CAPITAL DE GIRO E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Mestre Giovane Castro Prof. Mestre Giovane Castro [email protected] PARA DISCUSSÃO - ATIVIDADE AVALIATIVA 3 PTS Para a economia, é muito importante a confiança no Sistema Financeiro e suas instituições. Por isso, os operadores são fortemente controlados e fiscalizados pelas entidades supervisoras. Reflita sobre o que aconteceria se não houvesse confiança nos bancos, por exemplo. Pense ainda no que lhe faz confiar em fazer depósitos e aplicações numa instituição financeira ou adquirir um plano de previdência, cujo valor só será resgatado daqui a 20 anos. TEMPO PARA A ATIVIDADE: 45 MINUTOS Já sabemos que a administração financeira é essencial para as organizações e para a vida das pessoas. Estudamos a evolução da administração financeira e o papel do administrador financeiro. Estudamos também a dinâmica das decisões financeiras e o sistema financeiro nacional, bem como a importância da administração de curto prazo, que é o foco da nossa disciplina e que deve haver um equilíbrio entre rentabilidade e risco. Agora, vamos ampliar o estudo das bases de conhecimento para que possamos analisar as demonstrações financeiras e a partir delas conhecer os conceitos e as técnicas de análise das demonstrações contábeis para apoio à tomada de decisão na gestão financeira das organizações, que é a competência técnica que está sendo desenvolvida nesta disciplina. O equilíbrio financeiro de uma empresa pressupõe que ela tenha recursos de caixa (disponibilidades) para o pagamento das obrigações no momento do vencimento das mesmas. Deve haver um equilíbrio entre ativos e passivos, ou seja, as entradas de caixa devem coincidir com as saídas de caixa para pagamento das fontes de financiamento. ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Introdução: a) Avaliar as demonstrações contábeis; b) Fazer análise e planejamento financeiros; c) Tomar decisões de investimentos; d) Tomar decisões de financiamentos. As decisões são analisadas por base nas demonstrações contábeis, que serão tomadas em função dos efeitos das flutuações do fluxo de caixa. Nas contas que compõem o capital circulante líquido das empresas, está o grande volume de operações da companhia. A boa gestão do capital de giro pode implicar um aumento do lucro ao final de cada exercício. Gerir bem o capital de giro não se resume apenas a conseguir financiamento com juros mais baixos ou comprar mercadorias com preços melhores. AC PC RLP ELP AP PL Capital de giro Análise e Planejamento Financeiro visam: a) Monitorar a condição financeira da empresa; b) Avaliar a necessidade de aumento ou diminuição da capacidade de produzir; c) Determinar o financiamento requerido. Essas decisões se apoiam nos relatórios contábeis baseadas no regime de competência, o objetivo maior é avaliar os fluxos de caixa, para atingir as metas da empresa. O fluxo de caixa é o principal instrumento de gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinado período de tempo. O fluxo de caixa pode ser resumido em entradas e saídas de caixa, em determinadas datas no tempo. A fim de facilitar sua representação e entendimento, convencionou-se representá-lo da seguinte forma: • Fluxo de caixa positivo: seta para cima; • Fluxo de caixa negativo: seta para baixo; • O tempo é representado por uma reta com as indicações das datas (dias, meses, anos) que representam cada fluxo. É possível, a partir da elaboração do fluxo de caixa, verificar e planejar eventuais excedentes e escassez de caixa, o que provocará decisões a serem tomadas. Importância do Fluxo de Caixa: garantir que a empresa continuará solvente em suas obrigações e terá os recursos necessários ao investimentos e distribuição de lucros. Importância do DRE / Balanço: garantir que a empresa seja rentável e justifique economicamente seu risco com retornos adequados. Decisões de Investimento: Determinam a combinação ou mix do tipo de ativos que a empresa requer para desenvolvimento de suas atividades, refere-se as unidades monetárias em ativos fixos e circulantes. Dessa forma é possível determinar quando substituir, modificar e liquidar. As empresas de tempos em tempos necessitam trocar suas máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações, ou seja, seu capital físico. As decisões de substituição são de uma importância crítica para a empresa, pois são, em geral, irreversíveis e comprometem um grande volume de recursos, em especial, em empresas industriais. Podem-se explorar diversas razões pelas quais as organizações decidem substituir equipamentos, sendo as principais: A deterioração é uma das causas e se manifesta por custos operacionais excessivos, manutenção crescente, altas perdas. O avanço tecnológico pode causar obsolescência de equipamentos. Essas causas levam as empresas a se perguntarem se e quando devem substituir os equipamentos. A fim de responder a essas questões, faz-se necessário utilizar o VPL ou a TIR, tendo como critério de racionalidade econômico-financeira e permitindo que a organização maximize seu retorno. Um erro muito comum das empresas é substituir seus equipamentos apenas motivadas pelo avanço tecnológico ou por modismo, sem utilizar as ferramentas de análise de