A INFLUÊNCIA DO TABLOIDE NAS EMPRESAS VAREJISTAS. Área temática: Gestão Estratégica e Operacional Nayra Menezes [email protected] Marizangela Morais [email protected] Werianny Rassi [email protected] Tais Alvim [email protected] Resumo: Este trabalho busca identificar os pontos positivos, além de outros aspectos referentes aos tablóides distribuídos por empresas em Goiânia, para o público varejista. Esse estudo classifica-se como uma pesquisa básica (quanto à natureza do estudo), qualitativa e quantitativa (quanto à abordagem do problema) e exploratória (no que se refere aos objetivos). Quanto aos procedimentos técnicos para realização do trabalho, empregou-se a pesquisa bibliográfica. Buscou-se realizar uma analise geral por meio de levantamento de dados para identificar perfil demográfico como classe social, sexo, faixa etária e percentual de clientes, que sabe o que é, qual a importância e, ainda, a relevância do tablóide na hora da compra. Utilizou-se como objetos de estudo empresas lideres de mercado no segmento de móveis e eletrodoméstico sendo; Casas Bahia, Novo Mundo, Ponto Frio e Eletrosom. Observa-se que grande parte dos pesquisados sabem o que é um tablóide e 70% o utiliza como ferramenta de pesquisa sendo o público predominante da classe C e D. Palavras-chaves: Tabloide, Mídia impressa, Estratégias, Marketing. 2 INTRODUÇÃO O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar como os tabloides têm sido utilizados pelas empresas do segmento varejista, identificando estratégias para tornar a ferramenta mais atrativa. Para atingir o objetivo proposto buscou-se desenvolver pesquisa bibliográfica acerca do tema proposto, identificando por meio de pesquisa qualitativa e quantitativa, identificar a percepção do consumidor em relação aos tabloides e propor novas estratégias dessa utilização para fidelização de clientes. Os tabloides são considerados meios de comunicação de uma marca com os consumidores, por isso um dos maiores desafios do comercio varejista é identificar a diversidade de funções que essa estratégia de comunicação pode revelar. O efeito do tabloide deve ir além da exposição do menor preço, deve-se apresentar o conceito do empreendimento, buscando a agregação de valor à empresa, consequentemente gerando confiabilidade e credibilidade, interferindo positivamente nas vendas. Sendo assim, as empresas varejistas podem valer-se do tabloide para garantir fluxo, bem como aproveitá-lo como divulgação dos diferenciais da empresa. Para esse estudo, Utilizou-se como base de pesquisa 4(quatro) empresas lideres no segmento de vendas de moveis e eletro domésticos em Goiânia sendo; Novo Mundo, casas Bahia, Eletrosom e Ponto Frio A pesquisa questiona qual a eficiência do tabloide mercado varejista? Para analisar melhor o tema, buscou-se estudar teóricos que abordam epistemologias de Marketing, Publicidade, Propaganda, Mídia impressa e Estratégias de marketing e comportamento do consumidor. 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1Marketing O conceito de marketing envolve todas as atividades comerciais relacionadas com a movimentação de mercadorias e serviços, desde a produção física, até o seu consumo final. Implica também em conhecer o desejo e a necessidade do consumidor, em estudar a produção desse produto e serviço orientando-lhe sobre como produzir, distribuir e até sobre como consumi-lo. 3 De acordo com Santana (2010), antigamente nenhum esforço era feito para saber, propriamente, quais as necessidades e as preferências do consumidor nem para fazer um produto, nem para criá-lo. Na atualidade, a realidade é diferente, pois o consumo é o objetivo mais importante, inclusive mais do que a produção. Segundo Kotler (2010, p.27), “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. ConformeSant’anna (2010), existem várias definições de Marketing que são baseadas em conceitos centrais, como: necessidades, desejos e demandas. Necessidade humana pode ser definida como necessidade básica, ou seja, as pessoas precisam de alimentos, roupas, abrigo, segurança, dentre outros. Desejos são carências específicas para atender às necessidades. Os desejos humanos são moldados e remondados por forças e instituições sociais, incluindo igrejas, escolas, famílias e empresas. Demandas são desejos por produtos específicos, respaldados pela habilidade e disposição de comprá-los. Conforme Kotler (2010) afirma, essas distinções contradizem algumas acusações como: “os profissionais de marketing criam necessidades” ou que “marketing induz as pessoas a comprar coisas que não desejam”. Os profissionais de marketing não criam necessidades, elas já existiam antes deles. Eles, juntamente com outras forças sociais, influenciam