MANEJO DA NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS ORNAMENTAIS EM CONTAINERS COM SUBSTRATO EngºAgrº J.A. TAVEIRA [email protected] 17 Maio - 2013 www.jiffygroup.com Construa uma base sólida em seu cultivo FERTILIZANTES SUBSTRATO (ALCALINIDADE) QUALIDADE H2O Monitoramento pH &EC SUBSTRATO APÓS PREPARADO RESPONDE POR APENAS: 25% PROPRIEDADES FÍSICAS 10% PROPRIEDADES QUÍMICAS MONITORAMENTO VISUAL – MUITO TARDE... • DEVEMOS PREVENIR OS PROBLEMAS ANTES DE CORREREM! pH Baixo pH Alto Toxides Fe/Mm Deficiencia Fe Baixo EC Deficiência de Ca Fonte: B.E. WHIPKER et. At., NCSU, 2001 Alto EC Deficiência Mg INFORMAÇÃO X CONHECIMENTO “RECEITAS DE BOLO” !!!!!!! “O FUNCIONÁRIO QUE TOMA CONTA DA PONTA DA MANGUEIRA CONTROLA OS LUCROS DO VIVEIRO !” QUALIDADE DE ÁGUA H2O SERÁ QUE A QUALIDADE DA ÁGUA É IMPORTANTE PARA O MEU VIVEIRO ? QUANDO FAZEMOS A PERGUNTA PARA A MAIORIA DOS VIVEIRISTAS: VOCÊ TEM ANÁLISE DE SUA ÁGUA? GERALMENTE A RESPOSTA É: “MINHA ÁGUA É DE POÇO, CRISTALINA, NÃO TEM MELHOR .....” “MINHA ÁGUA É TÃO BOA QUE É ATÉ GOSTOSA DE BEBER...” QUALIDADE DE ÁGUA NÃO PODER “VISTA” NEM “SENTIDA” TEM DE SER ANALISADA NUM LABORATÓRIO ! MAIS DE 1 ÉPOCA / ANO REGRA Nº 1 Antes de comprar uma propriedade ou montar um viveiro mande analisar a(s) fonte(s) de água! COMO COLETAR H2O PARA ANÁLISE? Deixe correr água pura por 5 minutos para “limpar a tubulação” Enxágüe uma garrafa plástica de 0,5 litro (limpa) por 3 vezes com a água que será analisada. Encha até a boca (não deixe ar) e feche bem. Identifique e envie para o Laboratório (prazo 24 hs !) QUE ITENS DEVO ANALISAR ? Caraterística Nível Desejado Limite Superior EC (sais solúveis) 0,2 a 0,5 mS/cm 0,75 (plugs) 1,5 mS/cm produção geral Total Sais Dissolvidos 128 a 320 ppm 480 (plugs) 960 ppm uso geral pH 5,5 a 6,8 7,0 Equivalente em CaCO3 40 a 65 ppm (0,8 a 1,3 meq/L) 150 ppm (3 meq/L) BICARBONATO (HCO3-) 40 a 65 ppm (0,7 a 1,1 meq/L) 122 ppm (2 meq/L) Equivalente em CaCO3 < 100 ppm (2 meq/L) 150 ppm (3 meq/L) Sódio (Na) < 50 ppm (2 meq/L) 69 ppm (3 meq/L) Cloreto (Cl) < 71 ppm (2 meq/L) 108 ppm (3 meq/L) RAS (SAR) (*) <4 8 Nitrogênio (N) < 5 ppm (0,36 meq/L) 10 ppm (0,72 meq/L) Nitrato (NO3) < 5 ppm (0,08 meq/L) 10 ppm (0,16 meq/L) Amônio (NH4) < 5 ppm (0,28 meq/L) 10 ppm (0,56 meq/L) Fósforo (P) < 1 ppm (0,3 meq/L) 5 ppm (1,5 meq/L) Fosfato (H2PO4) < 1 ppm (0,01 meq/L) 5 ppm (0,05 meq/L) Potássio (K) < 10 ppm (0,26 meq/L) 20 ppm (0,52 meq/L) Cálcio (Ca) < 60 ppm (3 meq/L) 120 ppm (6 meq/L) Sulfatos (SO4) < 30 ppm (0,63 meq/L) 45 ppm (0,94 meq/L) Magnésio (Mg) < 5 ppm (0,42 meq/L) 24 ppm (2 meq/L) Manganês (Mn) < 1 ppm 2 ppm Ferro (Fe) < 1 ppm 5 ppm Boro (B) < 0,3 ppm 0,5 ppm Cobre (Cu) < 0,1 ppm 0,2 ppm Zinco (Zn) < 2 ppm 5 ppm Alumínio (Al) < 2 ppm 5 ppm Flúor (F) < 1 ppm 1 ppm NÍVEIS DESEJADOS PARA ÁGUA DE QUALIDADE PARA VIVEIROS DE PLANTAS (Fonte: NCSU) ALCALINIDADE DUREZA Parâmetros Químicos de avaliação de qualidade de água para irrigação Fonte: F.H. Petersen, 1996 RISCO RELATIVO Propriedade Química Nenhum Pequeno Moderado Alto Severo me/l Bicarbonato <2 Cloreto (Foliar) <3 Cloreto (Raiz) <4 Sódio (Foliar) <3 Sódio (Raiz) <3 2-3 3-4 4-6 >6 4-6 6 - 10 > 10 3-9 >9 ppm Bicarbonato < 122 Cloreto (Foliar) < 108 Cloreto (Raiz) < 144 Sódio (Foliar) < 69 Sódio (Raiz) < 69 Lítio (*) < 2,5 (*) Zinco <2 Ferro <1 Manganês <1 Flúor <1 Boro < 0,3 Cobre < 0,2 122 - 183 183 - 244 244 - 366 > 366 144 - 216 216 – 360 > 360 69 - 207 0,3 – 0,5 0,5 – 1,0 > 207 1,0 – 2,0 >3 2,0 – 3,0 >3 dS/m EC 0,2 < 0,7 0,7 – 2,0 (*) Lítio – Para CITRUS e outras culturas sensíveis, nível deve ser < 0,075 ppm Nome....... : Propriedade : Endereco... : Municipio.. : Data....... : Remetente.. : AMAFIBRA LTDA Controle......... : Amostra ICASA No. : Interessado No... : Material......... : -- 04.09.012 23 UNICA HOLAMBRA - SP 16/04/2002 AMAFIBRA Pagina : 1 RESULTADO DE ANALISE DE AGUA PARA IRRIGACAO ---------------------------------------------------------------Elemento Analise Resultado ---------------------------------------------------------------Nitrogenio Fosforo Total Potassio Calcio Magnesio Enxofre Ferro Manganes Cobre Zinco Boro Sodio Cobalto Molibdenio Aluminio pH Carbonato Densidade Bicarbonato Condutividade Eletrica Alcalinidade Silicio Cloreto Fluoreto N (ppm) P (ppm) K (ppm) Ca (ppm) Mg (ppm) S (ppm) Fe (ppm Mn (ppm) Cu (ppm) Zn (ppm) B (ppm Na (ppm) Co (ppm) Mo (ppm) Al mg/l CaCO3 D (g/l) mg/l CaCO3 CE (mMhos/cm) mg/l CaCO3 mg/l mg/l mg/l 1,75 0,07 2,00 17,29 3,32 19,40 0,02 --0,26 0,24 46,00 ---7,60 0,00 x 70,00 0,337 70,00 10,70 5,41 3,68 ---------------------------------------------------------------Observacao : Analises Repetidas : - Resultado abaixo do -------------- --limite de deteccao I C A S x Analise nao solicitada CREA N. A SAR = Na Ca + Mg 2 Água com elevados níveis de Na (Sódio) podem ser compensadas aumentando os níveis de Ca e Mg via fertirrigação QUALIDADE DE ÁGUA X SAR X EC Qualidade Excelente Boa Aceitável Duvidosa Inadequada SAR 3 3-5 5-10 10-15 > 15 Fonte: D. Flood, British Columbia, 2005 EC (mS/cm) 0,25 0,25-0,75 0,75-2,0 2,0-3,0 > 3,0 COMO MANEJAR ÁGUA COM ELEVADA ALCALINIDADE diluir com água de chuva usar fertilizantes acidificantes injetar ácido na linha de irrigação /ferti utilizar substrato com pH (inicial) mais baixo (5,0 – 5,5) COMO MANEJAR ÁGUA