2º SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE "CAMINHOS PARA O APERFEIÇOAMENTO DA ONCOLOGIA: DESAFIOS E CONQUISTAS" Profa Dra Edvane B. L. De Domenico Profa Departamento de Enfermagem Clínica e Cirúrgica, EPE Tutora Enfermagem do Programa de Residência Multi em Oncologia Coordenadora Programa de Extensão Acolhe-Onco UNIFESP 2016 Conteúdos da apresentação • Características do Cuidado na Doença Oncológica • Os desafios da cronicidade • Educação em Saúde: conceitos e prática baseada em evidências • Modelos Educacionais: automonitoramento, autoeficácia, autogerenciamento • Boas Práticas em Educação em Saúde CÂNCER COMO DOENÇA CRÔNICA http://ig-wp-colunistas.s3.amazonaws.com/cip/wp-content/uploads/2011/04/diacancer.jpg Doença Crônica: implicações • exige resposta complexa e de longo prazo e • coordenada por profissionais de saúde de formações diversas , • deve prever acesso aos medicamentos e equipamentos necessários, estendendo-se à assistência social, • tanto o doente como a família necessitam ser abordados Veras RP. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2011; 14(4):779-786 Romão SMB. 2014 Disponível em http://hdl.handle.net/10174/13016 Doença Crônica: implicações • percurso do tratamento deve interferir o mínimo com o quotidiano do paciente/família a longo prazo “(...) para que o processo terapêutico não seja mais penoso que a própria doença” (Romão, 2014) • prevê um processo de gerenciamento Organização Mundial da Saúde define como “gestão contínua de condições durante um período de anos ou décadas”. (Veras,2011) Veras RP. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2011; 14(4):779-786 Romão SMB. 2014 Disponível em http://hdl.handle.net/10174/13016 Paciente e Família: diferentes contextos (sociocultural econômico, espiritual e crenças) Diversidade de Atendimentos: UBS, Hospital, Ambulatório, ESF Profissionais Especializados (ou não): diferentes papéis CUIDADO NA DOENÇA CRÔNICA FIGURA 1. Complexidade do cuidado na cronicidade a ser considerada no processo de cuidar em oncologia. PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS, 2014. Controle de sinais e sintomas DEMANDAS DO PACIENTE COM CÂNCER CUIDADOS ASSISTENCIAIS INTERDISCIPLINARES CUIDADOS EDUCATIVOS INTERDISCIPLINARES - SEGURANÇA - QUALIDADE DE VIDA - BEM- ESTAR Favorecimento de estados adaptativos Fortalecimento/ Empowerment - Automonitoramento - Autogerenciamento - Autoeficácia Figura 2. Síntese das demandas assistenciais e educativas do paciente oncológico segundo associações especializadas baseada dos documentos do INCA, ONS, NCI, publicações entre 2010-2011. Profissionais especializados em oncologia: desafio atual http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/retrol/registrocancer/Portaria2 439GM_MS.pdf Art. 18. Para ser credenciado e habilitado como CACON, UNACON ou Hospital Geral com Cirurgia de Câncer de Complexo Hospitalar, o estabelecimento de saúde deverá obedecer aos seguintes critérios: (...)V - ter equipe multiprofissional e multidisciplinar que contemple atividades técnico-assistenciais realizadas em regime ambulatorial e de internação, de rotina e de urgência, nas seguintes áreas: a) psicologia clínica; b) serviço social (...) http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0140_27_02_2014.html ONCOLOGIA: necessidade de articulação de demandas CUIDADOS ASSISTENCIAIS EM ONCOLOGIA CUIDADOS EDUCATIVOS EM ONCOLOGIA GESTÃO PARA ONCOLOGIA SUS/ PRIVADA PESQUISA O Cuidado na Cronicidade http://www.google.com.br/ PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS (2014) http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0483_01_04_2014.html PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS IV- Modelo de atenção centrado no usuário e realizado por equipes multiprofissionais V- Articulação entre os diferentes serviços de saúde, constituindo redes de saúde com integração e conectividade(...) Problemas Crônicos na Saúde Pouca articulação entre os níveis de atenção e os recursos públicos (humanos, materiais e tecnológicos) que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) do país “Modelos Tecnicistas- Assistenciais” Pouca efetividade Baixa qualificação Hennington EA. Acolhimento como prática interdisciplinar num programa de extensão universitária. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21 (1): 256-265, jan-fev, 2005, p.258 Resultando em... • Baixa Adesão Terapêutica • Piora da Qualidade de Vida • Problemas Sociais diversos Paciente: peregrino... solitário, perdido... Mais doente! Objetivos: verificar a adesão ao tratamento quimioterápico oral e os sinais indicativos de depressão. • Estudo transversal, quantitativo • Local: HU, Ribeirão Preto, SP. Coleta: Farmácia da QT • Instrumentos: Escala de Morisky e cols, Inventário de Depressão de Beck • 102 pacientes entrevistados: sexo feminino (82,4%), casado (52,9%), aposentados (34,3%) e do lar (25,5%). • A idade variou de 25 a 87 anos. Rev Esc Enferm USP 2013; 47(1):61-8 www.ee.usp.br/reeusp/ Souza BF, Pires FH, Dewulf NLS, Inocenti A, Silva AEBC, Miasso AI •10,8% e 1,9% apresentavam depressão moderada e grave, respectivamente. • associações significativas entre os referidos graus de depressão e as variáveis: renda per capita (p=0,0455), número de cirurgias (p=0,0324) e tempo de doença (p=0,0149) • 48% não manifestavam adesão ao tratamento. Destes 5,9%: depressão moderada ou grave. • Não adesão maior entre: - mulheres (51,2%) - pessoas com nível superior e/ou pós-graduação (60%) - tempo de doença até 36 meses (51,7) Rev Esc Enferm USP 2013; 47(1):61-8 www.ee.usp.br/reeusp/ ASPECTOS CONDICIONANTES DA RESPOSTA HUMANA NAS DIFERENTES SITUAÇÕES DE VIDA: Sonhos e Projetos Rede de apoio que conhece e ou utiliza Conceito de Bem Estar Experiência de vida Papeis sociais Conceito pessoal de Saúde http://www.google.com.br/search?q=pessoa+doente DESAFIOS DO PROCESSO DE CUIDAR NA CRONICIDADE PORTARIA Nº 483- REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS VI- Atuar no fortalecimento do conhecimento do usuário sobre suas doenças e ampliação de sua capacidade de autocuidado e autonomia, VII- Impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0483_01_04_2014.html CONCEITUAÇÃO DE TERMOS COMUNS NA EDUCAÇÃO & SAÚDE Educação para a Saúde • Processo de aprendizagem planejada, intencional • Deve oferecer conhecimentos • Influenciar modos de pensar, gerando ou clarificando valores • Ajudar a mudar atitudes e crenças • Processo que permite às pessoas e ou comunidade Promoção da Saúde Literacia em Saúde ter o controle sobre a sua saúde, ao longo do tempo • Envolve políticas públicas, decisões políticas e os próprios profissionais da Saúde • OMS (1998, p.19) “(…) a obtenção de um nível de conhecimento, aptidões pessoais e confiança para agir no melhoramento da saúde pessoal e da comunidade, mudando estilos de vida pessoais e condições de vida (...)” • Exercício de Cidadania em Saúde LUÍS MANUEL DE JESUS LOUREIRO, et al. Revista de Enfermagem Referência - III - n.