Supply Chain

Propaganda
Edelvino Razzolini Filho
Supply Chain Management - SCM
Uma tentativa de conceituação
Edelvino Razzolini Filho (Doutorando)
Curso de Administração – Universidade Tuiuti do Paraná
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
79
80
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
Resumo
Neste artigo, procura-se demonstrar a importância e o papel da administração dos canais de suprimento para
o sucesso organizacional, objetivando contextualizar e conceituar o Supply Chain Management - SCM dentro da
logística. Para tanto, apresenta-se uma breve introdução demonstrando a necessidade e a importância da
mudança de paradigmas para maior competitividade organizacional. Na seqüência, apresenta-se uma visão da
evolução da disciplina logística e da lenta integração das funções de Suprimentos, Distribuição e Planejamento
e Controle da Produção, evolução esta que ocorreu durante esse processo evolutivo. Como continuidade,
apresentam-se alguns conceitos fundamentais para melhor compreensão do tema, chegando, finalmente, ao
conceito, objetivos e ferramentas do SCM e às conclusões sobre o assunto.
Palavras-chave: paradigmas, logística, Supply Chain Management, canais de suprimentos.
Abstract
This article demonstrates the role of the administration of the supply channels and its importance in order to
obtain the organizational success. It aims at contextualizing and considering Supply Chain Management – SCM
– inside the Logistics. Therefore, it points out an introduction demonstrating the necessity of the change of
paradigms for a better organizational competitiveness. In the sequence, it is showed a vision of the evolution
of the logistics discipline and of the slow integration of the Supplies, Distribution and Planning and Control
of the Production functions that happened during that evolutionary process. As continuity, some fundamental
SCM concepts, objectives, and tools are presented in order to better understand the subject.
Key words: paradigms, logistics, Supply Chain Management, channel of supplies.
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
81
Edelvino Razzolini Filho
Introdução
Com a evolução da humanidade, com suas necessidades e/ou desejos a serem satisfeitos, surge um desafio
às empresas: disponibilizar seus produtos, ao menor
custo possível, no momento e no local adequado de
forma que seus clientes possam consumi-los seus produtos satisfazendo, assim, suas necessidades e/ou desejos.
Atualmente, com a economia cada vez mais
globalizada e altamente competitiva, as empresas têm
enfrentado descontinuidades (trade-off 1 ) e expectativas muitas vezes conflitantes (fornecedores, clientes,
acionistas) que exigem uma gestão organizacional muito
mais eficiente e eficaz do que no passado. Trata-se de
gerenciar essas mudanças organizacionais de forma
que as empresas estejam preparadas para enfrentar tais
descontinuidades e expectativas de forma rápida, flexível e que proporcione ganhos a todos os envolvidos.
Portanto, tais mudanças exigem novos enfoques e
novas formas de administrar. Segundo Christopher
(1997) é fundamental que ocorra uma mudança dos
paradigmas que, por longo tempo, definiram os padrões de organização industrial. Na sua concepção
existem cinco áreas em que a mudança de paradigmas
1
Tabela 1: Mudanças de paradigmas
necessárias
Paradigma atual
1 – Funções
2 – Lucro
3 – Produtos
4 – Transações
5 – Estoques
Paradigma proposto
1 – Processos
2 – Lucratividade
3 – Clientes
4 – Relacionamentos
5 – Informações
Fonte: Adaptado de Christopher, 1997, pp. 218-221.
é necessária, e já está acontecendo nas organizações de
“classe mundial”, conforme a tabela 1.
Como se pode inferir, tratam-se de mudanças complexas e difíceis, que certamente exigem muito mais
habilidade e rapidez nos processos decisórios, tudo
isso em cenários cada vez mais complexos e competitivos. Esta necessidade de mudança de paradigmas gera,
por sua vez, a necessidade de mudanças na cultura das
organizações, exigindo uma visão cada vez mais
holística que as conduzirá a transformações gerenciais
profundas que, finalmente, exigirão novas habilidades
dos gerentes, conforme resumido no quadro nº 1.
Tais necessidades de novas habilidades constituemse, atualmente, num dos maiores desafios a serem enfrentados pelas organizações logísticas, uma vez que a
formação teórico-prática de profissionais na área ain-
Trade-Off = entende-se por trade-off a situação de compensação de custos, em que se busca otimizar os custos individuais para que o custo
total seja minimizado.