COM BAIXA ALCALINIDADE utilizar substrato com pH (inicial) mais alto (6,0 – 6,2) usar fertilizantes menos acidificantes adicionar Bicarbonato de K não utilizar ácidos na água (Fosfórico,Sulfúrico, Nítrico) pH O QUE É O pH? CONCENTRAÇÃO IONS H+ SOLUÇÃO SUBSTRATO MEDIDO EM ESCALA LOGARÍTIMICA ! O QUE SIGNIFICA ? pH 5 É 10 X MAIS ÁCIDO DO QUE pH 6 pH 4 É 100 X MAIS ÁCIDO DO QUE pH 6 pH 3 É 1000 X MAIS ÁCIDO DO QUE pH 6 PORQUE O pH É IMPORTANTE ? MUITO ALTO / BAIXO LEVEMENTE ALTO / BAIXO DANOS DIRETOS ÀS RAÍZES DECRESCIMO CRESCIMENTO: DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES QUANTIDADE DOS NUTRIENTES “PRESOS” NO SUBSTRATO TOXIDADES EFEITO NOS MICROORGANISMOS COMO MEDIR O pH ? OPÇÃO DE APARELHOS PARA MEDIÇÃO: CALIBRAR O pH-METRO COM SOLUÇAO TAMPÃO 4 E 7 HORTÊNCIA – (HYDRANGEA) pH BAIXO – Al () pH + ALTO FAIXAS DE pH SUGERIDAS PARA CULTIVO EM SUBSTRATOS SEM SOLO E OS PRINCIPAIS MOTIVOS ESPÉCIES pH PRINCIPAIS MOTIVOS Azálea 4,5 a 5,8 Prevenir deficiência de Fe Celosia 6,0 a 6,8 Prevenir toxidez de Fe & Mn Dianthus 6,0 a 6,8 Prevenir toxidez de Fe & Mn Lírio Ocidental 6,5 a 6,8 Prevenir toxidez de F e deficiência de Ca Gerânio 6,0 a 6,8 Prevenir toxidez de Fe & Mn Hortência (AZUL) 5,2 a 5,6 Prevenir def. Fe e ajudar na coloração AZUL Hortência (ROSA) 5,8 a 6,2 Prevenir def. Fe e ajudar na coloração ROSA Tagetes 6,0 a 6,8 Prevenir toxidez de Fe & Mn Amor Perfeito 5,4 a 5,8 Prevenir deficiências de B e Fe , evita Thielaviopsis Petúnia 5,4 a 5,8 Prevenir deficiências de B e Fe Sálvia 5,4 a 5,8 Prevenir deficiências de B e Fe Snapdragon 5,4 a 5,8 Prevenir deficiências de B e Fe Vinca 5,4 a 5,8 Prevenir deficiências de B e Fe , evita Thielaviopsis Fonte: D.A.Bailey, P.V.Nelson, W.C.Fonteno, 2005 Como o pH afeta a disponibilidade de nutrientes Fonte: Plant Products ltd. TOXIDEZ DE MANGANÊS (Mn) EM TAGETES Fonte: N. Bragg, 1995 FONTE: WR. ARGO x P. R. FISCHER pH< 6,0 TOXIDEZ Fe/Mm pH 6,0 – 6,6 GERANIUM “RINGO SCARLET” Planta Normal Fonte: IPS, 2003 Fonte: W.R. Argo & P. R. Fischer EFEITO DO pH NO DESENVOLVIMENTO DE CALIBRACHOA EFEITO DA ESPÉCIE NO pH do SUBSTRATO Efeito nem sempre é favoravel Vinca necessita um pH Baixo Celosia & Dianthus necessitam um pH alto Tagetes pH INICIAL = 5,9 Amor Perfeito TOMATE Fonte: HUANG x Nelson, NCSU Espécies de plantas pH do substrato pH x Fração Lichiviada X Alacalinidade Fração Lixiviada >>> CULTURA: POINSETIA >>> pH inicial: 6,0 >>>Alcalinidade da água: 320 ppm Ca CO3 Fonte: M. Yelanich X J. Biermbaum, MSU EC O QUE É O EC ou CE ? COMO É DETERMINADO O EC ? “ELETRIC CONDUCTIVITY” “CONDUTIVIDADE ELÉTRICA” EC É MEDIDO PELO APARELHO: CONDUTIVÍMETRO COMO SÃO FEITAS