ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. NOME DO MEDICAMENTO Flebogammadif 50 mg/ml, solução para perfusão. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Um ml contém 50 mg de imunoglobulina humana normal (IVIg) das quais, pelo menos 97% é IgG. A percentagem de subclasses de IgG é aproximadamente 66,6% IgG1, 28,5% IgG2, 2,7% IgG3 e 2,2% IgG4. Contém vestígios de IgA (inferior a 0,05 mg/ml). Excipiente: Um ml contém 50 mg de D-sorbitol. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução para perfusão A solução é transparente ou ligeiramente opalescente e sem cor ou amarela clara. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1. Indicações terapêuticas Flebogammadif é indicada para: Terapêutica de substituição em: Síndromes de Imunodeficiência Primária tais como: Agamaglobulinemia congénita e hipogamaglobulinémia Imunodeficiência variável comum Imunodeficiência combinada grave Síndrome de Wiskott Aldrich Mieloma ou leucemia linfocítica crónica com hipogamaglobulinémia secundária grave e infecções recorrentes. Crianças com SIDA congénita e infecções recorrentes. Imunomodulação Púrpura trombocitopénica idiopática (PTI), em crianças ou adultos com elevado risco de hemorragia ou antes de cirurgia para correcção da contagem de plaquetas. Síndrome de Guillain Barré. Doença de Kawasaki. Transplante alogénico de Medula Óssea. 2 4.2. Posologia e modo de administração Posologia A dose e o regime de dosagem dependem da indicação. Na terapêutica de substituição, a dosagem poderá ter que ser individualizada para cada doente dependendo da farmacocinética e da resposta clínica. Os regimes de dosagem apresentados a seguir são fornecidos como orientação. Terapêutica de substituição em síndromes de imunodeficiência primária O regime de dosagem deve atingir um nível de IgG (medido antes da perfusão seguinte) de pelo menos 4 - 6 g/l. Para que ocorra uma situação de equilíbrio, são necessários três a seis meses após o início da terapêutica. A dose inicial recomendada é de 0,4 – 0,8 g/kg seguida de pelo menos 0,2 g/kg a cada três semanas. A dose necessária para atingir um nível de 6 g/l é da ordem dos 0,2 – 0,8 g/kg/mês. O intervalo entre doses, depois de atingido um estado de equilíbrio, varia entre 2 – 4 semanas. Devem ser medidos os níveis para o ajuste da dose e dos intervalos de dosagem. Terapêutica de substituição no mieloma ou leucemia linfocítica crónica com hipogamaglobulinémia secundária grave e infecções recorrentes; terapêutica de substituição em crianças com SIDA e infecções recorrentes. A dose recomendada é 0,2 – 0,4 g/kg a cada três ou quatro semanas. Púrpura Trombocitopénica Idiopática Para o tratamento de um episódio agudo, 0,8 – 1 g/kg no primeiro dia, dosagem que pode ser repetida uma vez no espaço de 3 dias, ou 0,4 g/kg diariamente durante dois a cinco dias. O tratamento pode ser repetido em caso de recidiva. Síndrome de Guillain Barré 0,4 g/kg/dia durante 3 a 7 dias. A experiência em crianças é limitada. Doença de Kawasaki Devem ser administrados 1,6 – 2,0 g/kg em doses divididas no espaço de dois a cinco dias ou 2,0 g/kg em dose única. Os doentes devem receber um tratamento concomitante com ácido acetilsalicílico. Transplante alogénico de Medula Óssea O tratamento com imunoglobulina humana normal pode ser utilizado como parte do regime de condicionamento e após o transplante. Para o tratamento de infecções e profilaxia de doença transplante/hospedeiro, a dosagem é individualizada. A dose inicial é normalmente de 0,5 g/kg/semana, com início sete dias antes do transplante e por até 3 meses após o mesmo. 3 Em caso de ausência persistente da produção de anticorpos, recomenda-se a dosagem de 0,5 g/kg/mês, até que o nível de anticorpos retorne à normalidade. As recomendações de dosagem estão resumidas no quadro seguinte: Indicação Terapêutica de substituição em imunodeficiência primária Dosagem - dose inicial: 0,4 – 0,8 g/kg - subsequentemente: 0,2 – 0,8 g/kg Frequência a cada 2 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG de pelo menos 4 – 6 g/l Terapêutica de substituição em imunodeficiência secundária 0,2 – 0,4 g/kg a cada 3 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG de pelo menos 4 – 6 g/l Crianças com SIDA Imunomodulação: 0,2 – 0,4 g/kg a cada 3 – 4 semanas Púrpura trombocitopénica idiopática Síndrome de Guillain Barré Doença de Kawasaki 0,8 – 1 g/kg ou no primeiro dia, se possível repetida uma vez no espaço de 3 dias 0,4 g/kg/d durante 2 a 5 dias 0,4 g/kg/d durante 3 a 7 dias 1,6 – 2 g/kg ou em várias doses durante 2 a 5 dias, em associação com ácido acetilsalicílico 2 g/kg uma dose, em associação com ácido acetilsalicílico Transplante alogénico de medula óssea: - tratamento de infecções e profilaxia do doença transplante/receptor 0,5 g/kg todas as semanas desde 7 dias antes até 3 meses após o transplante - ausência persistente de produção de anticorpos 0,5 g/kg todos os meses até que os níveis de anticorpos retornem à normalidade Modo de administração A Flebogammadif deve ser administrada por via intravenosa a uma velocidade inicial de 0,01 - 0,02 ml/kg/min durante os primeiros trinta minutos. Se bem tolerada, a velocidade de administração pode