fundamentos de segurança química 2011

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CURSO DE SEGURANÇA QUÍMICA
FUNDAMENTOS DE
SEGURANÇA QUÍMICA
Data: 12.09.2011
Local: Araraquara-SP
Segurança química é a prevenção
dos efeitos adversos, imediatos e
ao longo do tempo, para as
pessoas e o meio ambiente,
decorrentes da produção,
armazenagem, transporte, uso
e descarte de substâncias.
(PNUMA)
De uma forma didática, pode ser
apresentada em três aspectos:
ambiental, de saúde pública e
ocupacional, tanto sob o ponto
de vista da prevenção, como dos
efeitos de acidentes.
ASPECTOS
AMBIENTAIS
poluição do ar
poluição do solo
poluição das águas
prejuízos à natureza
prejuízos ao ser humano
ASPECTOS DE
SAÚDE PÚBLICA
ASPECTOS
OCUPACIONAIS
vigilância sanitária
identificação do perigo / agente
vigilância epidemiológica
avaliação / análise do risco
segurança alimentar
controle do risco
saúde ambiental
Proteção de:
Trabalhadores
Meio ambiente correlato
Populações vizinhas
rotulagem
proteção do ser humano
TERMINOLOGIA
RISCO X PERIGO
INGLÊS
PORTUGUÊS
SENTIDO
HAZARD
PERIGO
POTENCIAL, INTRÍ
INTRÍNSECA
(POSSIBILIDADE)
DANGER
PERIGO
POTENCIAL, INTRÍ
INTRÍNSECA
(ALERTA)
RISK
RISCO
FATOR INDESEJADO
(PROBABILIDADE)
EXEMPLO: GASOLINA
INGLÊS
PORTUGUÊS
SENTIDO
HAZARD
PERIGO
POTENCIAL, PROPRIEDADE, INTRÍ
INTRÍNSECA
(POSSIBILIDADE) (PRODUTO PERIGOSO)
DANGER
PERIGO
POTENCIAL, INTRÍ
INTRÍNSECA
(ALERTA)
RISK
RISCO
INDESEJADO, DE QUE?, PARA QUEM/OQUE?
(PROBABILIDADE)
INGLÊS
PORTUGUÊS
SENTIDO
HAZARD
PERIGO
POTENCIAL, INTRÍ
INTRÍNSECA
(POSSIBILIDADE)
DANGER
PERIGO
POTENCIAL, INTRÍ
INTRÍNSECA
(ALERTA)
RISK
RISCO
INDESEJADO, DE QUE?, PARA QUEM/OQUE?
(PROBABILIDADE)
INCIDENTE
FATO NÃO CONSUMADO PARA O RISCO
CONSIDERADO
ACIDENTE
FATO CONSUMADO PARA O RISCO
CONSIDERADO
Hazard/Danger Perigo/condição de (possibilidade)
Risk - Risco (probabilidade)
(conforme adotado pela OIT, PNUMA, GHS)
Perigo:
Intrínseco, propriedade da substância
ou da determinada condição.
Risco:
Variável, depende do tempo, das medidas de
segurança, controle ou falta das mesmas
Risco
Risco 1
Risco 2
Risco 3
Risco 3 > Risco 2 > Risco 1
=
Perigo
Segurança
PERIGO X RISCO
EXEMPLO: INSETICIDAS
Exemplo: incêndio x risco de queimadura
Risco 2
Risco 1
Risco 1 > Risco 2
EXEMPLO: ESPAÇO CONFINADO
Qual é o produto perigoso?
Produto Perigoso:
É todo o produto que represente risco para a
saúde das pessoas, para a segurança pública ou
para o meio ambiente.
Qual é o perigo ( hazard )?
Qual é o perigo ( danger )?
Qual é o risco?
Risco de que e para quem?
Risco grande ou pequeno?
Venenol
EXEMPLO: ESPAÇO CONFINADO
Qual é o perigo hazard?(produto perigoso)
RISCO GRANDE X RISCO GRAVE
(efeito, magnitude, gravidade)
EVAPORAÇÃO
DE ÁGUA
Qual é o perigo danger?
Qual é o risco?
Risco de que e para quem?
O risco de inalação de
vapores é grande, mas
o efeito não é grave
Risco grande ou pequeno?
Venenol
VAPOR H2SO4
EXAUSTÃO
O risco de inalação de
vapores é mínimo,mas
o efeito é grave
Adicional de periculosidade
NR 16 Portaria 3214, MTE, 1978.
“Risco acentuado”, situação
que dá direito ao adicional de
periculosidade
PERIGO X RISCO
Perigo:
Variável, depende das medidas de segurança, controle ou
falta das mesmas
Risco:
intrínseco, propriedade da substância
(Conforme definição de Willie Hammer, adotada
na elaboração de NR`s da Portaria 3214 em 1978)
Risco = intrínseco ; Perigo = variável
Perigo 1
Perigo 2
Perigo 2 > Perigo 1
CONCLUSÃO
RISCO ACENTUADO = DANGER
Legalmente falando:
Nas situações previstas nas tabelas
da Norma Regulamentadora 16,
da Portaria 3214 do MTE
FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA
1
2
3
4
5
6
7
8
- Propriedades de segurança
- Líquidos inflamáveis
- Explosivos
- Bola de fogo
- Bleve
- Boilover
- Explosão de poeiras
- Produtos peroxidáveis
FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA
9 - Compostos pirofóricos
10 - Produtos que reagem com a água
11 - Combustão espontânea
12 - Líquidos criogênicos
13 - Substâncias corrosivas
14 - PH
15 - Incompatibilidade química
16 - Poluentes orgânicos persistentes
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
DENSIDADE DO LÍQUIDO
VISCOSIDADE DO LÍQUIDO/PONTO
DE FLUIDEZ
DENSIDADE DO VAPOR
PONTO DE FULGOR
TEMPERATURA DE AUTO IGNIÇÃO
FAIXA DE INFLAMABILIDADE
ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO
IDLH (IPVS)
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
Muitos acidentes são evitados ou
atenuados quando as características
dos produtos químicos utilizados são
prontamente reconhecidas e tomadas
as medidas de precaução contra os
riscos de incêndio, explosão,
liberações tóxicas e suas
consequências para trabalhadores,
população e meio ambiente.