AS LEITURAS DO EC ? PARA ÁGUA & SOLUÇÃO NUTRITIVA LEITURA DIRETA PARA SUBSTRATOS DILUIÇÃO EM ÁGUA (SME, 1:1,5 1:2 1:5) QUAIS SÃO AS UNIDADES DE MEDIÇÃO DO EC ? mS/cm dS/m mmhos/cm µS/cm 1 dS/m =1 mS/cm = 1 mmhos/cm = 1.000 µS/cm DETERMINAÇÃO DO EC NO SUBSTRATO INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE EC (mS/cm) PARA SUBSTRATOS COM DIVERSOS MÉTODOS DE EXTRAÇÃO. VALORES BASEADOS PARA PLANTAS EM FASE DE CRESCIMENTO ATIVO E NÍVEL MÉDIO DE REQUERIMENTO DE NUTRIENTES 1:5 1:2 1 : 1,5 SME 0 a 0,11 0 a 0,25 < 0,7 0 a 0,75 0 a 1,0 Muito Baixo: O nível de nutrientes pode não ser suficiente para manter um crescimento rápido. 0,12 a 0,35 0,26 a 0,75 0,7 – 1,2 0,76 a 2,0 1,0 a 2,6 Baixo: Adequado para mudas pequenas (“seedlings”), plantas de forração e sensíveis a salinidade. 0,36 a 0,65 0,76 a 1,25 1,3 – 1,8 2,0 a 3,5 2,6 a 4,6 Normal: Faixa normal para a maioria das culturas estabelecidas. Faixa superior para plantas sensíveis a salinidade. 0,66 a 0,89 1,26 a 1,75 1,9 – 2,7 3,5 a 5,0 4,6 a 6,5 Alto: Pode resultar em redução do crescimento e vigor, principalmente sob altas temperaturas. 0,9 a 1,10 1,76 a 2,25 2,8 – 3,6 5,0 a 6,0 6,6 a 7,8 Muito Alto: Pode resultar em injúria por salinidade devido a reduzida absorção de água. Possível redução nas taxas de crescimento. Possível queima foliar e murchamento. > 1,1 > 2,25 > 3,6 > 6,0 > 7,8 Fonte: Adaptado de B.E. Whipker, et al, 2001 e A.C. Bunt, 1988 PourThru Indicação Extremo: A maioria das culturas sofrerá injúrias salinas nestes níveis. Necessária lixiviação imediata. FAIXAS DE EC NO SUBSTRATO PARA PLANTAS CULTIVADAS EM SUBSTRATOS SEM SOLO (MÉTODO “ POURTHRU”) Este valores devem ser considerados apenas como referência, e devem ser ajustados dependendo de suas práticas de manejo. Assume-se que viveirista utiliza menos de 30% de Nitrogênio suprida na forma Amidica (Uréia) Fonte: B. E. WHIPKER et. al., NCSU POURTHRU DESENVOLVIDO P/ VIVEIROS UTILIZADO POR PESQUISADORES MÉTODO SIMPLES RÁPIDO NÃO DESTRUTIVO IRRIGAR PLANTA 1 HORA ATÉ EQUILIBRAR H2O DESTILADA EC / pH CORREÇÕES 50 ml DE LIXIVIADO LABORATÓRIO (ANAL. QUIM. COMPLETA) VOLUME DE ÁGUA DESTILADA A SER ADICIONADA PARA OBTER 50 ml DE LIXIVIADO (MÉTODO POUR-THRU) RECIPIENTE ÁGUA ADICIONADA (ml) (*) 10 a 15 cm 75 1L 75 4L 150 12 L 350 Bandejas 50 (*) Volumes estimativos, a quantidade real dependerá do substrato, da planta e das condições ambientais. FORMULÁRIO DE ANOTAÇÕES (POUR-THRU) Cultura: Data: Local: amostras Ml adicionado ml lixiviado 1 2 3 4 5 Média pH EC Comentários POUR-THRU QUAL A FREQUÊNCIA ? IDEAL “PLUGS” 1 VEZ / SEMANA A CADA 2 – 3 DIAS Nº DE AMOSTRAS ? 