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Clínica
Cirúrgica
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CIRÚRGICO
A assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico, em uma Unidade de internação inicia-se
no momento da sua admissão na Unidade. A partir desse momento, o ambiente hospitalar, por
suas características impõe ao mesmo uma série de adaptações, tais como:
- Mudanças de hábitos diários (alimentação, higiene, necessidades fisiológicas, etc...);
_ Restrição da liberdade (ambiente restrito, horários preestabelecidos, visitas controladas...);
_ Exposição a agentes infecciosos;
_ Ansiedade frente ao tratamento cirúrgico a que irá ser submetido;
_ Medo da morte ou de incapacidade física;
_ Solidão;
O processo cirúrgico dividi-se em:

Período Pré operatório

Período Trans-operatório

Período Pós operatório
PRÉ-OPERATÓRIO
Inicia-se no momento em que a cirurgia é indicada e termina no momento em que o paciente
chega à sala de cirurgia. Está dividido em:
MEDIATO – É o período que decorre desde a indicação da cirurgia até 24 horas antes do
ato cirúrgico;
IMEDIATO – É o período que decorre desde a véspera da cirurgia até a chegada do
paciente ao CC
Ações de enfermagem no preparo ao paciente neste período:
Esvaziamento intestinal: Varia de acordo com a especialidade. Pode ser através de laxativos
e ou enemas ou ainda a limpeza mecânica do cólon com soluções especiais. A enfermagem
realiza o procedimento indicado, observa e anota o efeito em prescrição;
Modificações da dieta e jejum antes da cirurgia: O paciente deve ser
esclarecido quanto à importância de obediência à dieta. Geralmente é adotada a seguinte
regra de jejum: líquidos – aprox. 02 horas e sólidos: de 04 a 06 horas.
Higiene Corporal e oral: A higiene oral e corporal é muito importante para diminuir a
quantidade de microorganismos na superfície da pele e com isto minimizar os riscos de infecção
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na ferida cirúrgica. A higiene corporal deve ser realizada de preferência com sabão anti-séptico e
hipoalergênico, de preferência 02 horas antes do paciente ser encaminhado ao centro cirúrgico. O
mesmo deve ser vestido com a roupa cirúrgica ( camisola, gorros e propés);
Tricotomia: Recomenda-se que a tricotomia seja realizada, apenas quando os pêlos
interferirem no procedimento cirúrgico
Esvaziamento da bexiga: O paciente deve ser orientado a urinar antes de ser encaminhado
ao centro cirúrgico, caso esteja lúcido. Caso esteja com dispositivo de incontinência urinária , o
mesmo deve ser retirado, sendo realizado higiene imediata. O cateter vesical pode ser mantido
dependendo do tempo de instalação (até 07 dias) e do procedimento cirúrgico proposto. Em
ambos os casos a diurese deve ser desprezada e anotada;
Controle dos sinais vitais: A aferição dos sinais é fundamental na avaliação das condições
cirúrgicas do paciente e deve ser feita de 06 em 06 horas ou com intervalos menores se o mesmo
apresentar instabilidade nos padrões. Alguns medicamentos pré-anestésicos e o stress pela
proximidade do ato cirúrgico, somados muitas vezes a doenças preexistentes como hipertensão e
cardiopatias são fatores que contribuem para as alterações fisiológicas dos sinais vitais;
Administração de medicamentos: Existem alguns medicamentos que são
totalmente contra-indicados no pré-operatório como hipoglicemiantes e anticoagulantes,
analgésicos derivados de ácidoacetilsalicílico (AAS) devido à possibilidade se complicações no
trans e pós-operatórios, como discrasias sangüíneas. A prescrição médica geralmente restringese à administração de medicação pré-anestésica e em alguns casos de insulina e
antihipertensivos. A medicação pré-anestésica (prescrita pelo anestesista durante a visita ao
paciente) deve ser administrada 01 hora antes da cirurgia e tem como finalidades:
. Reduzir a ansiedade do paciente;
. Facilitar a indução anestésica;
. Diminuir as secreções traqueobrônquicas.
Cabe à enfermagem a administração dos medicamentos prescritos, registrando as reações
do paciente a tais medicações, assim como deverão ser anotados também todos os cuidados
prestados e qualquer anormalidade nas condições físicas e emocionais do paciente. Antes de
encaminhar o mesmo ao centro cirúrgico, o seu prontuário deverá estar completo com todos os
exames necessários.
Remoção de próteses, jóias e adornos, esmalte ( pelo menos de uma unha do pé e da mão)
e maquiagem. Os pacientes devem ser esclarecidos quanto aos fatores de risco implicados caso
esses procedimentos não sejam cumpridos,
Auxiliar o paciente a passar para a maca de transporte de forma tranqüila para o seu
conforto;
Providenciar a limpeza do leito. Para que o mesmo possa ser arrumado para receber o
paciente após a cirurgia.
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TRANS-OPERATÓRIO
Consiste no tempo entre o momento em que o paciente é recebido no centro cirúrgico até
ser encaminhado para a Recuperação Pós Anestésica (RPA).forma adequada para recebê-lo no
pós operatório.
PERIODO PÓS OPERATÓRIO
É o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até a
sua total recuperação
IMEDIATO
Compreende desde a alta do paciente da RPA até as primeiras 24 horas após a cirurgia
Ações de enfermagem neste período:
Receber o paciente de volta ao seu leito na clinica cirúrgica de forma segura.
Recolher o prontuário do paciente e entrega-lo ao enfermeiro supervisor para a conferencia
dos dados
Verificar SSVV
Verificar se o acesso venoso esta funcionando
Estar atento a qualquer alteração no estado clinico do paciente como:
dificuldade respiratória ,cianose e prurido
Administrar medicação prescrita
Auxiliar o paciente sempre que solicitado.
MEDIATO
Após 24 horas e até 7 dias depois
TARDIO
Após 07 dias do recebimento da alta
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CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS ESPECIFÍCOS PARA:
CIRURGIA CARDIACA

