avaliação fisioterapêutica onde o critério de inclusão foi não ter realizado fisioterapia após a fratura do rádio distal, o mesmo foi submetido à avaliação de goniométria através de um goniômetro da marca carci, para avaliar a amplitude de movimento, teste de força muscular através da escala de Kendall, perimétria através de uma fita métrica da marca Fisiostore, para avaliar o trofismo muscular e edema, avaliação da dor através da escala análogo visual da dor e avaliação da execução das atividades de vida diária através aplicação de um questionário fechado. O paciente foi selecionado e tratado individualmente sob supervisão fisioterapêutica no período de 11 de agosto a 18 de outubro de 2011 totalizando vinte sessões, sendo que os atendimentos foram realizados na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma situado na cidade de Paracatu- MG, o mesmo foi esclarecido sobre seu tratamento e sobre o trabalho realizado, assinando, portanto um termo de consentimento livre e esclarecido sobre o tratamento proposto, e aceitando participar da pesquisa. Os métodos utilizados foram através da aplicação de um protocolo proposto pelo acadêmico, que utilizará os recursos fisioterapêuticos, fazendo uso da cinesioterapia e crioterapia, serão realizadas duas sessões por semana, com duração de cinquenta minutos totalizando ao final vinte sessões, Também foram realizadas três avaliações sendo no início, meio é fim do tratamento, que servirão de base para comprovação da eficácia e evolução do tratamento fisioterapêutico, Todas as sessões foram relatadas e anexadas de forma escrita na ficha de avaliação da paciente para que se pudesse ter um controle do tratamento que estava sendo realizado. Os dados finais foram mensurados através do programa Microsoft Word 2010. 45 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram realizadas vinte sessões, sendo que todos os atendimentos foram realizados na clínica escola da Faculdade Tecsoma, duas vezes por semana durante cinquenta minutos cada atendimento, foram realizadas três avaliações sendo a 1ª dia 11/08/2011, a 2ª dia 15/09/2011 e a última dia 18/10/2011, sendo que o mesmo apresentou cinco faltas. Foram realizada análise de perimetria, goniometria, teste de força muscular através da escala de Kendall, avaliação da dor através da escala análogo-visual da dor e aplicação do questionário funcional. Tabela 1 - Tabela demonstrativa da perimetria obtida nas três avaliações de membro superior direito a parti do processo estiloide da ulna Perimetria 00 cm 05 cm 10 cm 15 cm 20 cm 30 cm 35 cm 1ª Avaliação MSD 18,5 18,0 20,0 24,0 27,5 27,5 28,5 2ª Avaliação MSE MSD 17,0 18,0 19,0 18,0 22,0 20,5 26,0 25,0 28,0 28,0 29,0 28,0 30,0 28,5 Fonte: o autor MSE 17,0 19,0 22,0 26,0 28,0 29,0 30,0 3ª Avaliação MSD 18,0 18,5 21,5 25,5 28,0 28,0 29,0 MSE 17,0 19,0 22,5 26,0 28,0 29,0 30,0 De acordo com a tabela acima, observa-se que na primeira avaliação o paciente apresentava edema e redução de massa muscular em membro superior direito sendo que o edema predominava na região do punho, na segunda e terceira avaliação o paciente apresentou redução de edema e ganho de massa muscular com o tratamento fisioterapêutico baseado em crioterapia elevação e compressão do membro e treinamento de força. 46 Prentice (2004), relatam que a aplicação do gelo na reabilitação fisioterapêutica é de grande importância, pois apresenta resultados satisfatórios, além de ser uma técnica segura, barata e de fácil aplicação. A duração do tratamento irá depender da espessura do tecido subcutâneo a ser tratado, quanto maior a profundidade maior o tempo de tratamento e quanto menor a espessura do tecido subcutâneo menor o tempo de tratamento, os tempos de tratamento variam de cinco a quarenta e cinco minutos, para uma resposta mais satisfatória deve se usar acima de quinze minutos. A reação inicial do frio é a vasoconstrição que promove a redução de edema, isso graças a queda da pressão hidrostática local e a diminuição da atividade fagocitária. Estudos realizados por Cheing e colaboradores (2005), mostram a utilização da crioterapia com elevação e compressão durante trinta minutos em cinco sessões para controle da dor e edema agudo, em estudo realizado com oitenta e três pacientes acometidos por fratura distal do rádio. Os resultados foram analisados antes da intervenção e após a intervenção. Após cinco dias de tratamento com terapia de gelo e com o exercício leves, ficou comprovada eficácia da crioterapia na redução do inchaço pós-imobilização para pessoas que sofreram fratura distal do rádio. Tabela 2 – Tabela demonstrativa dos resultados do teste de força muscular de Kendall. Movimento Flexão Extensão Desvio Ulnar Desvio Radial 