ser gradualmente aumentada até ao máximo de 0,1 ml/kg/min. 4.3. Contra-indicações Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes (ver secção 4.4). Hipersensibilidade a imunoglobulinas homólogas, especialmente em casos muito raros de deficiência em IgA, quando o doente possui anticorpos contra a IgA. Intolerância á frutose (ver secção 4.4) 4 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização Determinadas reacções adversas graves podem estar relacionadas com a velocidade de perfusão. A velocidade de perfusão apresentada em “4.2. Posologia e modo de administração” deve ser rigorosamente respeitada. Os doentes devem ser atentamente monitorizados e cuidadosamente observados para quaisquer sintomas que possam aparecer durante o período de perfusão. Algumas reacções adversas podem ocorrer com maior frequência: no caso de uma elevada velocidade de perfusão, em doentes com hipo ou agamaglobulinemia, com ou sem deficiência de IgA, em doentes que estão a receber imunoglobulina humana normal pela primeira vez ou, em casos raros, quando o medicamento de imunoglobulina humana normal é substituído ou após um longo intervalo de tempo desde a perfusão anterior. As reacções de hipersensibilidade verdadeira são raras. Podem ocorrer em casos muito raros de deficiência de IgA com anticorpos anti-IgA. Em casos raros, a imunoglobulina humana normal pode levar a uma baixa da tensão sanguínea com reacção anafilática, mesmo em doentes que tenham anteriormente tolerado o tratamento com imunoglobulina humana normal. As potenciais complicações podem ser geralmente evitadas, garantindo que: os doentes não são sensíveis à imunoglobulina humana normal, iniciando a perfusão lentamente a uma velocidade inicial de 0,01 - 0,02 ml/kg/min, os doentes são cuidadosamente monitorizados quanto a quaisquer sintomas durante o período de infusão. Em especial, os doentes que nunca receberam imunoglobulina humana normal (IVIg), os doentes que estavam a receber um medicamento de IVIg alternativo ou quando decorreu um período de tempo prolongado desde a última perfusão, devem ser monitorizados durante a primeira perfusão e durante a primeira hora após a primeira perfusão, de forma a detectar potenciais sinais adversos. Todos os outros doentes devem ser observados durante pelo menos 20 minutos após a administração. Existe evidência clínica de uma associação entre a administração de IVIg e ocorrências tromboembólicas tais como enfarte do miocárdio, apoplexia, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, que se supõe relacionada a um aumento relativo da viscosidade sanguínea provocada pela grande quantidade de imunoglobulina administrada em doentes de risco. Deve ter-se prudência ao prescrever e administrar IVIg a doentes obesos e a doentes com factores de risco preexistentes para ocorrências trombóticas (tais como idade avançada, hipertensão, diabetes mellitus e historial de doença vascular ou episódios trombóticos, doentes com distúrbios trombofílicos adquiridos ou inatos, doentes com períodos prolongados de imobilização, doentes com hipovolémia grave, doentes com patologias que aumentem a viscosidade do sangue). Foram assinalados casos de insuficiência renal aguda em doentes submetidos a terapêutica com IVIg. Na maioria dos casos, foram identificados factores de risco como insuficiência renal preexistente, diabetes mellitus, hipovolémia, excesso de peso, utilização concomitante de medicamentos potencialmente nefrotóxicos ou idade acima dos 65 anos. Em caso de insuficiência renal, deve ser considerada a interrupção do tratamento com IVIg. Estes casos de disfunção renal e insuficiência renal aguda foram associados à utilização de muitos dos medicamentos IVIg comercializados e aqueles contendo sacarose como estabilizador foram responsáveis por uma parte significativa do número total de casos. Nos doentes de risco, pode ser considerada a utilização de medicamentos IVIg que não contenham sacarose. Em doentes com risco de insuficiência renal aguda ou de reacções adversas tromboembólicas, os medicamentos de IVIg devem ser administrados na mais baixa velocidade de perfusão e dosagem possíveis. 5 Em todos os doentes, a administração de IVIg requer: hidratação adequada antes do início da administração de IVIg monitorização da produção de urina monitorização dos níveis séricos de creatinina evitar a utilização concomitante de diuréticos da ansa Em caso de reacção adversa, a administração deve ser reduzida ou a perfusão interrompida. O tratamento necessário depende da natureza e gravidade da reacção adversa. Em caso de choque, deve ser administrado o tratamento médico padrão para choque. As medidas padrão para a prevenção de infecções resultantes da utilização de medicamentos derivados do plasma ou sangue humano incluem a selecção de dadores, triagem das dádivas individuais e das pools de plasma quanto a marcadores específicos de infecção e a inclusão de etapas de fabrico eficientes para a inactivação/remoção de vírus. Apesar disto, quando são administrados medicamentos derivados do plasma ou sangue humano, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes e outros agentes patogénicos. As medidas adoptadas são consideradas