FRA 2000 TERMOS E DEFINIÇÕES

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Departamento de Florestas
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação
FRA 2000
TERMOS E DEFINIÇÕES
Roma, 18 de novembro de 1998
Programa de Avaliação dos
Recursos Florestais
Documento de Trabalho 1
Roma 1998
O Programa de Avaliação dos Recursos Florestais
As florestas são indispensáveis para o bem-estar da humanidade. Através de suas funções
ecológicas provêm os fundamentos da vida do Planeta regulando o clima e os recursos hídricos e
servindo de hábitat para plantas e animais. As florestas também proporcionam produtos essenciais
como madeira, alimentos, forragem e medicinas, ademais de oportunidades de recreação,
renovação espiritual e outros serviços.
Atualmente, as florestas sofrem a pressão da expansão demográfica, a que freqüentemente
conduz a sua transformação ou degradação em estado insustentável de uso da terra. Quando as
florestas são deterioradas ou degradadas de forma irreversível, perde-se também a sua
capacidade de regular o meio ambiente, aumentando os riscos de inundações e erosão,
diminuindo a fertilidade do solo e contribuindo para a perda de espécies vegetais e animais. Desta
maneira o abastecimendo de bens e serviços da floresta entra em perigo.
A FAO, atendendo a pedido dos países Membros e da comunidade internacional, monitoreia
regularmente os recursos florestais do mundo através de um Programa de Avaliação dos
Recursos Florestais. O próximo relatório, Avaliação dos Recursos Florestais Mundiais 2000 (ARF
2000), examinará a situação das florestas no final do milênio. A ARF 2000 incluirá informação em
termos nacional baseada nos dados dos inventários florestais existentes, pesquisas regionais do
processo de modificação da cobertura terrestre e uma série de estudos mundiais centrados na
interação entre as populações e as florestas. O relatório ARF 2000 será publicado e distribuído
através da Internet no ano 2000.
O Programa de Avaliação de Recursos Florestais está organizado sob a responsabilidade da
Direção de Recursos Florestais (FOR), do Departamento Florestal da Sede Central da FAO, em
Roma. Os responsáveis pela ARF 2000 são:
Robert Davis
Coordenador do Programa ARF
[email protected]
Peter Holmgren
Diretor do Projeto de apoio à ARF
[email protected].
pode-se, também, para informações adicionais utilizar o seguinte correio eletrônico: [email protected]
Índice
1 INTRODUÇÃO................................ ................................ ................................ ................................ ........... 2
2 CLASSIFICAÇÕES DA TERRA ................................ ................................ ................................ ............... 3
2.1 COBERTURA DA TERRA ................................ ................................ ................................ ........................... 3
2.1.1 Classificação geral ........................................................................................................................3
2.1.2 Floresta .........................................................................................................................................4
2.1.3 Subdivisões das florestas naturais ..................................................................................................5
2.1.4 Discussões sobre a classificação das florestas................................................................................7
2.1.5 Outras formações florestais............................................................................................................8
2.2 ÁREAS PROTEGIDAS ................................ ................................ ................................ ................................ 8
2.3 PROPRIEDADE DA TERRA ................................ ................................ ................................ ....................... 10
2.4 ZONAS ECOLÓGICAS ................................ ................................ ................................ .............................. 11
2.5 ÁREA FLORESTAL DISPONÍVEL PARA O ABASTECIMENTO DE MADEIRA ................................ ....................... 11
3 PARÂMETROS FLORESTAIS ................................ ................................ ................................ .............. 13
3.1 VOLUME E BIOMASSA ................................ ................................ ................................ ............................ 13
3.2 TALAS Y EXTRACCIONES ................................ ................................ ................................ ....................... 14
3.3 PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS E SERVIÇOS FLORESTAIS ................................ ........................ 15
4 MUDANÇAS ................................ ................................ ................................ ................................ ............ 16
4.1 MUDANÇAS NA COBERTURA FLORESTAL ................................ ................................ ................................ 16
4.2 I NCÊNDIOS FLORESTAIS ................................ ................................ ................................ ........................ 17
5 TERMOS ADICIONAIS................................ ................................ ................................ .......................... 17
REFERENCIAS................................ ................................ ................................ ................................ ........... 19
1
1 Introdução
A avaliação dos Recursos Florestais Mundiais 2000 (FRA 2000) apresentará um relatório
sobre o estado das florestas mundiais ao ano 2000. O modelo para o programa FRA 2000 foi
estabelecido na Consulta de Especialistas realizada em Kotka, Finlândia (Kotka III) em junho
de 1996 (Nyyssönen & Ahti, 1996). Esta reunião foi realizada para estabelecer o programa do
FRA 2000 e solucionar as necessidades por maior informação para a avaliação do 2000.
Este documento demonstra o importante esforço feito para desenvolver termos e definições
comuns que possam ser aplicados na avaliação dos recursos florestais1. O processo começou
com a reunião de Kokta III, durante a qual 32 especialistas provenientes de países
industrializados e em desenvolvimento examinaram uma lista de definições; e continuou
durante as reuniões do Grupo de Especialistas com o objetivo de harmonizar as definições a
nível mundial. Em alguns casos foi necessário chegar a um acordo ou a uma modificação dos
termos existentes.
