Matéria: literatura Assunto: MÚSICA Prof. IBIRÁ

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Matéria: literatura
Assunto: MÚSICA
Prof. IBIRÁ
Literatura
MÚSICA
SAMBA
Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão
e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora
nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana
e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente. As raízes do samba foram
fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava
em nosso país. O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado
por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga. Tempos depois, o
samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres. Na década de 1930, as estações de rádio,
em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e
compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas
Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze. Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma
nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira,
Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco
e Aldir Blanc. Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves,
Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio
Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson
Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.
Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de
Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples,
balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no
maxixe. Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais
afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica
por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida
urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com
humor. Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência
italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço
no estilo do samba de São Paulo.
Principais tipos de samba:
Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola
de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que
define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.
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Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o
estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são:
Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.
Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas
de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e
sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas.
Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra,
Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.
Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai,
Ioiô (1929), de Luís Peixoto.
Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre
alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana,
Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.
Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de
orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos
deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva.
Samba de gafieira
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na
parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.
Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma
grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge
Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.
BOSSA NOVA
Oficialmente a bossa nova começou num dia de agosto de 1958 quando chegou nas lojas de
discos brasileiras o 78 rotações de número 14.360 do selo Odeon do cantor João Gilberto
com as músicas Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Bim Bom (do próprio
cantor). Unanimemente reconhecido como papa do estilo, João tinha acompanhado ao violão
um pouco antes a cantora Elizeth Cardoso em duas faixas do também inaugural Canção do
Amor Demais (LP exclusivamente dedicado às canções da iniciante dupla Tom & Vinicius) com
a célebre batida, sincopada no tempo fraco pelos bateristas. Para desembocar na revolução
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harmônica sintetizada na voz & violão do baiano nascido em Juazeiro, muitos acordes
dissonantes (ironizados na canção manifesto Desafinado, de Tom e Newton Mendonça)
foram disparados. A avassaladora influência da cultura americana do Pós-Guerra combinada
à influência do impressionismo erudito (Debussy, Ravel) e um inconformismo com o formato
musical dos dós de peito acompanhados por regional disseminaram descontentes inovadores
como os violonistas Garoto, Valzinho, Laurindo de Almeida, Luís Bonfá, o (então) acordeonista
João Donato e principalmente o pianista e compositor Johnny Alf. Alguns deles (mais cantoras
como Nora Ney e Doris Monteiro) reuniam-se em fã-clubes caseiros como os que tributavam
Dick Farney & Frank Sinatra, Dick Haymes & Lucio Alves para cultuar seus mitos e ensaiar as
mudanças. Ao próprio Farney seria atribuído outro marco inaugural, a gravação camerística
(com arranjo de Radamés Gnattali, também modernista) do samba canção Copacabana (João
de Barro/ Alberto Ribeiro) em 1946. Seu rival Lúcio Alves integrava o Namorados da Lua, um dos
muitos grupos vocais — como os pioneiros Os Cariocas — que sob influência dos congêneres
americanos espalhavam arrojadas combinações harmônicas pela MPB pós-samba canção já em
fase de modernização por autores como Dorival Caymmi (Marina, Nem Eu) e Tito Madi (Cansei
de Ilusões, Não Diga Não). O tripé da nova bossa moldada por João assentava suas bases na
densidade musical do compositor Antonio Carlos Jobim (ex-aluno do dodecafonista alemão
Koellreuter), autor em meados dos 50 da inovadora Sinfonia do Rio de Janeiro (arranjos do
mesmo Gnattali) e da provocante Teresa da Praia(ambas com Billy Blanco) e no brilhantismo
poético do experiente diplomata Vinicius de Moraes (parceria iniciada na peça deste, Orfeu da
Conceição, em 1956).
Sambalanço
Paralelamente à ascensão da bossa, escalava as paradas o sambalanço, que sem chegar a
constituir-se num movimento, injetou mais teleco-teco (como se dizia na época) no velho ritmo
gestado na casa das tias baianas no centro do Rio no começo do século. Alguns fornecedores e
expoentes do setor: Elza Soares, Miltinho (egresso do grupo vocal Os Namorados), Ed Lincoln
(que tocava na boate Plaza, outro reduto da inaugural da bossa), Djalma Ferreira, Orlan Divo,
Silvio Cesar, Luís Bandeira (autor de “Apito no samba”), Pedrinho Rodrigues, Luis Reis, Haroldo
Barbosa, Luis Antonio, Jadir de Castro e João Roberto Kelly. Mas a bossa era acima de tudo
um movimento da emergência urbana do país na fase desenvolvimentista da presidência de
Juscelino Kubitschek (1955-60) e concentrou-se no Rio em apartamentos da zona sul como o da
futura cantora Nara Leão. Ela sediava em Copacabana encontros de jovens autores e músicos
como Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Sérgio Ricardo e Chico Feitosa, entre
outros. Os shows do grupo começaram no âmbito universitário (foi o primeiro movimento
musical brasileiro a sair das faculdades) e agregaram inúmeros outros inovadores. De Durval
Ferreira (Sambop, Batida Diferente) à precursora Silvia Telles (a quem alguns atribuem mais
um marco inaugural, Foi a Noite, de Tom e Newton Mendonça, em 1957), Leny Andrade e as
primeiras formações instrumentais da nova tendência lideradas por gente como Oscar Castro
Neves (e seus irmãos músicos), Sérgio Mendes, Luis Carlos Vinhas, J.T. Meirelles, além do
instrumental/vocal Tamba Trio (Luis Eça, Bebeto, Hélcio Milito) que ao lado do Bossa 3 (Vinhas,
Tião Netto, Edison Machado) daria início a uma febre de conjuntos de piano, baixo e bateria.
