rio de janeiro 2007.2

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UNIVERCIDADE
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
ESCOLA DA SAÚDE E DO DESPORTO
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS LEAL
A MOTIVAÇÃO NO FUTSAL DE ALTO RENDIMENTO
RIO DE JANEIRO
2007.2
10
JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS LEAL
A MOTIVAÇÃO NO FUTSAL DE ALTO RENDIMENTO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial à obtenção do Grau de
Licenciatura/Bacharelado em Educação Física na
Escola da Saúde e do Desporto do Centro
Universitário da cidade do Rio de Janeiro.
Orientador: Profª. Drª. Ludmila Mourão
RIO DE JANEIRO
2007.2
11
Trabalho acadêmico: A MOTIVAÇÃO NO FUTSAL DE ALTO RENDIMENTO
Elaborado por:JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS LEAL
Aprovado por todos os membros da Banca Examinadora, foi aceito pelo Curso de
Educação Física da Escola da Saúde e do Desporto do Centro Universitário da
Cidade do Rio de Janeiro confere os créditos necessários a integralização do curso.
Rio de Janeiro,10 de Dezembro de2007.
BANCA EXAMINADORA
Profª. Drª. Ludmilia Mourão
Prof. Ms.
Prof. Ms.
12
Dedico o presente trabalho aos meus pais, Leal e Neuza, que são a razão
do meu viver, por todo apoio dado nesta longa caminhada. Sem a ajuda de vocês
nunca conseguiria alcançar meu objetivo final. Agradeço também a minha namorada
Adliz por toda a paciência e ajuda nos momentos mais difíceis.
13
Agradecimentos
A minha orientadora Profª. Drª. Ludmila Mourão.
Ao Prof. José Ferreira Bordallo Neto pela ajuda e apoio.
A minha namorada Adliz pela ajuda na elaboração deste trabalho.
Aos meus pais por todo esforço e estímulo durante todo o curso.
14
““Quem quer que esteja fisicamente bem preparado pode fazer
coisas incríveis com seu corpo. Mas quem junta a um corpo em
forma uma cabeça bem cuidada é capaz de feitos excepcionais.””
(Alexander Popov, 1996)
15
RESUMO
A MOTIVAÇÃO NO FUTSAL DE ALTO RENDIMENTO
por
JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS LEAL
Centro Universitário da Cidade
Escola da Saúde e do Desporto
Curso Educação Física
Este estudo visa identificar e compreender o papel do Psicólogo Esportivo
em equipes de futsal de alto rendimento. Diagnosticando sua influência neste
esporte, sua contribuição para o desempenho do atleta e sua importância neste
âmbito. O trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica e de campo. Foram
aplicados (07) sete questionários com os Técnicos de Futsal de equipes
profissionais do Brasil. Encontrou-se como resultado a importância de um
profissional habilitado para compor a comissão técnica das equipes. Tendo em vista
que esse membro tem um papel essencial assim como os outros integrantes.
Palavras-chave: Motivação, Futsal, alto rendimento.
16
SUMÁRIO
CAPÍTULO I .............................................................................................................. 08
1.2. NÚMERO DE PRATICANTES......................................................................... 09
CAPÍTULO II ............................................................................................................. 13
2.1 O QUE É PSICOLOGIA DO ESPORTE ............................................................13
2.2 CONCENTRAÇÃO...........................................................................................14
2.3 MOTIVAÇÃO.................................................................................................... 14
2.4 ANSIEDADE .................................................................................................... 14
2.5. COESÃO DE GRUPO .....................................................................................15
2.6 O QUE É MOTIVAÇÃO ....................................................................................15
2.7 COMO OS TÉCNICOS DE FUTSAL VEM A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO
EM SUAS EQUIPES ..............................................................................................17
CAPÍTULO III ............................................................................................................ 19