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
82
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
Quadro nº 1: Perfil de habilidades para o
gerente de logística
Mudança de Paradigma
De funções para
Processos
De Lucro para
Lucratividade
De Produtos para
Clientes
De Transações para
Relacionamentos
De Estoque para
Informação
Conduz a
Gerenciamento
integral do fluxo de
materiais e
mercadorias
Enfoque no
gerenciamento de
recursos e utilização
de ativos (aumento
do Giro)
Enfoque nos
mercados e no
serviço ao cliente
Habilidade de definir,
medir e gerenciar as
necessidades de
serviço por segmento
de mercado
Parcerias de coTécnicas de
produção e cogerenciamento de
transporte
redes e de otimização.
Ex. JIT12
Sistemas de
Familiaridade com
reabastecimento com sistemas de
base na demanda e
informações e com a
de resposta rápida
Tecnologia da
Informação
Fonte: Christopher, 1997, p. 222.
2
Habilidades Necessárias
Compreensão das
oportunidades de tradeoff entre as áreas
funcionais
Técnicas de
Contabilidade e de
controle financeiro
da é incipiente no Brasil e os profissionais que já atuam em alguma das áreas da logística ainda não apresentam a necessária formação teórica que explique suas
experiências sob a luz da teoria administrativa e, assim, venha a complementar adequadamente a vivência
prática de tais profissionais. Para que se compreenda a
importância das mudanças de paradigmas, é importante entender que são as “quebras” de paradigmas
que permitem às ciências evoluírem e, conseqüentemente, gerarem novas possibilidades para o homem.
Na ciência da Administração, relativamente recente, é
mais importante ainda que se entenda a importância
da mudança de paradigmas e, além disso, se procure
realizar tais mudanças espontaneamente.
A partir dessa abordagem da mudança de
paradigmas, que implica em profundas transformações culturais, pode-se perceber que isto ocorre de
forma lenta e gradual nas organizações gerando transformações em estágios evolutivos, conforme se demonstra através da evolução da logística, descrita nas
seções subseqüentes.
Evolução da logística
Embora a logística sempre tenha existido, sua evolução aconteceu de forma lenta até os anos 40, pois a
JIT = Just in Time, sistema de produção que procura reduzir tempo e estoques nos processos de fabricação.
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
83
Edelvino Razzolini Filho
necessidade da movimentação de produtos, pela própria dispersão geográfica das populações, suas necessidades e pela variedade de produtos, era pequena ou
quase inexistente. Na seqüência, se apresenta uma abordagem da evolução histórica da logística e como as
funções administrativas foram se integrando em virtude da necessidade de melhor sincronismo para suprir as necessidades dos mercados e das mudanças na
cultura das organizações.
Evolução numa perspectiva histórica
Ao longo do tempo, acompanhando a evolução das
organizações, das tecnologias disponíveis e das necessidades do mercado, a logística mudou de ênfase,
conforme resumido no quadro nº 2. Desconsiderouse, propositadamente, o período anterior ao século
XX, uma vez que até então a logística era desenvolvida de forma totalmente empírica, sem outra preocupação que não fossem as questões relativas ao
transporte e a logística de suprimentos nos exércitos.
De acordo com Lambert (1998, p. 5), ao longo
da história a logística recebeu denominações diversas: distribuição, engenharia de distribuição, logística
empresarial, logística de marketing, logística de distribuição, administração logística de materiais, administração de materiais, logística, sistema de resposta
rápida, administração da cadeia de abastecimento,
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Quadro nº 2: Evolução da logística ao longo
do tempo
Período
Até os anos 40
Visão organizacional
Do “Campo ao
Mercado”
Dos anos 40 até anos Especialização
60
Dos anos 60 até anos Integração Interna
70
Dos anos 70 até anos Foco no cliente
80
Dos anos 80 até anos Foco no mercado
90
Dos anos 90 até o
Supply Chain
período atual
Management
Ênfase
Economia Agrária
Nos desempenhos
funcionais
Na integração das
funções
Na busca por
eficiência
Na integração da
logística
Na Logística como
diferenciação
Competitiva
Fonte: Adaptado de Figueiredo & Arkader, 1999.
logística industrial. Embora denominações diferentes, as mesmas referiam-se sempre à mesma coisa: a
gestão do fluxo de bens de um ponto de origem a
um ponto de consumo.
Apesar da mudança de denominações, a mais aceita entre os profissionais da área, inclusive validada
pelo Council of Logistics Management – CLM, é a expressão administração da logística.
