UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DISCIPLINA: MACROECONOMIA PROFESSOR JOSÉ LUÍS OREIRO QUINTA LISTA DE EXERCÍCIOS MONITORES: BRENO LEMOS E RODRIGO PADILHA 1ª Questão: Suponha que uma economia tenha a curva de Phillips t t 1 0,5u t u n e que a taxa natural de desemprego é dada por uma média do desemprego nos dois últimos anos: u n 0,5u t 1 u t 2 a) Por que a taxa natural de desemprego pode depender do desemprego recente (como se pressupõe na equação precedente)? Resposta: A taxa natural de desemprego pode depender de valores recentes do desemprego por motivos diversos. Um motivo importante é a chamada Histerese, uma hipótese que postula um efeito de longo prazo de alguns eventos passados sobre os valores presentes da taxa de desemprego. Um exemplo é o aumento relativo do número de desempregados de longo prazo, isto é, daqueles que não conseguem trabalho há muito tempo. Uma situação deste tipo tende a aumentar a taxa natural a medida que fica cada vez mais difícil reintegrar estes trabalhadores ao mercado, seja por perda de habilidades ou mesmo de estrutura básica para que eles consigam voltar a trabalhar. Um outro exemplo é o benefício pago aos desempregados; caso o governo tente aumentar o benefício em tempos de maior desemprego, isto pode fazer com que a taxa natural aumente ao criar incentivos para que as pessoas tornem a procura por emprego menos intensa. Desta forma, um desemprego alto no passado pode responder por um aumento na taxa natural de desemprego do presente. b) Supunha que o banco central adote uma política econômica para reduzir em caráter permanente a taxa de inflação em 1%. Que efeito tem essa política no longo prazo? Resposta: No longo prazo, a redução da taxa de inflação de forma permanente levará a um aumento da taxa natural de desemprego, devido ao fato de que o efeito negativo de curto prazo sobre o desemprego da desinflação é em parte absorvido pela taxa natural. Um exemplo numérico qualquer poderá ilustrar o processo: Imagine que a taxa de desemprego natural inicial é de 5%, e dado que o governo 1 pretende reduzir a inflação de forma permanente em 1% podemos escrever a curva de Phillips da seguinte forma: t t 1 0,5 * u t u n substituindo-se o lado esquerdo da equação por -1% e o valor do desemprego natural, temos; 1 0,5 * (u t 5) u t 7% Logo, no primeiro período (o da desinflação) a taxa de desemprego subirá dois pontos percentuais em relação à taxa natural. No segundo período devemos recalcular a taxa natural de desemprego pois ela muda de acordo com o valor do desemprego nos dois períodos anteriores. O valor é na verdade uma média deste dois períodos passados, logo, (7 + 5)/2 = 6%. u n t 1 (7 5)/2 6% Neste período t+1, temos que a taxa de desemprego é dada pela curva de Phillips novamente, mas agora a variação da inflação deve ser zero, dado que a diminuição é apenas em um período e de forma permanente. Assim temos, 0 0,5 * u t 1 6 u t 1 6 No período t+2, a taxa natural muda mais uma vez, mas agora para mais devido ao efeito retardado da inflação no período t. u n t 2 (6 7)/2 6,5% O processo segue-se até que se atinja uma taxa de desemprego natural no longo prazo de 6,33%. Portanto, mais alta que a inicial. Outros exemplos numéricos devem apresentar a mesma dinâmica deste, inclusive com respeito à conclusão de uma taxa 1,33 pontos percentuais maior do que aquela escolhida como a taxa natural inicial. c) Qual é a taxa de sacrifício desta economia? Explique. Resposta: A taxa de sacrifício normalmente é dada pela variação (negativa) necessária da taxa de desemprego para gerar uma queda permanente de 1% na inflação. Conforme vimos no exercício acima, a queda necessária para reduzir a inflação em um ponto percentual é de 1,33%. 