1ª Avaliação Direito Esquerdo III V III V III V IV V 2ª Avaliação Direito Esquerdo V V IV V IV V IV V Fonte: o autor 3ª Avaliação Direito Esquerdo V V V V IV V V V Na tabela 2 pode-se observar que o paciente apresentava altos índices de fraqueza muscular onde nota-se que na primeira avaliação em quase todos os movimentos do membro 47 superior direito exceto desvio radial, todos os graus foram III mostrando assim alto comprometimento muscular. Na segunda avaliação pode-se perceber que o paciente através das técnicas fisioterapêuticas de fortalecimento muscular começa a apresentar níveis de fortalecimento muscular mais elevado chegando a IV nos movimentos de extensão, desvio radial e ulnar e V em flexão. Ao final do tratamento o paciente apresentou resultados satisfatórios apresentando nível IV apenas em desvio radial sendo que nos outros movimentos apresentou grau V. Conforme estudos realizados por Ferreira e colaboradores (1999), por doze meses com 40 pacientes que sofreram fratura da extremidade distal do rádio foi demonstrado que incialmente todos apresentavam perda de força no membro lesado em especial no movimento de preensão, mas no terceiro mês de tratamento já se notava melhora significativa se comparada à avaliação inicial. Ao final do tratamento houve 74,19% de recuperação da força em relação ao membro lesado. Prentice; Voight (2003), relatam que exercícios utilizando pesos leves, thera-band ou bola de borracha podem ser graduados para todos os movimentos do punho e do antebraço e proporcionam gradualmente o fortalecimento muscular da região lesada, esses exercícios podem ser realizados no solo com o auxilio de um colchonete, a evolução do tratamento pode ser confirmada por testes específicos. Esse relato confirma os resultados encontrados no presente estudo. Luz e colaboradores (2009), mostram que o fortalecimento muscular é essencial a qualquer programa de reabilitação. Onde em estudo realizado com vintes pacientes póscirúrgicos com fratura distal do rádio, que receberam tratamento fisioterapêutico quatorze dias após a cirurgia, utilizando um protocolo de base que priorizava controle do edema, dor, movimentação articular passiva e ativa e exercícios para fortalecimento muscular progressivo. 48 Após avaliação final observou ganho satisfatório de força muscular em todos os pacientes submetidos ao tratamento. Tabela 3 – Goniometria ativa da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo obtidos nas três avaliações do paciente. Flexão Extensão Desvio Radial Desvio Ulnar 1ª Avaliação MSD MSE 35° 75° 30° 80° 10° 45° 10° 30° 2ª Avaliação MSD MSE 60° 75° 65° 80° 35° 45° 30° 30° Fonte: o autor 3ª Avaliação MSD MSE 75° 75° 75° 80° 40° 45° 30° 30° Tabela 4 – Goniometria passiva da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo obtidos nas três avaliações do paciente. Flexão Extensão Desvio Radial Desvio Ulnar 1ª Avaliação MSD MSE 40° 80° 35° 90° 10° 55° 15° 50° 2ª Avaliação MSD MSE 80° 80° 70° 90° 40° 55° 35° 50° Fonte: o autor 3ª Avaliação MSD MSE 80° 80° 90° 90° 50° 55° 40° 50° Nas tabelas 3 e 4 observa-se que o paciente apresentou melhora da amplitude de movimento ativo em relação à 1ª avaliação, sendo que na 2ª avaliação se comparada com a 1ª o paciente obteve um ganho de amplitude de movimento ativo de 25º de flexão de punho, 35º de extensão de punho, 25º desvio radial e 20º desvio ulnar, e na última avaliação o paciente apresentou uma melhora com relação à 2ª avaliação, sendo que houve aumento de 15º de flexão de punho, 10º de extensão de punho, 5º desvio radial e 0º desvio ulnar. Conforme estudos realizados por Aguiar e colaboradores (2010), no período de maio á junho de 2010, em um paciente W.H.S de 48 anos com fratura distal do rádio do antebraço esquerdo, que foi submetido ao tratamento cinesioterapeutico uma vez por semana, somando ao final cinco sessões. A autora utilizou a goniometria para avaliação do ganho de amplitude de movimento. Onde após o período de tratamento observou-se ganho na flexão ativa de 49 punho que na avaliação inicial apresentou 40º e na final 52º, também se observou ganho na extensão ativa de punho a inicial 44º e a final 48º, e na flexão passiva de punho inicial 60º e a final 64º. Já na extensão passiva de punho não se observou ganho na amplitude de movimento, permanecendo com valores iguais. Ao final observa-se que não houve um ganho muito significativo da amplitude de movimento, que pode ser explicada pelo fato do pequeno número de sessões realizadas pelos autores do artigo. Estudos realizados por Öken e colaboradores (2011), em trinta setes pacientes com diagnóstico de fratura distal do rádio. Foram submetidos à intervenção fisioterapêutica, através da mobilização articular passiva e ativa e alongamentos leves de punho durante três semanas, foram realizadas duas avaliações uma no inicio do tratamento e outra ao termino do tratamento, onde utilizaram a goniométria para verificar o ganho de amplitude movimento ativa. Após as avaliações observou-se ganho na amplitude de movimento que na avaliação inicial apresentava uma média de 35º de flexão punho, 21,4º extensão de punho, 13,3º desvio radial, 21,2º de desvio ulnar. Já na avaliação final apresentava uma média de 49,8º de flexão de punho, 50,1º extensão de punho, 20,5º desvio radial e 28,6º desvio ulnar. 