e despertam desejos, como por exemplo: O marketing pode promover a ideia de que um Mercedes poderia satisfazer a necessidade de alguém por status social, porém não criam essa necessidade. Marketing é um sistema administrativo que, através de um planejamento estratégico, busca compreender e atender as necessidades dos mercados alvo, por meio da oferta de produtos ou serviços mais adequados para este público, buscando atingir os objetivos da organização (RICHERS (1978), KOTLER (1997) e COBRA (1990) apud VEIGA-NETO, 2007). Os autores Churchill e Peter (2000) compreendem que marketing é um processo em que se planeja uma ideia e a executa, determinando seus preços, promoção e distribuição de ideias, além dos bens e serviços que serão oferecidos, no intuito de criar trocas que satisfaçam tanto as metas dos indivíduos quanto as metas das organizações. 4 Assim como Churchill e Peter (2000), que citaram sobre o composto de marketing, Schieffman e Kanuk (2009) também mencionaram este tema, mas abordando-o um pouco mais, para eles o composto de marketing consiste na oferta de produtos e serviços, e nos métodos e ferramentas que são escolhidos para realizar a interação entre empresa e consumidor. Estes elementos são igualmente conhecidos como os quatro Ps e podem ser compreendidos por: produto ou serviço (suas características, as marcas, embalagens, as garantias e as políticas de devoluções); preço (valor monetário, inclusive descontos); ponto local (a distribuição através de filiais de venda); e promoção (promoção de venda, propaganda). O Marketing, segundo Schieffman e Kanuk (2009) deve partir da premissa de que a empresa deve produzir aquilo ela vende e não vender aquilo que ela produz. Santana (2010) assegura que o profissional de marketing paraatingir seus objetivospode utilizar uma estratégia mercadológica envolvendo todos os elementos do composto marketing: produto, preço, comunicação e distribuição. A estratégia de marketing são caminhos para se atingir o objetivo com eficácia, poisatravésdelaas empresas irão definir a sua missão e objetivos gerais.(KOTLER E ARMSTRONG, 2007).Ainda sobre a estratégia de marketing de uma organização, Fennel diz que: [...] é preparada para dar umaintegração total dos esforços que focam o cumprimento dos objetivos de marketing. Ela envolve a seleção de um ou mais mercados-alvos e, depois, o desenvolvimento de um composto de marketing, produto, preço, promoção, distribuição que satisfaça as necessidades e os desejos dos participantes desse mercado-alvo. (O.C FENELL, 2000, p.35) Composto de Marketing, segundo Kotler (2010), é o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo.Existem muitas ferramentas nesse composto e as decisões devem ser tomadas considerando os canais de distribuição e os consumidores finais através do segmento de cada produto ou serviço. Kotler (2010), mostra um composto de ofertas de produtos, serviços e preços que podem ser utilizados como um composto promocional de vendas, propaganda, força de vendas, relações públicas, mala direta e telemarketing que podem atingir canais de distribuição e consumidores finais. 5 Essas ferramentas são classificadas em quatro grupos amplos, os 4P’s de marketing: produto, preço, praça (ou canal) e promoção (ou comunicação). Composto de marketing é diferente por Kotler e Armstrong (2007) como: O conjunto de ferramentas, táticas e controláveis, de marketing que as empresas combinam para obter respostas que o mercado-alvo deseja. 1.2 Comportamento do Consumidor Para atingir os objetivos das organizações e ao mesmo tempo satisfação de seus clientes, é necessário ter uma boa aplicação do composto de marketing, analisando o consumidor e seu comportamento. O Comportamento do Consumidor consiste em compreender como os indivíduos tomam a decisão de utilizar seus recursos disponíveis (dinheiro, tempo, esforço) em itens referentes ao consumo, em como compram, o que compram, porque, em que momento, em que local, com qual frequência, como avaliam o pós compra, como se desfazem do produto que compraram (SCHIFFMAN e KANUK, 2009). Engel, Blackwell e Miniard (2000) apud Carvalho et al (2006), abordam que o comportamento do consumidor são as atividades realizadas a fim de obter, consumir e disponibilizar produtos e serviços, focando no processo de decisão das etapas anteriores e posteriores destas ações. Já Blackwell, Miniard e Engel (2011) abordam um conceito diferente, segundo eles o estudo deste comportamento é pensado sobre a ideia de que é mais fácil criar estratégias para influenciar o consumidor depois de compreender porque as pessoas compram determinados produtos ou marcas, ou, pode ser definido também como um campo de estudo que tem seu foco