CURSO DE SEGURANÇA QUÍMICA FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA Data: 12.09.2011 Local: Araraquara-SP Segurança química é a prevenção dos efeitos adversos, imediatos e ao longo do tempo, para as pessoas e o meio ambiente, decorrentes da produção, armazenagem, transporte, uso e descarte de substâncias. (PNUMA) De uma forma didática, pode ser apresentada em três aspectos: ambiental, de saúde pública e ocupacional, tanto sob o ponto de vista da prevenção, como dos efeitos de acidentes. ASPECTOS AMBIENTAIS poluição do ar poluição do solo poluição das águas prejuízos à natureza prejuízos ao ser humano ASPECTOS DE SAÚDE PÚBLICA ASPECTOS OCUPACIONAIS vigilância sanitária identificação do perigo / agente vigilância epidemiológica avaliação / análise do risco segurança alimentar controle do risco saúde ambiental Proteção de: Trabalhadores Meio ambiente correlato Populações vizinhas rotulagem proteção do ser humano TERMINOLOGIA RISCO X PERIGO INGLÊS PORTUGUÊS SENTIDO HAZARD PERIGO POTENCIAL, INTRÍ INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE) DANGER PERIGO POTENCIAL, INTRÍ INTRÍNSECA (ALERTA) RISK RISCO FATOR INDESEJADO (PROBABILIDADE) EXEMPLO: GASOLINA INGLÊS PORTUGUÊS SENTIDO HAZARD PERIGO POTENCIAL, PROPRIEDADE, INTRÍ INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE) (PRODUTO PERIGOSO) DANGER PERIGO POTENCIAL, INTRÍ INTRÍNSECA (ALERTA) RISK RISCO INDESEJADO, DE QUE?, PARA QUEM/OQUE? (PROBABILIDADE) INGLÊS PORTUGUÊS SENTIDO HAZARD PERIGO POTENCIAL, INTRÍ INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE) DANGER PERIGO POTENCIAL, INTRÍ INTRÍNSECA (ALERTA) RISK RISCO INDESEJADO, DE QUE?, PARA QUEM/OQUE? (PROBABILIDADE) INCIDENTE FATO NÃO CONSUMADO PARA O RISCO CONSIDERADO ACIDENTE FATO CONSUMADO PARA O RISCO CONSIDERADO Hazard/Danger Perigo/condição de (possibilidade) Risk - Risco (probabilidade) (conforme adotado pela OIT, PNUMA, GHS) Perigo: Intrínseco, propriedade da substância ou da determinada condição. Risco: Variável, depende do tempo, das medidas de segurança, controle ou falta das mesmas Risco Risco 1 Risco 2 Risco 3 Risco 3 > Risco 2 > Risco 1 = Perigo Segurança PERIGO X RISCO EXEMPLO: INSETICIDAS Exemplo: incêndio x risco de queimadura Risco 2 Risco 1 Risco 1 > Risco 2 EXEMPLO: ESPAÇO CONFINADO Qual é o produto perigoso? Produto Perigoso: É todo o produto que represente risco para a saúde das pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente. Qual é o perigo ( hazard )? Qual é o perigo ( danger )? Qual é o risco? Risco de que e para quem? Risco grande ou pequeno? Venenol EXEMPLO: ESPAÇO CONFINADO Qual é o perigo hazard?(produto perigoso) RISCO GRANDE X RISCO GRAVE (efeito, magnitude, gravidade) EVAPORAÇÃO DE ÁGUA Qual é o perigo danger? Qual é o risco? Risco de que e para quem? O risco de inalação de vapores é grande, mas o efeito não é grave Risco grande ou pequeno? Venenol VAPOR H2SO4 EXAUSTÃO O risco de inalação de vapores é mínimo,mas o efeito é grave Adicional de periculosidade NR 16 Portaria 3214, MTE, 1978. “Risco acentuado”, situação que dá direito ao adicional de periculosidade PERIGO X RISCO Perigo: Variável, depende das medidas de segurança, controle ou falta das mesmas Risco: intrínseco, propriedade da substância (Conforme definição de Willie Hammer, adotada na elaboração de NR`s da Portaria 3214 em 1978) Risco = intrínseco ; Perigo = variável Perigo 1 Perigo 2 Perigo 2 > Perigo 1 CONCLUSÃO RISCO ACENTUADO = DANGER Legalmente falando: Nas situações previstas nas tabelas da Norma Regulamentadora 16, da Portaria 3214 do MTE FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA 1 2 3 4 5 6 7 8 - Propriedades de segurança - Líquidos inflamáveis - Explosivos - Bola de fogo - Bleve - Boilover - Explosão de poeiras - Produtos peroxidáveis FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA 9 - Compostos pirofóricos 10 - Produtos que reagem com a água 11 - Combustão espontânea 12 - Líquidos criogênicos 13 - Substâncias corrosivas 14 - PH 15 - Incompatibilidade química 16 - Poluentes orgânicos persistentes PROPRIEDADES DE SEGURANÇA DENSIDADE DO LÍQUIDO VISCOSIDADE DO LÍQUIDO/PONTO DE FLUIDEZ DENSIDADE DO VAPOR PONTO DE FULGOR TEMPERATURA DE AUTO IGNIÇÃO FAIXA DE INFLAMABILIDADE ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO IDLH (IPVS) PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PROPRIEDADES DE SEGURANÇA Muitos acidentes são evitados ou atenuados quando as características dos produtos químicos utilizados são prontamente reconhecidas e tomadas as medidas de precaução contra os riscos de incêndio, explosão, liberações tóxicas e suas consequências para trabalhadores, população e meio ambiente. DENSIDADE DO LÍQUIDOS (densidade em relação à água) A densidade da fase líquida em relação à água é muito importante no caso do produto ser insolúvel em água. Os hidrocarbonetos são insolúveis e menos denso que a água e no caso de vazamento, o produto se espalha por uma superfície muito grande. DENSIDADE DO LÍQUIDOS (densidade em relação à água) d = massa / volume Gasolina = 0,8 Água = 1,0 Água = 1,0 Tricloroetileno 1,40 DENSIDADE DO LÍQUIDOS Já o Dissulfeto de Carbono, é