50 6 Graduação da dor 5 4 3 2 1 0 1ᵃ Avaliação 2ᵃ Avaliação 3° Avaliação Avaliações Escala Análogo-visual da Dor Figura 01 – Escala análogo-visual da dor durante o tratamento Fonte: O autor O gráfico da figura-1 demonstra a presença de dor apenas na 1a avaliação, sendo a mesma considerada baixa pela escala análogo visual da dor, grau 5 na escala de 0 a 10. Na 2ª e 3ª avaliação o paciente não relatou nenhum tipo de dor. Estudos realizados por Lyngcoln e colaboradores (2005), utilizaram a Escala Análogo Visual da Dor, para avaliação subjetiva da dor que varia entre zero, ausência de dor, e dez, dor intensa. Em quinze pacientes durante a reabilitação fisioterapêutica após a fratura distal do rádio, sendo realizadas duas avaliações uma no início e a outra ao final do tratamento. Após avaliação final ficou comprovado redução da dor nos quinze pacientes, a avaliação inicial apresentava uma média 4,58 pela escala da dor, já na avaliação final a dor foi reduzida para uma media 2,64 entre os quinze pacientes. Netto (2007), realizou estudos semelhantes em um paciente T.P. S do sexo masculino 21 anos, com diagnóstico de fratura distal do rádio, pós-cirúrgico com colocação de fios de 51 Kirschner durante o período de seis semanas. O paciente foi submetido ao tratamento fisioterapêutico durante duas vezes por semana com duração de quarenta e cinco minutos cada sessão, somando ao final três sessões. Para mensuração da dor foi utilizado escala análoga visual da dor que na avaliação inicial o paciente apresentou 1,8 cm, e na avaliação final apresentou melhora da intensidade da dor para 0,8 cm que equivale a uma redução de 45% da dor, quando comparado com a primeira avaliação do paciente. Tabela 5 – Questionário de avaliação das atividades de vida diária ATIVIDADE 1ª AVALIAÇÃO 2ª AVALIAÇÃO SIM/LIMITA SIM/LIMITA NÃO SIM/LIMITA SIM/LIMITA NÃO BASTANTE POUCO LIMITA BASTANTE POUCO LIMITA Comer X X Banho X X Vestir-se X Escovar os Dentes Direção Automotiva (Carro) Direção Automotiva (Moto) X X X Trabalhar Prática de Exercícios Físicos Assinar o Nome Pentear o Cabelo Levantar Objetos Pesados X X X X X X X X X X X X X X Fonte: O autor 52 De acordo com a tabela acima observa-se que o paciente apresentava limitações importantes na realização de suas atividades de vida diária, interferindo na realização de atividades básicas como higiene pessoal e trabalho, que ao serem realizadas o paciente apresentavam dor e limitação. Após as vinte sessões realizadas o paciente obteve uma evolução satisfatória com relação à execução das atividades de vida diária quando comparado à primeira avaliação. Sendo que apenas uma atividade ainda proporciona limitação na sua realização, porém quando comparada a primeira avaliação também apresentou melhora significativa. De acordo com estudos realizados por Kay; Mcmahon; Stiller (2008), em vinte oito pacientes acometidos por fratura distal do rádio, que foram submetidos ao tratamento fisioterapêutico. Demostraram a eficácia do tratamento na recuperação da funcionalidade. Estes resultados foram medidos inicialmente, depois de três semanas e seis semanas. A avaliação das atividades de vida diária foi através da aplicação de um questionário fechado, que varia de um a cinco, sendo que um o paciente não apresenta nenhuma dificuldade e cinco incapaz de realizar suas atividades. Após aplicação do questionário as respostas são transformadas em uma pontuação de 0 a 100. Ao final do tratamento verificaram-se ganhos satisfatórios na realização de suas atividades de vida diária, conseguindo realizar 95% das atividades sem limitações ou dor. Esses estudos estão de acordo com estudos similares realizados por Wakefield; McQueen (2000), que também realizaram estudos em 96 pacientes acometidos por fratura distal do rádio, submetidos ao tratamento fisioterapêutico utilizando apenas a cinesioterapia como meio de tratamento. Para avaliação da melhora da funcionalidade foram utilizados questionários fechados que mensuravam o grau de dificuldades na realização das atividades de vida diária, sendo realizado uma avaliação inicial, outra após três meses