5 RECIPIENTES (VASO/SACOLA/TUBETE) / 1.000 DICAS MEDIDAS CORRETIVAS EC / pH AMOSTRE NOVAMENTE RESULTADOS ATÍPICOS REFAÇA ANTES DE MUDANÇAS DRÁSTICAS PRINCIPALMENTE pH INTERAÇÃO EC X pH pH do Substrato FONTE: B. E. WHIPKER et. Al. , NCSU CTC O QUE É A CTC ? CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA “CAPACIDADE TAMPÃO” HABILIDADE MEIO ABSORVER E LIBERAR CÁTIONS (+ CARREGADOS) CÁTIONS: Ca2 + ; Mg2 + ; NH4+ ; K+ ; (Na+) ; (H+) CTC p/ SOLOS CTC p/ SUBSTRATOS normalmente expressa em me / 100 g expressada em me / 100 cm3 QUESTÃO: QUALQUER UM QUE JÁ CULTIVOU PLANTAS NUM SUBSTRATO COM SOLO, SABE QUE É MUITO MAIS DIFÍCIL MUDAR O pH, DO QUE NUM SUBSTRATO SEM SOLO (ARGILA), EXS.: CASCA PINUS, F. COCO, TURFA, ETC. PORQUE ? SOLO ALTA DENSIDADE SUBSTRATO BAIXÍSSIMA DENSIDADE PESO POR PESO, UMA TURFA TEM 10 X MAIS “CAPACIDADE TAMPÃO” DO QUE UM SOLO DE CAMPO ! 1 CHEIO COM SOLO 1 CHEIO COM SUBSTRATO = = 2 Kg 0,2 Kg POR VOLUME (1 vaso), A “CTC EFETIVA” ( CAPACIDADE TAMPÃO) SERÁ MUITO MAIOR PARA O SOLO ! “SEM A PRESENÇA DE SOLO NA MISTURA, A CTC DOS SUBSTRATOS TEM MÍNIMO EFEITO NO TAMPONAMENTO DO pH” (W.R.Argo & P.R.Fischer) Elementos essenciais requeridos pelas plantas, sua classificação e conteúdo típico em plantas cultivadas em estufas.P.V.Nelson 1996 Elemento Símbolo Químico Classificação % típico em plantas (% do peso seco) Carbono C Hidrogênio H Oxigênio O Nitrogênio N Macronutriente 4,0 Fósforo P Macronutriente 0,5 Potássio K Macronutriente 4,0 Cálcio Ca Macronutriente 1,0 Magnésio Mg Macronutriente 0,5 Enxofre S Macronutriente 0,5 Ferro Fe Micronutriente 0,02 Manganês Mn Micronutriente 0,02 Cloro Cl Micronutriente 0,01 Boro B Micronutriente 0,006 Zinco Zn Micronutriente 0,003 Cobre Cu Micronutriente 0,001 Níquel Ni Micronutriente 0,0005 Molibdênio Mo Micronutriente 0,0002 ∑ Não fertilizante 89,0 COMO DEVO MONTAR MEU PROGRAMA NUTRICIONAL ? · · · · · · · · Tipo de planta a ser produzida e suas exigências particulares Estágios / Fases do desenvolvimento Substrato (C.Físicas-Químicas / Componentes / Aditivos) Qualidade de água Sistema de irrigação (sub-irrigação, gotejo, aspersão, etc) Viveiro coberto (sob plástico) ou em área aberta Taxa de lixiviação que será adotada Adequação às épocas do ano ( Temperatura / Luz) PRINCIPAIS FONTES DE NUTRIENTES PARA PLANTAS EM SUBSTRATOS ADUBAÇÃO DE BASE NO SUBSTRATO NUTRIENTES DERIVADOS DE ALGUM COMPONENTE DO SUBSTRATO FERTILIZANTES CONTIDOS NA FERTIRRIGAÇÃO ADUBOS DE LIBERAÇÃO LENTA & CONTROLADA N–P–K N – forma (Uréia / NH4+ / NO3-), Concentração, Proporção entre Nutrientes Maioria das culturas N : K2O 1:1 Exceções: Proporção Nitrogênio : Potássio ( N 3:1 Azálea 2:1 Begônia 1,5:1 Folhagens : K2O ) 1:1 Geral P – Maioria das culturas5 a 10 ppm P já é suficiente! Proporções N “universal” Outras: – P2O5 – K2O utilizadas: 2:1:2 6:1:6 folhagens 3:1:2 3:1:3 1:0:1 1:1,5 Cravo ( = 12 a 23 ppm P2O5) 1:2 Cyclamen GERANIUM MUDAS PETUNIA FONE: H.L. FISCHER X D. KORANSKI P/N RELAÇÃO NAS FOLHAS DE DIVERSAS PLANTAS ORNAMENTAIS QUE FORAM SUPRIDAS COM NÍVEIS ADEQUADOS DE NUTRIENTES ESPÉCIES Azaleia Samambaia (“Boston fern”) Cravo Crisântemo Cyclamen Cymbidium (Orquídea) Dieffenbachia Grevillea Phalaenopsis (Orquídea) Protea Schefflera Fonte: D.J.Reuter & J.B.Robson, 1986 RAZÃO P / N 0,08 -0,15 0,23-0,25 0,07-0,11 0,06-0,17 0,06-0,08 0,08-0,10 0,07-010 0,11 0,20-0,28 0,03-0,06 0,08-0,1 FONTES DE N ( URÉIA / NH4+ / NO3- ) TOXIDEZ AMÔNIO Plantas podem estocar grandes quantidades de Nitrato O mesmo não ocorre com N na forma Amoniacal Quanto maior a proporção NH4+ / NO3- maior o risco de toxidez Particularmente sério para plugs (mudas pequenas) Condições que favorecem a toxidez de Amônio: Baixas temperaturas Condições de encharcamento com pouca luz Baixa aeração no substrato Reduzidos valores de pH Forma de N também dita o “padrão” do crescimento das plantas: Uréia / NH4+ NO3- Crescimento luxuriante (expansão foliar e de internódios) Crescimento “compacto” “robusto” Ca – Mg - S Ca 50 a 100 ppm (fertirrigação contínua) Mg 25 a 50 ppm (fertirrigação contínua) SO4-2 48 ppm ( = 16 ppm S) Interações K – Ca – Mg K > 200 ppm efeito antagônico para Ca e Mg K : Ca : Mg 4 : 2 : 1 evita antagonismos (ppm) Ca : Mg 3-5 : 1 evitar desequilíbrio – mútuo antagonismo Ca baixas taxas de transpiração induzem deficiência ! Tipo de Calcário no substrato afeta a razão Ca : Mg N : S 8-12 : 1 IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS MACRONUTRIENTES N – P – K – Mg – S ( exceto Ca ) DEFICIENCIAS 1º FOLHAS + VELHAS MÓVEIS NA PLANTA MICRONUTRIENTES IMÓVEIS NA PLANTA Fe – Mn – Cu Zn – B – Mo DEFICIENCIAS 1º FOLHAS + NOVAS Fe Mn B Zn Cu Mo / Cl Ni MICRONUTRIENTES: pH 4 5 pH baixo Toxidez: Fe, Mn, Zn, Cu Deficiência: Mo, (Ca), (Mg) Sensibilidade toxidez NH4+ > lixiviação PO4+2 6 7 8 pH alto Deficiência: Fe, Mn, Zn, Cu, B Ferro (Fe) Principais causas de deficiência de Ferro (Fe): · Excesso irrigação / Condições de encharcamento · Baixa Capacidade de Aeração no Substrato · Baixa Temperatura · Reduzido suprimento de Fe · Elevados níveis de CO3-2 e HCO3 elevação pH · Elevados níveis de P · Elevados níveis de Zn, Mn, Cu, Ni · Alta relação NO3- : NH4+ · Danos às raízes (Fe+3 Fe+2) Larvas F.gnats, Salinidade, etc. · Ineficiência da espécie de planta (Azaléia, Petúnia, Vinca, Verbena, Gérbera, Amor