educação em saúde na cronicidade

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2º SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
"CAMINHOS PARA O
APERFEIÇOAMENTO DA ONCOLOGIA:
DESAFIOS E CONQUISTAS"
Profa Dra Edvane B. L. De Domenico
Profa Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica, EPE
Tutora Enfermagem do Programa de Residência Multi em Oncologia
Coordenadora Programa de Extensão Acolhe-Onco
UNIFESP
2016
Conteúdos da apresentação
• Características do Cuidado na Doença
Oncológica
• Os desafios da cronicidade
• Educação em Saúde: conceitos e prática
baseada em evidências
• Modelos Educacionais: automonitoramento,
autoeficácia, autogerenciamento
• Boas Práticas em Educação em Saúde
CÂNCER COMO DOENÇA CRÔNICA
http://ig-wp-colunistas.s3.amazonaws.com/cip/wp-content/uploads/2011/04/diacancer.jpg
Doença Crônica: implicações
• exige resposta complexa e de longo prazo e
• coordenada por profissionais de saúde de formações
diversas ,
• deve prever acesso aos medicamentos e equipamentos
necessários, estendendo-se à assistência social,
• tanto o doente como a família necessitam ser
abordados
Veras RP. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2011; 14(4):779-786
Romão SMB. 2014 Disponível em http://hdl.handle.net/10174/13016
Doença Crônica: implicações
• percurso do tratamento deve interferir o mínimo com
o quotidiano do paciente/família a longo prazo
“(...) para que o processo terapêutico não seja mais
penoso que a própria doença” (Romão, 2014)
• prevê um processo de gerenciamento
Organização Mundial da Saúde define como “gestão
contínua de condições durante um período de anos
ou décadas”. (Veras,2011)
Veras RP. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2011; 14(4):779-786
Romão SMB. 2014 Disponível em http://hdl.handle.net/10174/13016
Paciente e
Família: diferentes
contextos
(sociocultural
econômico, espiritual
e crenças)
Diversidade
de Atendimentos:
UBS, Hospital,
Ambulatório, ESF
Profissionais
Especializados
(ou não):
diferentes papéis
CUIDADO NA DOENÇA CRÔNICA
FIGURA 1. Complexidade do cuidado na cronicidade a ser considerada no processo de cuidar em
oncologia. PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS,
2014.
Controle de sinais e
sintomas
DEMANDAS
DO
PACIENTE
COM
CÂNCER
CUIDADOS
ASSISTENCIAIS
INTERDISCIPLINARES
CUIDADOS
EDUCATIVOS
INTERDISCIPLINARES
- SEGURANÇA
- QUALIDADE DE VIDA
- BEM- ESTAR
Favorecimento de
estados adaptativos
Fortalecimento/
Empowerment
- Automonitoramento
- Autogerenciamento
- Autoeficácia
Figura 2. Síntese das demandas assistenciais e educativas do paciente oncológico segundo
associações especializadas baseada dos documentos do INCA, ONS, NCI, publicações entre
2010-2011.
Profissionais especializados em
oncologia: desafio atual
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/retrol/registrocancer/Portaria2
439GM_MS.pdf
Art. 18. Para ser credenciado e habilitado como CACON, UNACON ou Hospital
Geral com Cirurgia de Câncer de Complexo Hospitalar, o estabelecimento de
saúde deverá obedecer aos seguintes critérios:
(...)V - ter equipe multiprofissional e multidisciplinar que contemple
atividades técnico-assistenciais realizadas em regime ambulatorial
e de internação, de rotina e de urgência, nas seguintes áreas: a) psicologia
clínica; b) serviço social (...)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0140_27_02_2014.html
ONCOLOGIA: necessidade de articulação
de demandas
CUIDADOS
ASSISTENCIAIS
EM
ONCOLOGIA
CUIDADOS
EDUCATIVOS
EM
ONCOLOGIA
GESTÃO PARA
ONCOLOGIA SUS/
PRIVADA
PESQUISA
O Cuidado na Cronicidade
http://www.google.com.br/
PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À
SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS
CRÔNICAS (2014)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0483_01_04_2014.html
PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À
SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS
CRÔNICAS
IV- Modelo de atenção centrado no usuário e
realizado por equipes multiprofissionais
V- Articulação entre os diferentes serviços de
saúde, constituindo redes de saúde com
integração e conectividade(...)