DENSIDADE DO LÍQUIDOS
(densidade em relação à água)
A densidade da fase líquida em relação à
água é muito importante no caso do produto
ser insolúvel em água.
Os hidrocarbonetos são insolúveis e menos
denso que a água e no caso de vazamento,
o produto se espalha por uma superfície
muito grande.
DENSIDADE DO LÍQUIDOS
(densidade em relação à água)
d = massa / volume
Gasolina = 0,8
Água = 1,0
Água = 1,0
Tricloroetileno
1,40
DENSIDADE DO LÍQUIDOS
Já o Dissulfeto de Carbono, é
insolúvel e mais denso que a água,
ficando restrito preferencialmente
nas irregularidades do piso e isolado
do ar atmosférico.
O FENÔMENO BOILOVER
Selo D´Água
Dissulfeto de
carbono
Fogo
Óleo
Água
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PRODUTO
nDecano
Ciclohexano
Tolueno
Benzeno
Óleos
Água
Clorobenzeno
Naftaleno
Dissulfeto de Carbono
Tricloroetileno
Anidrido Ftálico
DENSIDADE
0,73
0,78
0,86
0,88
0,96
1,00
1,11
1,13
1,26
1,40
1,53
No caso do contaminante ser solúvel ou
reagir quimicamente com água os riscos
poderão ser decorrentes de alterações do
ph, da temperatura ou da formação de
novos compostos tóxicos que possam
afetar a fauna e interferir na cadeia
alimentar e chegar aos seres humanos.
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
DENSIDADE DO VAPOR
(em relação ao ar)
Apenas o hidrogênio, metano, acetileno e
etileno tem densidade de vapor menor que o
ar.
Os vapores são geralmente mais pesados que
o ar, tendo os hidrocarbonetos densidade
entre 3 e 4, ficando nas partes baixas.
DENSIDADE DO VAPOR
No caso de vazamento de gasolina, os
vapores ficarão nas partes mais
baixas, enquanto que num vazamento
de hidrogênio, o gás ficará nas partes
mais altas, devido à sua baixa
densidade relativa (0,07)
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
VISCOSIDADE/PONTO DE FLUIDEZ
Resistência ao escoamento
Velocidade de escoamento.
Quanto menor a velocidade de
escoamento, maior a viscosidade
A viscosidade diminui com o aumento
da temperatura, ou seja o liquido
aquecido tende a “escorrer”.
Um sólido de baixo ponto de fluidez, não inflamável
à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou
aumento de temperatura pode derreter e espalharse alimentando e propagando o fogo (Ex. materiais
betuminosos, ceras, parafinas)
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PONTO DE FULGOR
É a menor temperatura na qual uma
substância libera vapores em quantidades
suficientes para que a mistura de vapor e
ar logo acima de sua superfície propague
uma chama, a partir do contato com uma
fonte de ignição.
25 ºC
Considerando a temperatura
ambiente numa região de 25º C
e um produto com ponto de
fulgor de 15º C
p.f.=15ºC
-15 ºC
25 ºC
se o ponto de fulgor do
produto for de 30º C,
significa que este não estará
liberando vapores
inflamáveis
p.f.= 30ºC
p.f. 15 ºC
p.f. 15 ºC
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PONTO DE FULGOR
O ponto de fulgor é determinado
aquecendo-se lentamente o líquido em
um vaso e passando-se periodicamente
uma chama sobre o vaso até que ocorra o
fulgor. Como a essa temperatura (PF) a
geração de vapores é insuficiente para
manter a chama, só há um “flash”,
consumindo os vapores acumulados.
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PONTO DE FULGOR
Métodos para a determinação
do Ponto de Fulgor:
VASO ABERTO (Cleveland)
VASO FECHADO (Pensky Martens)
Vide ABNT 17505
VASO FECHADO
ASTM D 93
NBR 14598
VASO ABERTO (Cleveland)
MB 50
ASTM D 92
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
PRODUTO
P.F.(°c)
Cloreto de vinila...................
vinila................... - 78
Éter Etí
Etílico............................ - 45
Gasolina............................ -38 a -45
Acetona................................. - 20
Acetato de Metila.................. - 10
Tolueno................................. 4
Alcool Etí
Etílico.......................... 13
Terebentina...........................
Terebentina........................... 35
Anidrido Acé
Acético.................... 49
Etileno Glicol......................... 111
Estearato de Amila(
Amila(oc).........
oc)......... 185
PONTO DE COMBUSTÃO
O Ponto de Combustão já é alguns graus
acima do ponto de fulgor e consegue
manter a combustão.
Enquanto no ponto de fulgor a chama dura
pouco tempo devido à insuficiência de
vapores, no ponto de combustão a chama
permanece de forma contínua.
TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO
(Ponto de ignição)
Temperatura de Auto-ignição ou
Temperatura de Ignição, é a mínima
temperatura na qual o produto ao entrar
em contato com o ar ambiente, se
inflama espontaneamente.
Tign
T1
TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO
Normalmente as temperaturas de autoignição apresentam valores em torno de
400 a 500 °C, no entanto existem
produtos com baixas Temperaturas de
Ignição, podendo entrar em ignição ao
entrar em contato com linhas de vapor
ou equipamentos aquecidos.
TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO
SUBSTÂNCIA
Pentaborano
Diborano
Dissulfeto de Carbono
Éter Etílico
Acroleína
Gás Sulfídrico
Formaldeído
Hidrogênio
Óxido de Etileno
Cloreto de Vinila
Tolueno
Gás Natural
25 ºC
TAI(°c)
35
40-50
90
160
235
260
300
400
429
472
480
537
25 ºC
200 ºC
600 ºC
pf = 66 ºC
pc = 200 ºC
pi = 600 ºC
FAIXA DE INFLAMABILIDADE
FAIXA DE INFLAMABILIDADE
Os produtos químicos inflamáveis ou
combustíveis, só queimam dentro de
uma determinada faixa de concentração
no ar, chamada de FAIXA DE
INFLAMABILIDADE, que é
compreendida pelos Limites Inferior e
Superior de Explosividade.
