Tratamento a laser que remodela a superfície da córnea permite corrigir problemas da visão Ler um bom livro, estudar ou usar as redes sociais como entretenimento nas horas vagas são atividades comuns e que não exigem o mínimo esforço. Em certos casos, contudo, algumas pessoas podem não sentir conforto ao realizar essas tarefas tão prazerosas. As letras pequenas às vezes ficam desfocadas e isso exige mais dos olhos. É preciso muita atenção, pois isso pode ser o primeiro sintoma de um problema oftalmológico. No Brasil, segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de seis milhões de pessoas sofrem com problemas relacionados à visão. Basicamente, a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e a presbiopia (ou vista cansada) são as doenças mais comuns e de maior incidência. A miopia é a dificuldade de enxergar os objetos que estão longe de forma clara. Isso é devido um tamanho maior do olho. Assim, a imagem se forma antes da retina, e não sobre ela, como é para um olho normal, o que provoca uma baixa qualidade da visão. Normalmente, a miopia é hereditária. Por outro lado, a hipermetropia é a incapacidade de enxergar objetos que estão próximos. Ocorre um erro na refração, que faz os raios luminosos formarem as imagens atrás da retina. O astigmatismo é um problema na formação da córnea, que ao invés de ser esférica é ovalada. Essa irregularidade faz com que os raios luminosos não se fixem em um ponto apenas da retina. Dessa maneira, as imagens chegam ao cérebro deformadas, distorcidas ou desfocadas. Já a presbiopia, ou vista cansada, é um problema de enxergar os objetos de perto. Aqui, a causa da dificuldade é devido à perda de elasticidade do cristalino, que funciona como o filtro do olho. Evolução nos tratamentos Todos esses problemas eram corrigidos por meio do uso de óculos, lentes ou intervenções cirúrgicas delicadas no olho. Mas, uma tecnologia desenvolvida na Alemanha e Suíça revolucionou as formas de tratamento dessas doenças. O Allegretto Wave Laser é a técnica de remodelar a superfície da córnea por meio do uso de um laser. A correção dos graus é feita em segundos e o tempo de permanência máximo na sala de aplicação do laser é de oito minutos. “O Allegretto também permite a realização das chamadas cirurgias personalizadas, onde a correção do grau é feita basean- EXPEDIENTE Notícias HCO Diretor: Dr. José Marcos Gonçalves - Médico Oftalmologista Coordenação Editorial: Serifa Comunicação Integrada Diagramação: Aline Morais Jornalista responsável: Analú Guimarães – MTB: MG 05979 JP Impressão: Gráfica Côrtes Redação: Nélio Barbosa Fotos: Banco de Imagens e arquivo HCO Tiragem: 1.500 exemplares HCO – Av. Getúlio Vargas, 1700 - Uberlândia/MG Tel: (34) 3291-2400 Acesse www.hco.med.br e acompanhe nossas redes sociais do-se nas características individuais de cada olho”, explica o médico oftalmologista Gladston Paiva. Segundo o médico, os benefícios do tratamento podem ser definitivos, dependendo do comportamento do organismo. “Os estudos mostram que a grande maioria dos pacientes tratados permaneceram com a visão corrigida após 10 anos de cirurgia. No entanto, devemos sempre ter em mente que o corpo humano não é estático e as alterações vindas com o envelhecimento podem influenciar no resultado a longo prazo, como o surgimento da presbiopia (vista cansada) depois dos 40 anos”, aponta Gladston. O tratamento é um processo sem dor e de rápida recuperação. No dia seguinte, os pacientes já podem realizar a maior parte de suas atividades normais. O HCO foi um dos primeiros centros de tratamento oftalmológico a receber a nova tecnologia na América Latina. CONHEÇA O CORPO CLÍNICO DO HCO CENTRO COMPLETO DE OFTALMOLOGIA Dr. Cláudio Picosse - CRM: 44.139 Dr. Fábio Gasparin - CRM: 45.524 Dr. Gladston Paiva - CRM: 31.638 Dr. José Marcos Gonçalves - CRM: 16.984 Dr. Neirton Angelo - CRM: 22.033 Dra. Raquel Nunes - CRM: 31.637 Dra. Roberta Abdulmassih - CRM: 24.670 Dra. Tatiana Contri - CRM: 33.538 Dr. Walmir Vilela - CRM: 33.363 PÁG. 1 NOTÍCIASHCO Uberlândia - Edição 13 - 2015 Lentes intra-oculares revolucionam tratamento da catarata Intervenção torna a cura rápida, eficiente