VOCÊ TEM MEDO DE QUE? Fobia (do Grego “medo”), em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada ante situações, objetos, animais ou lugares. Podem ser de 3 tipos básicos. A agorafobia (medo de estar em lugares públicos concorridos), fobia social (medo de situações de exposição a observações dos outros) ou fobia simples (medo diante de objetos ou situações concretas). Um dos mais antigos e maiores inimigos do homem é o medo. O medo é responsável pelo fracasso, por doenças psicossomáticas e por relações humanas mal esclarecidas ou até mesmo desagradáveis. Na vida profissional, o medo é elencado como a principal barreira para um colaborador ser saudável e feliz tanto no âmbito profissional como no pessoal. Dentre eles, os medos de perder o emprego e de ter qualquer deficiência exposta, figuram no topo da lista. Em 2012, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos fez uma pesquisa sobre as principais causas do medo. Surpreendentemente o medo da morte (68% da população) está em segundo lugar. Em primeiro, aparece a “glossofobia”, medo de falar em público (74% da população). Continuando a lista, temos os medos de aranhas (30,5%), escuro (11%), alturas (10%), pessoas (7,9%), voar (6,5%), espaços fechados (2,5%), espaços abertos (2,2%) e raios e trovões (2%). Essa mesma pesquisa revela que 60% de nossos medos nunca acontecerão, que 90% dos medos que temos são referentes a coisas insignificantes e 88% dos medos relacionados à saúde tampouco virarão realidade. Entretanto, doenças ocasionadas por algum tipo de medo continuam aumentando as filas nos consultórios de psicólogos e psiquiatras. Transtorno de ansiedade generalizada, transtorno bipolar, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, bulimia nervosa, transtorno depressivo além de vários outros nomes presentes em nosso vocabulário atual, não existiam ou não eram tão abordados há poucas décadas atrás. O que está acontecendo? Vários estudiosos procuram dar uma explicação para este fenômeno, mas pouco se concluiu até agora. Os possíveis “culpados” vão desde a selvageria do capitalismo mundial até a má alimentação e condições básicas de sobrevivência. Mas, seja qual for o culpado, foi o filósofo Ralph Waldo Elerson (1803 – 1882) que resumiu, belissimamente, uma ótima maneira de curá-lo: “faça aquilo que você receia e a morte do medo será certa". Agora vamos da teoria para a prática! Comecemos por uma má notícia: você não é o dono soberano de sua vida! Você reage a coisas que acontecem nela, por uma programação inconsciente do seu cérebro. Ele faz você decidir algo que, eventualmente, você realmente não quer. Por quê? Nosso cérebro, simplificando, possui 3 mentes. A mente consciente é a parte do cérebro que pensa. A mente subconsciente é a parte dele que é responsável por tudo o que acreditamos. Nossas crenças. Ali foram gravadas no decorrer de nossas vidas e se tornaram nossa “realidade”. E a mente inconsciente é a parte do cérebro que cuida de nossos sentimentos. Ela domina nosso corpo e é por isso que fazemos coisas que, se pararmos para analisar, não deveríamos ter feito. São prejudiciais. Voltando então à dica do filósofo, perceba que quando nós, ou seja, nossa mente consciente decide positivamente fazer aquilo que tem medo, começa um processo de regravação daquele registro em nossa biblioteca de crenças, nossa mente subconsciente. Com a repetição desta ação, apagamos da biblioteca essa crença “irracional”. Essa é apenas uma das técnicas utilizadas. Simples e barata. Basta uma boa dose de disciplina, e um forte controle de sua mente consciente, e você terá grandes chances de eliminar todos os seus medos. Psicoterapias, terapias alternativas, hipnose, coaching, além de diversas outras opções podem também ser métodos eficientes, isso varia muito de pessoa para pessoa. Penso que o mais importante é experimentar a vida em toda plenitude, ser e fazer aquilo que nos faz feliz, e não ter arrependimentos do que tivemos medo de realizar. Você concorda?