nas atividades do consumidor. Solomon (2011), se refere ao comportamento do consumidor como: O comportamento do consumidor abrange uma ampla área: é o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos. (SOLOMON, 2011, p. 33 apud SOUSA, 2012, p.18). O estudo do comportamento do consumidor é feito para entender porque os consumidores compram certos produtos e não outros, estudam suas emoções, seus 6 sentimentos e ações, e as influências ocorridas nos indivíduos que geram mudanças (CHURCHILL e PETER, 2000). Mowen e Minor (2003) discorrem sobre a importância de se entender o consumidor, que, segundo eles, parte do conceito de marketing: “atividade humana direcionada a satisfazer necessidades e vontades por meio de processos de troca humanos” (MOWEN e MINOR, 2003, p.4). Para realizar essa troca da melhor forma possível, os profissionais de marketing precisamcompreender quais influências os consumidores recebem que geram suas necessidades e vontades. Como citado por Churchill e Peter (2000), e também por Mowen e Minor (2003), existem alguns fatores que influenciam no processo de tomada de decisão do consumidor e faz com que ele tenda a adquirir certos produtos e serviços, estas influências, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2011), podem ser categorizadas como: diferenças individuais, influências ambientais e processos psicológicos. As diferenças individuais podem ser em função: Da demografia, psicografia, valores e personalidade: A demografia foca em quem compra os produtos e serviços, diferenciando-os pelo sexo, idade, raça, renda familiar, entre outros; A psicografia identifica porque comprar, identificando os estilos de vida dos consumidores; Os valores representam a crença dos indivíduos, os comportamentos considerados como aceitáveis; A personalidade segundo Schieffman e Kanuk (2009) pode ser definida como características psicológicas que refletem a reação das pessoas ao ambiente. Recursos do consumidor: podem ser definidos como o dinheiro, o tempo e a capacidade de receber e processar informações; Motivação: o indivíduo é motivado a busca pela satisfação de necessidades, tanto fisiológicas quanto psicológicas, através da compra e do consumo de um produto; Conhecimento: são as informações armazenadas na memória, que interferem na compra e no consumo; Atitudes: é definida como a avaliação de uma alternativa, podendo ser positiva ou negativa, direcionam à escolha, e que não são fáceis de mudar. As influências ambientais são categorizadas em: Cultura: São os valores, ideias e percepções que ajudam as pessoas a avaliar e interpretar situações como participantes de uma sociedade. Solomon (2002 p. 371) apud Menezes (2010), considera a cultura como "a acumulação de significados, rituais, normas e tradições compartilhadas entre os membros de uma organização [...] é a lente através das quais as pessoas enxergam os produtos". Classe social: é compreendida como a ocupação, posses, riqueza, poder, prestigio pessoal. Família: “a família seguramente é o grupo de referência mais importante que o consumidor possui” 7 (SAMARA e MORSCH (2005), apud SOUSA (2012), p. 26). Influência pessoal: os consumidores respondem a pressões recebidas por outras pessoas para concordarem com as expectativas e normas fornecidas, observando as escolhas de compra e comparando com as suas próprias escolhas. Situação: as alterações de comportamentos mudam assim que as situações mudam, podem ser ou não previsíveis. Os processos psicológicos: Processamento da informação: como os indivíduos recebem, processam as informações, e fazem sentido a elas. Sternberg (2000) apud Neves (2006) salienta que é analisado o modo como as pessoas constroem modelos para compreender os processos, representações e estratégias mentais utilizadas pelas pessoas no desempenho de tarefas. Aprendizagem: processo que leva a mudanças de comportamento e conhecimento através da experiência, estará gerando aprendizado qualquer um que tentar influenciar o consumidor. Mudança de comportamento e de atitude: Segundo Solomon (2008) apud Sousa (2012), a atitude é representada por uma avaliação aplicada em vários eventos da vida, que ocorre ao consumidor a respeito dele e de outras pessoas, produtos, serviços, entre outros. Alterações das necessidades geram mudanças de comportamento. Para Menezes (2010) a compreensão do comportamento humano é gerado por um diagnóstico das suas necessidades. Dentro do contexto deste estudo faz necessário levantar se o comportamento do consumidor é influenciado de forma antecedente pelas estratégias de marketing, em especial a mídia impressa como otablóide. 