Perfeito, Citrus, Erica, Ixora, Hydrangea, Prímula, Rosa, etc.) ALTERNATIVAS PARA SUPERAR DEFICIÊNCIAS DE Fe Manganês (Mn) Principais causas da deficiência de Manganês (Mn): Elevados valores de pH Não adição ao substrato Altas concentrações de Fe, Cu, e Zn Clima Frio e nublado (escuro) Principais causas da toxidez de Manganês (Mn): Anaerobiose no substrato por drenagem ruim Pasteurização por longo período T > 70 C Adição ao substrato de alguns tipos de Cascas (ex: Eucalipto) Cobre (Cu) Deficiências: Não adição a substratos sem solo Altos níveis de Fe, Mn, Zn e P Toxidez: Uso excessivo de Fungicidas a base de Cu, Compostos ricos, sob baixo pH Zinco (Zn) Deficiências: Excesso de fertilizantes fosfatados Níveis muito altos de N Toxidez: Uso de containers ou canos de irrigação galvanizados Uso de pneus picados no substrato Boro (B) Deficiências: Substrato muito seco e com reduzido nível de Boro Brusca elevação do pH > 7 , principalmente em Petúnias Elevados níveis de P e Ca Toxidez: Resíduos de produtos florestais tratados Água rica em B , Compostos, excesso de complexos com Microelementos FERTILIZANTES - SAIS SIMPLES EC solução 100 ppm do Nutriente indicado (dS/m) Quantidade do fertilizante (g / L) Fórmula N – P2O5 – K2O N (Nitrogênio) Nitrato de Amônio Nitrato de Potássio Nitrato de Ca Sulfato de Amônio Uréia 0,51 0,96 0,84 0,96 (0,315) * 0,29 0,72 0,84 0,47 0,21 33-0-0 13-0-44 15,5-0-0 (19 Ca) 21-0-0 (24 S) 45-0-0 P (Fósforo) MAP DAP MKP 0,33 0,69 0,29 0,38 0,43 0,39 12-62-0 21-53-00 0-53-35 K (Potássio) Nitrato de Potássio Sulfato de Potássio MKP 0,34 0,34 0,23 0,26 0,22 0,31 13-0-44 0-0-51 (17 S) 0-53-35 Mg (Magnésio) Nitrato de Magnésio Sulfato de Magnésio 0,97 0,84 1,05 1,01 11-0-0 (10 Mg) 0-0-0 (10 Mg, 13 S) Ca (Cálcio) Nitrato de Cálcio 0,59 0,59 15,5-0-0 (19 Ca) S (Enxofre) Sulfato de Potássio 0,84 0,41 0-0-51 (17 S) Fertilizante FERTILIZANTES FORMULADOS N-P2O5-K2O Reação do Fertilizante (*) % N – NH4+ N – Uréia Concentração outros nutrientes (ppm) com o fertilizante a uma concentração de 200 ppm N P 9-45-15 20-20-20 20-10-20 21-05-20 15-05-15 5 Ca 2 Mg 13-2-13 14-0-14 6 Ca 3 Mg 34-0-0 Nitrato Amônio 12-62-0 MAP 15,5-0-0 19 Ca 11-0-0 9 Mg 13-0-46 Nitrato Potássio 46-0-0 Uréia A 940 A 680 A 429 A 389 B 141 B 380 B 410 A 1200 A 1160 B 400 B 460 B 510 A 1400 100 69 40 40 21 5 8 50 100 10 0 0 100 430 85 43 20 28 12 0 K 275 165 165 160 165 165 165 Ca 0 0 0 0 65 90 85 Mg 1 1 1 0 25 45 42 444 245 175 555 (*) Libras de Acidez (A) ou Basicidade (B) equivalente por ton de adubo Fertilizantes formulados com Uréia-Fosfato Observação Importante: os fertilizantes formulados contém também todos os Microelementos ! COMPARATIVO FERTILIZANTES