e definitiva Q Quando os cabelos começam a ficar brancos, quando o ritmo normal começa a se desacelerar, quando a quilometragem das experiências aumenta podem ser sinais de que a melhor idade chegou. Alguns enfrentam esse período como as demais etapas da vida. Outros têm dificuldade em aceitá-la. A grande maioria encara essa fase como delicada, pois as consequências advindas da herança genética começam a se manifestar. Dentre um dos mais comuns está a catarata. No entanto, o que antes poderia decretar o início de uma preocupação, hoje a cirurgia proporciona, em muitos casos, uma visão tão boa ou melhor que antes do aparecimento da doença. Isto graças às modernas lentes intra-oculares (LIOs) que permitem que o operado tenha uma boa visão longe e perto. A catarata é quando o cristalino, lente natural do olho responsável por filtrar os raios luminosos, inicia o processo de opacificação, ou seja, torna-se opaco e impede a formação de imagens nítidas na retina. “Após os 40 anos, este cristalino inicia um processo de envelhecimento e o primeiro sinal é a dificuldade para ler de perto. O próximo passo é a perda progressiva da transparência”, explica o oftalmologista José Marcos Gonçalves. çados. Tudo graças ao uso revolucionário das lentes intra-oculares (LIOs), que substituem o cristalino opacificado. “As tecnologias relacionadas às LIOs atingiram um alto grau de excelência. O cirurgião define qual a melhor LIO a ser implantada após o exame do paciente. Recentemente, adquirimos um aparelho capaz de aumentar a precisão do tratamento de pacientes com catarata. O Lenstar LS 900 T-Cone Platform tem a função de medir com precisão o grau das LIOs a serem implantadas. “Podemos dizer que a cirurgia se torna personalizada (para cada paciente a LIO mais adequada) e, em muitos casos, o paciente recupera a visão de forma clara ou até mesmo enxerga melhor que antes do aparecimento da catarata, tendo o uso do óculos eliminado ou sua dependência diminuída”, destaca o médico José Marcos. O tratamento é rápido, extremamente eficiente e sem necessidade de internação. A maioria já retorna às atividades normais no dia seguinte. Tecnologia alemã aperfeiçoa tratamento Se antes os tratamentos nem sempre chegavam aos resultados esperados, hoje é possível que sejam alcanPÁG. 1 Oftalmologista alerta sobre riscos da hipermetropia na infância O s bebês e as crianças exigem cuidados redobrados. Em todos os sentidos, eles dependem muito do auxílio dos pais ou responsáveis. Quanto à saúde, é preciso muita observação para os mínimos sinais. Um dos mais comuns é a incidência da hipermetropia infantil, que é quando a imagem é formada atrás da retina. Isso faz com que se enxergue melhor o que está longe do que aquilo que está perto. Até certo ponto, nos bebês e nos primeiros anos de vida é um problema considerado normal, porque o olho ainda é pequeno. Com o passar do tempo, se o problema persistir é preciso procurar auxílio médico. Segundo a oftalmologista Raquel Paiva, em alguns casos, a anomalia pode desaparecer e em outros é preciso a correção com uso de ócu- los. “A hipermetropia tem a característica de diminuir espontaneamente ao longo do tempo. No entanto, quando ela é um pouco maior ou acompanhada de estrabismo exige tratamento o quanto antes. É aconselhável que os pais levem seus filhos para um exame anual até os 10 anos, período que o desenvolvimento da visão se encerra”, destaca. Sempre atentos A hipermetropia em muitos casos pode ter influência do ambiente, a etnia e, principalmente, a genética. O tratamento mais indicado é o uso de óculos. “Com o passar do tempo e a falta de tratamento adequado, a hipermetropia pode se tornar uma ambliopia, que é a falta do desenvolvimento da visão ocasionada pela falta de estímulo. Isso é irre- Editorial Queridos leitores, Está em suas mãos mais uma edição do Jornal Notícias HCO, onde você poderá acompanhar informações preciosas sobre a saúde e os cuidados dos olhos. Além disso, trazemos a você boas notícias. O que antes era problema delicado, hoje, com o avanço da tecnologia e de procedimentos PÁG.específicos, 3 algumas doenças oftalmológicas apresentam