Apresentação do PowerPoint

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“Entre a ficção e o documentário: as estratégias estéticas dos filmes
biográficos sobre a ditadura militar brasileira”
Bolsista: Gabriela de Souza Carvalho
Orientadora: Cristiane Freitas Gutfreind
Objetivo da Pesquisa
Objetivo Geral:
Analisar as estratégias estéticas dos longas-metragens
biográficos ficcionais e documentais sobre a ditadura militares
brasileira (1964-1985), realizados entre 2002 e 2014.
Objetivos da Pesquisa
Objetivos Específicos:
• Mapear os filmes biográficos que correspondem o período estudado
ressaltando as temáticas relatadas (ex. cenas de tortura, movimentos de
resistência, controle das mídias, tentativas de golpes políticos, etc.) e,
consequentemente, as diferenças entre relatos de “militares” e
“militantes”;
• Analisar as escolhas estéticas em termos imagéticos (montagem,
enquadramento, movimento de câmera, etc), o que determina a forma
de dramatização do personagem biográfico na ficção e no
documentário;
Objetivos da Pesquisa
Objetivos Específicos:
• Investigar e compreender as diferenças estéticas e de estilo
sustentadas pelo realismo nos filmes biográficos contemporâneos de
ficção e documentário;
• Investigar e compreender as diferenças quantitativas entre os
formatos fílmicos (documentário e ficção).
Metodologia da Pesquisa
• Análise da narrativa fílmica baseada na “desconstrução” da
montagem, enquadramento e escolhas estéticas, o que determina a
forma de dramatização do filme.
• Pesquisa bibliográfica vinculada a uma reflexão sobre os principais
eixos teórico-conceituais: realismo (Bazin; Kracauer; Rancière),
construção da imagem biográfica e seus discursos (Agamben;
Aumont; Badiou; Benjamin).
Documentário
É o cinema documentário o cinema que se dedica ao ‘real’. É, nesse
sentido, capaz de uma invenção ficcional mais forte que o cinema de
“ficção”, que se dedica facilmente a certa estereotipia das ações e dos
tipos característicos. (RANCIÈRE, 2009, p.57)
O mundo parece poder falar por si, e a fala do mundo, a fala das pessoas,
é predominantemente dialógica. A tendência mais participativa do cinema
direto/verdade introduz no documentário uma nova maneira de enunciar:
a entrevista ou o depoimento. As asserções continuam dialógicas, mas são
provocadas pelo cineasta. (RAMOS, 2008, p.23)
Realismo
• Estratégia estética utilizada frequentemente nos filmesbiográficos sobre “catástrofe histórica” (Benjamin), pois
intensifica as emoções, através do personagem que viveu a
história, ajuda a exorcizar o trauma e atualiza o acontecimento
histórico no presente (Bazin, Kracauer, Rancière).
• Os filmes-biográficos são um instrumento relevante para a
compreensão da comunicação na atualidade e que remete ao
presente
transformando,
reinterpretando
interagindo, assim, entre o vivido e o transmitido.
o
passado,
Filme-biográfico
• Instrumento do cinema que se baseia em personagens cuja
existência é legitimada pela história e constrói imagens que
permitem compreendê-la, em muitos casos, servindo de contraponto
a história oficial.
• Esse gênero híbrido, transita entre o filme político, o filme
dramático-social e o filme histórico. O filme biográfico permite,
também, identificar fenômenos históricos, definir e desmitificar a
permanência de certos traços e estilos culturalmente determinados.
Filme-biográfico
FILME
DRAMÁTICO-SOCIAL
FILME
BIOGRÁFICO
FILME
POLÍTICO
FILME
HISTÓRICO
Alguns filmes do corpus
• Person (Marina Person, 2003)
• Dom Hélder Câmara – O Santo Rebelde (Erika Bauer, 2004)
• Vlado – 30 Anos Depois (João Batista Andrade, 2005)
• Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 2006)
• Brizola – Tempos de Luta (Tabajara Ruas, 2007)
• O Longo Amanhecer - Cinebiografia do Celso Furtado (José Mariani, 2007)
• Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007)
• Diário de uma busca (Flávia Castro, 2008)
• Cidadão Boilesen (Chaim Litewski, 2009)
• Em Teu Nome (Paulo Nascimento, 2009)
• Marighella (Isa Ferraz, 2011)
• Repare Bem (Maria Medeiros, 2012)
Resultados parciais
• Elaboração de banco de dados e de acervo fílmico
• Análise de imagens e de acervo fílmico sobre a temática
• Desenvolvimento de artigos científicos
• Participação no grupo de pesquisa Kinepoliticom (CNPq)
• Apresentação em eventos acadêmicos
Referências bibliográficas
AARÃO REIS FILHO, Daniel. Ditadura Militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
____, Daniel Aarão. O golpe e a ditadura militar : quarenta anos depois (1964-2004) / Daniel Aarão Reis, Marcelo
Ridenti, Rodrigo Patto Sá Motta (orgs.). – Bauru, SP: Edusc, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo, 2009.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. A análise do filme. Lisboa: Texto & Grafia, 2009.
BADIOU, Alain. El cine como experimentación filosófica. Buenos Aires: Manantial, 2004.
BAZIN, André. O Cinema: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1991.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo:
Brasiliense, 2012.
DA-RIN, Sílvio. O Espelho Partido: tradição e transformação do documentário. Rio de Janeiro: Azougue, 2008.
DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. São Paulo: EDUSP, 2009.
FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GASPARI, Elio. A Ditadura Derrotada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
KRACAUER, Siegfried. De Caligari a Hitler : uma história psicológica do cinema alemão. Rio de Janeiro: Zahar,
1988.
LABAKI, Amir. É tudo verdade. São Paulo: Francis, 2005.
NICHOLS, Bill. Introdução ao Documentário. São Paulo: Papirus, 2005.
PENA, Felipe. Teoria da biografia sem fim. São Paulo: Mauad, 2004.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: EXO experimental, 2005.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Palavra e imagem: memória e escritura. Chapecó: Argos, 2006.
Obrigada!
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