Faculdade de Medicina da UFPE Funções motoras dos núcleos da base Professor: Dolores [Parte I - transcrita por Romanti Ezer Tertuliano Muito bem. Hoje a gente vai começar a última parte do bloco de motricidade do sistema nervoso. Certo? Da parte de vias eferentes, da parte efetora desse sistema. A gente tem visto desde a semana passada medula, tronco, viu córtex na última aula, vocês viram ontem cerebelo e hoje núcleos da base. A aula teoricamente é curtinha, certo? Não vai ser tão cansativa quanto as outras. Depois da aula, a gente vai ter um intervalo e eu trouxe as questões, os casos clínicos, pra resolver, certo? E aí, núcleos da base, córtex e os casos clínicos são o assunto da minha parte da prova. Bianka deve optar por cerebelo, na parte dela. Certo? [Alguém pede para que Dolores faça uma “revisão” de cerebelo. Ela nega e nos orienta no sentido de utilizarmos as transcrições de aulas passadas, ministradas por ela mesma em outra turma]. Vejam bem. Funções motoras dos núcleos da base. Vamos analisar nosso amigo jogador de futebol aqui. Quando ele vai bater o pênalti, ele tem algumas várias opções de onde chutar essa bola. Certo? Ele pode chutar lá em cima, num dos lados, embaixo; e a mesma coisa o pobre do goleiro também tem as mesmas opções de pra que lado ir nessa bola. Escolher qual a melhor estratégia pra chutar a bola é função dos Núcleos da Base. Teoricamente é o núcleo da base que vai informar pro córtex qual o melhor local pra bater essa bola aqui. E aí o córtex vai planejar como você vai fazer pra bater a bola; a final de contas pra chutar numa lateral dessas você pode chutar com força ou você pode chutar com menos força. Esse planejamento de quais músculos vão estar encarregados de dar esse chute é função do córtex, mas escolher entre as várias estratégias baseado numa informação motora que chega do córtex pré-motor, baseado numa informação de propriocepção que vem do cerebelo e baseado numa informação de sensibilidade que vem principalmente do giro parietal posterior, é função dos Núcleos da Base. Aqui é uma revisão rápida da hierarquia do sistema nervoso, onde a gente tem o tronco encefálico e a medula responsáveis pela execução do movimento, o córtex motor e o cerebelo relacionarem como você vai realizar esse movimento e o córtex associativo e os núcleos da base relacionados com a estratégia do movimento, com o planejamento desse movimento. Então...Oi? [Alguém pergunta qual a diferença entre a estratégia e a tática]. A tática é como você vai executar e a estratégia é o planejamento anterior; eu vou fazer como, essa é a minha estratégia, agora como é que eu vou colocar essa estratégia em funcionamento, aí vai ser a minha tática. Qual a função dos núcleos da base? Escolher a melhor estratégia de movimento baseada em informações sensitivas, em experiência anteriores e motivação. Por que essa experiência anterior é tão importante na hora de eu executar o movimento? Porque se eu sempre acertei fazer aquele movimento, eu vou fazer aquele movimento com mais confiança, que é a motivação, e essa maior confiança vai fazer com que o meu cérebro mande uma informação segura pra medula e essa informação segura não vai ser atrapalhada por vias descendentes. Por exemplo, na hora que eu vou fazer um movimento em que eu não estou muito segura do que eu vou fazer, algumas informações que vêm do cerebelo podem atrapalhar a execução do movimento pelas vias cerebelares que descem do tronco encefálico. Então por isso que é importante ter essa associação sensitiva, as experiência anteriores e a motivação pra escolher qual a melhor estratégia. Se a gente voltar lá no jogador batendo o pênalti, se ele sempre bateu do lado esquerdo, e sempre foi gol, ele sempre vai bater do lado esquerdo, porque todo o sistema motor de está programado pra bater a bola daquele lado com força. E aí só a título de conhecimento, ou melhor, de cultura inútil, algumas seleções já estão usando isso; como os batedores sempre batem do mesmo lado, se faz um estudo de onde é que ele sempre bate e o goleiro já vai defender o pênalti informado que ele está mais seguro pra bater daquele lado, então o goleiro sempre vai daquele lado para aquele batedor; na copa da Alemanha o goleiro da Alemanha fazia isso. Então quais são os núcleos anatômicos que a gente tem, os núcleos da base, cuidado que alguns livros chamam de gânglios da base; anatomicamente está errado, Adelmar deve ter dito isso pra vocês. Vê, gânglio é um conjunto de corpos celulares fora do SNC, certo? Núcleo é um conjunto de corpos celulares dentro do SNC. Então chamar isso aqui de gânglios da base é errado, porque é o conjunto de núcleos que está dentro da substância branca do cérebro, certo? Então por favor na prova ninguém coloque os gânglios da base, certo? [Alguém pergunta: “E porque chama?”]. Porque é aquela coisa, o povo convencionou que ia chamar e começaram a chamar errado e tem alguns livros, inclusive o Kandel, se não me engano, bota lá no texto Gânglios da Base; ou é o Kandel ou é o Paradiso, um dos dois, mas está errado. [ Pergunta inaudível ]. Resposta: Vejam bem, qual é o grande problema aqui: a gente tem uma divisão em núcleos anatômicos e em núcleos fisiológicos. Núcleo anatômico vai ser o conjunto de corpos celulares que está dentro do cérebro, da substância branca do cérebro, certo? Então a gente vai ter o Caudado, junto com o Lentiforme, esse Lentiforme dividido em Putâmem e Globo Pálido, e o Globo Pálido dividido em Globo Pálido Interno e Globo Pálido Externo; o Claustrum, o Núcleo Amigdalóide, o Núcleo Basal de Meynert e o Núcleo Accumbens. [ Pergunta: “Esse núcleo caudado e o lentiforme são do tálamo?] Não, não são do tálamo, são núcleos