A BIODIVERSIDADE NACIONAL DO PARANÁ NO CONTEXTO A superfície do Estado do Paraná, região Sul do Brasil, é caracterizada por uma diversidade fitogeográfica notável, onde diferentes tipos de florestas ocorrem entremeadas por formações herbáceas e arbustivas, resultantes de peculiaridades geomorfológicas, pedológicas e climáticas. A intensificação das atividades humanas, a partir do final do século dezenove, determinou uma expressiva transformação de sua cobertura vegetal, restando atualmente menos de 9% da situação original em bom estado de conservação, sendo cerca de 2% em áreas protegidas (Roderjan et al. 2002). Conta com apenas 2,5% da superfície brasileira porém, detém em seu território a grande maioria das principais unidades fitogeográficas que ocorrem no país. Originalmente 83% de sua superfície eram cobertos por florestas. Estas florestas pertencem a três tipos principais, cada um com suas peculiaridades estruturais e florísticas: a Floresta Ombrófila Densa (no Litoral e Serra do Mar), a Floresta Ombrófila Mista, ou Floresta de Araucária (no leste e sul da Região Planaltina) e a Floresta Estacional Semi-Decidual (no oeste e norte do Estado). Estes três tipos de Florestas são legalmente reconhecidos, no Brasil, como componentes do Bioma “Mata Atlântica”. A vegetação nos 17% restantes da área do Estado originalmente era composta por formações nãoflorestais. Entre estas estão os campos, encontrados nas regiões de Ponta Grossa e Guarapuava, e os cerrados, encontrados em fragmentos como na região de Jaguariaíva), completados por vegetação pioneira de influência marinha (restingas), fluviomarinha (mangues) e flúvio-lacustre (várzeas), e pela vegetação herbácea do alto das montanhas (campos de altitude e vegetação rupestre) (Maack,1968). Associadas às suas características fitogeográficas, as bacias hidrográficas paranaenses são de suma importância dentro do contexto da biodiversidade e da economia brasileiras, através dos rios Paraná e seus afluentes, (Iguaçu, Piquiri, Ivai, Tibagi e Paranapanema). Vários levantamentos, principalmente nas cabeceiras dos afluentes, indicam a presença de inúmeras espécies endêmicas, tornando-se fonte de inestimável valor para estudos de especiação biológica. Some-se à importância científica destas bacias, a econômica, já que são responsáveis pelo maior volume da produção de energia hidrelétrica do país. Este fator agrega mais importância ainda ao conhecimento de sua fauna para efeito de estudos de manutenção das condições ambientais destas bacias.f Fonte: Táxon on line, texto extraído do “link” com o título acima. www.taxonline.ufpr.pr