° 6 - 2012 Pesquisas científicas em Educação em Saúde Alguns resultados... - O estudo espanhol teve como objetivo identificar como as informações sobre o diagnóstico do câncer de pulmão eram acessadas por pacientes idosos (n:83), o quanto sabiam, e suas atitudes em relação ao acesso à informação - Resultados: em 93% dos casos os familiares que receberam o diagnóstico dos médicos - Atitude Protetora devido a: idade avançada, quadros demenciais, fragilidade do idoso - Entretanto: 73% idosos referiram desejar obter informações claras, verdadeiras J Cancer Education (2015) 30: 766-773 ESTRATÉGIAS EFICAZES DE ENSINO E MÉTODOS PARA O FORNECIMENTO DE EDUCAÇÃO AO PACIENTE: uma revisão sistemática e um guia de recomendações práticas. J Canc Educ (2011) 26:12–21 A. J. Friedman. University Health Network, Toronto, ON, Canada ESTRATÉGIAS EFICAZES DE ENSINO E MÉTODOS PARA O FORNECIMENTO DE EDUCAÇÃO AO PACIENTE: uma revisão sistemática e um guia de recomendações práticas. J Canc Educ (2011) 26:12–21 DOI 10.1007/s13187010-0183-x • DESENHO: revisão sistemática de revisões sistemáticas com e sem metaanálise. • OBJETIVOS: comparar intervenções de ensino versus padrão de cuidados (controle) e intervenção de ensino versus outra intervenção de ensino. • RESULTADOS: - 23 revisões sistemáticas (não somente em Oncologia) - Resultados avaliados(outcomes): conhecimento do paciente, ansiedade e satisfação - FALHAS nos desenhos de pesquisa em Educação - Métricas não reproduzíveis: por exemplo para medir conhecimento, ansiedade - Estratégias de ensino diversas foram eficazes no aumento do conhecimento, diminuindo a ansiedade e satisfação crescente: informática, áudio e fitas de vídeo, textos, e demonstrações. ESTRATÉGIAS EFICAZES DE ENSINO E MÉTODOS PARA O FORNECIMENTO DE EDUCAÇÃO AO PACIENTE: uma revisão sistemática e um guia de recomendações práticas. J Canc Educ (2011) 26:12–21 • CONCLUSÕES: - Computadores podem ser úteis quando o paciente adquire informações específicas para sua situação, não gerais - Audiotapes, Videotapes, Demonstrações, se apropriadas para a situação, são sempre uma efetiva opção. - Materiais Impressos podem ser efetivos, principalmente se houver uma adequação da linguagem e da cultura. - Orientações Verbais devem apenas ser usadas se combinadas com outra estratégia de ensino. - Figuras e Ilustrações são importantes na condição de menor escolaridade. Devem ser acompanhadas de texto em linguagem simples. O USO DE MULTIPLAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO É O MELHOR PARA A EDUCAÇÃO AO PACIENTE. Piredda M, Rocci L, Gualandi R, Petitti T, Vincenzi B, De Marinis MG. Inquérito sobre as necessidades de aprendizagem e fontes preferidas de informação para atender a essas necessidades de pacientes oncológicos italianos que recebem quimioterapia. Eur J Oncol Nurs; 12(2): 120-6, 2008. “Survey on learning needs and preferred sources of information to meet these needs in Italian oncology patients receiving chemotherapy”. • DESENHO: estudo descritivo, amostra de 111 pacientes com câncer • OBJETIVOS: identificar as necessidades de aprendizagem, a quantidade de informação desejada e os métodos preferidos para informação de pacientes italianos • RESULTADOS: - Informações classificadas por prioridades: a doença, a recuperação, os tratamentos, os efeitos colaterais da quimioterapia e da trajetória da doença - A grande maioria queria receber o máximo de informações possível sobre todos esses temas desejo de ser informado juntamente com seus familiares (não depois) método preferido para receber informações: conversa oral, seguida de informações por escrito preferência por ser informado antes de receber o primeiro ciclo de quimioterapia pelo médico oncologista, seguido pelo enfermeiro especialista em oncologia e depois médico generalista. A Ação Educativa em Saúde é necessária? Se sim, qual a natureza do problema? ESCOLHA O MODELO, ADAPTE UM MÉTODO, APLIQUE, AVALIE... ALGUNS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE automonitoramento autoeficácia autogerenciamento Walker C et al. Australian Health Review 2003; 26(3): 34-42. Nascimento LS et al. Rev Gaucha Enfermagem, 2010 Lorig K. URL:www.optmizinghealth.org/index.php/site/content/download/92/370/file/lorig.pdf. Automonitoramento Descritores /Palavras-chave: autocuidado, self-care, selfmonitoring, automonitoramento, educação em saúde, doença crônica Plano Educativo Baseado no Automonitoramento • Aplica-se ao acompanhamento de parâmetros fisiológicos específicos ou sintomas de uma condição de saúde. • Compreende 2 componentes na ação educativa: (a) Gerar a consciência de sintomas corporais, sensações, atividades diárias e processos cognitivos (b) Habilitar para as medições, leituras e anotações. Richard & Shea . Self-Care Concept Delineation. Journal of Nursing Scholarship, 2011; 43:3, 255–264. Exemplo de Problema Educacional para aplicação do modelo AUTO-MONITORAMENTO Sra ML, 57 anos, com diagnóstico de ca de mama deverá submeter-se à colocação de cateter tipo Port-a-Cath. Objetivos da Ação-Educativa: 1. Promover conhecimento para o automonitoramento do processo inflamatório causado pelo procedimento 2. Favorecer o aprendizado dos cuidados com as incisões cirúrgicas 3. Paciente deverá conhecer as possíveis complicações e estar apto a reconhecê-las para a busca de auxílio especializado em tempo apropriado Autoeficácia Descritores/Palavras-chave: Self-Efficacy, competência, bem-estar emocional, maestria, motivação, autoeficácia Self-Efficacy: A Theoretical Analysis of Its Determinants and Malleability Marilyn E. Gist and Terence R. Mitchell The Academy of Management Review Vol. 17, No. 2 (Apr., 1992), pp. 183-211 (article consists of 29 pages) Published by: Academy of Management Stable URL: http://www.jstor.org/stable/258770 Autoeficácia percebida relaciona-se o com as crenças da pessoa sobre sua capacidade de influenciar os acontecimentos que afetam sua vida. Ao acreditar que suas ações pode produzir efeitos desejados, a pessoa está incentivada a realizar tarefas ou perseverar em face de dificuldades. Corsini Encyclopedia of Psychology by Albert Bandura (1977, 1978) http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9780470479216.corpsy0836/full Self-efficacy: Educational Aspects D. H. Schunka aPurdue University, West Lafayette, Indiana, USA Em contextos educativos, os alunos têm objetivos e diferentes níveis de autoeficácia para a aprendizagem. Percepções de progresso sustentam a autoeficácia, a motivação e promovem a aprendizagem doi:10.1016/B0-08-043076-7/02402-5 Copyright © 2001 Elsevier Ltd. All rights reserved. Exemplo de Problema Educativo para o emprego do Modelo de AUTO-EFICÁCIA Sr JR, 65 anos, com diagnóstico de Ca de Cólon, em fase PréOperatória para colostomização .. Objetivos da Ação-Educativa: 1. Promover conhecimento para o autocuidado, encorajando o desenvolvimento de habilidades para o cuidado com o estoma e os seus acessórios 2. Auxiliar na identificação do polo de fornecimento de materiais e avaliação especializada 3. Estimular o convívio social e a participação em grupos de apoio ao ostomizado 4. Favorecer a percepção positiva da capacidade de controlar e gerir a nova situação. - Aumento consciência do risco - Aumento do conhecimento I Informação II IV Conhecer apoios sociais -Utilizá-los para mudanças pessoais desejadas MODELO BASEADO NA AUTOEFICÁCIA III Reforço de Competência + Construção resistente de auto-eficácia Desenvolvimento de Habilidades Sociais e de Auto-regulação - Convertidas em ações de controle e preventivas -Prática orientada + Feedback corretivo na aplicação