Secretaria Executiva de Atenção à Saúde Superintendência de Assistência Farmacêutica Gerência de Operacionalização da Política de Assistência Farmacêutica Comissão Estadual de Farmácia e Terapêutica Comitê de Assessoria em Farmácia e Terapêutica-Oftalmologia SECRETARIA DE SAÚDE NORMA TÉCNICA 11/2012 ANÁLOGOS DAS PROSTAGLANDINAS TRATAMENTO CLÍNICO DO GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO - GPAA Introdução Glaucoma é a designação genérica de um grupo de doenças que atingem o nervo óptico e envolve a perda de células ganglionares da retina num padrão característico de neuropatia óptica, manifestada por aumento da escavação papilar e atrofia do disco óptico, associada a alterações características no campo visual e elevação na Pressão Intra-Ocular (PIO), apresentando quadros clínicos, patogenias e tratamentos distintos (Pease, McKinnon, Quigley, Kerrigan–Baumrind, Zack; 2000). Código Internacional da Doença (CID-10) H40. 1 – Glaucoma Primário de Ângulo Aberto Medicamento Latanoprosta + Timolol, maleato solução oftálmica 50mcg + 5mg/mL 2,5 mL Dose Máxima - 01 gota ao dia por olho afetado. Critérios de Inclusão Ser acompanhado por médico especialista (Oftalmologista) vinculados às unidades de saúde ou credenciadas à rede SUS; Residir no Estado de Pernambuco; Apresentar diagnóstico de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto – GAAP; Não ter respondido satisfatoriamente ou apresentado reação adversa significativa aos medicamentos betabloqueadores adrenérgicos (1ª linha) e / ou os inibidores da anidrase carbônica (2ª linha) nos casos de GAAP precoce. O medicamento Latanoprosta/Timolol será liberado aos pacientes que apresentarem falha terapêutica ou reações adversas ao medicamento (1ª escolha), mediante justificativa em laudo médico. Critérios de Exclusão Não atendimento aos critérios de inclusão acima descritos; Reações de hipersensibilidade conhecida aos componentes dos medicamentos. Casos especiais Na falha de monoterapia com medicamentos de 2ª linha deve-se considerar a realização de tratamento cirúrgico (Trabeculoplastia a laser ou Trabeculectomia); O Glaucoma infantil é de tratamento primariamente cirúrgico. Nos casos pós-cirúrgicos com persistência da pressão intra-ocular elevada, o tratamento clínico preconizado nesta Norma Técnica pode ser instituído; 1 . . . Secretaria Executiva de Atenção à Saúde Superintendência de Assistência Farmacêutica Gerência de Operacionalização da Política de Assistência Farmacêutica SECRETARIA DE SAÚDE Comissão Estadual de Farmácia e Terapêutica Comitê de Assessoria em Farmácia e Terapêutica-Oftalmologia Pacientes com Glaucoma secundário tratar a causa básica e caso necessário iniciar tratamento clínico para redução da PIO. Após eliminar a causa básica, reavaliar a necessidade de manter o tratamento contínuo. Documentos a serem apresentados 1. Documentos Pessoais (Cópias) Solicitação inicial Carteira de Identidade – RG Cadastro de Pessoa Física – CPF Cartão Nacional de Saúde – CNS Comprovante de Residência (Conta de Água, Luz Telefone ou Declaração de Residência) Declaração Autorizadora, caso deseje credenciar representante para receber os medicamentos 2. Documentos Emitidos pelo Médico (Originais) Solicitação inicial Renovação a cada 3 (três) meses LME - Laudo para Solicitação/Avaliação e LME - Laudo para Solicitação/Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica; Especializado da Assistência Farmacêutica; Receita Médica, com posologia para 3 (três) Receita Médica, com posologia para 3 (três) meses meses de tratamento; de tratamento; No LME, campo (anamnese), preencher com a Em qualquer mudança na terapêutica do (a) história clínica do (a) paciente e se o espaço paciente, informar no campo (anamnese) no LME não for suficiente utilizar laudo complementar. e se o espaço não for suficiente utilizar laudo complementar. 3. Exames (Cópias) Solicitação inicial Renovação a cada 6 (seis) meses Fundoscopia (6 meses) Tonometria (6 meses) Campimetria (anualmente) Campimetria; Fundoscopia; Gonioscopia; Tonometria. Revisada em – Dezembro de 2014 Aprovado pelo Comitê de Assessoria em Farmácia e Terapêutica em Oftalmologia – Outubro de 2012 Aprovada pela Comissão Estadual de Farmácia e Terapêutica em – Dezembro de 2012. 2 Secretaria Executiva de Atenção à Saúde Superintendência de Assistência Farmacêutica Gerência de Operacionalização da Política de Assistência Farmacêutica Comissão Estadual de Farmácia e Terapêutica Comitê de Assessoria em Farmácia e Terapêutica-Oftalmologia SECRETARIA DE SAÚDE Modelo de Laudo Médico para Tratamento do Glaucoma Nome da unidade solicitante_________________________________________________________________ Nome do paciente_________________________________________________________________________ Sexo: (__) Feminino (__) Masculino CID-10____________ Diagnóstico_________________________________________________________ Obs.: Não colocar CID-10 H40.0 (suspeita de glaucoma) Paciente com: (Fundoscopia) - Escavação papilar no olho direito (OD) de________ e no olho esquerdo (OE) de _________. (Tonometria) - Apresenta pressão intraocular de ________________ no OD e de ________________ no OE. (Campimetria) – As alterações no campo visual se encontram compatíveis com glaucoma? (__) SIM (__) NÃO. (Gonioscopia) - O ângulo da câmara anterior é (___) ABERTO / (___) ESTREITO Exames realizados em _______/_______/__________ Campo de Justificativa, quando necessário: ___________________________________ Assinatura e carimbo do médico 3 Secretaria Executiva de Atenção à Saúde Superintendência de Assistência Farmacêutica Gerência de Operacionalização da Política de Assistência Farmacêutica Comissão Estadual de Farmácia e Terapêutica Comitê de Assessoria em Farmácia e Terapêutica-Oftalmologia SECRETARIA DE SAÚDE AVALIAÇÃO DO Nº DE GOTAS POR TIPO DE COLÍRIO EM USO PARA O TRATAMENTO DO GLAUCOMA PRODUTO LATANOPROSTA + TIMOLOL VOLUME DO FRASCO (ML) 2,5 N° DE GOTAS POR ML 1ml = 30 gotas (cálculo padrão de) Nº DE GOTAS TOTAL DO FRASCO 75 DURAÇÃO DO TRATAMENTO EM 1 OLHO EM 2 OLHO 2,5 meses 1 mês Obs: Observar que esses cálculos pressupõem perda zero na administração do medicamento, o que precisa ser levado em consideração no momento da avaliação e autorização do nº de frascos, pois a realidade é que esses pacientes, em sua maioria, não passam por serviço de acompanhamento e orientação do uso para redução das perdas no momento da aplicação. OBS: A adoção do cálculo padrão para conversão de ml em nº de gotas foi adotada para os colírios que não apresentaram diretamente essa correção em sua bula. OBS: (*) Produtos não disponíveis em nossos estoques, bula retirada da base de dados da internet. 4