Conteúdo informativo do FRA 2000
CLASSIFICAÇÕES DA TERRA
Cobertura terrestre (florestas e áreas com outras formações florestais)
Áreas protegidas
Posse da terra
Zonas ecológicas
Área florestal disponível para o abastecimento de madeira
PARÂMETROS DA FLORESTA
Volume
Biomassa
Cortes e explorações
Produtos não madeireiros e serviços florestais
MUDANÇAS
Cobertura florestal
Degradação das florestas
Incêndios florestais
1
A ONU-CEPE de Genebra, Suíça tem distribuído um documento equivalente para os países industrializados
(ONU-CEPE/FAO, 1997).
2
2. Classificações da terra
2.1 Cobertura da Terra
2.1.1 Classificação geral
Para a classificação da cobertura da terra tem-se utilizado um esquema hierárquico. O
esquema se concentra nas florestas e terras com outras formações florestais e não distingue
subcategorias, por exemplo terras agrícolas. A classificação geral é definida na Figura 1. As
subcategorias de florestas e das terras com outras formações florestais são descritas nas
seções 2.1.2 e 2.1.3, respecitivamente.
1)
Tipo de cobertura da
terra
Superfìcie total1
Definição
Floresta
Terra com uma cobertura de copa (ou seu grau equivalente de espessura) com mais de
10 por cento da área e uma superfície superior a 0,5 hectares (ha). As árvores
deveriam atingir uma altura mínima de 5 metros (m) em sua madurezin situ.
Podem
ser formações florestais densas, onde árvores de diversos tamanhos
e formações florestais arbustivas cobrem grande parte do terreno; ou formações
florestais abertas, com uma cobertura de vegetação contínua onde a cobertura de copa
ultrapassa 10 por cento. Dentro da categoria de floresta estão incluídos todos os
talhões naturais jovens e todas as plantações estabelecidas para fins florestais, que
ainda devem crescer até atingir uma densidade de copa de 10 por cento ou uma altura
de 5 m. Também se incluem nela as áreas que normalmente formam parte da floresta,
mas que estão temporariamente sem árvores, por causa da intervenção do homem ou
por causas naturais, mas que eventualmente voltarão a transformar-se em floresta.
Inclui: viveiros florestais e hortos porta-sementes que formam parte integral da
floresta; caminhos florestais, trilhas, guarda-fogos e outras pequenas áreas abertas;
florestas que integram parques nacionais, reservas da natureza e outras áreas
protegidas que sejam de interesse espiritual, cultural, histórico ou científico;
cortaventos e faixas de proteção formadas com árvores, com uma superfície superior a
0,5 ha e uma largura mais de 20 m; plantações utilizadas principalmente para fins
florestais, incluindo as plantações de seringueira e talhões de alcornoque;
Exclui: Terras utilizadas primordialmente para práticas agrícolas.
Terras com outras
formações f lorestais
Estas abrangem terras onde a cobertura de copa (ou seu grau de espessura
equivalente) tenha entre 5 e 10 por cento de árvores capazes de atingir uma altura
de 5 m em sua madurez in situ; ou terras com uma cobertura de copa com mais de
10 por cento (ou seu grau de espessura equivalente) onde as árvores não são capazes
de atingir uma altura de 5 m em sua madurez in situ (por ex. árvores anãs ou
diminuídas); ou aquelas onde a cobertura arbustiva abrange mais de 10 por cento.
Outras terras
Terras não classificadas como florestais ou terras com outras formações florestais
especificadas acima. Inclui terras agrícolas, pradarias naturais e artificiais, terrenos
com construções, terras improdutivas, etc.
Águas interiores
Superfície ocupada por rios, lagos e represas importantes.
Superfìcie total (do país) incluindo a superfìcie coberta pelos corpos de águas
interiores, porém excluindo as águas territoriais de alto-mar.
A Superfície total de terras é definida como Superfície total, sem considerar as águas interiores.
3
Figura 1. Classificação da terra, nível geral
Superfície total
Floresta
Terras com outras
formações florestal
Outras tierras
Á guas
interiores
Superficie total de la tierra
Obs: A definição de floresta aplicada no FRA 2000 requere uma mínima cobertura florestal e
pode ser muito diferente da definição legal de floresta (ou terra com outras formações
florestais ) (por exemplo, as definições legais podem designar uma superfície florestal sob a
forma de Ata ou um Decreto Florestal sem considerar a presença real de uma cobertura
florestal.
2.1.2 Floresta
A definição geral de floresta mencionada acima refere-se às florestas naturais e às plantações
florestais. Na maioria dos países tropicais e subtropicais faz-se uma distinção entre estas duas
categorias e no FRA 2000 esta distinção é usada como primeiro nível de subdivisão (Figura
2).
Plantação
Talhões florestais estabelecidos mediante a plantação e/ou semeadura durante o
processo de florestamento ou reflorestamento. Podem estar formados por:
espécies introduzidas (todos talhões plantados), oude talhões com espécies
nativas submetidos a controle intensivo, que cumpram todos os seguintes
requisitos: uma ou duas espécies ao momento da plantação, faixa etária
eqüiana e espaçamento regular.
