Relato de Experiência CONSTRUÍNDO O CONCEITO DE GRANDEZAS E MEDIDAS ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: UMA EXPERIÊNCIA PRÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL GT 01 – Educação Matemática nos Anos iniciais e finais do Ensino Fundamental Suellyn dos Reis Sperandio, URI/Santiago-RS, [email protected] Resumo: O presente artigo visa apresentar o relato de uma experiência ocorrida na realização do estágio supervisionado com alunos da 5ª série/6° ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede municipal de ensino da cidade de Santiago/RS, o qual teve duração de vinte (20) h/a. Para tanto, no referido estágio abordou-se o ensino-aprendizagem de Grandezas e Medidas, por meio da metodologia de ensino da Matemática via Resolução de Problemas. Conforme Allevato &Onichic (2004) o ensino de matemática através da resolução de problemas, pode ser vista como um meio importante para se fazer matemática, pois consiste em trabalhar com os alunos situações-problema que possam levá-los a raciocinar sobre a necessidade de construir esses conceitos matemáticos. Além disso, para análise das atividades contamos com a teoria de Duval (2003), conforme esse teórico a originalidade da atividade matemática está relacionada ao fato de que sejam mobilizados, simultaneamente, ao menos dois registros de representação diferentes para um mesmo objeto bem como, na freqüente mudança de um registro para outro. Dessa forma, pode-se observar que a metodologia foi adequada, pois os alunos se envolviam no processo de ensino-aprendizagem mostrando interesse em relação às situações-problema propostas. Palavras-chave: Grandezas e Medidas; Resolução de Problemas; Registros de Representação Semiótica. Considerações Iniciais Este relato de experiência visa descrever e analisar a atividade docente realizada pela acadêmica do VIII semestre do curso de Matemática da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI- Campus Santiago, desenvolvida na disciplina de Estágio Curricular em Ensino de Matemática III. Para tanto, a referida prática pedagógica foi realizada em turno regular com onze alunos da 5ª série/ 6° ano do Ensino Fundamental, pertencentes a uma escola da rede municipal de ensino, situada na cidade de Santiago/RS. Nesta prática pedagógica foram desenvolvidos conteúdos envolvendo o conceito de grandezas e medidas, em especial o estudo das unidades de medida de comprimento; as Relato de Experiência medidas não padronizadas e padronizadas; os múltiplos e submúltiplos do metro; a transformação das unidades de medida e comprimento; o perímetro e as áreas das figuras geométricas planas. Vale destacar que o conteúdo de grandezas e medidas é um elemento fundamental da matemática, pois permite explorar as conexões entre os campos da Aritmética, da Álgebra, e da Geometria, e de outras áreas do conhecimento. Visto que, no dia-a-dia, as grandezas e as medidas estão presentes em quase todas as atividades realizadas pelo aluno. Desse modo, desempenham papel importante no currículo, pois mostram claramente ao estudante a utilidade do conhecimento matemático no cotidiano (BRASIL, 1999). Neste sentido, os referidos conceitos foram desenvolvidos de maneira que pudessem ser relacionados com situações do cotidiano dos alunos, partindo sempre de uma situação-problema, que necessitasse da elaboração de estratégias para resolvê-la. Sendo assim, adotamos no decorrer de nossa prática pedagógica as recomendações dos PCN’s1 (BRASIL, 1999), os quais apontam a resolução de problemas como metodologia mais indicada para abordar os conceitos matemáticos. Conforme, as concepções da autora Onuchic (1999, p. 211) “[...] o aluno tanto aprende matemática resolvendo problemas como aprende matemática para resolver problemas”. Neste sentido, o que se pretende com a utilização desta metodologia é levar o aluno a questionar suas respostas, de modo que seja capaz de elaborar estratégias e produzir significados. Para tanto, em relação ao planejamento das situações-problema propostas aos alunos utilizamos como ferramenta de análise uma teoria diretamente relacionada à aquisição do conhecimento matemático. Conforme, algumas pesquisas em Educação Matemática2 buscam compreender as dificuldades muitas vezes insuperáveis que muitos alunos apresentam no processo de ensino e aprendizagem da matemática. Nesta perspectiva a teoria dos Registros de Representação Semiótica desenvolvida pelo filófoso e psicólogo Raymond Duval tem-se mostrado importante instrumento de pesquisa, quando o foco de estudo concerne