insolúvel e mais denso que a água, ficando restrito preferencialmente nas irregularidades do piso e isolado do ar atmosférico. O FENÔMENO BOILOVER Selo D´Água Dissulfeto de carbono Fogo Óleo Água PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PRODUTO nDecano Ciclohexano Tolueno Benzeno Óleos Água Clorobenzeno Naftaleno Dissulfeto de Carbono Tricloroetileno Anidrido Ftálico DENSIDADE 0,73 0,78 0,86 0,88 0,96 1,00 1,11 1,13 1,26 1,40 1,53 No caso do contaminante ser solúvel ou reagir quimicamente com água os riscos poderão ser decorrentes de alterações do ph, da temperatura ou da formação de novos compostos tóxicos que possam afetar a fauna e interferir na cadeia alimentar e chegar aos seres humanos. PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PROPRIEDADES DE SEGURANÇA DENSIDADE DO VAPOR (em relação ao ar) Apenas o hidrogênio, metano, acetileno e etileno tem densidade de vapor menor que o ar. Os vapores são geralmente mais pesados que o ar, tendo os hidrocarbonetos densidade entre 3 e 4, ficando nas partes baixas. DENSIDADE DO VAPOR No caso de vazamento de gasolina, os vapores ficarão nas partes mais baixas, enquanto que num vazamento de hidrogênio, o gás ficará nas partes mais altas, devido à sua baixa densidade relativa (0,07) PROPRIEDADES DE SEGURANÇA VISCOSIDADE/PONTO DE FLUIDEZ Resistência ao escoamento Velocidade de escoamento. Quanto menor a velocidade de escoamento, maior a viscosidade A viscosidade diminui com o aumento da temperatura, ou seja o liquido aquecido tende a “escorrer”. Um sólido de baixo ponto de fluidez, não inflamável à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou aumento de temperatura pode derreter e espalharse alimentando e propagando o fogo (Ex. materiais betuminosos, ceras, parafinas) PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PONTO DE FULGOR É a menor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidades suficientes para que a mistura de vapor e ar logo acima de sua superfície propague uma chama, a partir do contato com uma fonte de ignição. 25 ºC Considerando a temperatura ambiente numa região de 25º C e um produto com ponto de fulgor de 15º C p.f.=15ºC -15 ºC 25 ºC se o ponto de fulgor do produto for de 30º C, significa que este não estará liberando vapores inflamáveis p.f.= 30ºC p.f. 15 ºC p.f. 15 ºC PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PONTO DE FULGOR O ponto de fulgor é determinado aquecendo-se lentamente o líquido em um vaso e passando-se periodicamente uma chama sobre o vaso até que ocorra o fulgor. Como a essa temperatura (PF) a geração de vapores é insuficiente para manter a chama, só há um “flash”, consumindo os vapores acumulados. PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PONTO DE FULGOR Métodos para a determinação do Ponto de Fulgor: VASO ABERTO (Cleveland) VASO FECHADO (Pensky Martens) Vide ABNT 17505 VASO FECHADO ASTM D 93 NBR 14598 VASO ABERTO (Cleveland) MB 50 ASTM D 92 PROPRIEDADES DE SEGURANÇA PRODUTO P.F.(°c) Cloreto de vinila................... vinila................... - 78 Éter Etí Etílico............................ - 45 Gasolina............................ -38 a -45 Acetona................................. - 20 Acetato de Metila.................. - 10 Tolueno................................. 4 Alcool Etí Etílico.......................... 13 Terebentina........................... Terebentina........................... 35 Anidrido Acé Acético.................... 49 Etileno Glicol......................... 111 Estearato de Amila( Amila(oc)......... oc)......... 185 PONTO DE COMBUSTÃO O Ponto de Combustão já é alguns graus acima do ponto de fulgor e consegue manter a combustão. Enquanto no ponto de fulgor a chama dura pouco tempo devido à insuficiência de vapores, no ponto de combustão a chama permanece de forma contínua. TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO (Ponto de ignição) Temperatura de Auto-ignição ou Temperatura de Ignição, é a mínima temperatura na qual o produto ao entrar em contato com o ar ambiente, se inflama espontaneamente. Tign T1 TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO Normalmente as temperaturas de autoignição apresentam valores em torno de 400 a 500 °C, no entanto existem produtos com baixas Temperaturas de Ignição, podendo entrar em ignição ao entrar em contato com linhas de vapor ou equipamentos aquecidos. TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO SUBSTÂNCIA Pentaborano Diborano Dissulfeto de Carbono Éter Etílico Acroleína Gás Sulfídrico Formaldeído Hidrogênio Óxido de Etileno Cloreto de Vinila Tolueno Gás Natural 25 ºC TAI(°c) 35 40-50 90 160 235 260 300 400 429 472 480 537 25 ºC 200 ºC 600 ºC pf = 66 ºC pc = 200 ºC pi = 600 ºC FAIXA DE INFLAMABILIDADE FAIXA DE INFLAMABILIDADE Os produtos químicos inflamáveis ou combustíveis, só queimam dentro de uma determinada faixa de concentração no ar, chamada de FAIXA DE INFLAMABILIDADE, que é compreendida pelos Limites Inferior e Superior de Explosividade. LIE = Limite inferior de explosividade LSE = Limite superior de explosividade pobre 0% LIE ideal mistura rica LSE 100% Para qualquer gás, 1% em volume é