Já no início do século XXI, com as profundas
mudanças demográficas e a disputa por mercados que
84
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
começa a se tornar uma necessidade das nações, se
pode perceber mais claramente a preocupação com
as questões espaciais (onde alocar produtos) e temporais (quando disponibilizá-los) que são dois dos objetivos centrais da logística, conforme se pode perceber
na descrição de cada um dos períodos mencionados
no quadro nº 2, ressalvando a dificuldade em se
compartimentalizar dessa forma a evolução da logística
que é essencialmente dinâmica e constante.
a) Período até os anos 40 – teve seu início situado na
virada para o século XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A principal preocupação era com as questões de transporte para
o escoamento da produção agrícola, uma vez que
a demanda existente, na maioria dos casos, superava a capacidade produtiva das empresas.
b) Período dos anos 40 até os anos 60 – em função das
duas grandes guerras, surge o termo “logística” que
teve suas raízes na movimentação e no suprimento
das tropas durante as guerras. Aqui, a ênfase era no
fluxo de materiais e, em especial, nas questões de
armazenamento e transporte, tratadas separadamente no contexto da distribuição de bens.
c) Período dos anos 60 até os anos 70 – começa uma visão integrada nas questões logísticas, explorandose aspectos como custo total e uma visão sistêmica
do processo produtivo. O foco deixa de recair na
distribuição física para abranger um leque mais amplo de funções, sob a influência da economia industrial.
d) Período dos anos 70 até anos 80 – corresponde ao
“foco no cliente”, com ênfase na produtividade e
nos custos de estoques. Surgem modelos matemáticos sofisticados para tratar a questão
estocástica, novas abordagens para a questão dos
custos não só dos processos logísticos mas, ainda, da questão contábil.
e) Período dos anos 80 até anos 90 – retoma-se, com
maior ênfase, a visão da logística integrada e inicia-se a visão da administração da cadeia de abastecimento – SCM, cujo pano de fundo é a
globalização e o avanço da tecnologia da informação – TI.
f) Período dos anos 90 até os dias atuais – apresenta um
enfoque mais estratégico, em que a logística passa a ser vista como um elemento diferenciador
para as organizações. Surge o conceito de Supply
Chain Management, com a utilização das ferramentas disponibilizadas pela tecnologia da informação – TI.
Para este autor, fica claro que este período atual
exige muito mais agilidade e flexibilidade por parte
das empresas para que possam suprir adequadamente
seus mercados, pois neste início do século XXI, as
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
empresas são cada vez mais pressionadas pela necessidade da redução de custos aliada às mudanças nos
desejos, necessidades e/ou expectativas dos clientes.
Esta exigência de rapidez e flexibilidade leva as
empresas a buscarem a integração de seus canais de
abastecimento de forma que possam atender adequadamente aos mercados em que atuam. Porém,
para integrar canais de abastecimento, externamente,
é necessária uma integração interna das diversas funções administrativas envolvidas pela logística.
Espera-se que a conceituação, estabelecida no item
três do presente trabalho, deixe claro o fato de que a
logística é intra-organizacional enquanto que o SCM
é inter-organizacional.
Essa integração interna de funções administrativas (através da logística) e externa (através do SCM)
não aconteceu rapidamente e nem espontaneamente,
mas foi fruto de exigências do mercado, conforme
se relata na seqüência.
forma simplificada e esquemática representa-se a evolução da logística resumindo-a em cinco estágios
evolutivos distintos, que buscam demonstrar a evolução integrativa das funções administrativas, conforme segue:
a) 1º Estágio: funções separadas, em que a área de
suprimentos (chamada de administração ou gestão
de materiais) atua de forma dissociada da área de
Planejamento e Controle da Produção e da área de
Distribuição (vista apenas como responsável pelo
transporte e armazenamento de produtos acabados),
conforme se visualiza na figura nº 1, a seguir.
Estágios evolutivos das funções
administrativas
b) 2º Estágio: Integração de Suprimentos e Distribuição, em que se começa a visualizar o papel da
Distribuição como sendo mais amplo. Percebendose uma interface maior entre a Logística e o Marketing
e, conseqüentemente, estendendo-se mais o conceito
de Distribuição de forma a abranger os Canais de
Marketing, visualizado na figura nº 2.
Diante desse processo evolutivo, resumido no quadro nº 2, por que passou a logística, pode-se abstrair
as profundas mudanças que foram necessárias aos
processos gerenciais e à evolução do pensamento
organizacional em termos de cadeias produtivas. De
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Figura nº 1: 1º Estágio Evolutivo – funções autônomas
85
86
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
Figura nº 2: 2º Estágio Evolutivo – Integração de Suprimentos com
Distribuição
d) 4º Estágio: Integração das três funções (Suprimentos, Distribuição e Planejamento e Controle da
Produção. Nesse estágio, apresentado na figura nº 4,
surge o conceito de Logística Integrada, em que se
busca uma visão mais abrangente da gestão logística e
que a preocupação com o cliente final passa a ser muito
mais abrangente e o nível de serviço assume papel de
destaque com o conceito de produto ampliado.
c) 3º Estágio: Integração de Suprimentos e Distribuição e Planejamento e Controle da Produção, sem
integrar Planejamento e Controle da Produção com a
Distribuição, conforme se visualiza na figura nº 3. Tratase do estágio em que se busca resolver problemas
durante o processo produtivo, garantindo-se prazos
de entregas e qualidade dos materiais que entram no
processo de produção.
