1 MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA JULIANA PAULA DE ALVARENGA CANAL A EFICACIA DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES CRITICOS SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA SÃO PAULO 2012 2 JULIANA PAULA DE ALVARENGA CANAL A EFICACIA DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES CRITICOS SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA Dissertação apresentada a SOBRATI como parte dos requisitos para obtenção de título de mestre em terapia intensiva, área de fisioterapia. Orientador: Douglas Ferrari. São Paulo 2012 3 A EFICACIA DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTESCRÍTICOS SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA RESUMO A eficácia da mobilização precoce em pacientes críticos submetidos à ventilação mecânica vem melhorando significativamente a sobre vida desses pacientes, porém os efeitos deletérios da imobilização prolongada estão gerando indivíduos em estado de morbidade. A redução da força muscular desses pacientes aumenta o tempo de desmame, internação e riscos de infecções. A mobilização precoce vem sendo cada vez mais estudada e utilizada nos pacientes sob ventilação mecânica, prevenindo a fraqueza muscular, hipotrofia, recuperação da capacidade funcional e conseqüentemente diminuindo o tempo de internação em unidades de terapia intensiva (UTI) e assim diminuindo os riscos acima citados. O objetivo deste estudo foi rever a literatura ao uso da cinesioterapia e sua atuação. A pesquisa da literatura foi realizada por meio de bases de dados eletrônicas, SCIELO, CRITIC CARE e livros. Demonstraram que a fisioterapia motora traz benefícios tais como prevenção e reversão da fraqueza muscular, deambulação precoce, aceleração no processo ao retorno a suas atividades de vida diária. Palavras Chaves: Fisioterapia Motora Precoce, Mobilização Passiva, Síndrome do Imobilismo, Unidade de Terapia Intensiva. ABSTRACT The effectiveness of early mobilization in critically ill patients undergoing mechanical ventilation has improved significantly over the life of these patients, but the deleterious effects of prolonged immobilization are generating individuals in a state of morbidity. The reduction in muscle strength of these patients increases the time of weaning and hospitalization risks of infections. Early mobilization is being increasingly studied and used in patients on mechanical ventilation, preventing muscle weakness, atrophy, recovery of 4 functional capacity and consequently reducing the length of stay in intensive care units and thus reducing the risks mentioned above. The aim of this study was to review the literature to the use of exercise and its performance. A literature search was conducted through electronic databases, SciELO, and CARE CRITIC books. Demonstrated that physical therapy has benefits such as prevention and reversal of muscle weakness, early ambulation, accelerating the process to return to their activities of daily living. Key Words: Physiotherapy Motor Early Passive Mobilization, immobility syndrome, Intensive Care Unit. 1.Introdução A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desempenha um papel crucial na sobrevida de pacientes gravemente enfermos, e tem o objetivo centrado na recuperação ou manutenção de suas funções fisiológicas¹. Vinte por cento dos pacientes internados em Unidades de Cuidados Intensivos apresentam desmame difícil, sendo que 40% do tempo em ventilação mecânica é despendido no processo de desmame2. O tempo gasto na UTI pode estar associado a períodos prolongados de repouso no leito, e isso pode levar a uma perda devastadora de massa muscular e habilidade funcional3 (RM 96). A frequência da fraqueza muscular periférica tem sido relatada em 25% a 33% dos pacientes mecanicamente ventilados por 4 – 7 dias, em 60% dos pacientes com a Síndrome do Desconforto Respiratório e em 35% a 76% de pacientes Sépticos e tem sido associada com o aumento da mortalidade.4 (RM 30) O desenvolvimento da fraqueza generalizada relacionada ao paciente crítico é uma complicação importante e comum em muitos pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva (UTI)5. Para