de habilidades em situações de risco -Reforço para Tomada de Decisão Corsini Encyclopedia of Psychology by Albert Bandura (1977, 1978) http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002 /9780470479216.corpsy0836/full / Albert Bandura, 1990* Autogerenciamento Descritores /Palavras-chave: self- management, selfmonitoring, autocuidado, automonitoramento, educação em saúde, doença crônica Planos Educativos baseados na promoção do AUTOGERENCIAMENTO definição conceitual de autogerenciamento está focada no ensinamento de habilidades para solução de problemas. ensino de habilidades para a solução de problemas de diferentes naturezas: biológica, social e afetiva, pelos próprios portadores de doença crônica. Walker C, Swerissen H, Belfrage J. Australian Health Review 2003; 26(3): 34-42. Nascimento LS, Gutierrez MGR, De Domenico EBL.Programas educativos baseados no autogerenciamento: uma revisão integrativa. Rev Gaucha Enfermagem/submetido Lorig K. Self-management: context, definition, and outcomes and mechanisms.Acessadoem:URL:www.optmizinghealth.org/index.php/site/content/download/92/370/file/lorig.pdf. A P R E N D I Z A G E M Autogerenciamento Construção de Habilidades Solução de problemas Biológico Social Afetivo/ Espiritual E S T R U T U R A D A Figura 3. Componentes conceituais do termo autogerenciamento. Nascimento LS, Gutierrez MGR, De Domenico EBL. Programas educativos baseados no autogerenciamento: uma revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 jun;31(2):375-82. Autogerenciamento: capacitação e empoderamento de pacientes para viverem o câncer como doença crônica Tipo de Estudo: Revisão de Literatura, 16 estudos incluídos: intervenções bem declaradas, critérios de avaliação de resultados estabelecidos e consistentes Resultados: • Intervenções para geração de habilidades para autogerenciamento diversas: palestras, grupos, material impresso, aconselhamento telefônico, visitas domiciliárias, educação via web... (2011) American Cancer Society, Inc. doi:10.3322/caac.20093. Available online at http://cajournal.org and http://cacancerjournal.org Resultados, continuação: • Intervenções que encorajam os pacientes a envolverem-se com seu próprio cuidado • Planejamento Realista: metas determinadas em conjunto (membros da equipe e pacientes) • Sistema de informações seguras (equipes integradas) e contínuas Essas evidências científicas necessitam de urgente transposição para a prática. (2011) American Cancer Society, Inc. doi:10.3322/caac.20093. Available online at http://cajournal.org and http://cacancerjournal.org - DSME(Educação para o Autogerenciamento do Diabetes): é um processo contínuo para facilitar o conhecimento, habilidade e capacidade necessária para pré-diabetes e diabetes realizar o autocuidado. -10 recomendações para a prática da DSME DIABETES CARE, VOLUME 36, SUPPLEMENT 1, JANUARY 2013 Health Literacy's Role in Chronic Illness Self-Management among Adults and Older Adults: A Literature Review Papel da Literacia em Saúde no Autogerenciamento da Doença Crônica entre adultos e idosos: uma revisão da literatura - 18 artigos analisados - sabe-se que o grau de literacia em saúde influencia no autogerenciamento de acordo com a doença crônica, raça, etnia ou idade - 9 estudos associaram maior literacia com melhor autogerenciamento da condição de cronicidade - Idosos com menor literacia apresentam menor desempenho para o autogerenciamento (Complexidade Tratamentos Atuais ?) https://apha.confex.com/apha/143am/webprogram/Paper335991.html O CUIDADO DO SOBREVIVENTE: MAIS UM DESAFIO! ASCO: Alcançar Alta Qualidade de Cuidado para o Sobrevivente de Câncer • EUA: 18 