Foi um momento de efervescência instrumental com o aparecimento de músicos novos como
Paulo Moura, Tenório Junior, Dom Um Romão, Milton Banana, Edson Maciel, Raul de Souza e a
ascensão de maestro arranjadores como Moacyr Santos e Eumir Deodato. O sucesso nos palcos
universitários não tirou o intimismo do movimento que concentraria novas forças em pocket
shows nos minúsculos bares do chamado Beco das Garrafas (nomeado a partir dos projeteis
atirados pelos vizinhos contra o barulho) em Copacabana. De lá sairiam, paradoxalmente,
artistas de uma fase mais extrovertida da bossa como Elis Regina (coreografada pelo bailarino
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americano Lennie Dale, que também cantava), Wilson Simonal e Jorge Ben (atual Jor). Filial
paulistana A cidade de São Paulo, que já acolhera os exilados cariocas Johnny Alf, Claudette
Soares e Alaíde Costa lastreou uma filial do movimento com trios instrumentais como o Zimbo,
Sambalanço (de onde sairiam Cesar Camargo Mariano e Airto Moreira), Jongo, Bossa Jazz,
Manfredo Fest (pianista que acabaria radicado nos EUA), o cantor Agostinho dos Santos, as
cantoras Maysa, Elsa Laranjeira e Ana Lúcia, a compositora Vera Brasil (Tema do Boneco de
Palha), o violonista Paulinho Nogueira, os compositores Walter Santos e Geraldo Vandré (que
lançaria o protesto Menino das Laranjas do futuro parceiro Théo de Barros) e o organista Walter
Wanderley entre outros. Junto com a cisão estética, que limitaria a duração da fase ortodoxa
da bossa ao período 1958-1965, uma repartição política quebraria o movimento já reforçado
por uma geração intermediária formada por Marcos Valle, Dori Caymmi, Edu Lobo, Francis Hime
e Joyce. O Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes estimulava uma visão
popular e nacionalista da cultura brasileira que levou à autocrítica de um dos pilares da bossa,
Carlos Lyra, em Influência do Jazz (“pobre samba meu/ foi se misturando/ se modernizando/ e
se perdeu”) além de uma aproximação com os compositores de morro como Zé Ketti, com quem
ele compôs o Samba da Legalidade (referindo-se à tentativa de impedir a posse de João Goulart,
vice do presidente renunciante, Jânio Quadros). Dessa corrente, a que se filiaria a Nara Leão do
disco de estreia onde promovia sambistas como Cartola, Elton Medeiros e Nelson Cavaquinho e
o ás do baião e xote nordestinos João do Vale, autor de Carcará, eram ainda outros parceiros de
Lyra como Nelson Lins e Barros, Geraldo Vandré (Aruanda) além de Sérgio Ricardo (Zelão). Na
mesma direção de releitura (com as harmonias da bossa) das raízes étnicas, Vinicius de Moraes
e o violonista Baden Powell comporiam a série de afro-sambas (Berimbau, Canto de Ossanha).
Ironicamente, o mesmo Vinicius, parceiro de Tom Jobim no maior clássico do movimento,
Garota de Ipanema — que gravada em 1963 por João Gilberto, sua mulher Astrud, o saxofonista
do cool jazz Stan Getz e Tom Jobim nos EUA expandiria o estilo pelo planeta — iria compor com
Edu Lobo o marco do fim da bossa. Arrastão, da dupla, cantada por Elis Regina, no I Festival
da Música Popular Brasileira, da TV Excelsior, em 1965, iniciaria a rotulada MPB. O reinado
difuso do conglomerado de tendências abarcado por esta sigla duraria até 1982 quando deu-se
a erupção do BRock, a partir da explosão do grupo Blitz. Estética perene O fim cronológico da
bossa não significou sua extinção estética. O jazz que a influenciou recebeu o troco a partir do
sucesso estrondoso da versão instrumental de Desafinado pela dupla Stan Getz (sax) e Charlie
Byrd (guitarra), em 1962. No mesmo ano um elenco de músicos brasileiros tomaria o palco do
Carnegie Hall, em Nova Iorque e a partir daí vários estabeleceriam bases por lá como Oscar
Castro Neves, Sérgio Mendes, Luis Bonfá e Eumir Deodato. Algumas das principais músicas do
movimento foram regravadas por ases como Ella Fitzgerald, Miles Davis, Sarah Vaughan, Herbie
Mann, Charlie Byrd, Oscar Peterson, Bill Evans, Coleman Hawkins, Cannonball Adderley, Gerry
Mulligan e inúmeros outros. E com o aparecimento de novas gerações de jazzistas, vários dos
chamados young lions, mostraram-se reverentes ao estilo. Antes, em 1967, o barítono intimista
Frank Sinatra, voz guia dos primeiros vagidos da bossa (além de Chet Baker e do minimalista
do acordeon Joe Mooney) reconheceria a afinidade num reverente dueto em disco com Tom
Jobim. Isso sem contar os franco-atiradores que aproveitaram o modismo para vender falsas
bossas ao público americano como Eddie Gourmé (Blame It On The Bossa Nova), Ruby & The
Romantics (Our Day Will Come) e até um irreconhecível Elvis Presley na rumba Bossa Nova
Baby. Duas décadas depois, a bossa ainda influenciaria uma corrente pós-punk inglesa, através
do beije sound ou new bossa de grupos como Style Council, Matt Bianco (da cantora Basia, que
dedicaria uma música a Astrud Gilberto) e Everything But the Girl. A tendência teria reflexo
no BRock de Lobão a Cazuza (Faz Parte do Meu Show). Mais adiante, as pistas dançantes do
acid jazz e o ramal eletrônico drum‘n’bass reabilitariam o groove da bossa, redescobrindo — e
repaginando — de João Donato e Marcos Valle a Joyce e Edu Lobo.