altos níveis de satisfação após o tratamento. E, para isto, estamos sempre atentos à essas inovações para que você tenha acesso. Afinal, para nós, a saúde dos seus olhos está sempre em primeiro lugar. Siga em frente e tenha uma ótima leitura! Dr. José Marcos Gonçalves versível”, explica. Mesmo que ainda não consigam se expressar, os pais precisam estar atentos aos mínimos detalhes. “As crianças não costumam dar sinais muito claros sobre o que estão sentindo. Então, é preciso que os pais fiquem em alerta quando houver reclamação de dor de cabeça (principalmente ao fim dia), cansaço visual, ardência nos olhos, olhos vermelhos e a dificuldade para enxergar aproximando para ver os objetos, por exemplo, ao ver TV”, informa a oftalmologista Raquel. A prevenção e o cuidado no tempo certo podem evitar uma série de contratempos. Papais e mamães devem sempre estar atentos a todos os passos dos bebês e crianças. O período é de descoberta de um mundo novo de um lado e carinho e amor de outro. Uso em excesso de novas tecnologias pode prejudicar a saúde dos olhos E m casa, no trabalho, no parque ou shopping as pessoas estão cada vez mais conectadas, seja nos modernos smartphones, tablets, ipads ou no tradicional computador. Alguns internautas passam horas atentos a cada nova postagem, a cada novo comentário. Longos períodos assim podem causar sérios danos à saúde. O primeiro problema está na exposição em excesso dos olhos às telas. “O uso excessivo da visão de perto nessas novas tecnologias exige acomodação e convergência contínuos que podem causar cansaço, ardência e olho vermelho”, explica a médica oftalmologista Roberta Abdulmassih. Segundo ela, isso pode acarretar uma série de problemas. “Por ser atividade que exige atenção fixa e contínua, há uma diminuição no ritmo da piscada, o que favorece o aparecimento ou o agravamento do olho seco e, com ele, vários sintomas como sensação de corpo estranho, sensação de areia nos olhos, ardência e olho vermelho”, completa a médica. Para evitar qualquer problema, o segredo é dosar a navegação, ou seja, no tempo de permanência no mundo virtual. “Uma das principais dicas para não prejudicar a saúde dos olhos é fazer intervalos de aproximadamente 10 minutos a cada hora de uso. Desta forma, há o relaxamento da musculatura e um alívio para o cansaço relacionado com este esforço”, indica Roberta. O controle da iluminação do ambiente, o contraste da tela e o reflexo também são fundamentais para ter maior conforto durante o uso. Além disso, é preciso lembrar-se de um detalhe precioso: piscar muitas vezes. “Procure piscar mais vezes para evitar que os olhos fiquem ressecados e irritados. A falta desse gesto pode causar o chamado olho seco. E, claro, mantenha um distância razoável de 40 a 60 centímetros da tela”, aconselha Abdulmassih. “Mas, se o problema persistir, a melhor recomendação é procurar um oftalmologista”, orienta. Técnica de vitrectomia é utilizada para o tratamento de doenças oculares O emprego adequado dos avanços tecnológicos que aprimoram a técnica cirúrgica, rápida e constantemente, pode significar melhora ou estabilização de um grande número de doenças. Um exemplo é a técnica da vitrectomia que trouxe, nos últimos anos, grande benefício a inúmeros indivíduos com alterações da retina e do vítreo. O procedimento é realizado em casos de descolamento da retina, hemorragia vítrea, membrana epirretiniana macular, buraco macular e hemorragia vítrea, entre outras doenças. A vitrectomia é realizada para retirar o vítreo, substância gelatinosa que preenche o olho, e sempre que o cirurgião optar substitui-la por solução salina, ar, gás especial ou óleo de silicone, dependendo do caso. “A cirurgia de vitrectomia posterior é extremamente delicada, realizada geralmente com anestesia local e sedação. O tempo da cirurgia pode variar de 30 minutos a duas horas, dependendo do caso. O mesmo vale para a recuperação visual, que depende muito da gravidade da doença antes da cirurgia, além é claro, de uma boa técnica cirúrgica”, destaca o oftalmologista Fábio Gasparin. Após o procedimento cirúrgico, o tempo de recuperação é, em média, de 7 a 15 dias. PÁG. 4