Descarte dos resíduos de materiais hospitalares perfuro cortante

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ISSN 1984-9354
Descarte dos resíduos de materiais hospitalares
perfuro cortante gerados pelos diabéticos em
ambiente domiciliar.
Leonardo da Fonseca Teixeira
(LATEC / UFF)
Resumo: O diabetes é uma doença crônica provocada pela deficiência de produção ou secreção de
insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características. Seu distúrbio
envolve o metabolismo de glicose das gorduras, e das proteínas e tem conseqüência tanto quando
surge rapidamente como quando se instala lentamente. Na categoria de lixo contaminante se
encaixa o material perfuro cortante utilizado para injetar medicamentos em âmbito domiciliar.
Uma das patologias que exige injeção diária de medicamento é a Diabetes Mellitus que se
caracteriza como doença metabólica decorrente de distúrbio na secreção e ou ação da insulina e
se classifica em Tipo I e Tipo II. Os portadores de Diabetes do Tipo I produzem pouca ou nenhuma
insulina e precisam de injeções diárias deste hormônio para controlar os níveis de glicose no
sangue sob pena de apresentar complicações severas e em casos mais graves, vir a óbito. A
frequência de injeções, normalmente realizadas em domicílio pelo próprio paciente ou cuidadores,
é um complicador para o gerenciamento dos resíduos, pois eles podem se misturar ao lixo comum
ou ao reciclável. O objetivo dessa pesquisa é realizar uma revisão na literatura sobre o descarte de
materiais hospitalares perfuro cortante gerados pelos diabéticos em ambiente domiciliar. Utilizouse com metodologia uma revisão de literatura em livros científicos, artigos, jornais, revistas e sites
da internet como também biblioteca digital, do tipo descritiva qualitativa. Os resultados foram
satisfatórios, pois, puderam enriquecer mais o meu conhecimento sobre o tema pesquisado.
Conclui que o tema é atual e muito importante não somente para o mundo acadêmico, mais
também para os indivíduos que queiram de alguma forma tê- lo como meio de esclarecimentos.
Palavras-chaves: Diabéticos, Domicilio, Descarte, Perfuro cortante
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Introdução
Segundo Consenso Brasileiro Sobre Diabetes (2002), entre as doenças que produzem
uma grande quantidade de lixo de saúde, os indivíduos portadores de diabetes mellitus insulinodependentes são importantes produtores de lixo sólido de saúde.
Como toda atividade desenvolvida pelo ser humano, as relacionadas aos cuidados em
saúde desenvolvidos no hospital, em unidades de atenção básica ou mesmo no domicílio,
geram resíduos. Esses, por sua natureza, podem representar riscos ao ambiente, à população,
aos profissionais da área da saúde e àqueles responsáveis pela limpeza e coleta desses resíduos.
Assim, o cuidar na perspectiva de promoção e proteção da saúde é, também, cuidar dos
resíduos gerados durante a prestação de atendimentos (ARAUJO et al, 2009).
A análise do resíduo é uma forma diferente de contar a história dos hábitos de uma
pessoa, uma família, uma instituição. Além disso, por representar costumes, também deixa
implícito o posicionamento de vida frente a si, aos outros e ao meio ambiente. Essa análise é
difícil de ser contestada, por ser baseada em fatos e possuir muitos detalhes. Ainda, nos permite
descobrir até comportamentos que, muitas vezes, as pessoas tentam ocultar, desprezando no
lixo (BARROS et al, 2010).
De acordo com o Ministério da Saúde, (2004), em instituições de saúde, em especial, nas
quais atuam trabalhadores de diferentes formações acadêmicas e de vida, a análise dos resíduos
gerados é ainda mais importante. Nesses locais, há regras especificas para o descarte de
resíduos. A segregação, ou seja, o descarte de determinado grupo de resíduos em local
apropriado, deve ocorrer no momento de sua geração, por quem os gera.
Segundo Barros et al (2010), os resíduos gerados nesses estabelecimentos são resíduos
com características especiais, como resíduos perfuro cortantes, infectantes e químicos. Assim, o
descarte inapropriado pode colocar em risco a saúde dos trabalhadores, dos usuários, da
comunidade e o meio ambiente.