igual a 10.000 ppm (partes por milhão) EXEMPLOS DE LIE / LSE FAIXA DE INFLAMABILIDADE gasolina: 1,4 a 7,6 % metanol: 6,0 a 36,0 Um exemplo de mistura rica e que estamos acostumados a presenciar, e a mistura combustível no motor do carro quando ele esta afogado, não queima, sendo necessário se esperar alguns minutos até que a gasolina se evapore, eliminando a mistura rica. hidrogênio: 4,0 a 75% dissulfeto de carbono: 1 a 50% monóxido de carbono: 12,5 a 74% butano: 1,5 a 8,5 % propano: 2,0 a 9,5 alcool etílico: 3,3 a 19,0% Amônia: 15,0 a 28,0 % Exemplo de mistura explosiva de GLP + ar Exemplo de mistura explosiva de GLP + ar LIE ~ 2% BUJÃO DE 13 KG ~ 16 LITROS 1 LITRO DE GLP ~ 250 LITROS DE GÁS 16 LITROS DE GLP = 4.000 LITROS DE GÁS 4.000 LITROS DE GÁS CORRESPONDE A 2% DE 200.000 litros DE MISTURA EXPLOSIVA AR + GÁ GÁS APLICAÇÕES EXPLOSÍMETRO Aparelho de campo que mede a porcentagem da concentração em relação ao limite inferior de explosividade 0% LIE LSE 100% ENTRADA EM ESPAÇOS CONFINADOS MONITORAMENTO COM EXPLOSÍMETRO EM CARRETA-TANQUE PROPRIEDADES DE SEGURANÇA ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO É a energia mínima em forma de descarga capacitiva necessária para causar ignição de uma mistura explosiva sob condições normais de pressão e temperatura. É medida em milijoules (mJ) e tem importância em áreas onde possa ocorrer geração de eletricidade estática e descargas eletrostáticas. Uma descarga capacitiva ocorre entre duas superfícies cuja diferença de potencial seja suficiente para romper o meio dielétrico. Se o meio dielétrico for uma mistura explosiva a mesma entrará em ignição F O N T ignition E : I S S A no ignition FLUIDOS INFLAMÁVEIS Explosão Faísca + - + - + - + - + - + - + - + AR Mistura inflamável Gases inflamáveis: (ANTT) Gás inflamável é um gás com uma faixa de 13% ou menos de inflamabilidade com o ar a 20ºC a uma pressão padrão de 101,3 kPa (1 atm) Líquidos inflamáveis: (NR 20 – MTE 1978) Líquido inflamável é aquele que possui ponto de fulgor inferior a 70ºC e pressão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm2 absoluta a 37,7 ºC Líquidos inflamáveis: (GHS) Líquido inflamável é aquele com um ponto de fulgor de não mais de 93 ºC Líquidos inflamáveis: (ABNT) Qualquer líquido que tenha ponto de fulgor, em vaso fechado, abaixo de 37,8 ºC EXPLOSIVOS Material explosivo é um sólido ou líquido que quando provocado por um agente externo são capazes de se decompor quimicamente com produção de gás a uma temperatura e pressão tais e a uma velocidade tal que cause danos às redondezas. O agente externo pode ser faísca, aquecimento,chama, impacto,atrito, vibração. (vide artigo da UFJF) PROPRIEDADES DE SEGURANÇA IDLH(Immediately Dangerous to Life or Health - IPVS(Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde) É a concentração imediatamente perigosa à vida ou à saúde, da qual um trabalhador pode escapar em 30 minutos sem sintomas ou efeitos irreversíveis à saúde (NIOSH/OSHA Standards Completion Program) PRODUTO QUÍMICO IDLH(PPM) Pentafluoreto de Enxofre Fosgênio Acrilonitrila Acroleína Tolueno Diisocianato Cloro Dióxido de Enxofre Fosfina Tetracloreto de Carbono Dissulfeto de Carbono Acrilato de Metila 1 2 4 5 10 25 100 200 300 500 1000 PRODUTO QUÍMICO Monóxido de Carbono Benzeno Piridina Estireno n-hexano Cumeno Clorometano Tetrahidrofurano Acetona Dióxido de Carbono IDLH(ppm) 1500 2000 3600 5000 5000 8000 10000 20000 20000 50000 TOXICIDADE Capacidade inerente a uma substância quí química de produzir efeito adverso ou nocivo sobre um organismo vivo CL50 – Concentração Letal cinqüenta: É a concentração de um agente num meio que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população exposta, durante um determinado período de tempo, por inalação DL50 - Dose letal 50% Geralmente é o primeiro experimento com uma nova substância quí química DL50 é a dose calculada de um agente num meio que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população animal em condições bem definidas, por qualquer via de administração, exceto por inalação. CL50, via respiratória para rato ou camundongo. DL50, via oral para rato ou camundongo. LIMITE DE PERÇEPÇÃO AO OLFATO L.P.O. Limite de Percepção ao Olfato é a menor concentração de uma substância no meio ambiente na qual a média das pessoas percebe o odor de algum produto. É um valor sujeito a restrições pois varia de pessoa para pessoa. Quando o limite de percepção é menor que o limite de exposição, o olfato pode até ser um indicador da presença do produto no ambiente. Já quando o limite de percepção é maior que o limite de exposição, o olfato não pode ser usado para indicar a presença do produto. DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO Ocorre quando uma atmosfera tem uma porcentagem de oxigênio inferior ao normal. Que é aproximadamente 21% ao nível do mar. Quando a concentração de oxigênio é de aproximadamente 16%, muitos indivíduos sentem náuseas, zumbidos nos ouvidos e uma aceleração dos batimentos cardíacos. ~ 14% dificuldade em respirar ~12% confusões mentais ~10% há perda de consciência ~ 8% ocorre a morte As normas da OSHA determinam um mínimo