cada semana de imobilização no leito, um paciente pode perder de 10% a 20% de seu nível inicial de força muscular, e em quatro semanas, 50% da forçapode estar perdida.1 Pela sua prevalência, a Síndrome do Imobilismo em doentes críticos deve ser destacada, pois causa redução da capacidade funcional dos sistemas osteomusculares, tecido conjuntivo e articular, sistema respiratório, metabólico, 5 gastrointestinais e outros, podendo alterar o estado emocional, independente do motivo a que o levou ao decúbito prolongado, apresentando apatias, ansiedades, depressão e labilidade emocional e isolamento social.6( REVISTA SOBRAT). Há uma crescente valorização das seqüelas neuromusculares adquiridas pelos pacientes após a alta hospitalar, pois em alguns pacientes sobreviventes da UTI, essa fraqueza pode persistir por anos após essa alta7, por essa razão é essencial reduzir o tempo de internação numa UTI, sendo de extrema importância à identificação do momento ideal para iniciar o processo de Desmame2. A mobilização precoce do paciente crítico é considerada uma intervenção segura e viável, após a estabilização cardiorrespiratória e neurológica do paciente, e que raramente provoca reações adversas 8, diminuindo a dependência da ventilação mecânica, o tempo de desmame ventilatório e a prevenir alterações associadas a imobilização2. Os exercícios oferecem benefícios físicos e psicológicos já bem estabelecidos, incluindo uma ampla gama de atividades que previnem complicações como encurtamentos, fraquezas musculares e deformidades osteoarticulares e reduzem a utilização dos recursos da assistência de saúde durante a hospitalização ou após uma cirúrgia5. Utilizada por muitos fisioterapeutas, a mobilização precoce deve ser aplicada diariamente nos pacientes críticos internados em UTI, tanto aqueles estáveis, que se encontram acamados e inconscientes (sob VM), quanto naqueles conscientes e que realizam a marcha independente8. Os decúbitos dorsais, frequentemente assumidos por pacientes em hospitais, não são fisiológicos e estão associados com a redução significativa nos volumes, taxas de fluxo e aumento do trabalho respiratório9. Reduzindo assim a capacidade que o diafragma tem de gerar força, esse comprometimento da função muscular respiratória contribui para intolerância aos exercícios, dispnéia e hipercapnia podendo sua função ser melhorada com a manutenção do treinamento físico adequado10 . Efeitos adversos de sedativos têm sido relatados em pacientes mecanicamente ventilados, de modo que uma interrupção diária de infusões reduz a duração da 6 ventilação mecânica e o tempo de permanência na UTI, além disso, diminui a incidência de complicações da doença de base, associada à intubação prolongada e ventilação mecânica10. Assim sedativos devem ser minimizados utilizando protocolos de sedação, permitindo que os pacientes sejam acordados e interajam com o meio12. Trabalhos recentes sobre os resultados em sobreviventes da UTI mostram que esses pacientes sofrem deficiências profundas e persistentes na função física, e com recuperação normalmente lenta e incompleta, sendo atribuída perda de massa muscular, fraqueza muscular proximal e fadiga (por exemplo, pé caído, e grande imobilidade articular)12. Uma combinação de intervenções precoces de mobilização motora dentro da UTI foi capaz de garantir uma mudança funcional nos sobreviventes12. 2. OBJETIVO Revisar as publicações sobre a importância da fisioterapia motora na UTI relacionado com intervenções precoces, descrevendo a importância e os efeitos do tratamento em pacientes graves, causando redução do tempo de internação e retorno as atividades de vida diária e assim melhorando a qualidade de vida. 3. METODOLOGIA Trata se de uma revisão bibliográfica de artigos descritivos sendo eles eletrônicos SciElo, Physical Therapy, RBTI, CRITICAL CARE, livros. . e 7 RESULTADO Um estudo retrospectivo demonstrou que mobilização precoce de pacientes cirúrgicos submetidos a suporte ventilatório invasivo resultou em diminuição da morbidade e do tempo de internação2. De acordo com Thomsenet al, após a transferência de pacientes com insuficiência respiratória necessitando de ventilação