Componente curricular: Produção Textual Professor(a): Vanessa Xavier Aluno(a):_____________________________________Turma:________Data:___/___/______ Proposta: Exercícios de reflexão – 1º ano O CÉREBRO E A MEMÓRIA Como se formam lembranças no cérebro de um bebê? §Por que uma melodia romântica pode disparar sensações tão agradáveis? Por que não conseguimos nos lembrar do que aconteceu conosco antes dos três anos de idade? Lembrar não implica apenas arquivamento de informações. É difícil perceber, mas precisamos de memória para atribuir sentido a experiências vivenciadas e conectá-las com outras. ¨Não notamos, mas precisamos da memória também, por exemplo, para associar à bicicleta caída, a um tombo que levamos ou para acertar o trajeto da cozinha à sala. Na infância, quando aprendemos a andar, há uma explosão de conexões entre as células cerebrais. Cada experiência, por mais trivial que seja, imprime uma marca no cérebro, formando um circuito entre neurônios. Já as memórias que perdem o interesse vão sendo descartadas. £Essa constante transformação do cérebro impede que haja duas pessoas iguais no mundo. Uma curiosidade da memória é a seleção. Convenhamos: armazenar tudo seria tão inútil quanto não guardar nada. Então, para não se sobrecarregar, o cérebro é sábio. Divide as tarefas e usa tipos diferentes de memória. Para entender e escrever o que se ouve ou se lê, usa-se uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho. O cérebro sabe que não precisa guardar informações corriqueiras por muito tempo. Por isso, reserva espaço para a memória de longa duração; Dessa forma, o cérebro escolhe o que vai formar nossa bagagem de experiências. Algumas lembranças, entretanto, parecem emergir do nada: uma música pode reacender as sensações de um jantar romântico. Nesse caso, o cérebro associou a melodia ao rosto, ao cheiro, ao nome de uma pessoa. Naquele momento, neurônios formaram conexões para reconhecer todos os detalhes. A imagem foi montada pelo córtex visual: o perfume foi reconhecido no córtex olfativo; a música e as emoções do momento foram registradas em outras áreas do cérebro. Mesmo finda a sequência, a cena ainda não estará completamente arquivada. As informações, frescas, precisam passar pelo hipocampo, que, como uma cola, reforçará cada elo do circuito de neurônios. Uma interrupção pode, inclusive, causar a “desgravação” ou a não gravação. Por isso, depois de um acidente de carro, por exemplo, a vítima esquece momentos imediatamente anteriores à batida. Um trauma interrompeu uma fase de gravação. Uma vez fixado, um circuito de neurônios pode ficar no cérebro por décadas. Por isso, tempos depois, num bar, distraído, você ouve aquela música e pronto! Uma coisa puxa a outra e será suficiente para reativar todo o circuito. Aliás, a lembrança pode ser até mais agradável do que foi o acontecimento real. Adaptado de: VARELLA, Dráuzio. "O cérebro e a mente" (Série 'Cérebro, a máquina'). Disponível em: http://www.drauziovarella.com.br 1) Assinale com V (verdadeiro) as afirmações que estão de acordo com o texto e com F (falso) as que não concordam com o que nele se diz. ( ) Vítimas de acidentes de carro não conseguem lembrar-se dos momentos que antecedem o acidente por apresentarem algum defeito congênito no hipocampo. ( ) É possível lembrar fatos passados se o processo de sua gravação na memória se desenvolveu de forma ininterrupta. ( ) O hipocampo é uma espécie de cola responsável por montar somente imagens captadas pela visão. ( ) Lembrar-se das coisas é mais do que guardar informações sobre eventos que ocorreram; envolve reativar todo um conjunto de associações, por exemplo, entre objetos e fatos. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, e a) V - F - V - V. b) F - F - V - F. c) V - V - F - V. d) F - V - F - V. e) V - V - V - F. Observe as reformulações propostas para o trecho "Para entender e escrever o que se ouve ou se Iê, usase uma memória descartável. Essa é a memória de trabalho" I. Para se compreender e anotar o que se lê ou se ouve, é posta em funcionamento uma memória descartável, a de trabalho. II. A memória de trabalho é descartada depois de cumprir seu papel de entender e registrar o que lê ou ouve. III. O entendimento e o registro de uma comunicação oral ou escrita implica o uso de uma memória descartável, de um trabalho de memória. 