investimentos. O risco dessa abordagem é substituir equipamentos sem conseguir aumentar o retorno do investimento. Decisões de Financiamento: Determina a combinação ou mix de busca de recursos de curto ou longo prazo, e qual será a fonte que poderá melhor dar condições durante aquele período, levando-se em conta os custos e suas implicações tanto no curto quanto no longo prazo. Nunca esquecer de manter as metas da empresa. Metas: a) Maximizar Lucros: Uma das metas sempre aceita é que há necessidade de maximizar lucros, será? Nas grandes empresas mensuram-se lucros nos termos LPA (lucro por ação), que representa o lucro obtido durante o período contábil sobre cada ação ordinária. Fracassa por várias razões: 1) o tempo de retorno ignorado; 2) os fluxos de caixa disponíveis p/os acionistas; 3) o risco. 1) Tempo de retorno: Podemos ter um tempo de retorno incerto, p.ex., um LPA maior no 1º ano e em LPA menor no 2º, de forma que podemos pensar em um reinvestimento para prover maiores receitas futuras. 2) Fluxos de Caixa: Lucros não representam necessariamente fluxos de caixa disponíveis aos acionistas, que recebem através de dividendos pagos em dinheiro. Maior LPA não significa maior pagamento de dividendos. 3) Risco: A maximização não leva em conta o risco ou seja a chance que os resultados reais obtidos possam diferir dos daqueles esperados. Temos que levar em conta um premissa básica que existe entre o retorno (fluxo de caixa) e o risco. O retorno e o risco são fatores determinantes-chave do preço das ações, que é a riqueza dos acionistas. RISCO: possibilidade de prejuízo ou, mais formalmente, a variabilidade do retorno associado a determinado ativo; INCERTEZA: é a situação de dúvida ou insegurança de se obter um resultado, sem forma de quantificar as possibilidades de ocorrência da situações positivas ou negativas; RETORNO: é o total de ganhos ou perdas de um proprietário ou aplicador sobre investimentos realizados, pode-se dizer que são as variações no valor dos ativos e da distribuições de lucros. Tipos de risco: Risco do negócio: associado à condução do negócio. As escolhas administrativas da gerência da empresa. Risco do empreendimento: a) Administração da produção: fornecedores, matériasprimas, processos produtivos, equipamentos utilizados; b) Marketing: estratégias de mercado, posicionamento do produto, escolhas do canais de distribuição; c) Logística: localização da indústria e dos pontos de venda, política de estoques, gestão de transportes; d) Finanças: Políticas de preço, crédito e cobrança, endividamento e investimento. Risco econômico: a) Retração da demanda de produto: produto de moda; b) Escassez de matéria-prima: quebra de safra; c) Concorrência de produtos importados: automóveis de luxo; d) Obsolescência tecnológica: transmissão de mensagens por pagers; e) Impacto das ondas de fusões e aquisições: concentração no ramo da siderurgia. Risco financeiro: risco de que os lucros antes dos juros e imposto de renda não sejam suficientes para cobrir as despesas financeiras. Risco país: fato do investimento ocorrer nesse ou naquele país interfere nos resultados do empreendimento como p.ex., decisões da política econômica, as leis do país, condições de estabilidade econômica e inflacionária etc. Retorno: Retorno esperado: remuneração que os investidores solicitam para manter suas aplicações no ativo considerado; Retorno exigido: em mercado eficiente, corresponde ao retorno esperado; Retorno real: é o retorno efetivo do investimento ou da aplicação. O retorno do investimento, tanto em ativos físicos como em títulos, tem duas origens: o valor do ativos e o fluxo de caixa esperado. RISCOS x RETORNO A relação entre risco e retorno é bastante simples: ambos andam de mãos dadas. Basta olhar para o mercado financeiro, enquanto a poupança e os fundos DI mostram maior segurança, investimentos em ativos mais arriscados, como a bolsa, acabam mostrando retorno de longo prazo mais elevados. Diagnóstico financeiro da empresa Diagnóstico financeiro da empresa é uma análise do desempenho da sua situação econômico-financeira, com base nas suas demonstrações financeiras. Esse diagnóstico é feito para atender objetivos internos, mas também serve para dar subsídios a decisões externas à empresa. Do ponto de vista interno, a análise financeira tem como objetivo avaliar o retorno e impactos das decisões financeiras da empresa, e também subsidiar a gestão na definição, avaliação e controle das estratégias da empresa. Do ponto de vista externo, permite que todos que tenham algum interesse na empresa (stakeholders) tomem decisões. O diagnóstico financeiro deve avaliar a capacidade da empresa para gerar resultados de forma a: • remunerar os investidores – sua rentabilidade, ligada ao fator econômico; • ter a capacidade de honrar seus compromissos financeiros – seu equilíbrio financeiro; • e a eficiência com que a empresa administra suas atividades operacionais. EXERCÍCIOS Agora, sua missão será na posição de um analista. Você recebeu da contabilidade as contas do balanço patrimonial da empresa, mas elas não estão estruturadas. Dessa forma, estruture o balanço patrimonial da empresa agrupando as contas abaixo em ativo, passivo e patrimônio líquido K BÔ