3.1. – ABORDAGEM ..............................................................................................19
3.2. – TIPOS DE PESQUISA .................................................................................. 19
3.3. – POPULAÇÃO DE AMOSTRA ....................................................................... 20
3.4. – GERAÇÃO DE DADOS ................................................................................ 20
CAPÍTULO IV............................................................................................................ 21
4.1 ANÁLISE DE DADOS.......................................................................................21
CAPÍTULO V............................................................................................................. 23
5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 23
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 24
17
CAPÍTULO I
Origem no Brasil ou Uruguai? Pergunta como essa faz parte da história
do Futsal, esporte que tem no Brasil o maior número de praticantes.
Quando o assunto é a origem do Futsal ou Futebol de Salão, como era
chamado antes dos anos 80, existem divergências. Uns defendem que o esporte
surgiu na década de 30 em Montevidéu, no Uruguai, por freqüentadores da
Associação Cristã de Moços (ACM). Outros especialistas acreditam que o Futebol de
Salão começou a ser jogado no Brasil no final dos anos 30 por freqüentadores da
ACM de São Paulo. Na época, os jovens tinham uma grande dificuldade em
encontrar campos de futebol livres para poderem praticar e então começaram a
jogar suas "peladas" nas quadras de basquete e hóquei.
No início, o esporte era praticado por cinco, seis ou sete jogadores em
cada equipe, mas logo definiram o número de cinco para cada grupo. As bolas
usadas eram de serragem, crina vegetal ou de cortiça granulada, mas apresentavam
o problema de saltarem muito e freqüentemente saiam da quadra de jogo. Então
tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado. Por este fato, o Futebol de
Salão passou a ser chamado também de "O Esporte da Bola Pesada".
Na década de 50, com o aumento no número de adeptos, o esporte
passou a ser reconhecido e regulamentado, com a criação de novas regras. Nesse
período surgiram também as Federações Nacionais.
Nos anos 60 houve a criação da Confederação Sul-Americana. Já nos
anos 70, surgiram a Confederação Brasileira e a Federação Internacional de Futebol
de Salão (FIFUSA), que passou a contar com a filiação de 32 países que praticavam
o Futebol de Salão nos moldes brasileiros. Também nos anos 70 foram realizados
os primeiros campeonatos sul-americanos.
A principal característica nos anos 80 foi à internacionalização da
modalidade, a autorização da prática do esporte feminino e a alteração da
nomenclatura, que passou de Futebol de Salão para Futsal. Nessa década também
ficou acertado que a FIFUSA se dissolveria e a FIFA – Federação Internacional de
Futebol, responderia pela modalidade.
18
Em 1982 foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Seleções de
Futsal, com o Brasil tornando-se o primeiro campeão com vitória sobre o Paraguai
na final. Atualmente, a seleção brasileira é pentacampeã na modalidade.
Já na década de 90 surge a primeira Liga Nacional de Futsal, no ano de
1996.
A maior novidade no esporte é que, por intermédio de Carlos Arthur
Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Futsal foi incluído nos
jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Agora, a luta é para que o
esporte faça parte dos Jogos Olímpicos.
1.2. NÚMERO DE PRATICANTES
Existe uma pesquisa do Atlas do Esporte no Brasil (um grandioso projeto
de pesquisa que contou com mais de 400 voluntários que colheram dados em todo o
território nacional junto a diversas fontes para traçar um panorama das atividades
físicas no Brasil. Este foi desenvolvido em parceria por entidades como a Fundação
Getúlio Vargas, a Universidade Gama Filho e a Secretaria da Juventude, Esporte e
Lazer do Estado de São Paulo), que estima que a modalidade é praticada por:

Mais de 10 milhões de brasileiros, sendo a mais popular no país.

Número de equipes: Existem registradas na CBFS 3978 clubes.

Número de atletas federados: São 174.925 atletas masculinos inscritos
e 12.614 atletas do sexo feminino (com inscrição válida e ativa na CBFS) o
número total de registros é de 316.465 atletas.

Número de federações: 27 federações (uma por estado).
A quantidade de atletas brasileiros que estão no exterior1, em sua maioria
estão em paises com mais praticantes depois do Brasil.

414 estão na Itália

269 na Espanha.
1
800 atletas brasileiros estão atuando fora do país. (Abril de 2007)
19

35 em Portugal

23 Bélgica

17 Rússia

10 EUA
Por que uma equipe de futebol joga ofensivamente para obter gols, e a
outra equipe de forma defensiva para evitar gols?
Por que alguns futebolistas só realizam seu rendimento ótimo perante a
sua torcida ou quando têm prêmios altos, enquanto outros apresentam rendimento
constante, independente das situações anteriormente mencionadas?
Segundo Samulski (1995) “A motivação é caracterizada como um
processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação de
fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos)”.
Esta pesquisa tem por finalidade demonstrar a importância da Psicologia
Esportiva em equipes de Futsal de alto rendimento, na área motivacional, tendo em
vista que esse desporto tem uma nivelação muito grande em questões da parte
tática, técnica e física.
Muitas equipes vêm usando a Psicologia como um diferencial a fim de
aumentar a concentração dos seus atletas, motivá-los, conter sua ansiedade antes
das partidas e também no âmbito da coesão de grupo. Em outros esportes a
Psicologia vem sendo utilizada há muito tempo, podemos citar o Voleibol, o Futebol
entre outros.
Ainda existe resistência de alguns profissionais em relação à inserção do
Psicólogo em uma comissão técnica, tendo em vista que este profissional é tão
importante quanto o Preparador Físico, o Preparador de Goleiros, Fisioterapeuta
dentre outros.
O papel do Psicólogo no alto rendimento é de fundamental importância
para o desenvolvimento da motivacional. Subentende-se o desejo de melhorar,
aperfeiçoar ou manter seu rendimento em alto nível.
20
Heckhausen (1980)
afirma que “A motivação do rendimento é
caracterizada por duas tendências: procurar o êxito e evitar o fracasso. No esporte
rendimento essas tendências podem se manifestar em atletas do tipo vencedor ou
perdedor.”.
A motivação para o rendimento (achievement motivation), segundo
Weinberg & Gould (1999, p.590) “refere-se ao esforço de uma pessoa com o fim de
solucionar uma tarefa exigente, adquirir excelência esportiva, superar obstáculos,
procurar e demonstrar uma melhor performance do que outras pessoas e sentir-se o
orgulhoso mostrando seu talento”.
Uma outra característica importante da motivação do rendimento é a
orientação a normas de referência para um rendimento. Segundo Rheinberg
(1980), podemos diferenciar entre a orientação a normas individuais e normas
sociais de referência.
Atletas que se orientam por normas individuais de referência
comparam seus resultados alcançados (no treino ou na competição) com seus
resultados anteriores. O objetivo desses atletas é o aperfeiçoamento individual de
seu próprio rendimento. Atletas que se orientam por normas sociais de referência,
comparam seus resultados com os de outros atletas (comparação social).
PROBLEMA
Qual o papel do Psicólogo Esportivo em equipes de Futsal de alto
rendimento segundo os treinadores?
QUESTÕES DE ESTUDO
1 – Em que aspectos a Psicologia do Esporte contribui para o desempenho do
atleta, segundo os treinadores?
2 – Como os Técnicos de Futsal vêm à importância do Psicólogo em suas equipes?
21
OBJETIVO

Identificar a necessidade do psicólogo esportivo nas equipes de futsal de alto
rendimento.

A contribuição da psicologia para o desempenho do atleta.