mecânica, para uma unidade de cuidados intensivos, onde a atividade precoce é um componente essencial melhorou substancialmente a deambulação. Após a estabilização do paciente foram estabelecidos três critérios, os neurológicos se respondiam a comandos verbais, os respiratórios, estando a FIO2 0,6 e circulatórios,sem hipotensão ortostática sintomática para o inicio da atividade10. Segundo Baileyetal. relataram que a maioria dos sobreviventes (69%),puderam deambular mais de 100 pés (30M) no momento da alta da UTI com a utilização de um protocolo de atividades precoce, podendo ser feito de forma segura,com tubo endotraqueal ou traqueostomia quando todas as medidas apropriadas sejam tomadas,seguindo as fases do programa13. De acordo com Chianget al.(2006) aplicaram no grupo intervenção um programa de treinamento de MMSS e MMII, exercícios funcionais na cama, deambulação e exercícios diafragmáticos durante 6 semanas, enquanto o grupo controle não recebeu intervenção o aumento da força muscular respiratória,periférica e independência funcional14. Segundo Soares et al demonstrou que os pacientes retirados do leito precocemente, permaneceram menos tempo na UTI. Apesar de possuírem menor gravidade15. Segundo o III Consenso de Ventilação Mecânica o uso da postura ortostática na UTI tem sido encorajado como técnica para diminuir os efeitos adversos da imobilização prolongada. Apesar da falta de ensaios clínicos avaliando o impacto no prognóstico nos pacientes críticos, a posição ortostática foi incluída como modalidade de tratamento em recente consenso por fisioterapeutasingleses. Seus supostos benefícios incluem melhora no controle autonômico do sistema cardiovascular, facilitação da ventilação e troca 8 gasosa,facilitação do estado de alerta,estimulação vestibular e facilitação da resposta postural antigravitacional16. A força tarefa da European Respiratory Societyand European Society of Intensive Care Medicine estabeleceu recentemente uma hierarquia de atividades de mobilização na UTI, baseada numa seqüência de intensidade do exercício: mudança de decúbitos e posicionamento funcional, mobilização passiva, exercícios ativo-assistidos e ativos, uso de cicloergômetro na cama, sentar na beira da cama, ortostatismo, caminhada estática, transferência da cama para a poltrona, exercícios na poltrona e caminhada17. Burtin e colaboradores fizeram um estudo randomizado e controlado com 90 pacientes, submetidos a um protocolo de mobilização, iniciando com sessões diárias de exercícios com o uso do cicloergômetro passivo de MMII, em uma frequência fixa de 20 ciclos\ minuto. Os pacientes que eram capazes de cooperar tinham sessões divididas em dois tempos de 10 minutos ou mais séries, quando necessárias. Os resultados demonstraram uma melhora significativa no grupo que iniciavacom a Mpa por meio do cicloergômetro em relação a força do quadríceps, a QV e a capacidade funcional comparadas ao grupo não mobilizado.18 A mobilização modificado de Morris e colaboradores seguem uma proposta de protocolos que traz cinco níveis de mobilização, iniciando no estágio I, com o paciente inconsciente, por meio do alongamento passivo e da mobilização passiva dos membros inferiores (MMII) e superiores (MMSS) até o estágio V, em que o paciente poderá ser transferido ativamente para a poltrona e iniciar a deambulação assistida. 19 Estágio I (Paciente Inconsciente) Enquanto o paciente estiver inconsciente, deve ser realizado alongamento passivo para os músculos dos MMSS e MMII.As mobilizações passivas podem ser feitas em todas as articulações, dos MMSS e MMII, no mínimo, duas vezes ao dia. Para cada articulação, podem ser realizadas dez mobilizações em todo arco de movimento.Também deve ser realizado o posicionamento articular, em que o paciente será deixado em posição neutra. 