Problemas Crônicos na Saúde
Pouca articulação entre os níveis de
atenção e os recursos públicos (humanos,
materiais e tecnológicos) que integram o
Sistema Único de Saúde (SUS) do país
“Modelos Tecnicistas- Assistenciais”
Pouca efetividade
Baixa qualificação
Hennington EA. Acolhimento como prática interdisciplinar num programa de extensão
universitária. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21 (1): 256-265, jan-fev, 2005, p.258
Resultando em...
• Baixa Adesão Terapêutica
• Piora da Qualidade de Vida
• Problemas Sociais diversos
Paciente: peregrino...
solitário, perdido...
Mais doente!
Objetivos: verificar a adesão ao tratamento quimioterápico oral e
os sinais indicativos de depressão.
• Estudo transversal, quantitativo
• Local: HU, Ribeirão Preto, SP. Coleta: Farmácia da QT
• Instrumentos: Escala de Morisky e cols, Inventário de
Depressão de Beck
• 102 pacientes entrevistados: sexo feminino (82,4%), casado
(52,9%), aposentados (34,3%) e do lar (25,5%).
• A idade variou de 25 a 87 anos.
Rev Esc Enferm USP 2013; 47(1):61-8 www.ee.usp.br/reeusp/
Souza BF, Pires FH, Dewulf NLS, Inocenti A, Silva AEBC, Miasso AI
•10,8% e 1,9% apresentavam depressão moderada e grave,
respectivamente.
• associações significativas entre os referidos graus de
depressão e as variáveis: renda per capita (p=0,0455),
número de cirurgias (p=0,0324) e tempo de doença
(p=0,0149)
• 48% não manifestavam adesão ao tratamento.
Destes 5,9%: depressão moderada ou grave.
• Não adesão maior entre:
- mulheres (51,2%)
- pessoas com nível superior e/ou pós-graduação (60%)
- tempo de doença até 36 meses (51,7)
Rev Esc Enferm USP 2013; 47(1):61-8 www.ee.usp.br/reeusp/
ASPECTOS CONDICIONANTES DA RESPOSTA HUMANA NAS
DIFERENTES SITUAÇÕES DE VIDA:
Sonhos e Projetos
Rede de apoio
que conhece
e ou utiliza
Conceito de Bem Estar
Experiência de vida
Papeis sociais
Conceito pessoal
de Saúde
http://www.google.com.br/search?q=pessoa+doente
DESAFIOS DO PROCESSO DE CUIDAR NA
CRONICIDADE
PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS
VI- Atuar no fortalecimento do conhecimento
do usuário sobre suas doenças e ampliação de
sua capacidade de autocuidado e autonomia,
VII- Impactar positivamente nos indicadores
relacionados às doenças crônicas
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0483_01_04_2014.html
CONCEITUAÇÃO DE TERMOS
COMUNS NA EDUCAÇÃO & SAÚDE
Educação
para a Saúde
• Processo de aprendizagem planejada, intencional
• Deve oferecer conhecimentos
• Influenciar modos de pensar, gerando ou
clarificando valores
• Ajudar a mudar atitudes e crenças
• Processo que permite às pessoas e ou comunidade
Promoção
da Saúde
Literacia
em
Saúde
ter o controle sobre a sua saúde, ao longo do tempo
• Envolve políticas públicas, decisões políticas e os
próprios profissionais da Saúde
• OMS (1998, p.19) “(…) a obtenção de um nível de
conhecimento, aptidões pessoais e confiança para agir
no melhoramento da saúde pessoal e da comunidade,
mudando estilos de vida pessoais e condições de vida
(...)”
• Exercício de Cidadania em Saúde
LUÍS MANUEL DE JESUS LOUREIRO, et al. Revista de Enfermagem Referência - III - n.° 6 - 2012
Pesquisas científicas em
Educação em Saúde
Alguns resultados...