LIE = Limite inferior de explosividade
LSE = Limite superior de explosividade
pobre
0%
LIE
ideal
mistura rica
LSE
100%
Para qualquer gás, 1% em volume é igual a 10.000
ppm (partes por milhão)
EXEMPLOS DE LIE / LSE
FAIXA DE INFLAMABILIDADE
gasolina: 1,4 a 7,6 %
metanol: 6,0 a 36,0
Um exemplo de mistura rica e que
estamos acostumados a presenciar, e a
mistura combustível no motor do carro
quando ele esta afogado, não queima,
sendo necessário se esperar alguns
minutos até que a gasolina se evapore,
eliminando a mistura rica.
hidrogênio: 4,0 a 75%
dissulfeto de carbono: 1 a 50%
monóxido de carbono: 12,5 a 74%
butano: 1,5 a 8,5 %
propano: 2,0 a 9,5
alcool etílico: 3,3 a 19,0%
Amônia: 15,0 a 28,0 %
Exemplo de mistura explosiva
de GLP + ar
Exemplo de mistura explosiva
de GLP + ar
LIE ~ 2%
BUJÃO DE 13 KG ~ 16 LITROS
1 LITRO DE GLP ~ 250 LITROS DE GÁS
16 LITROS DE GLP = 4.000 LITROS DE GÁS
4.000 LITROS DE GÁS CORRESPONDE A 2% DE
200.000 litros DE MISTURA EXPLOSIVA AR + GÁ
GÁS
APLICAÇÕES
EXPLOSÍMETRO
Aparelho de campo que mede
a porcentagem da
concentração em relação ao
limite inferior de explosividade
0%
LIE
LSE
100%
ENTRADA EM ESPAÇOS
CONFINADOS
MONITORAMENTO COM
EXPLOSÍMETRO EM
CARRETA-TANQUE
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO
É a energia mínima em forma de
descarga capacitiva necessária para
causar ignição de uma mistura
explosiva sob condições normais de
pressão e temperatura.
É medida em milijoules (mJ) e tem
importância em áreas onde possa
ocorrer geração de eletricidade
estática e descargas eletrostáticas.
Uma descarga capacitiva ocorre entre duas
superfícies cuja diferença de potencial seja
suficiente para romper o meio dielétrico.
Se o meio dielétrico for uma mistura explosiva
a mesma entrará em ignição
F
O
N
T
ignition
E
:
I
S
S
A
no ignition
FLUIDOS INFLAMÁVEIS
Explosão
Faísca
+
-
+
-
+
-
+
-
+
-
+
-
+
-
+
AR
Mistura
inflamável
Gases inflamáveis: (ANTT)
Gás inflamável é um gás com uma faixa de 13% ou
menos de inflamabilidade com o ar a 20ºC a uma
pressão padrão de 101,3 kPa (1 atm)
Líquidos inflamáveis: (NR 20 – MTE 1978)
Líquido inflamável é aquele que possui ponto de fulgor
inferior a 70ºC e pressão de vapor que não exceda 2,8
kg/cm2 absoluta a 37,7 ºC
Líquidos inflamáveis: (GHS)
Líquido inflamável é aquele com um ponto de fulgor de
não mais de 93 ºC
Líquidos inflamáveis: (ABNT)
Qualquer líquido que tenha ponto de fulgor, em vaso
fechado, abaixo de 37,8 ºC
EXPLOSIVOS
Material explosivo é um sólido ou líquido que
quando provocado por um agente externo são
capazes de se decompor quimicamente com
produção de gás a uma temperatura e pressão
tais e a uma velocidade tal que cause danos às
redondezas. O agente externo pode ser faísca,
aquecimento,chama, impacto,atrito, vibração.
(vide artigo da UFJF)
PROPRIEDADES DE SEGURANÇA
IDLH(Immediately Dangerous to Life or
Health - IPVS(Imediatamente Perigoso
à Vida ou à Saúde)
É a concentração imediatamente
perigosa à vida ou à saúde, da qual um
trabalhador pode escapar em 30
minutos sem sintomas ou efeitos
irreversíveis à saúde (NIOSH/OSHA
Standards Completion Program)
PRODUTO QUÍMICO
IDLH(PPM)
Pentafluoreto de Enxofre
Fosgênio
Acrilonitrila
Acroleína
Tolueno Diisocianato
Cloro
Dióxido de Enxofre
Fosfina
Tetracloreto de Carbono
Dissulfeto de Carbono
Acrilato de Metila
1
2
4
5
10
25
100
200
300
500
1000
PRODUTO QUÍMICO
Monóxido de Carbono
Benzeno
Piridina
Estireno
n-hexano
Cumeno
Clorometano
Tetrahidrofurano
Acetona
Dióxido de Carbono
IDLH(ppm)
1500
2000
3600
5000
5000
8000
10000
20000
20000
50000
TOXICIDADE
Capacidade inerente a uma substância
quí
química de produzir efeito adverso ou
nocivo sobre um organismo vivo
CL50 – Concentração Letal cinqüenta:
É a concentração de um agente num meio que causa
mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da
população exposta, durante um determinado período
de tempo, por inalação
DL50 - Dose letal 50%
Geralmente é o primeiro experimento com uma nova
substância quí
química
DL50 é a dose calculada de um agente num meio que
causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da
população animal em condições bem definidas, por
qualquer via de administração, exceto por inalação.
CL50, via respiratória para rato ou camundongo.
DL50, via oral para rato ou camundongo.
LIMITE DE PERÇEPÇÃO AO OLFATO
L.P.O.
Limite de Percepção ao Olfato é a menor
concentração de uma substância
no meio ambiente na qual a média das pessoas
percebe o odor de algum produto.
É um valor sujeito a restrições pois varia de
pessoa para pessoa.
Quando o limite de percepção é menor que o limite
de exposição, o olfato pode até ser um indicador
da presença do produto no ambiente.
Já quando o limite de percepção é maior que o
limite de exposição, o olfato não pode ser usado
para indicar a presença do produto.
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
Ocorre quando uma atmosfera tem uma
porcentagem de oxigênio inferior ao normal. Que
é aproximadamente 21% ao nível do mar.