Analisar o discurso sobre o papel do psicólogo na comissão técnica.
JUSTIFICATIVA
A escolha por este tema esta ligada a dois tipos de questões, as de ordem
prática e as de ordem teórica. A prática, pois como ex-atleta, preparador físico e
atual técnico de futsal, tenho me envolvido e dependido do trabalho de motivação
para alcançar resultados melhores, ultrapassar barreiras e realizar objetivos. A
teórica, porque estarei ampliando o conhecimento sobre um tipo de treinamento
importante e muitas vezes determinante na obtenção de resultados vitoriosos.
22
CAPÍTULO II
2.1 O QUE É PSICOLOGIA DO ESPORTE
Psicologia do Esporte é uma ciência que representa uma das disciplinas
da Ciência do Esporte e constitui um campo da Psicologia Aplicada.
A Psicologia do Esporte analisa as bases e efeitos psíquicos
das ações esportivas, considerando por um lado à análise de
processos psíquicos básicos (cognição, motivação, emoção) e,
por outro lado, a realização de tarefas práticas do diagnóstico e
da intervenção (NITSCH, 1989, p.29).
A Psicologia Esportiva tem como meta auxiliar técnicos e atletas a
entender e solucionar, da melhor maneira possível, as suas dificuldades psicológicas
e sociais. Sendo que, uma tarefa específica do psicólogo do esporte é ajudar
emocionalmente os atletas nas fases de insegurança, a fim que eles possam
encontrar rapidamente a sua segurança e autoconfiança, de tal forma a realizar suas
possibilidades máximas de rendimento na competição.
Portanto, o esporte é uma atividade pela qual se vivenciam as emoções
com intensidade. Os processos emocionais podem perturbar a ação esportiva,
implicando não só na preparação física e psicológica dos atletas, mas também em
suas relações humanas.
É necessário então administrar os níveis das emoções, para que não
prejudiquem o desempenho esportivo do atleta. Podendo também afetar toda a
equipe. A literatura referente à Psicologia do Esporte destaca algumas variáveis que
interferem no desempenho de atletas: concentração, motivação, ansiedade e coesão
de grupo.
23
2.2 CONCENTRAÇÃO
No âmbito do esporte, um bom rendimento está freqüentemente ligado à
capacidade
de
concentração
na
execução
de
uma
ação
esportiva.
Segundo Weinberg & Gould (2001), “A concentração é a capacidade de manter o
foco em sinais ambientais relevantes. Quando o ambiente muda rapidamente, o foco
de atenção também deve mudar rapidamente. Pensar no passado ou no futuro
origina sinais irrelevantes que freqüentemente levam a erros de desempenho.”
2.3 MOTIVAÇÃO
A motivação pode ser definida como a totalidade daqueles fatores, que
determinam à atualização de formas de comportamento dirigido a um determinado
objetivo. Para Samulski (1995), “a motivação é caracterizada como um processo
ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação de fatores
pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos)”.
2.4 ANSIEDADE
Para Weinberg & Gould (2001), “a ansiedade é um estado emocional
negativo caracterizado por nervosismo, preocupação e apreensão e associado com
ativação ou agitação do corpo. A ansiedade tem um componente de pensamento
chamado de ansiedade cognitiva que diz respeito ao grau em que o atleta se
preocupa ou tem pensamentos negativos em relação ao seu desempenho
esportivo.”
24
2.5. COESÃO DE GRUPO
A união ou coesão de um time é fundamental para o bom desempenho
esportivo dos atletas. Para Weinberg & Goulg (2001), “a coesão relacionada à tarefa
reflete o grau em que membros de um grupo trabalham juntos para alcançar
objetivos comuns. No esporte, o objetivo comum seria vencer um campeonato, o
que, em parte, depende do esforço coordenado da equipe ou do trabalho de equipe.”
A Psicologia do Esporte tem sido considerada como uma das áreas
emergentes no esporte de alto rendimento, pois vêem desenvolvendo programas de