2 d) O que estas equações indicam sobre a relação entre inflação e desemprego no curto e longo prazos? Resposta: No curto prazo, conforme vimos na redução de 1% da inflação, as variáveis caminham em sentidos opostos tal como pode ser inferido pela curva de Phillips, enfim, há uma troca entre desemprego e inflação. Normalmente esta troca é temporária, pois no longo prazo a taxa de desemprego caminha para o seu valor natural que independe das flutuações de curto prazo. No entanto, dado que a taxa de desemprego no presente exercício depende do passado recente devido à Histerese, o processo de desinflação provoca efeitos permanentes sobre a taxa de desemprego. e) O economista Alan Blinder, designado por Bill Clinton vice-presidente do Federal reserve, escreveu em certa ocasião: “Os custos que acompanham as taxas de inflação baixas e moderadas experimentadas nos Estados Unidos e em outros países industrializados parecem ser bastante modestos – mais como um resfriado do que um câncer para a sociedade (...). Como pessoas racionais , não nos oferecemos para fazer uma lobotomia a fim de curar uma dor de cabeça. Contudo, coletivamente, rotineiramente receitamos o equivalente econômico da lobotomia (alto desemprego) como uma cura para o resfriado inflacionário.” O que você acha que Blinder quis dizer com isso? Explique. Resposta: A afirmativa de Blinder chama a atenção para o fato de que o processo de desinflação pode ser muito custoso em termos de desemprego e queda do produto, de tal modo que seja preferível conviver com alguma inflação ou diminuíla de forma bastante gradativa para que não se ocasione uma recessão. 2ª Questão: Seja uma economia descrita pelas seguintes equações: ut ut 1 0,4( gYt 0,03) (lei de Okun) t t 1 (ut 0,06) (curva de Phillips) gYt g mt t (curva de demanda agregada) a) Qual é a taxa natural de desemprego dessa economia? 3 Resposta: Pela curva de Phillips, podemos obter u 6% . b) Suponhamos que a inflação seja de 10% ao ano e que a economia opere no nível natural de desemprego. Para manter o desemprego em seu nível natural, qual deve ser a taxa de crescimento do produto? E a taxa de aumento da oferta de moeda? Resposta: Afim de manter o desemprego em seu nível natural, por meio da lei de Okun, percebemos que a taxa de crescimento do produto deve ser equivalente à taxa de crescimento natural do produto, ou seja, g Yt g 3% . A equação de demanda agregada mostra claramente que g mt g Yt t . Logo, mantidas a taxa de desemprego e a taxa de crescimento do produto em seus respectivos níveis naturais, g mt 13% . c) Nestas condições, no caso de o Banco Central decidir usar a política monetária para reduzir a taxa de inflação de uma vez por todas para 5% e mantê-la nesse patamar, quais seriam os efeitos observados sobre a taxa de crescimento do nível de produto, a taxa de crescimento da oferta real de moeda, e a taxa de desemprego? E se fosse decidido reduzir a inflação para 5% em 10 períodos? Resposta: (1) redução a once and for all da taxa de inflação para 5% Pela curva de Phillips chegamos a t t 1 5% . Para que isto seja verdadeiro u t 11% . Isto posto, através da lei de Okun, obtemos g Yt 9,5% . Por meio da equação de demanda agregada, percebemos uma redução da oferta de moeda da ordem de 4,5% . (2) redução gradual da taxa de inflação para 5% Em 10 períodos, uma redução global de 5% da taxa de inflação implicaria numa queda em 0,5% desta por período. Período πt ut gYt gmt 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 10 9,5 9 8,5 8 7,5 7 6,5 6 5,5 5 5 5 6 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6 