Figura nº 4: 4º Estágio Evolutivo – integração das três funções: visão
da logística integrada
Figura nº 3: 3º Estágio Evolutivo – Integração de Suprimentos com
Distribuição e Suprimentos com o PCP
e) 5º Estágio: Integração total da organização com
a visão da logística como fator de diferenciação, existindo a preocupação com a integração do ambiente
interno com o ambiente externo para otimizar processos e possibilitar maior agregação de valor ao longo de toda a cadeia produtiva. Este estágio pode ser
visualizado na figura nº 5.
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
Figura nº 5: 5º Estágio Evolutivo – A Logística como fator diferenciador
Nesse processo evolutivo, percebe-se que até a
metade da década de 80, as avaliações tradicionais
estavam em profundos conflitos, pois o Marketing
era avaliado em relação à sua participação no mercado, Engenharia e Pesquisa & Desenvolvimento eram
avaliados pelo número de novos produtos lançados,
a área de Distribuição avaliada pelo custo de transporte e armazenagem, a Administração de Pedidos
sobre o índice de atendimentos, Vendas avaliadas pelo
crescimento, Compras avaliadas pelo menor preço
unitário, Finanças avaliada pelo número de itens em
estoques e a Manufatura avaliada pelos custos unitários de produção. Não existia uma lógica integradora
nesse processo. Foi exatamente o surgimento do conceito de Supply Chain que veio trazer essa visão
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
integradora ao processo logístico, em função de uma
ótica centrada no atendimento ao cliente com eficiência e eficácia, aos menores custos possíveis, agregando valor aos produtos.
Tal processo pode ser explicado pelas profundas
transformações ocorridas tanto no meio ambiente
interno, quanto no meio ambiente externo das organizações (entenda-se mercado), pois o papel e a necessidade da logística deter mina-se pelas
transformações ambientais, que exigem ou provocam mudanças nos paradigmas organizacionais para
poder fazer frente às novas exigências do meio em
que as organizações se situam. Pode-se perceber
como a necessidade da logística se transformou ao
longo do tempo estabelecendo-se paralelo entre as
necessidades passadas e as necessidades atuais, conforme se visualiza no quadro nº 3, a seguir.
A partir do quadro nº 3, fica claro que as principais pressões sofridas pelas empresas têm sua origem no ambiente externo, o que as leva a uma postura
reativa-adaptativa, que exige flexibilidade e agilidade
para oferecer vantagens mercadológicas competitivas significativas e duradouras.
A logística, a partir da abordagem do Supply Chain
Management, é importante ferramenta para suportar
as vantagens mercadológicas decorrentes da agilidade e flexibilidade demandadas pelas pressões
87
88
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
Quadro Nº 3: A necessidade logística
Fonte: Adaptado de Rodríguez, 2000.
ambientais, daí a necessidade de conhecer-lhe os conceitos básicos.
Conceitos
Supply Chain Management - SCM, ou Administração da
Cadeia de Abastecimento, é um termo ainda confuso
para a maioria das pessoas ou empresas, inclusive na
sua tradução para o português. Existem várias concepções do que seja SCM, inclusive algumas que não
demonstram exatamente o que seja SCM. Porém, para
demonstrar algumas das concepções usuais, buscamos
algumas dessas visões para, então, discorrermos sobre SCM.
Para Marcos Isaac, presidente da Modus Logística
Aplicada, Supply Chain não é um sinônimo de logística.
“O Supply Chain pode ser definido como uma postura organizacional, quando as empresas se organizam
em cadeia. A logística, na verdade, é a ferramenta que
dá suporte ao Supply Chain”.
Na visão da empresa Margate Inc., Supply Chain
compreende a logística, mas é mais do que isso. Inclui
o fluxo de materiais e produtos até os consumidores,
envolvendo também as organizações que são partes
desse processo.
Segundo a WideSoft Sistemas Ltda., o SCM é atualmente a prioridade estratégica na maioria das grandes empresas.
Wood & Zuffo (1998) dizem que SCM é uma
metodologia baseada na visão sistêmica da empresa e
no conceito de cadeia de valores.
