Apresentação do PowerPoint

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Bronquiolite viral aguda
APRESENTAÇÃO: BRUNA CAIXETA
COORDENAÇÃO: DRA CARMEN MARTINS
INTERNATO EM PEDIATRIA – 6ª SÉRIE-FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
WWW.PAULOMARGOTTO.COM.BR
BRASÍLIA, 11 DE MAIO DE 2016
Definição

Principal infecção das vias aéreas inferiores em crianças menores de dois
anos de idade em todo o mundo;

É consequência da obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas,
com gravidade desde leve a formas graves de apresentação clínica;

Considerada a principal causa de hospitalização no primeiro ano de vida.
Etiologia

O principal patógeno é o vírus respiratório sincicial humano (VRSH); 70-80%

Vírus de RNA; 2 principais subtipos (A, B)

O VRSH predomina nas estações de outono e inverno

Adenovírus

Influenza

Rinovírus

Parainfluenza

Novo agente: Metapneumovírus – segundo agente mais prevalente
Etiologia

A transmissão ocorre normalmente por contato direto ou próximo
com secreções contaminadas;

A fonte de infecção é geralmente um membro da família ou da
creche (escola);

O período de incubação é de 2 a 8 dias, com média de 4 a 6 dias.
Fisiopatogenia

A inoculação do VSR ocorre provavelmente pela superfície da mucosa nasal nas vias aéreas
superiores;

Em 4-6 dias atinge as vias aéreas inferiores, resultando em inflamação do epitélio brônquico e
infiltração peribronquilar por linfócitos e edema de submucosa e adventícia;

Há obstrução e diminuição do calibre da via aérea com subsequente atelectasia e distúrbio da
ventilação e perfusão, que pode levar à hipoxemia.
Fatores de risco

Sexo masculino

Prematuridade

Tabagismo passivo

Baixa idade

Ausência de aleitamento materno

Doença pulmonar crônica

Cardiopatia congênita

Baixo nível sócio econômico.
Quadro clínico:

Inicia-se com coriza hialina, tosse seca, febre usualmente baixa
semelhante a um resfriado comum.

Os sintomas evoluem em 2-3 dias com:

Taquipnéia

Sibilos

Tiragem intercostal

Febre pode estar elevada
Quando suspeitar?

Deve-se pensar em Bronquiolite nos pacientes:

Nos períodos de sazonalidade;

Idade inferior a dois anos

Contato com pessoas com infecção de vias aéreas superiores

Período prodrômico de 2-3 dias com infecção de vias aéreas superiores

Após o período prodrômico: quadro de obstrução de vias aéreas inferiores de intensidade
variável com febre, taquipneia, sibilos, retração torácica, tempo de expiração prolongada,
cianose.
Avaliação complementar

Exames laboratoriais:

O leucograma é inespecífico, tem pouca utilidade no diagnóstico.

Gasometria Arterial:

Hipercapnia (comprometimento grave), hipoxemia.

Oximetria de pulso:

Saturação < 92% de O2 tem sido considerada preditor de gravidade.
Avaliação complementar

Radiografia de tórax:

Áreas de atelectasia

Sinais de hiperinsuflação tais como: retificação do diafragma e dos
arcos costais e hipertransparência pulmonar.

Identificação viral:

Aspirado de nasofaringe possibilita a obtenção de amostra
adequada para a detecção viral

Reação de cadeia de polimerase e cultura são os métodos usados
para isolamento viral.
Diagnóstico diferencial

Asma

Pneumonia

Fibrose cística

Corpo estranho

Mal formações pulmonares

Cardiopatia congênita

Insuficiência cardíaca
Questão:

2012 – UFPR: Um lactente de 6 meses apresenta quadro de febre, coriza e tosse.
No 3° dia de evolução, apresenta piora do quadro, com dificuldade respiratória,
sibilância, tiragem intercostal e subcostal. História familiar: mãe com asma. Não
há história de outros episódios de sibilância. Nasceu de parto normal com 34
semanas de idade gestacional. O diagnóstico mais provável nesse caso é:

A) bronquiolite viral aguda

B) asma

C) fibrose cística

D) bronquiolite obliterante

E) doença pulmonar crônica da prematuridade
Questão:

2012 – UFPR: Um lactente de 6 meses apresenta quadro de febre, coriza e
tosse. No 3° dia de evolução, apresenta piora do quadro, com dificuldade
respiratória, sibilância, tiragem intercostal e subcostal. História familiar: mãe
com asma. Não há história de outros episódios de sibilância. Nasceu de parto
normal com 34 semanas de idade gestacional. O diagnóstico mais provável
nesse caso é:

A) bronquiolite viral aguda

B) asma

C) fibrose cística

D) bronquiolite obliterante

E) doença pulmonar crônica da prematuridade
Tratamento

Suporte:

Oxigenoterapia para manter Sat > 92%

Hidratação adequada

Suporte nutricional

Prevenção de aspirações
Tratamento

Broncodilatadores:

Evidência científica de que não devem ser usados rotineiramente

Indicado teste terapêutico.

Adrenalina:

Nebulização com adrenalina parece ser mais eficaz que salbutamol, porém são
necessários mais estudos para mostrar segurança em terapêuticas mais prolongadas.

Corticosteróides:

O benefício dos corticosteroides permanece controverso.
Tratamento

Fisioterapia respiratória:

Não melhora a gravidade da doença; não melhora os parâmetros
respiratórios; não melhora o tempo de internação hospitalar.

Ribavarina: Antiviral:

Alto custo, muitos efeitos colaterais. Restrita aos pacientes com fatores de
risco para casos graves.
Medidas preventivas

A imunoglobulina intravenosa específica (IgIV-VSR, RespiGam®);

Anticorpo monoclonal humanizado para VSR (Palivizumabe, Synagis®) IM
15mg/kg:

menores de 24 meses de idade portadores de doença pulmonar crônica,
cardiopatia congênita ;

história de prematuridade (< 32 semanas de gestação).
Questão:

2013 – Hospital das Clínicas de Porto Alegre: Menino de 4 meses de idade,
previamente hígido, com quadro de nasofaringite aguda de início há 5 dias, evoluiu
com tosse e dificuldade respiratória. Foi trazido à emergência taquipneico, com
retrações intercostal e subcostal. A ausculta pulmonar revelou creptos bilaterais e
alguns sibilos. Qual o tratamento inicial mais indicado?

A ) administração de ribavarina

B) oxigênio inalatório

C) corticosteroide sistêmico

D) nebulização com adrenalina

E) antibioticoterapia
Questão:

2013 – Hospital das Clínicas de Porto Alegre: Menino de 4 meses de idade,
previamente hígido, com quadro de nasofaringite aguda de início há 5 dias,
evoluiu com tosse e dificuldade respiratória. Foi trazido à emergência taquipneico,
com retrações intercostal e subcostal. A ausculta pulmonar revelou creptos
bilaterais e alguns sibilos. Qual o tratamento inicial mais indicado?

A ) administração de ribavarina

B) oxigênio inalatório

C) corticosteroide sistêmico

D) nebulização com adrenalina

E) antibioticoterapia
Complicação

Bronquiolite obliterante (BOOP):

Após a agressão na fase aguda da BVA, ocorre a proliferação de fibroblastos e
colágeno e obstrução fixa ao fluxo aéreo;

O adenovírus é o agente etiológico mais associado;

Aproximadamente 1% dos paciente com bronquiolite podem desenvolver BOOP;

O diagnóstico é suspeitado quando os pacientes persistem com sintomas após mais de 6
semanas da fase aguda.
Referências:

CAMPOS JÚNIOR, Dioclécio et al. Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 3. ed.
Barueri: Manole, 2014.

LEÃO, Ennio et al. Pediatria Ambulatorial. 5. ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2013.

CARVALHO, Cristiana Nascimento de et al. Manual de condutas médicas: Departamento de Pediatria.
Salvador: Fameb, 2005.

EITAN NAAMAN BEREZIN. Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial
respiratório(VSR). Disponível em:
<http://www.sbp.com.br/pdfs/diretrizes_manejo_infec_vsr_versao_final1.pdf>. Acesso em: 5 maio 2016.

SALOMÃO JUNIOR, João B. et al. Vírus respiratório sincicial humano em crianças hospitalizadas por
infecções agudas das vias aéreas inferiores. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro, p. 219-224. maio 2011.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v87n3/a07v87n03.pdf>. Acesso em: 5 maio 2016.
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