- O estudo espanhol teve como objetivo identificar como as
informações sobre o diagnóstico do câncer de pulmão eram
acessadas por pacientes idosos (n:83), o quanto sabiam, e suas
atitudes em relação ao acesso à informação
- Resultados: em 93% dos casos os familiares que receberam o
diagnóstico dos médicos
- Atitude Protetora devido a: idade avançada, quadros demenciais,
fragilidade do idoso
- Entretanto: 73% idosos referiram desejar obter informações
claras, verdadeiras
J Cancer Education (2015) 30: 766-773
ESTRATÉGIAS EFICAZES DE ENSINO E MÉTODOS PARA O
FORNECIMENTO DE EDUCAÇÃO AO PACIENTE: uma revisão
sistemática e um guia de recomendações práticas.
J Canc Educ (2011) 26:12–21
A. J. Friedman. University Health Network, Toronto, ON, Canada
ESTRATÉGIAS EFICAZES DE ENSINO E MÉTODOS PARA O FORNECIMENTO DE
EDUCAÇÃO AO PACIENTE: uma revisão sistemática e um guia de
recomendações práticas. J Canc Educ (2011) 26:12–21 DOI 10.1007/s13187010-0183-x
• DESENHO: revisão sistemática de revisões sistemáticas com e sem metaanálise.
• OBJETIVOS: comparar intervenções de ensino versus padrão de
cuidados (controle) e intervenção de ensino versus outra intervenção de
ensino.
• RESULTADOS:
- 23 revisões sistemáticas (não somente em Oncologia)
- Resultados avaliados(outcomes): conhecimento do paciente,
ansiedade e satisfação
- FALHAS nos desenhos de pesquisa em Educação
- Métricas não reproduzíveis: por exemplo para medir conhecimento,
ansiedade
- Estratégias de ensino diversas foram eficazes no aumento do
conhecimento, diminuindo a ansiedade e satisfação crescente:
informática, áudio e fitas de vídeo, textos, e demonstrações.
ESTRATÉGIAS EFICAZES DE ENSINO E MÉTODOS PARA O FORNECIMENTO DE
EDUCAÇÃO AO PACIENTE: uma revisão sistemática e um guia de
recomendações práticas. J Canc Educ (2011) 26:12–21
• CONCLUSÕES:
- Computadores podem ser úteis quando o paciente adquire
informações específicas para sua situação, não gerais
- Audiotapes, Videotapes, Demonstrações, se apropriadas para a
situação, são sempre uma efetiva opção.
- Materiais Impressos podem ser efetivos, principalmente se houver
uma adequação da linguagem e da cultura.
- Orientações Verbais devem apenas ser usadas se combinadas com
outra estratégia de ensino.
- Figuras e Ilustrações são importantes na condição de menor
escolaridade. Devem ser acompanhadas de texto em linguagem
simples.
O USO DE MULTIPLAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO É O MELHOR
PARA A EDUCAÇÃO AO PACIENTE.
Piredda M, Rocci L, Gualandi R, Petitti T, Vincenzi B, De Marinis MG. Inquérito
sobre as necessidades de aprendizagem e fontes preferidas de
informação para atender a essas necessidades de pacientes
oncológicos italianos que recebem quimioterapia. Eur J Oncol Nurs;
12(2): 120-6, 2008.
“Survey on learning needs and preferred sources of information to meet these needs in Italian oncology patients receiving chemotherapy”.
• DESENHO: estudo descritivo, amostra de 111 pacientes com câncer
• OBJETIVOS: identificar as necessidades de aprendizagem, a quantidade de
informação desejada e os métodos preferidos para informação de pacientes
italianos
• RESULTADOS:
- Informações classificadas por prioridades: a doença, a recuperação, os
tratamentos, os efeitos colaterais da quimioterapia e da trajetória da doença
- A grande maioria queria receber o máximo de informações possível sobre todos
esses temas
 desejo de ser informado juntamente com seus familiares (não depois)
método preferido para receber informações: conversa oral, seguida de
informações por escrito
 preferência por ser informado antes de receber o primeiro ciclo de
quimioterapia pelo médico oncologista, seguido pelo enfermeiro
especialista em oncologia e depois médico generalista.
A Ação Educativa em Saúde é necessária?
