Tipos de Raízes

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Unidade C
Capítulo 7 D
esenvolvimento e morfologia
das plantas angiospermas
biologia
biologia dos organismos
2
amabis
martho
1
leitura
Tipos de raízes
O
s sistemas radiculares costumam ser classificados em dois tipos básicos: pivotante e fasciculado. O sistema radicular pivotante,
característico das eudicotiledôneas, de algumas dicotiledôneas basais e de
gimnospermas, constitui-se de uma raiz principal que afina progressivamente
desde o ponto em que se conecta ao caule até a extremidade. Da raiz principal
partem ramificações denominadas raízes laterais, ou raízes secundárias.
josé mariano amabis
O sistema radicular fasciculado, típico das monocotiledôneas, é formado
por raízes finas, com diâmetro constante ao longo de seu comprimento e que
se originam diretamente do caule, assemelhando-se a uma cabeleira. Essas
raízes são denominadas adventícias (do latim adventicius, vindo de fora,
estrangeiro) pelo fato de surgirem diretamente do caule, pois a raiz principal
degenera logo após a germinação da semente.
Raiz
principal
Raiz
adventícia
À esquerda, raiz pivotante de serralha
(Sonchus sp.); à direita, raiz fasciculada
de cebolinha (Allium sp.).
As raízes de muitas plantas têm especializações que permitem classificá-las
em diversos tipos, tais como: raízes-escoras, raízes estranguladoras, raízes respiratórias, raízes aéreas, raízes tuberosas, raízes sugadoras, grampiformes etc.
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josé mariano amabis
josé mariano amabis
Raízes-escoras (ou raízes-suporte) desenvolvem-se a partir do caule, perto
da base da planta, e sua função é aumentar a sustentação ao solo. Esse tipo de
raiz ocorre, por exemplo, no milho e em árvores de florestas tropicais.
À esquerda, raízes adventícias tipo suporte
de Pandanus sp. À direita, raízes tabulares
(suporte) de árvore da floresta amazônica.
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Plantas como as figueiras desenvolvem raízes a partir de ramos caulinares. Ao atingir o solo, elas penetram e começam a engrossar, originando
estruturas semelhantes a troncos e que podem substituir completamente
o caule na sustentação da planta. Algumas figueiras surgem de sementes,
presentes em fezes de pássaros, que germinam sobre a copa de árvores. As raízes crescem e atingem o solo, ramificando-se em torno da árvore que
lhes serve de suporte, terminando por matá-la por estrangulamento; por
isso, esse tipo de raiz é denominado raiz estranguladora. Quando a planta
que serve de suporte morre, o emaranhado de raízes já está desenvolvido o
suficiente para sustentar a copa da figueira.
Raízes estranguladoras
de uma figueira da
floresta amazônica.
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gilberto martho
Raízes respiratórias, ou pneumatóforos, são adaptadas à realização de
trocas gasosas com o ambiente. Estão presentes em plantas do gênero Aviccenia, que vivem no solo encharcado e pobre em gás oxigênio dos manguezais.
As raízes dessa planta crescem rente à superfície e, de espaço em espaço, lançam projeções eretas para fora do solo, os pneumatóforos. Estes apresentam
grande número de pequenos orifícios, os pneumatódios, através dos quais
ocorrem trocas gasosas.
Raízes respiratórias de
Aviccenia sp. (indicadas
pelas setas).
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Raízes aéreas têm a mesma organização básica das outras raízes, mas
apresentam ainda um revestimento constituído por epiderme multiestratificada, que reveste as partes expostas ao ar e é denominado velame (do grego
velumen, lã). Raízes desse tipo ocorrem em muitas plantas epífitas, entre elas
as orquídeas.
Raízes aéreas (seta) de orquídea.
O revestimento acinzentado
das raízes é o velame, cujas
células podem absorver umidade
diretamente do ar.
pompeu/studio 47/cid
Raízes tuberosas armazenam grande quantidade de reservas nutritivas,
principalmente na forma de grãos de amido, e podem apresentar grande diâmetro. Exemplos de raízes tuberosas são a mandioca, a cenoura, o nabo, a beterraba
e a batata-doce (esta última constituída também por tecidos de caule).
Raízes tuberosas:
batata-doce, beterraba,
nabo, cenoura
e mandioca.
Raízes sugadoras são adaptadas à extração de alimento de plantas hospedeiras e ocorrem em espécies parasitas. As raízes sugadoras possuem uma
estrutura capaz de se fixar ao hospedeiro, o apreensório, do qual partem
finas projeções denominadas haustórios. Estes penetram nos tecidos da
planta hospedeira até atingir os vasos condutores de seiva, de onde extraem
nutrientes. Com suas raízes sugadoras, plantas parasitas como o cipó-chumbo
(gênero Cuscuta) extraem água, sais minerais e substâncias orgânicas da planta hospedeira. Por não possuir folhas e não ser capaz de produzir clorofila, o
cipó-chumbo é uma planta holoparasita (do grego holos, total, completo).
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fabio colombini
Cipó-chumbo
Planta hospedeira
A. Cipó-chumbo (Cuscuta sp.) sobre uma planta hospedeira, da qual extrai seiva orgânica,
ou elaborada, por meio de suas raízes sugadoras. B. Representação esquemática de corte
de um haustório do cipó-chumbo, mostrando a relação entre os tecidos da planta parasita
e da planta hospedeira. (Representação sem escala, cores-fantasia. Fonte: Rawitscher,
F., 1968.)
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Outras plantas com raízes sugadoras, como a erva-de-passarinho, extraem
do hospedeiro apenas seiva mineral, que utilizam para realizar fotossíntese
em suas próprias folhas; por isso, essas plantas são consideradas hemiparasitas, ou semiparasitas.
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Erva-de-passarinho
sobre o tronco de
uma árvore (Tipuana
sp.), da qual as raízes
sugadoras extraem
água e sais minerais
(seiva mineral, ou bruta).
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