Restringir fluxo

Manter fixa a equipe de enfermagem, restrita exclusivamente à enfermaria da Cirurgia
Cardíaca.

Não permitir aos pacientes da Cirurgia cardíaca a entrada em outras enfermarias,
bem como a movimentação livre pelos corredores.

Não permitir a entrada de pacientes de outras enfermarias na enfermaria da Cirurgia
Cardíaca.

Curativo pós-operatório – incisão – irrigação com SF 0,9% e ocluir com micropore
estéril.

Trocar o curativo todas as vezes que estiver úmido, comunicando com a equipe
cirúrgica a presença de secreções anormais.

Ao identificar a presença de febre em qualquer paciente pós-operatório fazer a curva
térmica – aferindo e anotando temperatura axilar de 4/4 horas,

Vigilância microbiológica contínua, com coleta de materiais para cultura conforme
padronização da CCIH.

Se houver secreção em ferida operatória – colher swab e enviar para cultura,
conforme padronização da CCIH.

No momento da alta hospitalar os paciente receberão uma folha com orientações
gerais, fisioterápicas e dietéticas.
CIRURGIA ORTOPEDICA
Cuidados gerais:

Cuidados com o manuseio do paciente

Atenção aos curativos, observar a presença de anormalidades

Auxilio na deambulação e realização das necessidades
devido a restrição da capacidade em razão da cirurgia
básicas dos pacientes
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CIRURGIA DERMATOLOGICA
Não fazer uso no pós-operatório de:

Analgésicos do grupo salicílico (AAS, aspirina);

Agentes quimioterápicos contra o câncer, pois as drogas antineoplásicas determinam
uma maior incidência de infecção devido a alterações na imunidade.

Orientar para modificar suas atividades se a cirurgia assim exigir.