1.4 Mídia Impressa O primeiro anúncio impresso foi lançado em 1808, no Rio de Janeiro, quando foi fundado o Jornal Gazeta do Rio de Janeiro. A publicidade no Brasil inicialmente era comandada por jornalistas que logo depois abriu espaço para criatividade, conseguindo unir a informação com a estética visual que, sem dúvidas, deixou o anúncio com um aspecto mais chamativo e, assim, em 1875 começaram a surgir anúncios com ilustrações, como pôde afirmar Ramos (1985 apud BERTOMEU,2006,p.14) A partir desse período, os anúncios acompanham a evolução gráfica e, em 1900, com o aparecimento das revistas, entram em grande expansão. Em 1913, encontra-se a produção de cartazes, avulsos e variadas formas de propaganda ao ar livre. 8 A mídia impressa é um meio de comunicação de caráter publicitário ou jornalístico e é também conhecida como mídia off-line. O meio impresso pode ser anunciado em veículos como: jornais, revistas e outros materiais do tipo. EliseoVeron (2004) afirma que a mídia impressa de massa já está a um bom tempo submetido às leis da concorrência no setor de produção cultural. É muito importante que se defina em qual classe e segmento o tipo de mídia adotado se encaixa. O ponto positivo que deve-se lembrar é que a mídia impressa já tem seu espaço no mercado e já passou da fase de aceitação do público. Outra forma de mídia impressa, que é muito utilizada por empresas do segmento varejista, são os tabloides, que são utilizados por lojas não só para divulgar preços e promoções, mas também para fixar a marca e o conceito de seu público-alvo. Segundo Bittar¹ (2009), os tabloides podem ter participação direta na venda de produtos anunciados em tabloides entregues em domicílios entre as classes D e E. O estudo também contrasta o comportamento do consumidor após receber o tablóide, com os números da cobertura física do material.São as camadas da base da pirâmide, ou seja 48,3% de D E e 39,7% de C que afirmam ir a vários supermercados para aproveitar ofertas de cada um, percentual que desce para 32% em AB. Isso revela que o tablóide se torna mais útil para as pessoas de baixa renda. Esses números colocam o tablóide como uma grande mídia de massa, comparado a rádios e jornais(BITTAR,2009). Os tabloides representam 50% da verba publicitária no varejo e é uma grande ferramenta de comunicação das marcas com seu público. “Os tabloides são o maior meio de comunicação ao se falar de varejo atualmente”, afirma Sarnelli,sócio-diretor do instituto Data Popular, um dos maiores especialistas em comunicação de varejo do Brasil. A produção gráfica está presente em todas as fases da produção de um material impresso. Em cualquier fase delproceso de producciónesnecesarioconocerlosrequerimientos que planteanlas etapas posteriores y modificar eltrabajo de acuerdo com ello. Los requisitos del manipulado final delproductopueden determinar laeleccióndel papel y la técnica de impressión que vautilizarse y, al mismotiempo, determinar cómodebenescanearselasimágenes y 9 realizarselasseparación de colores (JOHANSON,LUNDBERD e RYBERG, 2003,p.9). Johanson, Lundberg e Ryberg(2003, p.9) afirmam que para compor a produção gráfica de um material impresso é necessário levar em consideração algumas fases, e estas são: Tabela 1: Fases Estratégicas Para desenvolver a fase estratégica é de extrema importância Fase estratégica que o Departamento de marketing, comunicação, agência de publicidade e consultores de comunicação trabalhem juntos e em sintonia. Esta fase é responsável pelo tipo de mensagem e a melhor forma de se comunicar com seu público-alvo. É necessário o Fase Criativa envolvimento do departamento de marketing,comunicação, agência de publicidade com entendimento em relações públicas e sintonia com o design gráfico. A diferenciação da concorrência ajuda na demanda. Para que Produção original a originalidade da mídia atinja seu objetivo, é necessário que a agência de publicidade, o desing gráfico e a gráfica tenham total interação. É importante que o tipo da imagem, o recorte e as cores Produção de tenham sintonia com o tipo de papel e para isso necessita-se imagens que haja um banco de imagem para haver a diversificação de fotografias. Saídas / Raster O formato não adequado ao chegar na gráfica pode levar o arquivo a sofrer alterações em sua fonte, por exemplo. É uma etapa muito importante da mídia impressa, pois se Testes finais trata da última verificação e oportunidade de correção, caso haja necessidade. 