Como se pode perceber, apesar das várias concepções de SCM, elas apontam alguns caminhos. EsTuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
sas concepções permitem visualizar que Supply Chain
Management:
- Envolve a logística
- É suportado pela logística
- É uma Postura Organizacional
- É uma Metodologia com visão Sistêmica
Conforme Fleury (2000, p. 42), o SCM “é exatamente esse esforço de coordenação nos canais de distribuição, por meio da integração de processos de
negócios que interligam seus diversos participantes”.
a) Conceitos de Logística
razoável. (Ballou, 1993)
A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e
produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas)
através da organização e seus canais de marketing, de modo
a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo. (Christopher,
1997).
Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados,
bem como, as informações a eles relativa, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
exigências dos clientes. (CLM)
Para compreender melhor porque SCM é mais que
logística e compreende a logística, é necessário vislumbrar alguns conceitos de logística, uma vez que, embora a logística tenha sido utilizada desde os
primórdios da civilização, o seu conceito é moderno e
não é específico para as atividades públicas ou privaEstes conceitos podem ser sintetizados através de
das, mas aplicável a qualquer atividade que utilize seus uma representação esquemática, que pode ser
conceitos básicos.
visualizada na figura nº 6 na próxima página.
O esquema representado na figura nº 6 sintetiza o
A Logística empresarial trata de todas atividades de movi- conceito de logística e, além disso, permite perceber a
mentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos relação da logística com o meio ambiente interno e
desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de com o externo, como elemento integrador das funconsumo final, assim como dos fluxos de informação que colo- ções administrativas de suprimentos, planejamento e
cam os produtos em movimento, com o propósito de providen- controle da produção e distribuição física. Outro asciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo pecto importante a ressaltar é o fato de que a logística
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
89
90
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
-
Figura nº 6: Representação esquemática do conceito de logística
somente satisfaz necessidades dos clientes e, como
conseqüência, as necessidades da empresa em termos
de lucratividade e rentabilidade, se conseguir entregar seus produtos:
- Com a qualidade esperada pelos clientes;
- Na forma desejada pelos clientes;
- Ao custo adequado;
- Com o preço esperado pelo cliente (aquele
que ele está disposto a pagar);
- No local esperado pelo cliente; e, principalmente,
No prazo certo.
Através das atividades de transporte a logística
consegue agregar o valor de lugar (o produto certo
no local esperado pelo cliente) e, através dos estoques, consegue agregar valor temporal aos produtos
(o produto certo na hora desejada pelo cliente). Para
conseguir atender a esses requisitos de espacialidade
e temporalidade, é necessário integrar todas as funções logísticas interna e externamente.
Como se percebe nos conceitos apresentados, a
logística começa desde o ponto de aquisição da matériaprima e perpassa toda a organização até o ponto de
consumo final. Trata-se de uma visão integradora de
todos os processos de gestão envolvendo todos os
elos de uma cadeia produtiva. Porém, como a
Logística Integrada ainda não era resposta suficiente a tais necessidades, surge o conceito de Supply
Chain Management – SCM, que vem a revolucionar a
visão da logística pela sua amplitude e visão estratégica. Esta visão de SCM pode ser percebida na figura nº 7.
Figura nº 7: Visão da logística integrada.
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
b) Mas, afinal, o que é Supply Chain
Management?
ções uma diferenciação competitiva estrategicamente
importante, pois, segundo Pires (1999), introduz uma
Na verdade, a logística é primariamente orientada aos importante mudança no paradigma competitivo, na
processos de uma só empresa e seus provedores medida em que considera que a competição no merlogísticos. Em contraste, o SCM envolve o conjunto cado ocorre, de fato, no nível das cadeias produtivas e
de processos e organizações desde a fonte de maté- não apenas no nível das unidades de negócios (isolaria-prima até o cliente final, conforme se visualiza nas das), como estabelece o tradicional trabalho de Porter
figuras nº 6 e 7. Essa nova forma de gerenciamento (1997).
busca organizar a produção com base na demanda
Ainda na visão de Pires, através de relacionamenestimada (com a maior exatidão possível), integrando tos inter-organizacionais sólidos e duradouros, buscaas duas pontas da cadeia (fornecedores e clientes). É se criar unidades de negócios “virtuais” de forma a se
um novo modelo administrativo adotado pelas em- aproveitar a sinergia existente entre as organizações
presas para evitar o desperdício, reduzir custos e ofe- envolvidas de forma a obter-se muitos dos benefícios
recer um melhor serviço ao consumidor. Trata-se de da integração vertical tradicional, sem as desvantagens
uma abordagem que implica na conjugação de todos inerentes à mesma, com o objetivo de agregar valor
os esforços inter e intra-organizacionais no sentido de ao produto a ser oferecido ao cliente final da cadeia
atender às necessidades e/ou desejos do cliente final. produtiva. Trata-se de um modelo em que cada elo
Embora o SCM seja um conceito ainda em evolu- da cadeia trabalha sempre com uma visão holística e
ção, sua importância é indiscutível por permitir que as proativa enfocada no cliente final e não apenas no elo
organizações enxerguem a cadeia de valor genérica, seguinte da cadeia produtiva.