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JOVEM GUARDA
“O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada.” Descontextualizada pelo
publicitário Carlito Maia, a frase do líder soviético Vladimir Lênin batizou no Brasil, em 1965 um
dos programas de TV de maior audiência da época: o Jovem Guarda, apresentado pelos
emergentes cantores e ídolos juvenis Roberto Carlos (O Rei), Erasmo Carlos (O Tremendão) e
Wanderléa (A Ternurinha). No auge da sua popularidade, ele chegou a alcançar três milhões de
espectadores só em São Paulo, de onde era transmitido (em videotape, ele chegava também ao
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife). Mais do que uma boa ideia para preencher
o horário que ficou vago por causa da proibição da transmissão direta dos jogos do campeonato
paulista de futebol, mais do que uma excelente forma de derrotar o Festival da Juventude (líder
de audiência da TV Excelsior desde 1964) e de vender um monte de quinquilharias (de discos a
calças, blusas e até bonecas), o programa Jovem Guarda foi o catalisador de um movimento
que pôs a música brasileira em sintonia com o fenômeno internacional do rock (a esta altura,
no seu segundo momento, o da invasão britânica liderada pelos Beatles) e deu origem a toda
uma nova linguagem, musical e novos padrões de comportamento. Entravam em cena as
guitarras elétricas (incorporadas de vez à música brasileira mais típica pelo movimento seguinte,
a Tropicália), a ideia de uma música exclusivamente jovem, com signos jovens (mais até do que
na bossa nova) e toda uma constelação de artistas: Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Eduardo
Araújo, Martinha, Ed Wilson, Waldirene (A Garota do Roberto), Leno & Lílian, Deny e Dino,
Bobby Di Carlo e grupos como Golden Boys, Renato & Seus Blue Caps, Os Incríveis, Os Vips e
tantos outros. O programa de TV acabou em 1969, mas a estética da Jovem Guarda nunca
deixou de estar presente na música brasileira feita a partir da década de 70. Primeiros ídolos
Os primórdios do movimento devem ser procurados na segunda metade dos anos 50, quando
o país começou a ser exposto à informação rock’n’roll, através dos discos de Elvis Presley e Bill
Haley, da Revista do Rock e de programas como Hoje É Dia de Rock (de Jair de Taumaturgo, na
Rádio Mayrink Veiga carioca), Clube do Rock (de Carlos Imperial, na TV-Rio) e Crush em Hi-Fi (na
TV Record, de São Paulo). No fim da década, o país ganhous seus primeiros ídolos do rock: a
paulista Cely Campello (de Estúpido Cupido, versão de Stupid Cupid, de Neil Sedaka), Carlos
Gonzaga (de Diana, versão para música de Paul Anka), Sérgio Murilo (de Marcianita e Broto
Legal), Tony Campello (irmão de Cely), Demétrius, Albert e Meire Pavão. Eles representaram o
rock em sua vertente mais adocicada, a das baladas. O contraponto selvagem, da eletricidade,
de Elvis e Chuck Berry, ainda estava sendo gestado. Na Tijuca, bairro do subúrbio carioca, essa
era a curtição de uma turma de rapazes que se reunia na Rua do Matoso. Em 1958, China,
Arlênio, Trindade, Tim Maia, Erasmo Carlos e Roberto Carlos formaram o grupo Os Sputniks,
que acabou no mesmo ano, mas não sem antes chamar a atenção de um sambista de ideias
elétricas que andava pela área: Jorge Duílio Lima Meneses, o Jorge Ben. Em 1960, o rock da
Juventude Transviada brasileira teria seu primeiro sucesso: Rua Augusta, de Ronnie Cord
(Ronald Cordovil). Mas era tarde: o gênero começava a perder seu impacto, acossado pela
bossa nova. No começo da década, Cely Campello deixou a música para se casar e Roberto
Carlos foi cantar bossa. O rock, porém, resistia nos subúrbios de Rio e São Paulo, onde surgiram
grupos vocais como Golden Boys (de Alguém na Multidão) e Trio Esperança (de A Festa do
Bolinha, formado por irmãs dos Golden Boys) e instrumentais, na onda do Twist (inspirada pelo
sucesso Let’s Twist Again, de Chubby Checker), como Renato & Seus Blue Caps (no qual Erasmo
Carlos chegou a cantar), The Jordans, The Jet Blacks e The Clevers (futuro Os Incríveis). No
entanto, Sérgio Murilo, Ronnie Cord e Demétrius seguiram década adentro fazendo rockbalada, ao lado de recém-chegados como George Freedman (Coisinha Estúpida) e Wanderléa.
Início do reinado Mas, em 1963, um renovado Roberto Carlos apareceu com Splish
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Splash(versão de Erasmo para música de Bobby Darin), rock que daria título ao seu LP daquele
ano. Parei na Contramão, o sucesso seguinte, abriu o caminho para o seu grande estouro: O
Calhambeque. Com isso, Roberto não só renovou sua inscrição no clube do rock, como iniciou
seu reinado naquele cenário que mais tarde seria conhecido como Jovem Guarda. Calhambeque
seria o destaque de seu LP seguinte, É Proibido Fumar, cuja faixa-título tornou-se outro clássico.