da base, estão próximos do tálamo, né? Quando vocês viram lá em anatomia, vocês viram a cabeça do Caudado aqui na figura, o tálamo e aqui a cauda do caudado aqui embaixo e aqui o lentiforme, certo? Mas cuidado pra não confundir, porque o caudado não tem nada a ver com o tálamo que está aqui. Então esses aqui vão ser os núcleos anatômicos, sendo que quando a gente vai pra fisiologia [Ela interrompe voltando -se para os slides, daí passa a apontar as estruturas. Meus queridos, eu acho melhor vocês verem os slides para que possam melhor compreender essa parte em especial ] Ainda mostrando aqui os núcleos anatômicos o Lentiforme, o Caudado, aqui atrás o tálamo em azul e aqui na pontinha do caudado o núcleo amigdalóide. O núcleo amigdalóide é outro problema também na hora em que você vai pra os textos porque alguns textos chamam eles de amídalas, certo? E não é amídala, amídala é o que a gente tem aqui no palato. Dentro do SNC são os núcleos amigdalóides. Aqui é o Claustrum [Ela continua apontando para a projeção], aquela laminazinha bem fininha entre a cápsula extrema e a cápsula externa, o núcleo basal de Meynert, que fica quase no assoalho do hipotálamo e os núcleos fisiológicos, que a gente divide diferente de como divide os núcleos anatômicos. A gente tem o caudado e o putâmem formando um núcleo só na fisiologia, ou seja, o caudado e o putâmem funcionam.......ACABOU....... [Parte II - transcrita por Rodolfo Lavor ... Estão juntos, formando o striatum ou corpo estriado. O globo pálido interno, o globo pálido externo e dois outros núcleos ou duas outras áreas que não estão dentro do cérebro, não estão dentro daquela substancia branca, mas que fisiologicamente vão fazer parte do circuito. Que é a substancia negra e o núcleo subtalâmico. Sendo que a substancia negra é dividida em duas partes: uma parte compacta e uma parte reticular. A parte compacta vai produzir dopamina, que é o neurotransmissor chefe da aula de hoje. A parte reticular é uma área que vai se associar com o globo pálido interno para formar a saída dos circuitos dos núcleos da base. [Perguntas] Os núcleos fisiológicos são dois: a substancia negra, que ta aqui no mesencéfalo e lá na região do diencéfalo tem o núcleo subtalâmico, que faz parte do diencéfalo, mas fisiologicamente a gente vai considerar como núcleo da base. A gente tem basicamente os núcleos da base divididos em duas partes. Uma parte que vai ser à parte de entrada que vai receber as aferências dos núcleos da base. Essas aferências vão ser codificadas dentro de dois circuitos: um circuito interno e um circuito externo, ou uma via direta e uma via indireta. E essas duas vias vão levar a uma porta de saída. A entrada dos núcleos da base vai ser o striatum: o caudado junto com o putâmen. Essas duas áreas vão receber aferências de quase todo o sistema nervoso. Só não recebem aferências de uma parte do córtex auditivo e de uma parte do córtex visual. As saídas dos núcleos da base vão ser pelo globo pálido interno e pela substancia negra reticulada. Os núcleos da base, assim como o cerebelo, não se projetam direto para a medula. Eles projetam para o tálamo, do tálamo pro córtex, do córtex pro tronco ou do córtex pra medula. Uma diferença do cerebelo pros núcleos da base é que além dele não projetar pra medula ele não recebe diretamente da medula. Vocês viram na aula de cerebelo de ontem que o cerebelo recebe da medula pelas vias aferentes, mas não existe nenhuma via cerebelo espinhal, existe espino cerebelar. Aqui nem existe nenhuma via da medula pros núcleos da base nem dos núcleos da base diretamente pra medula. Tudo é feito via córtex, via tronco. As aferencias dos núcleos da base. A gente tem aqui as regiões dos núcleos da base. Então a gente tem o córtex de uma forma geral projetando pros núcleos da base e uma parte do mesencéfalo projetando também pros núcleos da base. Vejam que tudo que é aferencia ta aqui em cima do caudado e do putamen. Todo o córtex projeta exceto uma parte do visual primário e uma parte do auditivo. Dentro do striatum a gente tem os neurônios chamados de neurônios espinhosos médios. Esses neurônios vão receber as aferencias nos espinhos dendriticos dele e vão projetar pra duas áreas: o globo pálido externo e o globo pálido interno. O caudado e o putamen eles devem ter algumas diferenças. O caudado recebe principalmente informações que vem da área pré-frontal e da área do sistema límbico, tando envolvido muito mais com a motivação dos movimentos. Enquanto o putamen recebe mais informação que vem do córtex pré-motor, da área pré-motora e da motora suplementar, e do córtex parietal posterior, área 5 e 7 de brodman, que vai tar relacionada mais diretamente com o movimento. E vão projetar pros globos pálidos interno e externo. Perguntas... Então a gente tem aqui um neurônio espinhoso médio recebendo duas aferencias. Os neurônios que vem do córtex, vejam neurônios piramidais corticais não são neurônios piramidais porque vão formar vias piramidais, aquela historia da via cortico espinhal. São neurônios piramidais porque são neurônios que saíram de alguma camada 5 de algum córtex, já que toda saída de qualquer córtex se da pela camada 5, que é a camada das células piramidais. Então cuidado pra quando ler os slides começar a inventar coisa. E um outro neurônio verdinho aqui que é um neurônio dopaminergico que vai projetar sobre um neurônio espinhoso médio e esse neurônio espinhoso médio vai projetar sobre um outro neurônio. Que vai ser um neurônio do globo pálido seja ele interno ou externo ou um neurônio da subs.... MORGOU Parte III - transcrita por Renata Furtado Qual a diferença aqui? O neurônio dopaminérgico vai liberar dopamina na sinapse, só