treinamento psicológico envolvendo treinadores e atletas na busca da melhor
performance em competições de alto rendimento.
2.6 O QUE É MOTIVAÇÃO
O termo motivação tem suas raízes no verbo latino movere, que significa
mover. Motivação pode ser definida simplesmente como a direção e a intensidade
de nossos esforços. Os psicólogos do esporte e do exercício podem considerar
motivação a partir de diversos pontos de vista específicos, incluindo a motivação
para a realização, motivação na forma de estresse competitivo e motivações
intrínseca e extrínseca. Essas formas variadas são todas partes da definição mais
geral de motivação.
Uma das questões mais discutidas entre os psicólogos, técnicos e atletas
relacionados à Psicologia do Esporte consiste em como motivar o atleta. Quais
energias
mantêm este
atleta
motivado?
Quais
fatores
estabelecem este
comportamento? Quais destes comportamentos podem ser mantidos ao longo do
tempo? Explicar ou apenas tentar explicar esses e outros fatores correspondentes à
motivação vêem sendo estudados em demasia, entretanto, as inúmeras teorias
existentes tornam difícil o consenso.
25
Tradicionalmente, o termo motivação é tratado com o conceito
de impulso. Segundo conceitos relativos ao impulso, à maioria
das necessidades fisiológicas cria estados psicológicos
excitados, que nos levam a reduzir ou satisfazer tais
necessidades. O objetivo da redução do impulso é a
estabilidade interna. Não apenas somos impelidos por impulsos
internos, mas também atraídos por incentivos externos.
(WEINBERG e GOULD, 2001).
A análise do comportamento trabalha com variáveis controladoras, por
este motivo tem-se uma maneira diferenciada de falar sobre motivação.
De acordo com Figueiredo (2000), as razões que impulsionam os atletas em direção
a determinados comportamentos não podem ser reduzidas a conceitos rígidos, pois
variam de acordo com a história de vida do atleta e as contingências do ambiente.
Um atleta, então, escolhe determinado esporte e participa dele com determinada
intensidade de dedicação de acordo com experiências anteriores a situações
recentes.
Segundo Martin (2001), numa perspectiva comportamental, é mais útil
pensar em motivação como
um adjetivo para certos
tipos
de padrões
comportamentais, ou como uma ação, em vez de um substantivo que sugere uma
causa do comportamento. Uma implicação desta perspectiva é que as estratégias
motivacionais são encontradas basicamente em contingências ambientais relativas
ao comportamento, e não dentro do individuo.
Milleson (1975, p.343), identificou o conceito de impulso, aqui relacionado
com a motivação, como um meio de enfatizar “... a habilidade de certas operações
de estabelecer reforçadores”. Assim foi considerada por ele a possibilidade de
traduzir o termo motivação para a linguagem da análise do comportamento.
E que “a motivação, então, não é uma força ou um impulso especial a ser localizado
em algum lugar dentro do organismo; antes é um termo aplicado a muitas variáveis
orgânicas e ambientais, que tornam vários estímulos importantes para o
organismo.”.
26
2.7 COMO OS TÉCNICOS DE FUTSAL VEM A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO
EM SUAS EQUIPES
Quando se considera especificamente a área do Treinamento Desportivo,
naturalmente se pensa no trabalho de uma comissão técnica, da qual o responsável
principal é o treinador. A comissão técnica, além do treinador, tem contato com a
participação do preparador físico, e do médico desportivo, com a ajuda do
fisioterapeuta, do nutricionista e do preparador de goleiros.
Mais recentemente, tem-se pensado em convocar também o preparador
psicológico. Porém, ainda há reservas quanto à conveniência de se contratar
oficialmente um psicólogo desportivo. As resistências provem dos diretores dos
clubes e também da maioria dos treinadores. As seguintes considerações talvez