O grande parceiro de Roberto, Erasmo Carlos, também começava nessa época sua carreira solo,
com o sucesso Minha Fama de Mau. Em 22 de agosto de 1965, quando o programa Jovem
Guarda estreou, o cenário do movimento estava quase que completamente montado –
Wanderley Cardoso era O Bom Rapaz, Eduardo Araújo O Bom, Jerry Adriani O Italianíssimo,
Martinha O Queijinho de Minas, Rosemary A Boneca Loura Que Canta, Ronnie Von O Pequeno
Príncipe. Outros que também chegaram: Sérgio Reis, Antonio Marcos, Vanusa, Agnaldo Rayol,
The Fevers, Ed Wilson (irmão de Renato e Paulo César Barros, do Renato & Seus Blue Caps),
Prini Lorez, The Pop’s... Naquelas “jovens tardes de domingo”, a palavra de ordem era iê-iê-iê,
adpatação do “yeah, yeah, yeah!”, da música She Loves You, dos Beatles – não por acaso, o
filme do quarteto, A Hard’s Day Night, foi exibido no Brasil com o título de Os Reis do Iê-Iê-Iê. A
maior parte das letras eram ingênuas e recatadas, e boa parte das músicas, versões de sucessos
do rock americano, britânico, italiano e até japonês – Erasmo Carlos, Renato Barros e Rossini
Pinto eram os grandes versistas. Havia, porém, quem insistisse em compor – os de maior
destaque foram a dupla Roberto & Erasmo, Getúlio Côrtes (de Negro Gato, cantada por
Roberto), Leno, Carlos Imperial e o próprio Rossini. As relações entre a jovem guarda e a bossa
nova nem sempre foram cordiais. Havia quem, como Jorge Ben, transitasse entre os dois
programas:o Jovem Guarda e o Fino da Bossa. Mas Elis, que apresentava o Fino com Jair
Rodrigues, chegou a liderar uma passeata contra as guitarras elétricas. Em 1965, Roberto deu
o nome do programa ao seu LP: Jovem Guarda veio com os clássicos Quero Que Vá Tudo Pro
Inferno e Mexericos da Candinha. Em pouco tempo, a moda adotada pelos apresentadores
tinha se espalhado pelo país (e dá-lhe calças colantes de duas cores em formato boca-de-sino,
cintos e botinhas coloridas, minissaia com botas de cano alto), bem como seus gestos e gírias –
broto, carango, legal, coroa, cuca, barra limpa, barra suja, lelé da cuca, mancada, pão, papo
firme, maninha, pinta, pra frente e, “É uma brasa, mora?”, tudo veio da Jovem Guarda.
Explosão nas garagens E o sucesso só fazia crescer: em 1966, o sucesso de Roberto com O
Calhambeque havia chegado a Portugal, França, Argentina, Uruguai e México. No mesmo ano,
o Jovem Guarda realizou seu I Festival de Conjuntos, do qual participaram cerca de cinco mil. O
primeiro colocado foi o grupo paulista Loupha, com o cover para I Can’t Let Go, dos ingleses
The Hollies, e o segundo, o gaúcho The Cleans. Um sinal da explosão no país dos grupos de
garagem, que saíam se apresentando em clubes sociais, rádios, televisões regionais, festas de
igreja e aniversários e logo estariam embarcando na viagem psicodélica dos americanos e
ingleses – caso dos paulistanos Mutantes, de Rita Lee e dos irmãos Sérgio e Arnaldo Dias
Baptista. O ano de 1967 traria inesperadas novidades. Por sugestão da irmã Maria Bethânia, o
baiano pós-bossanovista Caetano Veloso começou a ver o iê-iê-iê com outros olhos. Ao mesmo
tempo, o amigo Gilberto Gil converteu-se aos Beatles. Resultado: no III Festival da Música
Popular Brasileira da TV Record, Gil estaria apresentando seu Domingo no Parque com os
Mutantes e Caetano sua Alegria, Alegria com os argentinos Beat Boys. Era a Tropicália, que
mais tarde seria apresentada no disco-manifesto Panis et Circencis. Ao mesmo tempo, a Jovem
Guarda iniciava o seu declínio. Em 1968, Roberto Carlos ganhou o Festival de San Remo com
Canzone Per Te, de Sergio Endrigo e, no ano seguinte, estaria iniciando sua fase romântica, na
qual seguiu pelas décadas de 70, 80 e 90, como um dos maiores cantores brasileiros. Logo o
programa saiu do ar e a Jovem Guarda se desmanchou. Cada um foi para um lado. Houve quem
seguisse Roberto na carreira de cantor romântico (Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Ronnie
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Von), quem continuasse no rock (Erasmo, Leno sem Lilian, Os Incríveis) e quem se bandeasse
para o brega (Agnaldo Rayol e Reginaldo Rossi, que liderou a banda The Silver Jets, em Recife),
música sertaneja (Nalva Aguiar, Sérgio Reis) ou mesmo rock rural (Eduardo Araújo). Os Fevers
se tornaram uma das mais ativas bandas de bailes e de estúdios e os Golden Boys gravaram
coros em muitos discos de MPB. Nos anos 80, o Rock Brasil trouxe de volta músicas da Jovem
Guarda em regravações de Lulu Santos (O Calhambeque), Blitz (Biquíni de Bolinha Amarelinha,
de Sérgio Murilo), Léo Jaime (Gatinha Manhosa, de Erasmo) e Patife Band (Tijolinho, de Bobby
di Carlo). Era o ensaio de um revival, que efetivamente ocorreria em 1995, na comemoração
dos 30 anos do programa. Remanescentes do movimento (Wanderléa, Erasmo Carlos, Ronnie
Von, Bobby de Carlo, Os Vips, Os Incríveis, Martinha, Leno e Lilian, Golden Boys, entre outros)
regravaram seus sucessos em uma caixa de cinco CDs e fizeram uma série de concorridos shows
conjuntos. Ao mesmo tempo, relançamentos em CD trouxeram de volta quase todo o acervo
de gravações originais. E, nos anos 90, as bandas de rock, mais do que nunca, regravaram o
repertório da Jovem Guarda: o Barão vermelho foi de Pode Vir Quente Que Eu Estou Fervendo,
os Engenheiros do Hawaii de Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones,
o Skank de É Proibido Fumar e Paulo Ricardo de Você Não Serve Para Mim.
MPB
Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de
vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em nossa terra, as cantigas populares,
os sons de origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas européias.
