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Professora: SUZETE BEPPU
Regência
É a relação sintática que se estabelece entre um termo regente ou
subordinante (que exige outro) e o termo regido ou subordinado
(termo regido pelo primeiro)
A regência pode ser: verbal ou nominal.
Quando o termo regente é um verbo a regência é verbal,
quando é um nome, a regência é nominal.
O conhecimento da regência correta de cada
verbo e de cada nome é função do uso.
Dessa forma cada falante conhece a regência
dos verbos e dos nomes que fazem parte de seu
repertório usual.
Pode ocorrer que o falante desconheça certas
regências da norma padrão pelo fato delas não
ocorrerem no uso popular.
Regência nominal
A regência nominal estuda os casos em que
nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) exigem uma outra palavra para completar-lhes o
sentido. Em geral a relação entre um nome e o
seu complemento é estabelecida por uma preposição.
Alguns nomes e as preposições que mais comumente eles
exigem
•adepto a
•indiferente a
•alheio a
•inofensivo a, para
•ansioso para, por, de
•junto a, de, com
•apto a, para
•próximo a, de
•aversão a, por
•referente a
•feliz de, por, em, com
•simpatia a, por
•favorável a
•tendência a, para
•imune a, de
•paralelo a
•contente com, por, de
•relativo a
Mais nomes e as preposições que comumente
eles exigem
acessível, adequado, desfavorável, equivalente, insensível, obediente - a
 capaz, incapaz, digno, indigno, passível, contemporâneo - de
 amoroso, compatível, cruel, cuidadoso, descontente - com
 entendido, indeciso, lento, morador, hábil - em
 inútil, incapaz, bom - para
responsável - por
Regência verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece
entre o verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).
Ex.: Isto pertence a todos.
termo regente termo regido
Aspirar
a) No sentido de respirar, sorver (perfume, ar), não exige preposição.
Ex.: Ele aspirou um gás venenoso.
b) No sentido de pretender/ desejar, exige a preposição a.
Ex.: Os jovens aspiram ao sucesso profissional.
Observação:
O verbo aspirar não aceita os pronomes lhe, lhes como
objeto indireto, por isso você deve substituí-los por a ele, a
ela, a eles, a elas.
Assistir
a) No sentido de ver, o objeto exige a preposição a.
Ex.: Todos assistiram ao jogo da seleção.
V.T.I
objeto indireto
Observação:
Usado nesse sentido, assistir não aceita lhe, lhes; por
isso, quando necessário, você deverá trocá-lo por a ele, a
ela, a eles, a elas.
Ex.: Você assistiu ao jogo? Sim, eu assisti a ele.
Assistir
b) No sentido de auxiliar, o objeto não aceita a preposição a.
Ex.: A enfermeira assiste o médico.
c) No sentido de morar, residir, exige-se a preposição em.
Ex.: Meu tio assiste em São Paulo.
d) No sentido de ser da competência de, exige-se a preposição a.
Ex.: Primar pela educação é um dever que assiste ao governo.
Esquecer e lembrar
a) Quando não são pronominais, isto é,
quando não estão acompanhados de pronome oblíquo
(me, te, se, nos, etc.), não exigem preposição.
Ex.: Eu lembrei seu aniversário.
Jamais esqueceremos esse dia.
Esses são fatos que ela já esqueceu.
b) Exigem preposição de quando usados como verbos
pronominais, isto é, acompanhados de pronome oblíquo
(me, te, se, nos, vos).
Ex.: Eu me lembrei de seu aniversário.
Jamais nos esqueceremos desse dia.
Esses são fatos de que ela já se esqueceu.
Obedecer e desobedecer
Sempre exigem a preposição a.
Ex.: Você obedeceu ao regulamento.
Os operários desobedecerão às suas ordens.
Pagar e perdoar
São verbos que exigem a preposição a quando o objeto refere-se a
gente, pessoa.
Ex.: Nós pagamos ao vendedor.
Deus perdoa aos pecadores.
Não exigem preposição se o complemento referir-se a coisas.
Ex.: Nós pagamos o material.
Eu jamais perdoaria seu erro.
Observação: Esses dois verbos (pagar e perdoar) podem apresentar,
ao mesmo tempo, dois complementos: um com preposição outro
sem.
Ex.: Nós pagamos o material ao vendedor.
Preferir
Preferir alguma coisa a outra coisa.
Ex.: Ele sempre preferiu o trabalho ao estudo.
Prefiro carne branca a carne vermelha.
Nunca use “mais do que” com o verbo preferir. Então,
em vez de dizer: “Prefiro mais filme do que novela”, diga
Prefiro filme a novelas.
Chegar - Ir
O verbo chegar e o verbo ir exigem a preposição a
quando indicam lugar.
Uso popular: Eu cheguei em casa cedo.
Uso culto: Eu cheguei a casa cedo.
Uso popular: O menino foi no jogo com o pai.
Uso culto: O menino foi ao jogo com o pai.
Namorar
Quem namora, namora alguém.
Ex.: Paulo namora a Jennifer.
Dani está namorando o Lucas.
Visar
a) No sentido de “mirar” e “pôr visto” não exige preposição.
Ex.: O atirador visou o alvo.
O gerente visou o cheque do cliente.
b) Quando significa “ter como objetivo, pretender” exige
preposição a.
Ex.: Ele visa a uma promoção no emprego.
Simpatizar/antipatizar
Os verbos simpatizar e antipatizar exigem a preposição com.
Atenção! Esses verbos não são pronominais.
Ex.: Não simpatizo com a ideia.
Antipatizamos com o diretor no primeiro dia.
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