Aula Teórica - Arbovírus

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LABVIR / ICBS / UFRS
- Distanciamento do homem com a natureza.
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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue, chikungunya e zika.
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Aedes: grego: odioso, desagradável.
Aegypti: latim: do Egito.
Origem: África
Descrito em 1762
Nominado em 1918
WHO, 2016.
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Chegou ao Brasil com as grandes
navegações.
 Primeiro caso de dengue: séc XIX - Curitiba/PR
séc XX – Niterói/RJ
1955: Erradicou o mosquito
1967: Nova presença do vetor.
WHO, 2016.
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Togavírus:
 Chikungunya
 Mayaro
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Flavivírus:
 Febre Amarela
 Dengue
 Zika
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Vírus RNA linear
Envelopados
Polaridade positiva
Vírions esféricos [70nm]
ICTV/2016
O nome Chikungunya significa “aquele que se curva” na
língua Makonde, falada em várias regiões da África
Oriental, razão da posição antálgica que os pacientes
adquiriam durante o período de doença.
A febre chicungunha é uma doença viral parecida
com a dengue;
 Transmitida por mosquitos;
 Vírus RNA que pertence ao gênero Alphavirus da
família Togaviridae;
 Isolado pela primeira vez em 1952 na Tanzânia.
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2005: costa do Quênia mais de 500 mil casos.
2006/10: ilhas do Oceano Indico mais de 1,39 milhão de pessoas.
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No Brasil:
 1º Caso: Oiapoque/AP em 2013.
 2014: 828 casos.
 2015:
▪ 37.779 casos
▪ 12.849 confirmados
▪ 5 óbitos [Idosos, 3 na BA, 1 SE e 1 SP]
MS, 2016
Brasil em 03/03/2016:
13.676 casos suspeitos
550 confirmados
Óbitos: 1 BA e 1 PE
MS, 2016
CHIKUNGUNYA
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Sinais Clínicos:




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Febre associados à dor articular intensa e debilitante,
cefaleia e mialgia
poliartrite (principalmente punhos, tornozelos e cotovelos)
Casos crônicos variou em diferentes epidemias na França, África
Sul e ilhas do oceano Índico, de 4 a 63%.
Quadros severos não sejam comuns
 Manifestações neurológicas
▪ encefalite,
▪ meningoencefalite,
▪ mielite,
▪ síndrome Guillain Barré,
▪ cutâneas bolhosas
▪ miocardite
Família: Togaviridae
Gênero: Alphavirus
1954: Descrito pela primeira vez emTrinidad;
1955: No Brasil – Belém/PA, trabalhadores de uma
pedreira do rio Guamá.
Causando uma doença infecciosa febril aguda,
semelhante a dengue. Entretanto, parte dos pacientes
apresentaram
queixa
de
artralgia
intensa,
acompanhada de edema nas articulações.
MS, 2016
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No Brasil:
 2015 : 197 casos humanos suspeitos de doença
pelo vírus Mayaro. Os casos suspeitos foram
identificados em nove estados distribuídos nas
regiões Norte e Centro-Oeste.
MS, 2016
MS, 2016
Haemagogus janthinomys
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Vírus RNA linear
Envelopados
Polaridade positiva
Vírions esféricos [40 – 60nm]
ICTV/2016
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Flaviviridae
 Flavivirus
▪ Dengue
▪
▪
▪
▪
DENV1
DENV2
DENV3
DENV4
▪ Febre Amarela
▪ YFV
•
•
•
•
•
40 a 60nm
Icosaédrico
Envelopado
RNA fita simples
Polaridade positiva
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Séc XIX: grandes navegações, revolução dos
escravos.
1685: Olinda PE, primeiro relato no Brasil
1927 Mahaffy & Bauer: isolamento da
primeira estripe 17D.
▪ usada até hoje nas vacinas.
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Formas:
 85% casos, formas clínicas benignas;
 15% desenvolvem quadros dramáticos;
▪ 50% de mortalidade.