Também contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons
tribais.
Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se desenvolvendo e
aumentando demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o
lundu e a modinha. O lundu, de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida
rítmica dançante. Já a modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor
numa batida calma e erudita.
Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu,
da modinha e da dança de salão europeia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a
música Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas carnavalescas da história.
Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria o samba. Dos morros e dos
cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e rodas de capoeira com os
pagodes e as batidas em homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a
participação, principalmente de mulatos e negros ex-escravos. O ano de 1917 é um marco, pois
Ernesto dos Santos, o Donga, compõe o primeiro samba que se tem notícia: Pelo Telefone.
Neste mesmo ano, aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor
da MPB do início do século XIX.
Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música popular
brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro, destacam-se os seguintes
cantores e compositores: Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de O teu cabelo não nega),
Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da
música popular brasileira: Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.
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Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o “rei do Baião”.
Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por
exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de
Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o sambacanção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor.
Destacam-se neste contexto musical : Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba,
Dalva de Oliveira, Angela Maria e Caubi Peixoto.
Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave.
Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras
para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.
A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música.
Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais
são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e
Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde
despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.
Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do país. Nara
Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da Bahia, Gal Costa e Maria
Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo acontece com Djavan (vindo de
Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner (
ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do
rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge
Ben Jor.
Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam
fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock
in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática
fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas
musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha,
RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho.
Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca
Pagodinho e Raul Seixas.
Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country.
Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical : Chitãozinho e
Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel. Nesta época, no
cenário rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão
9. O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público
jovem e adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank.
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ROCK: ANOS 80
O começo dos anos 80 não foi nada propício para o rock. O que dominava era a MPB de FM,
e apesar da relativa abertura política, a sombra da repressão e a censura desanimavam que
tentava ser mais ousados. O “som jovem” que rolava era o pop-rock de gente como Guilherme
Arantes, Marina, Ney Matogrosso, 14 Bis, Eduardo Dusek, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, A
Cor do Som e Rádio Táxi. Mas ainda assim a rapaziada queria que temas como amor, diversão,
trabalho e família fossem tratados de forma mais clara. Com o rock básico e os cabelos curtos
e espetados da new wave, o Rock Brasil começa a se renovar no início da década. Ligado nas
novidades, o jornalista e discotecário Júlio Barroso fundou a Gang 90 & As Absurdetes, no Rio
de Janeiro. O estouro aconteceu no Festival Shell de MPB de 1981, quando tocaram “Perdidos
na Selva”, um reggae que fala de um acidente de avião com final feliz. Era só uma mostra do
que estaria por vir nos próximos anos. Seguindo os mesmo passos da Gang 90, o integrante
do grupo de teatro carioca Asbrúbal Trouxe a Irreverência, Evandro Mesquita, junto com o
baterista Lobão, tiveram a idéia de montar uma banda de rock teatral. O nome da banda foi
dado por Lobão: Blitz, já que eles sempre eram parados pelas batidas policiais. A banda trouxe
junto ao humor praieiro do grupo Asdrúbal um rock básico e uma dupla de belas vocalistas,
Márcia Bulcão e Fernanda Abreu. No verão de 1982 abriu na praia do Arpoador um espaço para
shows: o Circo Voador, aonde a banda se apresentou inúmeras vezes. Em junho do mesmo ano,
a Blitz gravou um compacto com a música “Você Não Soube Me Amar”, que vendeu 100 mil
cópias em 3 meses. Em setembro foi lançado o disco “As Aventuras da Blitz”, o que transformou
a banda em fenômeno nacional, mas um pouco depois do lançamento do disco, Lobão deixa
a banda para lançar seu primeiro disco solo, “Cena de Cinema”, aonde começa uma das mais
importantes carreiras do rock brasileiro, de um artista sempre inconformista. Ainda em 1982
apareceriam outros artistas de relevância do Rock Brasil, com o Eduardo Dusek com seu disco
“Cantando no Banheiro”, que contava com a participação de uma banda carioca que fazia um
rock estilo anos 50 com muito bom humor: João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, que
tinha entre seus integrantes um excelente compositor, Léo Jaime, que escreveu o sucesso do
disco, “Rock da Cachorra”. João Penca seguiria depois sem Dusek e sem Léo Jaime, que fez uma
carreira solo de sucesso. No mesmo ano ainda surgiria Lulu Santos, Barão Vermelho (que não
foi tão bem acolhido na época) e a Rádio Fluminense, grande divulgadora das fitas e dos discos
dos artistas do rock nacional. Paralelamente, em São Paulo, ocorria o festival “O Começo do
Fim do Mundo”, com bandas punk como Inocentes, Ratos de Porão, Cólera e Olho Seco. Em
1983, o rock já havia ganho seu espaço na Música Popular Brasileira (MPB), fazendo com que
as gravadoras perdessem o medo de contratar bandas deste gênero. Foi lançado o disco “Rock
Voador” (parceria do Circo Voador com a rádio Fluminense), que revelou o Kid Abelha e Seus
Abóboras Selvagens.
