PARACOCCIDIOIDOMICOSE BUCAL: RELATO DE CASO. AUTORES: LUANA ZANETTIN¹; JÉSSICA SILVESTRE FURTADO¹; THIAGO HENRIQUE GARANHANI²; CAMILA ROBERTA SALA¹; RODOLFO CÉSAR VISONI POLISELI³ 1-UNINGÁ, MARINGÁ-PR-BRASIL; 2-UNOESTE, PRESIDENTE PRUDENTE-SP-BRASIL; 3-USS-RJ-BRASIL FUNDAMENTAÇÃO/ INTRODUÇÃO A paracoccidioidomicose ou blastomicose sul-Americana é uma micose sistêmica, muco cutânea causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, é endêmica no Brasil e tem maior prevalência na zona rural ,no sexo masculino entre a 4ª e a 5ª década de vida. Embora a via primária de infecção seja a pulmonar, pela inalação de esporos ou partículas do fungo, vários sítios anatômicos podem ser acometidos pela disseminação, linfoematogênica, inclusive a mucosa oral e é pelo acometimento desta que a doença é mais frequentemente diagnosticada. OBJETIVOS O presente trabalho tem por objetivo apresentar um caso de paracoccidioidomicose, sua evolução e tratamento. A relevância desse estudo é chamar a atenção para esta infecção fúngica profunda de alta prevalência , e que portanto deve ser incluída na hipótese diagnóstica de lesões ulceradas bucais persistentes. DELINEAMENTO/MÉTODOS É um estudo observacional de 1 relato de caso de um paciente,masculino,60 anos, ex trabalhador de área rural, que foi primariamente subdiagnosticado. Após o diagnostico acompanhamos o seu tratamento e verificamos a sua evolução por um período de 10 meses. RESULTADOS O tratamento para essa afecção é realizado com anti-fúngicos cujo tipo vai depender do estágio da infecção. O presente paciente é portador de blastomicose na forma disseminada/grave e que foi prescrito 6 meses de itraconazol sendo nos primeiros 15 dias dose de 400mg/dia e após isso até completar tratamento previsto de 12 meses dose de 200mg/dia. Após 8 meses de tratamento paciente apresenta melhora significativa das lesões orais apresentando apenas lesões cicatriciais CONCLUSÕES/ CONSIDERAÇÕES FINAIS O sucesso da terapia depende tanto do antifúngico utilizado, como do grau de disseminação das lesões e da capacidade imunológica do paciente. A regressão das alterações clínicas é observada entre um e seis meses após o início do tratamento. Entretanto, a erradicação do fungo nos tecidos é demorada, e os doentes devem ser periodicamente examinados. A cura clínica do paciente é observada quando o exame micológico, se possível cultura, e as provas sorológicas forem negativas. Pelo frequente envolvimento bucal, esta micose sistêmica profunda constitui uma infecção de grande interesse estomatológico e muitas questões a ela relacionadas ainda precisam ser esclarecidas. BIBLIOGRAFIA MARTINS, et al. Paracoccidioidomicose bucal relato de três casos. Revista Brasileira de Patologia Oral: v.2, n.3, p 22-28. jul/set 2003. Paracoccidioidomicose. Revisão da literatura Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v.15, n.4, out/dez 2005. Paracoccidioidomicose: Relato de caso. Resvista Inpeo de Odontologia – Cuiaba-MT, v.2, n.2, p 1-56, ago/dez 2008 Diagnóstico diferencial da Paracoccidioidomicose com a doenca periodontal em regioes endemicas: Relato de caso, Revista Dental Press Periodontia Implantol, p 7784, out/dez 2010.