6 3 1,75 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4,25 3 13 11,25 12 11,5 11 10,5 10 12,5 9 8,5 8 13,5 8 4 d) Nos limites deste modelo apresentado, existe a possibilidade de que o governo adote certa(s) política(s) que diminua(m) o tamanho do sacrifício de desinflação? Explique. Resposta: Conforme apresentado em (d), é evidente que a adoção de uma política de desinflação gradualista significa um sacrifício de desinflação muito menor do que a política de choque. Tudo isto porque a taxa de desemprego em (2) sofre apenas um pequeno distúrbio e o nível de produto sequer alcança uma taxa de crescimento negativa, apresentando ainda, no período exatamente após o processo de desinflação, um crescimento do nível de produto acima da taxa natural.. 3ª Questão: Em um país com 140 milhões de habitantes, cerca de 20 milhões de pessoas têm mais de 65 anos, outras 20 milhões têm menos de 14 anos. Existem 69 milhões de empregados e 53 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Em um período de 10 anos observou-se um fluxo mensal médio de demitidos/demissionários de 3 milhões de pessoas e um fluxo mensal médio de admitidos de 4 milhões de pessoas. a) Qual é a população economicamente ativa? Resposta: A população economicamente ativa (PEA) reflete a quantidade de indivíduos aptos a trabalhar num determinado país. Para se calcular a PEA, basta subtrair da população total os jovens com menos de 14 anos e os idosos com mais de 65 anos. PEA 140 20 20 100 milhões de habitantes. b) Qual é a taxa de desemprego desta economia? Resposta: u 140 69 53 18 20,7% 140 53 87 c) Qual é a taxa média de contratação? E a duração média do desemprego? Resposta: Taxa média de contratação: fluxomensalmédiodeadmitidos 4 TMC 4,6% ForçadeTrabalho 87 fluxomensalmédiodeadmitidos 4 Duração média do desemprego: Tu 22% por totaldedesempregados 18 mês. Seja a possibilidade de encontrar um emprego a cada mês p . Então a duração 1 esperada do desemprego será . Como p 22% , o tempo esperado médio para se p 1 conseguir um emprego será de 4,5meses . 0,22 5 d) Com base nos dados você acha que esta economia durante o período analisado viveu uma fase de crescimento ou recessão? Por que? Resposta: Nota-se uma taxa média mensal de contratação maior do que uma taxa média de demissão/demissionários. Independente da taxa de crescimento da população, percebeu-se uma fase de crescimento. e) Constatou-se que a taxa de desemprego desta economia não distribui-se igualmente tanto por faixa etária como por gênero e grau de escolaridade. Quais seriam os motivos desta heterogeneidade? Resposta: O desemprego é diferente por faixa etária porque os mais jovens, via de regra, possuem pouca experiência e são os primeiros a serem despedidos quando a empresa precisa reduzir sua força de trabalho, ao passo que os homens de meia idade tendem a manter seus empregos, porque estes geralmente têm mais experiência, maior qualificação e suas responsabilidades familiares tornam muito mais difícil deixar um emprego em troca da possibilidade de obter outro melhor. Quanto ao gênero, a diferença entre as taxas de desemprego pode ser explicada pela recente liberação feminina e por especificidades como a gravidez, que são vistas como um ônus pelos empregadores. No que diz respeito ao grau de escolaridade, a explicação para a assimetria na taxa de desemprego está na importância do trabalhador para a instituição: trabalhadores menos qualificados, em geral, são facilmente substituíveis e implicam num custo de treinamento baixo, enquanto que trabalhadores mais qualificados não são facilmente substituíveis e demandam um alto custo de treinamento e adaptação às suas funções. f) Percebeu-se também na economia em questão, que a produtividade do trabalho esteve aquém do salário real pago pelos empregadores. O que poderia ser feito para aumentar a produtividade dos trabalhadores? Resposta: Uma medida a ser implementada seria o aumento dos salários dos trabalhadores pelas empresas. Isto faria com que houvesse um maior ‘custo’ de perder o emprego, estimulando assim os trabalhadores a melhorarem seu desempenho, implicando, consequentemente, em aumento da produtividade do trabalho. 