Para Araújo et al (2009), como o descarte é responsabilidade de cada profissional que
gerou o resíduo, a análise desses resíduos pode revelar não apenas as atitudes e adesão às
recomendações para o gerenciamento desses resíduos, mas também explicitar, claramente, a
consciência e responsabilidades socioambientais, socioeconômicas e de biossegurança desses
trabalhadores.
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Desenvolvimento
Diabetes
De acordo com Colberg (2003, p. 67), o diabetes é:
considerado fator de risco, principalmente devido aos distúrbios importantes causados no metabolismo de lipídeos.
A manifestação do Diabete Mellitus é causada geralmente por um processo auto imune, no qual são destruídas as
células beta do pâncreas, que é a glândula produtora e secretora de insulina.
Ocorre normalmente em indivíduos mais jovens e está associada à deficiência absoluta
da secreção de insulina. O Diabete Mellitus pode ser causado por lesão das células beta do
pâncreas induzida por vírus, fatores genéticos e imunológicos (COLBERG, 2003).
Para Zanetti et al (2008), diabetes mellitus refere-se a um grupo de distúrbios
metabólicos, que compartilham o fenótipo de hiperglicemia. Existem vários tipos distintos de
diabetes mellitus (DM), causados por uma interação complexa de fatores genéticos e
ambientais, sendo classificados de acordo com o processo patogênico que resulta em
hiperglicemia.
Segundo Sociedade Brasileira de Diabetes (2012), 1985, estimava-se haver 30 milhões
de adultos com Diabete Mellitus (DM) no mundo, esse número cresceu para 135 milhões em
1995, atingindo 173 milhões em 2002 e com projeção de alcançar 300 milhões em 2030. Cerca
de dois terços desses indivíduos com Diabete Mellitus (DM) vivem em países em
desenvolvimento, onde a epidemia tem maior intensidade, sendo o diabetes mellitus tipo 1
responsável por cerca de 5% a 10% dos casos.
Tipos de Diabetes
Diabetes Mellitus Tipo 1
Explicam Cotran; Crawford (2000), que o diabetes mellitus tipo 1 era anteriormente
conhecido como diabetes mellitus insulinodependente, diabetes juvenil ou com tendência à
cetose. Esta forma representa 10 a 20 % dos casos de diabetes. Os 80 a 90 % dos pacientes
restantes possuem a segunda forma, diabetes mellitus não-insulino dependente, também
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denominada de diabetes mellitus tipo 2, anteriormente conhecida como diabetes de forma
adulta.
Para Sweltzer; Bare (2002, p. 568), é o tipo mais agressivo e causa emagrecimento
rápido. Ocorre na infância e adolescência e causa:
destruição auto-imune das células β das Ilhotas de Langerhans. Auto-anticorpos contras as células β contra
insulina, contra os tecidos glutâmico descarboxilase, contra tirosina fosfatase. O individuo não tem produção de
insulina, a glicose não entra nas células e o nível de glicose no sangue fica aumentado.
O diabetes mellitus primário, ou idiopático, é sem dúvida a forma mais comum. E
preciso distingui-lo do diabetes secundário, que inclui formas de hiperglicemia associada a
causas identificáveis nas quais a destruição das ilhotas pancreáticas é induzida por doença
pancreática inflamatória, cirurgia, tumores, drogas, sobrecargas de ferro e determinadas
endocrinopatias adquiridas ou genéticas (GUYTON; HALL, 2002).
O diabetes tipo 1 surge em geral até os 30 anos, atingindo preferencialmente crianças e
adolescentes, podendo, entretanto afetar pessoas de qualquer idade. Caracteriza-se por
deficiência absoluta de produção de insulina no pâncreas, causando assim dificuldades ao
fígado de compor e manter os depósitos de glicogênio que é vital para o organismo, com isso
acumulando no sangue açúcar, levando a hiperglicemia quer dizer, alto nível de glicose no
sangue. Assim a eficiência das células fica reduzida para absorver aminoácidos e outros
nutrientes necessários, necessitando do uso exógeno do hormônio de forma definitiva
(SARTORELLI; FRANCO, 2003).