10 Chapas de São os tipos de impressões para cada material diferente. A impressão empresa responsável por esta fase são as gráficas. Manipulado Distribuição Tipo de acabamento do material impresso. As gráficas também são responsáveis por esta fase. Esta última fase, refere-se à distribuição do material depois de todo processo concluído. Fonte: Adaptado - (KOTLER, 2010) Pode-se concluir que a mídia impressa, em especial os tabloides, podem ter relevância ao consumidor final desde que este seja bem elaborado e produzido com base em todas as fases estratégicas, não esquecendo que para ter o sucesso o layout tem que estar de acordo com o publico alvo. 1.4 Publicidade Segundo afirma Machado (2010), a publicidade é uma ferramenta que se alia ao marketing. Destacando-se que, o marketing planeja o antes, o durante e após osprodutos chegaremno seu consumidor fina; enquanto que a publicidade estimula o desejo de compra daquele produto ou serviço. A publicidade já vem presente na vida do ser humano desde a Roma antiga, quando disputavam o melhor espaço nos muros de casas próximos às ruasno qual fluxos de pessoas erammaiores (SAMPAIO, 2003). A publicidade é capaz de influenciar a todos “Por mais defesas que possamos construir, por mais barreiras que levantemos, sempre há um anúncio que fura o cerco, o comercial que ultrapassa os muros, a idéia que interfere em nossa vontade “(SAMPAIO, 2003, p.23)”. A propaganda teve seu avanço em 1822 com o The Weekly News - primeiro jornal inglês e depois na América do Norte por ser responsável pelo sistema Fordismo, um sistema voltado totalmente ao capitalismo que possibilita a produção em larga escala, mas também requer um consumo em massa “A indústria norte-americana era líder de produção em massa, o que criava excesso de produção e necessidade de convencer os consumidores a comprarem mais’’(BERTOMEU, 2006, p.16)”.A propaganda muitas vezes é confundida com vendas, 11 esclarece-se que ela pode ser uma ferramenta primordial e decisiva na hora da compra sim, mas se limita a isso. A propaganda é uma informação com objetivo específico. Ela tem por princípio criar um elo entre o produto e o consumidor que de outra forma, se ignorariam mutuamente. É, com efeito, a comunicação de uma mensagem. É preciso insistir sobre esse aspecto, pois o erro mais frequente é acreditar que a propaganda é venda. Esse conceito não é correto, uma vez que ela só representa uma parte da venda, unicamente aquela que concorre para desenvolvê-la (BERTOMEU, 2006, p.16). 2 METODOLOGIA Metodologia científica refere-se ao conjunto de regras básicas que a ciência busca desenvolver para obter um conhecimento científico, buscar evidências, observar de forma lógica e racional podendo, assim, organizar, corrigir, produzir conhecimentos em cada área científica específica (LAKATOS, 2001). Este estudo utilizou-se de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa. Segundo Samara e Barros (2002), as pesquisas qualitativas se iniciam com entrevistas individuais ou discussões em grupo e, após analisadas, verticalizadas em relação ao objetivo do estudo, assim identificando pontos comuns e diferentes na amostra encolhida. A pesquisa quantitativa é um método no qual utiliza técnicas estatísticas e instrumentos padronizados (questionário) que deve ser utilizado quando se sabe o que precisa perguntar para então atingir resultados satisfatórios e o objetivo da pesquisa (OLIVEIRA, 2002). 2.1 Objetos de estudo Utilizou-se como objetos de estudos as empresas lideres em venda de moveis e eletrodomésticos em Goiânia – GO sendo: Novo Mundo, casas Bahia, Eletrosom e Ponto Frio. Empresa Novo Mundo, Em 1956, foi criada a 1ª loja Novo Mundo Móvel, com 80m², localizada na Av. Anhanguera, Centro de Goiânia. Pioneira na venda a crediário no Centro-Oeste, a Novo Mundo expandiu sua atuação para nos Estados de Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Amazonas, Roraima, Amapá e Distrito Federal, com um total de 200 lojas, seis mil colaboradores e mais de 10 milhões de clientes. Foi destaque nos Maiores do ICMS, desde a 12 criação desta premiação pela Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (SEFAZ) e também sempre é destaque no POP LIST, evento que premia as lojas mais lembradas pelos clientes em seu ramo de atuação. Empresa Casas Bahia tem mais de 60 anos de atuação no mercado nacional a Casas Bahia é uma rede que comercializa eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e utilidades domésticas. Tem como missão realizar os sonhos de seus consumidores, oferecendo acesso facilitado ao crédito e trabalhando com um modelo de gestão focado na simplicidade, no respeito e nadedicação total aos colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros comerciais.A marca Casas Bahia foi avaliada em R$ 1,2 bilhão e reconhecida como a marca de varejo mais valiosa do país no ranking Marcas Brasileiras Mais Valiosas, divulgado pela consultoria Interbrand. Empresa Eletrosom considerada uma das 15 maiores redes de varejo do Brasil e com mais de 30 anos de história, a