Apresentação do PowerPoint

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Crise Hipertensiva
VIII Curso de Atualização em Emergências Clínicas
Marina Politi Okoshi
Disciplina de Clínica Médica Geral
Unesp
Departamento de Clínica Médica
2013
Clínica
Médica
Epidemiologia da HAS
• HA sistêmica: 25-30% da população adulta
60% das pessoas com mais de 60 anos
• Estimativa: 1-2% dos hipertensos
1 episódio de emergência hipertensiva
Marik & Varon, Chest 2007
Classificação da pressão arterial de acordo com
medida casual no consultório
Pressão Sistólica
(mmHg)
Pressão Diastólica
(mmHg)
Ótima
<120
<80
Normal
<130
<85
Limítrofe*
130-139
85-89
Hipertensão estágio 1
140-159
90-99
Hipertensão estágio 2
160-179
100-109
Hipertensão estágio 3
≥180
≥110
Hipertensão sistólica isolada
≥140
<90
Classificação
Se as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada
para classificação da pressão arterial.
* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura.
VI DB HA, 2010
Classificação da pressão arterial de acordo com
medida casual no consultório
Pressão Sistólica
(mmHg)
Pressão Diastólica
(mmHg)
Ótima
<120
<80
Normal
<130
<85
Limítrofe*
130-139
85-89
Hipertensão estágio 1
140-159
90-99
Hipertensão estágio 2
160-179
100-109
Hipertensão estágio 3
≥180
≥110
Hipertensão sistólica isolada
≥140
<90
Classificação
Se as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada
para classificação da pressão arterial.
* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura.
VI DB HA, 2010
Crise Hipertensiva
Muitas definições já existiram
Definição:
 Aumento
da PA
 Agudo

Importante
Emergência
Urgência
Crise Hipertensiva - Emergência

Emergência Hipertensiva: hipertensão associada a evidências
de lesões agudas de órgãos-alvo
1) O valor absoluto da pressão arterial não é tão importante quanto as
evidências de lesões agudas de órgãos-alvo
2) Necessita redução imediata da PA (não significa “normalização” da PA)
Crise Hipertensiva

Urgência Hipertensiva: aumento agudo e importante da
PA sem evidências de lesão progressiva de órgãos
alvo.
“Agudo”
“Importante”
Crise Hipertensiva

Urgência Hipertensiva: PA ≥ 180 X 110 ou 120 mmHg
- Condição clínica estável
- Sem evidências de lesões agudas de órgãos-alvo

Necessita redução da PA (não significa “normalização” da PA)
em 24 a 48 h com medicação por via oral
Crise Hipertensiva
Por quê NÃO normalizar a PA?
crônica
Pacientes em crise hipertensiva geralmente têm HAS
não controlada
Alteração da auto-regulação do fluxo sanguíneo cerebral
Crise Hipertensiva

Por quê ocorre aumento agudo e importante da PA?
 HAS
crônica + fator adicional
↑ Vasoconstritores
↑ PA
Depleção de volume
Crise Hipertensiva
↑ PA
Lesão endotelial
Endotélio
regulador da PA
indutor de inflamação
endotelina-1
citocinas inflamatórias
moléculas de adesão
Adesão plaquetária
Estímulos à coagulação
Crise Hipertensiva
↑ PA
Lesão endotelial
Alteração da permeabilidade de vasos sanguíneos
Isquemia
Liberação de mais substâncias vasoativas
SNS
SRA
Crise Hipertensiva
↑ PA
Natriurese pressórica-induzida
Hipovolemia
Crise Hipertensiva
 HAS
crônica + fator adicional
↑ Vasoconstritores
Ciclo
↑ PA
Vicioso
Fatal
Hipovolemia
Crise Hipertensiva

