Efeitos do exame radiológico na gestação Gestantes podem

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Efeitos do exame radiológico na gestação
Gestantes podem precisar ser submetidas a exames radiológicos para um
diagnóstico preciso e conduta correta. Nestes casos a exposição à radiação
ionizante e seus efeitos sobre o feto são motivo de preocupação para a paciente e
o seu médico. Na verdade, a maioria destes exames é segura e não oferece risco
significativo ao feto. (Radiol Bras vol.38 nº.6 São Paulo Nov./Dec. 2005)
Para a gestante, os efeitos biológicos dos RX são idênticos aos sofridos por uma
mulher que não esteja grávida. Para o feto a ocorrência de efeitos depende da
dose de radiação absorvida (mGy) e da idade gestacional.
A exposição à radiação ionizante, como os Raios X, podem acarretar:
a) Abortamento
b) Malformações fetais;
c) Distúrbios do crescimento e desenvolvimento fetal;
d) Efeitos mutagênicos que podem induzir a formações de tumores.
O embrião é mais sensível aos efeitos da radiação nas duas primeiras semanas de
gestação; Considera-se risco de morte fetal neste período, quando a exposição for
superior a 10 rad (100 mGy).
Entre a 3ª e 15ª semana, período de formação dos órgãos, os riscos são de morte
celular induzida pela radiação, distúrbio na migração e proliferação celular. Podem
ocorrer anomalias, principalmente, no sistema nervoso, desde que o feto seja
exposto a doses superiores a 100 mGy.
TC: Tomografia computadorizada
Entre a 16ª e 30ª semana de gestação permanecem os riscos de retardo mental,
inibição do crescimento do feto e microcefalia. Após a 32ª semana de gestação
não há riscos significativos ao feto, excetuando-se um possível aumento do risco
de desenvolver uma neoplasia maligna durante a infância ou na maturidade. É
válido salientar que, em todas as circunstâncias, os riscos estão associados à
exposição à radiação com doses superiores a 100mGy.
Sempre que o exame radiológico for necessário e indicado, deve-se discutir a sua
utilidade, riscos e benefícios com a paciente e seus familiares. É importante
também informá-la dos riscos inerentes à gravidez e não relacionadas à exposição
à radiação, para a ocorrência de aborto (15 a 20%), anomalias congênitas (4%) e
retardo do crescimento fetal (10%).
Os exames radiológicos devem ser realizados em instituições que possam garantir
a adoção de medidas efetivas de proteção radiológica e possuam equipamentos
modernos e regularmente calibrados e aferidos. O médico radiologista é
geralmente o profissional mais preparado para avaliar a melhor opção diagnóstica
em determinada situação clínica, devendo garantir segurança à gestante e ao
feto.
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