Ver também florestamento e reflorestamento na Seção 4.1
Obs.: As estatísticas da superfície coberta por plantações florestais classificadas por país deveriam
conter as atuais plantações florestais excluindo aquelas replantadas. Replantar é reestabelecer
plantações, seja porque o florestamento e o reflorestamento não deram os resultados esperados ou
porque as árvores foram cortadas e regeneradas. Não é um aumento da superfície total da plantação.
.
4
Floresta natural
As florestas naturais são bosques compostos por árvores autóctones, não
plantadas pelo homem. Em outras palavras, são florestas que excluem as
plantações. As florestas naturais ademais são classificadas de acordo com os
seguintes critérios:
•
formação florestal (ou tipo): densa/aberta
•
grau de intervenção humana
•
composição das espécies.
2.1.3 Subdivisões das florestas naturais
Formação florestal: densa/aberta
Floresta densa
São florestas onde as árvores de diferentes alturas e o subbosque cobrem grande
parte do terreno ( > 40 por cento) e não têm um extrato herbáceo denso
contínuo (cf. a definição seguinte). Trata-se de florestas controladas ou não,
primárias ou em estado avançado de reconstituição, que podem haver sido
exploradas uma ou várias vezes, porém conservam suas características de
talhões florestais, possivelmente com uma estrutura e composição
modificadas.Exemplos típicos de floresta tropical densa incluem a floresta
tropical úmida e a floresta de manguezais.
Floresta aberta
São formações com uma distribuição descontínua de árvores, mas com uma
cobertura de copa de pelo menos 10 por cento e menos de 40 por cento.
Geralmente tem uma cobertura contínua de grama, que permite o pastoreio e a
propagação de incêndios. (Entre os exemplos aparecem as diversas formas de
floresta “densa” e do “chaco” na América Latina ; as savanas arbustivas e as
terras com outras formações florestais da África).
A distinção entre florestas abertas e densas é de índole mais ecológica (referindo-se à
vegetação clímax de um determinado lugar) do que fisionômica, que não se caracteriza
somente pela porcentagem de cobertura de copa. Depois da exploração seletiva, uma floresta
densa pode aparecer como floresta aberta desde o ponto de vista exclusivo da cobertura de
copa; apesar de tudo, não pode ser classificada como uma floresta aberta, a não ser que
tenham acontecido algumas mudanças permanentes na flora, fauna e condição dos solos por
causa de incêndios freqüentes, pastoreio ou outras causas, que mantêm a floresta por
determinado período abaixo do clímax. Algumas formações florestais, como as florestas de
Miombo na África do Sul, estão no limite entre formações densas e abertas, onde o tipo mais
úmido (no norte) pode ser classificada como floresta densa ( de acordo com a cobertura de
copa) e o tipo mais seco que se encontra no sul como floresta aberta.
5
Grau de intervenção humana
Definem-se três categorias de florestas naturais segundo a intervenção humana:
Florestas naturais não
modificada pelo
homem
Trata-se de florestas ou terras com outras formações florestais onde se
apresenta uma dinâmica florestal natural como, por exemplo, composição de
espécies naturais, presença de árvores mortas, estrutura etária natural e
processos de regeneração natural, cuja superfície é suficientemente extensa
para manter suas características naturais e onde não se conhece intervenção
humana alguma ou que a última intervenção humana significativa tenha
ocorrido em uma época tão remota, que já tenha restabelecido a composição de
espécies nativas ou os processos naturais.
Florestas naturais
modificadas pelo
homem
Incluem:
• florestas primárias modificadas associadas com a exploração seletiva de
variadas intensidades;
•
Floresta seminaturais
diversas formas de florestas secundárias formadas depois da exploração de
florestas primárias.
Florestas manejadas e modificadas pelo homem com a silvicultura e a
regeneração conduzida
Composição das florestas por grupos de espécies
As florestas densas são subdivididas, de acordo com a sua composição, nos seguintes tipos:
Floresta de
latifoliadas
É a floresta onde as espécies arbóreas predominantes (mais de 75 por cento da
cobertura de copa) são latifoliadas.
Floresta de coníferas
Refere-se ao tipo de floresta onde as coníferas são as espécies predominantes
(mais de 75 por cento da cobertura de copa).
Formação de bambus
e/o palmeiras
Incluem zonas florestais onde mais de 75 por cento da cobertura de copa está
formada por espécies diferentes das latifoliadas e das coníferas (por exemplo
com forma de árvores das famílias dos bambus, palmeiras, samambaias entre
outras).
Floresta mixta
Floresta na qual nem coníferas, nem latifoliadas, nem palmeiras ou bambús
representam mais de 75 por cento da cobertura de copa.
As florestas abertas estão subdivididas em florestas de latifoliadas, de coníferas e mixtas
usando as mesmas definições aplicadas para as florestas densas.
6
2.1.4 Discussões sobre a classificação das florestas
O objetivo principal da classificação das florestas no FRA 2000 é obter uma informação
padronizada e comparável sobre as florestas mundiais e não tem a intenção de substituir as
classificações nacionais. Os inventários nacionais e os termos e definições usados, têm
propósitos específicos e concordam com as funções e/ou com o modelo ecológico do país e o
uso das florestas. Com o objetivo de tornar o processo de avaliação 2000 o transparente,
possível, se dará a conhecer a classificação dos países e suas relações com a classificação do
FRA 2000.