4ª Questão: Seja uma economia definida pelas seguintes equações: p e F u, z IS: Y CY T I Y , i G pt 1 LM: M P YL i 6 u U L onde é o salário nominal , pe o nível de preços esperado pelos trabalhadores, u a taxa de desemprego, z a variável abrangente, pt o nível de preços efetivo, U o número de desempregados e L o número total de trabalhadores. Suponha ainda que (pe = pt-1). a) Obtenha a função de oferta agregada. Determine sua inclinação no plano preço-produto. Exponha o seu significado econômico. Resposta: A função de oferta agregada pode ser obtida a equação do salário nominal da equação do nível de preços. Temos então: P P e (1 ) F (u, z ) Y Sabemos que u 1 , então podemos rescrever a equação acima relacionando o L nível de preços e o produto da economia. Y P P e (1 ) F (1 , z ) L Esta é a curva de oferta agregada da economia. A curva é positivamente inclinada no plano preço-produto, dado que se aumentarmos Y, o desemprego cai elevando o salário nominal, as empresas então repassam este aumento para o nível de preços. b) Obtenha a curva de demanda agregada. Determine sua inclinação no plano sua inclinação no plano preço-produto. Expresse seu significado econômico. Resposta: A curva de demanda agregada é obtida a partir da intersecção entre as curvas IS e LM, sinalizando o equilíbrio no mercado de bens e monetário ao mesmo tempo. No plano preço-produto, sabemos que a demanda agregada é negativamente inclinada porque uma variação positiva no nível dos preços leva a um deslocamento da curva LM para a esquerda, o que, dada a posição inalterada da IS, faz com que se reduza o produto. A intuição econômica por detrás deste resultado é que um aumento do nível de preços conduz a uma diminuição da oferta real de moeda, dada a demanda fixa, a taxa nominal de juros aumenta, provocando então uma retração nos investimentos e portanto no nível de produto. c) Explique os efeitos de uma expansão fiscal. Ilustre os seus comentários graficamente (usando os diagramas AO-DA e IS-LM). Quais são os efeitos de curto e longo prazos? Resposta: Uma expansão fiscal provoca o deslocamento da curva IS para direita, elevando a taxa de juros e o produto. Desta forma, a curva de demanda agregada também se desloca para a direita representando o aumento do produto demandado, e 7 dada a posição da curva de oferta, os preços sobem. No longo prazo, a economia não poderá operar acima ou abaixo do seu produto natural, forçando uma alta no nível de preços que leva a economia de volta ao ponto Y0, o efeito portanto é apenas de aumentar a taxa de juros e o nível de preços (este último efeito faz com que a LM se desloque para a esquerda). P OAlp i Y natural P2 OAcp* ← LM* OAcp LM P1 i2 i1 P0 i0 DA’ DA IS Y Y0 Y1 Y0 IS’ Y Y1 * Efeito de longo prazo d) Suponha que o congresso aprove um conjunto de leis permitindo maior flexibilidade das relações trabalhistas. Quais serão os efeitos sobre o modelo? Explique as interações graficamente. Quais são os efeitos de curto e longo prazos? Resposta: Uma flexibilização das relações trabalhistas deve ter o efeito de aumentar o nível de emprego, reduzindo o