 1º fase:
▪ Quadro inespecífico, forma moderada.
 2º fase:
▪ Disfunção hepatorrenal e hemorragia.
 Período de incubação: 3 a 6 dias.
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Mantida na natureza por dois ciclos.
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1906: primeira descrição, por Bancroft.
1944: primeiro isolamento de dois sorotipos
[DENV-1 e DENV-2].
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Manifestações Clínicas:
 Varia de síndrome viral inaparente à doença hemorrágica
grave.
 Período de incubação: 2 a 7 dias
▪
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▪
▪
▪
▪
▪
▪
Febre
Cefaleia
Dor retro-orbital
Congestão conjuntival
Dor lombossacral
Anorexia
Erupção maculopapular na epiderme
Mialgia
Artralgia
 Dengue hemorrágica:
▪ Hemorragias;
▪ Hepatite fulminante;
▪ Falência de órgãos;
▪ Extravasamento vascular;
▪ Cardiomiopatia;
▪ Encefalopatia.
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Grau I: febre, sintomas constitucionais
inespecíficos.
Grau II: adicional a I; sangramento
espontâneo da pele.
Grau III: falhas circulatórias, pulso rápido e
fraco, hipotensão, pele úmida e fria.
Grau IV: Choque profundo com pressão
sanguínea e pulso indetectável.
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Diagnóstico laboratorial:
 Isolamento viral:
▪ Células de mosquito [TRA-284, C6/36, AP-61]
▪ Tipificação com IF.
 Detecção do antígeno:
▪ Proteína NS1
▪ SN
▪ ELISA
 RT-PCR
DENV1: 94,1%
DENV4: 4,8%
DENV2: 0,7%
DENV3: 0,4%
MS, 2015
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2016:
 495.266 casos até 03/03/16
▪ Sudeste: 280.118 casos [56,6%]
▪ Nordeste: 92.149 casos [18,6%]
▪ Centro-Oeste: 62.815 casos [12,7%]
▪ Sul: 36.932 casos [7,5%]
▪ Norte: 23.252 casos [4,7%]
124 casos de dengue
grave
67 óbitos
MS, 2016
Kanamoni, et al., 2016
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1947: Identificado em macacos na Uganda;
1948: descoberta do vetor: Aedes spp.;
1950: 1º evidência em humanos;
1952: Publicação do primeiro isolado.
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2007: 1º surto, Oceania na Ilha Ysp [73% da
população];
2013/14: Polinésia Francesa: 28.000
infectados;
2014: 1º caso nas Américas [Ilha de Páscoa]
2015: 1º caso no Brasil [Camaçari/BA]
2016: 22 Estados do país
 26 países das Américas
 Europa e Ásia
Yakob & Walker, 2016
WHO, 2016
4/15 Saguis (Callithrix jacchus)
3/9 macaco-prego (Sapajus libidinosus)
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Sinais clínicos clássicos:
 Febre
 Manchas vermelhas
 Mal estar
 Duram entre 2 a 3 dias.
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Microcefalia no Brasil
 Casos confirmados 1168 (16/04/2016)
 Relacionados com Zika vírus: 192
 Suspeitos: 7150
 Óbitos: 240
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Possibilidade do vírus atravessar a placenta?
Oeste africano: epidemia de Zika, sem casos
de microcefalia.
SE, 600 casos de microcefalia e 2 de Zika
vírus.
Epicentro da microcefalia no PE.
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Possibilidade a associação com outro agente.
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 Dengue??
Dengue
Chikungunya
Zika
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Vetor
Aedes aegypti
Aedes albopictus
Culex spp.
?
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Principal forma de controle:
 Ações de Educação Ambiental
Nível de conhecimento
antes e depois.
Educação ambiental no
controle de aedes
aegypti, uma estratégia
de combate e prevenção
Nilton Cesar Pasquini
Obrigado
Dr. Helton Fernandes dos Santos
LabVir/UFRGS
[email protected]
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