O acordo sobre as classificações e as definições comuns necessitam compromissos. Por
exemplo, o limite de 40 por cento da cobertura de copa que distingue a floresta densa da
aberta é normalmente discutível. Durante Kokta III, uma organização não governamental
recomendou o limite de 70 por cento de cobertura de copa para definir as florestas densas.
Entretanto, é necessário recordar que não existe um sistema único de classificação que
satisfaça todas as necessidades. O mais importante é que os critérios de classificação sejam
claros e que possam ser aplicados objetivamente.
O FRA 2000 intentará informar não somente sobre os valores de cobertura florestal mas
também sobre as condições desta. Este último aspecto aparece na distinção entre florestas
naturais não modificadas pelo homem, florestas naturais modificadas pelo homem e florestas
seminaturais.
Figura 2. Classificação das florestas
Floresta
Plantações
Floresta natural
Floresta densa
Floresta aberta
1. Não modificada
2. Modificada
3. Seminatural
1. Não modificada
2. Modificada
3. Seminatural
1.
2.
3.
4.
1. Latifoliadas
2. Coníferas
3. Mixta
Latifoliadas
Coníferas
Bambus/palmeiras
Mixta
7
2.1.5 Outras formações florestais
Nesta categoria incluem-se arbustos de todos os países e uma categoria adicional, o “mosaico
florestal”, que ocorre exclusivamente nos países em desenvolvimento. Os dois tipos de terras
com outras formações florestais são definidos da seguinte maneira:
Arbustos
Refere-se aos tipos de vegetação onde os elementos madeireiros predominantes
correspondem aos arbustos, ou seja, plantas florestais perenes, com uma altura
que geralmente ultrapassa os 0,5 m mas não alcança os 5 m em sua madurez e
sem uma copa definida. Os limites na altura deveriam ser interpretados com
flexibilidade, especialmente a altura mínima da árvore e a máxima do arbusto,
que podem variar entre 5 e 7m, aproximadamente.
Sistema “mosaico”
forestal
Refere-se a todos os complexos de coberturas florestais derivados da exploração
ou corte da floresta natural devido a agricultura migratória. Está formado por
um mosaico em diferentes fases de reconstituição, e inclui trechos de florestas
não cortadas e campos agrícolas que não podem na prática ser desagregados
para calcular sua superfície, especialmente mediante imagens de satélite. O
sistema de mosaico florestal corresponde a um tipo intermédio entre usos
florestais e não florestais da terra. Parte da superfície sem estar cultivada pode
ter a aparência de uma floresta secundária e inclusive a parte que está sendo
cultivada parece ter a aparência de uma floresta, por causa da presença de
cobertura de árvores. Nem sempre é possível fazer uma distinção precisa entre
floresta e “mosaicos florestais”.
Exclui: Áreas que tenham uma cobertura com formações florestais arbustivas, arbustos ou
árvores como as que já foram citadas, porém com menos de 0,5 ha e 20 m de largura, que se
classificam na categoria de “outras terras”.
Terras com outras formações florestais são divididas em não modificadas e modificadas pelo
homem, de acordo com as definições aplicadas para as florestas. Terras com outras formações
florestais não modificadas pelo homem geralmente incluem formações de arbustos, formações
florestais arbustivas, etc. Terras com outras formações florestais modificadas incluem sistemas
de “mosaicos florestais” e formações arbustivas derivadas da degradação de formações
florestais anteriores.
2.2 Áreas protegidas
Seguindo as recomendações da Kotka III, o FRA 2000 incluirá informações sobre as áreas
protegidas nos seguintes tipos de terras: i) Florestas e ii) Terras com outras formações
florestais. As áreas protegidas se referem às zonas que por lei ou por outras regulações foram
destinadas para conservação.
No FRA 2000 serão utilizadas as categorias de uso para a proteção da natureza estabelecidas
pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) mencionadas abaixo. O
FRA 2000 incorporará estas categorias em duas classes importantes:
1. Áreas estritamente protegidas, que incluem as categorias 1 e 2 da UICN; e
2. Áreas protegidas com controle integrado, que incluem as categorias 3,4,5 e 6 da UICN.
8
Categorias de uso para as áreas protegidas da UICN:
Categoria
Definição
I – Reservas naturais
estritas/áreas de vida
silvestre
Áreas protegidas controladas principalmente para proteção da vida
silvestre ou estritas/áreas de vida para fins científicos. Estas áreas possuem
alguns ecossistemas, característicos e/ou espécies de flora e fauna
sobressalentes que têm importância científica nacional ou que são
representativas de áreas naturais específicas. É possível que tenham
ecossistemas ou biotipos frágeis, zonas com uma importante diversidade
geológica ou biológica, ou zonas de importância especial para a conservação de
recursos genéticos. Geralmente não se permite o acesso ao público e os
processos naturais ocorrem sozinhos, sem nenhuma interferência humana
direta, sem turismo e sem recreação. Entre os processos ecológicos podem estar
as ações naturais que modificam o sistema ecológico ou aspectos fisiográficos,
tais como os incêndios espontâneos, a sucessão natural, as doenças ou insetos,
as tormentas, os terremotos e outros fenômenos semelhantes, porém excluindo
totalmente as modificações provocadas pelo ser humano (antrópicas).