Se sim, qual a natureza do problema?
ESCOLHA O MODELO,
ADAPTE UM MÉTODO,
APLIQUE, AVALIE...
ALGUNS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
automonitoramento
autoeficácia
autogerenciamento
Walker C et al. Australian Health Review 2003; 26(3): 34-42.
Nascimento LS et al. Rev Gaucha Enfermagem, 2010
Lorig K. URL:www.optmizinghealth.org/index.php/site/content/download/92/370/file/lorig.pdf.
Automonitoramento
Descritores /Palavras-chave: autocuidado, self-care, selfmonitoring, automonitoramento, educação em saúde,
doença crônica
Plano Educativo Baseado no
Automonitoramento
• Aplica-se ao acompanhamento de parâmetros
fisiológicos específicos ou sintomas de uma condição
de saúde.
• Compreende 2 componentes na ação educativa:
(a) Gerar a consciência de sintomas corporais,
sensações, atividades diárias e processos cognitivos
(b) Habilitar para as medições, leituras e anotações.
Richard & Shea . Self-Care Concept Delineation. Journal of Nursing Scholarship, 2011; 43:3, 255–264.
Exemplo de Problema Educacional para
aplicação do modelo AUTO-MONITORAMENTO
Sra ML, 57 anos, com diagnóstico de
ca de mama deverá submeter-se à
colocação de cateter tipo Port-a-Cath.
Objetivos da Ação-Educativa:
1. Promover conhecimento para o automonitoramento do
processo inflamatório causado pelo procedimento
2. Favorecer o aprendizado dos cuidados com as incisões
cirúrgicas
3. Paciente deverá conhecer as possíveis complicações e
estar apto a reconhecê-las para a busca de auxílio
especializado em tempo apropriado
Autoeficácia
Descritores/Palavras-chave: Self-Efficacy,
competência, bem-estar emocional, maestria, motivação,
autoeficácia
Self-Efficacy: A Theoretical Analysis of Its Determinants and
Malleability
Marilyn E. Gist and Terence R. Mitchell
The Academy of Management Review Vol. 17, No. 2 (Apr., 1992), pp. 183-211
(article consists of 29 pages) Published by: Academy of Management
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/258770
 Autoeficácia percebida relaciona-se o com as crenças da
pessoa sobre sua capacidade de influenciar os acontecimentos
que afetam sua vida.
 Ao acreditar que suas ações pode produzir efeitos desejados,
a pessoa está incentivada a realizar tarefas ou perseverar em
face de dificuldades.
Corsini Encyclopedia of Psychology by Albert Bandura (1977, 1978)
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9780470479216.corpsy0836/full
Self-efficacy: Educational Aspects
D. H. Schunka
aPurdue University, West Lafayette, Indiana, USA
 Em contextos educativos, os alunos têm objetivos e diferentes
níveis de autoeficácia para a aprendizagem.
 Percepções de progresso sustentam a autoeficácia, a
motivação e promovem a aprendizagem
doi:10.1016/B0-08-043076-7/02402-5
Copyright © 2001 Elsevier Ltd. All rights reserved.
Exemplo de Problema Educativo para o emprego do
Modelo de AUTO-EFICÁCIA
Sr JR, 65 anos, com diagnóstico de
Ca de Cólon, em fase PréOperatória para colostomização
..
Objetivos da Ação-Educativa:
1. Promover conhecimento para o autocuidado, encorajando
o desenvolvimento de habilidades para o cuidado com o
estoma e os seus acessórios
2. Auxiliar na identificação do polo de fornecimento de
materiais e avaliação especializada
3. Estimular o convívio social e a participação em grupos de
apoio ao ostomizado
4. Favorecer a percepção positiva da capacidade de
controlar e gerir a nova situação.