Uma das bandas que tinha sua fita divulgada na rádio, Os Paralamas do Sucesso, gravaram um
compacto que, com seu relativo sucesso, levou a gravar no fim do ano seu primeiro disco,
“Cinema Mudo”. Mas quem arrebentaria um sucesso naquele ano foi um inglês, chamado
Ritchie, com a música “Menina Veneno”, cujo compacto vendeu mais de 800 mil cópias, levando
o cantor a gravar um disco, Vôo de Coração, que vendeu mais de 1 milhão de cópias, batendo
naquele ano até o grande recordista de vendas da gravadora, Roberto Carlos. O Rock Brasil
ganhava respeito comercial. Fenômeno predominando o Rio de Janeiro, o rock começa a ferver
também em São Paulo em 83. A cidade já estava sendo sacudida pelos punks e também pela
música de vanguarda (Arrigo Barnabé, Premeditando o Breque, Língua de Trapo), revelou uma
das grandes bandas do rock brasileiro: os Titãs, um octeto que misturava new-wave e
tropicalismo com o rock e ficava cada vez mais popular. Ainda tinha bandas do rock paulistano
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como Magazine (tendo Kid Vinil como um dos integrantes), o pós-punk Ira! e a irreverência do
Ultraje a Rigor. 1984 foi o ano de grandes lançamentos em disco. “Titãs” (seu primeiro disco),
“Seu Espião” (estreia do Kid Abelha), “O Passo do Lui” (segundo disco dos Paralamas), “Tudo
Azul” (Lulu Santos), “Ronaldo Foi Pra Guerra” (Lobão), “Maior Abandonado” (último disco do
Barão com o vocalista Cazuza) e “Phodas ‘C’” (Léo Jaime). As bandas cada vez mais apareciam
em programas de auditório na TV e até no cinema, com o filme “Bete Balanço”, com músicatema do Barão Vermelho. Se até então o Rock Brasil tinha uma cara romântica e idealista, iria
mudar a partir de janeiro de 1985, graças a um evento: o Rock In Rio 10 dias de muito som num
terreno na Barra da Tijuca, no maior concerto de rock de todos os tempos, com um público
aproximado de 1 milhão e meio de pessoas. Ao lado de grandes nomes da música mundial da
época, como Queen, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Scorpions, Yes, AC/DC, entre outros, estavam
artistas consagrados da MPB e a nova rapaziada: Blitz, Barão Vermelho, Os Paralamas do
Sucesso, Lulu Santos e Kid Abelha. No maior palco de suas carreiras iniciantes, as bandas não
tremeram na base. O resultado foi que o rock entrou de vez na música brasileira, as bandas
internacionais incluíram o Brasil em suas turnês e os nossos roqueiros aprenderam muito com
verdadeiros profissionais da música. O jovem público viu as bandas nacionais fazerem bonito
junto aos ídolos estrangeiros e ainda presenciaram a eleição de Tancredo Neves como o
primeiro presidente civil do país desde o golpe militar de 1964. O Rock Brasil emergiu desde
então, com um jeito ousado, contestador e geograficamente disperso. De São Paulo apareceu
dois dos maiores êxitos comerciais do ano. Um deles, “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, álbum de
estreia do Ultraje a Rigor, que tinha a música “Inútil”, que foi tocada pelos Paralamas no Rock In
Rio e comentada pelo senhor Diretas Já Ulysses Guimarães, causou um certo comentário sobre
sua letra. Quase todas as músicas foram sucesso no rádio.
O outro êxito foi o RPM, com
a música “Louras Geladas” estourada nas rádios, lançou o disco “Revoluções Por Minuto”, que
teve várias outras faixas de sucesso. O empresário Manoel Poladian foi responsável por uma
super produção para a banda: o show “Rádio Pirata”. Nunca se havia visto nada igual no Brasil:
efeitos de raio laser, gelo seco e sofisticado equipamento de som. O show percorreu o Brasil,
aumentando cada vez mais a popularidade do grupo, que foi forçado pela gravadora a gravar
um álbum ao vivo, com a versão de “London, London” (de Caetano Veloso) que já começava a
tocar nas rádios. Lançado em 1986, “Rádio Pirata Ao Vivo”, tornou-se o recordista de venda de
todos os gêneros no Brasil: 2,2 milhões de cópias. Em pouco tempo, com toda a pressão de sua
popularidade e o uso abusivo de drogas, o grupo gravou mais 1 álbum e acabou sem muito
alarde em 1989. Em 1º de Janeiro de 1985, uma banda de Brasília lançava seu disco de estreia
- um disco que marcaria a história do nosso rock. Legião Urbana mostrava ao país a poesia de
Renato Russo, em letras que mostrava os anseios, medos e reivindicações de uma geração.
Conhecida pela música Química (que os amigos Paralamas gravaram em seu primeiro álbum), a
Legião ganhou o público com aquele disco cheio de energia rock´n´roll e sentimentos à flor da
pele. Era a primeira das bandas de Brasília influenciada pelo punk-rock, que tomariam conta da
mídia. As outras foram Capital Inicial e a Plebe Rude. Também de origem punk e fora do eixo
Rio-São Paulo, os baianos do Camisa de Vênus, liderada por Marcelo Nova, apareceriam em
1985. Depois de um álbum sem repercussão, ganharam seu lugar com o som “Eu Não Matei
Joana D´arc”. Depois disto o país chegou a conhecer outras músicas como “Bete Morreu” e o
“Adventistas”, de seu álbum anterior. Em São Paulo, os ecos do punk seriam responsáveis por
uma outra banda de talento a aparecer, com seu álbum de estreia, Mudança de Comportamento:
o Ira!, do guitarrista Edgard Scandurra (um dos melhores do Brasil até hoje) e o vocalista Nasi.