9 Estágio II (Paciente Consciente) Quando o paciente obedecer a comandos, como abrir os olhos, direcionar o olhar, abrir a boca e colocar a língua para fora, ele poderá ser classificado como passível de interação. O avanço para o nível II também exige do paciente um grau de força 2 para os MMSS. Neste nível, além das mobilizações realizadas anteriormente, pode-se iniciar exercícios ativo assistidos e ativos-livres nas mesmas articulações. Também pode se exigir do paciente a manutenção da posição sentada por 20 minutos, duas vezes ao dia. Estágio III (Paciente Consciente) Com a melhora da força muscular para os MMSS acima de 3, os pacientes podem realizar os mesmos exercícios do nível anterior, sendo primeiro contragravidade e segundo com auxílio de peso. Pode também ser realizada transferência para a beira do leito e cicloergometria para MMII por 3, 5 e 10 minutos. Estágio IV (Paciente Consciente) No penúltimo estágio do programa de mobilização, caso o paciente possa realizar a flexão de quadril e a extensão do joelho contra gravidade, ou seja, apresentar grau de força muscular para o quadríceps maior ou igual a 3, ele poderá ser transferido do leito para a cadeira e manter-se em ortostatismo. Estágio V (Paciente Consciente) No último estágio do programa de mobilização, o paciente pode ficar na postura ortostática e realizar os mesmos exercícios do nível IV com adição de exercícios de equilíbrio, transferência de peso para os lados, para frente, para trás e a deambulação assistida18. 10 Admissão na UTI Pacientes Nível 1 – Decúbito elevado (FOWLER 60) ou ortostatismo passivo, mobilização passiva para Inconsciente MMSS e MMII, alongamento estático e propriocepção articular. Paciente Consciente Não Nível 2 – Decúbito elevado (FOWLER 60) ou ortostatismo passivo, mobilização ativa de extremidades, alongamento estático e propriocepção articular. Não MRC> 4MMSS Nível 3 – Decúbito elevado ( FOWLER 60 ) ou ortostatismo passivo, mobilização aeróbica e|ou contra resistida, alongamento estático e propriocepção articular.Transferência do paciente para a borda da cama (exercíciosde controle de tronco eequilíbrio). MRC > MMII Não Nível 4 – Decúbito elevado (FOWLER 60) ou ortostatismo passivo, mobilização aeróbica e ou contra resistida, alongamento estático e propriocepção articular. Transferência do paciente para a borda da cama (exercícios de controle de tronco e equilíbrio). Transferência para a poltrona. Ortostatismo ativo ( exercícios de equilíbrio e marcha estática ). Capaz deficar em pé sem assistência Nível 5 – Decúbito elevado ( FOWLER ) ou ortostatismo passivo, mobilização aeróbica e ou contra – resistida, alongamento estático, propriocepção articular. Transferência do paciente para a borda da cama( exercícios de controle de tronco e equilíbrio ). Transferência do paciente para a borda da cama ( exer´cicios de controle de tronco e equilíbrio ). Transferência para a poltrona. Ortostatismo ativo ( exercícios de equilíbrio e marcha estática ). Deambulação assistida. Figura 6 – Proposta de Algarismo para estabelecer nível de Progressão da Mobilização do Doente Critic UTI – Unidade de Terapia Intensiva; MMSS – Membros Superiores; MMII – Membros Inferiores; MRC – Medical Research Council. 11 Conclusão A mobilização precoce é uma área sem muitas evidências científicas até o momento, entretanto estudos têm confirmado que a mobilização em pacientes ventilados mecanicamente é um procedimento seguro e viável, diminuindo o tempo de internação na UTI. Sendo a fraqueza muscular adquirida na UTI uma complicação da doença critica, estes problemas são muitas vezes graves e persistentes, sendo que as dificuldades foram adquiridas ao longo da permanência hospitalar, podendo não se resolver totalmente. Quando a mobilização precoce e a retirada no leito são instituídas pode alterar o curso da doença sendo capaz de restaurar as limitações funcionais,atenuar disfunções e evitar morbidades. A visão dos efeitos deletérios da imobilidade no leito está cada vez mais ganhando espaço e sendo cada vez mais discutidos em congressos, sobre a sua segurança e viabilidade cabe aos profissionais da fisioterapia registrar os fatos e implantarem protocolos baseados em comprovações cientificas, para identificar o tipo de exercício, a duração, a intensidade, a quantidade e a repercussão para que a fisioterapia motora seja, de fato, segura e recomendada pela sociedade cientifica. Bibliografia 1. Pedroso B.I. A, Bigolin M, Gonçalves P. M, Werle W. R. 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