Quando a concentração de oxigênio é de
aproximadamente 16%, muitos indivíduos
sentem náuseas, zumbidos nos ouvidos e uma
aceleração dos batimentos cardíacos.
~ 14% dificuldade em respirar
~12% confusões mentais
~10% há perda de consciência
~ 8% ocorre a morte
As normas da OSHA determinam um mínimo de
19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é
19%. No Brasil as normas aceitam 18%.
BOLA DE FOGO
BOLA DE FOGO
BOLA DE FOGO
FORMULA DE MARSHALL
D = 55 x M 1/3(ton)
ton) (m)
diametro
Válida para Alcanos
Cn H(2n+2)
FÓRMULA DE GAYLE E BRANSFORD 1965- NASA
D = 9,56 x W
0,325
(ft)
ft)
D = Diâm.
Diâm. da bola de fogo em pé
pés
W = Massa em libras
t = 0,196 x W 0,349
(s)
t = Duraç
Duração em segundos
CORRELAÇÃO DE BRASIE
BOLA DE FOGO
(Grau de queimadura em função da distância da bola de fogo)
FÓRMULA DE HIGH (1968)
D = 3,9 x W 0,33
(m)
2D
D = Diâmetro em m
W = Massa em kg
1D
t = 0,3 x W
0,33
(s)
t = Duraç
Duração em segundos
D
Queimaduras de
3°grau
Queimaduras de
1°e de 2°graus
Exemplo: explosão de um
botijão de GLP
Diâmetro da bola de fogo = 9,1 metros
Tempo de duração = 0,7 segundos
Queimaduras de 3º grau:
a 18,2 metros de distância do centro (botijão)
Queimaduras de 1º e 2º graus:
a 27,3 metros de distância do centro (botijão)
BLEVE
(Boiling Liquid Expanding
Vapor Explosion)
Explosion)
É a explosão de um
gás na forma liquefeita
pressurizada, por
ruptura das paredes do
vaso.
Geralmente ocorre com
gases liquefeitos de petróleo
que são armazenados na
forma líquida pressurizada,
que sofre o efeito de um
incêndio aumentando muito
a temperatura e pressão
internas e fragilizando as
paredes do vaso.
Como o lí
líquido está
está
numa temperatura muito
acima de seu ponto de
ebuliç
ebulição, há
há uma
vaporizaç
ç
ão
e uma
vaporiza
expansão violenta,
formandoformando-se uma bola de
fogo no caso de
inflamá
inflamáveis
BLEVE
BLEVE
Bola de fogo
No caso de armazenamento botijões de
GLP, o fenômeno pode ocorrer em cadeia,
gerando uma sequência de explosões
(BLEVES´
BLEVES´S).
Em 1966 na refinaria de Feyzin na
França e em 1972 na refinaria da
Petrobrás, a REDUC, um incêndio
destruiu o parque de tancagem de GLP.
O ACIDENTE DA REDUC
O operador drenava o fundo
da esfera com mangueira
flexí
flexível e não estava no local
para fechar a vá
válvula quando
acabou a água.
Vazou muito GLP que
vaporizou e acabou
congelando a vá
válvula,
que não pode ser fechada.
FormouFormou-se uma poç
poça de
GLP embaixo da esfera
BLEVE
água
O ACIDENTE DA REDUC
Formou-se uma núvem de
gás
que
em
algum
momento se inflamou e
iniciou-se o incêndio.
BLEVE
O sistema de refrigeração
era por canhão monitor,
que foi insuficiente.
Nuvem de gás
O ACIDENTE DA REDUC
A válvula de segurança
abriu, porém ela é
dimensionada para
condições normais de
operação e não de
incêndio.
BLEVE
A temperatura e a pressão
aumentaram muito e com
a fragilização das paredes,
a esfera se rompeu.
fase vapor
fase líquido
Boiling Liquid Expanded Vapour Explosion
CASOS HISTÓRICOS DE BLEVES
ANO LOCAL
1966 Feyzin
1970 Cresc.City
Cresc.City
1971 Houston
1972 REDUC
1978 Waverly
1984 San Juanito
PRODUTO
Propano
GLP
MCV
GLP
Propano
GLP
MORTOS FERIDOS
18
81
0
66
1
50
38
?
12
50
560
INCÊNDIO COM BOILOVER
UCVE
(Unconfined Cloud Vapor Explosion)
Explosion)
explosão de nuvem de vapor não confinada
1
O fogo é apagado
com espuma
ANO
1967
LOCAL
PROD.
MORT.
FER.
CAUSA
Abert. de valv.
Lake Charles
Isobutano
7
46
Pernis
Mist. Hc
2
140
1970
Port Hudson
Propano
9
29
Rupt. de linha
1974
Flixborough
Ciclohexano
28
25
Rupt. de linha
1968
2
3
A espuma mais densa
desce para o fundo do
tanque
O calor flui
para o fundo e
provoca ebulição
instantânea
Slopover
Incêndio num tanque de petróleo
BOILOVER (Slopover, Foamover)
O boilover ocorre quando um tanque
contendo um produto pesado e viscoso
pega fogo que permanece por longo
tempo, criando uma onda de calor de
aproximadamente 180 a 200°C,
formada por produtos mais pesados
em contra-corrente com os produtos
mais leves que alimentam as chamas.
BOILOVER (Slopover
(Slopover,,
Foamover)
Foamover)
Mesmo que o fogo seja extinto,
a onda de calor ainda progride,
devido à sua grande inércia,
Essa “onda de calor” desce
com uma certa velocidade em
direção ao fundo do tanque,
podendo atingir a água,
dependendo da velocidade e
da distância ao fundo.
Ao atingir a camada de água no
fundo do tanque, há uma
vaporização violenta da água,
que se mistura ao óleo,
provocando um espumamento
grande, fazendo com que essa
mistura aumente de volume.
BOILOVER(Slopover
BOILOVER(Slopover,, Foamover)
Foamover)
Forma-se uma bola de fogo que
sobe e a seguir desce queimando,
provocando grandes danos.
A água na forma de vapor aumenta
o seu volume em até 2.000 vezes.