eficazes para vírus com envelope tais como VIH, HBV e HCV, e para os vírus sem envelope HAV e parvovirus B19. Existem evidências tranquilizadoras relativamente à ausência de transmissão do vírus da hepatite A ou do parvovirus B19 com as imunoglobulinas, admitindo-se também que o conteúdo em anticorpos fornece uma importante contribuição para a segurança viral. Recomenda-se vivamente que sempre que a Flebogammadif é administrada a um doente, o nome e o número de lote do medicamento sejam registados, de forma a manter uma ligação entre o doente e o lote do medicamento. Cuidados especiais sobre os excipientes: Este medicamento contém 50 mg de sorbitol por ml como excipiente. Os doentes com intolerância rara hereditária à frutose não devem receber este produto. Deve ser tida particular atenção com bebés e crianças porque a intolerância à frutose pode ainda não estar diagnosticada e pode ser fatal. Não são esperadas interferências com a determinação dos níveis de glucose no sangue. 4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Vacinas de vírus vivos atenuados A administração de imunoglobulina pode diminuir, por um período mínimo de 6 semanas e de até 3 meses, a eficácia de vacinas de vírus vivos atenuados como as do sarampo, rubéola, parotidite e varicela. Depois da administração deste medicamento, deve decorrer um intervalo de 3 meses antes da vacinação com vacinas de vírus vivos atenuados. No caso do sarampo, a diminuição pode persistir até 1 ano. Assim sendo, os doentes que recebem vacinas contra o sarampo devem ter o seu nível de anticorpos testado. Interferência com testes serológicos Depois da perfusão de imunoglobulina, o aumento transitório de diversos anticorpos transferidos passivamente no sangue dos doentes pode resultar em resultados falsos positivos nos testes serológicos. A transmissão passiva de anticorpos contra antigénios eritrocitários, p.e. A, B, D, pode interferir com alguns testes serológicos de anticorpos de glóbulos vermelhos, por exemplo o teste antiglobulina (Teste de Coombs). 6 4.6. Gravidez e aleitamento A segurança deste medicamento para utilização em mulheres grávidas não foi estabelecida em ensaios clínicos controlados e deve portanto ser administrado com prudência a grávidas e mães em aleitamento. A experiência clínica com imunoglobulinas sugere que não são de esperar efeitos nefastos na gravidez, ou no feto e no recém-nascido. As imunoglobulinas são excretadas no leite e podem contribuir para a transferência de anticorpos protectores para o recém-nascido. 4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Uma vez que a Flebogammadif pode induzir tonturas, os doentes devem ser advertidos relativamente à condução ou utilização de máquinas. 4.8. Efeitos indesejáveis Podem ocorrer ocasionalmente reacções adversas tais como calafrios, cefaleias, febre, vómitos, reacções alérgicas, náuseas, artralgias, tensão arterial baixa e dor lombar inferior moderada. As imunoglobulinas humanas normais podem provocar raramente, uma baixa súbita da tensão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo quando o doente não tenha evidenciado hipersensibilidade em administrações anteriores. Casos de meningites assépticas reversíveis, casos isolados de hemólise/anemia hemolítica reversível e casos raros de reacções cutâneas passageiras têm sido observados com imunoglobulina humana normal. Têm sido observados casos de aumento do nível de creatinina sérica e/ou falência renal aguda. Muito raramente: Reacções tromboembólicas tais como enfarte do miocárdio, apoplexia, embolismo pulmonar e trombose venosa profunda. Foram realizados dois ensaios clínicos multicêntricos, um em crianças e adultos com imunodeficiência primária e o outro em doentes com púrpura trombocitopénica imune crónica em fase aguda. No primeiro ensaio foram incluídos 46 doentes e 41 concluíram o estudo. Foram seguidos durante 1 ano de tratamento com uma dosagem de 300 - 600 mg/kg a cada 3 a 4 semanas. No segundo estudo foi incluído um total de 20 doentes. Os doentes receberam uma dose total de 400 mg/kg de peso corporal durante 5 dias consecutivos durante 3 meses. Assim sendo, um total de 66 doentes estiveram expostos à Flebogammadif e receberam 806 perfusões. Os dados de ambos os estudos indicam uma boa tolerância do produto uma vez que a maioria dos acontecimentos adversos foram considerados de natureza moderada a leve. Das 806 infusões administradas nos doentes dos dois estudos, 10,8% (limite superior do Intervalo de Confiança (IC) a 95% = 12,9%) foram associadas com um acontecimento adverso suspeito relacionado com o produto. Nenhum doente faleceu, apenas 6 doentes foram retirados dos estudos mas nenhum deles por causa de acontecimentos adversos potencialmente relacionados. Quatro doentes sofreram 8 acontecimentos adversos graves que foram considerados não relacionados com o medicamento em estudo. Pirexia e cefaleias foram os acontecimentos adversos, potencialmente relacionados com o medicamento em estudo, mais frequentemente relatados em ambos os estudos. As reacções adversas relatadas nos 2 ensaios por, pelo menos, 5% dos doentes está resumida e categorizada de acordo com a classificação de sistemas de