Eletrosom se destaca como uma das marcas mais sólidas e tradicionais do mercado. Presente desde os grandes centros até às pequenas cidades, a Rede conta com mais de 200 lojas distribuídas em 6 Estados brasileiros e no Distrito Federal, nas regiões Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. A Eletrosom tem como missão oferecer produtos e serviços de qualidade, realizando os sonhos de seus clientes, gerando lucros e responsabilidade social, além de contribuir para o desenvolvimento do país. Empresa Ponto Frio,A marca rompeu as fronteiras do Rio de Janeiro quando inaugurou sua primeira loja em Brasília, na década de 70, dando início ao seu processo de expansão. Em seguida vieram os estados de Goiás e Minas Gerais. O Pontofrio contabiliza hoje mais de 3s70 filiais e cerca de 10 mil colaboradores. A empresa em como missão Comercializar, de forma rentável, produtos das melhores marcas e serviços associados, fidelizando os clientes através da excelência no atendimento. 2.2 Sujeito de Pesquisa A pesquisa qualitativa foi realizada com os gerentes de marketing das redes de lojas, sendo as unidades pesquisadas localizadas no Centro de Goiânia. As entrevistas foram realizadas em setembro de 2014. Buscou-se com a pesquisa identificar a importância do tablóide no varejo. A pesquisa quantitativa foi realizada com os clientes das lojas, com o 13 objetivo de compreender suas opiniões em relação a utilização do tabloide e qual a influência no ato da compra. A amostra pesquisada foi 400 (quatrocentos) clientes, que se dispuseram a responder os questionários, no período de 01 de setembro ao dia 30 de novembro de 2014. Sendo 100 clientes de cada loja, os cem primeiros que efetuaram compras nesse período. 3. Relatos da pesquisa qualitativa realizada com os Gerentes de Marketing das Redes. O tabloide é uma ferramenta importante e necessária para a equipe de vendas das redes pesquisadas, ressaltam todos os entrevistados. Ambos deixam claro que é um material onde o vendedor busca suporte ajudando a efetivar a venda. De acordo com os gerente é uma estratégia direcionada ao público das classes C e D, e por ser considerado um material de custo baixo relativamente a outros materiais de divulgação, torna-se muito eficaz pela quantidade de pessoas que ele atinge. Os processos utilizados pelas redes Novo Mundo, Casas Bahia e ponto Frio comungam no que tange a elaboração do tabloide sendo que o marketing programa e sugere as campanhas, a partir daí, os compradores fazem o cadastro de um “job”, ou seja, colocam os códigos dos produtos que serão anunciados. Posteriormente o marketing libera isso para agência, que faz toda a diagramação e elaboração das propostas, que poderá ser aprovada ou não. O entrevistado das Casas Bahia ressalta que a definição das linhas é feitas de acordo com a campanha planejada para o mês, como por exemplo, uma campanha para o dia das crianças que irá iniciar com produtos direcionados a elas, no entanto, não há dados comprovados de que as ordens das linhas influenciam nas vendas. Segundo o entrevistado da empresa Novo Mundo o tabloide da rede é confeccionado com muita dedicação, pois é uma ferramenta de muita visibilidade e que mostra bem o que é a empresa e sua marca. Ambas as empresas acrescentam que apesar de muito importante, não se pode afirmar que é um fator decisivo na hora da compra. É preciso levar em consideração o vendedor, o atendimento, preço, a “agressividade” do produto e se está de acordo com o mercado, ou seja, há um conjunto de fatores que devem ser levados em consideração, não apenas um material isolado. De acordo com o entrevistado da empresa Eletrosom as exposições dos seus preços no tabloide podem beneficiar ou não a venda de um produto, pois estará visível para a 14 concorrência agir em cima das informações. É ressaltado com veemência pelo entrevistado que as expressões dos preços podem ser benéficos ou não para a venda de um produto, pois a concorrência poderá se favorecer dessas informações. Nas entrevistas realizadas com os gerentes de marketing sobre o impacto do material impresso na nova era digital, destaca-se a resposta da empresa Novo Mundo, pela gerente Maria Emilia Fernander: “Na verdade ouve-se muito falar que o jornal, por exemplo, ia acabar por causa da internet, mas isso não aconteceu, acho que, e na minha concepção acho que não vai acontecer e da mesma forma, o tabloide também eu acho que vai continuar sendo importante inclusive para ir aonde a TV não vai, onde a gente não tem veículos com sinal que pode levar a mensagem para o consumidor final”. O entrevistado da empresa Ponto Frio acrescenta que a distribuição do tabloide é um fator relevante, pois se trata de um material que as pessoas guardam em casa, ou seja, que as pessoas levam para casa por não se tratar de uma compra de impulso. É uma compra mais estudada, é mais comparada, portanto é interessante a distribuição em residências, pois facilitaria a vida do consumidor que não precisaria ir à loja pegar o tablóide, por exemplo. O gerente da empresa Casas Bahia aponta que quando se tem verba para investir, é muito interessante fazer os layouts diferenciados para cada região, pois cada cidade tem uma cultura diferente, e o tabloide não pode ser um instrumento só de preço, ele deve encantar e é isso que as empresas devem buscas em seus materiais. 