Todo tanque com hidrocarboneto
possui sempre água no fundo
seja por condensação de vapores
ou no caso de incêndio quando
um grande volume de água entra
no tanque.
Jato de água
Uma forma de monitorar a onda
térmica é jogar água nas paredes
do tanque, com jatos de longa
distância. Nos pontos onde a
temperatura é maior que 100°C,
a água ferve.
Visores térmicos ou de
infravermelho direcionados para
As chapas do tanque permitem
visualizar a movimentação da
onda de calor em direção ao
fundo do tanque
4 - INCÊNDIO COM BOILOVER
USINA TERMOELÉTRICA- TACOA
CARACAS - VENEZUELA 19/12/82
DANOS
70 residências
60 carros
total de 150 mortos, sendo:
17 empregados
40 bombeiros
INCÊNDIO COM BOILOVER
Estima-se que a bola de fogo subiu
cerca de 180 metros e desceu
queimando. Muitas pessoas tentaram
correr para o mar e acabaram
morrendo afogadas.
Algumas pessoas foram atingidas a
mais de 300 metros de distância do
tanque.
5 - EXPLOSÕES DE POEIRAS
EXPLOSÕES DE POEIRAS
Composição química do pó.
Umidade do ar interior
Os materiais finamente divididos e
dispersos no ar formam misturas
explosivas cujo comportamento
depende de diversos fatores como:
Forma, tamanho e superfícies das partículas
Uniformidade das partículas suspensas.
Composição química do meio de suspensão
Quantidade de energia requerida para iniciar a
explosão.
Temperatura e pressão iniciais.
Presença de uma nuvem de pó, com concentração
acima do Limite Inferior de Explosividade
Confinamento
EXPLOSÕES DE POEIRAS
• Limite Inferior de Explosividade
(LIE), é a concentração mínima
de pó em suspensão, que
propagará uma combustão.
O LIE médio é de
aproximadamente 0,065 onças
por pé cúbico de ar, ou 0,059
gramas por litro.
EXPLOSÕES DE POEIRAS
Os
grandes danos são geralmente
provocados por explosões múltiplas.
A primeira explosão geralmente é
fraca, porém provoca distúrbio
suficiente para dispersar mais pó no
ambiente e a explosão repete-se com
maior intensidade.
EXPLOSÃO DE POEIRA DE MILHO
EXPLOSÕES DE POEIRAS
OCORRÊNCIAS
DE EXPLOSÕES
•Local:
Porto de Paranaguá
•Data:
17/11/2001
•Hora:
12:20hs
•Feridos:
21 sendo três com gravidade
•Controle do incêndio:
17hs
•Equipamento:
Silo de milho de 10.000 m3
•Operadora do silo
Coinbra(Louis Dreyfus)
4 a 5 milhões de Reais(estimado)
40%
MOAGEM E PULVERIZAÇÃO
35%
MISTURAS. TRANSP. E OUTRAS
15%
SIST. DE COLETA E ESTOCAGEM
•Prejuízo
10%
SECADORES
•Tempo fora de operação 4 meses(estimado)
•Fotos: gentileza da COCAMAR
ATIVIDADES COM RISCO
DE EXPLOSÕES DE POEIRAS
Indústrias de beneficiamento de produtos
agrícolas;
- Indústrias fabricantes de rações
animais;
- Indústrias alimentícias;
- Indústrias metalúrgicas;
- Indústrias farmacêuticas;
- Indústrias plásticas;
- Indústrias de beneficiamento de
madeira;
- Indústrias do carvão;
TIPOS DE POEIRAS E RISCOS
DE EXPLOSÕES
Uma explosão é uma reação violenta de
combustão (oxidação).
Assim, materiais que possam reagir com
oxigênio (queimar ou oxidar), quando
finamente divididos podem formar
poeiras explosivas.
EXEMPLOS: madeira, plásticos, poeiras
orgânicas, de grãos, bagaço de cana,
carvão vegetal e mineral, ferro.
TIPOS DE POEIRAS E RISCOS
DE EXPLOSÕES
Poeiras minerais como sílica, silicatos,
argilas, cimento, etc..não apresentam risco
de explosão.
Exemplos de reações com o oxigênio:
Fe + O2 = FeO ou Fe2O3
C + O2 = CO ou CO2
SiO2 + O2 = não reage
CaSiO4 + O2 = não reage
EXPLOSÕES DE POEIRAS
MEDIDAS PREVENTIVAS
1) ARRUMAÇÃO (Ordem e Limpeza)
Deve-se evitar o acúmulo de pó, através
da limpeza freqüente e da utilização de
equipamento a prova de explosão.
Eliminar as superfícies rugosas para
minimizar a quantidade de pó acumulada.
EXPLOSÕES DE POEIRAS
EXPLOSÕES DE POEIRAS
2) CONTROLE DAS FONTES
DE IGNIÇÃO.
MEDIDAS PREVENTIVAS
1)ARRUMAÇÃO (Ordem e Limpeza)
Remover o pós através de aspiração.
Não soprar o pó com ar comprimido
Instalar sistema de ventil. Exaustora
Umidificação do ar
Proibir o fumo e chamas abertas
Não permitir o corte e a soldagem nas
proximidades.
Providenciar separadores magnéticos
para prevenir a entrada de objetos
estranhos num moinho.
EXPLOSÕES DE POEIRAS
EXPLOSÕES DE POEIRAS
2) CONTROLE DAS FONTES
DE IGNIÇÃO.
2) CONTROLE DAS FONTES
DE IGNIÇÃO.
A proibição do fumo deve ser feita,
reservando-se áreas definidas para
fumantes, em locais sinalizados e de
preferência com acendedores,
habituando-se o trabalhador a não
portar isqueiros e fósforos.
Aterrar os equipamentos para
prevenir descargas eletrostáticas.
Selecionar os sopradores e
exaustores adequados e manter uma
manutenção constante, para evitar o
contato entre as pás e a carcaça.
EXPLOSÕES DE POEIRAS
2) CONTROLE DAS FONTES
DE IGNIÇÃO.