órgãos segundo a base de dados MedDRA na tabela seguinte: A frequência foi determinada utilizando o seguinte critério: 7 − − − − − Muito frequentes: ≥1/10 Frequentes: ≥1/100, <1/10 Pouco frequentes: ≥1/1000, <1/100 Raros: ≥1/10000, <1/1000 Muito raros: <1/10000, desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de órgãos Exames complementares de diagnóstico Doenças do sistema nervoso Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Doenças gastrointestinais Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Afecções musculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo Vasculopatias Perturbações gerais e alterações no local de administração Avaliação da frequência de RAM Teste de Coombs positivo, diminuição Pouco frequentes da pressão sanguínea sistólica, aumento da pressão sanguínea sistólica, aumento da temperatura corporal Dores de cabeça Frequentes Tonturas Pouco frequentes Bronquite, Tosse, Pieira Pouco frequentes Termo preferencial do sistema corporal Diarreia, náuseas, vómitos, dor abdominal, dor abdominal superior Urticária, erupção cutânea com prurido, dermatite de contacto Dor nas costas, artralgia, mialgia, espasmos musculares Hipotensão, hipertensão, hipertensão diastólica, flutuações da pressão sanguínea Pirexia, reacção no local de administração Calafrios, astenia, dor, inflamação no local de administração, edema no local de administração, dor no local de administração, prurido no local de administração, tumefacção no local de administração, migração de implante Pouco frequentes Pouco frequentes Pouco frequentes Pouco frequentes Frequentes Pouco frequentes Sobre a segurança relativamente a agentes transmissíveis, consultar a secção 4.4. 4.9. Sobredosagem A sobredosagem pode levar a uma sobrecarga e hiperviscosidade de fluido, especialmente em doentes de risco, incluindo doentes mais idosos ou doentes com insuficiência renal. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1. Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: soro imunológico e imunoglobulinas: imunoglobulinas, humanas normais, para administração intravascular, Código ATC: J06BA02. 8 Imunoglobulina normal humana contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos contra agentes infecciosos. Imunoglobulina normal humana contém os anticorpos IgG presentes na população normal. É normalmente preparada a partir de pools de plasma de não menos de 1000 dadores. Apresenta uma distribuição de subclasses de imunoglobulinas G aproximadamente proporcional à do plasma humano nativo. Doses adequadas deste medicamento podem restaurar níveis anormalmente baixos de imunoglobulina G para valores normais. O mecanismo de acção em outras indicações que não sejam a terapêutica de substituição não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores. Num ensaio clínico com doentes crónicos com PTI foi atingido um aumento significativo nos níveis médios de plaquetas (64000/μl) embora não tenham sido atingidos os valores normais. Foram realizados dois ensaios clínicos com Flebogammadif, um para terapia de reposição em doentes com imunodeficiência primária (ambos em adultos e em crianças com mais de 10 anos) e outro para imunomodulação em doentes adultos com Púrpura Trombocitopénica Imune. 5.2. Propriedades farmacocinéticas A imunoglobulina humana normal fica imediata e completamente disponível na circulação do receptor após a administração intravenosa. É distribuída relativamente depressa entre o plasma e o fluido extravascular; depois de aproximadamente 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os compartimentos intra e extravascular. A Flebogammadif tem um tempo de semi-vida de 30 - 32 dias. Este tempo de semi-vida pode variar de doente para doente, especialmente na imunodeficiência primária. A IgG e os complexos IgG são metabolizados em células do sistema retículo-endotelial. 5.3. Dados de segurança pré-clínica Foram efectuados estudos de toxicidade de dose simples em ratos e ratinhos. A ausência de mortalidade nos ensaios pré-clínicos realizados com a Flebogammadif com dosagens até 2500 mg/kg, e a falta de quaisquer sinais confirmados relevantes que afectem o sistema respiratório, circulatório e sistema nervoso central, dos animais tratados sustenta a segurança de Flebogammadif. Os estudos de toxicidade de dose repetida e os estudos de toxicidade embrio-fetal são impraticáveis devido à indução e à interferência pelo desenvolvimento de anticorpos. Não foram estudados os efeitos do medicamento no sistema imunitário do recém-nascido. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes D-sorbitol Água para preparações injectáveis 6.2. Incompatibilidades Este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos ou fluidos intravenosos. Deve ser administrado numa linha de administração intravenosa separada. 9 6.3. Prazo de validade 2 anos. 6.4. Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 30 ºC. Não congelar. 6.5. Natureza e conteúdo do recipiente 10 ml, 50 ml, 100 ml, 200 ml ou 400 ml de solução em frascos para injectáveis (vidro tipo II) com tampa (borracha de cloro-butilo). Embalagem: 1 frasco para injectáveis É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6. Precauções especiais de eliminação e manuseamento O medicamento deve ser levado à temperatura ambiente ou à temperatura corporal antes da utilização. A solução deve ser transparente ou ligeiramente opalescente. Não utilize soluções que se apresentem turvas ou tenham depósito. Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès 08150 Barcelona - Espanha 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu. 10 ANEXO II A. FABRICANTE(S) DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 11 A FABRICANTE(S) DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do(s) fabricante(s) da(s) substância(s) activa(s) de origem biológica Instituto Grifols, S.A. Polígono Levante Can Guasch, 2, E-08150 Parets del Vallès Barcelona, Espanha Nome e endereço do(s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote Instituto Grifols, S.A. Polígono Levante Can Guasch, 2, E-08150 Parets del Vallès Barcelona, Espanha B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento sujeito a receita médica. • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO Não aplicável. • OUTRAS CONDIÇÕES Sistema de Farmacovigilância O titular de AIM deve asseguar que o sistema de farmacovigilância, conforme o descrito na versão 1.0 apresentada no módulo 1.8.1 do pedido de AIM, está efectuado e a funcionar antes e enquanto o produto estiver no mercado. Plano de gestão de risco O titular de AIM compromete-se a realizar as actividades de farmacovigilância detalhadas no Plano de Farmacovigilância, como acordado na versão 1.1. do Plano de Gestão de Risco (PGR) apresentado no módulo 1.8.2 do pedido de AIM bem como qualquer actualização subsequente do PGR de acordo com o CHMP. Relativamente às normas orientadoras do CHMP sobre Sistemas de Gestão de Risco para medicamentos de uso humano, deve ser submetido um PGR actualizado ao mesmo tempo que o próximo Relatório Periódico de Segurança (RPS). Adicionalmente, deve ser submetido um PGR actualizado: • Quando é recebida nova informação que possa ter impacto nas Especificações de Segurança, no Plano de Farmacovigilância ou nas actividades de minimização de riscos actuais; • Dentro de 60 dias após ter sido alcançado um marco importante (farmacovigilância ou minimização de riscos) • A pedido da EMEA 12 Libertação oficial do lote: nos termos do artigo 114.º da Directa 2001/83/EC, com as alterações que lhe foram introduzidas, a libertação oficial do lote será feita por um laboratório estatal ou um laboratório designado para esse efeito. 13 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 14 A. ROTULAGEM 15 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO EMBALAGEM EXTERIOR (0,5 g, 2,5 g, 5 g, 10 g e 20 g) 1. NOME DO MEDICAMENTO Flebogammadif 50 mg/ml solução para perfusão Imunoglobulina humana normal 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Um ml contém 50 mg de imunoglobulina humana normal (IVIg) das quais, pelo menos 97% é IgG. 3. LISTA DE EXCIPIENTES D-Sorbitol, água para preparações injectáveis. 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Solução para perfusão 0,5 g em 10 ml 2,5 g em 50 ml 5 g em 100 ml 10 g em 200 ml 20 g em 400 ml 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa. Consultar o folheto informativo, antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: 16 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não conservar acima de 30 ºC. Não congelar. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès 08150 Barcelona - Espanha 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille. 17 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DO FRASCO (2,5 g, 5 g, 10 g e 20 g) 1. NOME DO MEDICAMENTO Flebogammadif 50 mg/ml solução para perfusão Imunoglobulina humana normal 2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S) Um ml contém 50 mg de imunoglobulina humana normal (IVIg) das quais, pelo menos 97% é IgG. 3. LISTA DE EXCIPIENTES D-Sorbitol, água para preparações injectáveis 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO Solução para perfusão 2,5 g em 50 ml 5 g em 100 ml 10 g em 200 ml 20 g em 400 ml 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa Consultar o folheto informativo antes de utilizar. Para suspender, puxe aqui 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE VAL.: 18 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não conservar acima de 30 ºC. Não congelar. 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès 08150 Barcelona - Espanha 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille. 19 INDICAÇÕE MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DO FRASCO (0,5 g) 1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Flebogammadif 50 mg/ml solução para perfusão Imunoglobulina humana normal Via intravenosa 2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 3. PRAZO DE VALIDADE VAL.: 4. NÚMERO DO LOTE Lote: 5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE 0,5 g em 10 ml 6. OUTRAS 20 B. FOLHETO INFORMATIVO 21 FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Flebogammadif 50 mg/ml, solução para perfusão Imunoglobulina humana normal (IVIg) Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. O que é Flebogammadif e para que é utilizado 2. Antes de utilizar Flebogammadif 