II – Parques nacionais
Áreas protegidas controladas principalmente para a proteção de
ecossistemas e para a recreação. Os parques nacionais são áreas
relativamente extensas, que contêm amostras representativas de importantes
regiões naturais, características ou paisagens, onde as espécies de plantas e
animais, os sitios geomorfológicos e os habitantes são especialmente de
interesse recreativo, educativo ou científico. A zona é manejada e desenvolvida
visando manter atividades educativas e recreativas de uma maneira controlada.
O plano de manejo aplicado para a área e ao uso por parte de visitantes tem a
finalidade de mantê-la num estado natural ou seminatural.
III – Monumentos
naturais
Áreas protegidas controladas principalmente para a conservação de
características naturais específicas. Esta categoria normalmente contém uma
ou mais características naturais de grande interesse nacional para ser protegida
por causa de sua singularidade ou raridade. O tamanho não é um fator de
grande importância. As áreas devem ser controladas para permanecerem
relativamente livres da modificação humana, mesmo tendo um valor turístico
ou recreativo.
IV – Área de controle
de espécies/hábitats
Área protegida mediante ordenação feita principalmente para sua
conservação. As áreas que abrangem esta categoria são as zonas onde
aninham colônias de passáros, pântanos ou lagos, estuários, hábitats de
florestas ou de pradarias naturais ou zonas de desova de peixes ou pradarias
marinhas. A produção de recursos renováveis e aproveitáveis pode ter um lugar
secundário no controle da zona. Pode ser necessário efetuar uma manipulação
do hábitat desta área (sega de grama, pastoreio de bovinos ou ovelhas, entre
outros).
V – Paisagem terrestre
e marinha protegida
Áreas protegidas controladas principalmente para a conservação de
paisagens terrestres ou marinhas e para uso recreativo. A diversidade de
áreas que caem dentro desta categoria é sumamente grande: paisagens que
possuem qualidades estéticas especiais, por causa da interação do homem com
a terra ou a água, ou de práticas tradicionais ligadas com a agricultura, entre
elas predominam o pastoreio e a pesca; e áreas que são essencialmente
naturais, tais como costas, praias de lagos ou rios, terrenos montanhosos ou de
colinas, que são intensivamente controlados pelo homem para recreação ou
turismo.
VI – Área de proteção
com controle do
Área protegida controlada visando o uso sustentado de ecossistemas
naturais. Normalmente abrange áreas extensas e relativamente isoladas ou
9
recurso
desabitadas de difícil acesso; ou regiões escassamente povoadas, porém sofrem
uma enorme pressão por razões de colonização ou de maior utilização.
2.3 Propriedade da terra
As classes de propriedade da terra para Florestas e Terras com outras formações florestais
estão definidos abaixo. A propriedade da terra deve ser registrada por superfície de floresta
em sua totalidade ou por floresta natural e plantações respectivamente.
Posse da terra
Definição
1) De propriedade
pública
Pertencente ao Estado ou a outras entidades públicas.
-
De propriedade
estatal
Pertencente a governos nacionais, estatais e regionais ou a corporações de
propriedade estatal.
-
Pertencentes a
outras
Instituições públicas
Pertencentes a cidades, prefeituras, distritos e municípios.Inclui: toda
floresta e terra com outras formações florestais de propriedade pública que
não esteja especificada em outra categoria.
2) Pertencentes a povos
indígenas e tribais
A definição destas populações que habitam em países independentes é a
seguinte:
1. São considerados indígenas os descendentes de populações que habitavam
o país, ou uma região geográfica que pertença ao país, no momento da
conquista ou colonização, ou do estabelecimento dos atuais limites estatais e
das pessoas, que independentemente de sua situação legal, continuam
mantendo algumas das instituições políticas, culturais, econômicas e sociais
que lhes eram próprias, ou todas elas;
2. São povos tribais aqueles que vivem em condições econômicas, culturais e
sociais que os distingue dos demais setores da comunidade nacional e cuja
situação é regulada total ou parcialmente pelos seus próprios costumes e
tradições, ou por leis e regulamentos especiais.
Em ambos casos, a auto-identificação como povo indígena ou tribal será
considerada como o critério fundamental para determinar sua pertinência a
uma destas categorias. (Fonte: Convenção Nº. 169 da BIT sobre “povos
indígenas e tribais”).
3) De propriedade
privada
-
Pertencentes a
indivíduos
Florestas e terras com outras formações florestais pertencentes a pessoas,
famílias, cooperativas ou corporações dedicadas à agricultura ou a outras
ocupações, bem como a silvicultura; indústrias florestais privadas
(elaboração da madeira ); corporações e outras instituições privadas
(instituições educacionais e religiosas, fundos retiráveis ou de investimento,
entre outros).
Florestas e terras com outras formações florestais pertencentes a indivíduos e
famílias, incluindo as pessoas que se constituíram em companhias.
Inclui: pessoas e famílias que combinam a silvicultura com a agricultura
(florestas de granjas), e as pessoas que vivem em suas propriedades florestais
ou perto delas e as pessoas que vivem em outra parte (proprietários ausentes).
-
Pertencentes a
Florestas e terras com outras formações florestais pertencentes a indústrias
florestais ou elaboradoras de madeira privadas.