Hipertensos Crônicos
Hipertrofia da camada muscular dos vasos
protege contra aumento do fluxo sanguíneo
causado por elevações adicionais de pressão
Causas de Crise Hipertensiva
Essential hypertension
Renovascular disease
Renal artery stenosis: atheroma or fibromuscular dysplasia
Polyarteritis nodosa
Takayasu arteritis
Renal parenchymal disease
Glomerulonephritis
Tubulointerstitial nephritis Systemic sclerosis
Hemolytic uremic syndrome
Thrombotic thrombocytopenic purpura
Diabetes
mellitusSystemic lupus erythematosus
Renal aplasia
Renal cell carcinoma
Endocrine
Pheochromocytoma
Cushing syndrome
Primary hyperaldosteronism
Renin-secreting tumor
Drugs
Cocaine, phencyclidine, sympathomimetics, erythropoietin, cyclosporine
Antihypertensive medication withdrawal
Amphetamines
Lead intoxication
Interactions with monoamine oxidase inhibitors
Autonomic hyperreactivity
Guillain-Barré syndrome
Acute intermittent porphyria
Pregnancy related
Preeclampsia
Eclampsia
Central nervous system disorders
Head injury
Cerebral infarction Cerebral hemorrhage
Brain tumor
Spinal cord injury
Coarctation of the aorta
Burns
Postoperative pain and/or anesthesia complications
Crise Hipertensiva - Emergência

Situações Clínicas
 Isquemia
Miocárdica
 Isquemia
Cerebral
 Edema Agudo
 Aneurisma
Dissecante de Aorta
 Encefalopatia
 Eclâmpsia
de Pulmão
hipertensiva + insuficiência renal aguda
Crise Hipertensiva

Tratamento depende:
Isquemia Miocárdica
Emergência
1. Diagnóstico clínico
Isquemia Cerebral
Encefalopatia hipertensiva + IRA
Urgência
EAP
Aneurisma dissecante Ao
2. Condição do paciente

Tratamento não depende dos valores da PA
(Ex.: GNDA)
Emergência Hipertensiva
Avaliação Inicial
QC: Anamnese – rápida inicialmente
EF: Estado de HIDRATAÇÃO
Pulso, PA nos membros
Coração, pulmão
Sistema nervoso, fundoscopia
Laboratório
Função renal e eletrólitos (Na+, K+, Ca2+, Mg2+)
ECG
Hemograma
Glicemia
? Enzimas cardíacas
? Imagem
etc
Emergência Hipertensiva

Tratamento

Sala de Emergência ou UTI

Monitoramento da PA
Emergência Hipertensiva - Medicamentos

Uso endovenoso:
- Vasodilatador
Nitroprussiato de Sódio
Nitroglicerina
Hidralazina
- β-Bloqueador
Metoprolol
Literatura Internacional
Esmolol
- Diurético
Furosemida
Fenoldopam
Nicardipina
Clevidipina
Emergência Hipertensiva - Medicamentos

Estado de Hidratação X Uso de Diurético
↑ PA
↑ Fluxo plasmático renal
HIDRATAÇÃO
↑ Diurese
Natriurese pressórica-induzida
Desidratação
DIURÉTICO SOMENTE:
Edema agudo de pulmão
Pacientes edemaciados
Emergência Hipertensiva - Tratamento

ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA
Em geral: insuficiência cardíaca + insuficiência renal
Diagnóstico Diferencial:
Isquêmico
AVC
Hemorrágico
EF – alterações difusas x focais (nem sempre)
Emergência Hipertensiva - Tratamento

ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA
1. Checar hidratação
Reduzir PA
2. Drogas: para inibir o eixo renina-angiotensina
Captopril VO – início de ação: 30 min
Beta-bloqueadores EV – se não há insuficiência cardíaca
S/N: Nitroprussiato de Sódio
Diurético (CUIDADO!!!)
Emergência Hipertensiva - Tratamento

ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA
Quanto reduzir PA ???
Regra: ↓ PAM até 20% na primeira hora
ou até PAD 100 – 110 mmHg
↓ PAM até 25% nas primeiras 6 horas
↓ nas próximas 48 h
Johnson & Nguyen. Cardiol Clin 2012
Emergência Hipertensiva - Tratamento
AVC ISQUÊMICO
Tratar se PAS > 220 mmHg ou PAD > 120 mmHg
PAM:
↓ 15 a 20% nas primeiras 24 h
PAD > 100 – 110 mmHg
Se trombólise: redução pode ser pouco mais agressiva
Evitar: Bloqueadores dos canais de cálcio
Pode usar:
Nitroprussiato de sódio EV
Antagonistas do receptor da Angiotensina VO
PA retorna aos valores basais em 4 dias
Johnson & Nguyen. Cardiol Clin 2012
Emergência Hipertensiva Tratamento
AVC HEMORRÁGICO
Tratar se PAS > 200 mmHg ou PAD > 110 mmHg
Quanto reduzir PA ?????
Pode usar: BCC nimodipina e nicardipina
Cuidado: pode haver hipotensão
Não utilizar: nifedipina
PA em geral não retorna aos valores basais em poucos dias
Emergência Hipertensiva - Tratamento
 Edema
 Tripé
Agudo de Pulmão
do tratamento:
 Sedação
 Oxigenação
↓
pré-carga
↓
pós-carga
Emergência Hipertensiva

EAP
Diuréticos
Furosemida: 2 amp. EV (40 mg)
dobrar dose cada 20-30’ até obter diurese satisfatória
dose diária: 20 – 500 mg/dia
Nitroprussiato de sódio – quanto reduzir a PA?
Até obter melhora da dispnéia
Iniciar: 2,0 µg/kg/min e checar PA cada 5 min
“Controlar” PA em 30 min
A seguir: redução gradual da PA
Iniciar medicação VO assim que possível: IECA, ARA
Emergência Hipertensiva

Aneurisma Dissecante de Aorta
QC: 3R – início rápido, rasgante, radiante

Localização variável

Pode haver: - I Ao Aguda
- Oclusão art. cor. direita
- Hemopericárdio
- Síncope
- AVC

HAS: em 70% dos casos
Exames Laboratoriais: Imagem
Emergência Hipertensiva

Aneurisma Dissecante de Aorta

Mortalidade: 1%/hora nas primeiras 24 horas

Tratamento clínico
1) ↓ Força de contração do miocárdio (↓ dP/dt) – se não houver
insuficiência cardíaca
- β-Bloqueador – Metoprolol – 5 mg (EV) cd 10 min até FC ≅ 50 – 60
bpm
2) Nitroprussiato de sódio – acertar dose cada 3–5 min até PA desejada
Emergência Hipertensiva

Aneurisma Dissecante de Aorta

Tratamento clínico

Quanto reduzir a PA?

PA sistólica ≅ 100 – 120 mmHg

MENOR PA POSSÍVEL PARA MANTER FLUXO

Cerebral – sonolência

Cardíaco – dor, ECG

Renal – função renal, diurese
Emergência Hipertensiva

Isquemia Miocárdica
PA ↑ → ↑ pós Carga
↑ consumo miocárdico O2 + obstrução coronária/HVE
IAM
Isquemia miocárdica
Angina
Emergência Hipertensiva - Tratamento

ISQUEMIA MIOCÁRDICA

Tratamento específico

Controle PA: NITRATO (EV) = Nitroglicerina

Associar, se possível: β-Bloqueador e IECA

Quanto reduzir da PA?
↓
≅ 30%
 Até
controlar dor
 Manter
PA: PAM 60 - 100 mmHg
Johnson & Nguyen. Cardiol Clin 2012
Emergência Hipertensiva

IRA
FO → agudo
Checar
Hidratação
Inibir eixo renina-angiotensina: IECA, ARA, β-Bloqueador
Cuidado: redução abrupta e importante da PA ⇒ ↓ fluxo
sanguíneo renal → piora da IRA
Considerar uso de diurético
Checar causas secundárias de HAS
Urgência Hipertensiva
Paciente assintomático
1) Iniciar Medicação VO no PS:
- IECA
ou
- Clonidina
+ Diurético
ou
- Beta-Bloqueador
ou
- BCC
Reavaliar em 24 – 72 h
Urgência Hipertensiva
2) Alternativa: apenas encaminhar paciente para controle
Estudo: PAD no PS – 115 - 129 mmHg → sem tratamento
↓
Sem complicações em 2 meses
Gallagher. Ann Emerg Med 2003;41:530
Urgência Hipertensiva
O paciente NÃO NECESSITA TRATAMENTO URGENTE
O paciente NECESSITA TRATAMENTO POR TODA A VIDA
Gallagher. Ann Emerg Med 2003;41:530
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