3. Como utilizar Flebogammadif 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Flebogammadif 6. Outras informações 1. O QUE É FLEBOGAMMADIF E PARA QUE É UTILIZADO Flebogammadif pertence a uma classe de medicamentos denominados imunoglobulinas intravenosas. Estes medicamentos são usados para tratar condições em que o sistema de defesa do organismo contra as doenças não está a funcionar correctamente. Flebogammadif é utilizada para aumentar os níveis de anticorpos no seu sangue. Um nível de anticorpos menor do que o normal, no seu sangue, resulta no incorrecto funcionamento do sistema de defesa (imunitário) do seu organismo. Os baixos níveis de anticorpos podem ser hereditários ou podem ter ocorrido durante o seu crescimento. Outras condições médicas tais como mieloma ou leucemia linfocítica crónica podem também reduzir o nível de anticorpos no seu organismo. O aumento dos níveis de anticorpos através de infusões regulares de Flebogammadif ajudará o seu organismo a defender-se das infecções. É utilizada para tratar a síndrome de Guillain Barre, no qual o sistema imunitário danifica os nervos e inibe-os de trabalhar correctamente. É utilizada para tratar a doença de Kawasaki, uma doença nas crianças na qual os vasos sanguíneos (artérias) do organismo estão aumentados. É utilizada no transplante da medula óssea, quando recebe células de medula óssea de outra pessoa. Os anticorpos na Flebogammadif ajudam a evitar infecções e ajudam a evitar que o seu corpo rejeite as novas células. É utilizada para tratar uma condição chamada púrpura trombocitopénica idiopática (PTI), na qual o número de plaquetas na corrente sanguínea está muito diminuído. As plaquetas formam uma parte importante do processo de coagulação e uma redução do seu número pode causar hemorragias indesejadas e hematomas. As infusões de Flebogammadif resultam num aumento do número de plaquetas, e uma melhoria da sua condição. Em crianças com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), pode ser usado para evitar infecções recorrentes. Se tiver alguma questão sobre a utilização da Flebogammadif pergunte ao seu médico. 22 2. ANTES DE UTILIZAR FLEBOGAMMADIF Não utilize Flebogammadif − Se é alérgico (hipersensível) à imunoglobulina humana normal ou a qualquer outro componente de Flebogammadif (Veja avisos especiais sobre excipientes no final desta secção). - Se tiver deficiência em imunoglobulina A (IgA) com anticorpos anti-IgA. - Se tiver intolerância á frutose. Tome especial cuidado com Flebogammadif Algumas reacções adversas podem ocorrer mais frequentemente: • Em caso de elevada velocidade de infusão. • Se tiver hipo- ou agamaglobulinemia (uma condição que implica baixos níveis de imunoglobulina no seu sangue) com ou sem deficiência em IgA. • Se está a usar Flebogammadif pela primeira vez, ou se já decorreu muito tempo desde a última infusão (p.e. várias semanas). Você será cuidadosamente vigiado até uma hora após a infusão para detectar potenciais sinais adversos. Verdadeiras reacções de hipersensibilidade são raras. Podem ocorrer em casos raros de deficiência de IgA com anticorpos anti-IgA. Raramente, a imunoglobulina humana normal pode induzir uma baixa da tensão arterial com reacção alérgica, mesmo que já tenha tolerado um tratamento anterior com imunoglobulina humana normal. Doentes com factores de risco preexistentes Por favor avise o seu médico se tem qualquer outra condição e/ou doença, pois é necessário cuidado. Em particular avise o seu médico se tiver: • diabetes • tensão alta • historia de doença vascular ou trombose • obesidade • baixo volume sanguíneo • doenças com elevada viscosidade sanguínea • idade avançada Doentes com problemas renais Se tiver um problema renal, o seu médico deve considerar a paragem do tratamento uma vez que foram relatados casos de falência renal aguda em doentes que receberam terapia IVIg, geralmente em doentes com factores de risco. Avise o seu médico, mesmo quando as circunstâncias acima descritas ocorreram no passado. Avisos especiais de segurança Quando os medicamentos são fabricados a partir de sangue ou plasma humano, são tomadas medidas para prevenir que possíveis infecções passem para os doentes. Estas medidas incluem a selecção cuidadosa de dadores de sangue e plasma para garantir que são excluídos os que estão em risco de transmitir infecção bem como testes em cada dádiva e pools de plasma para pesquisar sinais de vírus/infecções. Os fabricantes destes produtos também incluem passos no processamento do sangue ou plasma que podem inactivar ou remover vírus. Apesar destas medidas, quando são administrados medicamentos preparados a partir de sangue humano ou plasma a possibilidade de transmissão de 23 infecção não pode ser totalmente excluída. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes ou outros tipos de infecção. As medidas adoptadas são consideradas eficazes para vírus com envelope tais como o vírus da imunodeficiência adquirida (VIH), vírus da hepatite B e vírus da hepatite C, e para os vírus sem envelope da hepatite A e parvovirus B19. As imunoglobulinas não foram associadas com infecções por hepatite A ou parvovírus B19 possivelmente porque os anticorpos contra estas infecções, que estão contidos no produto, são protectores. Utilizar Flebogammadif com outros medicamentos y Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou se tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. • Efeito nas vacinas: Flebogammadif pode reduzir a eficácia de alguns tipos de vacinas tais como as do sarampo, rubéola, parotidite e varicela. Efeito em testes sanguíneos Se tiver que fazer um teste ao sangue após utilizar Flebogammadif, informe o analista ou o seu médico que está a tomar este medicamento. Os níveis de alguns anticorpos podem aumentar. Gravidez e aleitamento Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Informe o seu médico se estiver grávida ou a amamentar. O seu médico irá decidir se a Flebogammadif pode ser usada durante a gravidez e aleitamento. Condução de veículos e utilização de máquinas Por vezes pode ocorrer tonturas que podem afectar a capacidade de condução e utilizar máquinas. Informações importantes sobre alguns componentes de Flebogammadif Avisos especiais sobre excipientes: este medicamento contém 50 mg de sorbitol por ml de excipiente. Se o seu médico lhe disse que tem intolerância a alguns açúcares, contacte o seu médico antes de utilizar este medicamento. Deve ser tida particular atenção com bebés e crianças porque esta intolerância pode ainda não estar diagnosticada e pode ser fatal 3. COMO UTILIZAR FLEBOGAMMADIF Flebogammadif é administrada por injecção dentro da veia (administração intravenosa). Pode ser administrada por si se adequadamente treinado pelo pessoal do hospital. Deve fazer a infusão da maneira exacta como lhe mostraram para evitar que os micróbios entrem dentro do produto. Nunca deve administrar o produto a si próprio se estiver sozinho; deve estar sempre presente um adulto responsável. A dose que lhe vai ser dada vai depender do seu peso e será decidida pelo seu médico. No início da infusão receberá a Flebogammadif a uma velocidade de administração baixa (0,01 - 0,02 ml/kg/min). Dependendo do conforto que sinta, o seu médico poderá então aumentar gradualmente a velocidade de infusão (até 0,1 ml/kg/min). 24 A solução deve ser límpida ou ligeiramente opalescente. Não use a Flebogammadif se notar que a solução está turva ou apresenta depósitos. Se utilizar mais Flebogammadif do que deveria Se tomar mais Flebogammadif do que devia, o seu corpo pode receber demasiado fluído. Avise o seu médico imediatamente. Caso se tenha esquecido de utilizar Flebogammadif Avise o seu médico ou farmacêutico imediatamente e siga as suas instruções. Não deve tomar uma dose em duplicado para compensar pela dose que se esqueceu. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS Como todos os medicamentos, Flebogammadif pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Avise o seu médico se durante ou após a infusão, ocorrer alguns destes efeitos secundários: • Arrepios • Dor de cabeça • Febre • Náuseas • Vómitos • Reacção alérgica • Dores nas articulações • Baixa tensão arterial • Dor moderada na zona inferior das costas Os efeitos secundários raros, que podem ocorrer em menos de 1 em cada 1000 doentes, são: • Uma súbita baixa da tensão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo que não tenha evidenciado hipersensibilidade a uma administração anterior. • Casos de meningite temporária (meningite asséptica reversível) • Casos de redução temporária do número de glóbulos vermelhos no sangue (anemia hemolítica/hemólise reversível) • Casos de reacções cutâneas passageiras. • Aumento do nível da creatinina no soro e/ou falência renal aguda. Os efeitos secundários muito raros, que podem ocorrer em menos de 1 em cada 10000 doentes ou que não podem ser calculados a partir dos dados disponíveis, são: • Reacções tromboembólicas tais como enfarte do miocárdio, apoplexia, embolia pulmonar, trombose venosa profunda. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. COMO CONSERVAR FLEBOGAMMADIF Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Flebogammadif após o prazo de validade impresso no rótulo após “VAL.:”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não conservar acima de 30 ºC. Não congelar. 25 Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Flebogammadif - A substância activa é imunoglobulina humana normal (IVIg). Um ml contém 50 mg de imunoglobulina humana normal das quais, pelo menos 97% é IgG. A percentagem de subclasses de IgG é aproximadamente 66,6% IgG1, 28,5% IgG2, 2,7% IgG3 e 2,2% IgG4. Contém vestígios de IgA (inferior a 0,05 mg/ml). - Os outros componentes são sorbitol e água para preparações injectáveis (veja secção 2. “Antes de utilizar Flebogammadif” para mais informação sobre os excipientes). Qual o aspecto de Flebogammadif e conteúdo da embalagem Flebogammadif é uma solução para infusão. A solução é límpida ou ligeiramente opalescente e sem cor ou amarela pálida. A Flebogammadif é fornecida em frascos para injectáveis de 0,5 g/10 ml, 2,5 g/50 ml, 5 g/100 ml, 10 g/200 ml e 20 g/400 ml. Embalagem: 1 frasco para injectáveis. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès 08150 Barcelona - Espanha Para quais quer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular de Autorização no Mercado: België/Belgique/Belgien Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tél/Tel: +34 93 571 01 00 Luxembourg/Luxemburg Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tél/Tel: +34 93 571 01 00 България Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Magyarország Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Česká republika Grifols S.R.O. Zitná 2 CZ-120 00 Praha 2 Tel: +4202 2223 1415 Malta Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 26 Danmark Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tél/Tel: +34 93 571 01 00 Nederland Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Deutschland Grifols Deutschland GmbH Siemensstraße 32 D-63225 Langen Tél/Tel: +49 6103 750215 Norge Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tél/Tel: +34 93 571 01 00 Eesti Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Österreich Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Ελλάδα Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Polska Grifols Polska Sp. z o. o. UL. Nowogrodzka 68 PL-02-014 Warsaw Tel: +48 22 504 06 41 España Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Portugal Grifols Portugal, Lda. Rua de São Sebastião, nº 2 Zona Industrial de Cabra Figa P-2635-448 Río de Mouro Tel: +351 219 255 200 France Grifols France, SARL Parc Technologique Sainte Victoire Bâtiment 10, 1er étage F-13590 Meyreuil Tél/Tel: +33 442 54 44 00 România Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Ireland Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Slovenija Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Ísland Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Slovenská republika Grifols Internacional, S.A. Trnavská cesta 50 821 02, Bratislava Tel: +421 2 44 63 82 01 Italia Grifols Italia S.p.A. Via Carducci, 62 d I-56010 Ghezzano (Pisa) Tel: +39 050 8755 113 Suomi/Finland Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 27 Κύπρος Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Sverige Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Latvija Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 United Kingdom Grifols UK Ltd. Byron House Cambridge Business Park Cambridge, CB4 0WZ Tel: +44 01223 395700 Lietuva Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2 - Parets del Vallès E-08150, Barcelona Tel: +34 93 571 01 00 Este folheto foi aprovado pela última vez em Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) http://www.emea.europa.eu A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais dos cuidados de saúde: Posologia e modo de administração A dose e o regime de dosagem dependem da indicação. Na terapêutica de substituição, a dosagem poderá ter que ser individualizada para cada doente dependendo da farmacocinética e da resposta clínica. Os regimes de dosagem apresentados a seguir são fornecidos como orientação: As recomendações de dosagem estão resumidas no quadro seguinte: Indicação Terapêutica de substituição em imunodeficiência primária Dosagem - dose inicial: 0,4 – 0,8 g/kg - subsequentemente: 0,2 – 0,8 g/kg Frequência a cada 2 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG de pelo menos 4 – 6 g/l Terapêutica de substituição em imunodeficiência secundária 0,2 – 0,4 g/kg a cada 3 – 4 semanas para obter um nível mínimo de IgG de pelo menos 4 – 6 g/l Crianças com SIDA Imunomodulação: 0,2 – 0,4 g/kg a cada 3 – 4 semanas Púrpura trombocitopénica idiopática 0,8 – 1 g/kg ou 0,4 g/kg/d 28 no primeiro dia, se possível repetida uma vez no espaço de 3 dias durante 2 a 5 dias Síndrome de Guillain Barré Doença de Kawasaki 0,4 g/kg/d durante 3 a 7 dias 1,6 – 2 g/kg ou em várias doses durante 2 a 5 dias, em associação com ácido acetilsalicílico 2 g/kg uma dose, em associação com ácido acetilsalicílico Transplante alogénico de medula óssea: - tratamento de infecções e profilaxia do doença transplante/receptor 0,5 g/kg todas as semanas desde 7 dias antes até 3 meses após o transplante - ausência persistente de produção de anticorpos 0,5 g/kg todos os meses até que os níveis de anticorpos retornem à normalidade A Flebogammadif deve ser administrada por via intravenosa a uma velocidade inicial de 0,01 - 0,02 ml/kg/min durante os primeiros trinta minutos. Se bem tolerada, a velocidade de administração pode ser gradualmente aumentada até ao máximo de 0,1 ml/kg/min. Num ensaio clínico com doentes crónicos com PTI foi atingido um aumento significativo nos níveis médios de plaquetas (64000/μl) embora não tenham sido atingidos os valores normais. Incompatibilidades Flebogammadif não deve ser misturado com outros medicamentos ou fluidos intravenosos. Deve ser administrado numa linha de administração intravenosa separada. Precauções especiais Recomenda-se vivamente que sempre que a Flebogammadif é administrada a um doente, o nome e o número de lote do medicamento sejam registados, de forma a manter um registo dos lotes usados. Instruções de eliminação e manuseamento O medicamento deve ser levado à temperatura ambiente (não mais de 30 ºC) antes da utilização. A solução deve ser transparente ou ligeiramente opalescente. Não utilize soluções que se apresentem turvas ou tenham depósito. Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 29