Em alguns pacientes, nos primeiros meses de doença pode não haver necessidade do
uso de insulina, o que ocorrerá inexoravelmente dentro de alguns meses por destruição da
reserva pancreática de insulina. No diabetes tipo 1, pode observar-se mais comumente o início
abrupto da doença com quadro clinico exuberante. Estes indivíduos em geral são magros ou de
peso normal é bastante instáveis, sendo difícil o controle metabólico da doença, podendo
ocorrer quadros de cetoacidose diabética (LEHNINGER et al, 1995).
A cetoacidose diabética ocorre quase exclusivamente no diabete tipo 1 e é o resultado
de deficiência acentuada de insulina associada a aumento absolutos ou relativos do glucagon. A
deficiência de insulina causa degradação excessiva das reservas adiposas, resultando em
aumento dos níveis de ácidos graxos livres (COTRAN et al, 1994).
Sob o ponto de vista etiopatogênico pode se dizer que:
no diabetes mellitus tipo 1 ocorre uma auto-agressão imunitária determinando a destruição das células β
pancreáticas, produtoras e secretoras de insulina. Contribuem na etiopatogênia, fatores genéticos e ambientais. As
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infecções virais do tipo coxsackie β, caxumba, sarampo etc, constituem ao fator ambiental mais reconhecido,
havendo uma predisposição genética, relacionada a um sistema de histocompatibilidade HLA – DB – HLA-DR
(LEHNINGER et al, 1995, p. 345).
A alteração da freqüência de determinados antígenos do sistema HLA, sistema de
histocompatibilidade dos antígenos leucocitários humanos, somada a infecções virais, em
respostas imunes inadequadas determinam a destruição auto-imune das células β pancreáticas
(AZEVEDO; GROSS, 1990).
Para Cotran et al (1994), no diabetes tipo 1, há uma incapacidade em produzir insulina
porque as células beta pancreáticas foram destruídas por um processo auto-imune. Neste caso,
as células do pâncreas que normalmente produzem insulina são destruídas e, quando pouca ou
nenhuma insulina vem do pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue e as
células ficam sem insulina.
O pâncreas do diabético tipo 1 não produz insulina. Sem o hormônio, a glicose não
entra nas células e fica acumulada no sangue e começam a aparecer os sintomas. Quando o
açúcar no sangue excede o limite, esse excesso é eliminado pela urina. Então pode- se notar que
quando o diabético ao urinar no vaso sanitário, algum respingo no chão fica com aparência
pegajosa de água. O corpo perde líquido por excesso de micção e a conseqüência é a sede do
diabético. Também é notada a modificação do apetite e o indivíduo sente mais fome (GROSSI
et al, 2003).
Diabetes Mellitus Tipo 2
Segundo Guyton; Hall (2002, p. 432), o diabetes mellitus tipo 2 é:
causado pela resistência à insulina e obesidade. Ocorre em pessoas com mais de 40 anos. O pâncreas secreta
insulina normalmente, mas sobram insulina e glicose no sangue e células com pouca glicose. O pâncreas libera
muita insulina levando as células β a se deteriorarem. Células β destruídas não têm produção de insulina e o
indivíduo passa a ter a necessidade de tomar insulina e medicamentos para aumentar a sensibilidade à insulina .
Para Sweltzer; Bare (2002), o diabetes mellitus tipo 2 é “uma síndrome heterogênea que
resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina”, sendo que a patogênese de ambos os
mecanismos está relacionada a fatores genéticos e ambientais. Sua incidência e prevalência
vêm aumentando em varias populações, tornando-se uma das doenças mais prevalentes no
mundo.
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O diabetes está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de desenvolvimento
de complicações micro e macro vasculares, como também de neuropatias, pode resultar em
cegueira, insuficiência renal e amputações de membros (GUYTON; HALL, 2002).