2) Quais são compatíveis com o sentido do trecho no texto? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. Na revista "Veja" de 06.08.2008, a propaganda de determinada montadora de veículos apresentava os modelos espalhados pela página e, no alto, à direita, a seguinte frase: "sair Quando você da rotina vai? FUJA DO PADRÃO." Analise as afirmações. I. A frase - "sair Quando você da rotina vai?" - não possui elementos que remetam aos aspectos formais da língua portuguesa, daí a sua ininteligibilidade. II. Do ponto de vista comercial, "fugir do padrão" significa adquirir um veículo da montadora. Linguisticamente, "fugir do padrão" manifesta-se como uma frase que não atende aos padrões de organização sintática da língua portuguesa. III. A frase - "sair Quando você da rotina vai?" - está dentro da construção formal da frase em língua portuguesa. 3) Está CORRETO apenas o que se afirma em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. Anuário de Criação da Cidade de São Paulo (INFANTE, Ulisses. "Curso de gramática: aplicada aos textos". São Paulo: Scipione, 2001.) 4) O emprego de ponto ao final da palavra "crack", no anúncio, é um recurso utilizado para mostrar que: a) a legenda constitui enunciado completo, expressando idéia de princípio, meio e fim; b) a mensagem tem caráter moralizante, ressaltando o potencial destrutivo das drogas; c) a construção fere a norma padrão da língua, enfatizando o impacto da mensagem; d) a palavra adquire valor onomatopéico, reproduzindo o som da fratura presente na imagem. Texto O MENINO QUE AMAVA O PASSARINHO O tempo está sempre pousado no ombro da gente, feito uma ave sem sombra, sem garras, sem ruídos. E a gente só percebe realmente que ele passou, quando esbarra em algum espelho, ou quando alguém muito próximo voa para longe. É, mas tem lonjura que aproxima as pessoas e tem proximidade que afugenta. A dor, a presença e a ausência variam de pele para pele.Os vazios de Bartolomeu Campos de Queirós, por exemplo, completam a vida dele e enchem a gente de beleza. Se é que alguém fica enchido de beleza. Aliás, o próprio Bartolomeu disse uma vez: "Não escrevo o que sou. Eu escrevo o que me falta". Mas no seu novo livro, "Até passarinho passa", não falta nada. Pelo contrário, sobra encantamento para falar sobre uma saudade boa e doída. Márcio Vassallo 5) Assinale a opção INCORRETA, quanto ao aspecto gramatical. a) Os termos destacados em "Não escrevo o QUE sou." e "Pelo contrário, sobra ENCANTAMENTO para falar..." são, respectivamente, predicativo e sujeito. b) a palavra "beleza" tem o mesmo processo de formação da palavra "passarinho". c) quanto à acentuação gráfica, as palavras "está" e "aliás" obedecem à mesma regra. d) em "os vazios de Bartolomeu Campos de Queirós, por exemplo, completam a vida dele e enchem a gente de beleza.", as vírgulas separam uma expressão corretiva. e) as relações expressas pelas preposições destacadas em "...voa para longe." e "...sobra encantamento para falar..." são, respectivamente, de direção e finalidade. 6) Na tira de Garfield, a comicidade se dá por uma dupla possibilidade de leitura. Considere as afirmações abaixo: I) a primeira interpretação seria:"comida para gato magro". a segunda seria: "comida magra para gato". II) a primeira interpretação não precisa da inclusão de vírgula no enunciado. a segunda interpretação, no entanto, seria favorecida pela presença de uma vírgula que separasse o adjunto adnominal: "comida para gato, com pouca gordura". III) nenhuma interpretação precisaria do uso da vírgula, pois não existe a possibilidade de ambigüidade na leitura. Estão corretas as alternativas: a) I, II e III b) Somente a I c) Somente a III d) I e II e) nenhuma das alternativas