e ao seis meses de tratamento a avaliação final. Após as avaliações observou que aos três meses de tratamento os 53 pacientes realizavam 88,3% de suas atividades sem limitações funcionais, e ao final do tratamento realizavam 94,5% de suas atividades normais. Pode se observa após três meses de tratamento os pacientes ainda apresentavam limitações significativas quando comparado ao tratamento realizado por outros autores, que conseguiram resultados mais satisfatórios com menor tempo de tratamento. Esse fato pode ser explicado devido idade média dos pacientes que era de setenta e dois anos. 54 6 CONCLUSÃO Pode-se concluir que com a utilização da reabilitação fisioterapêutica o paciente apresentou ganhos satisfatórios com relação à amplitude de movimento, pois inicialmente pôde ser visto através da goniometria que o paciente apresentava uma amplitude de movimento diminuída devido à lesão e após o tratamento notou-se um resultado satisfatório. A reabilitação fisioterapêutica baseada no fortalecimento muscular mostrou-se altamente positiva, pois com a lesão o paciente apresentava-se com elevados índices de fraqueza muscular, fato que foi revertido com a utilização de técnicas fisioterapêuticas baseadas no fortalecimento muscular. Observou-se que com o evoluir do tratamento com base na utilização de técnicas fisioterapêutica houve ganho de massa muscular e diminuição do edema que foram constatados com a utilização da perimetria. O estudo mostrou que através da escala análogo visual da dor observou-se que o paciente apresentava quadro álgico o que muitas vezes impedia o mesmo de executar suas atividades normais, notou-se, portanto que ao final do tratamento houve diminuição do quadro álgico. Através da reabilitação fisioterapêutica o paciente voltou a realizar com maior perfeição algumas atividades que estavam limitadas, portanto o mesmo voltou a realizar as suas atividades funcionais com maior exatidão. Portanto o estudo confirmou que a reabilitação fisioterapêutica baseado em cinesioterapia e crioterapia, é muito importante para o tratamento da fratura distal do rádio, pois o paciente apresentou melhora da amplitude de movimento, recuperou a força muscular 55 que havia sido perdida com a lesão, obteve ganho de massa muscular, diminuição de edema, dor e melhorou o desempenho das atividades de vida diária, portanto podemos concluir que a reabilitação fisioterapêutica é muito importante no tratamento da fratura do rádio distal. 56 REFERÊNCIAS ADAMS, J. C.; HAMBLEN, D. L. Manual de Fraturas. 10.ed. São Paulo: Artes médicas, 1994. AGUIAR, A. R. S. A.; SOUZA, C. T. A.; VAN PETTEN, A. M. V. N. Fratura Distal do Rádio: Relato de Intervenção Terapêutica Ocupacional em uma Abordagem Cinesioterapica. Disponível em: < http://www.cbtoeclato2011.com.br/cd/resumos/TC09741.pdf >. Acesso em: 12 out 2011. ANDREWS, J. R.; HARRELSON, G. L.; WILK, K. E. Reabilitação Física das Lesões Desportivas. 2.ed. 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Acesso em: 01 nov 2011. 61 APÊNDICE APÊNDICE A – Questionário de Avaliação das Atividades de Vida Diária QUESTIONÁRIO DE AVDS SIM/ BASTANTE ATIVIDADE LIMITA SIM/ LIMITA POUCO Comer Banho Vestir-se Escovar os Dentes Direção Automotiva Direção Automotiva (Carro) (Moto) Trabalhar Prática de Exercícios Físicos Assinar o Nome Pentear o Cabelo Levantar Objetos Pesados Fonte: O autor NÃO LIMITA APÊNDICE B – Protocolo de Reabilitação Pós-Operatório Fratura de Rádio Distal PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIO FRATURA DE RADIO DISTAL: 1-fase Objetivos: • Promover analgesia; • Ganhar amplitude movimento e • Reduzir edema. Semanas 0-2 • Mobilização articular passiva e ativa de punho (flexão, extensão, desvio radial e ulnar); • Alongamento em (flexão, extensão, desvio radial e ulnar) de punho; • Exercícios ativos de apreensão palmar; • Exercícios ativos resistidos de flexão e extensão de metacarpofalângicas com digiflex; • Alongamentos passivos e ativos de músculos supinadores e pronadores do antebraço e de flexores extensores de cotovelo; • Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com halteres de 1 kg; • Contração isométrica em extensão e flexão de punho; • Compressa de gelo durante 15 minutos. 2-fase Objetivos: • Aumentar amplitude de movimento; • Ganhar força muscular e • Ganhar potencia e resistência muscular. Semanas 2-4 • Mobilização articular ativa de punho (flexão, extensão, desvio radial e ulnar); • Mobilização articular ativa de antebraço em prono e supino; • Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com thera-bands e halteres de 2 kg; • Exercício ativo de flexão e extensão de punho com rolo de punho e bastão; • Exercícios ativos resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho com therabands e halteres 1 kg; • Exercícios ativos resistidos de flexão e extensão de metacarpofalângicas com digiflex; • Exercícios ativos resistidos de abdução e adução de dedos com thera-bands; • Alongamentos ativos e passivos de músculos supinadores e pronadores do antebraço; • Alongamento em (flexão, extensão, desvio radial e ulnar) de punho; • Continuar com compressas de gelos após os exercícios. 