na complexidade da aprendizagem de matemática. Segundo Duval (2003) a teoria, procura descrever o funcionamento cognitivo que possibilite ao aluno compreender, efetuar e controlar a diversidade dos processos matemáticos que lhe são 1 2 Parâmetros Curriculares Nacionais DAMM (2002), MARIANI (2006), MAGGIO (2008), entre outros Relato de Experiência propostos, cujo objetivo do ensino da matemática é “[...] contribuir para o desenvolvimento geral das capacidades de raciocínio análise e visualização” (DUVAL, 2003, p.11). Para a elaboração deste relato, optamos por descrever a experiência de ensinar e aprender conceitos relacionados às grandezas e medidas, em especialmente os seguintes conteúdos: medidas não padronizadas e padronizadas; unidades padrão e medidas de comprimento; perímetro das figuras geométricas planas, conteúdos estes trabalhados na primeira, quinta e sexta aula do estágio supervisionado. Refletindo sobre a Prática: Uma Experiência de Formação Docente Após destacarmos a base teórica visando desenvolver uma prática pedagógica diferenciada, apresentaremos algumas das situações-problema propostas aos alunos, neste sentido, buscamos apresentar problemas que os desafiassem e os motivassem a querer resolve-los. Conforme os PCN’s apontam “um problema matemático é uma situação que demanda a realização de uma sequência de ações ou operações para obter um resultado. Ou seja, a solução não está disponível de início, no entanto é possível construí-la. [...]” (BRASIL, 1999, p. 41). Vale salientar que apesar de pequena a turma era um pouco agitada, porém a maioria dos alunos eram participativos e questionadores, os quais mostraram bastante interesse e empenho em realizar as atividades propostas. Desse modo, direcionamos nossa prática para o ensino e aprendizagem de matemática através da resolução de problemas, a qual em matemática é encarada como uma metodologia de ensino, isto é, como um ponto de partida e um meio de se ensinar matemática, em que o professor propõe situações-problema por meio das quais o aluno pode explorar e investigar novos conceitos (ONUCHIC, 1999). Para tanto, proporcionamos aos educandos a aquisição do conhecimento matemático, em relação ao conceito de Grandezas e Medidas, pois fundamentados nosso trabalho na Matriz de Referência em Matemática da 5ª serie / 6º ano do Ensino Fundamental do SAERS3 (2007) que afirma: 3 Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul Relato de Experiência “[...] As grandezas são características dos objetos que podem ser comparados e cujas medidas podem ser adicionadas e subtraídas. A inclusão do estudo das grandezas e medidas nos currículos está relacionada ao requisito cotidiano da produção de significados de conceitos matemáticos. Isto torna significativa a aprendizagem das operações, o que contribui para o desenvolvimento cognitivo das crianças no que diz respeito ao senso de estimativa, de posição, de localização e à noção de quantidades fracionárias” (p.20). Com base nessas considerações procuramos no decorrer do estágio levar os alunos a serem participativos, questionadores, curiosos, constituindo então suas próprias respostas para construir os seus conceitos a cerca do assunto estudado e assim, participar do processo de aprendizagem. Assim, destacamos um momento produtivo dos nossos encontros, quando abordamos o conceito das unidades de medida de comprimento, propomos aos alunos uma situação-problema por meio de uma animação computacional, cujo contexto estava relacionado com a idéia de padronizar as unidades para medir diferentes objetos, estabelecendo assim uma comparação. Para tanto, organizamos os alunos em duplas e em seguida levamos os mesmos ao laboratório de informática da escola. A seguir descreveremos a animação, como podemos observar na tabela 1. Tabela 1: Animação Grandezas e Medidas A animação computacional iniciou por meio do seguinte questionamento realizado pela professora: Alguns alunos disseram que o armário passava pela porta, já outros acreditavam que não era possível. No entanto, um deles salientou que seria necessário medir. Então, a professora sugeriu que um grupo medisse a porta e outro medisse o armário. Assim, cada grupo utilizou um objeto para realizar a medição. Sendo assim, o grupo que mediu a porta utilizou o sapato e comprovou que: Relato de Experiência No entanto, o grupo do armário utilizou como unidade de medida o lápis e verificou que o armário mede 14 lápis. Logo, a professor questionou os alunos sobre quem é maior aporta ou o armário? Todos os alunos responderam