- Aumento consciência do risco
- Aumento do conhecimento
I
Informação
II
IV
Conhecer
apoios
sociais
-Utilizá-los para
mudanças pessoais
desejadas
MODELO
BASEADO NA
AUTOEFICÁCIA
III
Reforço de Competência +
Construção resistente de
auto-eficácia
Desenvolvimento de
Habilidades Sociais e
de Auto-regulação
- Convertidas em ações de
controle e preventivas
-Prática
orientada
+
Feedback
corretivo
na
aplicação de habilidades em
situações de risco
-Reforço para Tomada de
Decisão
Corsini Encyclopedia of Psychology by Albert Bandura (1977, 1978) http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002
/9780470479216.corpsy0836/full / Albert Bandura, 1990*
Autogerenciamento
Descritores /Palavras-chave: self- management, selfmonitoring, autocuidado, automonitoramento, educação
em saúde, doença crônica
Planos Educativos baseados na
promoção do
AUTOGERENCIAMENTO
 definição conceitual de autogerenciamento está
focada no ensinamento de habilidades para solução
de problemas.
 ensino de habilidades para a solução de problemas de
diferentes naturezas: biológica, social e afetiva, pelos
próprios portadores de doença crônica.
Walker C, Swerissen H, Belfrage J. Australian Health Review 2003; 26(3): 34-42.
Nascimento LS, Gutierrez MGR, De Domenico EBL.Programas educativos baseados no autogerenciamento: uma
revisão integrativa. Rev Gaucha Enfermagem/submetido
Lorig K. Self-management: context, definition, and outcomes and
mechanisms.Acessadoem:URL:www.optmizinghealth.org/index.php/site/content/download/92/370/file/lorig.pdf.
A
P
R
E
N
D
I
Z
A
G
E
M
Autogerenciamento
Construção de Habilidades
Solução de problemas
Biológico
Social
Afetivo/
Espiritual
E
S
T
R
U
T
U
R
A
D
A
Figura 3. Componentes conceituais do termo autogerenciamento.
Nascimento LS, Gutierrez MGR, De Domenico EBL. Programas educativos baseados no autogerenciamento: uma revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 jun;31(2):375-82.
Autogerenciamento: capacitação e empoderamento de
pacientes para viverem o câncer como doença crônica
Tipo de Estudo: Revisão de Literatura, 16 estudos incluídos:
intervenções bem declaradas,
critérios de avaliação de
resultados estabelecidos e consistentes
Resultados:
• Intervenções
para
geração
de
habilidades
para
autogerenciamento diversas: palestras, grupos, material
impresso, aconselhamento telefônico, visitas domiciliárias,
educação via web...
(2011) American Cancer Society, Inc. doi:10.3322/caac.20093. Available online at
http://cajournal.org and http://cacancerjournal.org
Resultados, continuação:
• Intervenções que encorajam os pacientes a
envolverem-se com seu próprio cuidado
• Planejamento Realista: metas determinadas em
conjunto (membros da equipe e pacientes)
• Sistema de informações seguras (equipes integradas)
e contínuas
Essas evidências científicas necessitam de urgente
transposição para a prática.
(2011) American Cancer Society, Inc. doi:10.3322/caac.20093. Available online at
http://cajournal.org and http://cacancerjournal.org
- DSME(Educação para o Autogerenciamento do Diabetes): é um
processo contínuo para facilitar o conhecimento, habilidade e
capacidade necessária para pré-diabetes e diabetes realizar o
autocuidado.
-10 recomendações para a prática da DSME
DIABETES CARE, VOLUME 36, SUPPLEMENT 1, JANUARY 2013
Health Literacy's Role in Chronic Illness Self-Management among Adults
and Older Adults: A Literature Review
Papel da Literacia em Saúde no Autogerenciamento
da Doença Crônica entre adultos e idosos: uma
revisão da literatura
- 18 artigos analisados
- sabe-se que o grau de literacia em saúde influencia no
autogerenciamento de acordo com a doença crônica, raça, etnia
ou idade
- 9 estudos associaram maior literacia com melhor
autogerenciamento da condição de cronicidade
- Idosos com menor literacia apresentam menor desempenho
para o autogerenciamento (Complexidade Tratamentos Atuais ?)
https://apha.confex.com/apha/143am/webprogram/Paper335991.html
O CUIDADO DO SOBREVIVENTE:
MAIS UM DESAFIO!
ASCO: Alcançar Alta Qualidade de Cuidado para o
Sobrevivente de Câncer
• EUA: 18 milhões de sobreviventes até 2022.