de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil as normas aceitam 18%. BOLA DE FOGO BOLA DE FOGO BOLA DE FOGO FORMULA DE MARSHALL D = 55 x M 1/3(ton) ton) (m) diametro Válida para Alcanos Cn H(2n+2) FÓRMULA DE GAYLE E BRANSFORD 1965- NASA D = 9,56 x W 0,325 (ft) ft) D = Diâm. Diâm. da bola de fogo em pé pés W = Massa em libras t = 0,196 x W 0,349 (s) t = Duraç Duração em segundos CORRELAÇÃO DE BRASIE BOLA DE FOGO (Grau de queimadura em função da distância da bola de fogo) FÓRMULA DE HIGH (1968) D = 3,9 x W 0,33 (m) 2D D = Diâmetro em m W = Massa em kg 1D t = 0,3 x W 0,33 (s) t = Duraç Duração em segundos D Queimaduras de 3°grau Queimaduras de 1°e de 2°graus Exemplo: explosão de um botijão de GLP Diâmetro da bola de fogo = 9,1 metros Tempo de duração = 0,7 segundos Queimaduras de 3º grau: a 18,2 metros de distância do centro (botijão) Queimaduras de 1º e 2º graus: a 27,3 metros de distância do centro (botijão) BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) Explosion) É a explosão de um gás na forma liquefeita pressurizada, por ruptura das paredes do vaso. Geralmente ocorre com gases liquefeitos de petróleo que são armazenados na forma líquida pressurizada, que sofre o efeito de um incêndio aumentando muito a temperatura e pressão internas e fragilizando as paredes do vaso. Como o lí líquido está está numa temperatura muito acima de seu ponto de ebuliç ebulição, há há uma vaporizaç ç ão e uma vaporiza expansão violenta, formandoformando-se uma bola de fogo no caso de inflamá inflamáveis BLEVE BLEVE Bola de fogo No caso de armazenamento botijões de GLP, o fenômeno pode ocorrer em cadeia, gerando uma sequência de explosões (BLEVES´ BLEVES´S). Em 1966 na refinaria de Feyzin na França e em 1972 na refinaria da Petrobrás, a REDUC, um incêndio destruiu o parque de tancagem de GLP. O ACIDENTE DA REDUC O operador drenava o fundo da esfera com mangueira flexí flexível e não estava no local para fechar a vá válvula quando acabou a água. Vazou muito GLP que vaporizou e acabou congelando a vá válvula, que não pode ser fechada. FormouFormou-se uma poç poça de GLP embaixo da esfera BLEVE água O ACIDENTE DA REDUC Formou-se uma núvem de gás que em algum momento se inflamou e iniciou-se o incêndio. BLEVE O sistema de refrigeração era por canhão monitor, que foi insuficiente. Nuvem de gás O ACIDENTE DA REDUC A válvula de segurança abriu, porém ela é dimensionada para condições normais de operação e não de incêndio. BLEVE A temperatura e a pressão aumentaram muito e com a fragilização das paredes, a esfera se rompeu. fase vapor fase líquido Boiling Liquid Expanded Vapour Explosion CASOS HISTÓRICOS DE BLEVES ANO LOCAL 1966 Feyzin 1970 Cresc.City Cresc.City 1971 Houston 1972 REDUC 1978 Waverly 1984 San Juanito PRODUTO Propano GLP MCV GLP Propano GLP MORTOS FERIDOS 18 81 0 66 1 50 38 ? 12 50 560 INCÊNDIO COM BOILOVER UCVE (Unconfined Cloud Vapor Explosion) Explosion) explosão de nuvem de vapor não confinada 1 O fogo é apagado com espuma ANO 1967 LOCAL PROD. MORT. FER. CAUSA Abert. de valv. Lake Charles Isobutano 7 46 Pernis Mist. Hc 2 140 1970 Port Hudson Propano 9 29 Rupt. de linha 1974 Flixborough Ciclohexano 28 25 Rupt. de linha 1968 2 3 A espuma mais densa desce para o fundo do tanque O calor flui para o fundo e provoca ebulição instantânea Slopover Incêndio num tanque de petróleo BOILOVER (Slopover, Foamover) O boilover ocorre quando um tanque contendo um produto pesado e viscoso pega fogo que permanece por longo tempo, criando uma onda de calor de aproximadamente 180 a 200°C, formada por produtos mais pesados em contra-corrente com os produtos mais leves que alimentam as chamas. BOILOVER (Slopover (Slopover,, Foamover) Foamover) Mesmo que o fogo seja extinto, a onda de calor ainda progride, devido à sua grande inércia, Essa “onda de calor” desce com uma certa velocidade em direção ao fundo do tanque, podendo atingir a água, dependendo da velocidade e da distância ao fundo. Ao atingir a camada de água no fundo do tanque, há uma vaporização violenta da água, que se mistura ao óleo, provocando um espumamento grande, fazendo com que essa mistura aumente de volume. BOILOVER(Slopover BOILOVER(Slopover,, Foamover) Foamover) Forma-se uma bola de fogo que sobe e a seguir desce queimando, provocando grandes danos. A água na forma de vapor aumenta o seu volume em até 2.000 vezes. Todo tanque com hidrocarboneto possui sempre água no fundo seja por condensação de vapores ou no caso de incêndio quando um grande volume de água entra no tanque. Jato de água Uma forma de monitorar a onda térmica é jogar água nas paredes do tanque, com jatos de longa distância. Nos pontos onde a temperatura é maior que 100°C, a água ferve. Visores térmicos ou de infravermelho direcionados para As chapas do tanque permitem visualizar a movimentação da onda de calor em direção ao fundo do tanque 4 - INCÊNDIO COM BOILOVER USINA TERMOELÉTRICA- TACOA CARACAS - VENEZUELA 19/12/82 DANOS 70 residências 60 carros total de 150 mortos, sendo: 17 empregados 40 bombeiros INCÊNDIO COM BOILOVER Estima-se que a bola de fogo subiu cerca de 180 metros e desceu queimando. Muitas pessoas tentaram correr para o mar e acabaram morrendo afogadas. Algumas pessoas foram atingidas a mais de 300 metros de distância do tanque. 