que o armário era maior. Então, a professora aprofundou a discussão questionando: Outro aluno complementou ressaltando que: Então, o grupo que havia medido o armário com o lápis utilizou o sapato, assim os mesmos perceberam que o armário mede 9 sapatos. Assim, a professor finalizou os questionamentos ressaltando: Fonte: Revista Nova Escola Vale salientar que esta atividade tinha por objetivo levar os alunos a compreenderem que ao utilizarmos instrumentos não-convencionais como sapatos, lápis, palmos ou passos, criamos uma situação em que as próprias crianças concluem que é necessário padronizar as unidades para medir diferentes objetos e estabelecer uma comparação. Neste sentido, após a visualização da animação solicitamos aos alunos que definissem o conceito de medir registrando em seus cadernos. Dessa forma, percebemos que os alunos compreenderam que medir significa comparar, isto é, para medir uma grandeza, precisamos compará-la com outra de mesma natureza, usada como unidade de medida ou unidade-padrão. Relato de Experiência Cabe destacar que optamos por utilizar nesta primeira aula os recursos computacionais, devido às suas potencialidades visuais como instrumento de exploração e investigação, pois diferente de outras áreas do conhecimento, os objetos matemáticos são abstratos, isto é, não são diretamente observáveis com o auxílio de instrumentos (microscópio, telescópio,...). Dessa forma, a única maneira de se acessarem os objetos matemáticos é utilizando suas representações. Ou seja, “[...] Os objetos matemáticos não são diretamente acessíveis à percepção, necessitando para sua apreensão o uso de uma representação” (DAMM 1999, p. 137). Em relação à segunda situação de aprendizagem proposta aos alunos, introduzimos o conceito de perímetro, através de uma situação-problema cujo objetivo era relacionar a medida do contorno com o perímetro da figura. Assim, os alunos deveriam perceber que, na impossibilidade de uma comparação direta, os mesmos podem e devem apelar para uma comparação indireta, escolhendo algum instrumento que seja adequado à situação proposta de medição. Como podemos observar por meio da Tabela 2. Tabela 2: Situação-problema proposta aos alunos para introduzir o conceito de perímetro Na cidade onde moro há um parque com um lago. Para maior segurança resolveram cercar o lago e também o parque. Veja o desenho com a forma e as indicações das medidas desse parque e a localização e a forma do lago. Quando foram calcular à medida que a cerca do parque deveria ter, perceberam que foi fácil, mas do lago não sabiam como fazer! Não tinham as medidas! Ajude-os a resolver este problema. Como você faria para calcular o quanto seria preciso de cerca para o parque e para o lago? Fonte: GESTAR- Sistema Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica Relato de Experiência Para o desenvolvimento dessa atividade solicitamos aos alunos que reunissem em duplas para em conjunto realizarem o problema. Desse modo, a maioria dos alunos percebeu que no caso do terreno, quando as medidas vêm indicadas, ou quando podemos obtê-las com o uso de um instrumento, o contorno é fácil de calcular; basta somar as medidas dos lados. Neste sentido, os alunos realizaram a conversão4 do registro da língua natural para o aritmético e obtiveram o perímetro do terreno, o qual correspondia 2.300 metros. Para Duval (2003), a originalidade da atividade matemática esta relacionada ao fato de que sejam mobilizados, simultaneamente, ao menos dois registros de representação distintos para um mesmo objeto matemático, assim como na freqüente mudança de um registro para outro. No entanto, questionamos os alunos em relação ao logo como poderíamos obter as medidas. Assim, alguns alunos sugeriram que poderíamos medir utilizando uma trena. Para tanto, questionamos a respeito desse instrumento ser a unidade de medida mais apropriada para se obter as medidas da figura, sendo que a mesma não se tratava de uma figura geométrica. Dessa forma, a maioria dos alunos concluiu que poderíamos determinar o perímetro da figura pelo processo do contorno com uma corda. Cabe destacar que esta atividade foi realizada com bastante interesse pelos alunos, pois os mesmos se depararam com uma situação que precisavam desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-la. Neste sentido, é importante termos uma noção do que é um problema. De acordo com Allevato & Onuchic (2004, apud COLOMBO, 2006, p. 447) “um problema é definido como qualquer tarefa e atividade para a qual os estudantes não possuem métodos