que essa dopamina é reconhecida por esses neurônios espinhosos médios de duas formas ou como excitatório ou como inibitório e aí a gente vai ter, se é o mesmo neurônio, é porque vai ter receptores diferentes e ai forma dois grupos de neurônios um grupo chamado de D1, onde a dopamina é excitatória e outro grupo de neurônios D2, onde a dopamina é inibitória. Alguém pergunta... Ai esse circuito q eu to colocando aqui, esse é um circuito que ta se formando dentro do corpo estriado dentro do caudado e do putamen. É a interação dos neurônios espinhos médios dentro do caudado e dentro do putamen com as áreas que tão chegando nelas, as áreas dopaminérgicas, localizadas dentro da substância negra compacta e com as várias áreas do córtex que se projeta esse neurônio. Então o neurônio espinhoso médio tem esses dois tipos de receptores, recebe também do córtex, neurotransmissores excitatórios, na grande maioria dos casos é o glutamato e projeta para o globo pálido interno e substância negra reticulada e globo pálido externo através de sinapse GABérgica.Daí a gente já tira que tudo que sair do neurônio espinhoso médio é inibitório, se vcs lembrarem das primeiras aulas de sinapse, eu falei que quase sempre o GABA é inibitório, pode até funcionar como excitatório, mas na grande maioria das sinapses vai funcionar como inibitório. E aqui não vai ser diferente. Alguém pergunta... Responde os dopaminérgicos, substância negra compacta, não esse aqui é um interneurônio do local mesmo. Alguém pergunta... Responde o tálamo, mas aqui não tem nada haver com o núcleo subtalâmico, o neurônio espinhoso médio é um neurônio do caudado e do putamen, eu não cheguei no núcleo subtalâmico ainda. Alguém pergunta... Não na verdade, essa aqui é a via reduzida, daqui a pouco eu vou abrir ela e aí a gente vai ver como é que funciona. E o globo pálido também tem uma eferência sobre o tálamo GABAérgica. O globo pálido interno junto como a substância negra reticulada, também vão inibir o tálamo e ai daqui a pouco a gente vai ver esse circuito abertinho. Topografia O caudado recebendo do córtex associativo, o putamen recebendo das outras áreas, vejam que uma parte da área 8 que é pré frontal, ta naquela região frontal que eu falei que é também de planejamento, vai projeta aqui pro caudado, certo? As áreas motora e motora suplementar, projetam muito mais pro putamen, o que vai acontecer, agente tem aqui a representação do neurônio espinhoso médio que ta no estriado, as aferências excitatórias que ta no córtex que tão vindo para esse neurônio. Esse neurônio do caudado e do putamen projetam para o globo pálido, o globo pálido projeta para o tálamo e o tálamo projeta de volta para o córtex. O tálamo, principalmente o ventral anterior e ventral lateral vão ter os dois núcleos que vão estar relacionados como a estratégia de movimento. O tálamo também vai receber informações de outras áreas tanto corticais quanto de sensibilidade, a gente viu que toda a sensibilidade da gente passa pelo tálamo. Como é que esses neurônios são? Existem dois neurônios dentro do circuito dos núcleos da base que a gente diz que tem descargas tônicas que são os dois neurônios do globo pálido tanto do globo pálido interno quanto o do globo pálido externo. Então, em repouso, esses neurônios estão tonicamente ativos, ou seja, se não tiver nada que iniba eles dois, eles vão ta agindo livremente, então como é que a gente tem aqui em repouso, quando o circuito ta em repouso, o neurônio A que é o neurônio do estriado, B ta tonicamente ativo, B é o neurônio do globo pálido. Se B ta tonicamente ativo e B inibe C, ou seja, se o globo pálido inibe o tálamo, o que vai acontecer? O tálamo vai ta inibido e se o tálamo ta inibido ele não vai conseguir estimular o córtex motor que é a área para qual ele projeta, então essas células vão ta silenciosas. Agora quando eu ativo o sistema, o que acontece quando A é ativado e B tem um intervalo silencioso, exatamente nesse intervalo silencioso no globo pálido, exatamente o intervalo que o tálamo consegue estimular o córtex motor para que a gente execute o movimento, certo? Agora a gente vai espalhar isso, os circuitos internos dos núcleos da base. Existem dois circuitos internos dos núcleos da base: uma via chamada de direta e uma via chamada de indireta. Ela começa a desenhar o esquema completo dos núcleos da base. 1º aqui no circuito a gente vai ver córtex geral, porque córtex geral? Porque quase todo o córtex projeta para os núcleos da base, exceto uma parte do auditivo e uma parte do visual, então o córtex em geral, vai projetar para o estriado, vai projetar como, a gente viu que a sinapse do córtex para o estriado é uma sinapse de glutamato, é uma sinapse excitatória. Então o córtex como um todo estimula o estriado, sobre o estriado a gente viu que vem outro neurônio, neurônio dopaminérgico, que vinha da substância negra compacta. A gente viu que a dopamina na substância negra compacta agia de duas formas, em cima do receptor D1 é excitatória e em cima do D2 é inibitória, a parte do receptor D1, vai ser que vai funcionar nessa via aí, então construindo pra lá a via direta e na via indireta a dopamina vai ser inibitória, então vejam o que acontece, o córtex estimula o corpo estriado e a substância negra compacta estimula o estriado na via direta e inibe o estriado na via indireta. O estriado a gente viu que tem projeções sempre GABAérgicas sobre o globo pálido e a gente viu que o globo pálido integra e a substância negra reticulada é a via de saída e o estriado é a via de entrada... Acabou!!! [Parte IV - transcrita por Raíssa Albert O globo pálido interno, junto com a substância negra reticulada vai ser a via de