• Os sobreviventes do câncer tem maior risco de morbidade
a longo prazo e morte precoce, relacionadas diretamente ao
câncer, doenças pré-existentes e à exposição a terapia.
• Observa-se comportamento diferente dos sobreviventes
em relação ao surgimento de outras doenças: precocidade de
incidência, mudanças na apresentação clínica, resposta
terapêutica ineficaz.
http://jco.ascopubs.org/content/31/5/631.full.pdf+html
Ações a serem considerados para o desenvolvimento de
um Plano de Cuidados para o Sobrevivente de Câncer
• Manter as avaliações de risco e de necessidades psicossociais
• Informar sobre fertilidade e ou planejamento familiar para
pacientes em idade reprodutiva
• Informar sobre efeitos colaterias persistentes ou de ocorrência
tardia relacionados ao câncer ou tratamentos realizados
• Programar rastreamento de outros cânceres
http://jco.ascopubs.org/content/31/5/631.full.pdf+html
Ações a serem considerados para o desenvolvimento de um
Plano de Cuidados para o Sobrevivente de Câncer
(continuação)
• Educar para a identificação de sinais e sintomas compatíveis
com a recidiva do câncer
• Discutir e incorporar os valores e preferências do sobrevivente
em relação a seu cuidado
• Reforçar importância de mudança de comportamentos
vinculados aos fatores de risco, principalmente tabagismo,
obesidade, abuso do álcool e reforço de hábitos protetores.
http://jco.ascopubs.org/content/31/5/631.full.pdf+html
COMO FAZEMOS...
UNIFESP
PLANEJAMENTO:
-ESCALONAMENTO DOS ESTUDANTES
EXTENSIONISTAS nas consultas ambulatoriais
semanais
-Organização das REUNIÕES CIENTÍFICAS e
administrativas mensais e dos conteúdos postados
no MOODLE
UNIFESP
AVALIAÇÃO:
-Estruturação de pesquisas científicas
- Realização de PESQUISAS
AÇÕES:
-Consultas
INTERDISCIPLINARES
QUE ESTRUTUREM,
VALIDEM OU AMPLIEM as
AÇÕES EDUCATIVAS E OU
ASSISTENCIAIS realizadas e as
- Gerar HABILIDADES para
ACOLHE-ONCO
(PESQUISA-AÇÃO )
idealizadas.
-Utilização do ambiente MOODLE
Autogerenciamento,
Automonitoramento e
Autocuidado
PARA AVALIAÇÃO DAS
NECESSIDADES e satisfação dos
-Realização de CONSULTAS
estudantes extensionistas.
- Preparo de MATERIAIS
TELEFÔNICAS
MONITORAMENTO DAS AÇÕES:
-DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS
na reunião científica mensal
-
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES NO
AMBIENTE MOODLE ACOLHEONCO
EDUCATIVOS
- Cumprimento de etapas
operacionais de PESQUISAS
Figura 4. Etapas da pesquisa-ação que caracterizam o Programa de Extensão AcolheOnco: interdisciplinaridade no cuidado integral ao paciente com câncer. UNIFESP.
Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São
Paulo- UNIFESP
Plano Terapêutico
Singular
UNIFESP
Integralidade
do cuidado
Interdisciplinaridade
Acolhimento
Educação para
Prática Baseada
o autogerenciamento em Evidências
Material
Educativo
Educação
Preventiva/
Detecção Precoce
Aconselhamentos
Presencial e
Telefônico
FIGURA 4: Estratégias do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia da UNIFESP de acordo
com os princípios da PORTARIA Nº 483- Rede De Atenção À Saúde Das Pessoas Com Doenças Crônicas .
Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia
Hospital São Paulo- UNIFESP
UNIFESP
Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP
Projeto “Conhecer para Saber o que Fazer”
UNIFESP
Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP
Impressos Educativos
validados por Estudos de
Recepção
UNIFESP
Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP
PROTOCOLO PARA ACONSELHAMENTO TELEFÔNICO
UNIFESP
PERGUNTAS?
VAMOS TROCAR EXPERIÊNCIAS?
Obrigada!
Profa Dra Edvane B. L. De Domenico
[email protected]
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