5 - EXPLOSÕES DE POEIRAS EXPLOSÕES DE POEIRAS Composição química do pó. Umidade do ar interior Os materiais finamente divididos e dispersos no ar formam misturas explosivas cujo comportamento depende de diversos fatores como: Forma, tamanho e superfícies das partículas Uniformidade das partículas suspensas. Composição química do meio de suspensão Quantidade de energia requerida para iniciar a explosão. Temperatura e pressão iniciais. Presença de uma nuvem de pó, com concentração acima do Limite Inferior de Explosividade Confinamento EXPLOSÕES DE POEIRAS • Limite Inferior de Explosividade (LIE), é a concentração mínima de pó em suspensão, que propagará uma combustão. O LIE médio é de aproximadamente 0,065 onças por pé cúbico de ar, ou 0,059 gramas por litro. EXPLOSÕES DE POEIRAS Os grandes danos são geralmente provocados por explosões múltiplas. A primeira explosão geralmente é fraca, porém provoca distúrbio suficiente para dispersar mais pó no ambiente e a explosão repete-se com maior intensidade. EXPLOSÃO DE POEIRA DE MILHO EXPLOSÕES DE POEIRAS OCORRÊNCIAS DE EXPLOSÕES •Local: Porto de Paranaguá •Data: 17/11/2001 •Hora: 12:20hs •Feridos: 21 sendo três com gravidade •Controle do incêndio: 17hs •Equipamento: Silo de milho de 10.000 m3 •Operadora do silo Coinbra(Louis Dreyfus) 4 a 5 milhões de Reais(estimado) 40% MOAGEM E PULVERIZAÇÃO 35% MISTURAS. TRANSP. E OUTRAS 15% SIST. DE COLETA E ESTOCAGEM •Prejuízo 10% SECADORES •Tempo fora de operação 4 meses(estimado) •Fotos: gentileza da COCAMAR ATIVIDADES COM RISCO DE EXPLOSÕES DE POEIRAS Indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas; - Indústrias fabricantes de rações animais; - Indústrias alimentícias; - Indústrias metalúrgicas; - Indústrias farmacêuticas; - Indústrias plásticas; - Indústrias de beneficiamento de madeira; - Indústrias do carvão; TIPOS DE POEIRAS E RISCOS DE EXPLOSÕES Uma explosão é uma reação violenta de combustão (oxidação). Assim, materiais que possam reagir com oxigênio (queimar ou oxidar), quando finamente divididos podem formar poeiras explosivas. EXEMPLOS: madeira, plásticos, poeiras orgânicas, de grãos, bagaço de cana, carvão vegetal e mineral, ferro. TIPOS DE POEIRAS E RISCOS DE EXPLOSÕES Poeiras minerais como sílica, silicatos, argilas, cimento, etc..não apresentam risco de explosão. Exemplos de reações com o oxigênio: Fe + O2 = FeO ou Fe2O3 C + O2 = CO ou CO2 SiO2 + O2 = não reage CaSiO4 + O2 = não reage EXPLOSÕES DE POEIRAS MEDIDAS PREVENTIVAS 1) ARRUMAÇÃO (Ordem e Limpeza) Deve-se evitar o acúmulo de pó, através da limpeza freqüente e da utilização de equipamento a prova de explosão. Eliminar as superfícies rugosas para minimizar a quantidade de pó acumulada. EXPLOSÕES DE POEIRAS EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. MEDIDAS PREVENTIVAS 1)ARRUMAÇÃO (Ordem e Limpeza) Remover o pós através de aspiração. Não soprar o pó com ar comprimido Instalar sistema de ventil. Exaustora Umidificação do ar Proibir o fumo e chamas abertas Não permitir o corte e a soldagem nas proximidades. Providenciar separadores magnéticos para prevenir a entrada de objetos estranhos num moinho. EXPLOSÕES DE POEIRAS EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. A proibição do fumo deve ser feita, reservando-se áreas definidas para fumantes, em locais sinalizados e de preferência com acendedores, habituando-se o trabalhador a não portar isqueiros e fósforos. Aterrar os equipamentos para prevenir descargas eletrostáticas. Selecionar os sopradores e exaustores adequados e manter uma manutenção constante, para evitar o contato entre as pás e a carcaça. EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. Nessas áreas, o corte e soldagem e qualquer operação com envolvimento de chamas e faíscas deve ser realizada somente através de um procedimento para liberação de serviço a quente. EXPLOSÕES DE POEIRAS 3) CRIAÇÃO DE ATMOSFERAS INERTES Manter uma atmosfera inerte através da adição de gases como: Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio, Xenônio, etc. em uma determinada concentração. SUBSTÂNCIAS OXIDANTES PERÓXIDOS ORGÂNICOS Substâncias oxidantes, embora não sendo necessariamente combustíveis, podem, em geral por liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso. Peróxidos orgânicos são substâncias termicamente instáveis que podem sofrer decomposição exotérmica e podem explodir com aquecimento, choque ou atrito. Exemplos: ácido nítrico – HNO3 Peróxido de hidrogênio – H2O2 SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS São produtos com potencial de formação de peróxidos Como exemplo de produtos peroxidáveis temos: Éteres etílico e isopropílico, tetrahidrofurano, dioxano, ciclohexano, estireno etc. SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em local seco, fresco e escuro Rotular com datas de: Fabricação Recebimento Abertura do frasco Prazo de validade Data prevista de formação de peróxidos Datas do próximo e do último teste realizado sobre a presença de peróxidos. SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS A presença de peróxidos é detectada por meio de de: Presença de camada viscosa no fundo do fraco. Presença de sólidos No caso de suspeita da presença de peróxidos, proceder da seguinte forma: Não abra o frasco Não agite o frasco Comunique seu supervisor 7 - COMPOSTOS PIROFÓRICOS Um material instável é aquele que no estado puro ou comercial, irá polimerizar, decompor ou condensar vigorosamente, tornando-se auto-reativo ou de outra maneira reage violentamente sob condições de choque, pressão ou temperatura. . Para a obtenção de informações mais específicas a respeito dos perigos quanto à instabilidade dos peróxidos orgânicos, consultar o NFPA 43B, Code for the Storage of Organic Peroxide Formulations São produtos que reagem facilmente com o ar, em até 5 minutos, após entrar em contato. Como materiais pirofóricos podemos citar: Metais finamente divididos (Cálcio e Titânio) Hidretos metálicos alquilados(Dietil e Trietilalumínio, Trietilbismuto) Hidretos metálicos não alquilados(Hidreto de potássio) Os compostos pirofóricos devem ser armazenados e manuseados em atmosfera inerte (Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio, etc.) 8- PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA Alguns produtos químicos reagem violentamente com a água liberando calor, gases tóxicos ou explosivos. Como exemplos temos: Sódio e Potássio metálicos, Óxido de Fósforo(V), compostos de Grignard, Carbeto de Cálcio, Haletos de ácidos inorgânicos tais como: POCl3, SOCl2, SO2Cl2, haletos de não metais tais como: BCl3, BF3, PCl3, PCl5, etc. PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA O armazenamento desses produtos deve obedecer às seguintes regras: – Armazenar os sólidos (Na, K, Li) imersos em líquido inerte como querosene. – Eliminar todas as fonte de água do local – Nunca armazenar produtos facilmente combustíveis na mesma área – Os sistemas automáticos de prevenção e combate a incêndio por aspersão de água, não devem ser utilizados em locais que contenham esses produtos. COMBUSTÃO EXPONTÂNEA Alguns produtos podem se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presença de uma fonte de ignição. Estes produtos são transportados, na sua maioria, em recipientes com atmosferas inertes ou submersos em querosene ou água. O fósforo branco ou amarelo, e o sulfeto de sódio são exemplos de produtos que se ignizam espontaneamente, quando em contato com o ar. LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Esse tipo de gás para ser liquefeito deve ser refrigerado a temperatura inferior a -150º C. Exemplos de gases criogênicos e suas respectivas temperaturas de ebulição Substância Temperatura de ebulição (ºC) Hidrogênio - 253,0 Oxigênio -183,0 Nitrogênio -193,0 LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Devido a sua natureza "fria",os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: Riscos à saúde Os gases criogênicos, devido a baixa temperatura, poderão provocar severas queimaduras ao tecido, conhecidas por enregelamento, quando do contato com líquido ou mesmo com o vapor. LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Efeitos sobre outros materiais Os gases criogênicos podem solidificar ou condensar outros gases. A temperatura de solidificação da água é de 0º C à pressão atmosférica. Isso quer dizer que a água presente na umidade atmosférica poderá congelar no caso de vazamento de uma substância criogênica, e se isso ocorrer próximo a, por exemplo, uma válvula (que pode ser a do próprio tanque com vazamento), esta apresentará dificuldade para a operação LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Não se deve jamais jogar água diretamente sobre um sistema de alívio ou válvulas de um tanque criogênico. Intensificação dos perigos do estado gasoso O vazamento de oxigênio liquefeito acarretará no aumento da concentração deste produto no ambiente o que poderá causar a ignição espontânea de certos materiais orgânicos. Também não se deve jogar água no interior de um tanque criogênico pois a água atuará como um objeto superaquecido (ela está entre 15 e 20º C) acarretando na formação de vapores e portanto aumento da pressão interna do tanque, podendo romper-se. Por tal razão, não devem ser utilizadas roupas de material sintético (náilon) e sim roupas de algodão. Um aumento de 3% na concentração de oxigênio provocará um aumento de 100% na taxa de combustão de um produto. LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Alta taxa de expansão na evaporação Os gases criogênicos expostos à temperatura ambiente tendem a se expandir gerando volumes gasosos muito superiores ao volume de líquido inicial. Para o nitrogênio, um litro de produto líquido gera 697 litros de gás. Para o oxigênio a proporção é de 863 vezes. Os recipientes contendo gases criogênicos jamais poderão ser aquecidos ou terem seu sistema de refrigeração danificados sob risco de ocorrer a superpressurização do tanque, sendo que os sistemas de alívio poderão não suportar a demanda de vapores acarretando na ruptura do tanque. SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS São substâncias que apresentam uma