saída. Então, quando eu tenho uma sinapse direta do estriado para a porta de saída, da porta de entrada para a porta de saída eu vou ter a minha via direta. Só que o estriatum ele é inibitório sobre o globo pálido e a substância negra reticulada. Agora vamos ver a via indireta: se é indireta é porque antes de chegar na saída tem que passar por alguns núcleos. Que núcleos são esses? O estriatum projeta direto para o globo pálido externo, também inibindo o pálido externo e o pálido externo também vai projetar para o núcleo subtalâmico. E a gente viu que os neurônios do pálido também eram GABAérgicos, então também são inibitórios. Agora vai aparecer um núcleo, que o único núcleo ou a única região dentro do circuito intrínseco dentro dos núcleos da base que é excitatório, que é o núcleo subtalâmico. O núcleo subtalâmico libera glutamato sobre a substãcia negra reticulada e o globo pálido interno. E o globo pálido e a substância negra reticulada vão projetar pro tálamo, principalmente o núcleo ventral anterior e o ventral lateral do tálamo. E o tálamo vai estimular o córtex motor, que vai ser principalmente a área motora suplementar e prémotora. Pergunta. Dolores responde: Só o globo pálido é que tem que ficar ??? A gente construiu aqui no quadro as vias diretas e indiretas. Agora nós vamos ver cada uma separada. Pergunta: O tálamo projeta para a área 6 ou projeta pra área 4 direto, não já vem planejada? Resposta: Não, não já vem planejado. Vem a estratégia escolhida e a área pré-motora e motora suplementar agora é que vão ter que planejar. Via direta: O que vai acontecer na via direta da gente? O cortex de associação assim como a parte compacta da substancia nigra eles têm efeito transitório sobre o caudado e o putamem. Não é sempre que eles estão sendo estimulados, só quando a gente quer realizar determinado movimento que precisa de um planejamento, que você precisa escolher uma estratégia; movimentos reflexos não se encaixam aqui. Então movimentos voluntários: Quando o córtex de associação e a substância negra projetam pro caudado e pro putamem o que é que acontece? O caudado e o putamem estavam silenciosos; agora eles foram estimulados. O que é que vai acontecer? O caudado estimulado pela substancia negra que na via direta é receptor D1, então o caudado também é estimulado; é estimulado pela substancia negra e pelo córtex de associação (pelos córtices em geral). O caudado e o putamem estimulados, o que é que o estriatum faz? Inibe o próximo, então ele recebeu excitação e se ele está excitado e promoveu um potencial de ação ao longo de seu axônio, no final vai sair o neurotransmissor, que é o GABA, vai inibir o segmento externo do globo pálido. Aqui só tem o globo pálido, mas a substância negra reticulada é também. Então o segmento interno do globo pálido vai estar inibido. Esse segmento não tinha uma informação tônica sobre o tálamo? Essa informação tônica do globo pálido interno não era inibitória sobre o tálamo? Se o caudado e o putamem estão inibindo alguém que ia inibir, o que é que vai acontecer aqui no o tálamo? Uma inibição sobre um neurônio que é inibitório vai gerar uma excitação no terceiro. Esse globo pálido interno, a função dele é inibir o tálamo. Se não houver nada no córtex, ele vai estar inibindo o tálamo, porque em repouso ele está inibindo, ele é tônico no repouso. Se no repouso ele é tônico, vai estar inibindo o tálamo, agora eu inibo ele, o que é que vai acontecer com o tálamo? Ele vai ficar livre. Livre pra que? Pra pegar aquelas aferências que estavam no outro slide. Pra pegar essas aferências aqui e estimular o córtex motor. Certo? E ai o tálamo vai estimular o córtex motor pra que a gente execute bem o nosso movimento. Pergunta ??? Resposta: essas outras aferências vêm das vias de sensibilidade e vem do córtex pro tálamo. Por que é +- assim: vamos imaginar como o cérebro da gente funciona. Lá na área de planejamento eu tenho vários planos possíveis, que são informados todos aos núcleos da base, que geram um filtro que só deixa passar um e vai ativar esse um lá na área motora suplementar e pré-motora. É como se eu tivesse, por exemplo, 4 possibilidades na área motora suplementar e pré-motora pra planejar um movimento, só que eu não posso planejar os 4 ao mesmo tempo. Eu não posso fazer um movimento de 4 maneiras diferentes na mesma hora. O que acontece? Essas 4 possibilidades são oferecidas aos núcleos da base para comparar com a sensibilidade e com a experiência anterior e ai, dessas 4, qual a melhor opção? A primeira, ai ela é deixada passar no tálamo de volta pro córtex, ai é estimulada a área motora suplementar e prémotora a fazer esses movimentos. Pergunta: ??? Resposta: Mas quem vai planejar é a área motora suplementar e pré-motora, então lá se dá o planejamento. Escolhi um desses planejamentos, que vai ser executado pela área motora primária. Dúvida ??? Resposta: É a área executora, que é a área 4. Outra pergunta: Não, na via cortico-espinhal 95% das fibras saem da área 4, mas têm algumas que saem da área 6, que é a área motora suplementar, e tem algumas que saem do córtex sensitivo. Outra pergunta: ?? Resposta: essas fibras seriam as exceções, mas o grosso da via córtico-espinhal sai da área 4. Outra pergunta que eu não entendi. Resposta: consequentemente a execução, por que a área 4 não sabe planejar, então vai executar uma coisa toda descordenada. Pergunta: ??? Resposta: É mais ou menos isso, mas também vai uma informação motora pro circuito dos núcleos da base. Alguém fala: a predominância de receber associações??? E o outro vai??sabendo??? [Parte V - transcrita por Rafael Figueiredo Isso ai, qdo deixa de acontecer, acontece por exemplo nas coreas( eu