O diabetes tipo 2 é causado pela redução da sensibilidade dos tecidos alvo ao efeito da
insulina. Essa sensibilidade diminuída à insulina é frequentemente descrita como resistência à
insulina. Para superar a resistência à insulina e evitar o acúmulo de glicose no sangue, deve
haver um aumento na quantidade de insulina secretada. Embora não se saiba o que causa o
diabetes tipo 2, sabe-se que neste caso o fator hereditário tem uma importância bem maior do
que no diabetes tipo 1. Também existe uma conexão entre a obesidade e o diabetes tipo 2,
embora a obesidade não leve necessariamente ao diabetes (COTRAN; CRAWFORD, 2000).
Oliveira et al (2007a), explica que o Diabetes Mellitus tipo 2 é considerado um fator de
risco independente de DCV, e frequentemente agrega outros fatores de risco CV presentes na
síndrome metabólica (SM) como “obesidade central, dislipidemias”. O aspecto de maior
relevância no diagnóstico da síndrome metabólica é o risco de desenvolvimento de Diabetes
Mellitus (DM2) e de doença cardiovascular. O escore de Framingham continua sendo até os
dias atuais uma forma confiável, simples e de baixo custo de identificação de pacientes
ambulatoriais sob maior risco de doença cardiovascular, o que possibilita a introdução de
rastreamento mais rigoroso e terapias mais agressivas como forma de prevenção de eventos
coronarianos futuros.
Metabolismo da Insulina
De acordo com Cotran et (1994), o gene da insulina é expresso nas células beta das
ilhotas pancreáticas, onde a insulina é sintetizada e armazenada em grânulos antes da secreção.
A liberação de células beta ocorre como um processo bifásico envolvendo dois reservatórios de
insulina. Uma elevação nos níveis sangüíneos de glicose, leva a uma liberação imediata de
insulina.
A insulina é um importante hormônio anabólico, necessário para transporte trans
membrana de glicose e aminoácidos, formação de glicogênio no fígado e músculo esquelético
conversão de glicose em triglicérides, síntese de ácido nucléico, e síntese protéica. Sua
principal função metabólica é aumentar a taxa de transporte de glicose para determinadas
células do corpo (COSTA et al, 2003).
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A insulina interage com suas células alvo da ligação inicial ao receptor da insulina.
Como a quantidade de insulina ligada às células é afetada pela disponibilidade de receptores,
seu número e função são importantes na regulação da ação da insulina. A insulina ligada ao
receptor deflagra várias respostas intracelulares, incluindo ativação ou inibição de enzimas
sensíveis à insulina nas mitocôndrias, síntese protéica e síntese de DNA (COTRAN;
CRAWFORD, 2000).
Um dos efeitos importantes da insulina envolve a translocação de transportadores de
glicose (GLUT) do aparelho de Golgi para a membrana plasmática, assim facilitando a
captação celular de glicose. O pico de ação da insulina de ação intermediaria pode preceder o
período no qual às necessidades de insulina são maiores ocasionando hiperglicemias matutinas
(PASSOS et al, 2006).
Resíduos
Como é de conhecimento popular, os resíduos hospitalares, principalmente os perfuro
cortantes, oferecem riscos de contaminação incluindo a contaminação por materiais biológicos.
Esse tipo de resíduo é produzido basicamente por hospitais, unidades básicas de saúde as
(UBS), laboratórios, clínicas de saúde ou veterinárias, ou seja, em qualquer estabelecimento
que vise atendimento à saúde humana ou de animais, realizando tratamentos ou aplicações de
medicamentos (BRASIL, 2006a).
Uma parcela da população mundial, por várias circunstâncias, faz uso de medicamentos
injetáveis em suas residências e também produz estes resíduos. Esta população produtora de
resíduos hospitalares em sua residência tem como maior grupo representativo os portadores de
Diabete Mellitus. Também é infectante o resíduo produzido pelos portadores tanto do tipo1
quanto do tipo 2 da Diabete Mellitus, ao realizar regularmente o monitoramento dos níveis de
glicemia por meio de lancetas (BRASIL, 2006b).