10
indústrias florestais
-
Florestas e terras com outras formações florestais pertencentes a corporações,
cooperativas ou instituições privadas (religiosas, educacionais, fundos de
investimento ou de retirada, sociedades de conservação da natureza, entre
outros).
Pertencentes a
outras instituições
privadas
2.4 Zonas ecológicas
O FRA 2000 efetuará uma análise e dados e dará uma informação sobre o estado e as
mudanças nas florestas por zonas ecológicas. A classificação está baseada em fatores
climáticos e de altitude, que em grande parte determinam a distribuição das formações
florestais. As zonas ecológicas devem ser apresentadas como área florestal em sua totalidade
ou por florestas naturais e plantações respectivamente.
A informação gerada ajudará a avaliar e a analisar as mudanças nas florestas, por exemplo os
impactos do desmatamento e o reflorestamento sobre a diversidade biológica do ecossistema e
os impactos das mudanças na biomassa sobre o ciclo do carbono.
2.5 Área florestal disponível para o abastecimento de madeira
Serão identificadas as áreas florestais não aptas para o abastecimento de madeira por
restrições legais, econômicas ou ambientais. O Grupo de Trabalho 3 do Kotka III preferiu a
redação de “Disponível para o abastecimento de madeira” ao invés de “Disponível para a
produção de madeira”, porque o termo “produção” poderia ser interpretado com a conotação
de produção biológica (rendimento), ao invés de explorações ou cortes, como era a intenção.
As definições dos termos são apresentadas a seguir:
Florestas disponíveis
para o abastecimento
de madeira
Florestas que não possuem restrições legais, econômicas e ambientais
específicas, ou qualquer outra, que afetem significativamente o abastecimento
de madeira.
Inclui: Áreas que não estão sendo exploradas, apesar de não estarem sujeitas
às mencionadas restrições. Podem ser áreas incluídas em planos ou intenções
de utilização a longo prazo.
Florestas não
disponíveis para o
abastecimento de
madeira
Floresta onde as restrições legais, econômicas ou ambientais específicas
impedem qualquer abastecimento de madeira.
Inclui:
. Floresta sujeita a restrições legais ou a restrições originadas de outras
decisões políticas que impedem totalmente ou limitam seriamente o
abastecimento de madeira, inter alia, a conservação do meio ambiente ou da
biodiversidade, por ex. floresta de proteção, parques nacionais reservas da
natureza e outras áreas protegidas, como no caso das quem contam com um
interesse espiritual, cultural, histórico, científico ou ambiental.
. Floresta onde a produtividade física ou a qualidade da madeira é muito baixa
11
ou os custos de extração e transporte são muito altos como para garantir a sua
exploração, exceto os cortes ocasionais para autoconsumo.
12
3 Parâmetros Florestais
3.1 Volume e biomassa
A informação sobre o volume e a biomassa florestal é importante para demonstrar o papel
que desempenha os recursos florestais no seqüestro e armazenamento de carbono; além disso,
o volume do estoque em crescimento na floresta e do estoque disponível para abastecimento
de madeira também é um indicador importante sobre o potencial (econômico) das florestas.
Os termos e definições do volume e a biomassa são os seguintes:
Termos
Definição
Estoques em formação
Volume do fuste de todas as árvores que tenham mais de 10 cm de
diâmetro a altura do peito (ou por cima das sapopemas, se forem
mais altas), volume com casca desde a base do tronco até a ponta da
copa.
Exclui: todos os galhos.
Estoques comercializáveis
em formação
Biomassa da madeira
Biomassa de madeira
sobre o solo
Parte dos estoques em formação, que consistem em espécies
consideradas como altamente ou potencialmente comercializáveis sob
as condições do mercado local e internacional, ao diâmetro de
referência estabelecido (diâmetro a altura do peito). Incluem:
espécies que atualmente não são utilizadas, porém são potencialmente
comercializáveis contando com propriedades tecnológicas apropriadas.
Obs.: Quando a maior parte das espécies é comercializável, por
exemplo em zonas temperadas ou boreais, os estoques
comercializáveis em formação, numa determinada zona ou num país,
podem corresponder quase a totalidade dos estoques em formação. Nos
trópicos onde somente uma parte de todas as espécies é
comercializável, os estoques comercializáveis podem ser muito
menores.
A massa da parte madeireira (tronco, casca, galhos) das árvores, vivas
e mortas, arbustos e formações florestais arbustivas. Incluem:
biomassa sobre a terra, tocos e raízes (biomassa sob a terra).
Exclui: folhas, flores e sementes.
A massa em cima do solo da parte madeireira (tronco, casca, galhos)
das árvores, vivas ou mortas, arbustos e formações florestais
arbustivas, excluindo os tocos e as raízes, as folhas , as flores e as
sementes .
Continuação da discussão sobre volume e biomassa
Durantea Kotka III, discutiu-se longamente sobre os termos volume e biomassa. Anotou-se o
fato de que até agora não se tenha conseguido chegar num acordo internacional sobre os
diâmetros mínimos padronizados para a medição das existências em formação. Nos países
industrializados (temperados e boreais) o diâmetro mínimo mais usado é 7 cm, tanto para a
medida mais alta como para a altura do peito; alguns países usam 0 cm, enquanto que nos
13
países em desenvolvimento são usados 10 cm de diâmetro. Por conseguinte, por um motivo
prático a avaliação do FRA 2000 utilizará 10 cm de diâmetro para os países em
desenvolvimento.