acho que é isso) que é do final da aula, vcs sempre na frente ou então...diz Larissa?? Larissa pergunta: o globo pálido vai fazer o quê? Dolores responde: em repouso o globo pálido tá inibindo o tálamo para que o tálamo não estimule o córtex para fazer movimentos que eu não quero, certo? oi? (alguém pergunta o quê vai determina ...) estimulações sensitivas e do córtex tbm que se projeta pra ela, vê!! é que se agente se for botar todos os circuitos todo mundo vai ter uma via com todo mundo e ai agente vai tentando enxugar o máximo de sinapses senão agente vai passa aula todinha aqui falando que fulaninha vai pra não sei quem e beltraninha volta dando informação, é porque, por exemplo, do caudado pro putâmen tem uma via que volta fazendo feed-back com a substância nigra inibindo ela, certo? e não ta aqui pra não confundir mais do que o negocio já é confuso , certo?? (Bruno pergunta pra que isso ai??) pra que isso aqui? Pra que de quatro maneiras que eu tenho de planejar um movimento seja escolhida uma só, porque o córtex motor tem varias maneiras de planejar um determinado movimento, vc tem diversas maneiras de fazer um movimento, mas só que vc tem de escolher uma maneira e a estrutura que vai escolhe essa maneira é núcleo da base e ela escolhe isso baseado na informação motora que chega de alguma coisa que vc já pode ta fazendo, da informação sensitiva que chega e da informação motivacional que chega do córtex . Se eu quero fazer determinado movimento determinada via vai está mais liberada que outra, certo?! no dia em que vc quer praticar esporte, no dia em que agente quer jogar bola, ótimo! agente vai muito mais motivado do que no dia em que agente via forçado, certo? no dia que agente vai sem querer agente não corre direito, não bate na bola direito, não faz nada direito, por que? Porque os núcleos da base não estão sendo estimulado suficiente pra que vc realize aquele movimento.( alguém pergunta algo: no caso é quatro locais de planejamento??) não eu não tenho quatro locais de planejamento eu a, o exemplo que eu dei é que, por exemplo, para executar um movimento eu posso ter quatro maneiras diferentes de executar esse movimento, certo? e ai se eu tenho quatro maneiras diferentes de executar esse movimento eu não posso executar esse movimento de quatro maneiras diferentes ao mesmo tempo, eu tenho de escolher uma maneira só dessa e ai o cérebro vai fazer isso como sinapticamente ninguém sabe. Só que agente sabe que dentro dessas quatro maneiras ele vai confrontar a informação sensitiva, a informação motora e a informação motivacional pra escolher qual dessas quatro é a melhor opção pra aquele movimento. (alguém pergunta: .....???) da área 5 e 6 que é o giro parietal posterior (outra pergunta:.......???) vem do sistema límbico, a motora vem da área motora suplementar e pré-motora, certo?? então, vê, todo mundo entendeu o quê que vai acontecer na via direta?? Na via direta qual é o resultado final ao ativar a via direta? O córtex é inibido ou ativado? Ativado, certo? então, na via direta através dos receptores V1(eu acho que é isso) a dopamina acaba estimulando o córtex. Agora vamos aumentar as sinapses e chegar na via indireta, o quê que vai acontecer na via indireta? O córtex vai projetar pro caudado e a substância negra vai projetar pro caudado e pro putâmen, só que agora através de receptores D2 que são receptores que entende a dopamina como inibitória. A ação do caudado sobre o putâmen continua sendo a mesma, inibitória. A ação do caudado e do putâmen sobre o globo pálido externo continua sendo a mesma, inibitória e a ação do globo pálido externo sobre o núcleo subtalâmico continua sendo inibitória, porque todo globo pálido projeta através de GABA, só que agora o quê que acontece, o córtex, a informação que vem do córtex de associação vai competir com a informação que vem da substância negra compacta, uma é excitatória e a outra é inibitória. Essas informações irão se somar, sendo que a dopamina, as sinapses dopaminérgicas são muito mais fortes do que as sinapses piramidais, as sinapses que vem do córtex. Então, o quê que vai acontecer, no final a dopamina vai ganhar, então, agente vai ter uma inibição do caudado e do putâmen, agente vai ter uma inibição do estriado. Se eu vou ter uma inibição do estriado o quê que vai acontecer com o pálido externo (eu acho que é isso) ele vai ta livre, pois ele não vai ta inibido pelo caudado e pelo putâmen, vê!! eu estou dizendo que o córtex compete com a dopamina na via indireta e que no final a dopamina ganha, a dopamina na via indireta é um neurotransmissor inibitório. Então, se a dopamina ganha o estriado e o putâmen, os neurônios dessas duas regiões que compõem a via indireta vão está inibidos, se esses neurônios vão está inibidos eles não vão está fazendo sua ação, certo? se eu estou inibindo um neurônio ele não vai propagar o potencial de ação, se ele não propaga seu potencial de ação essa sinapse entre estriado e pálido externo não vai funcionar,então, o putâmen e o caudado nesse momento não vai tá inibindo o segmento externo do globo pálido, todo mundo concorda? O segmento externo do globo pálido, não sendo inibido pelo caudado e pelo putâmen, ele vai ta fazendo sua ação, ele é um neurônio tônico, eu falei que os dois neurônio do globo pálido são tônicos. Se não tiver nada inibindo eles, eles estarão livres pra realizarem suas funções. Qual é a ação dele? Inibir o núcleo subtalâmico. Então, qdo a dopamina ganha do córtex e inibe o caudado e putâmen o segmento externo globo pálido vai está livre pra inibir o núcleo subtalâmico. Se o núcleo subtalâmico vai está inibido, o quê que vai acontecer com o pálido interno e com a substância