2.5 Dados da pesquisa quantitativa Gráfico 1: dados demográficos Fonte: (pesquisa de campo 2014) 15 No gráfico 1, destacam-se os seguintes dados:78% dos entrevistados sabem o que é um tabloide e 22 % não sabem. 58% são do sexo masculino e 42% do sexo feminino. 19% com faixa etária entre 16 a 20 anos, 49% entre 21 a 30 anos, 17% entre 31 a 40 e 14% entre 41 a 50 e apenas 1% acima de 50 anos. Gráfico 2: Fonte: (pesquisa de campo 2014) No gráfico 2, estima-se que 74% dos entrevistados acham importante que as empresas de varejo distribuamtabloides com suas ofertas e promoções e 26% não veem importância em tal ação e 70% utilizam o tabloide como método de pesquisa e 30% não. Dos entrevistados 38% possui renda entre R$681,00 a R$1000,00, 32% entre R$1.001,00 a R$2.000,00, 27% R$2.001,00 a R$4.000,00, 2% acima de R$ 4.001,00 e apenas 1% até R$680,00. Conclui-se que o público que utilizam a ferramentatabloide está classificado no Target da classe C. 16 Gráfico 3: Fonte: (pesquisa de campo 2014) Sobre o gráfico 3, destaca-se que: 63% dos entrevistados descartam o tabloide após o manuseio e 37% utilizam como ferramenta para negociação com o concorrente; 59% afirmam que o formato do tabloide é considerado prático para compra e 37% não concordam, sendo que 4% sugerem melhorias. Gráfico 4: Fonte: (pesquisa de campo 2014) 17 Por meio do gráfico 4, pode-se afirmar que:70% do publico entrevistado afirma gostar de receber o tabloide em sua residência e 30% não acham interessante, sendo que 75% utilizam o tabloide para buscar informaçõs e 25% não. Considerando que as ofertas do tabloide chamam a atenção de 68% e 32% não são atraídos. Gráfico 5: Fonte: (pesquisa de campo 2014) No gráfico 5, percebe-se que73% dos leitores gostam que os tabloides sejam encartados dentro dos jornais impressos e 27% não concordam; 70% acham eficaz a distribuição em semáforos e 30% não vêem necessidade; 45% dos entrevistados declaram que em sua casa as visitas tem o hábito de ler as ofertas do tablóide; 27% não concordam e 28% relatam que isso acontece às vezes. Outros pontos destacados na pesquisa é que69% acham importante que no tabloide tenham dicas e informações dos produtos anunciados, 28% declararam que não têm relevância e 3% disseram que tanto faz.Sendo que 62% levam o tabloide para a loja no ato da compra e 38% não. Em 62% dos entrevistados, consideram interessantea iniciativa da empresa de varejo de incluir no tablóide informações, por exemplo, de recolher o móvel usado e descartado, quando for entregar o novo. Apenas 38% não apóiam essa iniciativa. 18 4. DISCUSSÃO O tabloide é considerado um material impresso utilizado como instrumento complementar no esforço de marketing para o mercado varejista, mobilizando seu público externo. O tabloide tem como objetivo informar seus preços e promoções, garantir fluxo nas lojas e contribuir para um relacionamento mais aproximado com os clientes,gerando retorno positivo e um possível alavancar nas vendas. Por meio da pesquisa realizada com 400 clientes e com os gestores de marketing das empresas lideres no varejo de moveis e eletrodomésticos, localizadas, no Centro de Goiânia, percebeu-se a grande importância do tabloide para o mercado varejista. Identificou-se que 78% dos pesquisados sabem o que é um tabloide e 49% do público-alvo está relacionado à classe C,como afirma Bittar (2009). Isso demonstra que há um retorno positivo para empresa, já que o material é feito estrategicamente e direcionados a essa classe. EliseoVeron (2004) afirmou que a mídia impressa já tem o seu espaço reservado no mercado e a amostra confirma esse dado, identificando que 70% dos clientes utilizam o tabloide como método de pesquisa na hora da compra. Diante desta informação e do resultado levantado que 37% utilizam o tabloide como ferramenta de negociação com o concorrente, fica claro que as empresas devem se atentar aos preços divulgados, já que o perfil desse consumidor também está à procura de menores preços, porém fazer com que o mercado perceba que, por trás de um conjunto de ofertas, existe um comprometimento