Enquanto isso o underground paulistano fervia, com bandas inspiradas no pop-rock inglês. Luiz
Calanca lançou neste mesmo ano o selo Baratos Afins, que lançou os discos de todo esse
underground paulistano, antecipando em pelo menos 10 anos a realidade dos pequenos selos
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que ajudaram a fazer o rock alternativo um fenômeno. No Rio de Janeiro, houve uma separação
no Barão Vermelho, saindo Cazuza para sua bem sucedida carreira solo, e o guitarrista Roberto
Frejat assumindo os vocais. Tivemos ainda no Rio o lançamento de excelentes disco. “Sessão da
Tarde”, de Léo Jaime, que voltava ao rock dos anos 50 e à Jovem Guarda; “Educação Sentimental”,
segundo disco do Kid Abelha e no fim do ano o disco-solo de Cazuza. 1986 foi o ano da
consolidação artística e da fartura de lançamentos. Graças ao Plano Cruzado e a explosão de
consumo que ele causou, as gravadoras contratavam qualquer banda que cheirasse a rock. A
coletânea “Rock Grande do Sul”, só com bandas de Porto Alegre revelou os Engenheiros do
Hawaii, que no mesmo ano lançou seu disco de estreia com o irônico título “Longe Demais das
Capitais”. E com a música “Surfista Calhorda”, Os Replicantes com influência punk-hardcore,
lançaram seu disco: “O Futuro é Vortex”. Também estrearam naquele ano os cariocas do Biquíni
Cavadão (“Cidades em Torrente”), a Plebe Rude (“O Concreto Já Rachou”), Capital Inicial
(“Capital Inicial”) e os Inocentes (“Pânico em SP”, primeiro disco do punk brasileiro a sair por
uma grande gravadora). Três álbuns marcaram naquele ano o Rock Brasil até hoje. Com
“Selvagem?”, os Paralamas fizeram uma ousada conexão Brasil-Jamaica-Inglaterra-África via
música negra. “Dois”, disco da Legião revelou-se mais lírico e acústico, com faixas que até hoje
fazem a história da banda. Finalmente, “Cabeça Dinossauro”, dos Titãs (que recentemente foi
considerado o melhor disco do Rock Brasil), que deram uma guinada punk em sua música, que
mais pareceria um risco, mas que deu bons resultados artísticos e comerciais para a banda. A
boa fase do rock nacional continuaria em 1987, com a explosão de Lobão (com o LP “Vida
Bandida”) e outros álbuns. “A Revolta dos Dândis” (Engenheiros), “Jesus Não Tem Dentes no
País dos Banguelas” (Titãs), “Que País é Este” (Legião) e “Sexo!” (Ultraje a Rigor). Houve a
surpresa com o aparecimento do carioca Fausto Fawcett e seus Robos Efêmeros, com “Kátia
Flavia”. Outra surpresa foi o selo Plug, da RCA, que apostou em discos de novíssimos nomes do
rock brasileiro que não faziam nada parecido com as outras bandas. Estrearam os cariocas
Picassos Falsos e Hojerizah, o paulistano Violeta de Outono, os gaúchos do De Falla, TNT e o
Nenhum de Nós, entre outros. Das raras exceções que deram certo, está o Nenhum de Nós,
que estourou com a música “Camila, Camila”, e depois em 1989, com “O Astronauta de
Mármore”, versão de “Starman” de David Bowie. De 1988 em diante, o Rock Brasil passa por
um período de baixa, com as bandas com dificuldades para recuperar as baixas vendagens e
execução. Mas mesmo assim, existe discos clássicos desta época. “Ideologia”, de Cazuza, que já
luta contra a Aids, e aos 16 anos de idade, Ed Motta chega com pinta de veterano, injetando
soul no rock nacional, com seu disco de estreia com a Conexão Japeri. A Legião experimentou
um sucesso estrondoso com “Faroeste Caboclo” naquele ano, mas viu o inverso da moeda num
show em 18 de junho, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Confusão total, com Renato
Russo sendo atacado por um fã no palco e a polícia descendo o pau na plateia, que saiu
revoltado do show (que foi interrompido). O incidente bateu forte na Legião que ainda teve a
perda do baixista Negrete, que deixou a banda, mas mesmo assim, em 1989, finalizou seu
quarto disco, “As Quatro Estações”, com a maior vendagem em disco da banda e a maior nos
últimos anos do Rock Brasil. Em 7 julho de 1989, o clima era de luto: Cazuza havia morrido e em
21 de agosto do mesmo ano, morreria Raul Seixas. Era o fim de uma era do Rock Brasil. Blitz
Um dos maiores fenômenos de venda de discos do início da década de 1980, foi o primeiro
grande estouro da década de 1980 que, com apenas quatro anos de existência (1982-1986) e
três discos, mudou o cenário da música popular brasileira, abrindo os caminhos que em seguida
seriam percorridos por toda uma geração de bandas brasileiras, todas elas fortemente ligados
ao gênero rock. Suas músicas leves e dançantes contavam verdadeiras crônicas da juventude
dourada da Zona Sul do Rio de Janeiro, que eram apresentadas nos seus shows, sempre
superlotados, com a característica teatralidade do grupo, do qual faziam parte alguns dos
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maiores nomes do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que dominou a cena teatral carioca na
década de 1970. Entre os seus integrantes, figuravam Evandro Mesquita(sua música Você não
soube me amar, de 1982, é sucesso nacional.), Fernanda Abreu e Lobão, que posteriormente
iniciaram bem-sucedidas carreiras solo. Titãs Apareceu no cenário pop com oito integrantes:
Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Antônio Carlos Liberati Belotto, Paulo Roberto de Souza
Miklos, José Fernando Gomes dos Reis , Ciro Pessoa, Sérgio de Britto Álvares Affonso, Joaquim
Cláudio Correia de Mello Júnior e André Jungman, formada em São Paulo, o nome de Titãs do
Iê-iê-iê e uma estética muito influenciada pela chamada new wave, com muita mise-en-scène,
roupas coloridas e letras leves como a de Sonífera ilha. Ciro Pessoa sai da banda em 1984 e
forma o grupo Cabine C. No ano seguinte o baterista André Jung transfere-se para a banda Ira!,