negra reticulada? Não vai ser estimulada, a função do núcleo subtalâmico é estimular a área da substância negra reticular e do pálido interno, mas não vai tá sendo estimulada e ai o globo pálido interno e núcleo subtalâmico não vão inibir tonicamente, ou melhor, não vão inibir mais o tálamo, o núcleo ventral e anterior do tálamo, pois o núcleo subtalâminco não estimulo ao máximo ele. Disso ai agente deduz o quê? Qual é a função do núcleo subtatâmico? Regula a via direta, porque se algum estimulo estimular muito o núcleo subtalâmico ele vai estimular o globo pálido interno e substância negra reticulada que vai inibir o tálamo, então, algumas aferências sensórias e algumas aferências motoras conseguem estimular esse núcleo subtalâmico por outras vias paralelas, certo? diz Felipe?? (Felipão pergunta se essa inibição do caudado externo e do pálido ela é direta ou é...?? ) não existe tbm uma via pequenininha aqui que é direta,certo? mas ele funciona mais pela via do núcleo subtalâmico (alguém pergunta algo inaudível) pode, pode ignorar, oi? (alguém pergunta algo tbm inaudível) o quê? (repete a pergunta) o núcleo subtalâmico funciona como regulador da via direta, certo? por quê? Se o núcleo subtalâmico estiver muito estimulado o quê que vai tá acontecendo com o globo pálido e com a substância negra reticulada (alguém pergunta algo) se o nucleo subtalâmico estiver muito estimulado ele vai tá estimulado o globo pálido interno e a substância negra reticulada e ai o tálamo vai tá inibido. Agente viu que pela via direta éé, vc tem uma liberação do tálamo, pela via direta, se eu estimulo muito o núcleo subtalâmico eu tenho uma inibição da via direta e ai eu posso fazer até que a via direta seja anulada, certo? (alguém pergunta algo inaudível) aqui em cima, qdo ela agiu sobre o receptor D2, ganho do córtex de associação e impediu que o caudado estimula-se o segmento externo do globo pálido (alguém pergunta novamente) não, não tem nada haver com o núcleo subtalâmico (alguém fala algo) é mais se diminuir essa dopamina esse núcleo subtalâmico vai ser um pouco liberado e vai ter regulação de quanto de dopamina eu libero que vai fazer que uma via esteja mais ativa que outra, certo?? (alguém pergunta, eu acho que é isso: se o tálamo não estiver inibido ele vai deixar passa a informação, se ele for inibido pelo CDI pelo SNR ele não deixa a informação passar) é, é isso (alguém fala algo inaudível e, infelizmente, acaba a minha parte!) Espero que possa ter ajudado! Bons estudos! Parte VI - transcrita por Polyana Marinho No final o córtex motor vai estar ativado, mas quando a dopamina é liberada em menor quantidade os neurônios D1 são mais ativados na via direta,então eles captam toda a pouca dopamina que foi liberada; já na via indireta vai haver a inibição pelo núcleo subtalâmico, quando ele estimula o globo pálido interno este inibe a via,então vai depender do quanto de dopamina que eu libero. Pra que serve isso?Você tem uma via direta que vai selecionar daquelas opções uma. O tálamo vai estimular o córtex, se ele estiver muito estimulado ele vai estimular várias áreas que não têm nada haver com o movimento que você quer executar, então a via indireta vai servir pra regular a via direta. Porque se a via direta n estiver regulação teremos um córtex hiper ativado,o q é ruim na hora de executar o movimento. Quem regula a indireta é a dopamina q é inibitória, ela excita a via direta e regula a indireta. Se tivermos muita dopamina as duas vias vão estar livre, se tiver pouca dopamina só a via direta vai funcionar,porque os neurônios D1 são mais ávidos pela dopamina. - Pergunta-Como a indireta regula a direta se as duas tem o mesmo efeito, que é excitar o córtex? Mas eu tenho o núcleo subtalâmico estimulado por outras aferências. -Pergunta-??? Mas se eu tiver muitas aferências vai haver competição. -Pergunta-??? Não, porque quando qualquer aferência chegar nesse núcleo subtalâmico, se ela não for grande o suficiente p inibir ?aqui?, o núcleo subtalâmico vai gerar uma liberação do tálamo, o córtex vai estimular ?aqui?, a dopamina vai ganhar ?aqui?,o segmento externo do globo pálido vai estar inibido e o núcleo subtalâmico vai gerar um movimento desregulado. A dopamina vai ser produzida numa região da substância negra compacta chamada de estriossoma e essa substância negra vai projetar pro estriado. A dopamina na via direta vai liberá – la e vai estimular os neurônios do estriado; na via indireta,vai inibir as vias do estriado. Só q não vai ser a dopamina nessa região,porque ela não funciona somente dentro dos circuitos do núcleo da base,ela é liberada também para estimular o córtex límbico e é nessa liberação q você vai ter a sensação de bem estar. Junto com a serotonina, junto com a noradrenalina. Aqui tem a via direta e a via indireta. As eferências do núcleo da base: Vimos q as eferências vão ser:o globo pálido interno e as substância negra reticulada, q vão projetar para o tálamo,mas tem uma pequena parte da substancia negra reticular q não irá projetar para o tálamo e sim pros colículos superiores.Os colículos superiores são duas áreas do tecto do mesencéfalo que vão estar relacionadas com o reflexos dos movimentos dos olhos.Então vamos ter a formação de duas vias motoras:uma chamada de esqueletomotora, a que vai para o tálamo, e a outra oculomotora,que vem da substância negra reticular direto pro colículo superior,estimulando a movimentação dos olhos e q também vai ser estimulada ou inibida pela dopamina. Esses circuitos do núcleo da base é complexo, pouco entendido e o q se sabe dele é muito pouco em relação ao movimento.As descobertas têm sido feitas baseadas nas doenças q aparecem nesses núcleos