Os dados originais sobre a biomassa madeireira são escassos, principalmente nos trópicos, e as
cifras existentes geralmente provêm dos dados do volume (existenciais em formação) e se
referem à biomassa sobre o solo. Portanto, o relatório do FRA 2000 concernente às cifras dos
países tropicais será a respeito da biomassa madeireira sobre o solo.
3.2 Talas y extracciones
A informação existente sobre os cortes e explorações ocorridas é importante para se conhecer
o volume da madeira que está sendo cortada e aproveitada anualmente, como um indicador do
aproveitamento da madeira.
Cortes
Média do volume de todas as árvores, vivas ou mortas, que tenham
um diâmetro de 10 cm a altura do peito (DAP) , e que são cortadas
num período determinado (por exemplo, anualmente), sem
considerar se foram extraídas ou não da floresta, ou de terras com
outras formações florestais.
Inclui: desbaste e desramas pré-comercial e tratamentos silviculturais
das árvores com mais de 10 cm de diâmetro a altura do peito
abandonadas na floresta e as perdas natrurais das árvores com mais
de 10 cm de diâmetro (a altura do peito) - DAP.
Explorações
Explorações (anuais) que geram rendas para o proprietário da floresta
ou de terras com outras formações florestais . Designando-lhes como
“Volume efetivamente comercializado” (VEC), ou seja, o volume sem
casca realmente cortado e extraído da floresta. Este volume pode
incluir a madeira para fins industriais (por ex. madeira para serraria,
madeira para pranchas, entre outros usos) e para uso doméstico (por
ex. usos rurais para construção).
Inclui: explorações durante um período determinado de árvores
cortadas antes do tempo e a exploração de árvores destruídas ou
deterioradas por causas naturais (perdas naturais), por exemplo,
incêndios, vento, insetos e doenças.
Exclui: explorações para lenha.
Obs.: Explorações de acordo com a definição acima indicada se
refere a explorações comerciais, ou seja, aproveitamento da madeira,
para uso industrial ou doméstico. Em muitos países em
Desenvolvimento, a exploração da madeira para lenha representa
uma parte importante do total do aproveitamento florestal.
Entretanto, os dados sobre a exploração de madeira para lenha são
geralmente escassos e/ou incertos, e quando estão disponíveis em
termos local ou nacional é necessário mencioná-los separadamente.
14
3.3
Produtos florestais não madeireiros e serviços florestais
Esta seção tem a finalidade de proporcionar informação qualitativa e quantitativa, se esta
última existir, sobre a importante função que cumprem as florestas e as terras com outras
formações florestais em proporcionar produtos florestais não madeireiros e certos serviços
ambientais, culturais e sociais.
Podem ser classificados nas seguintes categorias:
Produtos florestais
não madeireiros
Produtos para o consumo humano: alimentos, refrigerantes, plantas
medicinais e extratos (por ex. frutas, bagas, nozes, mel, carne de animais
de caça, fungos, entre outros).
Farelos e forragem (campos para pastagem).
Outros produtos não madeireiros (tais como cortiça, resinas, taninos,
extratos industriais, lã e peles, troféos de caça, árvores de Natal,
flolhagem de adorno, musgos e samambaias ou óleos essenciais para
cosméticos).
Serviços florestais
Proteção (contra a erosão dos solos provocada pelo vento ou pela água,
as avalanches, os aludes de pedras ou lodo, a inundação, a poluição do ar,
o ruído ou outros fenômenos).
Valores sociais e econômicos (por ex. caça e pesca; outras atividades de
lazer, tais como recreativas, esportivas e turísticas)
Valores estéticos, culturais, históricos, espirituais e científicos (tais como
paisagens e encantos naturais).
15
4 Mudanças
4.1 Mudanças na cobertura florestal
Existem três tipos principais de mudanças na cobertura florestal, entre os quais o
desmatamento e as plantações florestais são as mais freqüentes nas estatísticas florestais do
país. Por outra parte, a degradação florestal se refere a uma perda parcial da cobertura
florestal que não é suficiente para mudar a classificação da cobertura de florestas para terras
com outras formações florestais, o qual significa que não aparecem nas estatísticas de
aumento ou redução da área florestal. Entretanto, a degradação é um processo importante que
deve ser avaliado, especialmente a respeito das mudanças na biomassa e na diversidade
biológica.
Desmatamento
Este termo se refere à mudança no uso da terra com o extermínio da
cobertura de copa, reduzindo-a para menos de 10 por cento. As
mudanças dentro da classe florestal (por ex. De floresta densa para
floresta aberta) que afetam negativamente o povoamento ou lugar e,
especialmente, diminuem a capacidade de produção, denominam-se
degradação florestal.