desemprego natural, dado que é reduzido o poder de barganha dos trabalhadores, deslocando assim a curva WS (da relação de fixação de salários) para a esquerda. O efeito desta redução é sentido na oferta agregada, deslocando-a para a direita, dado que o salário nominal é reduzido e o nível de preços será menor. No curto prazo, a curva de oferta se desloca para OAcp’ necessariamente passando pelo ponto que une a expectativa de preço no período anterior (P0) com a nova taxa de desemprego natural (Y2). No entanto, o equilíbrio de curto prazo é o ponto (P1,Y1). No longo prazo, o preço continua caindo porque a expectativa de preço é maior do que preço de equilíbrio de curto prazo, até que a curva de oferta seja (OAcp2) no ponto aonde a curva de demanda agregada cruza com a nova curva de oferta de longo prazo (OAlp2). 8 Efeito sobre o mercado de trabalho W/P PS W / P0 WS WS’ U U1 U0 Efeito sobre a toda a economia P OAlp1 OAcp1 OAlp2 OAcp’ P0 P1 OAcp2 P2 DA Y0 Y1 Y2 e) Quais são os efeitos de uma contração monetária? Ilustre graficamente. Explicite os efeitos de curto e longo prazos. Resposta: Uma contração monetária tem o efeito de deslocar para a esquerda a curva LM, reduzindo o produto e aumentando a taxa nominal de juros. O deslocamento da LM por sua vez faz com que a curva de demanda agregada se desloque para a esquerda também por intermédio de uma redução nos investimentos, provocando uma queda no 9 nível de preços. No longo prazo, a demanda reduzida pressiona uma queda nos preços porque o produto está cima do natural, fazendo com que a LM volte ao seu estágio inicial. OAlp P Y natural LM’ LM=LM* i OAcp P0 OAcp* i1 i0 P1 DA IS DA’ Y Y1 Y0 Y Y1 Y0 * Efeito de longo prazo f) Afinal, segundo o modelo, a moeda é ou não é neutra? Explique. Resposta: No curto prazo vimos que a moeda é claramente não neutra, pois o produto foi reduzido frente a uma contração monetária. No longo prazo, a moeda é neutra porque a economia se ajusta de forma a voltar para o nível de produto natural, que não é afetado pelas variáveis nominais da economia, entres elas a quantidade nominal de moeda. Com base na equação a diferenças finitas linear de segunda ordem com termo e coeficientes constantes abaixo, faça uma simulação usando o programa Excel para a dinâmica da taxa de desemprego. u (1 )ut 2ut 1 ut 2 Para tanto, suponha os seguintes valores para os parâmetros: 0,4 1,15 u 0,06 u 0 0,12 10 Resposta: Rearranjando a equação acima e redefinindo-a para u t , obtemos: ut 2 1 u u t 1 ut 2 (1 ) 1 1 Fazendo os cálculos para 100 períodos: período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 ut período 18,33% 26 18,78% 27 15,06% 28 9,66% 29 4,81% 30 1,86% 31 1,14% 32 2,19% 33 4,10% 34 6,01% 35 7,31% 36 7,79% 37 7,56% 38 6,90% 39 6,17% 40 5,62% 41 5,36% 42 5,38% 43 5,59% 44 5,87% 45 6,10% 46 6,22% 47 6,24% 48 6,18% 49 6,08% 50 ut período 5,98% 51 5,93% 52 5,91% 53 5,93% 54 5,96% 55 6,00% 56 6,02% 57 6,03% 58 6,03% 59 6,02% 60 6,00% 61 5,99% 62 5,99% 63 5,99% 64 5,99% 65 6,00% 66 6,00% 67 6,00% 68 6,00% 69 6,00% 70 6,00% 71 6,00% 72 6,00% 73 6,00% 74 6,00% 75 ut período 6,00% 76 6,00% 77 6,00% 78 6,00% 79 6,00% 80 6,00% 81 6,00% 82 6,00% 83 6,00% 84 6,00% 85 6,00% 86 6,00% 87 6,00% 88 6,00% 89 6,00% 90 6,00% 91 6,00% 92 6,00% 93 6,00% 94 6,00% 95 6,00% 96 6,00% 97 6,00% 98 6,00% 99 6,00% 100 ut 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 11 Trajetória Temporal da Taxa de Desemprego 20,00% 18,00% 16,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% Período Taxa de Desemprego 12 100 97 94 91 88 85 82 79 76 73 70 67 64 61 58 55 52 49 46 43 40 37 34 31 28 25 22 19 16 13 7 10 4 0,00% 1 Taxa de Desemprego 14,00%