Nessas áreas, o corte e
soldagem e qualquer operação
com envolvimento de chamas e
faíscas deve ser realizada
somente através de um
procedimento para liberação de
serviço a quente.
EXPLOSÕES DE POEIRAS
3) CRIAÇÃO DE ATMOSFERAS
INERTES
Manter uma atmosfera inerte através
da adição de gases como:
Nitrogênio, Dióxido de Carbono,
Argônio, Xenônio, etc. em uma
determinada concentração.
SUBSTÂNCIAS OXIDANTES
PERÓXIDOS ORGÂNICOS
Substâncias oxidantes, embora não sendo
necessariamente combustíveis, podem, em
geral por liberação de oxigênio, causar a
combustão de outros materiais ou
contribuir para isso.
Peróxidos orgânicos são
substâncias termicamente instáveis
que podem
sofrer decomposição exotérmica e
podem explodir com aquecimento,
choque ou atrito.
Exemplos:
ácido nítrico – HNO3
Peróxido de hidrogênio – H2O2
SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS
São produtos com potencial de
formação de peróxidos
Como exemplo de produtos
peroxidáveis temos:
Éteres etílico e isopropílico,
tetrahidrofurano, dioxano,
ciclohexano, estireno etc.
SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS
Armazenar em recipientes
hermeticamente fechados, em local seco,
fresco e escuro
Rotular com datas de:
Fabricação
Recebimento
Abertura do frasco
Prazo de validade
Data prevista de formação de peróxidos
Datas do próximo e do último teste
realizado sobre a presença de peróxidos.
SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS
A presença de peróxidos é
detectada por meio de de:
Presença de camada
viscosa no fundo do fraco.
Presença de sólidos
No caso de suspeita da
presença de peróxidos,
proceder da seguinte
forma:
Não abra o frasco
Não agite o frasco
Comunique seu
supervisor
7 - COMPOSTOS PIROFÓRICOS
Um material instável é aquele que no estado puro
ou comercial, irá polimerizar, decompor ou
condensar vigorosamente, tornando-se auto-reativo
ou de outra maneira reage violentamente sob
condições de choque, pressão ou temperatura.
. Para a obtenção de informações mais específicas
a respeito dos perigos
quanto à instabilidade dos peróxidos orgânicos,
consultar o NFPA 43B, Code for the Storage of
Organic Peroxide Formulations
São produtos que reagem facilmente com o ar, em
até 5 minutos, após entrar em contato.
Como materiais pirofóricos podemos citar:
Metais finamente divididos (Cálcio e Titânio)
Hidretos metálicos alquilados(Dietil e Trietilalumínio,
Trietilbismuto)
Hidretos metálicos não alquilados(Hidreto de
potássio)
Os compostos pirofóricos devem ser
armazenados e manuseados em atmosfera
inerte (Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio,
etc.)
8- PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA
Alguns produtos químicos reagem
violentamente com a água liberando
calor, gases tóxicos ou explosivos.
Como exemplos temos: Sódio e Potássio
metálicos, Óxido de Fósforo(V),
compostos de Grignard, Carbeto de
Cálcio, Haletos de ácidos inorgânicos tais
como: POCl3, SOCl2, SO2Cl2, haletos de
não metais tais como: BCl3, BF3, PCl3,
PCl5, etc.
PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA
O armazenamento desses produtos deve
obedecer às seguintes regras:
– Armazenar os sólidos (Na, K, Li) imersos
em líquido inerte como querosene.
– Eliminar todas as fonte de água do local
– Nunca armazenar produtos facilmente
combustíveis na mesma área
– Os sistemas automáticos de prevenção e
combate a incêndio por aspersão de água,
não devem ser utilizados em locais que
contenham esses produtos.
COMBUSTÃO EXPONTÂNEA
Alguns produtos podem se inflamar em contato
com o ar, mesmo sem a presença de uma fonte de
ignição. Estes produtos são transportados, na sua
maioria, em recipientes com atmosferas inertes
ou submersos em querosene ou água.
O fósforo branco ou amarelo, e o sulfeto de sódio
são exemplos de produtos que se ignizam
espontaneamente, quando em contato com o ar.
LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS
Esse tipo de gás para ser liquefeito deve ser
refrigerado a temperatura inferior a -150º C.
Exemplos de gases criogênicos e suas
respectivas temperaturas de ebulição
Substância
Temperatura de ebulição (ºC)
Hidrogênio
- 253,0
Oxigênio
-183,0
Nitrogênio
-193,0
LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS
Devido a sua natureza "fria",os gases criogênicos
apresentam quatro características perigosas
conforme segue:
Riscos à saúde
Os gases criogênicos, devido a baixa
temperatura, poderão provocar severas
queimaduras ao tecido, conhecidas por
enregelamento, quando do contato com líquido
ou mesmo com o vapor.
LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS
Efeitos sobre outros materiais
Os gases criogênicos podem solidificar ou
condensar outros gases.
A temperatura de solidificação da água é de 0º C
à pressão atmosférica. Isso quer dizer que a
água presente na umidade atmosférica poderá
congelar no caso de vazamento de uma
substância criogênica, e se isso ocorrer próximo
a, por exemplo, uma válvula (que pode ser a do
próprio tanque com vazamento), esta
apresentará dificuldade para a operação
LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS
LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS
Não se deve jamais jogar água diretamente sobre
um sistema de alívio ou válvulas de um tanque
criogênico.
Intensificação dos perigos do estado gasoso
O vazamento de oxigênio liquefeito acarretará no
aumento da concentração deste produto no
ambiente o que poderá causar a ignição
espontânea de certos materiais orgânicos.
Também não se deve jogar água no interior de
um tanque criogênico pois a água atuará como
um objeto superaquecido (ela está entre 15 e 20º
C) acarretando na formação de vapores e
portanto aumento da pressão interna do tanque,
podendo romper-se.
Por tal razão, não devem ser utilizadas roupas de
material sintético (náilon) e sim roupas de
algodão.
Um aumento de 3% na concentração de oxigênio
provocará um aumento de 100% na taxa de
combustão de um produto.
LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS
Alta taxa de expansão na evaporação
Os gases criogênicos expostos à temperatura
ambiente tendem a se expandir gerando volumes
gasosos muito superiores ao volume de líquido
inicial. Para o nitrogênio, um litro de produto líquido
gera 697 litros de gás. Para o oxigênio a proporção é
de 863 vezes.
Os recipientes contendo gases criogênicos jamais
poderão ser aquecidos ou terem seu sistema de
refrigeração danificados sob risco de ocorrer a
superpressurização do tanque, sendo que os
sistemas de alívio poderão não suportar a demanda
de vapores acarretando na ruptura do tanque.
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
São substâncias que apresentam uma
severa taxa de corrosão ao aço.
Evidentemente, tais materiais são capazes
de provocar danos também aos tecidos
humanos.
O contato desses produtos com a pele e os
olhos pode causar severas queimaduras,
motivo pelo qual deverão ser utilizados
equipamentos de proteção individual
compatíveis com o produto envolvido.
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
PH
"pondus hidrogenii”
Basicamente existem dois principais grupos de
substâncias que apresentam essa propriedade:
ácidos e bases.
Acidos são substâncias que em contato com a
água provocam alterações de pH para a faixa de 0
(zero) a 7 (sete).
Ex: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico
As bases são substâncias que em contato com a
água, provocam alterações de pH para a faixa de 7
(sete) a 14 (quatorze).
Ex: hidróxido de sódio e hidróxido de potássio
Potencial Hidrogeniônico
A medida do pH é o resultado da
concentração de íons de hidrogênio e
íons de hidróxido em solução na água.
A concentração desses íons é medida
em escala logarítmica de base decimal
Acidez aumenta
0
Alcalinidade aumenta
7
14
PH
Acidez aumenta
0
PH
Alcalinidade aumenta
7
14
Cada unidade de variação na escala
corresponde a 10 vezes a variação dos
índices de acidez ou alcalinidade.
Exemplo:
PH 4 é 10 vezes mais acido que o PH 5
PH 3 é 100 vezes mais acido que o PH 5
Nas ocorrências envolvendo ácidos ou
bases que atinjam corpos d'água, uma
maior ou menor variação do pH natural
poderá ocorrer, dependendo de diversos
fatores, como por exemplo a concentração
e quantidade do produto vazado, além das
características do corpo d'água atingido.
PH
MÉTODOS DE CONTROLE
DE PH EM ACIDENTES
• Neutralização com outro produto
• Diluição
• Absorção
• Remoção
A aplicação dos métodos, isolados ou
conjuntos dever feita mediante criteriosa
avaliação técnica das condições do local
TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA
PRODUTO
INCOMPATÍVEIS
Acetileno
Fluor, cloro, bromo, cobre, prata e mercúrio
Ácido Acético
Ácido crômico, ácido nítrico, etilenoglicol,
ácido perclórico, peróxidos, permanganatos
Ácido cianídrico
Ácido nítrico e alcalinos
Ácido crômico
Ácido acético, naftalina, cânfora, glicerina,
terebentina, álcool, líquidos inflamáveis em
geral
Ácido fluorídrico
anidro
Amônia anidra ou solução
Ácido nítrico
concentrado
Ácido acético, anilina, ácido crômico, ácido
cianídrico, gas sulfídrico, líquidos inflamáveis
e gases inflamáveis.
Ácido Oxálico
Prata e mercúrio
Ácido perclórico
Anidrido acético, bismuto e suas ligas, álcool,
papel e madeira
TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA
PRODUTO
INCOMPATÍVEIS
Ácido sulfúrico
Clorato Potássio, perclorato de potássio, permanganato
de potássio(ou compostos com metais leves similares,
como sódio, lítio)
Amônia anidra
Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo,
ácido fluorídrico.
Anilina
Ácido nítrico e peróxido de hidrogênio
Carvão ativado
Hipoclorito de cálcio e todos os oxidantes
Bromo
Vide cloro
Clor.de potássio
Sulfúrico e outros ácidos
Cloratos
Sais de amônia, ácidos, pós metálicos, enxofre,
materiais combustíveis ou orgânicos finamente
divididos.
cloro
Amônia, acetileno, butadieno, butano, metano,
propano(ou outros gases de petróleo), hidrogênio,
carbeto de sódio, terebentina, benzeno, metais
finamente divididos.
TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA
PRODUTO
INCOMPATÍVEIS
Cobre
Acetileno, peróxido de hidrogênio
Dióxido de cloro
Amônia, metano, fosfina, gás sulfídrico
Fluor
Isolado de todos os outros produtos
Gás sulfídrico
Ácido nitrico fumeg., gases oxidantes
Hidrocarbonetos
(butano,
propano,
benzeno,
gasolina, etc.)
Flúor, cloro, bromo, ácido crômico, peróxido de
sódio
Hidroperóxido
de cumeno
Ácidos orgânicos e inorgânicos
Iodo
Acetileno, amônia(anidr/sol.) e hidrogênio
Líquidos
inflamáveis
Nitrato de amônia, ácido crômico, peróxido de
hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio e
halogênios
TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA
TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA
PRODUTO
PRODUTO
Mercúrio
INCOMPATÍVEIS
Peróxido de
hidrogênio
Acetileno, ácido fulmínico, amônia
Metais alcalinos
Água, tetracloreto de carbono ou outros hidroc.,
como pó(Al,Mn,K) dióxido de carbono e halogênios.
Ácidos, pós metálicos, líquidos inflamáveis,
Nitrato de amônia cloratos, nitritos, enxofre, materiais combustíveis
ou orgânicos finamente divididos
Oxigênio
Sólidos, gases ou líquidos inflamáveis, óleos,
gorduras e hidrogênio.
Perclorato de
potássio
Ácido sulfúrico e outros e todos os incompatíveis
com os cloratos .
Permanganato de Glicerina, etileno glicol, benzaldeído e ácido
potássio
sulfúrico.
Peróxido de
sódio
Prata
INCOMPATÍVEIS
Cobre, cromo, ferro, a maior parte dos metais e
seus sais, álcoois, acetona, materiais orgânicos,
anilina, nitrometano, líquidos inflamáveis e
materiais combustíveis
Álcool metílico ou etílico, ácido acético glacial,
anidrido acético, benzaldeído, dissulfeto de
carbono, glicerina, etileno glicol, acetato de etila,
acetato de metila e furfural
Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico e
compostos de amônia.