contribuam para um posicionamento mais profissional do problema.
A primeira coisa a focalizar diz respeito ao dever que o treinador tem de se
informar exatamente sobre qual é o papel do psicólogo, enquanto preparador
esportivo. Os recursos da Psicologia devem ser aceitos como mais uma ferramenta,
para aperfeiçoar o trabalho do treinador. Exatamente como acontece com as
contribuições do médico, do preparador físico, do nutricionista. O treinador que
conseguir pelo menos um mínimo de informações corretas sobre o preparo
psicológico, não só deixara de suspeitar do novo cooperador, como se esforçará
para convocar um.
O preparador psicológico, em contrapartida deve entender que vai fazer parte
de um trabalho de equipe, cuja cabeça é o treinador. Informações confidenciais,
ditas pelos atletas não poderão, evidentemente, ser compartilhadas com o treinador
ou com dirigentes. Tudo o que o psicólogo puder informar sobre o atleta, visando ao
seu melhor aproveitamento na equipe, isto deverá ser feito.
Em função do exposto, fica evidente a necessidade do diálogo aberto e
inteligentemente profissional, entre treinador e psicólogo. Quanto mais o treinador
compartilhar com o psicólogo seus planos táticos e aquilo que ele espera de cada
um dos seus jogadores, melhor será a percepção do psicólogo, quanto à
contribuição que poderá dar.
27
Por seu lado, o psicólogo deve constantemente colocar o treinador a par
do seu plano de trabalho, bem como todos os detalhes humanos que facilitarão a
atividade de cada atleta e um melhor rendimento progressivo da equipe.
28
CAPÍTULO III
3.1. – ABORDAGEM
Esta pesquisa é qualitativa por lidar com interpretações da realidade social
esportiva. De acordo com TOBAR & YALOUR (2002), uma pesquisa qualitativa deve
envolver múltiplas fontes de dados, empregar a observação de primeira mão, interessarse pelo cotidiano, situar-se num contexto de descobrimento, importar-se mais com os
significados do que com a freqüência dos fatos e deve buscar o especifico e o local para
encontrar padrões, não estando atado ao modelo teórico.
3.2. – TIPOS DE PESQUISA
Esta pesquisa será do tipo descritiva, que segundo Gil (1996), tem como
objetivo estudar as características psicológicas de profissionais de futsal de alto
rendimento, sendo eles atletas ou membros da comissão técnica. O tipo de
delineamento a ser adotado será o de levantamento que caracteriza-se pela
interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
3.3. – POPULAÇÃO DE AMOSTRA
Para realização desta pesquisa será aplicada entrevista nos 7 técnicos
das equipes disputantes da Liga Nacional de Futsal no ano de 2007, categoria
adulto.
3.4. – GERAÇÃO DE DADOS
O instrumento de coleta de dados utilizado foi à entrevista individual,
realizado por endereço eletrônico (e-mail), método mais adequado para a obtenção
29
de informações por se tratar de uma pesquisa a nível nacional, tendo em vista que
as vinte equipes participantes Liga Nacional de Futsal estão na sua maioria no Sul
do país. A entrevista constou de duas perguntas, no primeiro momento indagou – se
sobre em que aspectos a Psicologia do Esporte contribui para o desempenho do
atleta. No segundo momento abordou como os Técnicos de Futsal vêm à
importância do Psicólogo em suas equipes.
30
CAPÍTULO IV
4.1 ANÁLISE DE DADOS
Quadro 1 - Trabalho Psicológico
Psicólogo Comissão técnica
Nome
Jarí da Rocha (ACBF2 - RS)
3
Sérgio Luiz Schiochet (UCS - RS)
4
Outros
X
X
5
X
Laércio da Graça (SCF - SP)
6
José F.B. Neto (PEC - RJ)
Elton José Dalla Vecchia7 (CER
Atlântico8 - RS)
9
10
Kleber Rangel (Malwee - RS)
Desnecessário
X
X
X
De acordo com a pesquisa realizada, o trabalho de motivação é realizado
em sua maioria por profissionais qualificados, no caso os Psicólogos Esportivos,