da empresa voltado para marketing de responsabilidade social e não apenas mais uma ferramenta de divulgação de ofertas. Destaca-se que 74% dos entrevistados acham importante a distribuição dos tabloides nas ruas e ainda, 73% gostam que sejam encartados em jornais, o que confirma os pensamentos de Sarnelli, sócio-diretor do instituto Data Popular, um dos maiores especialistas em comunicação de varejo do Brasil, quando afirma que “Os tabloides são o maior meio de comunicação ao se falar de varejo atualmente”. Engel, Blackwell e Miniard (2000), abordam que o comportamento do consumidor são as atividades realizadas a fim de obter, consumir e disponibilizar produtos e serviços, focando no processo de decisão das etapas anteriores e posteriores destas ações. A pesquisa demonstrou que 75% dos participantes usam o tablóide para adquirir informações antes da 19 compra, sendo assim o tablóide pode ser estudado como uma ferramenta das etapas anteriores do processo de compra como apresenta os autores acima. Há um percentual de 63% de pessoas que jogam fora o tabloide, assim que os leem. Com base neste dado percebe-se a necessidade de criarem estratégias socioambientais e mecanismos para que esse material retorne à empresa sem gerar danos à natureza. Pontos relevantes foram levantados na pesquisa, em que evidenciou a existência do público do sexo masculino, com 58% da amostra, e a participação de 49% de jovens com idade entre 21 a 30 anos, o que difere da informação obtida pela gerência de marketing ,em pesquisa informal com colaboradores da empresa, cujo perfil de consumidores é do sexo feminino com idade acima de 35 anos. Baseado nessa descoberta vê-se a necessidade da realização de novas pesquisas, com uma amostragem maior e mais abrangente para então, redirecionar algumas estratégias e desenvolver uma comunicação voltada para esse novo público. A importância de uma estratégia de marketing bem definida para o público identificado na pesquisa, são caminhos para se atingir o objetivo com eficácia. Para uma ferramenta tão importante como o tablóide, as decisões devem ser tomadas considerando os canais de distribuição e os consumidores finais através do segmento de cada produto, utilizando como base o queKotler e Armstrong (2007) conceituam: “O conjunto de ferramentas, táticas e controláveis, de marketing que as empresas combinam para obter respostas que o mercado-alvo deseja.” 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio da pesquisa realizada com clientes e com os gestores de marketing, percebeu-se a grande importância do tabloide para o mercado varejista. De acordo com a pergunta problema: Qual a eficiência do tabloide mercado varejista? Após a análise dos resultados obtidos através da pesquisa quantitativa e a qualitativa, relacionando-os com a fundamentação teórica, conclui-se que o tabloide é uma ferramenta muito conhecida e utilizada pelos clientes da classe C, com renda média de até R$1.000,00, e muito valorizada quando tem sua forma de distribuição direcionada a semáforos, lojas, residências e encartadas em jornais de grande circulação. 20 Pode-se afirmar que este estudo possibilitou diante dos autores trabalhados e dados empíricos coletados, reafirmar importância do tabloide no varejo e concluir que é preciso desenvolvê-lo, de uma forma mais atrativa, com dicas que seja possível informar, vender e criar relacionamento com o cliente, mostrando o conceito da empresa, agregando valores econsequentemente gerando confiabilidade e credibilidade. Este trabalho é finalizado com a sensação de conquista de novos conhecimentos acerca do universo do Marketing. Assim, acredita-se que a experiência adquirida com tais ensinamentos é de suma importância para a formação e para uma carreira profissional de sucesso e ainda, servindo como dado para as empresas pesquisadas, que pode utilizá-la para fortalecer seu material. As principais limitações do estudo centralizam na mostra pesquisada que se concentrou em apenas uma região de Goiânia (o centro). Por tanto se sugere que novas pesquisas sejam realizadas em outras unidades das lojas. 21 REFERÊNCIAS ANGELONI, Maria Terezinha. Comunicação nas organizações da era do conhecimento. Maria/ Terezinha Angeloni. São Paulo: Atlas, 2010. ARAÚJO, Luis; GARCIA Adriana. Gestão de pessoas. --. São Paulo: Atlas, 2010. ARAUJO, Luis; GARCIA, Adriana. Gestão de pessoas: edição compacta. São Paulo: Atlas, 2009. BASTA, Darci et al. Fundamentos de marketing. 7.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. BEKIN, Saul. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. --. São Paulo. Prentice Hall, 2004. BOWDITCH, James; BUONO, Antony. 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