Persépolis Escola Secundária de Sampaio Género: Animação; Drama Realização: Marjane Satrapi & Vincent Paronnaud Produção: Marc-Antoine & Xavier Rigault Escrito por: Marjane Satrapi & Vincent Paronnaud Música Original: Olivier Bernet Vozes: Marjane – Chiara Mastroianni Tadji (mãe) – Catherine Deneuve Avó – Danielle Darrieux Ebi (pai) – Simon Abkarian Marjane (criança) – Gabrielle Lopes Tio Anoush – François Jerosme de Marjane Satrapi & Vincent Paronnaud França, 2007 – 95 min. Francês c/ legendas em português Dia de de 2010 Pelas : horas Cineteatro João Mota Edição: Ana Rocha 12º E Irão Irão Persépolis conta a história da realizadora, Marjane Satrapi, que cresceu na cidade de Teerão, no Irão, durante a Revolução Islâmica. Marjane vê a sociedade iraniana mudar quando os fundamentalistas ganham poder, aplicando leis conservadoras, como o uso do véu nas mulheres ou a proibição de música, e executando centenas de milhares de iranianos com ideais diferentes, como alguns familiares e amigos seus. A situação da guerra piora o ambiente, e por defender aquilo em que acredita e constantemente se insurgir contra as figuras de autoridade, arranjando problemas, Marjane é enviada pelos pais, como protecção, para um colégio francês na Áustria, aos 15 anos, onde permanece até aos 22, vivendo várias experiências durante esse tempo. Quando volta para o Irão, Marjane atravessa um período conturbado, começa a estudar na universidade e apaixona-se, mas nunca deixa de se sentir desconfortável no seu país, e vai então viver para França, não voltando mais ao Irão. Curiosidade: O nome do filme, Persépolis, deve-se à antiga cidade capital do império Persa. Nome oficial: República Islâmica do Irão Capital: Teerão Língua oficial: Persa Governo: República Islâmica Área: 1 648 195 km2 População: +/- 70 000 000 hab. Moeda: Rial iraniano Religião: Muçulmanos xiitas – 89% Muçulmanos sunitas – 9% Outros – 2% Líder Supremo: Ayatollah Ali Khamenei Com uma história que remonta a quase cinco mil anos, o Irão é um dos mais velhos países do mundo. Há milhares de anos atrás, com o nome de Pérsia (que durou até 1934), o Irão possuía um grande império territorial, que se estendia do Mediterrâneo oriental ás fronteiras da Índia. Conhecido mundialmente pela sua poesia, o Irão também tem uma grande riqueza cultural, estando na vanguarda, desde à séculos ou milénios atrás, da filosofia, literatura, matemática, arquitectura, ciências naturais, medicina, astronomia, etc. Em história mais recente, a vontade de modernizar o país levou à revolução constitucional persa de 1905 a 1921, e ao derrube da dinastia Qadjar. Um oficial do exército, Reza Khan, toma poder político e, quatro anos mais tarde, proclama-se Xá (imperador), e inicia a dinastia Pahlavi. O Xá Reza inicia uma rápida industrialização, mas, em 1941, durante a II Guerra Mundial, as tropas britânicas e soviéticas invadem o país com a intenção de usar as suas estradas, e o Xá é forçado a abdicar em nome do seu filho, Mohammad Reza Pahlavi. O novo Xá continua o esforço para modernizar o país, mas o seu desprezo pela religião e a repressão exercida pela sua temível polícia secreta a qualquer oposição política valeram-lhe um grande ressentimento por parte dos muçulmanos xiitas do país. No início de 1979, agitações generalizadas obrigam o Xá a fugir do país e, a 1 de Fevereiro, o chefe espiritual no exílio, o ayatollah Khomeyni, regressou ao Irão. Milhões de iranianos saíram então ás ruas de Teerão para o aclamar como novo chefe de Estado, pondo fim à monarquia. Foi a Revolução Islâmica Iraniana. Embora tanto nacionalistas como Marxistas se tenham juntado aos tradicionalistas islâmicos para derrubar o Xá, dezenas de milhares foram mortos e executados pelo regime islâmico posteriormente. A lei e a tradição islâmicas destronaram o modo de vida ocidental: além dos oponentes políticos serem presos, o álcool e a música foram proscritos e as mulheres foram obrigadas a cobrir-se da cabeça aos pés com o véu. Em 1980 o Iraque de Saddam Hussein inicia uma guerra contra o Irão, que nos seus 8 anos de duração faz 1 milhão de vítimas. A hostilidade contra o Ocidente fez com que este não escondesse o seu apoio ao Iraque e, em 1988, a ONU orquestra um cessar de hostilidades, dando por fim a guerra. Em 1989 morre o líder supremo ayatollah Ruhollah Khomeyni, e sucede-lhe o ayatollah Ali Khamenei, que foi presidente de 1981 a 1989. A seguir à guerra o presidente Akbar Rafsanjani e a sua administração concentraram-se na reconstrução e fortalecimento económico, até 1997, quando foi sucedido por Mohammad Khatami, que tinha pretensões de tornar o Irão mais livre e democrático. Nas eleições presidenciais de 2005 o Irão fez uma mudança na direcção política, quando o conservador candidato popular Mahmoud Ahmadinejad foi eleito sobre o ex-presidente. Em 2009, Ahmadinejad ganhou novamente as presidenciais, derrotando o candidato MirHossein Mousavi, e foi acusado de fraude eleitoral. Protestos pró-Mousavi causaram muitas mortes.