No primeiro dia, o curativo deverá ser compressivo para ajudar a hemostasia e aliviar
a dor. Nos dias subseqüentes um curativo mais simples deve ser feito. No dia
seguinte ao da cirurgia o paciente deverá ir ao consultório. O ideal é sempre o médico
examinar o paciente no primeiro dia pós-operatório . Porém há os que raramente
usam curativos e, se o fazem, minimizam o número de vezes em que são trocados

Alguns autores preconizam o uso de filtro solar sistematicamente após e ato cirúrgico,
quando este for de áreas expostas à luz solar.
CIRURGIA OFTALMOLOGICA
A maioria dos procedimentos não requer internação basicamente deve-se:
Após a cirurgia é feito um curativo que será removido no dia seguinte da operação, dando
início a uma fase de tratamento com colírios e pomadas no olho operado. A recuperação é rápida
e permite o retorno breve às atividades normais.
Deve –se orientar a :

Não esfregar

Não coçar

Não dormir sobre o olho operado

Não fazer esforço físico nos primeiros dias de cirurgia
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NOMENCLATURA CIRURGICA
As manobras e procedimentos operatórios e também os instrumentos cirúrgicos são
reconhecidos mundialmente por termos médicos ou denominações próprias.
Os atos cirúrgicos são designados por termos formados, de maneira geral, por prefixos ou
palavras que apontam o órgão em causa, e por sufixos que indicam o ato cirúrgico realizado.
Vejamos exemplos
A
PREFIXOS
adeno
cisto
cole
colo
colpo
êntero
gastro
hístero
nefro
oftalmo
oofor
orqui
ósteo
oto
procto
rino
salpinge
tráqueo
Relativo á glândula
Relativo á bexiga
Relativo á vesícula
Relativo ao colo
Relativo á vagina
Relativo ao intestino
Relativo ao estômago
Relativo ao útero
Relativo aos rins
Relativo aos olhos
Relativo aos ovários
Relativo aos testículos
Relativo aos ossos
Relativo ao ouvido
Relativo ao reto
Relativo ao nariz
Relativo as trompas
Relativo a traquéia
SUFIXOS
Ectomia
Tomia
Stomia
Pexia
Plastia
Ráfia
Scopia
Remoção de um órgão ou parte dele
Abertura de um órgão
Abertura cirúrgica de uma nova boca
Fixação de um órgão
Alteração na forma de um órgão
Sutura
Olhar no interior
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QUESTIONÁRIO 01
1 Onde inicia-se a assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico
2 Cite 02 adaptações que os pacientes devem se adequar ao dar entrada no ambiente
hospitalar
3 Quais as etapas do processo cirúrgico
4 Defina:
4.1 - Período Pré – Operatório
4.2 - Pré - Operatório Mediato
4.3 - Pré - Operatório Imediato
5 Cite as ações de enfermagem no pré- operatório imediato
6 Escolha 2 ações e descreva a conduta indicada no preparo do pacientes cirúrgicos
CASO CLÍNICO 1
Um paciente chega a clínica cirúrgica as 20 : 00 hrs do dia 14/01/09 para realização de
procedimento cirúrgico de colecistectomia no dia 15/01/09 , relate de uma forma geral qual a
conduta que você como profissional técnico em enfermagem deve adotar desde o momento da
chegada do paciente até o horário da cirurgia .
OBS: Colecistectomia ( retirada da vesícula)
QUESTIONÁRIO 02
1 Defina período trans- operatório
2 Defina período pós- operatório
3 O período pós – operatório divide- se em:
RESPONDA
Os técnicos de enfermagem responsáveis pela assistência ao paciente admitido na clínica
cirúrgica participa da assistência no período trans- operatório?
QUESTIONÁRIO 03
1 Defina:
1.1 pós- operatório imediato
1.2 pós-operatório mediato
1.3 pós-operatório tardio
2 Quais as ações de enfermagem no período pós- operatório imediato
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