FORMULADOS X SAIS SIMPLES pH do SUBSTRATO EFEITO DA PROPORÇÃO NO3- : NH4+ TEMPO EM CONTATO COM A SOLUÇÃO (DIAS) FONTE: S. F. TRELEASE X H. M. TRELEASE, AMER. J. BOTANY 22: 520, 1930 MICRONUTRIENTES Micronutriente Fontes Fórmula Concentração (%) Ferro (Fe) Sulfato de Ferro FeSO4 .7H2O 20,0 Fe Manganês (Mn) Sulfato de Manganês MnSO4 .H2O 33,0 Mn Zinco (Zn) Sulfato de Zinco ZnSO4 .7H2O 23,0 Cobre (Cu) Sulfato de Cobre CuSO4 .5H2O 25,0 Boro (B) Bórax Na2B4O7 .10H2O 11,0 Ácido Bórico H3BO3 17,5 Molibdato de Na Na2MoO4. 2H2O 39,0 Molibdato de NH4+ (NH4)2MoO4 48,0 Molibdênio (Mo) Concentração das Soluções Relação Massa-Volume Análise de substrato no Laboratório do IAC pelo método 1:1,5 (Holandez) Bandejas de isopor com mudas de tomates com problemas 1. aspecto da planta ruim 2. aspecto da planta médio 2. aspecto da planta bom Retirado o substrato de cada bandeja e analisado Fonte: Dra.Mônica F. Abreu - IAC AMOSTRAS : SUBSTRATOS 270: amostra retirada da bandeja de isopor: aspecto das plantas : ruim 271: amostra retirada da bandeja de isopor: aspecto das plantas: médio 272: amostra retirada da bandeja de isopor: aspecto das plantas: bom Parâmetro Potássio Sódio Fósforo Cálcio Magnésio Enxofre Nitrogênio- amoniacal Nitrogênio- Nitrato-nitrito Cobre Ferro Manganês Zinco Boro pH Condutividade Elétrica Unidade mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L dS/m 270 271 272 91,4 28,0 27,6 38,6 24,8 114,7 26,06 0,88 81,3 23,5 29,5 52,5 34,9 130,4 19,12 0,48 15,0 16,9 21,7 32,4 17,4 63,3 6,64 0,81 0,04 0,18 0,62 0,18 0,72 5,40 1,07 0,04 0,17 0,86 0,21 0,79 5,20 1,10 0,03 0,07 0,43 0,18 0,37 5,50 0,45 Fonte: Dra.Mônica F. Abreu - IAC Valores para interpretação de resultados de CE e nutrientes usando ES e 1:1,5 Determinação Planta em vaso Vegetais, planta corte 1:1,5 ES 1:1,5 ES CE, dS/M 0,4-0,9 1,1-2,3 0,8-1,5 2,1-3,8 K, mmol/L 1,0-2,5 2,4-6,2 1,9-3,5 4,6-8,7 Ca, mmol/L 0,8-1,4 2,8-4,4 1,7-3,0 5,3-8,8 Mg, mmol/L 0,3-0,6 1,3-2,1 0,7-1,5 2,4-4,4 NO3, mmol/L 1,5-6,0 4,8-17,3 4,0-6,0 11,8-17,3 SO4, mmol/L 0,4-1,4 1,5-3,8 1,1-2,0 3,1-5,3 (Sonneveld & van Elderen, 1994) Guia de avaliação para análise do substrato pelo extrato de Saturação (SME) Nutriente Níveis de nutrientes no Substrato (ppm = mg/l) Baixo Aceitável Ótimo Alto Muito Alto N – NO3- 0 – 39 40 – 99 100 – 199 200 – 299 ≥ 300 P 0–2 3–5 6 – 10 11 – 18 ≥ 19 K 0 – 59 60 – 149 150 – 249 250 - 349 ≥ 350 Ca 0 – 79 80 – 199 ≥ 200 Mg 0 - 29 30 - 69 ≥ 70 Adaptado MSU / NCSU [email protected] Laboratório de Solos, Plantas e Substrato /IAC Av. Barão de Itapura, 1481 13020-902 Campinas-SP www.jiffygroup.com Muito Obrigado! Taveira [email protected] [email protected]