3-fase Objetivos: • Ganhar amplitude total do movimento; • Ganhar potencia e resistência muscular; • Ganhar propriocepção e • Retorno gradual as atividades funcionais. Semanas 4-8 • Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com thera-bands é halteres de 2 kg; • Exercícios ativos resistidos de abdução e adução de dedos com thera-bands; • Exercícios ativos de circundução com bola tipo dente leite; • Exercício ativo de flexão e extensão de punho com rolo de punho e bastão; • Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com auxilio de bastão com carga de 3 kg; • Exercício ativo de rosca resistido de flexão e extensão de punho com auxilio de bastão com carga de 2 kg; • Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho com therabands e halteres 2 kg; • Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com rolo de punho com carga de 2 kg; • Alongamentos ativos de músculos supinadores e pronadores do antebraço e de punho; • Reiniciar gradualmente atividades de vida diária. APÊNDICE C – Condutas Condutas 1ª fase do protocolo 1ª Sessão (11/08/2011) 1ª avaliação do paciente. 2ª Sessão (16/08/2011) Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos; Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 3ª Sessão (18/08/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de apreensão palmar com bola em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Contração isométrica de punho em flexão e extensão em 3 series de 10 repetições mantidas por 5 segundos com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos. 4ª Sessão (23/08/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de apreensão palmar com bola em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Contração isométrica de punho em flexão e extensão em 3 series de 10 repetições mantidas por 5 segundos com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos. 5ª Sessão (25/08/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de apreensão palmar com bola em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Contração isométrica de punho em flexão e extensão em 3 series de 10 repetições mantidas por 5 segundos com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 1.4 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos. 6ª Sessão (30/08/2011) 2ª fase do protocolo Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de antebraço realizando pronação e supinação em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 1.4 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 7ª Sessão (01/09/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 2.3 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de punho com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 8ª Sessão (06/09/2011) Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia, pois tinha exame de rua da alta escola. 9ª Sessão (08/09/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 2.3 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de punho com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 10ª Sessão (13/09/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 2.3 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de punho com faixa elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 11ª Sessão (15/09/2011) 2ª avaliação do paciente 11ª Sessão (15/09/2011) Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulna de punho com faixa elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 12ª Sessão (20/09/2011) Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulna de punho com faixa elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 13ª Sessão (22/09/2011) Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia, pois estava doente. 14ª Sessão (27/09/2011) Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulna de punho com faixa elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos. 15ª Sessão (29/09/2011) 3ª fase do protocolo Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo de circundução com bola tipo dente de leite em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor verde em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de rosca em flexão e extensão de punho com auxilio de bastão, faixa elástica e halter com carga de 1 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos. 16ª Sessão (04/10/2011) Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia, pois tinha exame de rua da alta escola. 