milhões de sobreviventes até 2022. • Os sobreviventes do câncer tem maior risco de morbidade a longo prazo e morte precoce, relacionadas diretamente ao câncer, doenças pré-existentes e à exposição a terapia. • Observa-se comportamento diferente dos sobreviventes em relação ao surgimento de outras doenças: precocidade de incidência, mudanças na apresentação clínica, resposta terapêutica ineficaz. http://jco.ascopubs.org/content/31/5/631.full.pdf+html Ações a serem considerados para o desenvolvimento de um Plano de Cuidados para o Sobrevivente de Câncer • Manter as avaliações de risco e de necessidades psicossociais • Informar sobre fertilidade e ou planejamento familiar para pacientes em idade reprodutiva • Informar sobre efeitos colaterias persistentes ou de ocorrência tardia relacionados ao câncer ou tratamentos realizados • Programar rastreamento de outros cânceres http://jco.ascopubs.org/content/31/5/631.full.pdf+html Ações a serem considerados para o desenvolvimento de um Plano de Cuidados para o Sobrevivente de Câncer (continuação) • Educar para a identificação de sinais e sintomas compatíveis com a recidiva do câncer • Discutir e incorporar os valores e preferências do sobrevivente em relação a seu cuidado • Reforçar importância de mudança de comportamentos vinculados aos fatores de risco, principalmente tabagismo, obesidade, abuso do álcool e reforço de hábitos protetores. http://jco.ascopubs.org/content/31/5/631.full.pdf+html COMO FAZEMOS... UNIFESP PLANEJAMENTO: -ESCALONAMENTO DOS ESTUDANTES EXTENSIONISTAS nas consultas ambulatoriais semanais -Organização das REUNIÕES CIENTÍFICAS e administrativas mensais e dos conteúdos postados no MOODLE UNIFESP AVALIAÇÃO: -Estruturação de pesquisas científicas - Realização de PESQUISAS AÇÕES: -Consultas INTERDISCIPLINARES QUE ESTRUTUREM, VALIDEM OU AMPLIEM as AÇÕES EDUCATIVAS E OU ASSISTENCIAIS realizadas e as - Gerar HABILIDADES para ACOLHE-ONCO (PESQUISA-AÇÃO ) idealizadas. -Utilização do ambiente MOODLE Autogerenciamento, Automonitoramento e Autocuidado PARA AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES e satisfação dos -Realização de CONSULTAS estudantes extensionistas. - Preparo de MATERIAIS TELEFÔNICAS MONITORAMENTO DAS AÇÕES: -DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS na reunião científica mensal - PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES NO AMBIENTE MOODLE ACOLHEONCO EDUCATIVOS - Cumprimento de etapas operacionais de PESQUISAS Figura 4. Etapas da pesquisa-ação que caracterizam o Programa de Extensão AcolheOnco: interdisciplinaridade no cuidado integral ao paciente com câncer. UNIFESP. Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP Plano Terapêutico Singular UNIFESP Integralidade do cuidado Interdisciplinaridade Acolhimento Educação para Prática Baseada o autogerenciamento em Evidências Material Educativo Educação Preventiva/ Detecção Precoce Aconselhamentos Presencial e Telefônico FIGURA 4: Estratégias do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia da UNIFESP de acordo com os princípios da PORTARIA Nº 483- Rede De Atenção À Saúde Das Pessoas Com Doenças Crônicas . Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP UNIFESP Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP Projeto “Conhecer para Saber o que Fazer” UNIFESP Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP Impressos Educativos validados por Estudos de Recepção UNIFESP Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia Hospital São Paulo- UNIFESP PROTOCOLO PARA ACONSELHAMENTO TELEFÔNICO UNIFESP PERGUNTAS? VAMOS TROCAR EXPERIÊNCIAS? Obrigada! Profa Dra Edvane B. L. De Domenico [email protected]