ou regras prescritas ou memorizadas, nem a percepção de que haja um método específico para chegar à solução correta”. Para a terceira atividade, solicitamos aos alunos para reunirem-se em grupos de no máximo três componentes para construírem diversas figuras geométricas com o auxilio do material concreto denominado tangram. Para tanto, primeiramente realizamos uma leitura referente à origem desse material concreto, neste momento os alunos compreenderam que o seu surgimento ocorreu de maneira casual, quando um filósofo chinês derrubou um 4 Para Duval (2003) existem dois tipos de transformações de representações semióticas: os tratamentos e as conversões. Os tratamentos são transformações que acontecem no interior de um mesmo registro, por exemplo, resolver uma operação aritmética. Já as conversões são transformações em que ocorre mudança de registro mantendo-se em referência o mesmo objeto matemático, por exemplo, realizar a transformação de metros para centímetros. Relato de Experiência ladrilho quadrado, quebrando-o em sete partes. Ao tentar montá-lo novamente, percebeu que com os sete pedaços era possível formar não somente o quadrado original, mas também diversas outras figuras, como por exemplo, figuras de animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números. Como podemos verificar na tabela 3. Tabela 3: Desafio proposto aos alunos com o auxilio do tangram Com as 7 peças do tangram podemos criar e montar milhares de figuras de animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas. Desse modo, com o Tangram que cada grupo recebeu construam com o auxilio desse material concreto as formas geométricas abaixo. Especificando o que cada uma das figuras representa, bem como determine o seu perímetro. Fonte: CAVALCANTE, L.G. Para Saber Matemática, 5ª Série-2 ed.-São Paulo: Saraiva 2006. Cabe destacar que à medida que surgem dificuldades no ensino ou na aprendizagem de conteúdos matemáticos, manifesta-se também a necessidade de propostas pedagógicas e recursos didáticos que auxiliem tanto os professores em sua prática docente quanto os alunos na construção de conhecimentos matemáticos. Neste sentido, constatamos que a exploração do tangram contribuiu para uma aprendizagem mais eficaz, ou seja, tornou a construção do conhecimento um processo dinâmico no qual o aluno tornou-se o agente dessa construção ao compreender que o perímetro é o comprimento da linha de contorno da figura geométrica plana. Além disso, no caso dos polígonos, obtém-se o perímetro somando as medidas de todos os seus lados, como podemos observar através das fotos. Relato de Experiência Cabe destacar que a metodologia adotada Resolução de Problemas foi essencial para o aprendizado dos alunos, pois em cada situação-problema trabalhada com os alunos deixávamos um tempo para que eles pudessem elaborar estratégias para solução de acordo com os seus conhecimentos prévios. Assim, os alunos participavam, e se interessavam na busca de soluções para as situações apresentadas. Além disso, as situações apresentadas os instigavam a pensar, deixando-os inquietos e curiosos para resolver. Após esse momento procuramos formalizar as idéias que os alunos construíram, mostrando a necessidade desse processo. Considerações Finais Neste relato de experiência enfatizamos os conceitos de grandezas e medidas utilizando como abordagem metodologia a Resolução de problemas, a qual tem sido discutida em diversas pesquisas relacionadas à área da Educação Matemática, porém esse assunto ainda é tratado com pouca ênfase no ensino regular, especialmente no ensino fundamental. Desse modo, constatamos que a metodologia empregada proporcionou uma maior interação do aluno com o conteúdo proposto, pois os educandos foram instigados, bem como por si só sentiram-se desafiados a encontrar a melhor solução para a situação em discussão, a partir de seus conhecimentos prévios. Relato de Experiência Referências Bibliográficas ALLEVATTO, N. S. G.; ONUCHIC, L. D. L. R. Novas reflexões sobre o ensinoaprendizagem de Matemática através da Resolução de Problemas. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. p. 213-231. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática - Ensino Médio. Brasília: SEMT, 1999. CAVALCANTE, L.G. Para Saber Matemática, 5ª Série-2 ed.-São Paulo: Saraiva 2006. COLOMBO, J.A.A;CASAGRANDE,P; COSTA,V.Registros de Representação Semiótica e Resolução de Problemas no ensino de matrizes e sistemas lineares. UTFPR, Pato Branco, 2006 . DAMM, R. F. 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