lesando – os. A doença q é mais estudada hoje em dia e mais conhecida é a Doença de Parkinson, o mal de Parkinson, que ocorre quando a substância negra aparece diminuída,os neurônios da sua parte compacta praticamente desaparecem,começam a morrer,sofrem apoptose e param de produzir a dopamina.Ninguém sabe porque eles morrem.Existem algumas drogas q podem simular a doença de Parkinson,mas q n matam os neurônios,quando você pára o uso a pessoa volta ao normal,mas aí esses neurônios podem começar a morrer e a pessoa começa a apresentar alguns sintomas. Um dos sintomas é a hipertonia,q também ocorre quando perdemos os neurônios piramidais do córtex,porque o tronco era liberado e com isso gerava o aumento do tônus.No nosso caso é a mesma coisa,porque os núcleos da base são importantes para ativar o córtex.Se temos lesão dos núcleos da base o córtex vai estar ativado e o paciente vai entrar em hipertonia do mesmo jeito.Só q é uma hipertonia diferente da vista da aula de córtex,não é uma hipertonia elástica,daquela em q ficamos estimulando e o fuso fazia voltar até q uma hora o órgão tendinoso de golgi não agüentava e o braço ia de uma vez .Aqui a estimulação dos fusos musculares é menor no motoneurônio gama. [Parte VII - transcrita por Paulo Lucena Então o que é que acontece?Agente consegue fazer pequenos movimentos no braço da pessoa. Você ta hipertônico, você puxa um pouquinho, vai. Depois puxa mais um pouquinho, vai de novo. Vai indo, vai indo, vai indo. Com pequenos movimentos. Porque é... como é o nome disso? É a rigidez plástica, agente viu a outra que era a elástica essa é a plástica. Faz um movimento como movimento de catraca, que vai passando aos pouquinhos. (pergunta)>>>porque você vai ter ainda o córtex com alguma ação. Não é a mesma ação que ele tinha funcionando integramente, mas ele ainda tem alguma ação, então ele consegue liberar o fuso e você consegue fazer um movimento. Aí depois **** de novo e você faz mais um e ele vai. (pergunta)>>> é, mas no cerebelo, na grande maioria das vezes, você tem hipotonia, aqui você tem hipertonia. Mas o que é que acontece na doença de parkinson? Esse movimento que agente vê é um dos sinais. Mas principalmente o paciente começa a não saber como planejar o movimento, a não saber escolher como é que vai fazer o movimento. Então, o paciente com parkinson, pra se levantar, “levante!”: ele não levanta.No começo da doença ele é completamente consciente, a demência vem depois. E aí o que é que acontece? Como é que ele vai levantar da cama ele não sabe, ele passa horas, dias na cama sem saber como se levantar. Porque ele não sabe como levantar? Proque ele não tem o circuito dos núcleos da base íntegro para escolher o movimento. O tálamo dele não esta livre para para estimular o córtex. E aí vamos ver como isso acontece. Não foi a substancia nigra que morreu? A via direta vai estar estimulada? ... não, a dopamina é o principal neurotransmissor, se eu tiro a dopamina, o striatum vai ficar silencioso, porque ele precisa do estímulo da dopamina. Agora, se o striatum não inibe o globo pálido interno, o que é que vai ta acontecendo com o globo pálido inetrno? Ele não tem descarga tônica? Se ele tem descarga tonica ele vai ta inibindo o tálamo. Maximamente. Agora, a substancia negra compacta também vai projetar pro striatum inibindo, aí o córtex agora vai ganhar. Proque? Porque não tem dopamina. Se não tem dopamina essa via aqui não funciona. Aí o pouquinho de estimulação o striatum aproventa e inibe o globo pálido externo. O globo pálido externo inibido vai liberar quem? Vai liberar o núcleo subtalâmico. Se o núcleo subtalâmico ta livre, o que é que vai acontecer aqui? Vai ta estimulado. Ao ser estimulado, o tálamo inibiu. Então, agora pelas duas vias, o que foi q aconteceu? O tálamo ficou inibido. Esse tálamo não vai ter como informar pro córtex qual vai ser a melhor estratégia pra levantar da cama. Não vai ter como informar pro córtex qual vai ser a melhor estratégia pra andar a pra parar de andar. ( ela começa a falar de um filme). O paciente com parkinson precisa muitas vezes ver outras pessoas iniciando o movimento, pra ver como a pessoa iniciou o movimento e aí começar a andar com o planejamento que ele fez. Porque se ele vê, o estimulo visual consegue de certa forma estimular as áreas motoras, suplementar e pré-motora , agente viu que existe alça da via sensitiva direto pro córtex motor suplementar. Então ele consegue estimular essas áreas a fazer o planejamento do movimento. Não é o melhor planejamento, porque o planejamento mais fino seria aquele que passa pelos núcleos da base. Mas como ele não tem outro mesmo né...(pergunta)>>> perde, porque ele perde a capacidade dos núcleos da base de filtrar isso. A experiência anterior tem que ir pros núcleos da base. Pra você iniciar o movimento. Aí como ele não tem essa capacidade de integrar, perde a capacidade. Um dos primeiros sintomas do paciente com parkinson é a diminuição do reflexo de piscar. Depois vem a dificuldade de andar, o tremor... (pergunta)>>> o sistema límbico entra não aqui. No...