proposta por Porter (1997), de forma interdependente
Para Ching (1999, p. 67), “Supply Chain é todo esou relacionada, pois “o ocorrido numa das partes afeta forço envolvido nos diferentes processos empresario custo ou a lucratividade de outra. Estes enlaces im- ais que criam valor na forma de produtos e serviços
plicam a necessidade de uma correta coordenação entre para o consumidor final” . Assim, ainda segundo
atividades, o qual é uma fonte de vantagens competi- Ching, a administração dos canais de abastecimento
tivas” (Bañegil, 1993, p. 176).
uma forma de gestão integrada do planejamento e
O conceito de SCM visa a fornecer às organiza- controle do fluxo de mercadorias, informações e reTuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
91
92
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
cursos, iniciando-se nos fornecedores e encerrando-se
com o cliente final. Tal visão exige uma administração
dos relacionamentos ao longo da cadeia logística de
forma cooperativa e tipicamente de parcerias tipo
“ganha-ganha” para que todos os envolvidos sejam
igualmente beneficiados.
A partir dessas considerações, o autor deste artigo
conceitua SCM como sendo a administração sinérgica
dos canais de abastecimento de todos os participantes
da cadeia de valor, através da integração de seus processos de negócios, visando sempre agregar valor ao
produto final, em cada elo da cadeia, gerando vantagens competitivas sustentáveis ao longo do tempo.
Porém, para entender melhor o conceito oferecido, é necessário compreender os objetivos e alguns
mecanismos do Supply Chain sobre os quais se discorre na continuidade.
Objetivos e mecanismos do SCM
Diante do exposto até aqui, pode-se inferir o papel e
importância do SCM. Porém, resta compreender seus
três objetivos principais, quais sejam:
1º) Redução de Custos – busca-se, através de um melhor gerenciamento da cadeia logística como um
todo (integrando todos os elos da cadeia produtiva), conseguir reduzir custos através da eliminação de atividades desnecessárias,
evitando-se desperdícios ou, ainda, através de
trade-offs de custos;
2º) Agregar Valor – embora o cliente final possa não
perceber a integração existente na cadeia produtiva, cada elo da mesma está sempre buscando
níveis de qualidade e eficiência que possibilitem
ofertar um produto em que o cliente perceba um
valor agregado maior, seja em função da maior
qualidade resultante, seja através da
disponibilização mais rápida do produto aos
mesmos (atendendo aos requisitos de
espacialidade e temporalidade); e,
3º) Vantagem Estratégica – operando-se numa visão
integrada por toda a cadeia produtiva, conseguese obter um diferencial competitivo importante,
seja através de uma estratégia de redução de custos, seja através de uma estratégia de diferenciação, conforme preconizado por Porter (1997).
Para atingir seus objetivos o SCM pressupõe a simplificação e a otimização de toda a cadeia produtiva
através da utilização de diversos mecanismos/recursos disponíveis atualmente, sobretudo com a evolução da Tecnologia da Informação.Existem diversas
formas de realizar a integração das diversas funções
que o SCM propõe, o que escapa ao objetivo do presente trabalho. Porém, pode-se indicar alguns mecanismos/recursos que podem ser utilizados, entre os
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
quais destacam-se:
a) Redução do número de fornecedores, estabelecendo-se
relacionamentos de parcerias colaborativas em que
se buscam resultados através da sinergia entre os
elos da cadeia produtiva;
b) Integração de Informações com Fornecedores, Clientes e Operadores Logísticos – utilizando-se principalmente de
sistemas como o EDI (Electronic Data Interchange)
para a troca rápida de informações que possam
agilizar os processos produtivos, o ECR (Efficient
Consumer Response) para a reposição automática de
produtos no ponto de venda, entre outros Sistemas de Apoio à Decisão, o que possibilita a utilização de sistemas de produção dentro da filosofia
Just in Time – JIT, e a diminuição geral dos níveis de
estoques (em toda a cadeia produtiva);
c) Utilização de Representantes Permanentes junto aos
principais clientes – o que possibilita um melhor
balanceamento entre as necessidades do cliente e a
capacidade produtiva da empresa, além de permitir maior agilidade na resolução de problemas;
d) Desenvolvimento conjunto de novos produtos – para atender a necessidades específicas de determinados clientes, busca-se o envolvimento dos fornecedores
desde os estágios iniciais do desenvolvimento de
novos produtos, o que possibilita redução no tempo e nos custos de desenvolvimento;
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