severa taxa de corrosão ao aço. Evidentemente, tais materiais são capazes de provocar danos também aos tecidos humanos. O contato desses produtos com a pele e os olhos pode causar severas queimaduras, motivo pelo qual deverão ser utilizados equipamentos de proteção individual compatíveis com o produto envolvido. SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS PH "pondus hidrogenii” Basicamente existem dois principais grupos de substâncias que apresentam essa propriedade: ácidos e bases. Acidos são substâncias que em contato com a água provocam alterações de pH para a faixa de 0 (zero) a 7 (sete). Ex: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico As bases são substâncias que em contato com a água, provocam alterações de pH para a faixa de 7 (sete) a 14 (quatorze). Ex: hidróxido de sódio e hidróxido de potássio Potencial Hidrogeniônico A medida do pH é o resultado da concentração de íons de hidrogênio e íons de hidróxido em solução na água. A concentração desses íons é medida em escala logarítmica de base decimal Acidez aumenta 0 Alcalinidade aumenta 7 14 PH Acidez aumenta 0 PH Alcalinidade aumenta 7 14 Cada unidade de variação na escala corresponde a 10 vezes a variação dos índices de acidez ou alcalinidade. Exemplo: PH 4 é 10 vezes mais acido que o PH 5 PH 3 é 100 vezes mais acido que o PH 5 Nas ocorrências envolvendo ácidos ou bases que atinjam corpos d'água, uma maior ou menor variação do pH natural poderá ocorrer, dependendo de diversos fatores, como por exemplo a concentração e quantidade do produto vazado, além das características do corpo d'água atingido. PH MÉTODOS DE CONTROLE DE PH EM ACIDENTES • Neutralização com outro produto • Diluição • Absorção • Remoção A aplicação dos métodos, isolados ou conjuntos dever feita mediante criteriosa avaliação técnica das condições do local TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO INCOMPATÍVEIS Acetileno Fluor, cloro, bromo, cobre, prata e mercúrio Ácido Acético Ácido crômico, ácido nítrico, etilenoglicol, ácido perclórico, peróxidos, permanganatos Ácido cianídrico Ácido nítrico e alcalinos Ácido crômico Ácido acético, naftalina, cânfora, glicerina, terebentina, álcool, líquidos inflamáveis em geral Ácido fluorídrico anidro Amônia anidra ou solução Ácido nítrico concentrado Ácido acético, anilina, ácido crômico, ácido cianídrico, gas sulfídrico, líquidos inflamáveis e gases inflamáveis. Ácido Oxálico Prata e mercúrio Ácido perclórico Anidrido acético, bismuto e suas ligas, álcool, papel e madeira TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO INCOMPATÍVEIS Ácido sulfúrico Clorato Potássio, perclorato de potássio, permanganato de potássio(ou compostos com metais leves similares, como sódio, lítio) Amônia anidra Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo, ácido fluorídrico. Anilina Ácido nítrico e peróxido de hidrogênio Carvão ativado Hipoclorito de cálcio e todos os oxidantes Bromo Vide cloro Clor.de potássio Sulfúrico e outros ácidos Cloratos Sais de amônia, ácidos, pós metálicos, enxofre, materiais combustíveis ou orgânicos finamente divididos. cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, metano, propano(ou outros gases de petróleo), hidrogênio, carbeto de sódio, terebentina, benzeno, metais finamente divididos. TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO INCOMPATÍVEIS Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio Dióxido de cloro Amônia, metano, fosfina, gás sulfídrico Fluor Isolado de todos os outros produtos Gás sulfídrico Ácido nitrico fumeg., gases oxidantes Hidrocarbonetos (butano, propano, benzeno, gasolina, etc.) Flúor, cloro, bromo, ácido crômico, peróxido de sódio Hidroperóxido de cumeno Ácidos orgânicos e inorgânicos Iodo Acetileno, amônia(anidr/sol.) e hidrogênio Líquidos inflamáveis Nitrato de amônia, ácido crômico, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio e halogênios TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO PRODUTO Mercúrio INCOMPATÍVEIS Peróxido de hidrogênio Acetileno, ácido fulmínico, amônia Metais alcalinos Água, tetracloreto de carbono ou outros hidroc., como pó(Al,Mn,K) dióxido de carbono e halogênios. Ácidos, pós metálicos, líquidos inflamáveis, Nitrato de amônia cloratos, nitritos, enxofre, materiais combustíveis ou orgânicos finamente divididos Oxigênio Sólidos, gases ou líquidos inflamáveis, óleos, gorduras e hidrogênio. Perclorato de potássio Ácido sulfúrico e outros e todos os incompatíveis com os cloratos . Permanganato de Glicerina, etileno glicol, benzaldeído e ácido potássio sulfúrico. Peróxido de sódio Prata INCOMPATÍVEIS Cobre, cromo, ferro, a maior parte dos metais e seus sais, álcoois, acetona, materiais orgânicos, anilina, nitrometano, líquidos inflamáveis e materiais combustíveis Álcool metílico ou etílico, ácido acético glacial, anidrido acético, benzaldeído, dissulfeto de carbono, glicerina, etileno glicol, acetato de etila, acetato de metila e furfural Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico e compostos de amônia. Sódio Água, dióxido de carbono e tetracloreto de carbono Solução sulfocrômica Acetona, alcool, pano, serragem, inflamáveis Metanol brometos, hipoclorito de sódio, zinco dietílico, soluções de aquilaluminatos, trióxido de fósforo, ácido nítrico, peróxido de hidrogénio, clorofórmio, e perclorato de chumbo. NBR 14619 POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POP`s POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POP`s PERSISTÊNCIA : É o tempo necessário para um produto químico perder pelo menos 95% de sua atividade sob condições ambientais e usos habituais, não como depósitos. CLASSIFICAÇÃO NÃO PERSISTENTE..................1 A 3 SEMANAS PERSISTENTE MODERADO.......1 A 18 MÊSES PERSISTENTE.........................2 OU MAIS ANOS POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES - POP`s PERSISTÊNCIA LINDANO............................. 