( aí foi uma pergunta por cima da outra) >>> também, aquele córtex associativo, porque o córtex associativo inclui também as áreas límbicas. Uma das maiores áreas de associação do córtex é o lobo límbico. (Dessa vez eu consegui ouvir a pergunta) “E na via direta não tem a participação do córtex geral não?” >>> Tem também, só que é menor. (pergunta)>>> veja, o que é que vai acontecer aqui no striatum? Eu tenho duas vias. Uma via que vem do córtex e uma via que vem da subst. negra compacta. Essas vias, na via direta as duas fazem a mesma ação, que é estimular o córtex. Então nesta via direta elas não competem. Na via indireta, o córtex estimula e a dopamina inibe, normalmente a dopamina tem uma força maior, tanto numa via como na outra. Tanto na direta como na indireta. E aí, quando tem o córtex e a dopamina funcionando normalmente, a dopamina na indireta ganha. E o striatum fica inibido. Aí o q é q vai acontecer? Quando eu perco a dopamina, esse striatum não vai ser estimulado pela dopamina. A estimulação no córtex existe? Existe, mas é pequena junto da força que a dopamina tem. Aí o que é que acontece? O striatum vai ta estimulado? Vai, um pouquinho. Tão pouco que perto do que ele era estimulado pela dopamina agente diz que ele ta sem ação. Aí se ele ta sem ação, o globo pálido interno e a substancia negra reticulada vão ta livres pra fazer o que eles sempre fazem em repouso, que é a inibição tonica do tálamo. Agora na via indireta o que é que acontece? Não tenho dopamina, novamente o striatum ta inibido, porque? Porque a dopamina é tão forte que a informação que vem do córtex não ganha. Só que agora eu perdi a dopamina. Então esse pouquinho vai conseguir estimular um pouquinho o striatum. O striatum estimulado vai inibir o globo pálido externo. O globo pálido externo inibido, não vai conseguir inibir o núcleo subtalamico, aí o núcleo subtalamico vai ta livre pra estimular o globo pálido interno e a substancia negra reticulada. ( Colocar o gravador na camisa de Dolores foi uma óoooooootima idéia.) [Parte VIII - transcrita por Niedjon Peixoto e aí, se essas duas aulas da substância vermelha reticular são estimulados, ele vai inibir de novo o tálamo, então tanto pela via direta, quanto pela via indireta, a gente vai ter o tálamo maximamente inibido e o paciente com Parkinson, sem poder executar os movimentos. A gente viu que o cértex tem como modular as vias do motoneurônio Gama, tem como diminuir a sua tonicidade. Só que para inibir a tonicidade desse motoneurônio gama, ele precisa de informações que vem do córtex moto suplementar e do córtex pré-motor, que são as áreas que vão estimular o córtex motor para as vias corticoespinhal. Se eu tenho essas vias deficientes, pela falta de estimulação do tálamo sobre as áreas, eu vou ter uma menor estimulação da via piramidal sobre o motoneurônio gama e aí o motoneurônio gama vai estar livre para junto com o tronco aumentar a tonicidade. *pergunta* *resposta: Os neurônios ali dentro coexistem, mas eu posso separar através de receptores D1 e D2. Os D1 vão para a via direta, e os D2 para a via indireta. O hemibalismo e as outras síndromes hipercinéticas. O hemibalismos, as coréias e as atetoses... são o contrário do mal de Parkinson. No mal de Parkinson vc tem uma perda do movimento, sem se movimentar, um paciente rígido. No paciente com síndromes hipercinéticas, de movimento aumentado, imagine um paciente aqui, parado,, conversando com você, e de repente, do nada, o braço levanta. No caso, temos o Hemibalismo. Você tem o paciente conversando com vc, e de repente o braço do rapaz resolve que aquela é hora de vir aqui pra trás e ficar... não adianta, eh involuntário, ele faz uma distonia de torção e fica seguro por um bom tempo. Daqui a pouco o estímulo tônico do tálamo cessa e o braço volta ao normal como se nada tivesse acontecido. Esses pacientes, em geral, vão ter lesões ponde? No caso do paciente com hemibalismo, existe uma inibição do núcleo subtalâmico, a lesão tah no núcleo subtalâmico. O núcleo subtalâmico vai fazer o que? Vai estimular o globo pálido interno e a substância negra reticulada. O globo pálido interno e a substância negra reticulada inibem o tálamo. Se eu perco completamente esse núcleo subtalâmico eu vou ter uma estimulação menos sobre o globo pálido interno e a substância negra reticulada. Então em alguns momentos o paciente faz esse movimento de hemibalismo, que aí são das cinturas pélvicas e escapular; os outros fazem um movimento mais delicados, que são os movimentos de coréia, e outros fazem um movimento de atetose, que são aqueles movimentos vermiformes dos dedos. Aí cada um tem o seu distúrbio. Imaginem os dedos se movimentando como um vermezinho. *perguntas* Ele não consegue trazer pq o córtex dele tah estinulando akilo, n tem como voltar. *pergunta* A maioria dos distúrbios de hipersistesia param durante o sono pq o córtex pára essa atetose. A coréia eh um movimento como se fosse uma dança, soh que com o restante dos membros. Eh tb conhecida como dança de San Vito. Alguns pacientes q saiam pra rua e ficavam meio de dançando no meio da rua, mas na verdade eh um tremor muito grande, muito diferente do tremor de Parkinson, que eh um tremor lento, e não há como controloar. A gt sabe que é coréia porque na ressonância tinha um sinal clássica das duas assas de borboleta, as faltas dos núcleos. Na maioria das vezes, esses pacientes acabam demonstrando demência no final da síndrome, pq, tb das áreas dos núcleos da base, saem estimulações para as regiões do sistema límbico, de motivação. Por isso há até livros de psiquiatria que dizem que a esquizofrenia é o mal de Parkinson da mente, pq aos poucos a mente vai parando de funcionar, é como mais ou menos como se fosse um movimento, que fosse parando, o mal de Parkinson seria mais ou menos isso. Algumas doenças como distúrbio bipolar funcionam como se fossem atetoses, só que lá no sistema límbico, como atetose, hemibalismo, coréia... por uma hiperestimulação dakelas regiões. Então principalmente a região do caudado vai projetar mais para essas áreas motivacionais, enquanto que essa área do Putamen vai estar mais envolvidos com essas áreas da motricidade. *pergunta* Na esquizofrenia, pode faltar algum receptor, mas não eh soh de dopamina naun. Era isso a aula de núcleo da base...