O projeto de Política Nacional de Resíduos Sólidos, após 19 anos de tramitação, foi
aprovado no dia 10 de março de 2010 pela Câmara dos Deputados, porém no dia 2 de agosto de
2010 sob a lei 12.305 é instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), na qual
surgiu com novas providências alterando a lei 9.605/98 (RMAI, 2010)
O Brasil passa a ter um marco regulatório na área de Resíduos Sólidos. A lei faz a
distinção entre resíduos (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não é
passível de reaproveitamento). A lei se refere a todo tipo de resíduos (RMAI, 2010).
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) reúne princípios, objetivos,
instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. É fruto de ampla discussão com os
órgãos de governo, instituições privadas, organizações não governamentais e sociedade civil
(BARROS, 2010).
A lei tem como objetivo a não-geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos
sólidos, bem como a destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos. Redução do uso
dos recursos naturais, como por exemplo, água e energia, no processo de produção de novos
produtos, intensificar ações de educação ambiental, aumentar a reciclagem no país, promover a
inclusão social, a geração de emprego e renda de catadores de materiais recicláveis (BARROS
2010).
Com base nas Resoluções nº 283 de 12 de julho de 2001 e nº 358 de 29 de abril de 2005
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que complementam e atualizam a
Resolução nº 5 do CONAMA, a responsabilidade pelo “gerenciamento de seus resíduos desde a
geração até a disposição final”. Cabe ao “responsável legal pelo estabelecimento gerador, que
deve ainda apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde” (PGRSS) (BRASIL,
2006a).
Segundo Barros (2003, p. 115), a normativa da ABNT NBR 10004/1987, os resíduos
sólidos são definidos como:
resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à
melhor tecnologia disponível.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2005), 76% dos
resíduos sólidos residenciais, em cidades brasileiras, não tem recebido tratamento adequado,
podendo ser facilmente observados em acúmulos nas ruas, terrenos baldios, leitos de rios,
valas, encosta de morros e outros locais impróprios, prejudicando a população local, os
moradores da cidade em geral e, o próprio espaço habitado, com a produção e liberação de
produtos.
Nesse contexto, existem vários sistemas de disposição final de resíduos sólidos como
descarga a céu aberto ou lixão; aterro controlado; aterro sanitário e aterro sanitário energético;
compostagem; reciclagem e incineração. Esses processos são utilizados no Brasil, onde são
geradas diariamente cerca de 240.000 toneladas de resíduos sólidos, somente em áreas urbanas.
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E destes, aproximadamente 90.000 toneladas por dia (32 milhões de toneladas por ano), são de
resíduos sólidos domésticos (ATYEL, 2001).
De fato, os resíduos se transformaram em graves problemas urbanos e ambientais com
um gerenciamento oneroso e complexo. A escassez de área de deposição de resíduos causada
pela ocupação e valorização de áreas urbanas, os altos custos sociais no gerenciamento de
resíduos, problemas de saneamento público e contaminação ambiental são alguns destes
problemas (FRANCO, 2000).
A normativa 10004 de 1987 da ABNT, classifica os resíduos sólidos e os organiza em
classes, podendo ser:
Classe I, perigosos: São aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas,
podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, ou ainda os inflamáveis, corrosivos, reativos,
tóxicos ou patogênicos; Classe II, não-inertes: São aqueles que não se encaixam nas classes I e III, e que podem
ser combustíveis, biodegradáveis ou solúveis em água; Classe III, inertes: São aqueles que, ensaiados segundo o
teste de solubilização da norma ABNT NBR 10006/1987, não apresentam qualquer de seus constituintes
solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, executando-se os padrões de cor,
turbidez, sabor e aspecto (FRANCO, 2000, p. 87).
Descarte
De acordo com Bolick et al (2000), o descarte de objetos em local inadequado foi a
principal fonte de risco para causar perfurações, atingindo proporções expressivas, o descarte
inadequado de objetos perfuro cortantes representa uma importante fonte de risco para
acidentes ocupacionais, mesmo para grupos de profissionais que não estão em contato com o
paciente, como por exemplo trabalhadores do serviço de limpeza, lavanderia e manutenção.
