Exame de fundo de olho será obrigatório Com a unanimidade dos votos, o presidente da Câmara de Curitiba, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), conseguiu aprovar, nesta segundafeira (14), o projeto de sua autoria que torna obrigatório o exame de fundo de olho em crianças de até sete anos nos hospitais, creches e escolas municipais. Com o aval do plenário, a proposta segue agora para sanção do prefeito Beto Richa (PSDB). A idéia é prevenir doenças como o câncer ocular (retinoblastoma), catarata congênita, glaucoma congênito, infecções e alterações da retina. Conforme a proposta, caberá às secretarias municipais da Educação, Saúde e à Fundação de Ação Social (FAS) a execução e controle das ações. Derosso alerta que a maioria das vítimas é diagnosticada pelos pais, em estágio avançado, quando provoca estrabismo e surgem manchas brancas no olho da criança. Nesses casos, o olho afetado precisa ser removido. O índice de sobrevivência é de 90%, mas a maior parte dos doentes perde o olho por diagnóstico tardio. “O retinoblastoma não acomete apenas crianças, como também bebês com idades que variam de 11 a 23 meses”, diz. Doença O retinoblastoma se origina na retina, camada foto-sensível do olho responsável pela visão. A doença pode ser percebida pelo reflexo branco anormal na pupila, chamado também de “brilho do olho de gato”. Olho torto ou estrabismo é a segunda forma mais comum de apresentação do câncer ocular. Segundo a oftalmologista Maristela Palazzi, coordenadora do 1° Simpósio Internacional de Retinoblastoma, a doença é o principal câncer infantil, que ocorrem, na maioria dos casos, nos primeiros anos de vida. “É um tumor primário que pode afetar um ou ambos os olhos”, alerta a especialista, dizendo, ainda, que “muitos dos paciente têm como manifestação inicial a pupila branca ou o estrabismo. Detectar a doença antes destes sinais só é possível através do exame de fundo de olho, realizado pelo oftalmologista”. Projetos A Câmara de Curitiba também aprovou outros projetos da autoria de Derosso durante a sessão plenária. As propostas denominam Natalina Bertasso Tavares, Angelo Nabosne e Levino Schier a logradouros públicos.