Sódio
Água, dióxido de carbono e tetracloreto de
carbono
Solução
sulfocrômica
Acetona, alcool, pano, serragem, inflamáveis
Metanol
brometos, hipoclorito de sódio, zinco dietílico, soluções de
aquilaluminatos, trióxido de fósforo, ácido nítrico, peróxido
de hidrogénio, clorofórmio, e perclorato de chumbo.
NBR 14619
POLUENTES ORGÂNICOS
PERSISTENTES - POP`s
POLUENTES ORGÂNICOS
PERSISTENTES - POP`s
PERSISTÊNCIA : É o tempo
necessário para um produto químico
perder pelo menos 95% de sua
atividade sob condições ambientais e
usos habituais, não como depósitos.
CLASSIFICAÇÃO
NÃO PERSISTENTE..................1 A 3 SEMANAS
PERSISTENTE MODERADO.......1 A 18 MÊSES
PERSISTENTE.........................2 OU MAIS ANOS
POLUENTES ORGÂNICOS
PERSISTENTES - POP`s
PERSISTÊNCIA
LINDANO............................. 728dias
ENDRIN..................................624 dias
DDT.........................................546 dias
ALDRIN................................. 530 dias
DIELDRIN..............................312 dias
HEXACLOROBENZENO....208 dias
PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES POP`s
A Convenção de Estocolmo
DECRETO Nº 5.472, DE 20 DE JUNHO DE 2005.
Promulga o texto da Convenção de
Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos
Persistentes,adotada, naquela cidade, em
22 de maio de 2001.
ROTULAGEM, FICHAS
DE INFORMAÇÕES
GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de
Rotulagem de Produtos Químicos
CAS
MSDS – Material Safety Data Sheet
FISPQ – Ficha de informações sobre Produtos
Químicos (NBR 14.725)
Manual de Emergências da ABIQUIM
HAZMAT – Hazardous Materials
Perry Handbook
http://www.antt.gov.br/legislacao/PPerigosos/Nacional/index.asp
DIAMANTE DE HOMMEL
Risco de Fogo
Risco de Vida
(temperatura de inflamação)
4 Mortal
3 Extremamente Perigoso
2 Perigoso
1 Pequeno Risco
0 Material Normal
Risco
Específico
Oxidante
Ácido
Álcalis
Corrosivo
Não use água
Radioativo
OXY
ACID
ALK
COR
W
2
4 Abaixo de 22º C
3 Abaixo de 38º C
2 Abaixo de 94º C
1 Acima de 94º C
0 Não Inflamável
0
2
ACID
Reação
4 Pode explodir
3 Choque e calor
podem detonar
2 Reação química
violenta
1 Instável com
caloria
0 Estável
C
L
A
S
S
E
D
E
R
I
S
C
O
NÚMERO DE RISCO/ONU
ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL
PÓ DA CHINA - acontecido no Rio de Janeiro/RJ num DEPÓSITO - uma partida de Pó da China
(quimicamente Pentaclorofenato de sódio) chegou ao
Brasil em embalagens muito avariadas.
A transferência do produto para novos vasilhames foi
realizada por vários homens vestidos apenas com
calções, sem máscaras, luvas, óculos etc, e num dia de
40ºC de calor, A "poeira" do Pó da China foi
INALADA para os pulmões enquanto que os corpos
cobertos de suor absorveram Pó da China pela pele.
Resultado: três operários mortos por intoxicação.
Fonte:
Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina
ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL
GASOLINA e ÁLCOOL - acontecido no Município de
Pojuca/BA - um trem descarrilou, tombando vários
vagões com Gasolina e Álcool. A população residente
nas imediações aproveitou para encher baldes e latas
com combustíveis derramando, para venda a terceiros
até que, de repente, uma faísca incendiou os
combustíveis vazados e os vagões carregados, enfim,
toda a composição ferroviária. Resultado: mais de
cem mortos, especialmente, crianças.
Fonte:
Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina
ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL
VAZAMENTO EM DUTO aconteceu na Vila Socó,
Município de Cubatão/SP - nesta área a Petrobrás
enterrou uma rede de dutos para deslocamento de
sua gasolina, diesel, etc. Sobre os dutos, a população
de Vila Socó construiu uma favela. Certa noite, um
dos dutos vazou e o combustível derramado pegou
fogo, talvez em contato com algum fogão doméstico
aceso... O grande incêndio que lavrou matou mais de
500 pessoas.
Fonte:
Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina
ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL
VAZAMENTO DE GLP - SHOPPING CENTER de
OSASCO - Osasco/SP - a instalação fixa subterrânea
destinada a conduzir o GLP ( gás de cozinha ) para
diferentes pontos do prédio vazou e, de repente, o gás
acumulado, numa parte inferior da construção,
explodiu - certamente em contato com chama ou
faísca - provocando destruição parcial do shopping e
morte de mais de 40pessoas, além de inúmeros
feridos.
Fonte:
Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina
O PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO
NaCl
SAL, BRANCO
NaCN
SAL, BRANCO
Na Conferência RIO 92 foi proposto formalmente o
Princípio da Precaução. A sua definição, dada em 14
de junho de 1992, foi a seguinte:
“O Princípio da Precaução é a garantia contra os
riscos potenciais que, de acordo com o estado
atual do conhecimento, não podem ser ainda
identificados. Este Princípio afirma que a
ausência da certeza científica formal, a existência
de um risco de um dano sério ou irreversível
requer a implementação de medidas que possam
prever este dano.”
O PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO
É importante diferenciar o princípio da precaução
do princípio da prevenção. O princípio da
prevenção visa prevenir pois já são conhecidas as
conseqüências de determinado fator. O nexo causal
já está cientificamente comprovado ou pode,
muitas vezes, decorrer da lógica. Já o princípio da
precaução visa prevenir por não se saber quais as
conseqüências e danos que determinado fator ou
aplicação poderão gerar ao meio ambiente e
pessoas no espaço ou tempo. Está presente a
incerteza científica. (Luciana Neves Bohnert)
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