Para Marziale (2004, p. 68), os fatores que predispõem as ocorrências dos acidentes
com materiais perfuro cortante são:
descarte de material em local impróprio, processo de descarte durante a realização de procedimentos e ao realizar
coleta do material após procedimentos. Cada agulha descartada de modo incorreto bem como outros fatores
relacionados a esses tipos de acidentes podem acarretar significativos impactos financeiros. Este impacto é
percebido principalmente pelas instituições prestadoras dos serviços de saúde.
Canini (2002), o
individuo acidentado deve ser acompanhado com realização de
exames específicos para anti HIV, AgHBS, anti HCV, anti HBS por um período de seis meses.
De acordo com a gravidade do acidente poderá haver a indicação de medicações profiláticas na
tentativa de evitar a soro conversão do HIV e HBC e HCV.
A portaria nº 228 do Ministério do Exército do Brasil, conceitua a biossegurança como
o conjunto de ações voltadas para a prevenção, a minimização ou eliminação de riscos
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inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação
de serviços, visando a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos no Brasil (COSTA, 2009).
A partir da lei nº 8975, de 5 de Janeiro de 1995, que criou a CTNBio (Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança), a biossegurança tem assumido ampla dimensão, que
extrapola a área da saúde e do trabalho, sendo empregada quando há referência ao meio
ambiente e a biotecnologia (BRASIL, 2005).
As seringas, agulhas e bisturis contaminados com materiais biológicos reconhecidos
como resíduos infectantes, ou hospitalares, são produzidos basicamente por setores de saúde.
Porém em estabelecimentos de saúde o descarte de materiais perfuro cortantes é regido por
legislações como a RDC 306, NR-32 e ABNT (BRASIL, 2005).
Entretanto, o descarte realizado pela população que utiliza medicamentos injetáveis em
residência, e principalmente portadores de diabetes e obtém como resultado o chamado resíduo
hospitalar, não segue nenhuma legislação. A legislação brasileira, assim como a RDC
306/2004, NBR 13853/1997, preconizam que os coletores para materiais perfuro cortantes
devem conter alças e não é permitido sua manipulação pelo corpo da caixa (FIOCRUZ, 2007).
Oliveira (2007b), comenta que entre os diversos modelos encontrados no Brasil, o mais
utilizado em sistemas de saúde pública e privada são apresentados na Figura 1A, B e C
(DESCARTAK, 2014).
Figura 1: Recomendação correta para descarte de resíduos perfuro cortantes
Fonte: http://www.descartak.promotool.com.br/suporte_para_coletor_descartak_g.gif
Ainda segundo Oliveira (2007b, p. 45), retratam com lealdade os produtos mais
comumente utilizados hoje no Brasil para o descarte de resíduos infectantes, podendo ser
observado também, que os mesmos em variadas formas são:
produzidos em celulose de alta densidade, para a impermeabilidade dos fluídos corpóreos. Possui em seu interior
uma película polimérica impedindo a passagem dos fluídos que por ventura possam vir a ser aí depositados.
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Com essas características, torna-se insegura a presença deste produto no interior de
residências carentes ou com presença de crianças, pois fica vulneráveis à penetração de
umidades em sua parte externa, reduzindo a resistência do material, permitindo sua deformação
e perfuração das paredes pelo bisel das agulhas presentes em seu interior, colocando em risco a
população, que convive com os usuários destes medicamentos. Entretanto, esta população é
representada por uma significativa parcela da sociedade brasileira (OLIVEIRA, 2007b).
Na Figura 2 mostra um modelo de coletor utilizado no Brasil indicado para coletas
residenciais, realizadas por profissionais de saúde. Projetado para ser transportado dentro da
maleta de coleta, possui uma capacidade total de 0,8 litro e capacidade útil de 0,5 litro, sendo
indicado para agulhas de coletores de sangue a vácuo, agulhas de seringas, agulhas de escalpes,
agulhas de coleta de sangue, etc. tendo também indicação para uso no descarte de materiais
químicos e radioterápicos (OLIVEIRA, 2007b; DESCARTAK, 2014).
Figura 2: Descartáveis para coleta em domicílio
Fonte: http://www.descartak.promotool.com.br/suporte_para_coletor_descartak_g.gif
Discussão
Diabetes é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou
glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, porém, quando em
excesso, pode trazer várias complicações à saúde, tais como como ataque cardíaco, derrame
cerebral, insuficiência renal, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização entre outras
complicações.