728dias ENDRIN..................................624 dias DDT.........................................546 dias ALDRIN................................. 530 dias DIELDRIN..............................312 dias HEXACLOROBENZENO....208 dias PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES POP`s A Convenção de Estocolmo DECRETO Nº 5.472, DE 20 DE JUNHO DE 2005. Promulga o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes,adotada, naquela cidade, em 22 de maio de 2001. ROTULAGEM, FICHAS DE INFORMAÇÕES GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Rotulagem de Produtos Químicos CAS MSDS – Material Safety Data Sheet FISPQ – Ficha de informações sobre Produtos Químicos (NBR 14.725) Manual de Emergências da ABIQUIM HAZMAT – Hazardous Materials Perry Handbook http://www.antt.gov.br/legislacao/PPerigosos/Nacional/index.asp DIAMANTE DE HOMMEL Risco de Fogo Risco de Vida (temperatura de inflamação) 4 Mortal 3 Extremamente Perigoso 2 Perigoso 1 Pequeno Risco 0 Material Normal Risco Específico Oxidante Ácido Álcalis Corrosivo Não use água Radioativo OXY ACID ALK COR W 2 4 Abaixo de 22º C 3 Abaixo de 38º C 2 Abaixo de 94º C 1 Acima de 94º C 0 Não Inflamável 0 2 ACID Reação 4 Pode explodir 3 Choque e calor podem detonar 2 Reação química violenta 1 Instável com caloria 0 Estável C L A S S E D E R I S C O NÚMERO DE RISCO/ONU ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL PÓ DA CHINA - acontecido no Rio de Janeiro/RJ num DEPÓSITO - uma partida de Pó da China (quimicamente Pentaclorofenato de sódio) chegou ao Brasil em embalagens muito avariadas. A transferência do produto para novos vasilhames foi realizada por vários homens vestidos apenas com calções, sem máscaras, luvas, óculos etc, e num dia de 40ºC de calor, A "poeira" do Pó da China foi INALADA para os pulmões enquanto que os corpos cobertos de suor absorveram Pó da China pela pele. Resultado: três operários mortos por intoxicação. Fonte: Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL GASOLINA e ÁLCOOL - acontecido no Município de Pojuca/BA - um trem descarrilou, tombando vários vagões com Gasolina e Álcool. A população residente nas imediações aproveitou para encher baldes e latas com combustíveis derramando, para venda a terceiros até que, de repente, uma faísca incendiou os combustíveis vazados e os vagões carregados, enfim, toda a composição ferroviária. Resultado: mais de cem mortos, especialmente, crianças. Fonte: Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL VAZAMENTO EM DUTO aconteceu na Vila Socó, Município de Cubatão/SP - nesta área a Petrobrás enterrou uma rede de dutos para deslocamento de sua gasolina, diesel, etc. Sobre os dutos, a população de Vila Socó construiu uma favela. Certa noite, um dos dutos vazou e o combustível derramado pegou fogo, talvez em contato com algum fogão doméstico aceso... O grande incêndio que lavrou matou mais de 500 pessoas. Fonte: Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL VAZAMENTO DE GLP - SHOPPING CENTER de OSASCO - Osasco/SP - a instalação fixa subterrânea destinada a conduzir o GLP ( gás de cozinha ) para diferentes pontos do prédio vazou e, de repente, o gás acumulado, numa parte inferior da construção, explodiu - certamente em contato com chama ou faísca - provocando destruição parcial do shopping e morte de mais de 40pessoas, além de inúmeros feridos. Fonte: Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina O PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO NaCl SAL, BRANCO NaCN SAL, BRANCO Na Conferência RIO 92 foi proposto formalmente o Princípio da Precaução. A sua definição, dada em 14 de junho de 1992, foi a seguinte: “O Princípio da Precaução é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Este Princípio afirma que a ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano.” O PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO É importante diferenciar o princípio da precaução do princípio da prevenção. O princípio da prevenção visa prevenir pois já são conhecidas as conseqüências de determinado fator. O nexo causal já está cientificamente comprovado ou pode, muitas vezes, decorrer da lógica. Já o princípio da precaução visa prevenir por não se saber quais as conseqüências e danos que determinado fator ou aplicação poderão gerar ao meio ambiente e pessoas no espaço ou tempo. Está presente a incerteza científica. (Luciana Neves Bohnert)