e) Integração das estratégias competitivas dentro da cadeia
produtiva – através de relacionamentos profundos
de parcerias colaborativas, busca-se adequar estratégias competitivas unificadas, com os mesmos
objetivos, entre empresas diferentes (interorganizacionais);
f) Desenvolvimento conjunto de competências e capacidades na
cadeia produtiva – competência como sendo o elo
de ligação entre estratégia e infra-estrutura, é qualitativa e não é vista ou percebida pelos clientes,
embora agregue valor aos produtos. Capacidade
(capability) representando o know-how, habilidades e
práticas associadas com a integração e operação
de processos;
g) Global sourcing – trata-se de uma visão mais
abrangente do SCM, pois, trabalha-se com fornecedores/parceiros e clientes independentemente da
sua localização geográfica no globo terrestre. Para
tanto, é necessário que as práticas de Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos seja feita em
conjunto, que a transmissão eletrônica de dados
(EDI), seja uma prática constante, entre outras práticas aqui relacionadas;
h) Outsourcing – é a prática em que parte do conjunto
de produtos e serviços utilizados por uma empresa (dentro da cadeia produtiva) é providenciado
por uma empresa externa, num relacionamento de
93
94
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
interdependência e estreita colaboração, permitindo que a empresa cliente concentre-se naquilo que
é sua competência principal (core competence). Nessa
visão, o outsourcing vai muito além da simples
terceirização, uma vez que o fornecedor mantém
uma integração profunda e de colaboração estreita com o cliente;
i) Follow Sourcing – é a política que algumas empresas estão adotando, de trabalhar com o mesmo
fornecedor de um item em todas as suas unidades produtivas, independente da localização geográfica dessas unidades. Como exemplo podemos
citar a Volvo e a Bosch: a Bosch, em Curitiba,
fornece as bombas injetoras para todas as plantas
da Volvo do mundo todo, cabendo à Gerência
de Suprimentos da planta da Volvo em Curitiba,
gerenciar todo o processo de abastecimento das
demais plantas da Volvo ao redor do mundo; e,
j) Operadores Logísticos – um operador logístico é uma
empresa especializada em assumir a operação parcial ou total de determinados processos dentro
da cadeia logística. Os exemplos mais comuns são:
a) a área de transporte (tanto interno quanto externo); b) a armazenagem (de matéria-prima e/
ou insumos, de produtos em processo e/ou de
produtos acabados); e, c) os “Solution Providers”
que se encarregam de gerenciar todo o processo
de negociação com fornecedores, consolidação e
movimentação de cargas; desembaraços aduaneiros etc.
Cabe apenas destacar que as práticas de Global
Sourcing, Outsourcing e Follow Sourcing têm sido praticadas, sobretudo pelas indústrias montadoras e de bens
de massa, que precisam operar com ganhos de escala
significativos e, com tais práticas, possibilitaram o desenvolvimento dos assim chamados “produtos mundiais”, devido ao fato de que, realmente, são
envolvidos recursos de várias partes do mundo para a
consecução do projeto e da manufatura dos mesmos.
Conforme se pode perceber pela relação dos mecanismos/recursos utilizados para a implementação
do SCM, trata-se de uma visão complexa e sofisticada da função logística dentro das organizações. Essa
abordagem da logística leva a novas possibilidades
em ter mos de estratégias competitivas
organizacionais, ou seja, com as novas possibilidades
conquistadas através da função logística, suportada
pela tecnologia da informação – TI, as organizações
podem estabelecer estratégias competitivas mais ousadas/desafiadoras do que jamais sonhadas até há
bem pouco tempo.
Diante dessa complexidade/sofisticação, fica clara a importância das mudanças de habilidades referidas no início deste artigo, além da necessidade de
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
mudanças de paradigmas preconizadas por
Christopher (1997), e que se justificam diante dos
novos desafios que se apresentam aos profissionais
da logística. Desafios esses, que somente poderão
ser superados com a correta utilização dos recursos
atualmente disponíveis e com a adoção da
metodologia/filosofia do Supply Chain Management.
Conclusões
A partir do presente, algumas considerações podem
ser efetuadas à guisa de conclusão. Inicialmente, podese concluir que aquelas organizações que quiserem
conquistar vantagens competitivas significativas precisarão passar por profundas mudanças culturais para
satisfazer seus clientes através da adoção de programas de SCM, pois sem tais mudanças culturais não
se consegue êxito na sua implementação.