somente em alguns poucos casos é realizado por algum membro da comissão
técnica ou outras pessoas.
2
Associação Carlos Barbosa de Futsal
Universidade Caxias do Sul
4
Supervisor
5
São Caetano Futsal
6
Petrópolis Esporte Clube
7
Preparador Físico
8
Atlântico de Erechim
9
Supervisor
10
Jaraguá do Sul
3
31
Quadro 2 - Principais Aspectos
1
Jarí da Rocha (ACBF - RS)
Sérgio Luiz schiochet (UCS2 - RS)
Laércio da Graça* (SCF3 - SP)
José F.B. Neto (PEC4- RJ)
Elton José Dalla Vecchia** (CER
Atlântico5 - RS)
Kleber Rangel (Malwee6 - RS)
Acompanhar o atleta diariamente nos aspectos
individuais, coletivo e familiar.
Preparar os atletas psicologicamente para que
problemas não atrapalhem o trabalho.
Não necessário ao grupo.
Auxiliar o atleta, pois como qualquer ser
humano passa por problemas diversos que não
podem atrapalhar seu desempenho.
Pouca experiência dos profissionais na área de
esportes e alto custo.
Trabalho de motivação e resolução de
problemas do grupo e individuais.
Como o quadro acima demonstra, a grande maioria dos Técnicos
responderam que o Psicólogo é importante na comissão técnica, com respostas
diferentes em relação aos aspectos, mas concordam com o uso deste profissional.
Quadro 3 - Visão dos Técnicos
1
Jarí da Rocha (ACBF - RS)
Sérgio Luiz schiochet (UCS2 - RS)
José F.B. Neto (PEC4- RJ)
Importante desde que bem aplicado.
Fundamental, já que quando atleta foi muito útil e os
resultados comprovam.
Canalização e resolução de questões inerentes ao
grupo para que obtenha rendimento máximo.
Neste quadro, os técnicos citam a importância desde que seja bem
aplicado, sendo fundamental, pois os resultados comprovam, juntamente com o uso
da Psicologia para a canalização e resolução de problemas inerentes ao grupo, para
que se obtenha o rendimento máximo.
32
CAPÍTULO V
5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo, teve-se a pretensão de abordar as questões relacionadas à
motivação que mais influenciam no desempenho de atletas de alto rendimento de
futsal.
Os achados neste estudo que os treinadores são favoráveis à inclusão de um
psicólogo em suas comissões técnicas e que podem ajudar de várias maneiras,
entre elas: resolução de problemas, obtenção do resultado máximo.
A partir dos resultados, sugere-se que, a comissão técnica e os
psicólogos de equipes de futsal possam utilizar os fatores mais importantes e que
realmente motivam seus atletas, facilitando e dinamizando os objetivos traçados, na
busca dos resultados positivos, bem como resolver problemas extra quadra.
Espera-se que esta pesquisa possa estimular novos estudos na área, e
da mesma forma servir de base como referencial teórico.
33
BIBLIOGRAFIA
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Olavo Guimarães Feijó – Rio de Janeiro. Shape Ed., e promoção, 1992.
Samulski, Dietmar – Psicologia do Esporte. Manole Ed., 2002.
Weinberg, Robert S; Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício.
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Alegre: Artmed Editora, 2001.
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Pereira de Souza: Anais eletrônicos... Disponível em: http://www.baraodemaua.br/
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Santana: Anais eletrônicos... Disponível em: http://www.pedagogiadofutsal.com.br
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34
Artigo
A preferência das jogadoras de Futsal com relação ao perfil de liderança dos
treinadores: Publicado em: 12/04/2007; Autora Tatiele dos Santos Silveira. Anais
eletrônicos... Disponível em: http://www.futsalbrasil.com.br/artigos/artigo.php?cd_art
igo=150 - Acesso em 12/09/2007
Motivação no Esporte: Autora Renata Lott: Publicado em: 06/10/2004 Anais
eletrônicos... Disponível em: http://www.interagir.com.br/publicacoes.asp?cod=5 –
Acesso em12 set. 07
35
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