Degradação das
florestas
Esta possui diferentes formas, especialmente nas formações abertas
efetuadas principalmente com as atividades humanas, tais como
pastoreio excessivo, exploração excessiva, (especialmente para obter
lenha), incêndios freqüentes; ou provocada por ataques de insetos,
doenças, parasitas ou outros fenômenos naturais, tais como furacões. Na
maioria dos casos, dita degradação não se manifesta numa diminuição
da superfície de vegetação florestal, e sim na diminuição gradual da
biomassa, em mudanças na composição das espécies ou na degradação o
solo. O aproveitamento de florestas para produzir toras para serraria ou
pranchas, sem um adequado plano de manejo, pode levar a degradação se
a exploração de exemplares maduros não for acompanhada de sua
regeneração ou se o uso de maquinária pesada causar a compactação do
solo ou a perda de superfície florestal produtiva.
Este término se refiere al cambio en el uso de la tierra que ha traído
consigo el exterminio de la cubierta de copa, que se ha reducido a menos
del 10 por ciento. Los cambios dentro de la clase forestal (por ej. de
bosque cerrado a bosque abierto) que afectan negativamente el rodal o
sitio y, en especial, disminuyen la capacidad de producción, se denominan
degradación forestal.
Novas plantações :
a) Florestamento
b)
Reflorestamento
Estabelecimento artificial de árvores em terras que anteriormente não
estavam cobertas de florestas.
Estabelecimento artificial de árvores em terras que anteriormente estavam
cobertas de florestas.
16
4.2 Incêndios florestais
Esta seção tem o objetivo de proporcionar informação sobre o tamanho do dano provocado
pelos incêndios e a média de sua extensão nas áreas florestais, bem como sobre as tendências
observadas no tempo.
Incêndio forestal
Incêndio que começa e se propaga na floresta e em terras com outras formações
florestais ou que se estende para outras terras e se propaga na floresta. Exclui: A
queima prescrita ou controlada, normalmente com a finalidade de diminuir ou
eliminar a quantidade de material combustível acumulado no solo florestal.
5 Termos adicionais
Termos
Definições
Florestamento
Estabelecimento artificial de árvores em terras que anteriormente não estavam
cobertas de florestas.
Latifoliadas
Todas as árvores classificadas desde o ponto de vista botânico como
Angiospermae. Algumas vezes são chamadas de “não coníferas” ou “árvores
de madeira dura”.
Coníferas
Todas as árvores incluídas na classificação Gymnospermae. São conhecidas
também como “árvores de madeira branda”.
Espécies em perigo
Espécies classificadas mediante um processo objetivo (por exemplo “paubrasil”) nas categorias do UICN “em grave perigo” e “em perigo”. Uma
espécie é considerada em grave perigo (de desaparição) quando está em
grave risco de extinção em seu estado natural num futuro imediato.
Considera-se “em perigo” quando não está em risco imediato muito grave mas
que corre o risco num futuro próximo.
Espécies endêmicas
Uma espécie é endêmica quando se encontra exclusivamente numa região
geográfica limitada, por exemplo limitada numa localidade ou região
específica.
Espécies arbóreas nativas
Espécies arbóreas que evoluíram na mesma zona, região ou biotipo onde
atualmente estão crescendo em forma de povoamentos e que se adaptam às
condições ecológicas específicas que predominavam no momento do
estabelecimento do povoamento. Também são conhecidas como espécies
autóctones.
Espécies de árvores
introduzidas
Espécies arbóreas que se encontram fora da zona, área ou região natural de
crescimento. Podem ser chamadas também de não autóctones. Inclui:
híbridos.
Florestas e terras com
outras formações florestais
Florestas e terras com outras formações florestais sob manejo de acordo com
17
sob controle
um plano formal ou informal de controle aplicado regularmente por um
período suficientemente longo (cinco anos ou mais).
Proteção
A função da floresta e de terras com outras formações florestais em dar
proteção ao solo contra a erosão provocada pela água e o vento, a prevenção
da deserfiticação, a redução do risco de aludes e os deslizamentos de rochas e
lodo; e em conserva, proteger e regulara quantidade e a qualidade do
abastecimento de água, incluindo a prevenção das inundações.Inclui:
Proteção contra a poluição do ar e acústica.
Reflorestamento
Estabelecimento artificial de árvores em terras que anteriormente tinham
florestas e que introduz a substituição de espécies nativas por outra espécie ou
variedade genética nova e essencialmente diferente.
Árvore
Planta lenhosa perene com um só tronco principal ou, no caso de brotações,
com vários troncos, que tenha uma copa mais ou menos definida.Inclui:
bambus, palmeiras e outras plantas lenhosas que cumpram com os critérios
assinalados.
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Referencias
FAO. 1995. Evaluación de los recursos forestales 1990, Síntesis mundial. Estudio FAO
Montes No. 124. ISSN 0258-6150.
IUCN. 1984. Categories, Objectives and Criteria for Protected Areas. In: National Parks,
Conservation and Development: The role of Protected Areas in sustaining
society, eds, J.A. McNeely and K.R. Miller. IUCN/Smithsonian Institution Press,
Washington.
Nyyssönen, A. & Ahti, A. (Editors) 1996. Proceedings of FAO Expert Consultation on Global
Forest Resources Assessment 2000 in Cooperation with ECE and UNEP (Kotka
III). The Finnish Forest Research Institute, Research Paper 620. ISBN 951-401541-X.
ONU-CEPE/FAO. 1997. Temperate and boreal forest resources assessment 2000, Terms and
definitions. Naciones Unidas, Nueva York y Ginebra.
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