Nos estudos realizados, chega-se a conclusão de
que, mesmo entre as empresas que afirmam adotar
programas de SCM, não existe unanimidade sobre o
conceito e a forma de implementa-lo. Percebe-se,
claramente, que a única convergência diz respeito à
questão da necessidade de mudança cultural que implique “quebrar” paradigmas organizacionais e que
se trata de importante instrumento para conseguir
3
vantagens competitivas.
Além disso, o presente artigo deixa o autor com
algumas convicções importantes no que diz respeito
ao SCM:
- Trata-se de uma Filosofia3 Administrativa que propicia um novo modelo cultural e de gestão
organizacional;
- Por ser uma Filosofia Administrativa, pressupõe
um profundo inter-relacionamento da Logística
com todas as demais funções administrativas, sobretudo com o Planejamento e Controle da Produção - PCP e com o Marketing, através da
Distribuição Física;
- Possibilita gerir melhor os Fluxos Logísticos (de
Informações, de Materiais e Financeiro), em função de exigir uma visão sistêmica dos processos
organizacionais de todos os participantes da cadeia
de valor (desde o fornecedor inicial – de nível 1
– até o cliente ou consumidor final);
- Exige um entrosamento e comunicação maiores
entre as áreas de planejamento e de execução para
a otimização dos processos organizacionais;
- Exige que todas as unidades operacionais, intra e
inter-organizacionais, estejam orientadas para o
mercado (cliente);
Utilizada aqui no sentido restrito de “conjunto de estudos ou de considerações que tendem a reunir uma ordem determinada de conhecimentos em um número reduzido de princípios que lhe servem de fundamento e lhe restringem o alcance” (Novo Dicionário AURÉLIO)
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
95
96
Supply Chain Management - SCM : Uma tentativa de...
-
Pressupõe delegação da capacidade de decisão
(empowerment) para os recursos humanos envolvidos no processo; e,
- O objetivo das organizações que adotam programas de SCM consiste, basicamente, em satisfazer (encantar) o cliente, através da produção,
venda e entrega dos produtos por ele desejados,
atendendo aos requisitos de espacialidade e
temporalidade e, dessa forma, atingindo os objeti-
vos organizacionais obtendo lucros.
Por fim, uma vez que se trata de assunto de extrema atualidade, objeto de inúmeras pesquisas, discussões e ainda pouco implementado nas organizações
(sobretudo no Brasil), não se tem outra pretensão que
a de trazer algumas questões a serem discutidas e
aprofundadas através do debate acadêmico e que
possam representar um estímulo aos interessados em
pesquisar este campo de estudo.
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
Edelvino Razzolini Filho
Referências bibliográficas
BALLOU, R. H. (1993). Logística empresarial – transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo:
Atlas.
BAÑEGIL, T. M. (1993). El sistema Just in Time y la flexibilidade de la producción. Madrid: ed. Pirámide S.A.
CHING, H. Y. (1999). Gestão de estoques na cadeia de logística integrada – supply chain. São Paulo: Atlas.
CHRISTOPHER, M. (1997). Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a redução de custos e
melhoria dos serviço. São Paulo: Pioneira.
CLM - COUNCIL OF LOGISTICS MANAGEMENT. (1995). World class logistics - the challenge of managing
continuous change. Prepared by the Global Logistics Research Team. Michigan State University.
FIGUEIREDO, K. e ARKADER, R. (1999). Da distribuição física ao Supply Chain Management: o pensamento, o
ensino e as necessidades de capacitação em logística. Rio de Janeiro: www.coppead.ufrj.br.
FLEURY, P. F. (2000). Logística empresarial. São Paulo: Atlas.
ISAAC, M. (1999). Sincronia no Supply Chain - a cadeia de abastecimento (supply chain é a derrubada das paredes internas
e externas de uma empresa. In: http://www.eanbrasil.org.br
LAMBERT, D. M. et al. (1998). Administração estratégica da logística. Douglas M. Lambert, James R. Stock, José
Geraldo Vantine. São Paulo: Vantine Consultoria.
PIRES, S. R. I. (1999). Supply Chain Management. São Paulo: www.numa.org.br.
PORTER, M. E. (1997). Estratégia competitiva: estratégias para análise de indústrias e da concorrência. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Campus.
RODRÍGUEZ, C. M. T. (2000). Anotações de aula no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção –
PPGEP. Florianópolis: UFSC.
WOOD Jr., T. e ZUFFO, P. K. (1998). Supply Chain Management. In Revista de Administração de Empresas, Ed.
FGV, São Paulo, v. 38, nº 3, p 55-63, jul/set .
Tuiuti: Ciência e Cultura, n. 24, FCSA 03, p. 79-98, Curitiba, nov. 2001
97
Download