Diabetes mellitus refere-se a um grupo de distúrbios metabólicos, que compartilham o
fenótipo de hiperglicemia. Existem vários tipos distintos de DM, causados por uma interação
complexa de fatores genéticos e ambientais, sendo classificados de acordo com o processo
patogênico que resulta em hiperglicemia.
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O Diabetes mellitus tipo 1 afeta indivíduos geneticamente susceptíveis, os quais
apresentam alguns marcadores de autoimunidade como os autoanticorpos anti-insulina,
antidescarboxilase do ácido glutâmico, antitirosina-fosfatase e anti-ilhota pancreática e podem
estar presentes meses ou anos antes do diagnóstico clínico, ou, na fase pré-clínica da doença.
O diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea que resulta de defeitos na
secreção e na ação da insulina, sendo que a patogênese de ambos os mecanismos está
relacionada a fatores genéticos e ambientais.
A insulina é um importante hormônio anabólico, necessário para transporte
transmembrana de glicose e aminoácidos, formação de glicogênio no fígado e músculo
esquelético conversão de glicose em triglicérides, síntese de ácido nucléico, e síntese protéica.
Sua principal função metabólica é aumentar a taxa de transporte de glicose para determinadas
células do corpo.
Os resíduos hospitalares, principalmente os perfuro cortantes, oferecem riscos
biológicos. São produzidos por qualquer estabelecimento que vise a saúde humana ou de
animais. Uma parcela da população mundial produz esses insumos em suas residências. O
maior grupo representativo são os portadores de Diabetes Mellitus tratados com insulina.
A manipulação desses resíduos pode levar ao contato com fluídos orgânicos, permitindo
a contaminação por doenças veiculadas pelo sangue. O deposito dos materiais contaminados
como seringas e agulhas pode ser feito em recipientes industrializados apropriados. Na falta
destes, poderão ser utilizados recipientes com paredes rígidas, com boca larga e tampa, como
por exemplo, lata de leite em pó, embalagem de maionese, ou garrafa pet.
Conclusão
O tratamento do paciente com Diabete Mellitus, demanda bastante atenção no que se
refere à adequada adesão aos diferentes aspectos do mesmo, como, atividade física, padrão
alimentar, monitoração da glicemia capilar, aplicação de insulina, reconhecimento de
hipoglicemia e hiperglicemia, entre outros. Essa característica do tratamento pode prejudicar
significantemente a qualidade de vida do paciente e provocar dificuldades físicas e
psicológicas, fato que pode ser potencializado ou amenizado de acordo com características
específicas do paciente, mas também com a qualidade do tratamento oferecido ao mesmo.
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E embora muitas pessoas tenham a consciência de que não realizam o descarte
adequado do material residual contaminado, em contra partida, não tem a orientação correta por
parte dos profissionais de saúde de como acondicionar nem de onde descartar este resíduo.
Desta forma, continuam descartando em meio aos resíduos domésticos, podendo causar um
acidente e contaminação dos profissionais da coleta pública do lixo, bem como, dos catadores
informais.
Podem ser adotadas, ainda, práticas simples como, só entregar a medicação ao paciente
mediante o recolhimento de material de injeção usado no período imediatamente anterior ao
recebimento de novas doses de insulina. Acredita-se que esta é uma medida que não acarretará
grande impacto financeiro para o serviço público e permitirá um controle eficiente da
disseminação de doenças que possam advir da prática incorreta de descarte. Para pacientes
assistidos por convênios e por profissionais da iniciativa privada, a rotina pode ser obrigatória
em farmácias que comercializam a medicação, nos hospitais e nas operadoras de plano de
saúde.
A destinação adequada aos resíduos gerados por pacientes que realizam a
automedicação pode, a longo e médio prazo, reduzir o gasto da máquina estatal com o aumento
da morbidade conseqüente de acidentes com agulhas descartadas sem o devido cuidado, além
de contribuir para a promoção de saúde da população e da preservação dos recursos naturais.
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