dando lugar a Charles Gavin. Arnaldo Antunes desliga-se em 1992 para seguir carreira solo. Em
1984 lançam o primeiro disco pela Warner, já com o nome definitivo Titãs. Ao longo de sua
trajetória a sonoridade do grupo alternou entre o rock básico, o som mais pesado da década de
80 e o flerte com o pop na década de 90. O segundo disco da banda, Televisão, foi apenas um
prenúncio da contundente postura que seus integrantes iriam adotar a partir do vigoroso
Cabeça dinossauro, no qual começaram a utilizar guitarras distorcidas, beats tribais e eletrônicos
e letras de uma contundência poucas vezes vista na história da MPB, nas quais fazem ácidas
críticas a todas as instituições da sociedade burguesa. O disco seguinte, de 1986, acrescenta
peso às composições e aos arranjos. Vieram, em seguida, Jesus não tem dentes no país dos
banguelas, Go back, Õ blésq blom, Tudo ao mesmo tempo agora e Titanomaquia, nos quais
foram radicalizando cada vez mais tal postura, chegando a um ponto de cansar o seu até então
fiel público. Em 1994, resolveram rever o trabalho que vinham fazendo até então, lançando Um
dois. O sucesso maior foi em 1997, com o lançamento do Acústico MTV, um álbum com
releituras dos maiores êxitos em quinze anos de carreira (com algumas inéditas), que atingiu
quase dois milhões de cópias vendidas. Volume II, lançado no ano seguinte, repete a fórmula
do Acústico, incluindo sucessos que não entraram no disco anterior, mas não alcança o mesmo
resultado. As Dez Mais (1999) é o último álbum lançado pela Warner, com repertório composto
por versões para músicas de outros autores. Voltam a se reunir em junho de 2001 para a
gravação de um novo disco, mas dias antes um acidente vitima fatalmente o guitarrista Marcelo
Fromer. Outro fato marcante foi a saída de Nando Reis no final de 2002. Barão Vermelho
Cazuza é considerado o principal letrista da geração anos 80 do rock brasileiro. Integra o grupo
Barão Vermelho, responsável por sucessos como Bete balanço, Maior abandonado e Codinome
beija-flor. Seu principal parceiro é Roberto Frejat, guitarrista que permanece à frente do Barão
Vermelho. Descobre ter Aids em 1987, mas não se deixa abater pela doença, prosseguindo suas
atividades artísticas. A maneira como resiste, até morrer, contribui em muito para derrubar os
preconceitos que envolvem portadores de HIV. O Tempo não para, seu último sucesso, foi
gravado ao vivo em 1988. O Barão Vermelho interrompeu o trabalho de composição e fez o
disco Álbum, no qual visitou velhos sucessos de Rita Lee, Luís Melodia e Ângela Ro Ro, entre
outros grandes nomes de um passado recente da MPB. Paralamas do Sucesso Grupo de rock
brasileiro formado pelo guitarrista e vocalista Herbert Vianna, pelo baixista Bi Ribeiro e pelo
baterista João Barone. Surgiu em 1982 com a despretensiosa Vital e sua moto, executada com
frequência na hoje extinta Rádio Fluminense FM do Rio de Janeiro, um dos principais berços da
geração de bandas de rock. Chamaram a atenção da gravadora EMI, pela qual lançaram Cinema
mudo (1983) e Passo do Lui (1984). A consagração só veio com Selvagem, em 1986, a partir do
qual começou a tomar forma a eclética sonoridade do grupo, que mescla os ricos ritmos
brasileiros como o ska, o reggae e o rock. O sucesso desse trabalho levou a banda para o festival
de Montreux, onde gravou ao vivo o álbum D, que, no entanto, não foi lançado comercialmente.
Em 1989, foi realizado Big-bang, considerado pela crítica o melhor trabalho da banda. Nele,
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gravaram obras-primas como Lanterna dos afogados (“Uma noite longa pra uma vida curta”). A
partir de 1991, começaram a trabalhar o público latino-americano e o sucesso foi tão grande
que justificou a versão para o espanhol de dez sucessos da banda em um CD que chegou a
vender mais de 1 milhão de cópias em dez países. Legião Urbana Em meados de 1980, Renato
Russo formou uma banda chamada Aborto Elétrico, começou no baixo e logo passou para a
guitarra. Com o fim do Aborto Elétrico, Renato intitulou-se O Trovador Solitário e, com um
violão, tocava abrindo shows de outros grupos locais e apresentando novas composições, como
“Faroeste Caboclo”. Mas Renato não queria seguir sozinho. Ele achava que era importante ter
uma banda no mundo do rock. Nesse mesmo ano Renato formou a Legião Urbana. As primeiras
formações do Legião contam ainda com Paulo Paulista (teclados), Eduardo Paraná (guitarra),
substituído por Ico Ouro-Preto, e Marcelo Bonfá, na bateria. Em 1983, o guitarrista Dado VillaLobos entra no lugar de Ouro-Preto e cristaliza com um trio (Dado, Bonfá e Russo) a formação
clássica da banda. O baixista Renato Rocha “Negrete” participa de shows e da gravação dos três
primeiros discos. Já em 1983 o grupo se apresenta fora de Brasília, com grande sucesso graças
ao compacto Será (1984). Ao longo da década consolida-se como uma das mais importantes
bandas no cenário do rock brasileiro, e acumula sucessos como Eduardo e Mônica, Que País É
Este, Pais e Filhos, Meninos e Meninas, Faroeste Caboclo e Quando o Sol Bater na Janela do Seu
Quarto. A banda termina em 1996, com a morte do vocalista e principal compositor, Renato
Russo, em decorrência de Aids. Marcelo Bonfá segue carreira solo e Dado Villa-Lobos é dono de
uma gravadora, a RockIt.
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Literatura – Prof. Ibirá Costa
Bibliografia de Literatura
BOSI, Alfredo – História Concisa da Literatura Brasileira, 40.ª ed., S. Paulo, Cultrix, 2002.
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Crítica da Literatura Brasileira, nova ed., Rio de Janeiro, Ed. do Ouro, 1979. CASTRO, Sílvio –
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