17ª Sessão (06/10/2011) Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia. Sem justificativas. 18ª Sessão (11/10/2011) Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo de flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo de circundução com bola tipo dente de leite em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com halter de 2 kg em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de rosca em flexão e extensão de punho com auxilio de bastão, faixa elástica e halter com carga de 1 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com bastão e tornozeleira com carga de 3 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos. 19ª Sessão (13/10/2011) Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20 segundos com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo de circundução com bola tipo dente de leite em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com halter de 2 kg em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor verde em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de rosca em flexão e extensão de punho com auxilio de bastão, faixa elástica e halter com carga de 1 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de metacarpofalangianas em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com bastão e tornozeleira com carga de 3 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos; Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor amarela em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos. 20ª Sessão (18/10/2011) Avaliação final do paciente APÊNDICE D – Radiografia pós-cirúrgica com fixação percutânea com fios de Kirschner 82 ANEXOS ANEXO A - Ficha de Avaliação ANEXO B - Escala Análogo Visual da Dor ANEXO C – Código de Graduação para Força Muscular pela Escala de Kendall 0- Nenhuma contração é sentida ou vista no músculo. 1- O tendão torna-se proeminente ou uma contração fraca é sentida no músculo, sem movimento visível. 2- A capacidade de mover por um arco parcial de movimento no plano horizontal, sendo capaz de completar a amplitude de movimento no plano horizontal. 3- Mantém a posição de teste contra uma pressão discreta. 4- Mantém a posição de teste contra uma pressão moderada a forte. 5- Mantém a posição de teste contra uma pressão forte. ANEXO D - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96) Eu,______________________________________________________,RG_________ _____, abaixo qualificado(a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Reabilitação fisioterapêutica em paciente pós- cirúrgico de fratura de rádio distal: estudo de caso desenvolvido pelo aluno Ricardo Gonçalves da Silva, do curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos: A fratura localizada no terço distal do rádio se tornou a mais conhecida das lesões de membro superior, chegando a um sexto das fraturas atendidas em prontos socorros. A fratura de rádio pode ocorrer em qualquer faixa etária, geralmente ocorre devido a uma queda sobre a mão o qual no momento do impacto o punho se encontrava em extensão, dessa forma quanto maior for o grau de complexidade maior serão as lesões de tecidos moles, com isso o tratamento dependerá do tipo de fratura e o grau de complexidade. O tratamento fisioterapêutico será indicado a fim de se prevenir as possíveis complicações ocasionadas pela fratura. A reabilitação fisioterapêutica será realizada duas vezes por semana no período de agosto/2011 a outubro/2011 sendo realizados atendimentos na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade tecsoma com sessão de duração de cinquenta minutos. Durante ou após a pesquisa, não haverá nenhum risco ou desconforto, bem como benefícios sobre o entrevistado. O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de conclusão da graduação em Fisioterapia. DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa. Paracatu, de de 2011 QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Objeto da Pesquisa(Nome):............................................................................................... RG:..................... .......Data de nascimento:........ / ........ / ........ Sexo: . M ( ) F( ) Endereço: ............................................ nº ........................... .................. Apto: ......... Bairro:.............................................Cidade:...............................Cep:.....................Tel..... _____________________________ Assinatura do Declarante DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa. Paracatu de de 2011 ___________________________ Ricardo Gonçalves da Silva Assinatura do Pesquisador